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1 João M.C. Estêvão Museu Municipal de Faro 2013 – 02 – 21 Arquitetura setecentista antes e depois do terramoto de 1755: breve caracterização Departamento de Engenharia Civil Instituto Superior de Engenharia Universidade do Algarve João M. C. Estêvão Licenciado em Engenharia Civil Mestre em Engenharia de Estruturas Doutorado em Engenharia Civil (Engenharia Sísmica) João M.C. Estêvão O sismo de 1755 Porque provocou o sismo tanta destruição? Características do sismo Características dos locais de construção Características das construções existentes na época Os efeitos do incêndio em Lisboa Os efeitos do tsunami

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Museu Municipal de Faro

2013 – 02 – 21

Arquitetura setecentista antes e depois do terramoto de 1755: breve caracterização

Departamento de Engenharia CivilInstituto Superior de Engenharia

Universidade do Algarve

João M. C. EstêvãoLicenciado em Engenharia Civil

Mestre em Engenharia de EstruturasDoutorado em Engenharia Civil

(Engenharia Sísmica)

João

M.C

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O sismo de 1755

Porque provocou o sismo tanta destruição?

• Características do sismo• Características dos locais de

construção• Características das construções

existentes na época• Os efeitos do incêndio em Lisboa• Os efeitos do tsunami

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Construção na antiguidade

Não existia uma prática sistemática de construção com características sismo-resistentes

Consideravam que os sismos surgiam da vontade Divina

Posídon

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História da engenharia de estruturas

Jerf el Ahmar (Síria) – cerca de 9000 a.C.Primeiros aglomerados habitacionais. Evolução da planta

circular (semissubterrânea) para a planta quadrada.

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História da engenharia de estruturas

Çatal Höyük (Turquia) – cerca de 7400 a.C.

Casas com entrada pelo telhado, feitas com tijolos crus.

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História da engenharia de estruturas

Ain Ghazal (Jordânia) – cerca de 7100 a.C.O uso da cal em argamassas

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História da engenharia de estruturas

Pirâmide dos Degraus em Sakkara (Egito) – 2685 a.C.

Início das grandes construções em altura

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História da engenharia de estruturas

Stonehenge (Inglaterra) – 2150 a.C.

Vigas simplesmente apoiadas (sistema viga - coluna)

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História da engenharia de estruturas

Zigurate de Ur (Sumérios, Iraque) – 2096 a.C.

Surge o arco e a abóbada como forma de vencer grandes vãos ladeados por grandes contrafortes

A falta de pedra e madeira originou construções em terra (tijolo de argila e de adobe)

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História da engenharia de estruturas

Palácio de Knossos em Creta (Minoicos) – 1700 a.C.Incorporação de madeira na alvenaria de pedra para ter em

conta o efeito dos sismos frequentes na região

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História da engenharia de estruturas

Grécia clássica – Partenon – 432 a.C.

Sistema estrutural pilar-viga

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História da engenharia de estruturas

De Architectura de Vitruvio – século I a.C.Tratado de engenharia e arquitetura em dez volumes

Opus caementicium

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História da engenharia de estruturas

Aquedutos Romanos – iniciados em 312 a.C.Adotando a prática dos Etruscos, os Romanos generalizaram o

uso do arco em grandes construções

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História da engenharia de estruturas

Panteão de Roma – 125 d.C.A utilização do betão Romano permitiu a construção em altura

numa região sísmica – Maior cúpula até 1881 (43.4 m)

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História da engenharia de estruturas

Cúpulas com trompas

Transição entre a figura esférica e o cubo (Persas, provavelmente)

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História da engenharia de estruturas

Hagia Sofia (Bizâncio) – 532 a 537 d.C.Cúpula com pendentes – Maior catedral até 1520 d.C.

Anthemius de Tralles e Isidorus de Miletus

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História da engenharia de estruturas

A influência ÁrabeO arco em forma de ferradura

A mesquita de CórdobaInício em 785 d.C. (Abd-al-Rahmán I)

Redescoberta dos textos Gregos da antiguidade clássica

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História da engenharia de estruturas

ROMÂNICOAbóbadas de berço e de aresta

Sé de Lisboa – após 1147 d.C.Sofreu danos importantes ao longo

dos séculos devido a sismos

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História da engenharia de estruturas

Catedral de Durham - Inglaterra – 1093 a 1133Primeiras abóbadas com nervuras

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História da engenharia de estruturas

GÓTICOAbadia de Saint-Denis (Paris) 1135 d.C. - Abade Suger

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História da engenharia de estruturas

GÓTICOArco quebrado (ogival)

Catenária(só tração)

só compressão

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História da engenharia de estruturas

GÓTICO

As nervuras dos arcos ogivais desviam as forças para os

colunelos dos pilares compostos

Abóbadas de cruzaria de ogivas

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História da engenharia de estruturas

GÓTICOOs arcobotantes substituíram os grandes contrafortes

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História da engenharia de estruturas

GÓTICO

A estrutura ficou mais ligeira

Sainte-Chapelle em Paris1224 d.C.

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História da engenharia de estruturas

GÓTICO

Mosteiro de S.Franciscoem Santarém

Início no século XIII

Gótico em PortugalMosteiro de Alcobaça

Início em 1178 d.C.

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História da engenharia de estruturas

GÓTICO

Gótico em PortugalMosteiro da BatalhaInício em 1388 d.C. Sala do Capítulo

Mestre Huguet

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História da engenharia de estruturas

Redescoberta dos tratados romanosEm 1414 foi redescoberto o De Architectura de Vitruvio, e

traduzido em

1521 – Para italiano1547 – Para francês1548 – Para alemão

1582 – Para castelhano

É possível que D.João III tenha encomendado a

tradução a Pedro Nunes, mas nunca foi publicada.

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História da engenharia de estruturas

RENASCIMENTOCom raízes na arquitectura Grega e Romana.É realizado um projecto antes da construção

(plantas, cortes e perspectivas)

Anel de tirantes

Cúpula da Catedral de Florença1420-36 d.C. (Brunelleschi)

Maior cúpula de alvenaria do mundo

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História da engenharia de estruturas

MANUELINO

Mosteiro dos JerónimosInício em 1501 d.C.

Mestre Diogo de BoitacaMestre João de Castilho

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História da engenharia de estruturas

RENASCIMENTO EM PORTUGAL

Claustro de D. João III do convento de Cristo em Tomar (início em 1558)

Sem inovações importantes do ponto de vista do comportamento estrutural.

Mero regresso aos sistemas estruturais básicos dos Romanos

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História da engenharia de estruturas

MANEIRISMO EM PORTUGAL

Igreja de São Vicente de Fora (1582-1627)

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História da engenharia de estruturas

BARROCO EM PORTUGAL

Palácio Nacional de Mafra (1715)

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Sismicidade histórica

ALGUNS SISMOS QUE AFETARAM O ALGARVE

Sismos afastados60 a.C. - terá gerado um maremoto (tsunami) que afectou as costas de onde hoje é Portugal e a Galiza 33 a.C. - sismo que se fez sentir no actual território de Portugal continental 309 - sentido por toda a Península Ibérica 382 - outro grande sismo que gerou um maremoto, e provocou o desaparecimento de ilhotas próximas do Cabo de S. Vicente 1009 - sentido de Lisboa ao sul de Espanha 1309 (22 de Fevereiro) - referências a Portugal em geral e a Lisboa e ao Algarve em particular 1356 (24 de Agosto) - com danos importantes de Lisboa a Sevilha 1755 (1 de Novembro) - sismo que provocou grande devastação em Portugal, designadamente em Lisboa e no Algarve

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Registos instrumentais

ÚLTIMOS 20 ANOS

Sismicidadeinterplacas (afastada)

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Simulação do sismo de 1755

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[…] que ao segundo minuto de duração comecárão a cair ou arruinar-se […].

Durárão estes, segundo as mais reguladas opiniões, seis para sete minutos, fazendo neste espaço de

tempo dous breves entervalos […]”. Moreira de Mendonça, 1758

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Comportamento sísmico das construções em FARO

Texto retirado de fontes setecentistas“Na Cidade de Faro, que hera a mais brilhante do Algarve pela

nobreza dos seus edifícios, pelo florecente do seo Comercio, e pelo trato dos seos moradores; foi quasi geral a ruina. Com espantoso

ruido se abismou toda de hum golpe [...]

Caîo toda a Igreja do Convento dos Religiosos [...] tendo o mesmo destino a Igreja Hospital, e Recolhimento da Mizericordia [...] as da

Camara; o Aljube, a Cadea Secular, a Alfandega, os ArmazensReaes, os Quarteis da guarniçam, e o Corpo da Guarda; e todas as mais ficaram, ou raxadas, ou moidas: Muitas das nobres cazas de

Campo, de que esta cidade está cercada, padeceram graves ruinas[...]”

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Comportamento sísmico das construções em LISBOA

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O terramoto de 1 de Novembro de 1755

35 igrejas 54 conventos 55 palácios

Oliveira (2003)

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Porque não colapsaram estas construções em LISBOA?

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Relatos de Teodoro de Almeida (1722-1804)

Congregação do Oratório de Lisboa

Observou que as consequências do sismo foram diferentes consoante os lugares onde se fez sentir o sismo.

Viu que as estátuas do jardim da casa de campo do Marquês de Ponte de Lima, em Mafra, ficaram com as suas bases inclinadas

igualmente para um mesmo lado.

Encontrou indícios de que as vibrações se movimentavam Sul-Norte.

Observou a abertura de fendas na rua que ligava a Ponte de Alcântara a Belém, donde saiu água.

Concluiu que os abalos de uma parede alta do Convento do Espírito Santo da Congregação do Oratório de S. Filipe de Neri provocaram o

desmoronamento da abóbada que suportava os telhados.

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Carta de solos de Lisboa

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Efeitos nas construções românicas

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Efeitos nas construções góticas

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Assisi 1997 - Itália

Efeitos nas construções góticas

Basílica de S.Francisco de Assis

Brunetti (2009)

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Efeitos nas construções barrocas

Real Casa da Ópera de Lisboa (inaugurada a 2 de Abril de 1755)

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Provocou danos no Castelo de Paderne (taipa militar)

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Efeitos do incêndio e do tsunami

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Construção após o sismo de 1755

Criação de um sistema de construção com características sismo-resistentes

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Construção após o sismo de 1755

Criação de um sistema de construção com características sismo-resistentes

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Após o sismo de 1755

• Deixam de ser atribuídas causas divinas aos sismos, que começam a ser encarados como fenómenos naturais

• O processo construtivo em Portugal é alterado, como consequência direta do sismo, mas só por algumas décadas

• Influenciou o primeiro regulamento de construção de Portugal que teve em conta a ação sísmica (1958)