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Seminário Nacional dialoga sobre a Convivência Familiar e Comunitária de Crianças e Adolescentes e convida as Organizações da Sociedade Civil a integrarem o Movimento Nacional Pró-Convivência Familiar e Comunitária O Seminário “Diálogo Nacional sobre a Convivência Familiar e Comunitária de Crianças e Adolescentes” ocorrido em Recife (PE) nos dias 22 e 23 de maio reuniu cerca de 400 participantes de todas as regiões do Brasil. O evento foi realizado pelo Movimento Nacional Pró-Convivência Familiar e Comunitária e coordenado pela Secretaria Executiva “Terra dos Homens” (RJ) com apoio local da GAJOP, Humanitas, UNICAP e Governo Municipal de Pernambuco. Com a presença do CONANDA, da Secretaria Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente e de autoridades estaduais e municipais de Pernambuco, o evento focou dois eixos aglutinadores: a importância do fortalecimento da Convivência familiar e Comunitária, e a Convivência Familiar e Comunitária em casos de alta complexidade. No primeiro eixo, demarcou a importância das ações preventivas e do diálogo entre a área Social, a Saúde, a Educação e a Segurança Pública para o Fortalecimento da Convivência Familiar e Comunitária no Brasil

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Seminário Nacional dialoga sobre a Convivência Familiar e Comunitária de Crianças e Adolescentes e convida as Organizações da Sociedade Civil a integrarem o Movimento Nacional Pró-Convivência Familiar e Comunitária

O Seminário “Diálogo Nacional sobre a Convivência Familiar e Comunitária de Crianças e Adolescentes” ocorrido em Recife (PE) nos dias 22 e 23 de maio reuniu cerca de 400 participantes de todas as regiões do Brasil.

O evento foi realizado pelo Movimento Nacional Pró-Convivência Familiar e Comunitária e coordenado pela Secretaria Executiva “Terra dos Homens” (RJ) com apoio local da GAJOP, Humanitas, UNICAP e Governo Municipal de Pernambuco.

Com a presença do CONANDA, da Secretaria Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente e de autoridades estaduais e municipais de Pernambuco, o evento focou dois eixos aglutinadores: a importância do fortalecimento da Convivência familiar e Comunitária, e a Convivência Familiar e Comunitária em casos de alta complexidade.

No primeiro eixo, demarcou a importância das ações preventivas e do diálogo entre a área Social, a Saúde, a Educação e a Segurança Pública para o Fortalecimento da Convivência Familiar e Comunitária no Brasil (CFC). Destacou-se o Trabalho com Famílias, a partir de experiências nacionais de cunho preventivo e intersetorial

A CFC foi abordada, também, nas ações de prevenção realizadas em Comunidades Violentas e nas relações com o Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (SINASE) realçando o trabalho com famílias de adolescentes autores de atos infracionais.

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No segundo eixo, foi abordado o panorama do Acolhimento Institucional e Familiar no Brasil por Claúdia Vidigal (SDH/PR) e uma visão internacional por Victoria Martins da “Hope and Homes for Children” da Inglaterra.

Patrick Reason (MNPCFC - Curitiba/PR), Victoria Martins (Hope and Homes for Chlidren), Claúdia Cabral (ABTH e MNPCFC) e Claúdia Vidigal (SDH/PR)

Boas práticas nacionais foram apresentadas e discutidas: Acolhimento Institucional (Curitiba, Porto Alegre e João Pessoa). Metodologias de Trabalho com Família Acolhedora (São Bento do Sul /SC),

Instituto Fazendo História/São Paulo, GAJOP e UNICAP/Recife. Metodologias para a Reintegração Familiar da Casa Novella (BH/MG), Projeto

Axé (Salvador/BA) e Instituto Dom Elder Câmara (Recife/PE); Guarda subsidiada para família extensa (ACER Brasil/SP- Jonathan Hannay)

A Adoção foi definida como medida protetiva extraordinária a ser utilizada quando esgotadas as possibilidades da criança/adolescente conviver com sua família de origem e, quando responder ao seu melhor interesse. Neste sentido o APL de Adoção foi discutido, salientando-se a necessidade de debates ampliados sobre iniciativas legislativas que têm como foco a adoção como política pública. Enfatizaram-se os riscos inerentes ao equivoco de se acreditar que todas as crianças/adolescentes em serviços de acolhimento estejam abandonadas, maltratadas e que precisam ser salvas pela inserção numa família adotiva nacional ou internacional.

O NECA participou e integrou os debates temáticos com apresentações de:

1. Irandi Pereira na mesa:"O Atendimento às Famílias dos Adolescentes em Conflito com a Lei", ocorrida em 22/05/2017. 

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Irandi Pereira (NECA/SP)

2. Dayse C. F. Bernardi na mesa "Reflexões sobre o Anteprojeto de Lei de Adoção:- Reintegração ou Adoção? - ocorrida em 23/05/2017.

3. Alice Bittencourt como participante geral do seminário.  

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A preservação dos vínculos familiares foi enfatizada com a apresentação das “Diretrizes Internacionais de Reintegração Familiar” e o lançamento de duas publicações:

“Diretrizes para Reintegração Familiar de Crianças e Adolescentes” – publicação organizada pelo Grupo Interagência de Reintegração Infantil que reuniu 14 instituições internacionais presidido pela “Family for Every Child”, e apoiado no Brasil pela Terra dos Homens, secretaria executiva do Movimento Nacional Pró-Convivência Familiar e Comunitária. (Confira a publicação

“Um fim ao silêncio: fundamentos para eliminar o Acolhimento Institucional de Crianças” – o documento elaborado pela organização internacional “Hope and Homes for Children” do Reino Unido foi traduzida para o português, com apoio da Associação Brasileira Terra dos Homens, secretaria executiva do Movimento Nacional Pró-Convivência Familiar e Comunitária, com o objetivo de incentivar a garantia das normativas para “por em prática uma nova cultura de atendimento de crianças e adolescentes que nascidas em situação de pobreza e/ou convivendo em famílias com dificuldades de criarem seus filhos, ainda são institucionalizadas como se fossem órfãos ou abandonados”. (Comentário Claúdia Cabral, diretora executiva da ABTH e MNPCFC).

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“Diretrizes para Reintegração Familiar de Crianças e Adolescentes” –(Confira a publicação no site do MNPCFC: https://movimento-nacional.s3.amazonaws.com/uploads/ckeditor/attachments/135/Diretrizes_Para_a_Reintegra__o_de__Crian_as.pdf)  “Um fim ao silêncio: fundamentos para eliminar o Acolhimento Institucional de Crianças” – o documento elaborado pela organização internacional “Hope and Homes for Children” do Reino Unido  http://www.hopeandhomes.org/news-article/transforming-the-lives-of-children-in-latin-america/

O Seminário reforçou o compromisso do MNPCFC em expandir suas ações em território nacional, agregando organizações da sociedade civil que trabalhem para garantir o direito de Convivência Familiar e Comunitária de crianças e adolescentes, reafirmando as diretrizes da Convenção Internacional dos Direitos da Criança (ONU,1989), do Plano Nacional de Promoção, Proteção e Defesa da Convivência Familiar e Comunitária (PNCFC, 2006) e do Estatuto da Criança e do Adolescente (1990).

“É direito da criança e do adolescente ser criado e educado no seio de sua família e, excepcionalmente em família substituta, assegurada a convivência familiar e comunitária, em ambiente que garanta seu desenvolvimento integral” (Art. 19 – ECA, 1990).

Assembléia Geral do Movimento Nacional Pró-Convivência Familiar e Comunitária

A Assembléia Geral realizada em 24 e 25 de maio teve como pauta a apresentação e aprovação do relatório de gestão 2015-2017, eleição do Grupo Gestor e da Secretaria Executiva para a gestão 2017-2019 e o planejamento das ações do MNPCFC.

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O NECA foi eleito e se mantém como membro no Grupo Gestor do MNPCFC, compondo a região Sudeste que ficou representada por 3 Estados : São Paulo por Dayse Cesar Franco Bernardi (NECA/SP), Rio de Janeiro por Raum Batista (Terra dos Homens/RJ) e Minas Gerais por Elma Alves Garcia Lopes (Casa Novela - BH/MG). Contamos com o apoio e a presença dos pólos focais do MNPCFC em São Paulo: Instituto Fazendo História (Isabel Penteado), ACER Brasil (Jonathan Hannay) e Aldeias Infantis SOS (Fábio Paes).

Região Sudeste - MNPCFC

O MNPCFC deliberou na Assembléia Geral pela priorização das ações prol a Convivência Familiar e Comunitária no país, inclusive com ações junto ao CONANDA para promover a revisão e atualização do Plano Nacional de Promoção, Proteção e Defesa da Convivência Familiar e Comunitária (PNCFC) e estimular os CONDECAs e CMDCAs do país, para a construção e efetivação dos Planos Estaduais e Municipais de Convivência Familiar e Comunitária e, também, os Planos Decenais no eixo Convivência Familiar e Comunitária.

A Secretaria Executiva do MNPCFC estará sendo repassada nos próximos seis meses, da Associação Brasileira Terra dos Homens na pessoa da Diretora Executiva Claudia Cabral (Rio de Janeiro) para Associação Beneficente Encontro com Deus na pessoa de Patrick Reason (ECD de Curitiba-PR).

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MNPCFC – Gestão 2017-2019

Nota de falecimento:

Ao final dos trabalhos fomos surpreendidos no dia 26 de maio com a morte de Prof. Francisco Marto, membro do MNPCFC, de Porto Velho – RO.Agradecemos imensamente o tempo que pudemos conviver com ele, que com certeza será sempre lembrado pelo profissionalismo, alegria e vitalidade contagiante.