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1. Máquina do tempo / Bola de feel gude 2.Barata voa 3.Norte 4.Embalo 5.Sanhaço 6.Nova três 7.Balé 8.Taba 9.Diário do Migué 10. Cada rastro será gesso 11. Galo 12. Circus ENCARTE2.indd 1 11/07/13 18:47

Máquina do tempo 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. 11. 12

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1.Máquina do tempo / Bola de feel gude 2.Barata voa 3.Norte 4.Embalo 5.Sanhaço6.Nova três 7.Balé 8.Taba 9.Diário do Migué 10.Cada rastro será gesso 11.Galo 12.Circus

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WWW.SYLVIOFRAGA.COM.BR

MÁQUINA DO TEMPO 1:25(Sylvio Fraga Neto / Marcio Loureiro)

Mas como quero Abigail.E eu nem sei quem é Abigail!

BOLA DE FEEL GUDE 1:58(Sylvio Fraga Neto)

Um casal inventou uma casana floresta bem escondida.Essa casa era abertaa todos em todos os tempos.

Eu e ela nessa casa,ela moça, ela velha.Quando a noite terminaeu e ela duas salinas.

[total 3:23]

Obrigado Flora, meu amorEsse disco é dedicado à minha mãe e ao meu pai

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BARATA VOA 2:51(Sylvio Fraga Neto)

Barata voano sono,cara ou coroa...No lamento dageladeira velha,seu zumbido erao único som ali,nem um frisson de gatocaindo em si,nem lagartixa eu vi,nem um barulho de mangacaindo ouvi.

Barata voana vida,cara ou coroa...Na verdade eusou essa pessoa,afobado e à toa,mas o que posso fazer?e você já dormiu à luzdessa televisão,mas o que posso saber?um beijo na testaque sonha e sai de manhã.

O TRIOSylvio Fraga Neto: voz, violão e guitarraMac Willian Caetano: bateria Marcio Loureiro: baixo elétrico

PARTICIPAÇÕES ESPECIAISJosé Arimatéa: flugelhorn (1, 4, 12), trompete (2)Turdus rufiventris: voz (12)Coro da Circus: Arminio Fraga, Bruno Cosentino, Daniel Belquer, Lourenço Monte-Mor de Sá Parente e o trio

FICHA TÉCNICAProdução musical: Sylvio Fraga NetoArranjos: O trioGravação: Marcio LoureiroMixagem: Duda Mello nos Estúdios Rockit! Masterização: Ricardo Garcia no estúdio Magic MasterFotografia: João AtalaDesign gráfico: Cela LuzProdução executiva: Sylvio Fraga Neto e Milena Machado (Passarinho Produções)Apoio geral: Adriano "o mãe" Câmara

AGRADECIMENTOS ESPECIAISAna Lúcia Pereira Nolasco, Bruno Morpheu, Clower Curtis, Daniel Belquer, Diretoria, Genival Barbosa da Silva, Heloísa Maria da Silva Pereira, Isabel Cristina Telles, Izaias Rosa de Sousa, Leila Maria Pereira da Silva, Luciano Fonseca dos Reis, Marcelo Frisieiro, Mariana Nóbrega Fraga, Mario, Mariza, Joana e Antonia Adnet, Mike Atallah, Rafael Frederico Teixeira, Rodrigo Gomes, Tony Pelosi

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NORTE 3:30(Sylvio Fraga Neto)

Nas ruas inteiras,palmeiras, ipês,a tarde na beirade outra estação.

Eu vou fazer a noiteo norte dessa fée o mais importanteo olhos da mulher.

Acordei há mais de cemhoras que o dia vem,noite em falso sono vaise amando sem final.

Eu vou fazer a noiteo norte dessa fée o mais importanteo olhos da mulher.

A palmeira e o ipêdos meus olhos que não estãoe a velha lucidezvai ciscando pelo chão.

Eu vou fazer a noiteo norte dessa fée o mais importanteos braços da mulher.

CIRCUS 4:58(Sylvio Fraga Neto / Pedro Dias Carneiro)

Se o cara vira velho antes,atrás da cara a luz caveira cava.

Ave cão da velharia,ai de quem quer ser guri.

E se alguém não muda?e se o céu não cabe?se não há vontade

ai ai o amor,se não arde, não háse não for,só quem arde provou,só quem sabe o que ardeai o amor!

Conservar coragem,o corpo não corresponder, o queixo cair,a alma, o pelo, tudo embranquecerfazendo o sinal que já é tarde

pro amor,já é tarde demaisnem se for,só quem arde provou,sem coragem não hánem se for.

Do peito escancaradoao sangue derramadoemoldurado na paredequeima ou cai.Querido filhomais velho até que aquele ancião,falando aquilo,ainda tapando a boca com a mão,calando pela pernasem andar,parado cai, não vai mais levantar.Com o peito emolduradoo tal semi-acordadoacostumado com a históriaquer contarque o sol foi colocadoe o mundo é do passadoacreditando que a idade é que conta.

Ai ai o amor,só quem vai sem pensarencontrou.Se não arde, ai o amorsem coragem não hánem se for.

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EMBALO 3:25(Sylvio Fraga Neto)

Vem correndo meu amor,estou aqui, no nosso bar!

Então vem, faz calor,cerveja tem um bom sabor.

Um pastel de camarão,dois de carne, dois de queijo!(Um Corcel na contramão.)Dois de carne, dois de queijo!

Quem não abriuvai ficar vazio.

Neil Young Fluvai fluir bem,o sol nem alma tem.

A mangueira estácarregada igual a mimde aqui.

GALO 3:13 (Sylvio Fraga Neto / Pedro Dias Carneiro)

Claro que émelhor esquecera mulher,mas se não puderé só dormir.

Pra lá da peleja do solserá a minha vida.

Nunca serãoalém do mingau na colher,a melancolia e o bidet.

Pra lá da moléstia do azulserá o meu caminho.

Anda, anda, anda,no salto levedo passo magro,

anda, anda, anda,que já é tarde,que já é cedo!

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SANHAÇO 2:44(Sylvio Fraga Neto)

O sanhaço do coqueirose deixou deixar me darum pouquinho de amorbem devagar.

Mas ele se assustou,voou embora o meu bichin!Mas vai voltar,vai voltar,voltou!

Soltou a gargantalá do alto do coqueiroo meu bichin!

E assim a tarde foi...

É coqueiro coqueirando ar,é coqueiro coqueirando ar!

A maneira cabisbaixa de ficarembaixo dessa árvore, é bom.

A maneira cabisbaixa de ficarem cima dessa árvore...

CADA RASTRO SERÁ GESSO 2:50(Sylvio Fraga Neto / Mac Willian Caetano)

I

Cai da cama,veste água,sai da tramadesse quartomagro,vê se chama.

II

Já está muito quente,em Niterói a barca sente,o sal corrói a prata boa,seis da manhão dia voa!pela cidade a lente foscaque esse padre tem na boca,mandou rezar como quem nuncaamou ninguém.

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NOVA TRÊS 3:54(Sylvio Fraga Neto) Não faz malderrapar e olhar o chão,decimal o tempo quevocê cedeu, não faz malestudar a sensação!

No mato sem cachorro,grilos gafanhotosabrem alas a meu ser canhoto,nesse mato ralo, ex-café e galos,meu rasto fala não roçaram, galhosde canela preta, fogo raso, sono fundo,o rato deve ter agonizado, pode tercansado apenas, nunca pare sem olharpra baixo, tem formiga, olha o ralodisfarçado lá na beira dessa prosa,toda pedra sempre foi alguma coisa,o dia é bom porque recede,a paisagem tem caroço, pôr de sole aprendemos que racha.

Não faz malderrapar e olhar o chão,decimal o tempo quevocê cedeu, não faz malestudar a sensação!

Olha só quem veio aquitentar a morte eu seique vai melhorar,sei que já vai entrarpelo cano ali,cana de quem tem juízode não parar,juízo de se cansaraté a noite vir com seu peito.Assoalhar o ar!Assoalhar o ar, assoalhar o ar!Assoalhar o ar!

DIÁRIO DO MIGUÉ 4:04(Sylvio Fraga Neto / Pedro Dias Carneiro)

Fiz a mala,abri as asas.Ia agora,fiquei emboraé que eu não sei ir,quero mais um migué...Eu ainda ireia pé.

Fiz a mala,chequei o vento.Tranco a salae fico dentro,hoje eu não fui,amanhã se pá...quem não aparecernão virá, nem amanhã.

Quando eu vi havia uma porta ali já.Decidi ficar da porta pra cá.

Quanto ao ir e vir,ah, deixa ser.Quem se preparou?Pra quê?

A poeira aquivai poder bater,e no fim vooudeitado ali.

Anda ele,vai rodopiandose perdeu no ar,foi dançarele já virou peão.

Há maneirade não dar erradosó deixar levar,no sofáele logo se atirou.

Quando eu quis partir,decidido e brabo,você não deixoua não ser que eu possa me levar.

Andarilhodecidido e brabo,no sofáele logo se atirou.

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BALÉ 2:33 (Sylvio Fraga Neto)

O Universo apenas olha,olha as saias cortando o escuro.Planetas rodando e caindo de maduros.

O Universo some.Não há sons no chão,os pés são dons.

Se tem chão no céu,é ali.

TABA 1:59(Sylvio Fraga Neto / Pedro Dias Carneiro)

Minha crença é ter um deus ou dois ou trêse a sentença a cada passo de uma vez,sem a velha cruz tão pesadacarregando a paz e a boiada aflita atrás de um amore cada dia assimvai ser feliz se alguém disser que simnão vai ter fimse alguém partir a dor de órfão.A minha crença é ter um pai: foi lá e me fez.E a presença é ser um corpo ou dois ou três.Pode agradecer, obrigado!Ao velho senhor carregando a cruz e a culpa de mim.

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