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Como aprender a arte dos grandes mestres 34 Mackenzie B rincadeiras e gracejos dos ami- gos confirmam a popularidade de Caleb David Willy e sua irmã, Rabbith Ive Carolina no campus Mackenzie São Paulo. Quando sen- tam-se à mesa na Praça de Ali- mentação, a fim de conversar com o repórter da revista Mackenzie,são as- sediados pelos colegas. Respeita- dos, os membros da família Moreira Shitsuka lecionam xadrez, jogo que exige dos participantes elevado grau de concentração, raciocínio, decisão, precisão e estratégia. Bolsista como o irmão, Rabbith, hoje com 19 anos, cursou o Ensino Médio do Colégio Presbiteriano Mackenzie, até a 3ª série. Em seguida transferiu-se para o curso de Moda da FAAP. Caleb, com 18, está no Mackenzie, na 3ª série do Ensino Médio. O bom trabalho deles começou após contato com a professora Maria Ignez Giandália, coordenadora de Educação Física do CPM. O plano da professora de difundir o xadrez como disciplina opcional, oferecida aos alunos da Educação Física dos ensinos fundamental e médio, come- çou a ser posto em prática com a participação dos irmãos Moreira Shitsuka. O trabalho deu certo. “Já no primeiro ano (2001) em que dis- putou o Campeonato Paulista Es- colar de Xadrez, o Mackenzie classi- ficou-se em terceiro lugar”, afirma Rabbith, empolgada. Caleb acres- centa: “Mesmo nos torneios em que a gente participa nos colégios, ape- sar de termos começado faz pouco tempo, o Mackenzie fica sempre entre os três primeiros”. O jovem enxadrista teve desper- tado o interesse pelo esporte quan- do tinha entre 6 e 7 anos, graças ao incentivo do pai. Gos- tou de pronto, o que facilitou sua vida quan- do se deparou com o esporte mais adiante. Sentindo-se em xeque, Rabbith decidiu apren- der. Passou a acompa- nhar o irmão nos tor- neios, o que provocou o desenvolvimento de sua técnica, melhora comprovada no Campeonato Pau- lista de 1997, disputado em Santos, SP. “Fui vice”, conta sorrindo. “Além disso, o bom resultado que obtive provocou em mim o estalo que me fez decidir: A partir de agora, vou jogar! Quando senti que tinha talen- to, segui adiante”, diz a esportista, que hoje tem na bagagem a partici- pação no mundial (2002), em Creta, na Grécia. Os irmãos enxadristas explicam que talento é importante, mas não Mundo Mack Mundo Mack Rabbith, 19 anos, e seu irmão, Caleb, 18, dão aulas de xadrez no Mackenzie Os irmãos enxadristas dizem que talento é importante. Mas não se pode abrir mão dos treinos e dos estudos

Mundo Mack Como aprender a arte dos grandes mestresComo aprender a arte dos grandes mestres 34 Mackenzie B rincadeiras e gracejos dos ami-gos confirmam a popularidade de Caleb David

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Como aprender a arte dosgrandes mestres

34 Mackenzie

Brincadeiras e gracejos dos ami-gos confirmam a popularidade

de Caleb David Willy e sua irmã,Rabbith Ive Carolina no campusMackenzie São Paulo. Quando sen-tam-se à mesa na Praça de Ali-mentação, a fim de conversar com orepórter da revista Mackenzie,são as-sediados pelos colegas. Respeita-dos, os membros da família MoreiraShitsuka lecionam xadrez, jogo queexige dos participantes elevado graude concentração, raciocínio, decisão,precisão e estratégia. Bolsista como oirmão, Rabbith, hoje com 19 anos,cursou o Ensino Médio do ColégioPresbiteriano Mackenzie, até a 3ªsérie. Em seguida transferiu-se para ocurso de Moda da FAAP. Caleb, com

18, está no Mackenzie, na 3ª série doEnsino Médio.

O bom trabalho deles começouapós contato com a professora MariaIgnez Giandália, coordenadora deEducação Física do CPM. O planoda professora de difundir o xadrezcomo disciplina opcional, oferecidaaos alunos da Educação Física dosensinos fundamental e médio, come-çou a ser posto em prática com aparticipação dos irmãos MoreiraShitsuka. O trabalho deu certo. “Já

no primeiro ano (2001) em que dis-putou o Campeonato Paulista Es-colar de Xadrez, o Mackenzie classi-ficou-se em terceiro lugar”, afirmaRabbith, empolgada. Caleb acres-centa: “Mesmo nos torneios em quea gente participa nos colégios, ape-sar de termos começado faz poucotempo, o Mackenzie fica sempreentre os três primeiros”.

O jovem enxadrista teve desper-tado o interesse pelo esporte quan-do tinha entre 6 e 7 anos, graças ao

incentivo do pai. Gos-tou de pronto, o quefacilitou sua vida quan-do se deparou com oesporte mais adiante.Sentindo-se em xeque,Rabbith decidiu apren-der. Passou a acompa-nhar o irmão nos tor-neios, o que provocouo desenvolvimento desua técnica, melhora

comprovada no Campeonato Pau-lista de 1997, disputado em Santos,SP. “Fui vice”, conta sorrindo. “Alémdisso, o bom resultado que obtiveprovocou em mim o estalo que mefez decidir: A partir de agora, voujogar! Quando senti que tinha talen-to, segui adiante”, diz a esportista,que hoje tem na bagagem a partici-pação no mundial (2002), em Creta,na Grécia.

Os irmãos enxadristas explicamque talento é importante, mas não

Mundo MackMundo Mack

Rabbith, 19 anos, e seuirmão, Caleb, 18, dão aulasde xadrez no Mackenzie

Os irmãos enxadristas dizem

que talento é importante.

Mas não se pode abrir mão

dos treinos e dos estudos

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se pode abrir mão dos treinos e dosestudos. Principalmente quando vaichegando a época dos torneios.Nesse período dedicam-se a revertáticas, teorias de finais, estratégiase a estudar a abertura que seráusada, salienta Rabbith. Das liçõesque aprenderam nas competições ecom as pesquisas sobre os funda-mentos do esporte, Rabbith e Calebpublicaram o livro Xadrez e as Estra-tégias no Dia-a-dia, lançado emjaneiro de 2004 pela editora CiênciaModerna. Nele, os autores fazemcriativa comparação entre o jogo detabuleiro, seus conceitos, definiçõese lances, relacionando-os com ocotidiano de ambientes escolares,familiares, empresariais e outros.Escrever não foi uma decisão fácil,mas os jovens contaram com a as-sistência dos pais. “A gente não é omelhor do mundo, mas já tem expe-riência de mais de sete anos econhecimento suficiente para escre-ver um livro”, justifica Rabbith. Pas-sada a ansiedade do primeiro lança-mento, os irmãos preparam outrasduas publicações. “Depois que sai oprimeiro livro, a gente embala e vaipara outros”, explica a enxadrista.Assim, aguardando a noite de autó-grafos, está Xadrez e Estratégias dePoder nas Organizações, e, em fasede conclusão, um livro infantil cujasilustrações recebem o cuidado pes-soal de Rabbith.

A vida movimentada, sobretudonos fins de semana, quando, em vezde visitar amigos, viajam para partici-par de competições, torna-os umpouco diferentes dos outros jovens, oque não chega a ser problema. “Obom do campeonato é que a gentefaz novas amizades”, afirma Caleb.Fora do enxadrismo também há vida,comenta Rabbith. O irmão acrescen-ta: “Sou mais quieto. Faço menos ati-vidades do que ela, mas procuro meinteressar por tudo. Não fico só estu-dando xadrez, não”, conclui.

Novo diretor,no Andrew Jumper Odoutor Davi Charles Gomes

assumiu a direção do CentroPresbiteriano de Pós-GraduaçãoAndrew Jumper. A cerimônia de possefoi realizada no dia 22 de abril de 2004,às 12 horas, em culto solene dirigidopelo reverendo Wilson do Amaral Filho,presidente da JET - Junta de EducaçãoTeológica. Transmitiu a mensagem oreverendo Roberto Brasileiro Silva, presidente do Supremo Concílio daIgreja Presbiteriana do Brasil. Estiverampresentes à solenidade os doutoresCustódio Pereira, diretor-presidente (IPM),Adilson Vieira, presidente do ConselhoDeliberativo (IPM), e Damócles PerroniCarvalho, secretário do JET.

O reverendo Roberto Brasileiro Silva saúda o novo diretor. À mesa

estão, a partir da esquerda, os doutores Custódio Pereira,

Adilson Vieira, o reverendo Wilson do Amaral Filho e Damócles

Perroni Carvalho

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“A época do Mackenziefoi boa demais”

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Oeconomista Andrei de SousaBarbieri, 24 anos, graduado no

Mackenzie (2001) pela Faculdade deCiências Econômicas, Contábeis eAdministrativas – FCECA –, usou bemo verbo espiralar. Segundo os dicioná-rios Houaiss e Aurélio – Século XXI, ovocábulo significa dar, tomar forma ousubir como em espiral. É que em junhode 2002 ele deixou o Brasil e rumoupara cima nos aspectos profissional eeconômico. Mudou-se do Butantã emSão Paulo, para a cidade de Toronto,na província de Ontário, Canadá. Dei-xou a empresa de factoring (socieda-de de prestação de serviço e fomentomercantil) em que trabalhava na capi-tal Bandeirante para cursar no SenecaCollege pós-graduação em gerênciade marketing. “É o mais conhecido doCanadá”, conta.

Lá, o filho de Aldo Lelis Barbierie Maria Cecília Gonçalves Torres deSousa Barbieri fez diversos projetosde marketing para empresas comoAir Canadá Vacations, St. MarysCement (do Grupo Votorantim) eAmerican Express. Criou a ToBusiness Development Inc: “Abri,juntamente com meus tios, que tam-

bém moram em Toronto, uma empre-sa de importação. Estamos envolvi-dos com a indústria de encaderna-ção e importamos espirais, além dearames duplos utilizados para enca-dernar livros e cadernos. O materialé produzido em São Paulo, trazido edistribuído por nós no Canadá”.

“Um dos meus tios, José Rober-

Mundo MackMundo Mack

Andrei e seus pais,

Maria Cecília e Aldo (à direita),

gostam de Toronto, a bela

cidade canadense (acima)

Formou-se na FCECA, tem indústria de encadernação e mora com os pais em Toronto, no Canadá

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to Tammaro de Oliveira, também émackenzista”, revela. Assim elesprosperam. A empresa é nova, aindapequena, e está em fase de cresci-mento. Emprega três pessoas, mo-dernas técnicas de administração,como terceirização dos serviços dearmazenagem dos produtos, fretes econtabilidade, além de gerencia-mento e de marketing. “Cuido daparte de gerenciamento de vendas emarketing do produto. Com isso,temos aumentado as vendas mês amês e, aos poucos, o mercado daquiestá reconhecendo nossos produtosbrasileiros”, comemora. “Vendemosatualmente para as províncias deOntário, Quebec e British Columbia.”Agora, segundo revela, precisaexpandir o leque de produtos e fir-mar a marca. Também existem pla-nos de diversificar negócios e entrarna área da construção civil, paracomercializar pregos e gramposfabricados no Brasil.

Cursar a FCECA foi decisivo parao salto empreendedor de Andrei. “Ocurso de Economia do Mackenzie meajudou e ter conhecimentos de conta-bilidade, administração de empresase análise de mercado, que são vitaispara se dirigir qualquer negócio, emqualquer lugar do mundo”, afirma. Ojovem empresário recorda com cari-nho: “A época de Mackenzie foi boademais. Lembro com saudade doambiente da faculdade. É uma uni-

versidade com localização centralmuito boa e tem excelente campus”,avalia. O mackenzista recorda-se dalanchonete que ficava onde hoje é oBorges - em frente ao prédio 12 –, doencontro dos amigos, das festas, masconstata quase que matematicamen-te: “À medida que os anos foram pas-sando, as responsabilidades aumen-taram e as festas diminuíram”. Segun-do Andrei, alguns professores se dife-renciavam na aula: “Não somente eu,mas colegas e amigos divertiam-seem determinadas aulas, pois os pro-fessores tinham, cada um, seu jeitode lecioná-las, tornando-as interes-santes”. Dos anos bons ficaram tam-bém os contatos, a cada vinda aoBrasil. “Nem sempre é possível reunirtodo mundo, mas os encontros acon-tecem”, conta.

Embora longe do Mackenzie, osnegócios, porém, não afastam omackenzista do aprendizado. Nemda diversão e do lazer. Toronto, diz,é cidade multicultural, com diversascolônias estrangeiras presentes.Por isso, existem muitos restauran-tes de comidas típicas, o que facili-ta a interação entre os povos. Onúmero de parques também é gran-de – a cidade tem 410. Como oinverno é rigoroso e o frio se arrastapor longos seis meses, as ativida-des outdoor ficam comprometidas.Mas não há razão para o tédio. “Noinverno as pessoas, assim como eu,

procuram eventos fechados, comofestas, cinemas, teatros, restauran-tes. Em Toronto há shows de ban-das conhecidas em todo o mundo emuito para se fazer.” No solstício deverão volta às ruas e parques acoloração verde e, com ela, todomundo fica mais à vontade. Há pas-seios pedestres, de bicicleta, sobrepatins. Faz-se churrasco... “Existemáreas com churrasqueiras”, diz.Diversão e lazer não faltam nas ter-ras do Zé Colméia. O canadensediverte-se também em partidas decríquete e futebol, nos passeios deferry-boat pelo lago Ontário e noseventos ao ar livre. Sem contar asprovas da Fórmula Indy, que Andreiassistiu ao vivo em 2003. “Nos finsde semana quentes é possível ir aNiagara Falls e Niagara on the Lake,cidades bonitas, a 100 quilômetrosde Toronto. Costumo passear bas-tante, sim, sair para bares e clubesà noite, andar de bicicleta nos finsde semana, jogar futebol de campoem uma liga amadora durante overão. No inverno, costumo praticaro snowboard nas estações de esquipróximas a Toronto.”

Apesar do conjunto de opções dediversão e dos negócios subindo, asaudade do Brasil é latente. Confes-sa: “Sinto falta da família, dos ami-gos, das praias e do calor humanobrasileiro. Muitas coisas só sentimosfalta depois que as perdemos...”

Para sempre mackenzista

A Pós-Graduação em gerência de Marketing, no Seneca College, e a foto com os

colegas de curso – dois momentos importantes. À direita, Andrei na empresa que

fundou com o pai

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Brandt, médico ortopedista suíço, criou o tchoukball, que elimina contatos físicos

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Com o esforço e a dedicação decompetidores e organizadores

do tchoukball (lê-se tiuki-bol), a sele-ção brasileira da modalidade classifi-cou-se em quinto lugar no mundialde Genebra, Suíça, em 2002. Agoraprepara-se para o mundial de Kao-shiung, Taiwan, em agosto de 2004.Apaixonado pelo novo esporte, JúlioCalegari, aluno do 2º semestre deComércio Exterior da FCECA – Facul-dade de Ciências Econômicas, Con-tábeis e Administrativas da Universi-dade Presbiteriana Mackenzie –, estátentando difundi-lo nas universidadesbrasileiras e de outros países, com acolaboração dos professores de Edu-cação Física da UPM e do ColégioPresbiteriano Mackenzie, unidadesSão Paulo e Tamboré. O mackenzistaé presidente da Associação Brasileirade Tchoukball (ABTB), diretor deDesenvolvimento Internacional da Fe-deração Internacional de Tchoukball(FITB) e instrutor da modalidade, comregistro no Conselho Regional deEducação Física (CREF).

O que é tchoukball? A definiçãodos dicionários não é suficiente paraque se entenda. Trata-se de vocábuloonomatopéico, criado a partir doruído provocado pela bola ao rico-chetear o quadro de remissão. Es-porte coletivo, o tchoukball pode serpraticado em quadras, gramados,terra batida ou areia. Quanto a regras,mistura as do vôlei, handebol e pelo-ta basca. Difere dos jogos citadosporque não é permitida marcação,roubada de bola nem corpo a corpoentre os participantes. “A modalidadetem proposta diferente e é conhecidacomo esporte da paz, porque não

existe contato físico.” Por isso podeser praticado tanto por crianças,jovens e adultos de mais idade, indis-tintamente dos sexos.

O campo de jogo tem zonas comlinhas demarcatórias – de fundo, late-rais e a grande área, como no futebol.A faixa destinada à área, porém, émenor que a do futsal. O alvo, objeti-vo ou intento são os ataques contra oquadro de remissão – duas pequenasbalizas colocadas em cada lado, nofundo da quadra, com dimensão deum metro quadrado e inclinação de55 graus em relação ao solo, dotadasde cordões elásticos como uma redeesticada. A configuração existe paradevolver a bola arremessada à qua-dra de jogo, semelhante ao que acon-tece no caso do squash.

Situações que podem ou não defi-nir um ponto. Se a bola rebatida tocar

o chão fora da área e dentro da qua-dra, é ponto. Se resvalar nos mem-bros inferiores abaixo das coxas - joe-lhos, canelas ou pés dos adversários– é ponto. Se o adversário apanhar abola no ar, não é ponto e pode ser ini-ciado o contra-ataque. O atleta sópode tocar na bola com os membrossuperiores, até o limite das coxas. Taldinâmica possibilita placar semprede dois dígitos. São cerca de 60, emmédia, segundo Júlio. “Se os acertosvalessem dois ou três pontos comono basquete, teríamos contagenscentenárias”, avalia Calegari.

Segundo ele, as característicasdo tchoukball, com muitos valoreshumanos, fez com que ganhasseapoio da ONU – Organização dasNações Unidas. Para que não pairemdúvidas sobre o fair-play embutido noespírito da modalidade, o mackenzis-ta faz questão de mostrar carta data-da de outubro de 2001, enviada àFITB por Adolf Ogi, do ConselhoEspecial da Secretaria Geral para oEsporte a Serviço do Desenvol-vimento e da Paz. Nela, o represen-tante da ONU declara: “Os valoreseducativos do tchoukball são porta-dores de mensagem universal, queestá em adequação com a missão

Mundo MackMundo Mack

O esporte da paz

O mackenzista Júlio, a bola e a rede

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Cinco dos nove atletas que repre-sentaram o Mackenzie na III

Copa Internacional de Judô, realizadaem Fortaleza, CE, entre 30 de outubroe 3 de novembro de 2003, venceram.Seis judocas mackenzistas foram aopódio, um foi o quinto, na competiçãoque reuniu em torno de 1.400 atletasde 15 Estados brasileiros – Amazonas,Pará, Amapá, Maranhão, Alagoas, Bahia, Paraíba, Piauí, Rio Grande doNorte, Pernambuco, Sergipe, Ceará,Espírito Santo, São Paulo e DistritoFederal. Uma delegação italiana par-ticipou da competição.

Treinados pela professora MiriamZyman Minakawa, campeã mundial dejudô categoria até 52 quilos, os mac-kenzistas garimparam o sonhado ouroem suas categorias. Entre os cam-peões estão as pré-juvenis RenataZyman Pati (categoria superligeiro),Camila Zyman Minakawa (médio),ambas da 7ª série do ensino funda-mental; Felipe Gasparini dos Santos(meio-pesado), e Hiran Gasparini dosSantos (pesado), alunos da 8ª série doEF; e da classe sênior. Alex Aguiar(meio-pesado) representou a Facul-dade de Arquitetura e Urbanismo –FAU. Pela classe juvenil, SérgioCavalini Pessoa (ligeiro), da 1ª série doensino médio, garantiu a medalha debronze. Merece destaque GuilhermeKoji Minakawa (superligeiro), da 3ªsérie do ensino fundamental, que clas-sificou-se em quinto lugar.

que me fora confiada. Apoiamos o es-porte e o desenvolvimento que mere-ce e seguiremos com interesse suaevolução”, conclui.

No Brasil (1987), o novo esporte começou em três Estados do Sul

Aos 26 anos de idade – 11 de ativi-dade com o esporte – Júlio Calegariacredita no futuro da modalidadeesportiva. Como desenvolvia atividadevoluntária de educação física em bair-ros de São Paulo, o mackenzistaconheceu os jovens do abrigo Casados Meninos e da escola pública doJardim das Belezas, na zona sul deSão Paulo. Com a apresentação dotchoukball, ganhou amigos: “Convideipara participar da minha equipealguns que entenderam fácil a modali-dade – um foi comigo quatro vezes àEuropa. Outro, duas, e dois deles ape-nas uma vez, a fim de participar decampeonatos internacionais”.

Em 2004, o plano é dobrar onúmero atual de 15 países pratican-tes do tchoukball e conseguir visibili-dade para o mundial de agosto, emTaiwan. O trabalho de divulgação émais fácil para Júlio, porque ele fala,além do português, também francês,inglês, espanhol, Italiano e esperanto.

Afirma: “Arranho também um poucode chinês, polonês e estou estudan-do árabe”. Com tal bagagem lin-güística e muita iniciativa, ele já visi-tou Cingapura, Polônia, RepúblicaTcheca, Itália e Argentina. Até de-zembro, pretende divulgar o novoesporte na Espanha, em Malta e noMéxico. Diz que oportunamente iráaos países africanos. Calegari traba-lha no Atendimento Especial daVarig, onde é responsável pela as-sistência a passageiros com neces-sidades especiais, autoridades deEstado ou pessoas que têm dificul-dades idiomáticas. Na companhiaaérea, consegue patrocínio e apoiopara viajar.

Como receita médicaO tchoukball foi criado na déca-

da de 70 por Hermann Brandt, médi-co ortopedista suíço preocupadoem minimizar contusões e agres-sões entre atletas. Em seus estudos,ele concebeu um esporte menosviril, sem perda da empolgação e dodinamismo. A nova modalidade che-gou ao Brasil em 1987, trazido porJohn Andrews, presidente mundialda FIEP – Federation InternationalD’Education Physique. Inicialmentefoi praticado em cidades do RioGrande do Sul, Santa Catarina eParaná. Ainda em 1987, NelsonSchavalla, professor paranaense deEducação Física, tornou-se um dosnomes a serviço da difusão do es-porte em seu Estado, sobretudo nacidade de Pato Branco. Em 1993, otchoukball foi levado para o Norte eNordeste do Brasil, pelo sergipanoOcélio Ferreira, e para o Sudeste,por Júlio Calegari.

Mackenzie 39

Jogada característica

do novo esporte

Judô: Ouro, naCopa Internacional

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Triatlo: Isabelano mundialAluna de Desenho Industrial garante participação nasprovas do campeonato, em Portugal

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Amackenzista Isabela Izidroficou em segundo lugar no XIII

Campeonato Brasileiro de Triatlo –categoria entre 20 e 24 anos –,realizado em 6 de março de 2004na Praia de Tambaú, João Pessoa,PB. Seu tempo total: 2h18m50s –25m16s na natação de 1,5 km,1h13m49s no ciclismo, com percur-so de 40 km, e 39m44s na corridade 10 km. Com o resultado, a alunada Faculdade de Desenho Indus-trial da UPM (8º semestre) garantiua participação no CampeonatoMundial da categoria, em Portugal,no mês de maio de 2004.

Na prova seletiva de JoãoPessoa, disputada em distânciaolímpica, Isabela esteve bemdurante a primeira modalidade,natação, mantendo-se entre asprimeiras na sua categoria. Nociclismo, alcançou a triatleta Lu-ciana Molina, apesar dos proble-mas que enfrentou com outra par-ticipante. Ela conta: “Durante ociclismo, uma atleta caiu da bici-cleta e me derrubou”. Mesmoassim, a mackenzista alcançouLuciana, emparelhou com ela eficou de olho em Vanessa, logo àfrente: “Ainda consegui levantar dabike e alcançá-la”, relembra. Nacorrida, porém, Isabela sentiu odesgaste de ter de recuperar otempo perdido sob forte calor emuito vento e cedeu terreno aVanessa: “Saímos juntas, mas logoela foi aumentando a diferença”,admite. Como a terceira colocada

não ameaçava sua posição, Isabelasentiu-se segura com a vitória dovice-campeonato. Ela avalia o se-gundo lugar conquistado: “Acheiexcelente. Fiquei entre as primeiras!E a campeã mereceu”.

Isabela prepara-se agora paraoutras disputas e para o Mundialna Europa, com a certeza de queterá apoio. “O Mackenzie é comouma mãe para mim. Sempre meapóia. Acredita mais em mim doque eu mesma. Sou muito gratapor tudo que tem feito por mim.” Amackenzista corresponde ao apoioque recebe. Em 2003, ficou emprimeiro lugar no Troféu Brasil, emSantos, SP, na categoria eliteamador, e em terceiro na faixaetária de 20 a 24 anos, no TroféuTriPaulista, realizado no Guarujá,SP. Em 2004, foi a terceira coloca-da no Triatlo Internacional deCaiobá, no Paraná.

O final do XIII Brasileiro sinalizarecomeço dos treinos, que se reali-zam de terça a domingo com duasmodalidades combinadas diaria-mente entre corrida, ciclismo e nata-ção, além de musculação. A vida daatleta divide-se, pois, entre provasna faculdade onde estuda, naRunner Academia, nas pistas doParque Ibirapuera e da AvenidaBrás Leme, onde treina, ou nasRodovias dos Bandeirantes – SP–348 –, e Hélio Smidt – SP–019, queleva ao Aeroporto Internacional deSão Paulo, em Guarulhos, as ci-clovias da triatleta.

Mundo MackMundo Mack

Ano V • Nº 28 • 2004Matrícula nº 444.001/2002, no 4º Registro

de Títulos e Documentos – São Paulo

Instituto Presbiteriano Mackenziewww.mackenzie.br

Entidade filantrópica, recadastrada no CNASconforme resolução 096/95.

Rua da Consolação, 930CEP 01302-907 – São Paulo, SP

Departamento de Comunicação SocialEdifício Rev. Amantino Adorno Vassão – 1º andar

Tel. (11) 3236-8634 – Fax (11) [email protected]

Revista MackenzieRua Itambé, 135 – Prédio 25

[email protected]@mackenzie.com.br

EditorNehemias Vassão – MTb 7251

ColaboradoresRicardo Gomez Filho,

Sílvio Nascimento, Marcel Mendes – TextosJussemara Varella – Revisão

FotografiaWilson de Camargo Rocha

CRT – Mackenzie

SecretáriaIara Lacerda Lemes

Controle de MarketingRegina Célia Coatti

Contato PublicitárioArnaldo Cersossimo – Supervisão

Tels. (11) 3236-8753 / 8778 / 8779

Projeto Gráfico e ProduçãoCampo Visual Comunicação Editora

www.campovisual.com.br

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Assistente de ArteRafael Boccoli Cusato

ImpressãoPlural Gráfica

Tiragem75.000 exemplares

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