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Universidade Federal de São Carlos – UFSCar Licenciatura em Educação Musical Disciplina : Educação Musical – Prática e Ensino 4 – EMPE4 Professora : Shirlei Escobar Tudissaki Tutora : Laura Brugnerotto Nome do aluno : Elias Tetsuo Umakakeba RA 576514 AT 7.3 – Elaboração de texto No texto de (SOUZA, LEÃO, 2006) podemos verificar diversas particularidades relativas a necessidades de um grupo de pessoas em processo de envelhecimento. Diferentemente das necessidades de um grupo de alunos na fase estudantil, onde se busca principalmente o conhecimento teórico e pratico da arte musical, o público de idosos possui finalidades diferentes no aprendizado e na prática musical. Podemos dizer que o que difere este grupo de pessoas é que elas buscam no aprendizado e na prática musical uma melhora na qualidade de vida; considerando que qualidade de vida não é tão somente a ausência de doenças físicas ou psíquicas, mas que engloba o bem estar emocional e social. (TOURINHO 2006) reforça que a música pode favorecer a memória, fazendo com que através dela o idoso é capaz de evocar lembranças, assim reconstruindo as experiências vividas que poderiam estar perdidas. (MONTELLO, 2004) fala sobre o papel sociabilizador e integrador que a música tem para este público, fortalecendo relações interpessoais, além de promover equilíbrio emocional. (ARAÑEDA, 1991) vai além, e afirma que o envelhecimento é parcialmente reversível, através de reabilitação de funções no nível motor, psicossomático e em respostas emocionais e intelectuais dos idosos. Por exemplo, num projeto de pratica de coral que faz apresentações periódicas à sociedade, produz no idoso uma melhora

Musicalização para idosos

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Musicalização para idosos

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Page 1: Musicalização para idosos

Universidade Federal de São Carlos – UFSCarLicenciatura em Educação MusicalDisciplina: Educação Musical – Prática e Ensino 4 – EMPE4Professora: Shirlei Escobar TudissakiTutora: Laura BrugnerottoNome do aluno: Elias Tetsuo Umakakeba RA 576514

AT 7.3 – Elaboração de texto

No texto de (SOUZA, LEÃO, 2006) podemos verificar diversas particularidades

relativas a necessidades de um grupo de pessoas em processo de envelhecimento.

Diferentemente das necessidades de um grupo de alunos na fase estudantil, onde

se busca principalmente o conhecimento teórico e pratico da arte musical, o público de

idosos possui finalidades diferentes no aprendizado e na prática musical.

Podemos dizer que o que difere este grupo de pessoas é que elas buscam no

aprendizado e na prática musical uma melhora na qualidade de vida; considerando que

qualidade de vida não é tão somente a ausência de doenças físicas ou psíquicas, mas

que engloba o bem estar emocional e social.

(TOURINHO 2006) reforça que a música pode favorecer a memória, fazendo com

que através dela o idoso é capaz de evocar lembranças, assim reconstruindo as

experiências vividas que poderiam estar perdidas. (MONTELLO, 2004) fala sobre o papel

sociabilizador e integrador que a música tem para este público, fortalecendo relações

interpessoais, além de promover equilíbrio emocional. (ARAÑEDA, 1991) vai além, e

afirma que o envelhecimento é parcialmente reversível, através de reabilitação de funções

no nível motor, psicossomático e em respostas emocionais e intelectuais dos idosos.

Por exemplo, num projeto de pratica de coral que faz apresentações periódicas à

sociedade, produz no idoso uma melhora na sua auto-estima, integrando-o à sociedade e

fazendo com que ele se sinta uma parte dela.

O educador deve estar preparado e disposto a trabalhar consciente destes

propósitos distintos deste público, sempre ouvindo as experiências que eles trazem

consigo e sempre que possível, aproveitando esta experiência para agregar às atividades

de pratica e aprendizado musical, de uma maneira prazerosa e incentivadora, atento às

adaptações necessárias no aspecto metodológico.

No segundo texto, a autora Meygla Bueno (2008) faz a seguinte afirmação: “o

desenvolvimento das atividades de musicalização das idosas contou com o apoio da

ludicidade, pois é através de jogos lúdicos que se pode obter uma maior apreensão e

compreensão do conteúdo a ser trabalhado” (BUENO, 2008, p. 4).

Nesta afirmação de BUENO, 2008, p.4, a atividade de musicalização das idosas

contou com o apoio da ludicidade para que houvesse uma melhor apreensão e

compreensão do conteúdo abordado.

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Universidade Federal de São Carlos – UFSCarLicenciatura em Educação MusicalDisciplina: Educação Musical – Prática e Ensino 4 – EMPE4Professora: Shirlei Escobar TudissakiTutora: Laura BrugnerottoNome do aluno: Elias Tetsuo Umakakeba RA 576514

Sabemos que a mente assimila melhor os conteúdos que vêm vinculados a uma

algum outro estímulo marcante, e vemos na ludicidade esta capacidade de transformar o

aprendizado em momentos prazerosos e descontraídos que promovem a interação entre

os participantes.

(BUENO, 2008) relata que no processo de musicalização deste grupo também foi

utilizado o método manosolfa, desenvolvido pelo educador musical Kodály, para facilitar a

visualização dos sons musicais (notas musicais) e também o ritmo das músicas e

canções folclóricas foram trabalhados com palavras e movimentos das mãos. Essa

ludicidade torna a prática musical muito mais interessante e viva, trazendo vários

aspectos positivos neste processo.

A autora observa que foi visível uma melhora na auto-estima, na coordenação

motora, na sensibilidade, na comunicação, na respiração, na socialização e na

criatividade das idosas; concluindo que as atividades e jogos que trabalham o raciocínio,

a memória e a criatividade lhes proporcionaram vivências musicais prazerosas.

Apesar de trabalhar com a ludicidade, deve se tomar o cuidado de se diferenciar

do trabalho de musicalização infantil, enfatizando a melhora na qualidade de vida dos

idosos, levando em consideração toda a informação e experiência que eles trazem sem

infantilizá-los.

Bibliografia:

Arañeda, Rolando Toro. Teoria da biodança: coletânea de textos. [S. l.] Associação Latino-Americana de Biodança, t. I, II , III., 1991.

BUENO, M. R. A Musicalização na terceira idade com a utilização da flauta doce: abordagens para uma melhor qualidade de vida. In: Encontro Nacional da ABEM, XVII, 2008, São Paulo. Anais... São Paulo: UNESP, 2008. Disponível em: http://www.abemeducacaomusical.org.br/Masters/anais2008/099%20Meygla%20Rezende%20Bueno.pdf.

Montello, Louise. Inteligência Musical Essencial: a música como caminho para a cura, a criatividade e a plenitude radiante. São Paulo: Cultrix, 2004.

SOUZA, C. M. S.; LEÃO, E. Terceira idade e música: perspectivas para uma educação musical. In: Congresso da ANPPOM, XVI, 2006, Brasília. Anais... Brasília: UNB, 2006.

Tourinho, Lúcia Maria Chaves. Musicoterapia e a Terceira Idade ou Musicoterapia: corpo sonoro.

Disponível em: http://www.targon.com.br/users/lucia/1001.html Acessado em: 22. 05.2006.