50
MUND ANO SAIBA PORQUE SUA RELIGIÃO NÃO DEVE SE MISTURAR COM POLÍTICA Nº01 OUTUBRO 2014 INTERNET: AS CELEBRIDADES DE MENTIRINHA O FENÔMENO DOS SERIADOS AMERICANOS COMO VIAJAR COM POUCA GRANA? DICAS E TRUQUES DE QUEM CONSEGUIU mag ESTADO LAICO E AINDA: CINEMA DANÇA TEATRO SHOWS

Mundano Mag №01

Embed Size (px)

DESCRIPTION

Essa é a primeira edição e começa especialíssima. A ex topmodel Marcia Valentim que se tornou terapeuta corporal assina uma matéria sobre autoconhecimento do corpo; Christian Petermann fala sobre o filme Mapa Para As Estrelas que estreia em 2015 e ainda um guia de norte a sul do Brasil. Várias dicas de como viajar com pouca grana pelo mundo todo. O que significa Estado Laico? As celebridades da internet e uma supermatéria de capa sobre as séries americanas de maiores sucesso do momento.

Citation preview

Page 1: Mundano Mag №01

MUNDANO mag

MUNDANO SAIBA PORQUE SUA RELIGIÃO NÃO DEVE SE MISTURAR COM POLÍTICA

Nº01 OUTUBRO 2014

INTERNET: AS CELEBRIDADES DE MENTIRINHA

O FENÔMENO DOS SERIADOS AMERICANOS

COMO VIAJAR COM POUCA GRANA? DICAS E TRUQUES DE QUEM CONSEGUIU

mag ESTADO LAICO

E AINDA: CINEMA DANÇA TEATRO SHOWS

Page 2: Mundano Mag №01

2

MUNDANO mag

MUNDANO

Page 3: Mundano Mag №01

3

MUNDANO mag

Por Marcelo Bicalho

MUNDANO Ao pensar na palavra MUNDANO, qual o primeiro significado que se cria em sua mente?

Bem, caso você não saiba ao certo como interpretar essa palavra, vamos explicar, e, com efei-

to, vamos começar essa explicação utilizando a Bíblia – com outro conceito e em outra época.

O sentido anacrônico que MUNDANO revela na Bíblia:

1 João 2:15-17 : "Não ameis o mundo, nem o que há no mundo. Se alguém ama o mundo, o

amor do Pai não está nele. Porque tudo o que há no mundo, a concupiscência da carne, a con-

cupiscência dos olhos e a soberba da vida, não vem do Pai, mas sim do mundo. Ora, o mundo

passa, e a sua concupiscência; mas aquele que faz a vontade de Deus, permanece para sem-

pre."

Assim sendo: MUNDANO para os mais antigos e para a Bíblia, refere-se àqueles que vivem pa-

ra o mundo, excluindo sua crença, a espiritualidade e a virtude. Uma pessoa mundana jamais

seria capaz de viver única e exclusivamente para a igreja e para a religião. Inclusive, na atuali-

dade, ainda ouvimos algumas pessoas dizendo que “fulano é do mundo”.

Mas então quer dizer que a MUNDANO é uma revista feita por pessoas totalmente materialistas

e sem religiosidade nenhuma? ERRADO!

MUNDANO também é uma palavra que pode ser interpretada das seguintes formas:

- pessoa vivida, com conhecimento das coisas do mundo.

- alguém que tem conhecimento sobre o mundo.

- aquele que busca conhecer mais sobre qualquer assunto.

- quem não tem medo de arriscar.

Logo, para a nossa equipe, a palavra MUNDANO tem um lado bem positivo, afinal, fazemos par-

te desse grupo de pessoas que buscam o aprendizado, novas experiências, o conhecimento e

que não tem medo de se arriscar.

A MUNDANO Mag espera que você, nosso leitor, seja tão MUNDANO quanto à gente, e espera-

mos que você se jogue nessa aventura de fazer algo novo, em busca de novas experiências e

conhecimentos: lendo o que temos para informar a todos vocês.

Page 4: Mundano Mag №01

4

MUNDANO mag

MUNDANO mag

Page 5: Mundano Mag №01

5

MUNDANO mag

MUNDANO

Page 6: Mundano Mag №01

6

MUNDANO mag

DE

TUD

O U

M P

OU

CO

MUNDANO mag

Número 1

Page 7: Mundano Mag №01

7

MUNDANO mag

É com muito orgulho que entregamos à vocês a Mundano Mag. Uma revista com

conteúdo diferente do que vemos por aí, além das informações básicas que procuramos

nas revistas, trazemos coisas inusitadas, mas que com certeza você também vai curtir. Es-

sa primeira edição foi pensada e elaborada pra apresentar uma forma não convencional

de pensar e transmitir. Começamos totalmente do zero, sem nenhum investimento ou pa-

trocínio, sem vínculos comerciais ou políticos, produzida totalmente através das redes so-

ciais. Mas não é por isso que entregamos um material sem qualidade, pelo contrário, en-

tregamos á vocês o melhor que nós poderíamos ter feito e estamos orgulhosos do resul-

tado. Divirtam-se e não se esqueçam de nos dizer o que acharam.

Nessa primeira edição, tentamos descobrir a fórmula dos americanos para fazer

seus programas de TV, principalmente numa época em que muitos acreditavam que a in-

ternet iria substituir a maior parte dos meios de comunicação já existentes – o que não

aconteceu: a TV se mantém mais forte do que nunca, movimentando grandes valores e se

adaptando a essa nova realidade.

Falando em internet: como as brincadeiras das redes sociais se tornaram tão popu-

lares? Dilma Bolada e Irmã Zuleide são dois exemplos das várias celebridades virtuais que

fazem sucesso pelo Brasil. Vamos mostrar nessa primeira edição o motivo desse sucesso

repentino.

Ainda falando sobre o poder da internet, por causa dela o desejo das pessoas em

viajar e conhecer o mundo tem aumentado consideravelmente (embora o Brasil esteja

sempre passando por autos e baixos); nunca se viajou tanto para o exterior quanto agora.

Empresas Low Cost, promoções, concorrência e muita pesquisa desmistificaram a premis-

sa de que somente rico viajava para fora do país.

Além de TV e internet, Christian Petermann faz uma análise sobre o filme Mapa Pa-

ra As Estrelas e a ex-topmodel Marcia Valentim que se tornou terapeuta corporal fala so-

bre conhecermos melhor nosso corpo.

Também vamos falar de comunicações e de bem-estar. Essas são algumas de nos-

sas matérias desse primeiro mês da MUNDANO Mag – Um pequeno gostinho do que vem

pela frente. Esperamos que gostem e que interajam conosco daqui por diante.

Bem vindos e boa leitura.

Anderson Leal

Editor

DE

TUD

O U

M P

OU

CO

MUNDANO

Page 8: Mundano Mag №01

8

MUNDANO mag

28 CAPA: FOTO-MONTAGEM FX/

DIVULGAÇÃO AMERICAN HORROR

HISTORY - FREAK SHOW

Editor-chefe

Anderson Leal

Revisão Geral

Marcelo Bicalho

Supervisão

Caroline Nogueira

Colaboraram nesta edição:

Christian Petermann

Marcia Valentim

Paulo Lotti

Fotos da matéria “Conhecendo o cor-po para uma melhor qualidade de vi-

da”: Studio CL Art

Ilustração da matéria “Viajando com pouca grana”: Kolobsec

Revista mensal

Distribuição online e gratuita

MUNDANO mag

FALE COM A GENTE SUGESTÕES, DÚVIDAS E CRÍTICAS:

[email protected]

19

36

30

Page 9: Mundano Mag №01

9

MUNDANO mag

MUNDANO 03 DE TUDO UM POUCO 07 A TV NO TOPO 10 OS SUCESSOS em AUDIÊNCIA DAS SÉRIES AMERICANAS: COMO ELES CONSEGUIRAM? AGENDA CULTURAL 19 DE NORTE À SUL DO BRASIL, PREPARAMOS UMA AGENDA POR ONDE QUER QUE VOCÊ ESTEJA MAPA PARA AS ESTRELAS 24 UMA PRÉVIA DO FILME COM JULIANE MOORE E ROBERT PATTINSON, POR CHRISTIAN PETERMANN MÚSICA 26 DE CARTOLA À U2 AS CELEBRIDADES DA INTERNET 28 AS NOVAS CARAS DA INTERNET NEM SEMPRE EXISTEM DE VERDADE VIAJANDO COM POUCA GRANA 32 DICAS VALIOSAS DE COMO VIAJAR PRA FORA GASTANDO O MÍNIMO POSSÍVEL CONHECENDO O PRÓPRIO CORPO 36 A TERAPEUTA MARCIA VALENTIM EXPLICA COMO SABER MAIS DE NÓS MESMO INDIVIDUALISMO NÃO É TÃO RUIM QUANTO PARECE 42 ESTADO LAICO 43 ENTENDA PORQUE NÃO SE DEVE MISTURAR POLÍTICA COM SUAS CRENÇAS. TEXTO DE PAULO LOTTI

MUNDANO mag

NESTA EDIÇÃO

10

24

Matéria de capa

43

36

Page 10: Mundano Mag №01

10

MUNDANO mag

O FENÔMENO DOS SERIADOS AMERICANOS

TELE

VIS

ÃO

Breaking Bad (2008/2013). Um dos maiores sucessos da atualidade.

Série americana polêmica, recordista de audiência por diversas vezes e

vencedora de 5 Emmys em 2014.

Page 11: Mundano Mag №01

11

MUNDANO mag

Começo essa matéria prometendo que

tentarei não soltar nenhum spoiler. Missão

difícil já que vou falar de tantas séries. Sé-

ries, por que amamos tanto? Vou tentar

responder essa pergunta tão complexa. >

Texto: Caroline Nogueira

Page 12: Mundano Mag №01

12

MUNDANO mag

Muitos diziam que muitos outros veículos per-

deriam sua força com a poderosa internet, o

que de fato não ocorreu. É só observar a audi-

ência. A série de maior audiência hoje nos Es-

tados Unidos, maior produtora que existe, é

The Big Bang Theory com 19.960 milhões de

telespectadores. A empresa Nielsen, que mede

a audiência lá na terra do Tio Sam, ainda apon-

ta as séries NCSI e NCIS: Los Angeles, com

19.770 milhões e 16.020 milhões de telespec-

tadores em segundo e terceiro lugar respecti-

vamente.

Não poderia deixar de falar de The Big Bang

Theory, afinal, é a série mais assistida e já está

na oitava temporada. Cheia de piadas e saca-

das geeks, o temperamento de Sheldon talvez

seja um caso à parte. Não é à toa que o ator

Jim Parsons ganhou o Emmy de melhor ator de

comédia em 2014. O elenco também é o mais

bem pago , especula-se que Jim Parsons,

Johnny Galecki e Kaley Cuoco recebam cerca

de um milhão de dólares por episódio.

Com esses números seria quase uma heresia

dizer que a internet tomaria o lugar das nossas

queridas séries televisivas. “Mas e o Netflix?”

Eu sei, eu sei. O fenômeno Netflix está invadin-

do a vida de muitos de nós e com suas séries

exclusiva e vem conquistando cada vez mais

amantes.

Outro grande atrativo para os assinantes do

Netflix é seu preço e flexibilidade, afinal, você

assiste a qualquer momento e todos os episó-

dios estão disponíveis de uma só vez. O servi-

ço de streaming oferecido já tem mais de 27

milhões de assinantes e permite eu e você a

fazer verdadeiras maratonas em frente a tela.

Em 2013 o Netflix encomendou uma pesquisa

para saber se essa maravilha da maratona era

algo bom ou ruim para a marca.

Eis que os 3 mil adultos que participaram da

pesquisa, 73% disseram que se sentem muito

bem, obrigado, ao assistir séries em maratona

e 61% ainda fazem isso regularmente. Um an-

tropólogo foi contratado para analisar os dados.

Grant McCracken disse que isso ocorre porque

ajuda os assinantes a se concentrarem e se

distraírem ao mesmo tempo. 76% dos entrevis-

tados confirmaram esse apontamento do antro-

pólogo. Mas essa compulsão por assistir mais

de um episódio de uma vez, o que eles chama-

ram de binge watching, não é uma prática soli-

tária, 51% gosta de assistir com companhia,

uma ou mais pessoas e, 39% espera que esta

esteja disponível para fazer a maratona.

Jim Parsons Kaley Cuoco e o elenco de Big Bang Theory, maior audiência atualmente nos EUA

Page 13: Mundano Mag №01

13

MUNDANO mag

SÉRIES, SÉRIES E MAIS SÉRIES!

Convencido que a internet não tomará o lugar

das séries televisivas e que elas, na verdade,

são complementares?

Muito bem caro leitor. Agora, já parou para pen-

sar quantas séries existem? Contando rapida-

mente, levando em consideração só as que irão

voltar ao ar a partir de outubro ou farão suas

estreias, a chamada Fall-Season (temporada

de outono, lá na gringa, claro.) serão 102 bele-

zinhas para você se deliciar até meados de

Maio de 2015. Fora as séries que estão em ple-

no vapor e estão prestes a encerrar suas tem-

poradas.

Como comentei antes, poderemos ver novas

séries, temporadas das que amamos e o vício

nos fez sofrer muito, umas mais curtas que ou-

tras, mas podemos escolher de olhos bem

abertos. Umas voltarão com sua 18º tempora-

da, como no caso da famosa série em desenho

animado nada politicamente correto, South

Park. Outro desenho que tem uma longa estra-

da e estreia sua 26º temporada é a família ama-

rela mais famosa do mundo, os Simpsons.

A série mais assistida dos Estados Unidos, vol-

ta para a sua 8º temporada lotada de prêmios

na bagagem e CSI está na 15° temporada sem-

pre cheia de mistérios a resolver. E muita coisa

boa está por vir, são 34 novas séries, entre

elas, duas histórias talvez você já conheça,

mas as verá de uma maneira diferente. Gotham

e Constantine te lembram alguma coisa? Não

sei você, mas estou bem curiosa para ver mui-

tas das novas séries.

Mas quem disse que temos que nos prender só

as novidades e novas temporadas? Series fa-

zem tão parte das nossas vidas, que muitas de-

las se tornaram verdadeiros clássicos. Sex In

The City, Arquivo X, ER, Família Soprano, Bar-

rados no Baile, Desperate Housewives, Um Ma-

luco no Pedaço, Família Dinossauro, The O.C.,

Lost, 24 Horas, Dexter, Dr. House, a recém

acabada Breaking Bad e, a minha favorita

(desculpa, não resisti) Friends. Voltando ainda

mais no tempo, temos O Gordo e o Magro

(década de 30), Os Três Patetas (1934), O Clu-

be do Mickey (1955), Zorro (1957), Além da

Imaginação (1959), A Feiticeira (1964), A Famí-

lia Addams (1964), Jeannie É Um Gênio (1965),

Túnel do Tempo (1966), Ultraman (1966), Jor-

nada Nas Estrelas (1966), Batman (1966),

Agente 86 (1968), A Família Dó Re Mi (1970),

Vila Sésamo (1972), Planeta dos Macacos

(1974), The Muppet Show (1976), As Panteras

(1976), Dallas (1978), Chip’s (1977), Magnum –

P.I. (1980), A Super Máquina (1982), Esqua-

drão Classe A (1983), Miami Vice (1984), A Ga-

ta E O Rato (1985), Alf – Eteimoso (1986), Três

é Demais (1987), Anos Incríveis (1988), >

Page 14: Mundano Mag №01

14

MUNDANO mag

Seinfeld (1989), S.O.S Malibu (1989), entre muitas

outras, que você leitor que tem mais de 30 ou 40

anos irá lembrar com muita saudade. Você leitor

com menos de 30, pergunte para os pais que eles

irão te situar, caso você nunca tenha ouvido falar

de nenhuma delas. Não fique tonto, é série que

não acaba mais, eu sei. Uma curiosidade, o pri-

meiro papel de Bruce Willis na TV foi na série A

Gata E O Rato, nem preciso contar como a carrei-

ra dele decolou.

Nós crescemos rodeados de boas histórias. Elas

nos envolvem de tal maneira, que, quando você

menos perceber, já está extremamente viciado.

AFINAL, POR QUE AMAMOS?

A dinâmica que uma serie apresenta para seus

telespectadores é bem diferente das habituais no-

velas brasileiras. Uma novela fica em média 8 me-

ses no ar, com capítulos de mais de uma hora de

duração, passando pelo menos 6 vezes por sema-

na, tornando-se muitas vezes maçante e sempre

corre o risco de se perder no meio do caminho. A

última trama que tivemos no Brasil, considerada

novidade com todas as letras, foi Avenida Brasil.

Uma rara exceção.

Já uma série tem em média 22 episódios por tem-

porada e as minisséries têm em média 13 episó-

dios também divididos em temporadas, umas du-

ram 40 minutos, outras 20 minutos e as exceções

com duração de 1 hora, exemplo de Game Of

Thrones e The Walking Dead. A grosso modo, são

880 ou 440 minutos para uma temporada.

Levando tudo isso em consideração, uma série

não tem tempo de ferver a história em Banho Ma-

ria, não há tempo para enrolação. Cada episódio

tem começo, meio e fim com aquele final que nos

faz assistir um após o outro sem enjoar e sempre

com grande expectativa. Tudo é muito envolvente

e pensado para que você não saiba o caminho

certo desde o início.

Série é tão divertido que muitos filmes já passaram

para esse formato, casos de Hannibal, O Extermi-

nador do Futuro / Terminator: Sarah Connor Chro-

nicles, Dominion (sua origem vem do filme Legion)

Page 15: Mundano Mag №01

15

MUNDANO mag

e Um Drink no Inferno. Quem não gostaria de

ver esses filmes de outras óticas, não é mes-

mo?

Outro bom motivo é que podemos conhecer

obras clássicas em séries. A rede BBC dá um

show de bola em suas adaptações como Orgu-

lho e Preconceito, clamada obra de Jane Aus-

ten, que contou com 6 episódios e teve sua es-

treia em 1995. Também podemos mergulhar na

história de Henrique VIII, como aconteceu na

série The Tudors, baseada na polemica vida do

rei da Inglaterra, mas claro, como toda adapta-

ção de uma história real, houveram erros e

equívocos para tornar a série mais atrativa e,

nem por isso deixou de ganhar seus muitos

prêmios e ser reconhecida como uma grande

série.

E livro que virou filme e depois série? Foi exa-

tamente isso que aconteceu com Sherlock Ho-

mes. Os contos clássicos do século XIX, de Ar-

thur Conan Doyle, sobre Homes, ganharam

tantas adaptações, que nossa querida série

não poderia ficar de fora.

Muitos heróis já foram retratados em séries,

arrisco a dizer que uma das mais famosas dos

últimos 10 anos foi Smallville, que conta a his-

tória do jovem Clark Kent, futuro Superman.

Porque se voltarmos no tempo, temos Batman,

Hulk, Mulher Maravilha, e todas não passam

dos anos 70.

E você que me dá o prazer da sua leitura, ga-

ranto que sempre haverá uma série que te

agrade, há histórias para todos os gostos.

Game Of Thrones é para aqueles apaixonados

por história épicas, cheias de reviravoltas e sur-

presas; só lembrando que é quase proibido se

apaixonar por qualquer personagem, assista e

saberá o porquê.

Uma das melhores séries e ganhadora de vá-

rios prêmios, Breaking Bad é um drama que

mostra a vida de um professor de química que

resolve tomar atitudes drásticas ao descobrir

um câncer incurável. Como prometi, sem spoi-

lers. Se você já conhece a história de Walter

White, sabe do que estou falando, e você que

ainda não assistiu, prepare-se para se surpre-

ender. >

Page 16: Mundano Mag №01

16

MUNDANO mag

Gosta do bizarro e de um bom freak show, en-

tão você provavelmente amará American Hor-

ror Story. O mais curioso dessa série, é que

cada temporada leva um subtítulo e suas his-

tórias se misturam com ficção e realidade. Cri-

mes e acontecimentos marcantes fazem parte

do roteiro: 1° temporada – Murder House, que

tem como pano de fundo a infidelidade e a vi-

da de uma família numa casa repleta de maus

espíritos; 2° temporada – Asylum, fala sobre

saúde mental, poder e política, com muitas ce-

nas horripilantes; 3° temporada – Coven, fala

sobre os ataques que as bruxas sofreram ao

longo da história; e a 4º temporada – Freak

Show, nem preciso dizer que será sobre aber-

rações.

Você também pode encontrar muitos zumbis

comedores de cérebros em The Walking Dead.

O fenômeno pós apocalíptico é baseado na sé-

rie de quadrinhos de Robert Kirkman e mostra

a luta para sobreviver no meio de tantos zum-

bis.

Tem curiosidade para saber o porquê e como

grandes escândalos envolvendo governos difi-

cilmente é passado ao grande público, assista

Scandall. É meu caro leitor, existem empresas

especializadas em mediar crises empresariais

e governamentais e essa série mostra todo

esse trabalho e melhor, é inspirada no polêmi-

co governo de George W. Bush.

CSI é uma das séries policiais mais famosas

que existem e aguça o nosso lado detetive de

ser. Ainda nessa linha de investigação, Dr.

House nos guiou a tantos casos fantásticos e

inimagináveis que tenho certeza que o teles-

pectador se sentiu muito médico ao acompa-

nhar esse senhor desbocado de carisma e ar-

rogância cativante. Sua personalidade foi tão

forte e marcante que a série brasileira Psi tem

uma leve inspiração nesse “adorável” médico.

Supernatural já está em sua 10° temporada e

traz a história de dois irmãos unidos na maior

parte do tempo, mas cheios de problemas,

também, não é fácil combater demônios, vam-

piros, lobisomens, deuses malucos e ainda li-

dar com os problemáticos anjos. Os irmãos

Winchesters trabalham o tempo todo, mas tam-

bém fazem o telespectador rir bastante com

suas piadas e humor super ácido. >

Page 17: Mundano Mag №01

17

MUNDANO mag

DIA 1

Criminal Minds (6ª temporada, CBS)

Stalker (estreia, CBS)

The Bridge (final, FX)

DIA 2

Bad Judge (estreia, NBC)

A to Z (estreia, NBC)

Reign (2ª temporada, The CW)

The Vampire Diaries (6ª tempora-da, The CW)

The Biggest Loser (16ª temporada, NBC)

Gracepoint (estreia, Fox)

DIA 3

Last Man Standing (4ª temporada, ABC)

DIA 4

Survivor’s Remores (estreia, Starz)

DIA 5

Bob’s Burguers (5ª temporada, Fox)

Mulaney (estreia, Fox)

Homeland (4ª temporada, Showti-me)

Mulaney (estreia, Fox)

DIA 6

The Originals (2ª temporada, The CW)

Supernatural (retrospectiva, The CW)

DIA 7

The Flash (estreia, The CW)

Supernatural (10ª temporada, The CW)

DIA 8

Arrow (3ª temporada, The CW)

American Horror Story (4ª tempo-rada, FX)

Kingdom (estreia, DirecTV)

DIA 10

Cristela (estreia, ABC)

DIA 12

The Strain (final, FX)

The Walking Dead (5ª temporada, AMC)

The Affair (estreia, Showtime)

DIA 13

Jane The Virgin (estreia, The CW)

DIA 14

Marry Me (estreia, NBC)

About a Boy (2ª temporada, NBC)

DIA 15

Top Chef (12ª temporada, Bravo)

DIA 22The 100 (2ª temporada, The CW)

Web Therapy (4ª temporada, Sho-wtime)

DIA 24

Grimm (4ª temporada, NBC)

Constantine (estreia, NBC)

DIA 27

2 Broke Girls (4ª temporada, CBS)

DIA 30

The Millers (2ª temporada, CBS)

Two and a Half Men (12ª tempo-rada, CBS)

The McCarthys (estreia, CBS)

Elementary (3ª temporada, CBS)

Estreias em outubro (EUA)*

*Qualquer alteração é de responsabilidade

das emissoras

Page 18: Mundano Mag №01

18

MUNDANO mag

Viu só como tem séries para todos os gostos?

Isso porque nem falei das séries de fantasia, de

serial killers, de super-heróis, de famílias, pri-

são, terrorismo...

O que deixa as séries americanas fantásticas é

que os recursos hollywoodianos estão à dispo-

sição das produtoras.

É uma riqueza de detalhes envolvendo efeitos

visuais, figurino, cenários, maquiagem, câme-

ras de última geração, a alternância de direção

de episódios e, produtores conhecidíssimos co-

mo o caso de Steven Spielberg em Under The

Dome, série baseada no livro de uns dos me-

lhores e maiores escritores de ficção, nada me-

nos que Stephen King, que também participa

da produção da série.

Não é só o salário do elenco de Big Bang The-

ory são dignos de Hollywood. Em 2014, Ashton

Kutcher fatura a bagatela de US$ 26 milhões,

seguido por seu colega de elenco, John Cryer

embolsando US$ 19 milhões, ambos com Two

And A Half Men. E o protagonista de NCIS tam-

bém engordará sua conta bancária com US$

19 milhões. Outro bom exemplo é o ator Kevin

Space, com a exclusiva série Netflix, House Of

Cards, faturando anualmente US$ 16 milhões.

Bom, agora é pegar aquele balde cheio de pi-

poca e sentar na frente da TV ou do computa-

dor e escolher a sua série favorita. Divirta-se!

Fotos: AMC (Breaking Bad, The

Walking Dead), CBS (Big Bang

Theory, Two and a Half Men),

Fox (Simpsons, Dr. House),

NBC (Friends, S.O.S Malibu),

HBO (Games of Thrones, Psi),

FX (American Horror History),

Netflix (House of Cards)

Page 19: Mundano Mag №01

19

MUNDANO mag

AGENDA O que você pode fazer em outubro pelo país

(e uma prévia do que está por vir)

CINEMA DANÇA EXPOSIÇÕES GASTRONOMIA INFANTIL PASSEIOS SHOWS TEATRO

Foto: Grégory Batardon

Page 20: Mundano Mag №01

20

MUNDANO mag

OU

TUB

RO

CINEMA

A Entrevista (The Interview). James Franco é um

apresentador de talkshow e Seth Rogen seu produtor (foto acima), eles viajam para a Coréia do Norte para entrevistar o ditador Kim Jong-Un (Randall Park). Mas são intercepta-dos e recrutados pela CIA, seus planos mudam de simples perguntas para assassinato, a dupla usa o programa como disfarce para cumprir a missão. De Evan Goldberg. Direção de Evan Goldberg e Seth Rogen. Ainda no elenco: Lizzy Ca-plan, Diana Bang, Randall Park, Tommy Chang e Timothy Simons. Sony Pictures/EUA. Classificação indicativa não informada. Estreia dia 02.

Garota Exemplar (Gone Girl). Amy Dunne desaparece

no dia do seu aniversário de casamento, deixando o marido Nick sob investigação. Ele começa a agir estranhamente, abusando das mentiras e se torna o suspeito número um da polícia. Com o apoio da sua irmã gêmea, Margo, Nick tenta provar a sua inocência e, ao mesmo tempo, procura des-vendar o que aconteceu com Amy. Direção David Fincher. Com Rosamund Pike, Ben Affleck, Scoot McNairy. FOX Fil-mes/EUA. 16 anos. Estreia dia 16.

DIVULGAÇÃO

DIV

ULG

ÃO

EXPOSIÇÃO

Está em cartaz no Museu Vale em Vila Velha (ES), a exposição coletiva "Das Viagens, dos De-sejos, dos Caminhos", com curadoria de Bitu Cassundé. A mostra apresenta uma coletânea de trabalhos de artistas das regiões Norte e Nordeste. Os artistas Leonilson, Yuri Firmeza, Virgi-nia de Medeiros, Marcone Moreira, Jonathas de Andrade, Armando Queiroz, Rodrigo Braga e Karim Ainouz + Marcelo Gomes são os responsáveis pelas obras. A exposição trata da territorialidade e das relações entre Viajar, Desejar e Caminhar e é nesse cenário que ocorre a colisão entre realidade e fic-ção, e onde reverberam lugares, dese-jos e diversos meios do campo social. Quando: até 02 de novembro de 2014 Horário: de 3ª a 6ª feira, das 8h às 17h. Sábados e domingos: de 10h às 18h Onde: Museu Vale - Antiga Estação Pedro Nolasco s/n, Vila Velha—ES Informações: (27) 3333-2484

Son

y Pictu

res

Fox Film

es

Page 21: Mundano Mag №01

21

MUNDANO mag

Muita gente não sabe,

mas existiu uma revista

tão completa, criativa e

moderna chamada Gera-

ção POP ou somente

POP, como era popular-

mente conhecida. Além do

conteúdo alegre e moder-

no (para a época), fre-

quentemente os leitores

recebiam mimos como,

por exemplo, calendários,

álbuns, pôsteres de seus artistas preferidos e etc.

Editada pela Editora Abril – e se tornando um

grande sucesso dos anos 70 –, a publicação era uma

unanimidade entre os jovens. A revista, para desani-

mo de muitos, parou de ser produzida em 1979. E

na nossa edição de estreia, a edição de outubro de

1975, com as tendências e a moda setentistas.

ESTEVE NAS BANCAS

DIVULGAÇÃO INFANTIL

9ª Mostra de Teatro Infantil do Shop-

ping Ibirapuera (SP)

No mês das crianças o Shopping Ibirapuera de São Paulo preparou uma agenda cheia de di-versão de 4 até 26 de outubro, sempre aos fi-nais de semana. A 9ª edição da Mostra de Te-atro Infantil traz os espetáculos “Rabisco - Um cachorro perfeito”, “Ciranda das Flores”, “Shake, Shake, Baby!”, “Shakespeare Amarro-tado” e “Comigo meu Umbigo” e muitas outras que vão deixar a garotada muito feliz, são no total serão 10 apresentações gratuitas e aber-tas para diferentes idades, onde os conceitua-dos grupos teatrais Cia. Prosa dos Ventos, Ma-racujá Laboratório de Artes, Núcleo Girândola e Cia. Caso da Matraca farão o que sabem de melhor: espetáculos lúdicos encantadores e cheios de magia. Recomendado para crianças à partir de 3 anos. 55 minutos. Quando: de 04 a 26 de outubro, somente aos sábados e domingos. Horário: 15h – recomenda-se chegar com 30 minutos de antecedência. Sessões Extras: Dia das Crianças: 11 e 12 de outubro (sábado e domingo) às 17h. Onde: Shopping Ibirapuera - Av. Ibirapuera, 3.103 - Piso Jurupis São Paulo—SP

Fox Film

es

Feira de São Cristóvão

A dica para quem estiver pelo Rio de Janeiro é a Feira de São Cristóvão sin-tetiza tudo o que há de melhor no nor-deste. Comidas, comprinhas, música e dança são os ingredientes principais

desse caldeirão cultural. A feira ocorre de terça à quinta: 10h às 18h (entrada

franca, exceto feriados) Sexta de 10h a 21h do domingo (sem interrupções) Taxa de entrada R$ 3,00 Para shows consulte agenda no site

www.feiradesaocristovao.org.br Telefones: 21 2580.5335 I 21

2580.6946

Onde: Campo de São Cristovão, Rio de Janeiro

DIV

ULG

ÃO

Page 22: Mundano Mag №01

22

MUNDANO mag

DANÇA Bienal Internacional de Dança do Ceará / De Par Em Par A Bienal Internacional de Dança do Ceará chega à 4ª edição, se con-cretizando como um respeitável espaço de difusão das mais diferentes manifestações de dança cênica. A apresentação de criações configura-das na interface da dança com a performance, as artes visuais, o audi-ovisual, as intervenções urbanas, entre outras possibilidades, tem sido uma de suas das principais características. Com uma rica e diversificada programação, inteiramente gratuita, distri-buída em dois programas, Encontro Terceira Margem e CirculaDança, a Bienal De Par Em Par 2014 será realizada de 24 de outubro a 16 de novembro, com performances cênicas, intervenções urbanas, oficinas e debates passando por diferentes bairros de Fortaleza e várias cidades do interior do Ceará, como Paracuru, Crato, São Gonçalo do Amarante e Trairí, prosseguindo com a descentralização das ações de difusão e formação, política já utilizada em edições anteriores. www.bienaldedanca.com

Foto: Grégory Batardon

TEATRO

Paulo Gustavo em dois espetáculos

imperdíveis Depois de quatro temporadas bem sucedidas

na TV, o programa 220 Volts ganhou uma ver-

são para o teatro. A versão dos palcos conta

com as personagens femininas do humorístico.

É o terceiro espetáculo criado e estrelado pelo

ator que está se apresentando em várias capi-

tais do país com seu humor escrachado, crítico

e dinâmico, Destaque para a desbocada Se-

nhora dos Absurdos, uma senhora rica e politi-

camente incorreta que despeja seus preconcei-

tos sem papas na língua, uma crítica à hipocri-

sia (duração de 75 minutos. 14 anos). O outro

espetáculo de Paulo Gustavo em cartaz é Hi-

perativo, de cara limpa e sem personagens o

comediante se destaca num stand up que nar-

ra fatos corriqueiros do cotidiano com muito

humor. A direção é do também humorista, Fer-

nando Caruso. (12 anos).

Hiperativo

Recife – PE, Teatro Guararapes Quando: 02/10 - 21h Ingressos: R$ 90 (inteira) e R$ 45 (meia) para plateia; R$ 70 (inteira) e R$ 35 (meia) para bal-cão. (venda na bilheteria do teatro e www.ingressorapido.com). Informações: (81) 3207-1144 Onde: Complexo do Salgadinho, 0 Maceió – AL,Teatro Gustavo Leite Quando: 09/10 - 21h30 Ingressos: R$ 90 (inteira) e R$ 45 (meia) para plateia; R$ 70 (inteira) e R$ 35 (meia) para bal-cão. (venda na bilheteria do teatro e www.ingressorapido.com). Informações: (82) 3315-3922 Onde: Rua Celso Piatti, 0 - Centro Cultural e de Exposições de Maceió

GASTRONOMIA

Durante todo o mês de outubro ocorrerá o 4º Circuito Gastronômico Italiano em

Belo Horizonte, o intuito do evento é aproximar os mineiros da cultura e gastrono-mia italiana. Os restaurantes do circuito oferecem descontos especiais em determi-nados pratos em dias e horários pré-determinados. Para entender melhor e saber quais os restaurantes participantes acessem: www.acibramg.com.br

OU

TUB

RO

Page 23: Mundano Mag №01

23

MUNDANO mag

Espetáculo Quantum

Para ver seu evento aqui, man-de seu e-mail para: [email protected] que analisaremos e, talvez nas próximas edições poderá estar aqui.

Importante: A Mundano

Mag não se responsabili-

za por qualquer altera-

ção. Confirme sempre

com a organização ou

com o local do evento.

220 Volts

Salvador – BA, Teatro Castro Alves Quando: 24 e 25/10 – 19h e 21h30. Ingressos: R$ 50 a 140 (meia entrada para es-tudantes e maiores ou igual a 60 anos, 405 para assinantes do Clube Correio) Vendas e informações: (71) 2626-5071 e www.ingressos.com Onde: Praça Dois de Julho, s/n

Divulgação

O Homem das Cavernas é um espetáculo divertido e extremamente sagaz sobre relacio-

namentos entre homens e mulheres. Em cartaz respectivamente em pelo menos 50 cidades pelo mundo e já foi encenada em mais de 40 países. No Brasil, coube ao ator Edson Cardoso (Jacaré do É O Tchan) protagonizar a peça no Rio de Janeiro. Apesar de um roteiro e um tex-to a seguir, os atores constantemente interagem com a plateia, tornando-o mais divertido. Tex-to de Rob Becker e direção de Nancho Novo, que já dirigiu o espetáculo em Miami. 12 anos. 80 minutos.

Onde: Rua Conde Bernadotte, 26, Teatro do Leblon – Sala Marília Pêra

Informações: (21) 2529-7700

Quando: até 18/10, Sextas e Sábados às 23h

Ingressos: 60 R$ - inteira; www.ingresso.com

Divulgação

SHOWS

Thiaguinho Quando: 18/10 às 19h e 19/10 às 22h. Censura: 16 anos Ingressos: R$ 60 a 108 (sábado) e R$40 a 96 (domingo), Informações: (51) 3371-1948 www.minhaentrada.com.br Onde: AV Severo Dulius, 1995, Porto Alegre/RS - Pepsi On Stage

Rosa de Saron A banda vai tocar novamente durante o Círio de Nazaré no Pará Quando: 15/10 às 19h30. Entrada franca Informações: www.fundacaonazare.com.br Onde: Concha acústica da Basílica de Nossa Senhora de Nazaré, Belém

30 Seconds To Mars Com ingressos esgotados em São Paulo e no Rio de Janeiro, a banda encara ainda a capital brasileira do rock. O show em Brasília será no Net Live no dia 21 de outubro às 21h00 (abertura dos portões às 19h30). Os ingressos variam de R$ 80 A 250 (até o fechamento dessa edição, havia pouquíssimos disponíveis). Livre, menores de 16 somente acompanhados dos pais ou responsáveis. Ingressos: www.livepass.com.br

Onde: SHTN Q5 Bloco A - Quadra A, Brasília – DF

Polêmicas à parte... A cidade de São Paulo ganhou alguns quilômetros de ciclovia espalhados por toda a capital. Embora alguns moradores sejam contra, é mais uma forma de co-nhecer os pontos turísticos de Sampa. Acesse o site www.ciclofaixa.spturis.com.br e veja o que você pode fazer com sua magrela.

Page 24: Mundano Mag №01

24

MUNDANO mag

CINEMA MAPA PARA AS ESTRELAS

Divulgação / Paris Filmes

O filme seria lançado no circuito comer-

cial brasileiro ainda em outubro, logo

depois de sua exibição no Festival do

Rio, mas a distribuidora transferiu a da-

ta de estreia para fevereiro, época a

que se acostumou no Brasil a ver a en-

xurrada de finalistas ao Oscar nosso de

cada ano.... Sim, há rumores de indica-

ções douradas para o drama Mapas

para as Estrelas, o mais novo trabalho

do mestre canadense David Cronen-

berg, em especial no campo das inter-

pretações.

Quem conhece a fascinante filmografia

do cineasta, que vem sendo erguida

desde a virada dos anos 1960 e 70, sa-

be que ele tem fascínio pela Biologia,

Ciência e Psicanálise e a interação des-

tes campos no comportamento geral-

mente desajustado e/ou desviado de

seus personagens. Os primeiros traba-

lhos flertaram com o horror, em tramas

de mutações e psiques sombrias, de

Calafrios (1975) e Enraivecida na Fúria

do Sexo (1977) à consagração mundial

com títulos cultuados como A Mosca

(86) e Gêmeos – Mórbida Semelhança

(1988). O complexo universo da mente

humana continuou sendo premissa para

obras no mínimo desafiadoras, como

Mistérios e Paixões (1991), inspirada

em texto do escritor William S. Bur-

roughs; Crash – Estranhos Prazeres

(1996); Spider – Desafie sua Mente

(2002) e o verídico Um Método Perigo-

so (2011), sobre a relação dos psicana-

listas Carl Jung e Sigmund Freud.

De uma década para cá, porém, Cro-

nenberg tem se dedicado também a tra-

mas mais ‘pé no chão’, minimamente

realistas,

Cronenberg flerta com o Mundano

Por Christian Petermann

BR

EVE

Page 25: Mundano Mag №01

25

MUNDANO mag

como os ótimos dramas criminais Mar-

cas da Violência (2005) e Senhores do

Crime (2007), ambos protagonizados pe-

lo ator Viggo Mortensen (da trilogia O

Senhor dos Anéis). Parece que agora o

canadense elegeu um novo ator-fetiche

e, por mais surpreendente que seja, a

escolha recaiu sobre o inglês Robert

Pattinson, galã da franquia Crepúsculo.

Pattinson já protagonizou o metafórico

longa anterior do diretor, o instigante

Cosmópolis (2012), em que interpretou

um milionário em constante trânsito em

Nova York a bordo de sua limusine. Em

Mapa para as Estrelas, o ator agora sai

do banco de passageiros e passa a diri-

gir a limusine, mas em Hollywood, na

pele de um ator que quer vencer na car-

reira e se vira nos trinta enquanto isso

não acontece.

Este último trabalho de Cronenberg, ali-

ás, pode ser considerado o filme mais

atípico até o momento, talvez seu título

mais mundano, pois o universo aqui re-

tratado é o da ciranda de egos, emo-

ções, invejas, mentiras e traições entre

as celebridades da Sétima Arte. Com

muitos personagens cujas trajetórias vão

se cruzando, parece mais uma obra de

outro grande cineasta contemporâneo, o

norte-americano Paul Thomas Anderson.

A comparação, aliás, não é em vão, pois

aqui e no filme Magnólia (de Anderson)

há a presença visceral da atriz Julianne

Moore em papel catalisador – ela é uma

provável finalista na corrida ao Oscar.

Moore personifica Havana Segrand, uma

estrela de Hollywood que está no ocaso

de sua carreira, tem um histórico familiar

trágico e busca desesperadamente por

uma oportunidade de retorno, de volta

por cima. Em torno de sua figura ególa-

tra e vaidosa orbitam os outros persona-

gens, sempre ligados à devastadora ca-

deia alimentar de almas na indústria ci-

nematográfica. O roteiro original de Bru-

ce Wagner (cujo crédito mais famoso em

cinema até hoje foi, pasmem!, A Hora do

Pesadelo 3) é cruel e impiedoso, bem ao

sabor de Cronenberg, um eterno crítico

da espécie humana. As situações de

bastidores mostradas no filme pouco

apresentam de novo, mas são costura-

das com aparições fantasmagóricas, os

mortos da trama ressurgem para assom-

brar a culpa dos vivos. E, neste terreno,

o cineasta canadense se esbalda.

Resta verificar como a Academia de Hol-

lywood e o espectador médio do mundo

reagirão a este drama, que trata de um

mundo glamurizado pela mídia, mas que

visto de perto é um lamaçal de baixezas

humanas.

Nada mais mundano.

Mapa Para As Estrelas (Map To The Stars)

Direção: David Cronenberg

Elenco: Julianne Moore, Mia Wasikowska , Olivia Willi-

ams , John Cusack, Robert Pattinson e outros.

Paris Filmes, 2014

Page 26: Mundano Mag №01

26

MUNDANO mag

PRA OUVIR COM OS OLHOS

Cartola, Verde Que te Quero Rosa - Cartola(1977) RCA. Samba O fotógrafo Ivan Klinger não imagi-nava que teria tanto trabalho para realizar uma simples foto, mas se tratando de Cartola, ele já devia es-perar. Klinger foi responsável por uma das capas mais importantes (ou a mais) da música popular brasileira. Convocado pela gravadora RCA, o fotógrafo percebeu que teria que fa-zer uma foto tão boa quanto o álbum Cartola, -Verde Que te Quero Ro-sa. Só não acreditou que teria tanto trabalho. Cartola não era amante de ensaios e entrevistas e não conseguia manter as marcações pedidas por Klinger. As sessões foram marcadas e des-marcadas por diversas vezes e mes-mo com a má vontade do mestre,

Klinger entendia que o cantor, que já era um ícone, precisava se sentir á vontade para a foto. Entre idas e vindas, tentativas e frustrações, a gravadora resolveu interceder e exigir a foto imediata-mente, não havia tempo para mais tentativas. Klinger correu até a casa de Cartola sem avisar. O can-tor estava pronto para sair e não muito interessado em posar para foto alguma. Foi quando Dona Zi-ca, esposa de Cartola interveio em favor do pobre e nervosíssimo fotógrafo e o convenceu a ficar mais um pouco e tomar um café com o desesperado rapaz. Dona Zica, acidentalmente foi a produtora da foto, a xícara verde e rosa (claro) contrastava com a pa-rede amarela da sala e a elegância de Cartola (também interferência da esposa). Klinger viu o ambi-ente perfeito para sua tão sonhada foto, faltava apenas um elemento essencial para a caracterização: o cigarrinho. Não teria a menor graça se além de fazer uma foto memorável, de um disco estupendo, se não tives-se uma grande história por trás.

DUAS DÉCADAS DEPOIS

Pink Floyd lança seu novo álbum The Endless River, é um álbum de composições principalmente ambientais e instru-mentais, gravadas nas sessões para Division Bell (1994/EMI Records), com participações de David Gilmour, Nick Mason e Richard Wright. O álbum tem a produção do próprio Gilmour com Phil Manzanera e Andy Jackson. O trabalho é todo base-ado em material antigo que nunca foi publicado. É o 15º disco da banda e o primeiro em vinte anos.

The Endless River—Pink Floyd (2014) Parlophone. Rock

SIC

A

U2 Em 9 de setembro, a banda irlandesa lançou o ál-bum Songs of Innocence (2014/Island), produzido por Danger Mouse, Paul Epworth, Ryan Tedder, De-clan Gaffney e Mark "Flood" Ellis, exclusivamente para o iTunes Radio e Beats Music. O álbum foi lançado na abertura do Aple Inc. e distribuído gratui-tamente para todos os clientes da iTunes Store. Disponibilizado para mais de 500 milhões de pesso-

as, tornou-se o maior lançamento de todos os tem-pos. A banda volta depois de No Line On The Hori-zon (2009/Mercury, Island, Interscope) o maior intervalo dentre os 13 álbuns da banda. A versão física chega às lojas a partir de 13 de outubro.

Songs of Innocence - U2 (2014) Island. Pop-rock

Page 27: Mundano Mag №01

27

MUNDANO mag

MUNDANO mag [email protected]

Page 28: Mundano Mag №01

28

MUNDANO mag

Imagens: Facebook e Youtube Texto Marcelo Bicalho

AS CELEBRIDADES DA INTERNET

Page 29: Mundano Mag №01

29

MUNDANO mag

Imagens: Facebook e Youtube Texto Marcelo Bicalho

No mundo atual, sabemos que a internet é um grande veículo comunicativo que une as

pessoas de forma espantosa. Pensando nisso, nós da Mundano Mag fomos avaliar os

principais motivos pelo qual uma celebridade virtual se lança com tanta facilidade. Hoje

em dia, o sucesso repentino tem se tornado muito mais fácil e comum do que muitos

acreditam. Com o poder da internet, novos famosos surgem a todo o momento. >

AS CELEBRIDADES DA INTERNET

Page 30: Mundano Mag №01

30

MUNDANO mag

Por mais que os seus seguidores não

saibam, são eles quem os colocam lá no topo.

Imagine o que seria da pequena Chlöe se nin-

guém tivesse compartilhado. O público, que,

em sua maioria, adora assuntos cômicos, são

os mesmos que compartilham as imagens/

vídeos de seus “ídolos”, fazendo com que mais

pessoas se identifiquem com o lado engraçado

da história.

Assim sendo, uma grande celebridade,

independente até mesmo da área em que foi

lançada (comédia, drama, música, etc.), se de-

ve ao tamanho que sua audiência alcança. A

promoção/divulgação é a peça chave para

qualquer meio de comunicação ao que se refe-

re atingir a fama.

E o que eles fazem por conta própria? Bem,

quando alguém bomba na internet e quer se

aproveitar da situação, fazendo sua fama cres-

cer e ficar mais conhecida, essa pessoa utiliza

o recurso que aqui vamos chamar de “entrar no

jogo”. Uma vez que o assunto, seja qual for, a

seu respeito esteja lançado, dar continuidade à

ele é algo importantíssimo se pensarmos no

público em que foi atingido. No meio da comé-

dia, as frases da Irmã Zuleide e as propagan-

das da Dilma Bolada são sempre elaboradas

pensando no público que já as curtem. Ou seja,

uma vez a piada lançada, seguir a formula que

deu certo anteriormente, é imprescindível.

E o futuro dessas crias da internet?

Será que essas personalidades saem da

rede? Você acredita que conseguem se

“personificar?

Como caso bem sucedido podemos citar

um apresentador, que surgiu através da sua

divulgação de vídeos na internet e que hoje é

reconhecido e seguido por milhares de pesso-

as: Paulo César Siqueira. Não está associando

o nome à pessoa? Talvez fique mais fácil iden-

tificá-lo pelo seu nome artístico: PC Siqueira.

PC Siqueira começou sua “carreira” pos-

tando vídeos caseiros dando sua opinião sobre

diversos assuntos. Logo, com o grande cresci-

mento das suas visualizações em seu canal do

Youtube, ele foi chamado para integrar a gran-

de elite de VJ’s da MTV Brasil. Entrevistado por

jornalistas de grande importância, como Marília

Gabriela, PC já explicou sua não formula para

a produção de seus vídeos e deu sua opinião

sobre o seu crescimento repentino na mídia.

Por outro lado, exis-

tem também as pessoas

famosas que acabam ga-

nhando versões mais fa-

mosas ainda em páginas

e perfis sociais. Nesse

caso, como exemplo, po-

demos citar a Gina Indeli-

cada. Quem é que não

conhece o famoso rosto

feminino estampado nas caixas de palito de

dente? Com assuntos rústicos e frases criati-

vas, a página “oficial” da Gina atingiu um núme-

ro surpreendente de seguidores. Nesse mesmo

Page 31: Mundano Mag №01

31

MUNDANO mag

caminho, encontramos também a Dilma Bola-

da, com suas frases e promessas estranha-

mente cômicas nas redes sociais – sem contar

sua interação com os outros políticos (em suas

contas oficiais), onde a própria Bolada faz

questão de dar seus palpites e cutucar a onça

com vara curta.

“Desce, sobe, empina e rebola. Toda delicia,

toda gostosa!”

Esse refrão nunca foi tão comentado

quanto nos últimos anos – e convenhamos que

esse jogo de palavras gruda na mente de mui-

tos. Giovanna do forninho, como não se lem-

brar dela? Um vídeo viral que tomou conta das

redes sociais, fez com que a querida e perfor-

mática Giovanna ganhasse o mundo – literal-

mente. A figura em ques-

tão, após sua tentativa de

dança sedutora sobre a

mesa, perto do forninho

elétrico, fez um sucesso

tão grande que ganhou

uma versão mangá sobre

sua história no lado orien-

tal do planeta. Na histó-

ria, Giovanna é apaixona-

da pelo forninho, mas

com tentativas frustrantes, acaba sendo se me-

tendo em confusões ao tentar fisgá-lo. A parte

histórias, Giovanna e o forninho são um tre-

mendo sucesso na internet.

O maior fator que leva as celebridades vir-

tuais ao topo é a questão da sua diferenciação

com os demais célebres que já existem por ai!

Uma vez que algo inovador surge para atrair

um público que já está, de certa forma, cansa-

do da mesmice, seu sucesso – ou pelo menos

sua grande exibição – acaba sendo quase ime-

diato. Se pensarmos no caso das personagens

que citamos, logo veremos que elas surgiram

em uma época da qual não se via nada de no-

vo nos meios de comunicação. Assim sendo,

as piadas, os jogos de palavras, as fotos e

montagens inusitadas e a grande identificação

que os administradores dessas páginas bus-

cam para com o “expectador”, acaba sendo a

peça chave do entretenimento.

Temas sérios – ou não tão sérios – trata-

dos de forma cômica, sempre divertiram a po-

pulação desde os tempos antigos. Logo, a for-

mula, que nem sempre é tão nova quanto se

pensa, somadas à criatividade do administrador

das páginas, acaba fazendo o sucesso crescer

de forma significante.

Mas tão importante quanto o primeiro fato

levantado, o rápido acesso que se tem do con-

teúdo disponibilizado é de grande valia para as

celebridades internéticas. Logo após o compar-

tilhamento de algum conteúdo nas redes, as

visualizações são praticamente imediatas. Des-

sa forma, a identificação que o público tem com

esse conteúdo faz com que ele compartilhe

com seus ciclos de amizades, que por sua vez

faz o mesmo. Então, o público torna-se a peça

chave para qualquer celebridade – sendo ela

virtual ou não.

Quer ser famoso também? Bem, para isso

nós não temos nenhuma dica, mas assim que

tivermos, falaremos sobre.

Page 32: Mundano Mag №01

32

MUNDANO mag

MO

CH

ILA

ND

O

Page 33: Mundano Mag №01

33

MUNDANO mag

VIAJANDO COM POUCA

GRANA

Pra começar a não gastar, procure países que não exijam visto de turista para

brasileiros. Além de pular a parte da burocracia e espera da obtenção do visto,

você não precisa pagar para entrar no país.

Se você é desconfiado procure uma agência especializada; as agências de via-

gens têm pacotes variados para todo canto do planeta – e eles até reservam tu-

do para você, apesar de nem todas fazerem um roteiro detalhado (ou seja, seu

trabalho nem sempre é só pagar e curtir).

Se você tem tempo e não tem dinheiro o suficiente para comprar algum pacote

por agências, faça você mesmo o seu roteiro e suas reservas. >

Viajar para o exterior é muito mais fácil do que se imagina! Claro

que dinheiro sempre será necessário, mas não é preciso gastar

fortunas para conhecer novas culturas. Talvez viajar pelo Brasil

seja até mais caro do que se aventurar em outros con-

tinentes.

Text

o :

An

der

son

Lea

l / Il

ust

raçõ

es: K

olo

bse

k

Page 34: Mundano Mag №01

34

MUNDANO mag

A internet é uma ferramenta imprescindível para quem quer viajar. Atualmente existem vários blogs, sites e perfis de mochileiros dando dicas e repassando o que eles viveram na estrada. Só não se esqueça de que o que se encontra nesses perfis experiências pessoais. Logo o que pode não ter sido interessante para eles, para você pode ser sensacional e vice-

versa. O mochileiros.com além de dicas para os aprendizes

de viajantes mochileiros, também possui fóruns onde você pode interagir com a galera que já tem alguma experiência.

Você pode fazer um roteiro contabilizando tempo e custos

pelo site Rome2Rio: a página te dá todas as possibilidades de

transporte, de qualquer lugar para qualquer lugar. Os valores

estão, em sua maior parte, corretos, exceto quando o assunto

são passagens aéreas. Para passagens aéreas o ideal é o Skys-

canner; o site tem parcerias com quase todas as companhias

aéreas do mundo! Basta você escolher o destino e as datas e,

pronto: ele te mostra todas as opções de linhas aéreas com

preços decrescentes para facilitar sua busca. Assim que você

escolher o voo, o site te direciona para as lojas virtuais de seu

gosto.

PARCEIROS PRA TODA HORA

Tenha uma base! Procure um amigo que more em um dos lugares que você queira conhecer e peça para deixar sua bagagem pesada em sua casa, assim você poderá mochilar sem carregar peso e ainda economiza uma grana, pois as companhias aéreas, até mesmo as mais baratas, cobram por bagagem despachada.

MO

CH

ILA

ND

O

Page 35: Mundano Mag №01

35

MUNDANO mag

Viajar durante a baixa temporada pode ser uma

boa saída para preços acessíveis, mas hoje em dia,

há tantas opções que essa tática nem sempre é vá-

lida. A parte boa de viajar nesse período é encon-

trar lugares mais calmos durante sua estadia. Con-

tudo, como muitos já devem ter observado, cida-

des populares como Londres, Paris, Nova Iorque e

até mesmo São Paulo, não importa a época do

ano, sempre estarão cheias de turistas por toda a

parte.

Use cartões de créditos com milhas para pagar grande parte dos meios de

transporte que utilizar: a pontuação deve ser alta nesse caso. Aliás, milhas

são uma mão na roda para quem viaja muito. E se seu cartão permitir migrar

suas milhas, faça uma pesquisa dos programas/pacotes das companhias mais

populares. As Low Costs são uma opção e tanto, mas se você deseja fazer via-

gens longas, prepare-se para a falta de conforto – e se a fome apertar, nesses

pacotes promocionais de milhas, em sua maioria, não possuem a alimentação

inclusa, logo, você precisa pagar por essa necessidade básica. Geralmente as

poltronas não têm muito espaço e algumas pecam até na higiene. Mas apesar

dessas promoções parecerem uma furada, vale a pena. Há promoções que a

passagem sai por 1 euro, real ou dólar e, podendo até sair de graça, basta ter

sorte de encontrar durante suas pesquisas, então não hesite em procurar com

calma e com grande antecedência.

LUXO E RIQUEZA É PARA OS FRACOS

Se estiver viajando sozinho, albergues são as melhores pedidas para se hospe-

dar. Prefira os quartos mistos, geralmente são melhores para conhecer pessoas

de outras culturas, caso tenha este foco. Em todo lugar se fala inglês, embora o

idioma não seja problema, principalmente na Europa onde cada país tem uma

língua diferente. O mais comum é você ver pessoas conversando por gestos e

mímicas, com dicionários e celulares dando aquele apoio na tradução.

Se preocupe ao menos com as palavras de cordialidade como bom dia, boa tar-

de, boa noite, por favor e obrigado. Além de soar muito educado, eles ficam

muito felizes em ver seu interesse pela língua deles. Gentileza não custa nada.

CONHEÇA PESSOAS

Page 36: Mundano Mag №01

36

MUNDANO mag

CONHECENDO O CORPO PARA MELHOR QUALIDADE DE VIDA

Fotos: Studio Cl Art

CORPO & MENTE

Page 37: Mundano Mag №01

37

MUNDANO mag

N ão existe real qualidade de vida se não pensamos o corpo como sujeito. Em nossa cultura ouvimos falar no corpo como único objeto e isso na memória corporal faz uma diferença imensa. Em todos os sentidos, nunca pensamos que somos feitos a partir de um esqueleto, o qual está unido por ligamentos,

recheado por vísceras e sistemas e vestido por músculos e tendões, por fáscias e final-mente embrulhado com a pele, sendo o papel para presente com laços, fitas e tudo. Um perfeito e maravilhoso presente, recebido da nossa grande Mãe Natureza. E na nossa cultura, também não sabemos onde estão os ísquios, e menos ainda, não te-mos ideia o quanto pesa normalmente a nossa cabeça. E, ainda queremos tê-la no lugar. Pois digo que isso é impossível. Estamos em um plano que necessitamos da matéria pa-ra fazer qualquer coisa. E a matéria mais importante neste processo é, sem duvida o nosso corpo. Sem ele a mente nada consegue fazer. Nunca pensamos que quem nos abri-ga, antes de tudo, é esse corpo, ele é o nosso amigo mais íntimo, pois antes de sabermos o que temos, ele já está dando sinais e nem sabemos qual a sua linguagem. >

CONHECENDO O CORPO PARA MELHOR QUALIDADE DE VIDA

Texto: Marcia Valentim

Page 38: Mundano Mag №01

38

MUNDANO mag

CORPO & MENTE Não temos consciência que o tempo do cor-po não é o tempo do relógio e sim, o tempo da semente. O tempo do relógio é o tempo que a nossa mente está habituada e padroni-zada e, o tempo da semente é que faz os mi-lagres nesta vida. Esse é o tempo que o nos-so corpo entende, é o tempo do sol e da lua, o tempo real da vida e do fluxo que está es-coando o tempo todo no universo, no nosso pequeno universo interior, é o tempo da in-tensidade. Acredito que nascemos todos músicos para o aperfeiçoamento da espécie e o nosso ins-trumento musical é o corpo. Como todo ins-trumento musical, ele necessita de um afi-namento, um alinhamento, ao menos uma vez por semana. A vida é uma partitura mu-sical e o instrumento (o corpo) bem afinado, tocará com equilíbrio e harmonia. O trabalho que fui aprendendo e desenvol-vendo durante todos esses anos, fez-me ver que através de toques conscientes o meu corpo passa para o outro que está receptivo,

uma consciência que na realidade está nata em nosso controle primal. Com os toques aprende-se: sentir o corpo como um todo. Estar em equilíbrio sem ten-são muscular mal distribuída. Concentração. Observar-se mais. Movimentar-se sem prender a respiração. Estar alerta e focado sem rigidez, com harmonia e liberdade nos movimentos para o dia-a-dia. A consciência para qualquer coisa que se queira desta vida, só distinguiremos com base em autoconhecimento, que só pode ser iniciado a partir deste nosso instrumento musical tão maravilhoso que é o corpo. Tu-do está nele, tudo começa a partir dele. Se conseguirmos perceber uma pequena sutile-za que vem do nosso esqueleto, estaremos abrindo portas importantíssimas para a rea-lização do nosso potencial. A falta de conhe-cimento do corpo nos leva para um caminho de irresponsabilidade em todas as direções do nosso cotidiano e isso nos afeta profun-damente.

“Acredito que nascemos todos músicos para o aperfeiçoamento da

espécie e o nosso instrumento musical é o corpo ”

Page 39: Mundano Mag №01

39

MUNDANO mag

Precisamos aprender o que é usar a muscu-latura a começar pelos ossos. Quando a usa-mos a partir do esqueleto, usamo-la toda in-tegrada, conjunta e assim não ficamos dis-formes com a idade. Aprendemos como usá-la, sem torcer os ossos e sem apertá-los con-tra os órgãos, sem prender a respiração, dei-xando que ela flua por sua livre e espontâ-nea vontade. Percebo quando trabalho al-guém e digo pra observar a respiração, a pessoa imediatamente interfere e começa a fazê-la. Respiração não se faz, se deixa acon-tecer, observa-se e sente o prazer da oxige-nação quando não estamos mudando o curso do diafragma com a nossa própria muscula-tura, mas isso é um trabalho. Essa consciên-cia corporal não acontece com um passe de mágica, você tem que querer encontrá-la, senti-la e querer aprender a tocar este ins-trumento. Quando pensamos o nosso esqueleto como estrutura dos músculos e as caixas para o recheio todo, começamos a entender o seu contrapeso, e a musculatura vai se fortale-cendo pelo uso diário com o tempo, isto pas-

sa a ficar visível para seus olhos, pois come-ça o “saber olhar o corpo para manter a for-ma” e senti-lo todo integrado do tampo da cabeça com as solas dos pés, tudo inteiro sem dores e sem desconforto. Perceber o que é a própria respiração sem controlar e sem interferência. Começamos a entender que o corpo tem o tempo da semente e nossa men-te está preparada somente para o tempo do relógio, não dá para viver com qualidade de vida se perdemos o contato com o tempo da semente. Para não perdê-lo precisamos cuida-lo, precisamos treinar nossa mente através do relaxamento corporal e para relaxar ver-dadeiramente é preciso saber um pouco co-mo estamos usando o nosso amigo mais ínti-mo: o corpo. Marcia Valentim é terapeuta corporal desde 1989. Suas pesquisas a levaram à Tailândia, China e Indonésia (além de se aperfeiçoar também no Brasil e EUA) onde participou de cursos ministrados por monges budistas se capacitando nas técnicas de massagens terapêuti-ca. Trabalha com um método voltado para a consciência corporal, utilizando eficientes técnicas integrativas.

Tel.: (11) 999097674. E-mail: [email protected]

Page 40: Mundano Mag №01

40

MUNDANO mag

MUNDANO A Mundano Mag quer saber o que você pensa

e como você reage com o mundo a sua volta.

Mande seu texto, sua história, sua forma de in-

terpretar o que você sente. Queremos ver co-

mo você se expressa. Publicaremos na próxima

edição um texto de um leitor da revista, não

importa o tema, o que importa é a sua forma

de pensar: [email protected]

Page 41: Mundano Mag №01

41

MUNDANO mag

MUNDANO mag

Page 42: Mundano Mag №01

42

MUNDANO mag

PO

LÍTI

CA

INDIVIDUALISMO NÃO É TÃO RUIM QUANTO PARECE Texto: Caroline Nogueira

Já ouviu aquela história de que ser individualista é muito ruim e que precisamos pensar nos ou-

tros? Muito bem, e se isso não estiver completamente certo?

O exercício de olhar para dentro é mais difícil do que parece, talvez por isso alguns digam que

ser individualista é algo ruim. Na verdade dói e ficamos expostos a nós mesmos, sem rótulos,

completamente desnudos.

Ser individualista é exalar o que sentimos sem necessariamente gritar para o mundo. Se não

sentirmos amor, principalmente amor próprio, não seremos capazes de amar ninguém. Se não

respeitarmos a nós mesmo, não respeitaremos ninguém. Se não tivermos bondade dentro dos

nossos corações, jamais faremos qualquer ato de bondade de verdade.

Ser individualista é ser verdadeiro com você mesmo, admitir seus erros, defeitos, preconceitos e

tentar conviver com tudo isso da melhor forma possível. Somos falhos e sempre seremos. É ter

alteridade, ou seja, se colocar no lugar do outro, tentar ver com os olhos do outro sem precisar

tomar determinado sentimento ou crença para sua vida. Tenha suas opiniões, escute a dos ou-

tros e esteja sempre pronto a mudar quando necessário ou quando sua vida tomar um caminho

diferente do que você sempre esperou. As escolhas próprias estarão sempre nos assombrando,

mas fatores externos estarão sempre presentes.

Ser individualista é ter plena consciência que nenhum ser vivo nessa terra irá sentir exatamente

o que você sente e, respeitar isso. Cada um tem sua história de vida, suas experiências, trau-

mas, crenças, valores e maneiras de ver o mundo. Se não gosta de alguma coisa, seja lá qual

for, simplesmente se afaste e viva. Não tem segredo.

É extremamente natural que nos toquemos com coisas que nos interessa. E nem por isso há

monstruosidade nesse sentimento tão humano. Melhor do que impor qualquer visão, é conven-

cer com bons exemplos. Ninguém precisa acreditar e sentir as mesmas coisas que você, mesmo

porque nem na questão biológica somos iguais, por que deveríamos acreditar e gostar das mes-

mas músicas, livros, filmes, cores...?

O grande Oscar Wilde já dizia “A arte é a forma mais intensa de individualismo que o mundo já

conheceu.”. Imagina se o artista não colocasse sua própria visão sobre tantos temas, perdería-

mos muitas obras fantásticas e grandes clássicos.

Assim como empatia não é alteridade, respeitar não é aceitar, individualismo não é egoísmo.

Pense sim no próximo, mas não sem antes ter algo para trocar com ele e, nem tente abraçar o

mundo, nada é mais falso do que tentar agradar a todos. Quando olhamos mais para nós mes-

mo, o hábito de olhar o outro vai se tornando cada menos corriqueiro e os julgamos ficam só no

campo das opiniões.

Tome sempre cuidado, todo mundo é muita gente e o pensamento coletivo é bastante perigoso

ou muitas vezes raso.

Pensar no outro é ser livre o suficiente para respeita-lo e não deixar de ser você, seja lá quem

for. Pois não somos iguais - seremos sempre semelhantes.

PARA PENSAR

Page 43: Mundano Mag №01

43

MUNDANO mag

ESTADO LAICO

PO

LÍTI

CA

>

Page 44: Mundano Mag №01

44

MUNDANO mag

ESTADO LAICO

PO

LÍTI

CA

Page 45: Mundano Mag №01

45

MUNDANO mag

O Brasil é um Estado Laico, ou seja, significa que não se confunde com ne-nhuma religião, não adota uma religião oficial e permite a mais ampla liber-dade de crença, descrença e religião, com igualdade de direitos entre as di-versas crenças e descrenças no qual fundamentações religiosas não podem influir nos rumos políticos e jurídicos da nação.

TEXTO: PAULO LOTTI

A literatura jurídico-constitucional é extremamente escassa no que tange ao conteúdo jurídico do princípio do Estado Laico, que,

quando muito, costuma ser citado vagamen-te, quando não ignorado. O enfoque que costuma ser dado no que diz respeito às re-lações entre Estado e religiões costuma ser a liberdade religiosa (que sem dúvida é um dos aspectos da laicidade estatal). À exceção de artigos esparsos, não há uma literatura jurídica consolidada sobre o tema.

Ademais, no Brasil a questão do respeito ao Estado Laico costuma ser invocada pelos seus defensores unicamente em questões pontuais, como a presença de adornos religi-osos em órgãos públicos, criação/existência de feriados religiosos e custeio de despesas de eventos religiosos. Contudo, ao se opo-rem (diga-se, corretamente) a tais questões, os defensores do Estado Laico costumam meramente invocar o respeito à laicidade es-tatal sem, contudo, trazerem uma conceitua-ção abstrata do referido princípio. Limitam-se a dizer que tais posturas afrontam o cará-ter laico do Estado, mas não explicitam qual seria o conteúdo jurídico do princípio do Es-tado Laico a embasar suas colocações.

O que significa "Estado Laico”?

Cumpre, inicialmente, indagar o que significa a laicidade para, em seguida, apurar-se o conteúdo jurídico do princípio do Estado Lai-co. Mas, primeiramente, vejamos a classifi-cação dos Estados de acordo com a sua rela-ção com as religiões.

Estado Teocrático é aquele em que há fusão entre o Estado e religião, no sentido em que a religião adotada decidirá os rumos da na-ção – o termo decidirá é proposital, pois nas teocracias não há mera influência da religião nos rumos políticos e jurídicos do Estado, mas efetiva determinação no sentido de que os dogmas religiosos efetivamente pautarão as políticas estatais e as relações privadas. É o caso dos Estados Islâmicos. São Estados to-talitários no que se refere à religião e à mo-ralidade, visto que não admitem nada que não esteja em absoluta sintonia com os dog-mas da religião que se confunde com o Esta-

do. >

Page 46: Mundano Mag №01

46

MUNDANO mag

Estado Confessional é aquele que, embora não se identifique com determinada religião, possui uma religião oficial que pode influir nos rumos políticos e jurídicos da nação, além de possuir privilégios não concedidos às demais. Foi o caso do Brasil Imperial, cuja Constituição definiu a religião católica apos-tólica romana como religião oficial do país.

Estado Laico é aquele que não se confunde com determinada religião, não adota uma religião oficial, permite a mais ampla liber-dade de crença, descrença e religião, com igualdade de direitos entre as diversas cren-ças e descrenças e no qual fundamentações religiosas não podem influir nos rumos polí-ticos e jurídicos da nação. É o que se defen-

de ser o Brasil sob a égide da Constituição Federal de 1988, em razão de seu art. 19, inc. I, vedar relações de dependência ou ali-ança com quaisquer religiões.

Estado Ateu é aquele que adota a negação da existência de Deus como doutrina filosófi-ca e, portanto, não aceita que seus cidadãos manifestem suas crenças religiosas. Trata-se de um totalitarismo que se encontra no ex-tremo oposto do totalitarismo teocrático: enquanto neste exige-se que todos façam parte e respeitem os dogmas da religião da instituição religiosa que une-se com o Esta-do, naquele exige-se que todos não tenham nem professem nenhuma crença teísta. É o caso da China.

PO

LÍTI

CA

Page 47: Mundano Mag №01

47

MUNDANO mag

Assim, tem-se laicidade como doutrina filo-sófica que defende e promove a separação entre Estado e religião ao não aceitar que haja confusão entre o Estado e uma institui-ção religiosa qualquer, assim como não acei-tar que o Estado seja influenciado por deter-minada religião.

A doutrina laica surgiu ou se fortaleceu em virtude dos abusos estatais cometidos em nome de crenças religiosas, como ocorrido na Idade Média, quando a Igreja Católica Apostólica Romana impunha seus dogmas a todos, sob pena inclusive de fogueira em ca-sos que julgasse mais graves (através de jul-gamentos canônicos realizados pelo Tribunal da Santa Inquisição, o que fez com que se

denomine este período histórico como "Idade das Trevas").

Tanto a laicidade quanto a liberdade religio-

sa constituem direitos individuais de todos

os cidadãos, constituindo, portanto, cláusu-

las pétreas invioláveis, ao menos em seu nú-

cleo essencial, sendo evidente restar afron-

tado o núcleo essencial do princípio da laici-

dade estatal no caso de utilização de funda-

mentações religiosas para pautar os rumos

políticos e/ou jurídicos da nação, em virtude

da inequívoca aliança decorrente de tal pos-

tura. >

FALANDO NISSO...

O ANTES E O DEPOIS DO TALIBÃ, O REGIME POLÍTICO-RELIGIOSO QUE MUDOU TOTAL-MENTE A CULTURA DE CABUL, ESPECIALMENTE DAS MULHERES. AS FOTOS FAZEM PARTE

DO LIVRO MULHERES DE CABUL DA FOTÓGRAFA INGLESA, HARRIET LOGAN.

MULHERES DE CABUL

EDITORA EDIOURO

2006, 101 PÁGINAS

Page 48: Mundano Mag №01

48

MUNDANO mag

PO

LÍTI

CA

A liberdade religiosa consistente no direito

de seguir a crença teísta, deísta a qual julgar

mais adequada, só pode ser atingida plena-

mente em um Estado Laico.

Com efeito, a laicidade estatal é condição in-

dispensável para que haja plena liberdade

religiosa. Afinal, no Estado Teocrático o ente

estatal não admite que as pessoas tenham

outra crença teísta ou então sejam descren-

tes; no Estado Confessional ou ocorre o

mesmo ou então a religião oficial é colocada

em primazia, recebendo privilégios em rela-

ção às demais e, portanto, o Estado acaba

por estigmatizar aqueles que possuam outra

crença e/ou os ateístas; por fim, no Estado

Ateísta o ente estatal não admite que as pes-

soas tenham qualquer crença teísta, exigin-

do a descrença de todos os cidadãos. Por ou-

tro lado, o Estado Laico não se funde à ne-

nhuma religião, não adota uma religião ofici-

al, permite a mais ampla liberdade de cren-

ça, descrença e religião, com igualdade de

direitos entre as diversas crenças e descren-

ças e não admite que fundamentações religi-

osas influam nos rumos políticos e jurídicos

da nação.

Como se vê, o princípio da laicidade estatal

constitui-se como pressuposto indispensável

à plena liberdade religiosa.

Leita o artigo na íntegra: www.jus.com.br/artigos/11457/tomemos-a-serio-o-principio-do-estado-laico

Paulo Lotti é Mestre em Direito Constitucional pela Instituição Toledo de Ensino/Bauru, especialista em Direito Constitucional pela PUC/SP, advogado (OAB/SP), autor e coautor de diversos livros.

Page 49: Mundano Mag №01

49

MUNDANO mag

Acesse a página da

Mundano Mag

no Facebook

Page 50: Mundano Mag №01

50

MUNDANO mag