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Multi Riscos Estabelecimentos

Multi Riscos Estabelecimentos · Os riscos garantidos pela Cobertura Base têm o seguinte âmbito, definição e limites: 1. Incêndio, Acção Mecânica de Queda de Raio e Explosão

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Multi Riscos

Estabelecimentos

CONDIÇÕES GERAIS

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ARTIGO PRELIMINAR

Entre a NOSSA – NOVA SOCIEDADE DE SEGUROS DE ANGOLA,S.A., adiante designada por Seguradora e o Tomador deSeguro, identificado nas Condições Particulares, estabelece-seo presente contrato de seguro de Multi-Riscos Estabeleci-mento, que se rege pelas Condições Gerais, Especiais eParticulares desta Apólice, de harmonia com as declaraçõesconstantes da proposta que lhe serviu de base e da qual fazparte integrante.

CAPÍTULO IDEFINIÇÕES E OBJECTO DO CONTRATO

ART.º 1.º – DEFINIÇÕES

Para efeitos do presente contrato entende-se por:

Seguradora – A entidade acima indicada legalmenteautorizada para a exploração do seguro de Multi-RiscosEstabelecimento e que subscreve, com o Tomador do Seguro,o presente contrato;

Tomador do Seguro – A pessoa ou entidade que celebra opresente contrato com a Seguradora, sendo responsável pelopagamento dos prémios;

Segurado – A pessoa ou entidade que tem interesse emsegurar os bens abrangidos pelo presente contrato ou no inte-resse da qual o contrato se celebra e que se encontra identifi-cada nas Condições Particulares;

Estabelecimento Seguro – Todo aquele que, como tal, fordesignado e identificado nas Condições Particulares da Apólice;

Actividade – As operações e tarefas do estabelecimentoseguro, declaradas pelo Tomador do Seguro e que ficam espe-cificadas nas Condições Particulares da Apólice;

Objectos Seguros – Também designados Bens Seguros, sãoos bens móveis e/ou imóveis garantidos pelo presente contra-to e que se indicam nas Condições Particulares da Apólice;

Condições Gerais – Conjunto de cláusulas que definem eregulamentam obrigações genéricas e comuns inerentes a umramo ou modalidade de seguro;

Condições Especiais – Cláusulas que visam esclarecer,completar ou especificar disposições das Condições Gerais;

Condições Particulares – Documento onde se encontramos elementos específicos e individuais do contrato, que o dis-tingue de todos os outros;

Apólice – Documento que titula o contrato celebrado entre oTomador de Seguro e a Seguradora, que engloba a propostasubscrita pelo Tomador de Seguro ou pelo Segurado se forpessoa diferente, e as Condições Gerais, Especiais, se as hou-ver, e Particulares acordadas;

Acta Adicional – Documento que titula a alteração daApólice e da qual faz parte integrante;

Capital Seguro – Também designado por valor seguro oulimite de indemnização, é o valor atribuído pelo Tomador doSeguro aos bens cobertos pelo presente contrato, o qual cons-titui o limite máximo de responsabilidade da Seguradora emcaso de indemnização;

Sinistro – Qualquer acontecimento de carácter fortuito, súbi-to e imprevisto, susceptível de provocar o funcionamento dasgarantias do contrato;

Franquia – A importância que em caso de sinistro fica acargo do Segurado, e cujo montante ou forma de cálculo seencontra estipulado nas Condições Particulares;

Salvados – Objectos Seguros que em consequência de umsinistro fiquem danificados podendo o seu valor ser deduzidona indemnização a que o Segurado tiver direito;

Prémio total – Preço pago pelo Tomador de Seguro àSeguradora, pela contratação do seguro;

Estorno – Devolução ao Tomador do Seguro de uma parte doprémio do seguro já pago.

ART.º 2.º – OBJECTO DO CONTRATO

1. O presente contrato tem por objecto garantir ao Segurado,até ao limite fixado nas Condições Particulares e nos ter-mos das coberturas contratadas, as indemnizações pelosdanos sofridos pelos bens seguros designados nasCondições Particulares.

2. Podem, ainda, ser objecto deste contrato, outras responsa-bilidades ou prestação de serviços, desde que para o efei-to estejam declaradas nestas Condições Gerais ou expres-samente discriminadas nas Condições Particulares.

3. A obrigatoriedade de discriminação valorizada, os limitesde tolerância e as condições de existência e funcionamen-to dos bens seguros pelo presente contrato ficam, tam-bém, sujeitos ao disposto, para os respectivos efeitos, nasCondições Particulares e Especiais.

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CAPÍTULO IIGARANTIAS E EXCLUSÕES DO CONTRATO, ÂMBITOE DEFINIÇÃO E LIMITES DE COBERTURA

ART.º 3.º – COBERTURA BASE

No âmbito da Cobertura Base e nos termos do disposto nes-tas Condições Gerais, o presente contrato garante os danosdirectamente causados aos bens seguros, identificados nasCondições Particulares, pela ocorrência de qualquer ou quais-quer dos seguintes riscos:

1. Incêndio, Acção Mecânica de Queda de Raio e Explosão;

2. Tempestades;

3. Inundações;

4. Responsabilidade Civil;

5. Queda de Aeronaves e Travessia da Barreira do Som;

6. Choque ou Impacto de Veículos Terrestres ou de Animais;

7. Choque ou Impacto de Objectos Sólidos;

8. Derrame Acidental de Óleo.

ART.º 4.º – COBERTURAS ADICIONAIS/ CONDIÇÕESESPECIAIS

Não estando incluídos no âmbito da Cobertura Base, poderão,mediante convenção expressa nas Condições Particulares e opagamento do respectivo sobreprémio, ser objecto de cobertu-ra pelo presente contrato outros riscos e/ou outros danos, deharmonia com o disposto nas respectivas Condições Especiaisque tiverem sido contratadas.

a) Constituem coberturas adicionais susceptíveis de seremcontratadas:

I) Danos por Água;

II) Furto ou Roubo;

III) Fenómenos Sísmicos;

IV) Greves, Tumultos e Alterações da Ordem Pública;

V) Actos de Vandalismo ou Maliciosos;

VI) Aluimento de Terras;

VII) Danos a Bens de Terceiros;

VIII) Riscos Eléctricos;

IX) Demolição e Remoção de Escombros.

b) Quando contratadas, estas coberturas ficam subordinadasà definição e exclusões constantes das CondiçõesEspeciais que lhes forem aplicáveis, para além dasExclusões Gerais previstas no Art.º 5.º;

c) Quando não contratadas e, como tal, não mencionadosnas Condições Particulares, estas coberturas constituemexclusões, não ficando abrangidas pela garantia da pre-sente apólice.

ART.º 5.º – EXCLUSÕES GERAIS

Exclusões comuns a todas as Coberturas

Não ficam garantidos, em caso algum, mesmo que se tenhaverificado uma ocorrência em qualquer risco coberto pela pre-sente apólice, os prejuízos que derivem, directa ou indirecta-mente de:

a) Guerra, declarada ou não, invasão, acto de inimigo estran-geiro, hostilidades ou operações bélicas, guerra civil, insu-rreição, rebelião ou revolução, bem como os causados aci-dentalmente por engenhos explosivos ou incendiários;

b) Actos de Terrorismo, entendendo-se como tal todos equaisquer actos, praticados por pessoas ou grupo de pes-soas, actuando isoladas ou em nome ou ligação comquaisquer organizações, autoridades ou governos, commotivações políticas, religiosas, ideológicas ou étnicase/ou com intenção de influenciar as autoridades ou gover-nos e/ou lançar o pânico e/ou medo na população emgeral ou em grupos delimitados, e seja qual for a forma ougrau de violência e/ou ameaça empregue, bem como sejaqual for o meio de efectivação dessa violência ou ameaça;

c) Actos de Sabotagem, entendendo-se como tal, um acto dedestruição que impossibilite o funcionamento ou desviedos seus fins normais, definitiva ou temporariamente, totalou parcialmente, meios ou vias de comunicação, instalaçõ-es de serviços públicos ou destinadas ao abastecimento esatisfação de necessidades vitais da população, com aintenção de destruir, alterar ou subverter o Estado de direi-to constitucionalmente estabelecido, praticado por qual-quer indivíduo ou conjunto de indivíduos;

d) Levantamento militar ou acto do poder militar legítimo ouusurpado;

e) Confiscação, requisição, destruição ou danos produzidos nosbens seguros, por ordem do Governo, de direito ou de facto,

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tingue de todos os outros;

ou de qualquer autoridade instituída, salvo no caso de remo-ções ou destruições previstas no ponto 1.1. do Art.º 6.º;

f) Explosão, libertação do calor e irradiações provenientes decisão de átomos ou radioactivas e ainda os decorrentes deradiações provocadas pela aceleração artificial de partículas;

g) Actos ou omissões dolosas do Tomador de Seguro, doSegurado ou de pessoas por quem estes sejam civilmenteresponsáveis;

h) Extravio, furto ou roubo dos bens seguros, quando pratica-dos durante, ou na sequência de qualquer sinistro cobertopor este contrato;

i) Qualquer tipo de poluição ou contaminação;

j) Reclamações de natureza consequencial, tais como, perda delucros ou de rendimentos, com excepção dos expressamentemencionados nas Condições Particulares do presente contrato;

k) Valor estimativo ou depreciação de uma colecção em vir-tude de ficar desfalcada de alguma unidade;

l) Consideram-se, ainda, excluídos, seja qual for a causa queos determine, excepto se forem decorrentes de um danomaterial directo coberto pela apólice, os danos causados acomponentes, programas, sistemas ou dados informáticos,nomeadamente:

– Perda, alteração ou danificação de dados, registos,informações, programas e dum modo geral quaisquersistemas ou componentes habitualmente designadospor «software»;

– Perda, redução ou modificação de funcionalidades, dis-ponibilidade ou operacionalidade de computadores,«chips», programas e/ou sistemas informáticos;

– Toda e qualquer interrupção ou afectação de activida-des decorrentes das situações previstas nas alíneasanteriores.

ART.º 6.º – ÂMBITO, DEFINIÇÃO E LIMITESDAS COBERTURAS

Os riscos garantidos pela Cobertura Base têm o seguinteâmbito, definição e limites:

1. Incêndio, Acção Mecânica de Queda de Raio eExplosão

Garantindo os danos causados aos bens seguros em con-sequência de incêndio ou meios empregues para o comba-

ter, calor, fumo ou vapor resultantes imediatamente deincêndio, acção mecânica de queda de raio, explosão eainda remoções ou destruições executadas por ordem daautoridade competente ou praticadas com o fim de salva-mento, se o forem em razão de qualquer dos factos atrásprevistos.

1.1. Para efeitos da garantia deste risco entende-se por:

a) Incêndio – Combustão acidental, com desenvolvi-mento de chamas estranhas a uma fonte normal defogo, ainda que nesta possa ter origem, e que sepode propagar pelos seus próprios meios;

b) Acção Mecânica de Queda de Raio – Descargaatmosférica ocorrida entre a nuvem e o solo, consis-tindo em um ou mais impulsos de corrente que con-ferem ao fenómeno uma luminosidade característica(raio) e que provoque deformações mecânicas per-manentes nos bens seguros;

c) Explosão – Acção súbita e violenta da pressão oudepressão de gás ou de vapor.

1.2. Salvo se forem expressamente contratadas as res-pectivas coberturas facultativas, não ficam garanti-dos os danos:

a) Que derivem directa ou indirectamente de Incêndiodecorrente de Fenómenos Sísmicos;

b) Que derivem de Riscos Eléctricos, nomeadamente osdanos ocasionados por efeitos directos de correnteeléctrica em aparelhos, instalações eléctricas e seusacessórios, nomeadamente sobretensão e sobrein-tensidade, incluindo os produzidos pela electricidadeatmosférica, tal como a resultante de raio e curto-circuito, ainda que nos mesmos se produza incêndio.

1.3. São aplicáveis as exclusões previstas no Art.º 5.º.

2. Tempestades

Garantindo os danos causados aos bens seguros em conse-quência de:

2.1. Tufões, ciclones, tornados e toda a acção directa deventos fortes ou choque de objectos arremessadosou projectados pelos mesmos (sempre que a sua vio-lência destrua ou danifique vários edifícios de boaconstrução, objectos ou árvores num raio de 5 Kmsenvolventes dos bens seguros);Consideram-se de boa construção aqueles edifícioscuja estrutura, paredes exteriores e cobertura sejamconstruídas de acordo com a regulamentação vigen-

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te à data de construção, utilizando materiais resis-tentes ao vento, designadamente betão armado,alvenaria e telha cerâmica.

2.2. Alagamento pela queda de chuva, neve ou granizo,quando estes agentes atmosféricos penetrem nointerior do edifício em consequência de danos causa-dos pelos riscos mencionados em 2.1., e desde queos danos se verifiquem nas 48 horas seguintes aomomento da destruição parcial do edifício.

2.3. São considerados como constituindo um único emesmo sinistro os estragos ocorridos nas 48 horasque se seguem ao momento em que os bens segurossofram os primeiros danos.

2.4. Para além das exclusões previstas no Art.º 5.º, nãoficam garantidos os danos:

a) Causados pela acção do mar, sejam de que naturezaforem, mesmo que estes acontecimentos resultemde temporal;

b) Em construções de reconhecida fragilidade, e aindaquando os edifícios se encontrem em estado dereconhecida degradação no momento da ocorrência,incluindo quaisquer objectos que se encontrem nosmesmos edifícios ou construções.Considera-se que são de construção de reconhecidafragilidade aqueles edifícios cuja estrutura, paredesexteriores e cobertura sejam construídas não utili-zando materiais resistentes ao vento, designada-mente betão armado, alvenaria e telha cerâmica;

c) Em bens móveis que se encontrem ao ar livre;

d) Em dispositivos de protecção tais como portas, per-sianas, toldos, estores exteriores, os quais ficam,todavia, cobertos se forem acompanhados da des-truição total ou parcial do edifício onde se encon-tram os bens seguros;

e) Em muros e vedações, desde que a sua construçãonão respeite as regras técnicas adequadas;

f) Provocados por entrada de águas das chuvas, atra-vés de telhados, portas, janelas, clarabóias, terraçose marquises, sem prejuízo do disposto no ponto 2.2.,e ainda o refluxo de águas provenientes de canaliza-ções ou esgotos não pertencentes ao edifício;

g) Provocados por infiltrações através de paredes e/outectos, humidade e/ou condensação, excepto quan-do se trate de danos resultantes dos riscos deTempestades ou Inundações.

3. Inundações

Garantindo os danos causados aos bens seguros em conse-quência de:

3.1. Tromba de água ou queda de chuvas torrenciais –precipitação atmosférica de intensidade superior a10mm em 10 minutos, no pluviómetro;

3.2. Rebentamento de adutores, colectores, drenos,diques e barragens;

3.3. Enxurrada ou transbordamento do leito de cursos deágua naturais ou artificiais.

3.4. São considerados como constituindo um único emesmo sinistro os estragos ocorridos nas 48 horasque se seguem ao momento em que os bens segurossofram os primeiros danos.

3.5. Relativamente ao risco de Inundações são aplicáveisas exclusões previstas no ponto 2.4. do numero 2, dopresente Artigo.

4. Responsabilidade Civil

1. Garantia do contrato

Até aos limites abaixo fixados, ficam garantidas asindemnizações legalmente devidas pelo Segurado, pordanos corporais e/ou materiais causados a terceiros, emconsequência de sinistros ocorridos no estabelecimentoindicado nas Condições Particulares da Apólice e resul-tantes de:

a) Actos do Segurado, seus empregados, assalariados oumandatários na sequência da execução de trabalhos daactividade e ao serviço do Segurado;

b) Pela propriedade e utilização de equipamentos, maqui-naria, utensílios e armazenagem de mercadorias;

c) No decurso de operações de carga e descarga;

1.1. Ficam igualmente garantidos os danos imputáveis aoSegurado na sua qualidade de proprietário do imó-vel, quando este seja garantido por este contrato,bem como os decorrentes da sua qualidade comoinquilino ou ocupante do local de risco.

1.2. Não são considerados terceiros, para efeito destacobertura, os parentes ou afins do Segurado ou cau-sador do sinistro até ao 2.º grau, bem como os sóciose empregados, ou quaisquer pessoas que com osegurado tenham relações de trabalho;

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2. Limite de Indemnização

Esta garantia tem como limite de indemnização, por anui-dade da apólice, 20% do capital seguro para o imóvel e/ouconteúdo com o máximo de USD 3.000,00 ou o seu contra-valor em Kwanzas, salvo se outro valor, para o efeito, forexpressamente convencionado nas Condições Particulares.

3. Exclusões

Para além das exclusões contidas no Art.º destasCondições Gerais, fica ainda excluída a responsabilidadepor perdas e danos:

a) Ocasionados pelo exercício de actividade em local dife-rente do local de risco mencionado nas CondiçõesParticulares da Apólice;

b) Intoxicação alimentar ocasionada por produtos comer-cializados pelo Segurado;

c) Danos causados a animais ou bens de terceiros ouclientes, que estejam confiados ou à guarda do segura-do, seja a que titulo for, nomeadamente para tratamen-to, trabalho ou reparação;

d) Causados por trabalhos de reparação, manutenção, trans-formação ou ampliação do imóvel ou fracção do imóvel;

e) Decorrentes do armazenamento ou utilização de subs-tâncias explosivas;

f) Causados por Furto ou Roubo;

g) Responsabilidade Civil decorrente de actos da vida privada;

h) Responsabilidade Civil criminal;

i) Multas de qualquer natureza e consequências pecuniá-rias de processo criminal ou de litígio com má fé;

j) Resultantes da condução ou propriedade de quaisquerveículos;

k) Provocados por fumos ou cheiros ou resultantes depoluição ou contaminação da água, ar e solos;

l) Reclamações decorrentes de paralização de actividade,lucros cessantes, perdas de lucros e outras perdas denatureza semelhante;

m) Por inexecução ou deficiente execução dos serviçosprestados;

n) Por incumprimento de contratos;

o) Por defeito dos produtos fabricados, entregues ou ven-didos pelo Segurado;

p) Causados por reacções alérgicas consequentes de tra-tamentos ou aplicação de produtos;

q) Resultantes de queda ou derrube de quaisquer tribunasou bancadas desmontáveis;

r) Resultantes de qualquer actuação violenta ou agressi-va por parte do pessoal ou elementos de segurança aoserviço do Segurado;

s) Reclamações com base numa responsabilidade doSegurado resultante dum acordo ou contrato, na medi-da em que a mesma exceda a responsabilidade a queo Segurado estaria obrigado por lei, na ausência de talacordo ou contrato;

t) Os resultantes da exploração da actividade quando oconteúdo não fizer parte do objecto seguro.

5. Queda de aeronaves e travessia da barreira do som

Garante os danos causados aos bens seguros em conse-quência de choque ou queda de todo ou parte de aparel-hos de navegação aérea e engenhos espaciais ou objectosdeles caídos ou alijados, bem como por vibração ou abaloresultantes de travessia da barreira do som pelo referidosaparelhos.

6. Choque ou impacto de veículos terrestres ou de animais

Garante os danos causados aos bens seguros em conse-quência de choque ou impacto de veículos terrestres ouanimais sempre que os mesmos não sejam conduzidospelo Segurado, por quem ele seja civilmente responsávelou ainda por um seu empregado.

6.1 Não ficam garantidos quaisquer danos causados aveículos.

7. Choque ou impacto de objectos sólidos

Garante os danos causados aos bens seguros em conse-quência de choque ou impacto de objectos sólidos proce-dentes do exterior.

8. Derrame acidental de óleo

Garante os danos causados aos bens seguros em conse-quência de derrame acidental de óleo contido em qual-quer instalação fixa ou portátil para aquecimento doambiente mas exceptuando sempre os danos sofridos pelaprópria instalação e seu conteúdo.

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CAPÍTULO IIIFORMAÇÃO, INÍCIO, DURAÇÃO, REDUÇÃO,RESOLUÇÃO, NULIDADE DO CONTRATOE TRANSMISSÃO DE DIREITOS

ART.º 7.º – FORMAÇÃO E INÍCIO DO CONTRATO

1. O presente contrato baseia-se nas declarações constantesda respectiva proposta de seguro e daquelas que venhama ser feitas durante a vigência do mesmo, as quais devemmencionar com inteira veracidade, todos os factos ou cir-cunstâncias que permitam a exacta apreciação do risco oupossam influir na aceitação do referido contrato ou nacorrecta determinação do prémio aplicável.

2. A designação dos objectos seguros e as quantias indica-das pelo Tomador do Seguro ou Segurado, não implicamreconhecimento, por parte da Seguradora, da sua existên-cia ou do valor que lhes é atribuído, mesmo que expressasnas Condições Particulares.

3. Desde que o prémio ou fracção inicial seja pago, o presen-te contrato produz os seus efeitos a partir das zero horas dodia seguinte ao da aceitação da proposta pela Seguradora,salvo se na mesma for indicada data de início posterior.

4. Se no prazo de 15 dias, a contar da data de recepção daproposta, a Seguradora não tiver notificado, por correioregistado ou por qualquer outro meio do qual fique regis-to escrito, o Tomador de Seguro e/ou o Segurado da suarecusa ou da necessidade de recolher elementos essen-ciais à avaliação do risco, a proposta considera-se aprova-da nos termos do número anterior.

ART.º 8.º – DURAÇÃO DO CONTRATO

1. O presente contrato considera-se celebrado pelo períodode tempo estabelecido nas Condições Particulares.

2. Caso o presente contrato seja celebrado por um períodode tempo determinado, os seus efeitos cessam às 24 horasdo último dia.

3. No caso de ser celebrado por um ano a continuar pelosseguintes, considera-se sucessivamente renovado por perí-odos anuais, excepto se qualquer das partes o denunciarpor correio registado, ou outro meio do qual fique registoescrito, com a antecedência mínima de 30 dias em relaçãoao termo da anuidade.

ART.º 9.º – REDUÇÃO E RESOLUÇÃO DO CONTRATO

1. Tanto o Tomador do Seguro como a Seguradora podem, a

todo o tempo, reduzir ou resolver o presente contratomediante correio registado, ou por outro meio do qualfique registo escrito enviado à contraparte, com antece-dência mínima de 30 dias em relação à data em que aredução ou resolução produz efeitos.

2. Se o contrato for reduzido ou resolvido, o montante doprémio a estornar correspondente ao período inicialmentecontratado e não decorrido será, após dedução das frac-ções já pagas, de 75% ou de 50% consoante a iniciativada resolução tenha cabido à Seguradora ou ao Tomadorde Seguro, respectivamente.

3. A redução ou resolução do contrato produzem os seusefeitos às 24 horas do próprio dia em que se verifiquem.

4. Caso a resolução sobrevenha a um sinistro em que o capi-tal seguro fique reduzido e não reposto, o prémio a devol-ver, calculado nos termos dos números anteriores, deveráincidir somente sobre o capital assim reduzido.

5. À resolução do contrato por falta de pagamento do pré-mio aplica-se o disposto no n.º 7 do Art.º 16.º.

6. Sempre que o Tomador do Seguro não coincida com oSegurado identificado nas Condições Particulares, estedeve ser avisado, no mínimo, com 15 dias de antecedên-cia, da resolução ou não renovação do contrato.

7. Existindo privilégio credor sobre os bens que constituemobjecto do seguro, a Seguradora obriga-se a comunicarpor escrito à entidade credora declarada nas CondiçõesParticulares, a redução ou resolução do contrato com aantecedência mínima de 15 dias em relação à data emque produz os seus efeitos.

ART.º 10.º – NULIDADE DO CONTRATO

1. Este contrato considera-se nulo e, consequentemente,não produzirá quaisquer efeitos em caso de sinistro,quando da parte do Tomador do Seguro e/ou Seguradotenha havido, no momento da celebração do contrato,declarações inexactas, assim como reticências de factosou circunstâncias dele conhecidas, e que teriam podidoinfluir sobre a existência ou condições do contrato,nomeadamente a recusa de aceitar a celebração, manu-tenção ou a renovação do contrato por parte daSeguradora.

2. Se as referidas declarações ou reticências tiverem sido fei-tas de má fé, a Seguradora terá direito ao prémio, semprejuízo da nulidade do contrato nos termos do númeroanterior, bem como ao reembolso dos montantes deindemnizações entretanto liquidadas.

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ART.º 11.º – TRANSMISSÃO DE DIREITOS

1. Ocorrendo a venda ou transmissão de propriedade dosbens seguros, o Tomador de Seguro e/ou Segurado estáobrigado a, atempadamente, e por carta registada ououtro meio do qual fique registo escrito, comunicar talfacto à Seguradora. Nestes casos considera-se o contratoresolvido, salvo se o transmitente manifestar previamentea intenção de ceder a sua posição no contrato ao adqui-rente do bem seguro e este manifestar, por escrito, a suaintenção em o manter.

2. Quando o pedido de cessão da posição contratual lhe fortransmitida, a Seguradora está obrigada a, no prazo de 15dias contados a partir da recepção daquela comunicação,optar entre:

a) A resolução do contrato, devendo avisar o Tomador deSeguro e/ou Segurado, por carta registada ou por qual-quer outro meio do qual fique registo escrito;

b) A manutenção do contrato com as mesmas ou novascondições, facto que deve comunicar ao adquirente dacoisa segura, dispondo este de um prazo de 15 diascontados da comunicação da Seguradora, para, que-rendo, resolver o contrato.

3. Se o contrato for resolvido, o montante de prémio a estor-nar será calculado nos termos do disposto no n.º 2 doArt.º 9.º.

4. Se a transmissão de propriedade dos bens seguros se veri-ficar por falecimento do Segurado, a responsabilidade daSeguradora subsistirá para com os herdeiros, enquantoestes pagarem os respectivos prémios e assumirem todasas obrigações contratuais estabelecidas.

5. No caso de falência ou insolvência do Segurado, a respon-sabilidade da Seguradora subsistirá para com a respectivamassa falida, nas mesmas condições, pelo prazo de 60dias. Decorrido este prazo, a garantia deste contrato deseguro cessa, salvo se a Seguradora, por acta adicional,tiver admitido o respectivo averbamento.

CAPÍTULO IVMODIFICAÇÃO DO RISCO, CAPITAL SEGURO,INSUFICIÊNCIA OU EXCESSO DE CAPITALE COEXISTÊNCIA DE CONTRATOS

ART.º 12.º – MODIFICAÇÃO DO RISCO

1. O Segurado está obrigado, durante a vigência do contra-to, a comunicar à Seguradora, por correio registado, oupor outro meio do qual fique registo escrito, todos os fac-

tos ou circunstâncias susceptíveis de determinarem umamodificação do risco, nos 8 dias subsequentes ao do con-hecimento da sua verificação.

2. Se os factos ou circunstâncias comunicadas à Seguradora:

a) Determinarem o agravamento do risco, a Seguradoradisporá do prazo de 8 dias a contar da data de recep-ção da comunicação, para propor ao Tomador doSeguro as novas condições de vigência ou para lhecomunicar, por correio registado ou por qualquer outromeio do qual fique registo escrito e aviso prévio de 30dias sobre a data de produção de efeitos, a resoluçãodo contrato;

b) Determinarem uma diminuição do risco e forem denatureza tal que possibilitem a fixação de condiçõesmais vantajosas para o Tomador do Seguro, aSeguradora disporá do prazo de 8 dias a contar da datade recepção da comunicação, para propor as novascondições do contrato.

3. O Tomador do Seguro dispõe de igual prazo de 8 dias acontar da data de recepção da comunicação daSeguradora, para rescindir o contrato, caso não aceite asnovas condições que lhe são propostas.

4. As alterações considerar-se-ão tacitamente aceites nocaso de alguma das partes não se pronunciar em contrá-rio dentro dos prazos previstos neste artigo.

5. Se o Segurado ou a Seguradora optarem pela resolução docontrato, o estorno do prémio a que houver lugar será cal-culado nos termos do disposto no n.º 2 do Art.º 9.º, con-soante a iniciativa da resolução tenha cabido àSeguradora ou ao Segurado, respectivamente.

6. No caso da falta da comunicação relativa a uma circuns-tância de agravamento do risco, ou se, entre a data dessacomunicação e a data de modificação do contrato ou dasua resolução, ocorrer um sinistro, o contrato produziráefeitos, mas a indemnização devida reduzir-se-á propor-cionalmente à diferença entre o prémio cobrado pelaSeguradora e aquele que cobraria para o risco agravado,sem prejuízo do disposto no número seguinte.

7. Se o Tomador do Seguro ou o Segurado, intencionalmen-te, não comunicarem à Seguradora o agravamento dorisco, ou se as suas omissões ou falsas declarações pudes-sem ter influído na manutenção do contrato, este conside-rar-se-á automaticamente resolvido, com efeitos, respecti-vamente, à data em que a comunicação deveria ter sidofeita à Seguradora, ou àquela em que as falsas declaraçõ-es foram prestadas, não havendo lugar a estorno de pré-mio.

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ART.º 13.º – CAPITAL SEGURO

A determinação do capital seguro, ou seja, do valor dos bensque constituem o objecto do presente contrato, é sempre daresponsabilidade do Tomador de Seguro e/ou Segurado e deve-rá obedecer, tanto à data da celebração deste contrato como acada momento da sua vigência, aos seguintes critérios:

a) Seguro de Imóveis – O capital seguro deverá correspon-der ao custo de mercado da respectiva reconstrução,tendo em conta o tipo de construção ou outros factoresque possam influenciar esse custo, ou ao valor matricialno caso de edifícios para expropriação ou demolição. Àexcepção do valor dos terrenos, todos os elementos cons-tituintes ou incorporados pelo proprietário devem sertomados em consideração para a determinação daquelecapital, bem como o valor proporcional das partescomuns, nos seguros de fracções em regime de proprieda-de horizontal;

b) Seguro de Mercadorias – O capital seguro deverá corres-ponder ao preço corrente de aquisição para o Seguradoou, no caso de se tratar de produtos por ele fabricados, aovalor dos materiais transformados e/ou incorporadosacrescidos dos custos de fabrico;

c) Seguro de Mobiliário ou de Equipamento – O capitalseguro deverá corresponder ao custo de substituição dosbens, pelo seu valor em novo, deduzido da depreciaçãoinerente ao seu uso e estado;

d) Outros capitais – Para as coberturas de CondiçõesEspeciais contratadas e para as quais não seja aplicável ocapital do contrato, como definido nas alíneas anteriores,serão considerados como capitais seguros os valores men-cionados nas Condições Particulares, salvo se outro calcu-lo for determinado na respectiva Condição Especial.

ART.º 14.º – INSUFICIÊNCIA OU EXCESSODE CAPITAL

1. Se, no momento do sinistro, o capital seguro pelo presen-te contrato não coincidir com o valor dos bens seguros,determinado nos termos do Art.º 13.º, aplicar-se-ão asseguintes regras:

a) No caso do capital seguro ser inferior ao valor dos bensseguros, o Segurado responderá pela parte proporcio-nal dos prejuízos, como se fosse segurador do exceden-te, sem prejuízo da Actualização Convencionada deCapital, quando esta tiver sido contratada;

b) No caso de o capital seguro exceder o valor dos bensseguros, a Seguradora indemnizará o prejuízo efectiva-

mente causado, até ao limite do bem ou interesseseguro.

2. Se o objecto do presente contrato for constituído pordiversos bens seguros, devidamente discriminados porverbas, e quantias designadas separadamente, os precei-tos do número anterior, são aplicáveis a cada um deles,como se fossem contratos de seguro distintos.

ART.º 15.º – COEXISTÊNCIA DE CONTRATOS

1. O Tomador do Seguro e/ou o Segurado ficam obrigados aparticipar à seguradora, sob pena de responderem porperdas e danos, a existência de outros seguros com omesmo objecto e garantia.

2. Se à data do sinistro existir mais do que um contrato deseguro, com o mesmo objecto e cobertura, a presente apó-lice apenas funcionará em caso de inexistência, nulidade,ineficácia ou insuficiência de seguros anteriores.

CAPÍTULO VPRÉMIOS

ART.º 16.º – PAGAMENTO DE PRÉMIOS

1. O prémio ou fracção inicial é devido na data de celebra-ção do contrato, pelo que a eficácia deste depende do res-pectivo pagamento.

2. Os prémios ou fracções seguintes são devidos nas datasestabelecidas na apólice, sendo neste caso aplicável oregime previsto nos números seguintes.

3. Admite-se o fraccionamento do pagamento de prémiosde apólices que vigorem pelo prazo de um ano eseguintes, quando tal modalidade seja expressamentecontratada e sem prejuízo do disposto nos númerosanteriores.

4. A Seguradora encontra-se obrigada, até 30 dias antes dadata em que o prémio ou fracção é devido, a avisar, porescrito, o Tomador de Seguro, indicando essa data, o valora pagar, e a forma de pagamento.

5. Na falta de pagamento do prémio ou fracção na data indi-cada no aviso, o Tomador de Seguro constitui-se em morae, decorridos que sejam 30 dias após aquela data, o con-trato será automaticamente resolvido, sem possibilidadede ser reposto em vigor.

6. Durante o prazo referido no n.º 5 o contrato mantém-seplenamente em vigor.

CONDIÇÕES GERAIS

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7. De qualquer forma, o Tomador do Seguro continua obriga-do a pagar o prémio ou fracções em dívida, corresponden-te ao período em que o contrato esteve em vigor, acresci-do de uma penalidade de 50% da diferença entre o pré-mio devido para o período de tempo inicialmente contra-tado e as fracções eventualmente já pagas, tudo acrescidodos respectivos juros de mora calculados nos termoslegais em vigor.

8. O seguro considera-se em vigor sempre que o prémiotenha sido pago pelo Tomador de Seguro ao Mediadordurante o período indicado no n.º 5 e o recibo tenha sidoentregue ao Tomador de Seguro por mediador com poderde cobrança.

9. Em caso de sinistro, a Seguradora reserva-se o direito decobrar, ou descontar, na indemnização, o pagamento dosprémios eventualmente em dívida e das fracções vincendas.

ART.º 17.º – ALTERAÇÃO DO PRÉMIO

Não havendo alteração no objecto ou garantia do contrato,qualquer alteração do prémio apenas poderá efectivar-se novencimento anual seguinte, mediante aviso ao Tomador deSeguro com a antecedência mínima de 30 dias.

CAPÍTULO VIOBRIGAÇÕES DA SEGURADORA, DO TOMADORDO SEGURO E/OU DO SEGURADO EM CASODE SINISTRO

ART.º 18.º – OBRIGAÇÕES DA SEGURADORAEM CASO DE SINISTRO

Em caso de ocorrência de sinistro coberto pelo presente con-trato, constituem obrigações da Seguradora:

a) Efectuar com adequada prontidão e diligência as averi-guações e peritagens necessárias ao reconhecimento dosinistro e à avaliação dos prejuízos, sob pena de ter queresponder por perdas e danos;

b) Liquidar a indemnização logo que concluídas as averigua-ções e peritagens necessárias ao reconhecimento do sinis-tro e à fixação do montante dos danos, sem prejuízo deefectuar pagamentos por conta, sempre que se reconheçaque devam ter lugar;

c) A indemnizar ou reparar os danos no prazo de 30 dias sobreo apuramento dos factos referidos no número anterior, sobpena de, quando não cumpra esta sua obrigação por causanão justificada ou que lhe seja imputável, incorrer em mora,vencendo a indemnização juros à taxa legal em vigor;

d) A intervenção da Seguradora em operações de salvamen-to e de conservação dos bens seguros, não implica o seureconhecimento de responsabilidade pelo pagamento dequalquer indemnização ao abrigo do contrato.

ART.º 19.º – OBRIGAÇÕES DO TOMADORDO SEGURO E DO SEGURADOEM CASO DE SINISTRO

Em caso de sinistro coberto pelo presente contrato, consti-tuem obrigações do Tomador do Seguro e/ou do Segurado:

a) Obrigações cujo incumprimento pelo(s) Tomador doSeguro e/ou o Segurado, os fazem responder por per-das e danos:

I) Participar o sinistro à Seguradora, com a maior bre-vidade possível, por escrito e num prazo máximo de8 dias, a contar do dia da sua ocorrência, ou da dataem que dele tiver conhecimento. Tal participaçãodeve conter a indicação do dia e hora, causa conhe-cida ou presumível, natureza e montante prováveldos prejuízos, bem como quaisquer outros elemen-tos necessários à boa caracterização da ocorrência eque sejam ou devam ser do seu conhecimento;

II) Empregar todos os meios ao seu alcance para redu-zir ou evitar as consequências do sinistro e salvar osbens seguros. As despesas resultantes do cumpri-mento de tal obrigação são da responsabilidade daSeguradora, independentemente dos resultadosobtidos, sempre que não sejam feitas de forma des-proporcionada ou inconsciente, e desde que acresci-das à indemnização não ultrapassem o limite docapital seguro;

III) Não remover ou alterar, nem consentir que sejamremovidos nem alterados, quaisquer vestígios dosinistro, sem acordo prévio da Seguradora;

IV) Fornecer à Seguradora todos os elementos de provasolicitados, bem como todos os relatórios ou outrosdocumentos de interesse que possua ou venha aobter, devendo preencher com verdade e completa-mente os documentos que para o efeito lhe foremsolicitados e apresentados pela Seguradora;

V) Colaborar com a Seguradora no apuramento dacausa do sinistro ou na conservação, beneficiação ouvenda dos salvados;

VI) Cumprir as prescrições de segurança que sejamimpostas pela lei, regulamentos legais, ou cláusulasdeste contrato;

SEGURO DE MULTI RISCOS ESTABELECIMENTOS

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VII) Apresentar imediatamente queixa às autoridadescompetentes dos furtos ou roubos de que sejavítima, fornecendo à Seguradora documento com-provativo, bem como promover todas as diligên-cias conducentes à descoberta dos objectos sub-traídos e dos autores do crime;

VIII) Não assumir qualquer obrigação perante terceiros,nomeadamente qualquer pagamento ou oferta, oupraticar algum acto tendente a reconhecer a respon-sabilidade da Seguradora sem a sua expressa auto-rização;

IX) Informar a Seguradora no momento da participa-ção, da existência de outro(s) seguro(s) sobre osmesmos bens e contra os mesmos riscos, relativa-mente a cada um dos quais possa reclamar qual-quer indemnização;

X) Avisar a Seguradora, no prazo de 24 horas, noscasos de recuperação de todos ou de parte dosobjectos furtados ou roubados, quando tal severifique.

b) Obrigações cujo incumprimento intencional por partedo Tomador do Seguro e/ou do Segurado, liberta aSeguradora de efectuar a indemnização a que estariaobrigada:

I) Causar intencionalmente o sinistro;

II) Agravar voluntariamente as consequências dosinistro ou dificultar intencionalmente o salva-mento dos bens seguros;

III) Subtrair, sonegar, ocultar ou alienar salvados;

IV) Impedir ou dificultar, voluntariamente, a actuaçãoda Seguradora no apuramento da causa e conse-quência do sinistro;

V) Usar de fraude, simulação, falsidade ou de quais-quer outros meios dolosos, bem como de docu-mentos falsos para justificar a reclamação.

CAPÍTULO VIIINDEMNIZAÇÕES

ART.º 20.º – DETERMINAÇÃO DE PREJUÍZOS

1. Em caso de sinistro, e ainda que o seguro produza efeitosa favor de terceiros, a avaliação dos bens seguros e dosrespectivos prejuízos será feita entre o Segurado e aSeguradora que, para o efeito, observarão exclusivamente

os critérios estabelecidos no Art.º 13.º para a determina-ção do capital seguro.

2. Se os prejuízos ocorrerem em edifícios, serão ainda aplica-das as seguintes normas:

a) A Seguradora não indemnizará o Segurado peloagravamento sofrido no custo da reparação ou recons-trução dos edifícios seguros, em consequência da alte-ração do alinhamento ou de modificações nas caracte-rísticas da sua construção;

b) A Seguradora, no caso de construções feitas em terrenoalheio, destinará a indemnização à reparação ou reconstru-ção do imóvel no mesmo terreno onde se encontrava,pagando os trabalhos à medida da sua execução atéao limite do valor seguro.

3. Caso se verifique, à data do sinistro, insuficiência ou exces-so de capital seguro, aplica-se o disposto no Art.º 14.º.

ART.º 21.º – FRANQUIA

Em cada sinistro coberto pelo presente contrato, a Seguradoradeduzirá ao valor da indemnização a pagar, o valor da fran-quia declarada nas Condições Particulares.

ART.º 22.º – ARBITRAGEM

1. Nos litígios surgidos ao abrigo desta apólice poderá haverrecurso à arbitragem, para o que, cada uma das partesnomeará um perito-árbitro, os quais, em caso de necessi-dade designarão um terceiro perito-árbitro, que decidirásobre os pontos em que houver divergências.

2. No caso de discordância quanto à designação do terceiroperito-árbitro, este será indicado pelo Juiz da Comarca dolocal da emissão da apólice.

3. A arbitragem incidirá apenas sobre a determinação dosvalores, nunca implicando o reconhecimento por parte daSeguradora da obrigação de indemnizar, nem prejudican-do a alegação de questões de direito, ou mesmo de facto,que não sejam de mera valorimetria.

4. Os peritos-árbitros são dispensados de formalidades judi-ciais, e a avaliação final é inatacável por qualquer uma daspartes.

5. Cada uma das partes pagará os honorários do respectivoperito-árbitro, e metade dos honorários do terceiro perito-árbitro se o houver.

CONDIÇÕES GERAIS

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tingue de todos os outros;

ART.º 23.º – ÓNUS DA PROVA

Impende sobre o Segurado o ónus da prova da veracidade dareclamação e do seu interesse legal nos bens seguros, poden-do a Seguradora exigir-lhe todos os meios de prova adequa-dos e que estejam ao seu alcance.

ART.º 24.º – I NTERVENÇÃO DA SEGURADORA

1. A Seguradora dispõe da faculdade de mandar proceder àsremoções que julgar convenientes, vigiar o local do sinis-tro ou os salvados, bem como promover a sua beneficia-ção ou venda pelo melhor preço, e por conta do legítimoproprietário.

2. O Tomador do Seguro e/ou o Segurado não podem eximir-se às suas obrigações, mesmo que a Seguradora manifes-te a intenção de actuar ou actue de harmonia com asfaculdades previstas no número anterior.

ART.º 25.º – FORMA DE PAGAMENTODA INDEMNIZAÇÃO

1. A Seguradora reserva-se a faculdade de pagar a indemni-zação em dinheiro ou, em alternativa, substituir, repor,reparar ou reconstruir os bens seguros, destruídos oudanificados.

2. Sempre que a Seguradora opte por não indemnizar oSegurado em dinheiro, este deverá, sob pena de responderpor perdas e danos, prestar-lhe a colaboração que sejarazoável e abster-se da prática de quaisquer actos queimpeçam ou dificultem desnecessariamente os trabalhosdestinados à liquidação em espécie.

ART.º 26.º – REDUÇÃO AUTOMÁTICADE CAPITAL SEGURO

Após a ocorrência de um sinistro, o capital seguro ficará, atéao final da anuidade em curso, automaticamente reduzido domontante correspondente ao valor da indemnização atribuída,sem que haja lugar a estorno do prémio.No entanto podem, o Tomador do Seguro e/ou Segurado,reconstituir o capital seguro, para esse período de tempo,pagando o prémio complementar correspondente.

ART.º 27.º – PAGAMENTO DE INDEMNIZAÇÃOA CREDORES

1. Quando a indemnização for paga a credores hipotecários,pignoratícios, ou outros em favor dos quais o contrato de

seguro tenha sido celebrado, a Seguradora poderá exi-gir-lhe, se assim o entender – ainda que o contrato tenhasido por eles efectuado e em seu próprio benefício – queo pagamento se faça em termos que validamente permi-tam o distrate ou a exoneração da dívida na parte relativaao valor indemnizado.

2. Esta faculdade não constitui, porém, para a Seguradorauma obrigação, nem implica para ela qualquer responsa-bilidade.

ART.º 28.º – SUB-ROGAÇÃO

1. A Seguradora, uma vez paga a indemnização, fica sub-roga-da até à concorrência da quantia indemnizada, em todos osdireitos do Tomador de Seguro e/ou Segurado, contra os ter-ceiros responsáveis pelo sinistro, obrigando-se estes a pra-ticar o que necessário for para efectivar esses direitos.

2. A Seguradora considera-se liberta do cumprimento daprestação a que se encontra obrigada, enquanto, por actoou omissão meramente culposa do Tomador de Seguroe/ou do Segurado, a sub-rogação não se puder exercer.

3. Quando tal acto ou omissão do Tomador de Seguro e/oudo Segurado se traduza num comportamento doloso, aSeguradora terá direito a uma indemnização pelas perdase danos sofridos.

CAPÍTULO VIIIDISPOSIÇÕES FINAIS

ART.º 29.º – INSPECÇÃO DO LOCAL DE RISCO

1. A Seguradora pode mandar inspeccionar, por representan-te credenciado e mandatado, os bens seguros e verificarse são cumpridas as condições contratuais, obrigando-se oSegurado a fornecer as informações que lhe forem solici-tadas.

2. A recusa injustificada do Segurado ou de quem o repre-sente, em permitir o uso da faculdade mencionada, confe-re à Seguradora o direito de proceder à resolução do con-trato de seguro, mediante notificação por correio regista-do, ou por outro meio do qual fique registo escrito, comantecedência mínima de 15 dias.

3. Nas circunstâncias previstas no número anterior, aSeguradora adquire o direito a 50% do prémio correspon-dente ao período de tempo que decorreria até ao venci-mento do contrato.

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ART.º 30.º – SEGURO DE BENS EM USUFRUTO

1. Salvo estipulação em contrário expressa nas respectivasCondições Particulares, o contrato de seguro de bens one-rados com usufruto considera-se efectuado em proveitocomum do proprietário e do usufrutuário, ainda que sejacelebrado isoladamente por qualquer um deles, entenden-do-se a todo o tempo da sua vigência, que ambos os inte-ressados contribuíram para o pagamento do prémio.

2. Em caso de sinistro a indemnização será paga medianterecibo assinado por ambos.

ART.º 31.º – COMUNICAÇÕES E NOTIFICAÇÕES

1. As comunicações ou notificações que, no âmbito do pre-sente contrato, cada uma das partes faça à outra, só serãoeficazes se forem efectuadas por meio de carta registadaou por outro meio do qual fique registo escrito, enviadapara o último domicílio do Tomador de Seguro e/ouSegurado, constante do contrato ou para a sede social daSeguradora.

2. Todavia, a alteração de morada ou de sede do Tomador doSeguro e/ou do Segurado deve ser comunicada àSeguradora nos 30 dias subsequentes à data em que severifiquem, por carta registada ou por outro meio do qualfique registo escrito, sob pena de as comunicações ounotificações que a Seguradora venha a efectuar para amorada desactualizada se terem por válidas e eficazes.

3. As comunicações ou notificações da Seguradora previstasnesta apólice consideram-se válidas e plenamente efica-zes caso sejam efectuadas por correio registado, ou poroutro meio do qual fique registo escrito, para a últimamorada do Tomador do Seguro e/ou do Segurado constan-te do contrato, ou entretanto comunicada nos termos pre-vistos no número anterior.

ART.º 32.º – EFICÁCIA EM RELAÇÃO A TERCEIROS

As excepções, nulidades e demais disposições que, de acordocom o presente contrato ou com a lei, sejam oponíveis aoTomador de Seguro e/ou Segurado, sê-lo-ão igualmente emrelação a Terceiros que tenham direito a beneficiar deste con-trato.

ART.º 33.º – LEGISLAÇÃO APLICÁVEL

1. Todo o conflito que respeite à interpretação do presentecontrato será decidido segundo a lei angolana.

2. Nos casos omissos no presente contrato, recorrer-se-á àlegislação aplicável.

ART.º 34º – FORO COMPETENTE

O foro competente para qualquer pleito emergente deste con-trato é o do local de emissão da Apólice.

Nossa Sociedade de Seguros de Angola, S.A.Rua 21 de Janeiro, Academia BAI, Edifício C, 4º Andar

Morro Bento, Luanda Sul - Angolawww.nossaseguros.ao