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FARO HÁ 50 ANOS ATRÁS

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FARO HÁ 50 ANOS ATRÁS

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Na Praça Ferreira de Almeida e arredores encontravam-se os moços de fretes, os estivadores que carregavam e descarregavam os barcos da doca, os carroceiros que implicavam a presença do ferrador, o albardeiro, o abegão, o aguadeiro, o latoeiro, os ardinas, os vendedores de lotaria, os carvoeiros, os varredores, os caiadores, os vendedores de produtos da ria, o limpa chaminés… e tantos… tantos outros, cuja actividade desapareceu por não ser necessária.

Faro retratos

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Era escolhida a maior divisão da casa, tapavam-se os móveis impossíveis de retirar com lençóis brancos, colocavam-se cadeiras à volta e o corpo do defunto ao centro, rodeado de flores e velas.

Velar o morto implicava o tempo necessário, dia e noite, até ao enterramento. Todos, no velório, vestiam-se de preto e, com um rosário nas mãos, dedilhavam o terço, continuadamente.

As velas acesas, as flores, as lágrimas, as preces, o negro das roupas impunham profunda solenidade ao velório.

Como se fazia um funeral?

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A morte de uma pessoa bem colocada na sociedade transformava-se numa verdadeira pompa fúnebre (preparativos para um funeral), sendo depois transportada por numa charrete (carro de funeral puxada por cavalos).

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Uma verdadeira homenagem a um homem de bem, é uma atitude justa e de bom exemplo. O respeito aos mortos implica enterrar e ocultar o corpo. A degradação que se segue não pode ser visível, o enterramento do ente querido alivia a dor da perda física.

Havia igualmente o hábito de vestir um mendigo com roupas de falecido, para que os pecados cometidos, durante o tempo de vida, fossem aliviados ou perdoados pela justiça divina .

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Ao sétimo dia os parentes mandam, por norma, rezar uma missa por alma do morto, acontecendo o mesmo passado um mês. O número de missas e de terços rezados implica o perdão e a esperança de alcançar o céu.

Actualmente, nota-se um afastamento dos jovens das tradições comuns à morte. Nota-se, igualmente, que as celebrações se desviam dos rituais religiosos, sentimentais e emocionais.

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Em 1950 ( há 60 anos ), o percurso pela avenida até ao liceu, partindo da pontinha, era totalmente diferente da actualidade .

Não existia o “ cimento “ que descaracterizou toda a área, apenas casas térreas, algumas de primeiro andar e uma ou duas de segundo (em faro não existia construção em altura).

A Pontinha, ponto de encontro de várias ruas, apresenta igualmente , uma diferença abismal .

Avenida do liceu ( Av. 5 de Outubro )

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Rapazes e raparigas não subiam juntos a avenida: eles andavam para um lado, e elas para outro .

Em 1950 a família , a escola e a igreja impunham as suas regras e os jovens tinham que obedecer .

Não existiam os chamados tempos livres institucionalizados para ocupar a juventude.

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Os moços de fretes eram essencialmente carregadores, mas também faziam recados, entregavam cartas, transportavam encomendas e bagagens.

Faziam as mudanças a pau e corda. Percorriam por vezes a cidade de uma ponta à outra a executar mudanças, das quais algumas demoravam três ou quatro dias de trabalho duro.

Os moços de fretes, para exercerem a sua profissão, tinham de estar inscritos no Governo Civil. Em 1921, o edital camarário determina a sua inscrição na Câmara Municipal de Lisboa. A inscrição na Câmara efectuou-se a partir de 22 de Julho de 1922, e constava da data, do número de ordem da matrícula, o nome do indivíduo, o número da matrícula do Governo Civil, a morada e o local onde exercia a actividade.

Moços de fretes

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Com a introdução das camionetas no mercado, as mudanças feitas pelos moços de fretes decaíram a pique.

A entrega de recados, de cartas de amor e de cartas de negócios feitas outrora por estas figuras de esquina deixaram também de se realizar, pois foram substituídas pelas mensagens telefónicas.

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Carros de emergências

Postais antigos de Faro

Imagens antigas

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O albardeiro Aguadeiro

Os carroceiros

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Beatriz Nora Nº 6Catarina Anacleto Nº 8Beatriz Rodrigues Nº 7Tiago Coelho Nº 27André Silvestre Nº 4

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