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Rolando Redero Ramirez MUDANÇA DE HÁBITOS: A IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO EM SAÚDE NO CONTROLE DA DIABETES CAMPO GRANDE 2015

MUDANÇA DE HÁBITOS: A IMPORTÂNCIA DA ......maior frequência de diagnóstico médico de diabetes do que os homens17, 18,19. É essencial uma reorganização de hábitos alimentares

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Rolando Redero Ramirez

MUDANÇA DE HÁBITOS: A IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO EM

SAÚDE NO CONTROLE DA DIABETES

CAMPO GRANDE

2015

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Rolando Redero Ramirez

MUDANÇA DE HÁBITOS: A IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO EM

SAÚDE NO CONTROLE DA DIABETE.

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à

Universidade Federal do Mato Grosso do Sul como

requisito para obtenção do título de Especialista em

Atenção Básica em Saúde da Família.

Orientador: Professor: Arthur de Almeida Medeiros

CAMPO GRANDE

2015

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DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho às pessoas mais importantes da minha vida: A minha

amada esposa Mariela, e à minha querida Família, que confiaram no meu potencial

para esta conquista, sem os quais não tivera a possibilidade de nada. Obrigado por

estarem sempre ao meu lado e presentes em todos os momentos, dando carinho,

apoio, incentivo, determinação, fé, e principalmente pelo Amor de vocês.

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AGRADECIMENTOS

“Ao meu País, símbolo de luz paraque se possa existir um mundo melhor”, e

sem o qual não estivera aqui, oferecendo meu serviço no programa Mais Médico

para o Brasil.

À minha esposa Mariela, um agradecimento especial, por ter vivenciado

comigo passo a passo todos os detalhes deste trabalho, por ter me ajudado durante

todas as ações, por todo o apoio que necessitava nos momentos difíceis, dando

carinho, respeito, por ter me aturado nos momentos de estresse, e por tornar minha

vida cada dia mais feliz.

Ao meu tutor Arthur, que foi muito atencioso, orientador, e que, apesar da

distância se mostrou presente, esclarecendo minhas dúvidas, tendo muita paciência

e competência, assim como ao resto de professores que participaram do curso.

Agradeço pela sua dedicação e cumplicidade.

Aos meus queridos colaboradores, que participaram de forma voluntária para

a concretização desse projeto. Minha equipe de trabalho da Unidade de Saúde da

Família - USF que foi e é minha família, pelo apoio e incentivo, por me acolherem

com amor e respeito; pois apesar da diferença de idiomas, sempre estiveram

prontos para ajudar.

Aos meus colegas de turma pelos bons momentos juntos.

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EPÍGRAFE

“Se eu pudesse deixar algum presente a você, deixaria aceso o sentimento de amor

à vida dos seres humano. A consciência de aprender tudo o que nos foi ensinado

pelo tempo afora. Lembraria os erros que foram cometidos como sinais, para que

não mais se repetissem. A capacidade de escolher novos rumos. Deixaria para

você, se pudesse, o respeito àquilo que é indispensável: além do pão, o trabalho e a

ação. E quando tudo mais faltasse para você eu deixaria se pudesse um segredo. O

de buscar no interior de si mesmo a reposta para encontrar a saída.”

Mahatma Gandhi

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RESUMO

A educação em saúde é uma estratégia de promoção, que orienta a prevenção de doenças através de saberes e práticas para sensibilizar a população sobre as responsabilidades com sua saúde individual, e motivar a adoção de hábitos saudáveis e comportamentos, com responsabilidade,frente a sua saúde. Por essa razão surgiu o interesse em realizar este trabalho, com a aplicação de estratégias de intervenção educativa, de prevenção e promoção à saúde entre os pacientes com Diabetes Mellitus cadastrados na Unidade de Saúde da Família número 1, do bairro Vale do Pedregal, Município de Novo Gama. O objetivo principal deste trabalho foi realizar uma intervenção educativa para modificar, estilos de vida prejudiciais à saúde e melhorar a qualidade de vida destes pacientes, e assim evitar as complicações mais frequentes, o que podem levar à morte. Para tanto, foram realizadas três atividades e aspalestras educativas; que foi atécnica mais usada com o auxílio de recursos audiovisuais. Aplicamos um questionário para avaliar o nível de conhecimento dos pacientes sobre sua doença e assim poder atuar sobre os fatores de risco presentes. Os dados foram obtidos através dos prontuários e entrevistas feitas aos pacientes, e os resultados foram expressos em tabelas. A Diabetes Mellitus se mostrou mais frequente no sexo feminino, em maiores de 60 anos, e em pessoas com baixo nível cultural. A doença crônica, mais frequente associada à Diabetes Mellitus foi a Hipertensão Arterial.O fator de risco modificável mais prevalente neste estudo foi à obesidade, seguida do sedentarismo. Este projeto teve um impacto positivo ao aumentar o nível de conhecimento da população sobre esta doença e conseguimos mudar alguns fatores de risco como o sedentarismo e hábitos dietéticos inadequados.

Palavras-chave: Educação em Saúde, Saúde da Família,Diabetes mellitus.

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ABSTRACT

Health education is a promotion strategy that guides disease prevention through knowledge and practice to raise awareness about the responsibilities with their individual health, and motivate the adoption of healthy habits and behaviors, with responsibility, in front of your health. For this reason we became interested in doing this work, with the application of educational intervention strategies, prevention and health promotion among patients with diabetes mellitus registered at the Health Unit Familynumber 1, the Pedregal Valley neighborhood, city of New Gama. The main objectives of this study was educational intervention strategy for change, lifestyles harmful to health and improve the quality of life of these patients, and thus avoid the most frequent complications, which can lead to death of the patient. Therefore, there were three activities and educational lectures; that was the most used technique with the aid of audiovisual resources. We applied a questionnaire to assess the level of knowledge of the patients about their disease and thus be able to act on the risk factors present. The informationwas obtained from medical records and interviews with patients, and the results were expressed in tables. Diabetes mellitus was more frequent in women, in over 60 years and in people with low cultural level. Chronic disease, most common associated with diabetes mellitus was the Hypertension. The modifiable risk factor more prevalent in this study was to obesity, followed by physical inactivity. This project had a positive impact in raising the population's level of knowledge about this disease and we can change some risk factors such as physical inactivity and inadequate dietary habits.

Keywords: Health Education, Family Health, Diabetes mellitus.

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SUMÁRIO

1. AspectosIntrodutorios......................................................................... 08

1.1Introdução.......................................................................................... 08

1.2 Objetivos: Geral e Específicos.......................................................... 11

2. ANÁLISE ESTRATÉGICA...................................................................... 12

3. IMPLANTAÇÃO, DESCRIÇÃO E AVALIAÇÃO DA INTERVENÇÃO... 15

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS.................................................................... 22

5. REFERÊNCIAS....................................................................................... 24

6. ANEXOS................................................................................................. 27

7. APÊNDICES........................................................................................... 34

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1. ASPECTOS INTRODUTÓRIOS

1.1 Introdução

O Diabetes Mellitus (DM) pode ser definido como uma síndrome de etiologia

múltipla, decorrente da falta de insulina e/ou incapacidade da insulina de exercer

adequadamente seus efeitos. Caracteriza-se por hiperglicemia crônica com

distúrbios do metabolismo de lipídios e proteínas e por um aumento anormal do

açúcar ou glicose no sangue, a qual é a principal fonte de energia do organismo, que

em excesso, pode trazer varias complicações á saúde. Entre os seus vários tipos,

destaca-se o DM tipo dois, que representa 90% dos casos da síndrome, aparecendo

geralmente na idade adulta. As complicações do DM podem ser agudas ou crônicas.

Entre as complicações agudas estão à hiperglicemia e a hipoglicemia. Outras

complicações como Doença Cardiovascular, Doença Vascular Periférica e Acidente

Vascular Cerebral, retinopatia, nefropátia e neuropatia podemos encontrar em

pacientes sem controle adequado1, 2,3,4.

A Diabetes é uma doença bastante comum no mundo, especialmente na

América do norte e no norte da Europa, acometendo cerca de 7,6% da população

adulta, entre 30 e 69 anos, e 0,3% das gestantes. A Federação Internacional de

diabetes estima que com o aumento do sedentarismo, obesidade, e envelhecimento

da população, o número de pessoas com diabetes no mundo, vai a aumentar em

mais de 50%, passando de 380 milhões em 2025. De acordo com Organização

Mundial da Saúde (OMS), em 2006 havia cerca de 170 milhões de pessoas com

diabetes, e esse índice aumenta rapidamente, sendo a do tipo II a mais comum, nos

países mais desenvolvidos. O maior aumento atualmente é esperado na Ásia e

África, estimado que em 2030 esses númerosdobrem, neste aumento segue a

tendência de urbanização e mudança de estilo de vida. O diabetes está na lista das

cinco doenças de maior índice de morte no mundo, e esta chegando cada vez mais

perto do topo da lista juntamente comoutras Doenças Crônicas (DC), atingiu

proporções que atualmente permitem considerá-lo como uma pandemia, atingindo

todos os países, independente do seu grau de desenvolvimento1, 2,5,6,7,8.

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A diabetes afeta cerca de 10% da população Brasileira, aproximadamente 22

milhões de pessoas. O porcentual de pessoas que se declaram diabéticas passam

de 5,3%, para 7,4% milhões, o Ministério da Saúde (MS) considera a prevalência de

diabetes na população, acima de 40 anos, equivalente a 11%. O avanço do diabetes

está relacionado com excesso de peso, a falta de exercícios físicos, á má

alimentação e ao envelhecimento da população. O Vigitel aponta que 75%, dos

diabéticos Brasileiros, estão acima do peso. Para 2025 estima-se que o Brasil esteja

entre os 10 países no mundo com maior número de casos de DM tipo dois. Estes

dados revela que a população brasileira adulta vem apresentando aumento na

prevalência de excesso de peso, sua dimensão continental é uma questão

importante quando se fala em implementar programas de saúde abrangentes.

Enfrentar os obstáculos e propor estratégias para impedir o crescimento dessas

doenças constitui-se uma tarefa árdua, já que persistem as práticas de saúde que

optam pela medicina curativa, pelo atendimento e tratamento em serviços de

urgência e emergência. Os dados da Pesquisa Nacional sobre Saúde e Nutrição,

realizada em 1989, apontam que cerca de 32% dos brasileiros têm algum grau de

excesso de peso, e destes, 8% são obesos, com predomínio entre as

mulheres1,2,9,10,11,12,13.

No Estado de Goiás a proporção de diabetes aumenta com a idade em ambos

os sexos, diminui com a escolaridade para as mulheres e é menor na faixa

intermediária de escolaridade para os homens. As mulheres apresentam, no geral,

maior frequência de diagnóstico médico de diabetes do que os homens17, 18,19. É

essencial uma reorganização de hábitos alimentares para o controle do DM tipo

dois, para isso, é necessário que haja integração entre a alimentação e os demais

cuidados desenvolvidos pelo paciente. Devido a gama de alterações do estilo de

vida que são impostas às pessoas portadorasdo DM tipo dois, em uma fase da vida

em que seus hábitos já estão bastante consolidados. A adesão destas ao tratamento

tem sido um grande desafio e este fenômeno é nosso objeto de estudo, na

impossibilidade de não poder eliminar a doença nos motivou a tentar estabelecer

estratégias de trabalho na população doente, e assim evitar o progresso rápido e

mortal dela, além de proporcionar melhor qualidade de vida9,10,20,21.

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Na cidade de Novo Gama, não encontrei nenhum trabalho que aborda a

questão da intervenção educativa como um meio de incrementar o papel do paciente

no controle de sua doença. Mas têmalta incidência e prevalência que podem implicar

problemas econômicos e sociais, tais como a diminuição da produtividade, altos

custos do tratamento, piora da qualidade de vida e diminuição da sobrevida dos

pacientes. O maior desafio para o controle da doença é manter a glicemia dentro de

parâmetros adequados17.

No município de Novo Gama se tem uma prevalência importante de Diabetes

Mellitus, o qual nos motivou a realização deste trabalho, já que, com a adoção das

estratégias de promoção e prevenção em saúde e incrementando do conhecimento

sobre esta doença nas pessoas com fatores de risco podemosmodificar o estilo de

vida,ação fundamental para o controle do Diabetes com a finalidade da redução das

complicações e melhora da qualidade de vida dos Diabéticos.

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1.2 OBJETIVOS

Geral:

Realizar uma estratégia de intervenção educativa de promoção e prevenção de

saúde em pacientes com Diabetes Mellitus cadastrados na Unidade de Saúde da

Família do bairro Vale do Pedregal - Município de Novo Gama.

Específicos:

Caracterizar os casos de Diabetes mellitus atendidos na unidade básica de

saúde da família.

Identificar os fatores de risco modificáveis presentes nos pacientes atendidos

por Diabetes Mellitus.

Avaliar o conhecimento dos pacientes sobre a importância das ações de

promoção e prevenção em saúde na modificação dos fatores de risco de

Diabetes Mellitus.

Avaliar o resultado do impacto da intervenção educativa nos pacientes

estudados.

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2. ANÁLISE ESTRATÉGICA

O Projeto de Intervenção realizado, se dá em decorrência da elevada

prevalência desta doença que indicam a necessidade de intervenções educativas

por meio da implementação de estratégias de prevenção e promoção de saúde

dirigida à redução dos fatores de risco de DM na população do Município de Novo

Gama, área de saúde Vale do Pedregal USF Nº 1, onde esta doença tem uma

prevalência importante, o qual nos motivou a realizar este trabalho, já que, com a

adoção das estratégias de promoção e prevenção em saúde e o incremento do

conhecimento sobre esta doença; os fatores de risco destas pessoas possam ser

modificados, pois é fundamental para o controle da mesma, com a finalidade de

reduzir as complicações e melhora de sua qualidade de vida.

Entre as enfermidades crônicas degenerativas com maior incidência destaca-

se o Diabetes Mellitus tipo 2 (DM2) que afetava cerca de 5 milhões de brasileiros em

2000. Estima-se que em 2025 existirão 11 milhões expostos a complicações como:

infarto agudo do miocárdio, acidente vascular encefálico, cegueira, amputações de

pernas e pés, abortos, mortes perinatais e insuficiência renal crônica22.

O conhecimento do DM2 como uma enfermidade crônica que afeta milhões

de pessoas em todo o mundo tem motivado a busca de enfoques e metodologias

que favoreçam uma visão real do problema principalmente no que diz respeito aos

conhecimentos, às percepções, às atitudes, aos temores e às práticas do paciente

no contexto familiar e comunitário23.

Para modificar os fatores de risco de DM na população estudada fizemos

ações de intervenção educativa. Inicialmente com uma correta e completa entrevista

médica e o análise do prontuário do paciente, ademais de ações de promoção e

prevenção em saúde, reuniões em grupos apoiando esta atividade com palestras

educativas e com a utilização de recursos audiovisuais, distribuição de folders e uso

de folhetos educativos, entre outras atividades. Fizemos programação de

caminhadas orientadas, campanha educativa na radio local, caracterizamos os

casos de DM atendidos na USF, avaliamos o conhecimento dos pacientes sobre a

importância das ações de promoção e prevenção em saúde na modificação dos

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fatores de risco de DM, avaliamos o resultado do impacto da intervenção educativa

nos pacientes estudados.

Participaram do projeto, 63 pacientes diabéticos cadastrados na área de

saúde da equipe da USFnº1 do Vale do Pedregal, durante os meses de Agosto,

Setembro e Outubro do anode 2014. Primeiramente, se realizou entrevista médica e

a confecção do prontuário durante a consulta do atendimento do

ProgramaHiperdia(Hipertensão Arterial e Diabetes Mellitus), e nas visitas

domiciliares com aplicação de um questionário para se obter o nível de

conhecimento e percepção de risco que os pacientes estudados têm com respeito à

DM, que responderam após concordarem em participar. O questionário abordava

informações sobre dados biopsicossociais do paciente, conhecimento prévio do

tratamento e controle da DM, fatores de risco desta doença. Destes questionários

retiramos os temas abordados nos encontros em grupo. Todos os entrevistados

foram convidados a participar dos encontros, devendo comparecer pelo menos em

dois encontros dos três encontros planejados, que consistiram em atividades

educativas com duração aproximada de 45 minutos cada uma. Os integrantes da

equipe de saúde participaram das reuniões, onde foram realizadas atividades

dinâmicas que suscitaram em discussões, e 15 minutos para síntese do tema e

avaliação. Os temas abordados foram: Conceito de Diabetes Mellitus e seus

principais sintomas e complicações;Prevenção Diagnóstica e Tratamento,que foram

conduzidos pelo médico da equipe; e Cuidados integrais ao pacientes com diabetes

e sua família - Mudanças no estilo de vida, que foi abordado pela Enfermeira.

A USF nº 01 não dispõe de sala de reuniões e nem espaço físico adequado

para realizamos atividades em grupo, pelo qual realizamos no salão de eventos de

uma igreja localizada em nossa área de abrangência, onde se têm meios de

áudiovisuais que auxiliaram nas atividades educativas. A igreja encontra-se em local

acessível para todos os pacientes pertencentes á área de saúde nº 01. Ao

participarem das atividades educativas mediante a compreensão de conhecimentos

relativos à sua condição patológica, se pode ter voz ativa no processo de cuidados e

ter opções frente a sua patologia.

Para cumprir os objetivospropostos foi necessário o conhecimento prévio da

patologia pelos pacientes em estudo, e assim conseguir as mudanças nos estilos de

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vida. No último encontro voltamos a aplicar o mesmo questionário com o fim de

avaliar os conhecimentos adquiridos por parte dos participantes.

Outros instrumentos utilizados para se obter a informação necessária para

este estudo foram: Sistema de informação da Atenção Básica – SIAB, dados de

mobilidade e mortalidade disponibilizados pela secretaria municipal de saúde.

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3. IMPLANTAÇÃO, DESCRIÇÃO E AVALIAÇÃO DA INTERVENÇÃO.

Para a realização do Projeto, várias atividades foram conduzidas desde seu

planejamento até o final da sua execução, fizemos intervenções educativas aos

pacientes com DM de nossa área de atendimento, onde esta doença tem uma

importante prevalência. Para alcançar os objetivos propostos neste estudo fizemos

uso de estratégias de prevenção e promoção em saúde as quais foram dirigidas a

incrementar o conhecimento sobre os fatores de risco da Diabetes, e assim

conseguir as mudanças do estilo de vida e a redução dos fatores de risco

modificáveis, obtendo uma melhor qualidade de vida nos pacientes com esta doença

crônica.

Inicialmente fizemos uma adequada entrevista médica aos pacientes, prévia

aceitação dos mesmos em participar do estudo, fizemos análise do prontuário de

cada um dos pacientes. Através da entrevista médica avaliamos o grau de

conhecimento que a cada paciente tinha da sua doença, para assim avaliar a

percepção de risco que os pacientes têm da Diabetes e seus fatores de risco; e

encaminhar assim as ações educativas e de promoção em saúde a feitas durante as

atividades de intervenção educativas.

Na área de estudo, temos um universo de 74 pacientes com Diabetes, nossa

amostra foi de 63 pacientes (n= 63) o que representa um 85,13% da população

diabética. Alguns usuários não estiveram presentes nas consultas e outros tiveram

dificuldades para participarem regularmente das atividades. O estudo se

realizoudurante os meses de Agosto, Setembro e Outubro do ano de 2014, e contou

com a participação de pacientes com idade acima de 20 anos, sendo 71,43% (n=45)

de mulheres e 28,57% (n=18) de homens. Todos os pacientes entrevistados foram

convidados a participar dos encontros semanais em grupos, e distribuídos deacordo

com seu Agente Comunitário de Saúde –ACS.Asterças-feiras no período vespertino,

no salão de eventos da Igreja local realizaram-se as atividades que tiveram uma

duração aproximada de uma hora, com a participação dos integrantes da equipe de

saúde.

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Na primeira reunião foi realizada uma palestra educativa conduzida pelo

médico que abordou o tema: Conceito de Diabetes Mellitus e seus principais

sintomas e complicações,e foi possível verificar o nível de desconhecimento da

população sobre a doença..

Na segunda reunião, também conduzida pelo médico, realizou-se uma

palestra educativa sobrePrevenção Diagnóstica e Tratamento, e nesta ocasião foi

proposto um debate e no qual os pacientes puderam dar a sua opinião sobre o

assunto e corrigir comportamentos errados que tinham muitos deles.

No último encontro, o tema da palestra ministrada pela enfermeira da unidade

abordou sobre os Cuidados integrais ao pacientes com diabetes e sua família /

Mudanças no estilo de vida.O objetivo desta ultima atividade foi conscientizar aos

pacientes a necessidade de mudar seus estilos de vida prejudiciais à saúde para

evitar as complicações da doença e melhorar a qualidade de vida dos pacientes. As

principais propostas expostas os pacientes foram realizar exercícios físicos

regularmente para evitar vida sedentária e obesidade, manter uma dieta saudável,

assistir aconsultas especializadas para o abandono do hábito de fumar e alcoolismo,

fazer o tratamento todos os dias. Após fazer a exposição dos temas ao auditório

realizamos atividades dinâmicas com esclarecimento de dúvidas sobre a doença,

que suscitaram importantes debates e discussões sobre o tema a refletir, e

permitiram um bom relacionamento entre os pacientes e os integrantes da equipe de

saúde.

Apoiamos as atividades com a entrega aos participantes de folders e folhetos

educativos sobre as dietas saudáveis, a importância da prática de atividade física,

como controlar os fatores de risco, entre outras orientações de educação e

promoção em saúde. Oferecemos aos participantes uma alimentação saudável com

frutas e sucos naturaisnos finais dos encontros.

No último encontro realizamos uma avaliação do conhecimento adquirido

nestas atividades, através de nova aplicação do questionário com perguntas sobre

os temas abordados nas palestras educativas.Sempre lembramos que a

conscientização é o primeiro passo para o autocuidado, bem como é, importante que

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cada indivíduo possua um ritmo para aprender, compreender e pôr em prática as

informações adquiridas.

Realizadas todas as atividades com os usuários e uma vez descritas passo a

passo do que aconteceu e como havíamos planejado o Projeto de Intervenção, nós

tivemos que processar todos os dados e mostrar a apresentação dos resultados

mediante tabelas e fotos das atividades realizadas.

Tabela 01: Distribuição dos pacientes com Diabetes Mellitus por grupos de idade e sexo.

FAIXA ETÁRIA

SEXO

FEMININO MASCULINO TOTAL

n % n % n %

20 a 39 anos 03 4,76 00 00,00 03 4,76

40 a 49 anos 08 12,70 03 4,76 11 17,46

50 a 59 anos 09 14,28 05 7,94 14 22,22

>60 anos 25 39,68 10 15,88 35 55,56

TOTAL 45 71,42 18 28,58 63 100.00

Fonte: Questionário individual aplicado aos pacientes, 2014.

Na tabela 01, observamos que o grupo de idade mais frequente foi os maiores

de 60 anos com um total de 35 pacientes (55.56%) e o menos frequente o de 20-39

anos com 03 pacientes (4,76%), o qual concorda com o apresentadopor muitas

literaturas que expressam que a diabetes é mais freqüente em pacientes maiores de

60 anos, com um índice bem maior que nas pessoas de baixa idade; a idade acima

de 40 anos tem uma maior prevalência5, 6,14.

O sexo feminino predominou em nosso estudo com um total de 45 mulheres

para um 71,42%. Estes resultados concordam com outros estudos realizados por

outros autores10,15.

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Tabela 02. Distribuição dos pacientes com Diabetes mellitus segundo a

escolaridade.

Escolaridade n %

Analfabeta 38 60,32

Ensino Fundamental Incompleto 16 25,39

Ensino Fundamental Completo 07 11,12

Ensino Médio Completo 02 3,17

Ensino Superior Completo 00 00,00

Total geral 63 100,00

Fonte: Questionário individual aplicado aos pacientes, 2014.

Nesta tabela mostramos que a maioria dos pacientes Diabéticos em nosso

estudo é analfabeta com um total de 38 casos (60,32%), dificultando o grau de

compreensão dos pacientes sobre sua doença e sua capacidade de neutralizar os

fatores de riscos que levam a isso. Este dado concorda com oestudo,que estabelece

que 51%, das pessoas com baixa escolaridade, têm mais probabilidade em ter

diabetes, contra as pessoas com mais anos de estudo, com uma diferença de mais

de 50%10.

Tabela 03: Doenças Crônicas associadas aos pacientes com Diabetes Mellitus.

Doenças Associadas

n %

Hipertensão Arterial 39 66,10

Cardiopatias 15 23,80

Enfermidade Cerebrovascular 03 5,08

Insuficiência Renal Crônica 01 1,58

OutrasDoenças 10 15,87

Sem doenças associadas 14 22,22

Fonte: Questionário individual aplicado aos pacientes, 2014.

Nesta tabela vemos que a doença crônica mais freqüente, associada à

Diabetes Mellitus em estes pacientes foi a Hipertensão Arterial com 39 casos

(66,10%), por esta razão e muito importante o controle destas doenças que

constituem um fator de risco para insuficiência renal crônica que atinge muitas

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vidasa cada dia no mundo inteiro. Estes resultados coincidem com os estudos feitos

por outros autores13.

Tabela 04: Fatores de Risco presentes nos pacientes diabéticos

Fatores de Risco n %

Tabagismo 12 19,04

Dislipidemia 21 33,33

Sedentarismo 41 65,07

Obesidade 47 74,60

Estresse 31 49,20

Fonte: Questionário individual aplicado aos pacientes, 2014.

Em esta tabela observamos que o fator de risco mais frequente nos pacientes

objetos de estudo é a obesidade com 47 casos (74,60%) seguidos pelo

sedentarismo com 41 casos (65,07%), que são fatores de risco que favorecem o

inicio desta doença, o que coincide com estudo realizado pela Associação Brasileira

para o Estudo da Obesidade e Vigitel, que aponta que 75% dos diabéticos

Brasileiros estão acima do seu peso ideal9.O aparecimento da diabetes tipo 2 (cerca

de 90-95%) é favorecido pela vida sedentária, má alimentação e obesidade. Hoje em

dia com os conhecimentos e recursos para o tratamento, o diabético pode viver

muito bem, basta poder e saber cuidar-se.O sedentarismo e as dislipidemias são

fatores de risco modificáveis para o desenvolvimento daDiabetes, pelo quais a

atividade física reduz sua incidência, e diminui o risco de mortalidade e o de DCV,

tambémpode ajudar a reduzir o risco de doença arterial coronária e de acidentes

vasculares. É indicado incorporar o exercício físico nas atividades rotineiras pelo

menos 150 minutos/semana (caminhar, subir escadas, realizar atividades

domésticas dentro e fora de casa, optar pelo transporte ativo nas funções diárias).

Estudos feitospropõem que o excesso de peso pode ser responsável de muitos os

casos de Diabetes mais em mulheres que em homens.Assim nossos pacientes

receberam orientações nutricionais e foram encaminhados para receber avaliação e

acompanhamento pela nutricionista 10,11,12 13,14.

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Tabela 05. Adesão dos pacientes ao tratamento antes e depois da intervenção

educativa

Fonte: Questionário aplicado aos pacientes, 2014.

Nesta tabela se mostra que a maior dificuldade antes da intervenção

educativa foi com os pacientes que apresentavam melhora dos sintomas e deixavam

detomar os remédios, com um total de 45 casos (71,42%), mas depois das ações de

educação e prevenção de saúde feita, este numera diminuiu ate 3 pacientes, o que

demonstrou que eles compreenderam a importância de manter o tratamento,

Médico –Higiênico – Dietético para o melhor controle de sua doença.

Tabela 06. Avaliação dos conhecimentos nos pacientes estudados após as

intervenções educativas.

Conhecimentos sobre o controle dos fatores de risco da DM

SIM NÃO

n % n %

Manter uma dieta balanceada 63 100,00 0 0

Evitar o estresse 59 93,65 4 6,35

Fazer exercício físico 63 100,00 0 0

Evitar o tabagismo 62 98,41 1 1,69

Não consumir álcool 60 95,23 3 4,87

Fonte: Questionário aplicado aos pacientes, 2014.

Após participarem das palestras educativas fizemos a avaliação dos

conhecimentos dos pacientes, como apresenta a Tabela 06. A maioria dos pacientes

Parâmetros avaliados

Adesão dos pacientes ao tratamento

Antes da intervenção educativa

Após intervenção educativa

SIM Não SIM Não

n % n % n % n %

Tem alguma dificuldade para tomar os remédios

8

12,69 55 87,31 1 1,58 62 98,42

Toma os remédios na hora indicada

39 61,90 24 48,10 63 100,0 0 00,00

Quando se encontra bem, deixa de tomar os remédios.

45 71,42 19 18,58 3 4,76 60 95,24

A DM é uma doença para toda a vida

41 65,07 22 34,93 0 63 100,00

A DM pode ser controlada com dieta e\ou remédios

17 26,98 46 73,02 61 96,83 2 3,17

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participantes aprendeu a importância de mudar os estilos de vida não saudável de

saúde como a obesidade, sedentarismo, alcoolismo, tabagismo, e seu controle, com

a finalidade de redução as complicações e melhora da qualidade de vida de os

pacientes Diabéticos.

Tabela 07: Meios através dos quais os pacientes diabéticos adquiriram informação sobre

como controlar melhor sua doença.

Meios de informação n %

Consulta Médica 61 85,71

Visita Domiciliar 19 14,29

Rádio, televisão e jornais. 08 12,69

Reuniões de Grupos 43 68,25

Palestras educativas 63 100

Fonte: Questionário individual aos pacientes, 2014.

Nesta tabela observa-se quea maioria dos pacientes obtiver a maior

informação sobre o controle de sua doença através das palestras educativas

realizadas em este estudo seguido da consulta medica, o qual de mostra a

importância de realizar estas atividades de educação e prevenção de saúde com,

mas freqüência.

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4. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Realizar este projeto foi uma etapa muito bonita, pois nos permitiu aproximar

e conhecer os principais fatores de risco que afetam a os pacientes Diabéticos de

nossa comunidade. Apesar das dificuldades na abordagem dos temas e pelo pouco

tempo de atendimento, conseguimos com êxito superar as nossas expectativas em

relação à aceitação e repercussão da estratégia, fatos que nos encheram de orgulho

e satisfação. As pessoas que participaram, demonstraram estar à vontade com a

abordagem, realizando perguntas e tirando suas principais dúvidas sobre sua

doença.

Esta intervenção demonstrou que a equipe de saúde necessita participar de

capacitações que ajudem no enfrentamento de muitos problemas relatados nesse

projeto, e que possibilitem a sensibilização da equipe para executar de forma

integrada atividades de educação em saúde que promovam a adoção de hábitos

saudáveis e práticas preventivas pela população. Por isso a equipe de saúde deve

trabalhar de forma integrada e realizar seu trabalho com qualidade, realizando

práticas de cura, reabilitação e priorizando a prevenção e promoção de saúde.

Precisa-se ter uma visão ampla do processo saúde-doença, conhecer a realidade

social do área de saúde e participar do processo de identificação dos problemas da

população, assim será possível a construção de estratégias de atenção eficientes e

uma assistência integral ao indivíduo.

Atingimos de forma total o objetivo geral, que foi realizar uma intervenção

educativa através de atividades de promoção e prevenção de saúde em pacientes

Diabéticos de nossa área de abrangência, para mudar estilos de vida prejudiciais

que podem agravar o descontrolar esta doença. Este tipo de intervenção educativa

tem grandes potencialidades, mas também, algumas fragilidades, já que os

resultados esperados dependem do tempo implicado em realizar estas ações de

saúde, como por exemplo, a obesidade que constitui o fator de risco mais

freqüenteem nosso estudo, precisa de longo tempo para o paciente reverter este

problema de saúde; por isso é muito importante manter estas ações de promoção e

prevenção de saúde de forma sistemática.

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Os objetivos especificos foram plenamente atendidos; caracterizamos os

casos de Diabetes Mellitus atendidos na unidade básica de saúde em quanto, idade,

raça, sexo, nível cultural e uso de medicamentos; identificamos os fatores de risco

presentes nos pacientes, realizamos atividades de promoção e prevenção de saúde

planejada, e avaliamos o resultado do impacto da intervenção educativa nos

pacientes estudados.

Para aperfeiçoar projetos como este é necessário o apoio social,

governamental e religioso, para lograr junto estabelecer condiciones que permitam

manter, pela equipe de saúde da família, um trabalho de prevenção e promoção em

saúde de qualidade, tendo como objetivo final melhorar a qualidade de vida dos

pacientes com Diabetes mellitus, assim como evitar e controlar os fatores de risco

modificáveis presentes na população e incrementar ademais o conhecimento sobre

as doenças crônicas e seus efeitos secundários prejudiciais para a saúde.

É preciso, também, buscar o apoio da Secretaria Municipal de Saúde, para

aumentar a realização das capacitações e garantir os recursos necessários para se

adquirir material educativo e dar continuidade à entrega, dos mesmos, durante as

visitas domiciliares, com a participação da equipe de saúde.

Sendo assim, sugere-se que seja cada vez mais incentivado o uso de

intervenções educativas em pacientes diabéticos e outras entidades patológicas, no

âmbito da Estratégia de Saúde da Família, aumentando assim a compreensão sobre

a doença por parte do paciente, e impactar positivamente em sua qualidade de vida.

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4. Meireles de Melo, Ana Paula. Atualização em Diabetes Mellitus:

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glicêmico: importância da adesão a programas de atenção em

Diabetes.RevBrasAtiv Físicas Saúde. Fevereiro de 2013: 412.

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19. Da Conceição FC, Gondim PMR, Alves BM, Silveira EA. Prevalência de

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20. Mendes G, Balbino G, Devidé JA, Meiners MM, Lima TC, Dullius J. Evidências

sobre o efeito da atividade física no controle glicêmico: importância da adesão

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Disponível em:

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21. Cubilla R, Garcia DM, Tabuada A, Correa J. Intervenção educativa diabetes

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Camagüey.Jan – Fev 2011; 15 (01). Internet versión ISSN 1025-0255 [acesso

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22. International Diabetes Federation. Complicações do dia betes e educação.

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23. Péres DS, Franco LJ, Santos MA. Comportamento alimentar em mulheres

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ANEXOS

ANEXO 01. INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS

Questionário n °:

Data da entrevista:___/___/___

Nome do paciente:______________________________________

Data de nascimento:___/___/___ Idade:______ Cor______

Sexo: ( ) Masculino ( ) Feminino

Instruções: ( )Alfabetizado ( )Não alfabetizado

Grau de escolaridade: Nenhum () Primário( ) Secundário( ) Superior ( )

Ocupação/ Profissão:______________________________

Antecedentes Familiares: ( )Diabetes( )Hipertensão Arterial ( )Cardiopatias

( )AVE ( ) Outros

Antecedentes Pessoais ( ) Hipertensão Arterial ( ) Doença renal crônica

( ) Cardiopatia : ( ) AVE ( ) Outros

Perfil Clínico: Peso: _____ Altura: _____ IMC:______

Conhecimento de os Fatores de risco associados:

( ) alimentação inadequada

( ) Tabagismo

( ) Sedentarismo

( ) Dislipidemias

( ) Estresse

( ) Obesidade

Os meios através dos quais o adquiriu.

Consulta médica ( ) sim ( ) não

Visitas Domiciliares ( ) sim ( ) não

A Radio () sim ( ) não

A Televisão ( ) sim ( ) não

Jornais( ) sim ( ) não

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Reuniões de grupos ( ) sim ( ) não

Outros ( ) sim ( ) não

Adoção ao tratamento

Você tem alguma dificuldade para tomar seus medicamentos?

() sim ( ) não

Toma os medicamentos na hora indicada?( ) sim ( ) não

Quando se encontra bem, deixa de tomar seus medicamentos?

( ) sim ( ) não

A Diabetes Mellitus é uma doença para toda a vida? ( ) sim ( ) não

A Diabetes pode ser controlada com dieta e/ou remédios? ( ) sim ( ) não

Conhece que alguns dos seguintes fatores podem ajudar a sua saúde:

Manter uma dieta balanceada() sim ( ) não

Comer Baixo de sal ( ) sim ( ) não

Fazer o exercício físico() sim ( ) não

Evitar o Tabaquismo ( ) sim ( ) não

Não consumir álcool ( ) sim ( ) não

Evitar o estresse e a ansiedade ( ) sim ( ) não

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Anexo 02. Fotos do Posto de Saúde e de atendimentos aos participantes

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Anexo 03. Fotos das palestras educativas

Anexo 04. Fotos das palestras educativas e paciente diabética em consulta

ambulatorial

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Anexo 05. Fotos da equipe de saúde que apoiou este projeto

Anexo 06. Folhetos de promoção em saúde utilizados nas atividades de intervenção

educativas

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APÊNDICE

Termo de consentimento Livre e Esclarecido

Termo de consentimento livre e esclarecido, autorizado pela Portaria Federativa No

77-498 de 27-04-76, Reconhecida pela Portaria Ministerial Nº 874-76 de 19-12-86.

Estou desenvolvendo um Projeto de Intervenção com o tema Intervenção Educativa

em Pacientes com Diabetes Mellitus no Município de Novo Gama, para tanto,

gostaria de contar com sua autorização para a utilização das imagens, neste Projeto.

Você tem toda a liberdade de recusar em participar, caso aceite participar, você

poderá, a qualquer momento, obter informações sobre desenvolvimento deste

Projeto e também retirar o seu consentimento, mesmo que tenha antes se

manifestado (a), favorável.

Eu_____________________________________________________________

autorizo, o uso das imagens________________________________________, no

Projeto de Intervenção de Dr. Rolando Redero Ramirez, para fins de redação,

divulgação e publicação de artigos científicos relativos a este Projeto, sendo assim

aceito, voluntariamente participar deste Projeto, conforme, os temas acima

apresentados.

Novo Gama – GO____’_____’2014.

Participante Pesquisador