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No mês em que se come- mora o Dia Nacional da Consciên- cia Negra – 20 de novembro – o Mulher 24 horas traz um pouco da história da comunidade Monte Alegre, um dos redutos quilombo- las do Espírito Santo. Os relatos são resultados da vivência de di- retores e funcionários do Sindicato dos Bancários/ES e estudantes da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) na comunidade, em agosto deste ano. O resgate da cultura africana e da história dos negros re- manescentes dos quilombos reforçam que a luta pelo fim do preconceito racial no Brasil deve ser fortalecida. Seja pela cor, cultura ou religião, os negros são discrimi- nados em todas as esferas sociais, e nos bancos a realidade não é di- ferente. Dados do II Censo da Di- versidade apontam que do total de bancários que responderam à pes- quisa, 74,6% são brancos e 24,9% negros – uma estatística que está longe de representar a diversidade da população brasileira. Em relação ao último censo, em 2008, nota-se um pequeno au- mento do número de bancários de cor negra, mas ainda prevalece a discriminação em relação à remu- neração. Hoje, o salário médio dos negros é o equivalente a 87,3% dos bancários brancos. Os dados revelam uma das faces da exclusão do Sistema Financeiro, que deve ser enfrentada no âmbito pessoal, interpessoal e institucional. Editorial Informativo do Sindicato dos Bancários/ES - Coordenador Geral: Carlos Pereira de Araújo - Diretor de Imprensa: Jonas Freire Santana - Editoras: Bruna Mesquita Gati - MTb 3049-ES, Elaine Dal Gobbo MTb 2381-ES e Ludmila Pecine dos Santos - MTb 2391-ES - Estagiária: Lorraine Paixão - Diagramação: Jorge Luiz (MTb 041/96) - nº 105 - Novembro/2014 - [email protected] - Tiragem: 10.000 exemplares Mulher 24 HORAS A resistência de um povo Caxambu e Jongo: herança cultural que é preservada em Monte Alegre VEJA NESTA EDIÇÃO 2 Conheça os desafios e lutas das comunidades quilombolas do Espírito Santo 4 Sou Negro meus avós foram queimados pelo sol da África minh’alma recebeu o basmo dos tambores atabaques, gonguês e agogôs Contaram-me que meus avós vieram de Loanda como mercadoria de baixo preço plantaram cana pro senhor do engenho novo e fundaram o primeiro Maracatu. Depois meu avô brigou como um danado nas terras de Zumbi Era valente como quê Na capoeira ou na faca escreveu não leu o pau comeu Não foi um pai João humilde e manso Mesmo vovó não foi de brincadeira Na guerra dos Malês ela se destacou Na minh’alma ficou o samba o batuque o bamboleio e o desejo de libertação... (Solano Trindade, o poeta negro) Pablo Carneiro

Mulher 24 Horas - 105 - OUTUBRO-2014 - bancarios-es.org.br · No mês em que se come-mora o Dia Nacional da Consciên-cia Negra – 20 de novembro – o Mulher 24 horas traz um pouco

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No mês em que se come-mora o Dia Nacional da Consciên-cia Negra – 20 de novembro – o Mulher 24 horas traz um pouco da história da comunidade Monte Alegre, um dos redutos quilombo-las do Espírito Santo. Os relatos são resultados da vivência de di-retores e funcionários do Sindicato dos Bancários/ES e estudantes da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) na comunidade, em agosto deste ano.

O resgate da cultura africana e da história dos negros re-manescentes dos quilombos

reforçam que a luta pelo fim do preconceito racial no Brasil deve ser fortalecida. Seja pela cor, cultura ou religião, os negros são discrimi-nados em todas as esferas sociais, e nos bancos a realidade não é di-ferente. Dados do II Censo da Di-versidade apontam que do total de bancários que responderam à pes-quisa, 74,6% são brancos e 24,9% negros – uma estatística que está longe de representar a diversidade da população brasileira.

Em relação ao último censo, em 2008, nota-se um pequeno au-mento do número de bancários de cor negra, mas ainda prevalece a discriminação em relação à remu-neração. Hoje, o salário médio dos negros é o equivalente a 87,3% dos bancários brancos. Os dados revelam uma das faces da exclusão do Sistema Financeiro, que deve ser enfrentada no âmbito pessoal, interpessoal e institucional.

Editorial

Informativo do Sindicato dos Bancários/ES - Coordenador Geral: Carlos Pereira de Araújo - Diretor de Imprensa: Jonas Freire Santana - Editoras: Bruna Mesquita Gati - MTb 3049-ES, Elaine Dal Gobbo MTb 2381-ES e Ludmila Pecine dos Santos - MTb 2391-ES - Estagiária: Lorraine Paixão - Diagramação: Jorge Luiz (MTb 041/96) - nº 105 - Novembro/2014 - [email protected] - Tiragem: 10.000 exemplares

Mulher 24 HORAS

A resistência de um povo

Caxambu e Jongo: herança cultural que é preservada

em Monte Alegre

VEJA NESTA EDIÇÃO

2

HORAS

Conheça os desafi os e lutas das comunidades quilombolas

do Espírito Santo

4

mora o Dia Nacional da Consciên-cia Negra – 20 de novembro – o Mulher 24 horas traz um pouco da história da comunidade Monte Alegre, um dos redutos quilombo-las do Espírito Santo. Os relatos são resultados da vivência de di-retores e funcionários do Sindicato dos Bancários/ES e estudantes da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) na comunidade, em agosto deste ano.

reforçam que a luta pelo fim do preconceito racial no Brasil deve ser fortalecida. Seja pela cor, cultura ou religião, os negros são discrimi-nados em todas as esferas sociais, e nos bancos a realidade não é di-ferente. Dados do II Censo da Di-versidade apontam que do total de bancários que responderam à pes-quisa, 74,6% são brancos e 24,9% negros – uma estatística que está longe de representar a diversidade da população brasileira.

em 2008, nota-se um pequeno au-mento do número de bancários de cor negra, mas ainda prevalece a

Editorial

A resistência de um povo

Sou Negromeus avós foram queimadospelo sol da Áfricaminh’alma recebeu o bati smo dos tambores atabaques, gonguês e agogôs

Contaram-me que meus avósvieram de Loanda como mercadoria de baixo preço plantaram cana pro senhor do engenho novoe fundaram o primeiro Maracatu.

Depois meu avô brigou como um danado nas terras de ZumbiEra valente como quê

Na capoeira ou na facaescreveu não leuo pau comeu

Não foi um pai Joãohumilde e manso

Mesmo vovó não foi de brincadeiraNa guerra dos Malêsela se destacouNa minh’alma fi couo sambao batuqueo bamboleioe o desejo de libertação...

(Solano Trindade, o poeta negro)

Pablo Carneiro

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Uma cultura quesobrevive há séculos

Jovens e mais velhos ajudam apreservar a tradição do Caxambu

A abolição da escravatura ocorreu em 1888, mas a busca pela liberdade persis-

te até hoje, refletida na luta contra o racismo, por direitos sociais e pela preservação da cultura negra – vista muitas vezes como inferior, taxada como folclore ou como algo maligno a ser combatido.

Um dos exemplos dessa re-sistência é Maria Laurinda Adão, da comunidade quilombola de Monte Alegre, em Cachoeiro de Itapemirim. Parteira, coveira e líder espiritual, ela é Mestra do Caxam-bu, manifestação cultural que trou-xe de seus bisavôs e que faz ques-tão de manter viva. Foi justamente na época da abolição que tudo começou. Segundo Maria Laurinda, para co-memorar a liberdade, na falta de instrumentos os negros começa-ram a bater em caixotes de sabão. Posteriormente fizeram os caxam-bus, instrumentos colocados para aquecer na fogueira para depois serem tocados ao som do Jongo, canções entoadas pelos participan-tes da Roda de Caxambu. “Para mim o Caxambu é a coisa mais linda que ficou dos escravos. Tem que continuar para a tradição nun-ca acabar”, afirma Maria Laurin-da, que se sente feliz em ver que as crianças de Monte Alegre têm interesse em preservar essa cultura.

Além do Caxambu, o pa-trimônio cultural quilombola reúne manifestações diversas. Na região sul do Estado, se destacam a Folia de Reis, a Capoeira, as Charolas e o Bate Flechas. Já no norte, podem ser citados o Ticumbi (ou bailes de congo), o Reis de Boi, as ladainhas e as pastorinhas, além do congo, pre-sente em todo o Espírito Santo. To-dos os ritos e tradições se vinculam à história do povo quilombola e à sua luta, dando sequência a tradições ancestrais que manifestam conheci-mento, religiosidade e um modo de vida próprios dessas comunidades.

CULTURA QUE GERA VIDA

Também faz parte da cultura qui-lombola a prática da agricultura sustentá-vel, com cultivo diversifi cado de alimentos e sem o uso de agrotóxicos. Isso dá às comunidades a perspectiva da auto-sus-tentação e permite a geração de renda através da comercialização de excedentes e de produtos derivados, como o beiju, fei-

to com o polvilho da mandioca.Da terra também vem a tradição na

saúde, a partir do cultivo das ervas medici-nais que ajudam no tratamento de diversas doenças. Maria Laurinda, por exemplo, cultiva plantas que auxiliam no cuidado de pessoas da comunidade, até mesmo no seu trabalho como parteira. Nesse caso ela des-

taca a Arruda como uma planta importante para fazer o que ela chama de “limpeza”, ou seja, conter a hemorragia pós-parto. “É só colocar a Arruda num prato com açúcar, cachaça e colocar fogo. Depois que o fogo apaga tem que dar para a mulher beber”, explica Maria, que carrega consigo conheci-mentos passados através de gerações.

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Fotos: Pablo Carneiro

O QUE É JONGO/CAXAMBU - Se-gundo o Atlas do Folclore Capixaba, o Jongo/ Caxambu é uma manifestação cultural de origem angolana que integra homens, mulheres e crianças, sendo uma das mais ricas heranças da cultura negra no Estado. É também um ritual no qual, originariamente, prevalecia a função mágica, com elementos do Candomblé. Com o passar do tempo sofreu altera-ções por meio da incorporação de ele-mentos do Catolicismo. Além de Cacho-eiro de Itapemirim, existem grupos em Alegre, Presidente Kennedy, Itapemirim, São Mateus e Conceição da Barra.

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Fotos: Pablo Carneiro

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Mulher de raizAcomunidade de Monte Alegre é um dos poucos

redutos quilombolas reconhecidos no Estado. A história de resistência desse povo tem uma personagem central: Maria Laurinda, fiel defensora das tradições do seu povo. No centro de Umbanda, construído por ela, Maria acolheu os visitantes do Sindibancários/ES e falou sobre as memórias e desafios de sua comunidade.

Fotos: Pablo Carneiro raiz

Maria Laurinda se preparando para cantar o jongo do Caxambu.

MARIA PARTEIRA,MARIA COVEIRA

“Minha avó era parteira e so-fria de asma. Um dia ela estava mui-to cansada e perguntou se eu tinha coragem de amarrar umbigo. Ela me explicou como amarrava, cortava e queimava. E assim virei parteira, e fui por muitos anos. Cheguei a fa-zer um curso em São Paulo, mesmo sem saber ler. Quando as mulheres da comunidade passavam mal, logo mandavam me chamar. Não era uma parteira, era uma grande com-panheira. Sempre tinha proteção, que é meu santinho e minha fita de São Jorge, e pedia a Deus para dar tudo certo. Hoje, se for preciso ain-da faço parto. Também sou coveira e não tenho medo de abrir cova e de dar banho em morto. Enterrei meu pai, minha mãe, tio, irmão. Mas não choro por quem morre.”

O CAXAMBU

“Antes da minha mãe morrer ela passou o Caxambu para mim. Ela disse que esse era o melhor pre-sente que o pai dela tinha deixado para

a nossa família. Para mim, o Caxambu é a coisa mais linda que ficou dos escravos. Quando entro numa roda de Caxambu eu me acho mes-mo! Sou da raiz e temos que mostrar o que somos e o que fazemos. Enquanto viver, quero manter essa tradição. Fiz 71 anos e ainda estou vi-vinha na beira da fogueira.”

MULHER ESCRAVA

“Quando era mais nova traba-lhava de domingo a domingo, sem descanso. Agora, graças a Deus, vou aonde quero e quando tenho vonta-de de capinar, passo a mão na enxa-da e capino. Mas as mulheres na es-cravidão sofreram muito mais, foram maltratadas. As sinhás colocavam as negras para cuidar dos filhos delas e cortavam o bico do peito das escra-vas para que essas não amamentas-sem o próprio filho.”

MÃE SOLTEIRA

“Quando engravidei, meu pai só soube no dia em que ganhei mi-nha menina, e ele fez o maior es-petáculo, pegou uma foice e queria me cortar toda. Minha avó ajoelhou na frente dele e falou que ele não ia passar. Meu pai respeitou, mas dis-se que quando voltasse não queria encontrar aquela ‘cachorra com seu cachorrinho’ dentro de casa.”

RELIGIÃO “Acompanho a religião do

meu pai, mãe e avó. Sou a mais nova, mas carrego essa raiz. Meu ir-mão era chefe do centro, mas hoje é

evangélico. O que pude tirei da casa dele e trouxe para a minha. Come-çamos em um espaço pequeno, fi-cava gente na cozinha, no quarto. Depois, colocamos uma barraca. Fui construindo o centro aos poucos. Dava até palestras e todo dinheiro que ganhava eu segurava para a obra. Consegui erguer o centro com muita luta. Aqui tem muita criança que diz: ‘ ali é mulher macumbei-ra’. Mas pego firme com eles, por-que criança quando fala é porque o adulto já falou. Se um crente não acredita em mim que sou espírita, então, no lugar de falar espírita, fala que lá é casa do bicho ruim.”

A TERRA

“O quilombo é dos povos antigos e minha mãe sempre dizia: a terra não se vende, é para você viver. Minha mãe morreu e nunca vendeu uma poeira de terra. A terra que ‘tocou’ para ela nós estamos em cima dela até hoje.”

SONHO“O meu sonho é ver nossa co-

munidade unida.”

Palavra de Mulher

Fotos: Pablo Carneiro

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A resistência da lutaquilombola no Espírito Santo

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DISPUTA PELA TERRA

Até 1º de dezembro está aberta a ex-posição “Todas as Faces de Maria”, com re-gistros fotográficos de Maria Laurinda e um documentário que mostra seu cotidiano. A exposição acontece no Museu Capixaba do Negro (Mucane), no Centro de Vitória, de ter-ça a sexta, das 9h às 17h. Aos finais de sema-na o horário de visitação é das 12h às 16h.

EXPOSIÇÃO“Todas as Faces de Maria”

Se antes quilombo signi-ficava resistência ao sis-tema escravocrata, hoje

significa resistência aos grandes empreendimentos econômicos e à tentativa de invisibilização da cultura negra. De acordo com dados da Comissão Pró-Índio de São Paulo existem cerca de 100 comunidades quilombolas em terras capixabas.

O direito à propriedade de terra aos quilombolas e seus re-manescentes está garantido na Constituição de 1988. No Espí-rito Santo, apesar da Lei Estadu-al n° 5.623/98, que garante esse direito aos quilombolas, poucas comunidades têm seu direito à propriedade reconhecido. Linha-rinho, em Conceição da Barra, foi a primeira a ser reconhecida, em

Mulher 24 HORAS

Além dos empecilhos buro-cráticos, as comunidades enfrentam a usurpação de seus territórios por grandes empreendimentos econômi-cos, como a Fibria (Aracruz Celulose). “No norte do Estado a maioria das terras foi usurpada por pressão das grandes empresas em cima dos mo-radores, mesmo sendo terras devolu-tas”, comenta Oliveira.

Essas empreiteiras impuseram aos territórios que de direito são dos re-manescentes quilombolas a monocultu-

ra dos eucaliptais e da cana-de-açúcar, impedindo o crescimento das comuni-dades, que tradicionalmente vivem do plantio de diferentes alimentos.

Além de afetar as comunida-des tradicionais quilombolas, que têm suas tradições culturais condenadas ao esquecimento, essas grandes em-preiteiras prejudicam também toda a sociedade, pois são muitos os impac-tos ambientais gerados, como a extin-ção dos recursos hídricos, da fauna, da flora e da Mata Atlântica.

Enfrentamento ao agronegócioe aos grandes projetos

Mala Direta PostalBásica

9912258789/2014-DR/ESSINDIBANCÁRIOS-ES

... CORREIOS ...

2007, por decreto como de terri-tório quilombola. Entretanto, sua titulação ainda não foi efetivada.

“Há uma morosidade por trás desse processo de titulação. Isso só demonstra a falta de von-

tade política por parte de nossos representantes para com a regu-larização dos territórios quilom-bolas”, analisa o professor do De-partamento de Ciências Sociais da Ufes, Osvaldo Martins de Oliveira.

RETOMADA DE TERRA NA COMUNIDADE

DE SÃO DOMINGOS, EM CONCEIÇÃO

DA BARRA / JUNHO DE 2010

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Avivência na comunidade quilombola teve várias atividades. Logo que chegaram, os visitantes

almoçaram no restaurante Cozinha de Senzala. Posteriormente participaram de uma roda de conversa

com Maria Laurinda Adão, no Centro Espírita São Jorge, erguido e mantido por ela. Depois o grupo fez uma trilha

pela Floresta Nacional de Pacotuba e prestigiou o lançamento do importante documentário “Memórias do Quilombo de Monte Alegre”, de Genildo Coelho, gestor de projetos culturais da comunidade, que resgata as histórias que sobrevivem pela prática da oralidade no quilombo. Para finalizar, foi realizada uma roda de Caxambu. Veja o registro fotográfico da vivência.

Vivência em Monte Alegre

Vista principal da entrada do restaurante Cozinha de Senzala

Maria Laurinda puxando o ponto no jongo do Caxambu. Rita Lima, diretora do Sindibancários/ES, entra na roda.Altar exposto no Centro Espírita: expressão de fé

Participantes da roda de conversa ouvem atentamente os “causos” de Maria Laurinda

Grupo que participou da

vivência na comunidade

quilombola de Monte Alegre

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Grupo participa de trilha na Floresta Nacional de Pacotuba, guiada por Leonardo Ventura, morador da comunidade de Monte AlegreParticipantes da vivência quilombola a caminho do Centro Espírita de Maria Laurinda

Senhora preparando os

tambores do Caxambu

para a roda

Grupo se prepara para almoço no restaurante Cozinha de Senzala

Exibição do documentário “Memórias do Quilombo de Monte Alegre”, que resgata a história oral dos moradores da região

Centro Espírita erguido por Maria Laurinda

Trilha pela Floresta Nacional de

Pacotuba: caminho dos jetibás.

Pé de jetibá: árvore comum na

Floresta Nacional de Pacotuba