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25/04/2013
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LEGUMINOSAS
Principais cultivares e suas implicações
Morfologia de leguminosas
RAIZ • Sistema radicular pivotante (raiz
principal) • Raiz tuberosa (raiz caulinar)
• CAULE • 1. Rizoma • 2. Estolão • 3. Caules volúveis • 4. Caules erectos (herbáceos e lenhosos)
FOLHAS
Compostas e recompostas
Folíolos
Peciolulo
Pecíolo
A folha de leguminosa consiste de três partes:
1. Folíolo;
2. Pecíolo (peciolulo);
3. Estípula.
Estípula
FLORES
• Brácteas
• Cálice
• Corola
• Androceu
• Gineceu
FRUTOS
• Legume
(deiscente ou
indeiscente)
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Leguminosas
Aumenta o teor de N no sistema solo/planta
Aumenta o teor de proteína da forragem
Aumento no estoque de proteína para a
estação seca
Aumenta o consumo de forragem
Redução nos custos de suplementação
Leguminosas Forrageiras
• Pouca expressão
• Insucessos do passado
• Complexidade de manejo
• Novas cultivares
• Poucas informações em sistemas de produção
Fixação Simbiótica de Nitrogênio • FBN Principal via de inclusão do N atmosférico no sistema
solo-planta (170 x 109 kg de N/ano)
• Leguminosas fixadoras de N ~75 % do N fixação
biológica
• Leguminosas forrageiras tropicais podem fixar 2 a 183
kg/ha/ano de N, e a FBN responde por 70 a 94 % do N na parte
área
Pastagens de puerária (Pueraria phaseoloides) apresentaram
75 a 92 % do NDFB;
Stylosanthes spp. o NDFB representou de 60 a 90 % do N da
planta ao longo de três anos (2 a 84 kg/ha/ano de N fixado)
Fixação Simbiótica de Nitrogênio
• A quantidade de N fixado varia com a espécie e com as
condições do ambiente.
1. Acidez do solo
2. Salinidade
3. Deficiências ou excesso de minerais
4. Estresse hídrico
5. Variações na temperatura
6. Quantidade de N inorgânico no solo
7. Pragas e doenças
Quanto mais pobre em N for o solo, maior será a proporção do N da
planta derivado da fixação biológica (% FBN).
• A velocidade da liberação interfere na participação da
gramínea e da leguminosa na consorciação;
• Condições ambientais;
• Ritmo de crescimento da planta forrageira;
• Atividade da fauna e do microbiota e, Manejo do pastejo.
C
O
N
S
Ó
R
C
I
O
A liberação do nitrogênio fixado biologicamente responderá em grande
parte pela manutenção da produtividade da gramínea Altas taxas de transferência de N não são
desejáveis porque afetam a estabilidade da
consorciação, uma vez que favorecem o
crescimento da gramínea, diminuem o
crescimento da leguminosa.
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Opções de cultivares de leguminosas tropicais para uso em pastagens
O êxito na utilização de pastagens consorciadas inicia-se pela
escolha da cultivar mais adequada:
às condições ambientais,
à natureza da exploração,
à capacidade de intervenção e
à disponibilidade de recursos.
Como determinante, tem-se a percepção da relação entre
custo e risco da opção por leguminosas.
Para minimizar os riscos e incertezas, o
principal instrumento, é o conhecimento das
vantagens e, as desvantagens, restrições ou
limitações que os cultivares apresentam.
A interação genótipo x ambiente pode
modificar acentuadamente a resposta
adaptativa e produtiva
Gênero Stylosanthes
Características gerais: 44 espécies (25 do Brasil) No Brasil = 8 cultivares comerciais Arbusto ereto ou semiereto, podendo ser anual ou perene,
normalmente de altura 1,2m, folhas pilosas trifolioladas, flores amarelas (ou laranja).
Adaptação: Ampla variação de climas Resistência às secas: S. guianensis, S. macrocephala e S.
capitata Ótima performance em solos arenosos e de baixa
fertilidade Produção de forragem superior a 10 t MS/ha
Gênero Stylosanthes
• Estilosantes Mineirão - Stylosanthes guianensis var.
vulgaris cv. Mineirão • Estilosantes Campo Grande - Mistura de duas espécies
de leguminosas, Stylosanthes capitata e S. macrocephala
• Qualidade da forragem: Águas (18%PB e 60% Dig) Secas (mineirão=12%PB e Campo Grande=16%PB) Uso: Banco de proteína com pastos de capim Marandu,
Tanzânia ou Mombaça Taxa de semeadura: 800g a 2,0 kg/ha
Fig. 1. Nitrogênio fixado (kg/ha) por plantas de estilosantes Campo
Grande, estilosantes cv. Mineirão e estilosantes cv. Pioneiro (Adaptado de Miranda et al., 1999).
Fig. 3. Ganho médio diário e anual em pastagens de Brachiaria decumbens pura e consorciada com estilosantes Campo Grande (Adaptado de Valle et al., 2001).
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Stylosanthes guianensis Stylosanthes hamata
Stylosanthes capitata Stylosanthes humilis
Stylosanthes guianensis
Stylosanthes humilis
Arachis pintoi
Nome comum: amendoim forrageiro, amendoim de veado
Características vegetativas: estolonífero, crescimento rasteiro
Ciclo vegetativo: perene
Caules: estolão
Folhas: composta
Flores: coloração amarelo
Adaptação: regiões tropicais úmidas, no Brasil central (várzeas). Perde folha na seca, mas tem rebrote veloz. Tolera geada e rebrota com vigor na primavera. Pequena resposta ao Ca, boa resposta ao P.
Propagação: sementes
Utilização: pastagens consorciadas e feno com produção de 10-15 t/ha
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Pueraria (Pueraria phaseoloides)
Nome comum: kudzu tropical Características vegetativas: prostrado Ciclo vegetativo: perene Caules: bem desenvolvidos, volúveis e recobertos
totalmente Folhas: trifoliadas, com folíolos rombóides,
apresentando-se recobertos de pelos ferrugíneos Flores: coloração lilás Frutos: vagens cilíndricas, estreitas e longas (9-10 cm) Adaptação: qualquer tipo de solo, preferindo os de
média fertilidade e com boa precipitação Propagação: sementes (3 a 5 kg/ha) Utilização: pastagens consorciadas e feno
Kudzu tropical
LEUCENA
• Gênero: Leucaena • Espécie: Leucaena leucocephala (Lam.) de Wit. • Nome comum: LEUCENA • Características Vegetativas: Planta arbustiva
ou arbórea perene. Folhas bipinadas, paripinadas com 4 a 10 pares de pinas. Flores brancas, muito pequenas, agrupadas em inflorescência tipo capítulo, globoso. As vagens são finas, achatadas e longas (10 a 20 cm). As sementes são de coloração marrom escura, brilhantes.
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LEUCENA
• ADAPTAÇÃO: Prefere solos com pH mais elevado, mas pode crescer em solos ácidos, desde que não apresentem alumínio.
Não aceita solos encharcados. Requer 600 a 700 mm de chuva- 22 a 30˚C. Suporta estiagem curta e geadas Atacado por cupins e formigas Psilídeo é a principal praga do mundo • PROPAGAÇÃO:
Sementes: 5 a 6 Kg/ha (40 a 60 sementes/m em linhas espaçadas de 2,00 m)
20 a 40 Kg/ha: linhas espaçadas de 0,5 a 1,0m)
10 cultivares no mundo (2 híbridos), cv. Cuningham é o mais usado no Brasil
Os cultivares foram agrupados em três tipos
principais: Havai: baixo, arbustivo, de florescimento precoce. El Salvador: alto, ramos esparsos na base, de
florescimento tardio. Perú: alto, bastante ramificado na base, de
florescimento tardio.
LEUCENA
UTILIZAÇÃO: Banco de proteína, Pastagens consorciadas (gramíneas estoloníferas) e Adubação verde, Produção de madeira.
Ótima qualidade de forragem e aceitabilidade (PB<15%).
OBSERVAÇÃO: mimosina (aminoácido) transformado pelas bactérias do rúmen em 3,4 dihidroxipiridina, que provoca queda de pêlos, salivação excessiva e paralização do crescimento dos animais. Dietas com menos de 30 % de leucena na base da materia seca - sem problemas para bovinos.
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Guandu
• Gênero:Cajanus
• Espécie:Cajanus cajan (L.) Millsp
• Nome comum:Guandu
• Características Vegetativas: Arbusto perene de 1,5 a 3m de altura,
• Origem: África tropical ocidental, e América Central Folhas trifolioladas, Flores podem ser totalmente amarelas ou apresentarem o estandarte com estrias vermelhas. Frutos são vagens com reentrancias visíveis lateralmente. As sementes tem formato globoso, podendo ser de coloração creme amarelada, marrom ou apresentar pintas escuras sobre fundo claro.
Guandu
• ADAPTAÇÃO:De elevada rusticidade, pode ser cultivada em qualquer tipo de solo. Não apresenta exigências.
• PROPAGAÇÃO: Sementes:
10 a 14 Kg/ha: linhas espaçadas de 0,5 a 1,0m)
120 a 150 Kg/ha: linhas espaçadas de 0,3- 0,4m)
linhas espaçadas de 5 a 10m(20sementes/cova)
Guandu
• UTILIZAÇÃO: Enriquecer palhada de milho (na razão de 30% de sementes)
Grãos na alimentação humana e animal
Adubação verde
Fenação
ALFAFA
• Espécie: Medicago sativa L.
• Nome comum: alfafa
• Origem: Ásia
• Ciclo vegetativo: perene • Aspectos morfológicos:
Raíz pivotante (2a 5 m de profundidade) Caule herbáceo Folhas trifoliadas com folíolos ovais
Flores pequenas de cor violácea dispostas em rácemos abertos Fruto Legume, indeiscente Sementes pequenas (1 g/ 500 a 550 sementes)
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ALFAFA • Clima: temperado, crescimento reduzido no inverno rigoroso.
• Temperatura Ótima: 10 a 25˚C.
• Produção >na.primavera/verão
• Tolerante a seca = raiz profunda
• Chuvas 900 a 1400mn/ano .
• Produção 1 kg de MS = 700 a 800 litros d’água.
• Solo:
Exigente em fertiridade ( Solos profundos),
Textura areno argilosa.
pH ótimo 6 a 7,5 (ausência de alumínio e manganês)
Exigente em K,P,Ca,Mg, S,B, Zn, Mo, Co.
ALFAFA
• ADUBAÇÃO:remoção de nutrientes=produção de 20 t MS/ha
P-106 kg de P2O5; 493 de k2O; 196 de Ca; 45 de Mg e 45 de S.
Recomendação:400 kg de KCl; 50 kg de sulfato de Zn; 25kg de ácido bórico.
calcário 1,0 t/ha. Matéria orgânica( 20-25t/ha)
Alfafa
Plantio Época= outono com 130 a 150 plantas/m2
Preparo do solo x tamanho das sementes
Profundidade= 1 a 2 cm Densidade= 10 a 20kg/ha
Plantio=lanço (manual, mecânico) Linhas de 20 a 30 cm
ALFAFA
• UTILIZAÇÃO: feno,silagem, corte e pastejo
Alimentação humana (brotos, extratos de folhas); alimentação de aves (fonte de beta caroteno);
Cortes – brotação basilar abaixo de 8 cm
10 a 20 % de florescimento (primavera-verão)
outono-inverno 34 a 36 dias
Altura de corte 7 a 8 cm
Problemas – pragas e doenças52
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Pragas e doenças
Por se tratar de uma cultura perene, a alfafa é predisposta a sofrer ataque de pragas e doenças, tanto na parte aérea
como nas raízes, cujos efeitos são acentuados pelo manejo inadequado ou condições ambientais desfavoráveis.
Entretanto, as mais sérias são aquelas que afetam as partes perenes das plantas,
como a coroa e as raízes.
Alfafa – pragas e doenças
Lagarta rosca (Agrostis apisilon) Lagarta da folha (Mocis latipens) Lagarta da alfafa (Colis lesbia pyrrthothera) Lagarta mede palmos (Rachiplusia nu) Outros : pulgões e besouros.
Doenças Antraquinose (Colletrotriclum trifolii): mancha de coloração
marrom ou negra na base do caule.
Cercóspora (Cercospora medicaginis): manchas amarelo-escuras nos folíolos;
Podridão úmida da raiz: (Phytophthora megasperma)
Fusarium (Fusarium) : podridão de coloração marrom nos tecidos vasculares das raízes
Nematóides;
Manejo adequado, acompanhamento freqüente do estado sanitário e, em alguns casos, pulverizações com fungicidas ou inseticidas podem evitar prejuízos maiores a cultura.
CALOPOGONIO Gênero: Calopogonium
Espécie: Calopogonium mucunoides Desv.
Nome comum: CALOPOGONIO
Características Vegetativas: Hábito de crescimento- prostrado. Ciclo vegetativo- perene Caules- finos, flexíveis, volúveis, recobertos de pêlos
ferrugineos. Folhas- trifoliadas com folíolos de formato irregular e
também recobertos de pêlos ferrugineos. Flores- azuladas Frutos- vagens curtas e retas(2a 4 cm) e também
recobertos de pêlos ferrugineos.
CALOPOGÔNIO
ADAPTAÇÃO: Qualquer tipo de solo. Não tolera sombra nem excesso de umidade.
PROPAGAÇÃO: Sementes: 2 a 4 Kg/ha 3 a 5 Kg/há UTILIZAÇÃO: pastagens consorciadas e fenação
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Neonotonia wightii
Soja Perene
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JAVA OU JADE
Espécie
Cultivar
Porte e
crescim.
Exigência
fertilidade
Dificuldade
no manejo (em
consórcio)
Resistência à praga e doença
Tolerância ao mau manejo
persistência
Prod. sement
e
VN
Arachis pintoi
Amarillo
Herbác
eo, prostr
ado, estolonífero
Média
Baixa
Média - Cercosporios
e
Alta
Média
Alto, com alta
palatabilidade
Belmont
e
Alta - Cercosporios
e
Nula ou desprezível
Calopogonium
mucunoides
Comum
Herbác
eo, volúvel
Baixa
Média
Alta
Alta
Alta
Médio
Cajanus Cajan
Super N
Subarbusto, ereto
Baixa
Média
Alta
Média
Alta
Médio
Algumas características morfológicas e adaptativas de cultivares de leguminosas forrageiras tropicais
Espécie
Cultivar
Porte e Cresci-mento
Exigên-cia
fertili-dade
Dificulda-de
no manejo
(consórcio)
Resistência à praga e doença
Tolerância ao mau manejo
Persistên-cia
Prod. Se-mentes
VN
Leucaena leucocephala
Cunningham
Arbustivo-
arbóreo,
ereto
Alta
Alta
Ataque de formigas e cupins no
estabelecimento
Média
Alta
Alto, com alta
palatabilidade
Pueraria phaseoloides
Comum
Herbác
eo, volúvel
Média-Alta
Média
Alta
Baixa
Alta
Médio
Stylosanthes guianensis
Mineirão
Herbáceo-
subarbustivo, ereto
Baixa
Alta
Alta - Antracnose
Baixa
Baixa
Médio
Stylosanthes
macrocephala
Pioneiro
Herbác
eo, ereto
Baixa
Média
Média - Antracnose
Baixa
Alta
Médio
Espécie
Cultivar
Porte e
cresci- mento
Exigên cia fertili-dade
Dificulda-de no manejo (consórcio)
Resistência à praga e doença
Tolerância ao mau manejo
Persistên-cia
Prod. Semen-tes
VN
Stylosanhte spp. (S. capitata
+ S.
macrocepha-la)
Campo Grande
Herbáceo,
ereto
Baixa
Média
Alta - Antracnose
Baixa
Alta
Médio
Neonotonia wightii
Clarence,
Cooper, Tinaroo
Herbáceo,
volúvel
Alta
Média
Média - Oídio
Baixa
Média
Alto
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Principais aspectos positivos e negativos de cultivares de leguminosas forrageiras tropicais
Espécie
Cultivar
Aspectos positivos
Aspectos negativos
Arachis Pintoi
Amarillo
Qualidade da forragem; persistência; tolerante ao encharcamento do solo; boa capacidade de consorciação. Também utilizada como planta de cobertura
Baixa retenção de folhas na seca; oferta e preço de sementes. Baixa produtividade em vários locais
Belmonte
Idem cv. Amarillo
Baixa retenção de folhas na seca. Propagação apenas por mudas.
Calopogonium mucunoides
Comum
Oferta de sementes no mercado; boa capacidade de ressemeadura natural; facilidade de estabelecimento. Plantio pode ser associado com arroz. Também utilizada como planta de cobertura
Qualidade da forragem; baixa retenção de folhas na época seca; baixa aceitabilidade/palatabilidade no período chuvoso
Espécie
Cultivar
Aspectos positivos
Aspectos negativos
Cajanus Cajan
Super N
Crescimento rápido; Uso múltiplo; oferta de sementes no mercado; facilidade de estabelecimento
Baixa retenção de folhas na época seca. Ciclo de vida bienal.
Leucaena leucocephala
Cunningham
Qualidade da forragem; alta palatabilidade; capacidade de consorciação; alta produtividade na estação chuvosa e, em locais de alta fertilidade natural, boa produção na seca; oferta de sementes no mercado. Alta sobrevivência depois de estabelecido.
Baixa tolerância a solos ácidos, afetando a retenção de folhas na seca. Não pode ser o único volumoso na dieta, devido a presença de mimosina (fator anti-nutricional).
Pueraria phaseoloides
Comum
Capacidade de consorciação com gramíneas agressivas; alta qualidade da forragem, adaptada a áreas úmidas; pouco atacada por pragas e doenças; boa ressemeadura natural
Baixa retenção de folhas na seca
Espécie
Cultivar
Aspectos positivos
Aspectos negativos
Stylosanthes guianensis
Mineirão
Adaptação a solos ácidos e de baixa fertilidade; alta retenção de folhas na época seca; resistência à antracnose; florescimento tardio. Muito utilizado como banco de proteína no período seco.
Difícil manejo do pastejo; alto custo das sementes; pequena ressemeadura natural; estabelecimento/crescimento inicial lento
Stylosanthes macrocephala
Pioneiro
Adaptados a solos arenosos; bom produtor de sementes com boa ressemeadura natural; capacidade de consorciação com B. decumbens e Andropogon gayanus;
Baixa retenção de folhas na seca; atualmente sem oferta de sementes no mercado.
Stylosanhtes spp. (S. capitata + S. macrocephala)
Campo Grande
Adaptação a solos arenosos; persistência sob pastejo; ressemeadura natural; baixo preço da sementes; tolerância à antracnose alta ou média, dependendo do local de cultivo.
Baixa retenção de folhas na seca
Neonotonia wightii
Clarence, Cooper, Tinaroo
Alto valor alimentício; capacidade de consorciação com gramíneas mais agressivas; boa ressemeadura natural
Não validada em várias regiões do Cerrado; possibilidade de ser invasora em áreas de integração pecuária lavoura; baixa oferta de sementes no mercado; baixa retenção de folhas na seca
• Nos atuais cultivares, a produtividade de forragem e a estacionalidade da produção dependerão da duração da estação seca e do ciclo fenológico.
• Em geral, os cultivares têm comportamento tardio e foram selecionados para sistemas com baixo uso de insumos.
• Características como porte, hábito de crescimento e palatabilidade, demandarão estratégias diferenciadas de manejo.
Dentre os cultivares ou gêneros botânicos com maior estoque de informações, destacam-se:
• os estilosantes (Stylosanthes spp.),
• o amendoim forrageiro (Arachis pintoi) e
• a leucena (Leucaena spp.),
Por serem os mais cultivados e/ou mais promissores.
Conhecendo:
as características adaptativas dos cultivares (solo e clima, principalmente),
a capacidade de retenção de folhas na seca e, a distribuição da produção ao longo do ano....
.....diversas combinações de pastagens consorciadas
poderão existir na propriedade visando o melhor suprimento em quantidade e qualidade ao longo do ano, como por exemplo:
pastagens consorciadas de Leucaena nas águas; pastagens de Cajanus na transição águas-seca e pastagens de Stylosanthes na época seca.
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Dentre as gramíneas, o Andropogon gayanus cv. Planaltina ou cv. Baetí é o que apresenta maior facilidade de consorciação com as leguminosas herbáceas.
A Brachiaria brizantha cv. Marandu tem se mostrado a gramínea mais agressiva, sendo difícil a estabilidade dos pastos consorciados com leguminosas herbáceas ou de porte baixo.
• Em Brachiaria, o cultivar Basilisk (B. decumbens) tem sido a gramínea mais adequada para o consórcio com leguminosas herbáceas no Cerrado.
• No ecossistema de Mata Atlântica, a consorciação de B.humidicola com o amendoim forrageiro (Arachis pintoi cv. Belmonte) ou com o Desmodium ovalifolium cv. Itabela tem apresentado grande estabilidade.
• A Pueraria phaseoloides (kudzu tropical) assume grande expressão em consórcio com diversas gramíneas na região amazônica.
Persistência da leguminosa forrageira
A produção de sementes pela leguminosa, em condição de pastejo, exerce uma forte influência na sua persistência no sistema.
Os cultivares que não conseguem constituir um razoável banco de sementes no solo, ficam mais suscetíveis a ação do fogo e de fenômenos como secas prolongadas, comprometendo sua regeneração na comunidade de plantas da pastagem.
Leguminosas forrageiras e seu valor para produção animal
Item
Arachi
s pintoi
Stylosanthes
guianensis 1
Glycine
wightii 2
Leucaena
leucocephala3
Medicag
o sativa 4
Coef. Digestib. Aparente
64,4
49,2
44,3
55,6
59,9
Matéria Seca
88,1
91,6
90,1
92,7
90,0
Proteína Bruta 5
14,3
9,8
12,3
16,3
17,0
Carboidratos(CHO) 5
79,9
81,0
52,0
Fibra Det. Neutro 5
52,5
63,7
43,3
53,4
Fibra Det. Ácido 5
35,8
50,1
19,3
33,8
Celulose5
38,3
26,3
11,6
24,5
Hemicelulose5
16,7
13,6
13,9
9,5
Lignina 5
11,2
11,8
14,4
12,9
A.
gayanus
Ga
nh
o e
m p
es
o (
kg
/an
ima
l)
-40
-20
0
20
40
60
80
100
120
140
160
Mai Jul Set Nov Jan Mar Abr
Efeito de leguminosas no ganho em peso de novilhas azebuadas durante
os períodos de seca e chuva (1993/94).
A. gayanus+S.guianensis cv. Mineirão
A. gaynus
Ga
nh
o e
m p
es
o (
kg
/an
ima
l)
-40
-20
0
20
40
60
80
100
120
140
160
Mai Jul Set Nov Jan Mar Abr
Efeito de leguminosas no ganho em peso de novilhas azebuadas durante
os períodos de seca e chuva (1993/94).
A. gayanus+S.guianensis cv. Mineirão
A. gaynus
Efeito de leguminosas no ganho de peso de novilhas azebuadas durante
os períodos de seca e chuvas
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c
Local/Épocas
g/dia/an
kg/ha
Lotação
(UA/ha)
g/dia/an
kg/ha
Lotação
(UA/ha)
Fazenda
Cachoeira²
B ruziziensis + Mineirão
B. ruziziensis pura
Anual
303
190
Chuvas
450
1,42
406
1,27
Seca
-12
0,86
-72
1,18
Fazenda Santa
Inês³
B. decumbens + Mineirão
B. decumbens pura
Anual
460
301
Chuvas
622
1,51
511
1,17
Seca
205
0,80
131
0,80
Efeito de pastagens de Brachiaria spp recuperadas pela introdução de Stylosanthes guianensis cv.
Mineirão, em dois solos de Uberlândia (MG), no ganho de peso de novilhas nelores.
c
Período
0,6
UA/ha
1,0
UA/ha
1,4
UA/ha
B +
CG
BP
B +
CG
BP
B +
CG
BP
97/98
138
139
264
220
330
309
98/99
225
187
380
308
470
367
99/00
234
204
302
259
472
330
TOTAL
(kg/ha)
597
530
946
787
1.27
2
1.00
6
Arroba/ha
21,2
18,
7
34,4
27,
8
45,0
35,5
Diferença -
Arroba/ha
+2,4
+6,6
+9,5
Efeito da inclusão do estilosantes Campo Grande no ganho de peso na recria
de bezerros nelore em pastagens recuperadas de B. decumbens
c
Produção
Capim Estrela
Estrela + A. pintoi
Incremento (%)
1990
kg/vaca/dia
7,7 b
8,8 a
kg/ha/dia*
22,3
25,5
14,3
1991 – 1992
kg/vaca/dia
9,5 b
10,9 a
kg/ha/dia
22,8
25,9
13,6
Produção de leite em pastagens de capim Estrela Africana (Cynodon nlemfuensis)
em monocultivo e consorciado com Arachis pintoi.
* Lotação de 2,9 e 2,4 U.A. em 1990 e 1991/1992, respectivamente.
set nov jan mar mai jul set nov jan mar
Ga
nh
o d
e p
es
o a
cu
mu
lad
o (
kg
/an
ima
l)
0
50
100
150
200
250
300
B. brizantha cv. Marandu+Bco. de proteína na seca
B. decumbens/S. guianensis cv. Mineirão
B. brizantha cv. Marandu/Leucena "híbrido 11x25"
set nov jan mar mai jul set nov jan mar
Ga
nh
o d
e p
es
o (
kg
/an
ima
l/d
ia)
-1,0
-0,5
0,0
0,5
1,0
1,5
2,0 (a)
(b)
Ganho de peso de tourinhos da raça Nelore, no período de setembro/2001 a
março/2003, recriados em pastagens renovadas. O peso inicial médio dos animais era
de 217 7,4 kg.
c
Pastagens1
Concentrado
Produção de leite
(kg/vaca/dia)
(kg/dia)
(kg/lactação)
(kg/ha)
Setaria+300 kg/ha/ano de N
0
4,90,33
1.364134
6.820
B. decumbens/L. leucocephala2
0
6,10,23
1.836137
9.180
B. decumbens/L. leucocephala
4
8,70,30
2.609102
13.045
B. decumbens/L. leucocephala
6
11,20,25
3.352052
16.760
Produção de leite de vacas (Sahiwal x Friesian) de primeira lactação em pastagens
de: Setaria sphacelata adubada anualmente com nitrogênio e de B.
decumbens/Leucaena leucocephala suplementada com três níveis de concentrado Fatores antinutricionais das
leguminosas
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Produtos secundários
Os compostos químicos liberados pelas plantas
ou microrganismos no ambiente e que causam efeitos
benéficos ou deletérios sobre outras plantas ou
microrganismos são denominados de substâncias
alelopáticas, agentes aleloquímicos ou simplesmente
aleloquímicos, ou produtos secundários.
Fatores antinutricionais
Todas as plantas são potencialmente capazes de
sintetizar compostos alelopáticos, embora as plantas
cultivadas e suas variedades comerciais tenham perdido
muito essa capacidade.
Essa característica era mais comum nos precursores
silvestres das atuais plantas cultivadas, que se
adaptaram para competir com outras plantas,
garantindo não só a formação de estandes puros, como
também a defesa contra insetos e outros predadores
(Bansal & Bhan, 1993).
Vias prováveis seguidas por compostos aleloquímicos da liberação
pela planta doadora até causar o efeito alelopático na planta receptora.
Efeitos Aleloquímicos Sabe-se que afetam processos na planta, tais
como:
• a germinação das sementes e o crescimento das plântulas;
• a assimilação de nutrientes;
• a fotossíntese;
• a respiração;
• a síntese de proteína;
• a atividade de várias enzimas;
• a perda de nutrientes pelos efeitos na permeabilidade da membrana celular.
Alelopatia em alfafa
O seu crescimento, avaliado pela altura e peso fresco por
planta, foi significativamente reduzido em solo
previamente cultivado com alfafa, quando comparado
àquele obtido em solo previamente cultivado com sorgo
(Tabela 1).
Efeito das culturas precedentes sobre a emergência e o crescimento das plântulas de alfafa e de sorgo
aos 21 dias após o plantio.
G = germinação; H = altura das plantas; P = peso fresco/planta
Fonte: Hegde & Miller (1990).
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Heterotoxicidade
• A alfafa contém substâncias solúveis
em água que são inibidoras não somente
da própria espécie, mas também de
outras.
• Essas substâncias são capazes de
afetar o restabelecimento da alfafa em
áreas onde ela já existiu.
Alelopatia
Esses compostos fitotóxicos solúveis
em água são liberados dentro do ambiente
do solo, por meio de folhas frescas, caules
e tecidos da coroa, bem como de material
seco, raízes em decomposição e sementes
(Hall & Henderlong,1989).
Ademais, vale a pena ressaltar que o efeito
alelopático depende de um composto que é adicionado
ao ambiente.
• Nesse sentido, uma planta na pastagem pode
afetar o crescimento da outra, sem que ocorra o efeito
alelopático, mediante competição por fatores do
ambiente, tais como água, luz e nutrientes
(Rodrigues et al., 1992).
Manejo da área com alfafa
Em geral, quando se reintroduz a alfafa em
estandes já estabelecidos, mas em decadência, a
incorporação de resíduos das plantas velhas ao
solo libera substâncias inibidoras que afetaram as
plântulas novas.
• É possível o estabelecimento de alfafa,
respeitando-se um período mínimo de duas
semanas após a incorporação dos resíduos pela
lavração, ou de três semanas após a aplicação
de dessecante.
Porém, já existem relatos de cultivares de alfafa com
alguma tolerância à alelopatia, o que indica a possibilidade
de melhoramento genético para tal fator (Miller, 1996).
A Crotalaraia juncea é uma leguminosa anual que, segundo
Calegari et al. (1993), tem efeito alelopático e/ou
supressor de invasoras bastante expressivo.
Wutke (1993) cita que há evidências dos efeitos
alelopáticos da Crotalaria juncea sobre a tiririca (Cyperus
rotundus).
Implicações do efeito alelopático
É importante fazer a distinção entre o tipo e a duração das interações que ocorrem nos ecossistemas para melhor visualizar os efeitos alelopáticos.
Assim, por exemplo, a inibição do crescimento de uma leguminosa em uma pastagem, pela mesma leguminosa ou por uma gramínea, quando os fatores necessários ao crescimento não são limitantes para as plantas envolvidas, decorre da autotoxicidade (alelopatia intra-específica) ou da alelopatia propriamente dita (interespecífica) (Rodrigues et al., 1993).
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Efeitos alelopáticos de extratos aquosos obtidos de três espécies de Brachiaria (B.
decumbens, B. humidicola e B. brizantha cv. Marandu) sobre as leguminosas
forrageiras Centrosema pubescens, Calopogonium mucunoides, Macrotyloma axillare
cv. Guatá e Stylosanthes guianensis.
Médias seguidas por letras iguais (maiúsculas – sem extrato e minúsculas – com
extrato) na mesma coluna não diferem entre si pelo teste de Tukey (P>0,01).
Fonte: Almeida (1993).
Efeitos alelopáticos de extratos aquosos obtidos de três cultivares de Panicum maximum (Mombaça, Aruana e Tanzânia-1)
sobre as leguminosas forrageiras em laboratório.
Médias seguidas de letras iguais, maiúsculas nas linhas e minúsculas nas
colunas, não diferem entre si pelo Teste de Tukey (P>0,05). Fonte: Almeida
(1999)
Efeitos alelopáticos de extratos aquosos obtidos de três cultivares de Panicum
maximum (Mombaça, Aruana e Tanzânia-1) sobre as leguminosas forrageiras
em laboratório.
Médias seguidas de letras iguais, maiúsculas nas linhas e minúsculas nas colunas, não
diferem entre si pelo Teste de Tukey (P>0,05). Fonte: Almeida (1999)
Implicações do efeito Alelopático
As cultivares de P. maximum estudadas apresentaram potencial
alelopático, variando de acordo com a espécie de leguminosa.
A cv. Mombaça mostrou-se a mais alelopática para as leguminosas
avaliadas.
Sugere-se que o guandu não seja semeado com a cv. Tanzânia–1,
até que estudos em condições de campo possam confirmar ou não os
resultados obtidos no presente trabalho, em laboratório e em casa-de-
vegetação
OBRIGADA