14
LEIA NO PANORAMA GERAL Técnico agrícola, um profissional imprescindível para o desenvolvimento da agropecuária do RS LEIA NESTA EDIÇÃO Milho: lavouras iniciam a fase de floração N.º 1.422 3 de novembro de 2016 Aqui você encontra: Panorama Geral Condições Meteorológicas Grãos Hortigranjeiros Criações Análise dos Preços Semanais EMATER/RS-ASCAR Rua Botafogo,1051 90150-053 Porto Alegre RS Fone: (051) 2125-3144 Fax: (051) 3231-7414 http://www.emater.tche.br Elaboração: Gerência de Planejamento GPL Núcleo de Informações e Analises NIA Impresso na EMATER/RS Permitida a reprodução parcial ou total, desde que citada a fonte Informativo Conjuntural – Desde 1989 auxiliando você na tomada de decisões. PANORAMA GERAL Técnico agrícola, um profissional imprescindível para o desenvolvimento da agropecuária do RS A função do técnico agrícola está presente em toda a história da Emater/RS-Ascar. Nesses mais de 61 anos, esses profissionais têm contribuído muito com a qualidade da produção, com o aumento das produtividades e com a melhoria da qualidade de vida de todas as famílias que vivem no meio rural. Com diversas habilitações, o técnico agrícola é o profissional que presta assistência e consultoria técnica, orienta os produtores sobre produção agropecuária, comercialização e procedimentos de biosseguridade. O técnico agrícola elabora e acompanha projetos agropecuários nas diversas etapas, planeja atividades agropecuárias, verificando sua viabilidade econômica, as condições edafoclimáticas e a infraestrutura necessária para qualquer empreendimento rural. Esse profissional promove organização, extensão e capacitação rural, e fiscaliza e desenvolve tecnologias adaptadas à produção agropecuária. Esses profissionais atuam em agroindústrias, agropecuárias, na aquicultura, no beneficiamento de madeira, nos diversos ramos da pecuária e das criações, no cooperativismo, na enologia, na horticultura e na fruticultura, na irrigação, nos laticínios, na meteorologia, na área florestal e até mesmo na jardinagem. Atualmente, no Brasil, há mais de 1,5 milhão de técnicos agrícolas e, pela demanda no campo e no mercado, esse número tende a crescer de forma significativa nos próximos anos. No Rio Grande do Sul, as 43 escolas agrotécnicas de nível médio, de todas as esferas, oportunizam ao mercado mão de obra especializada e qualificada. Regulamentada pela Lei nº 5.524, de 05 de novembro de , e pelos Decretos Federais nº 4.560, de 30 de dezembro de 2002, e nº 90922, de 06 de fevereiro de 1985, a profissão de Técnico Agrícola foi criada, assim como definidas as atribuições profissionais da categoria. Foi a partir de 5 de novembro de 1968, data histórica para a categoria, que a profissão de técnico agrícola foi oficializada, sendo reconhecida no Rio Grande do Sul em 15 de julho de 1988 (primeira lei comemorativa do dia do técnico sancionada no Brasil), através da Lei nº 8.692, de autoria do técnico agrícola e então deputado estadual, Mário Limberger. Por tudo o que envolve a profissão e por ser, o técnico agrícola, imprescindível para a manutenção do trabalho realizado pela Emater/RS-Ascar em todo o Estado, de fortalecimento do agricultor e do produtor rural, é que celebramos o dia 5 de novembro, Dia do Técnico Agrícola, agradecendo o empenho e a dedicação de todos esses profissionais no desenvolvimento do nosso Estado. Parabéns pela data e pela profissão! Clair Tomé Kuhn Presidente da Emater/RS e superintendente geral da Ascar

N.º 1. 422 LEIA NESTA EDIÇÃO PANORAMA GERAL · Regulamentada pela Lei nº 5.524, de 05 de novembro de , e ais nº 4.560, de 30 de dezembro de 2002, e nº 90922, de 06 de fevereiro

  • Upload
    others

  • View
    1

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: N.º 1. 422 LEIA NESTA EDIÇÃO PANORAMA GERAL · Regulamentada pela Lei nº 5.524, de 05 de novembro de , e ais nº 4.560, de 30 de dezembro de 2002, e nº 90922, de 06 de fevereiro

LEIA NO PANORAM A GERAL Técnico agrícola, um profissional imprescindível para o desenvolvimento da agropecuária do RS

LEIA NESTA EDIÇÃO

Milho: lavouras iniciam a fase de floração

N.º 1.422

3 de novembro de 2016

Aqui você encontra:

Panorama Geral

Condições Meteorológicas

Grãos

Hortigranjeiros

Criações

Análise dos Preços Semanais

EMATER/RS-ASCAR Rua Botafogo,1051 90150-053 – Porto Alegre – RS Fone: (051) 2125-3144 Fax: (051) 3231-7414 http://www.emater.tche.br Elaboração: Gerência de Planejamento – GPL Núcleo de Informações e Analises – NIA Impresso na EMATER/RS

Permitida a reprodução parcial ou total, desde que citada a fonte

Informativo Conjuntural – Desde 1989 auxiliando

você na tomada de decisões.

PANORAM A GERAL

Técnico agrícola, um profissional imprescindível para o desenvolvimento da agropecuária do RS

A função do técnico agrícola está presente em toda a história da Emater/RS-Ascar. Nesses mais de 61 anos, esses profissionais têm contribuído muito com a qualidade da produção, com o aumento das produtividades e com a melhoria da qualidade de vida de todas as famílias que vivem no meio rural. Com diversas habilitações, o técnico agrícola é o profissional que presta assistência e consultoria técnica, orienta os produtores sobre produção agropecuária, comercialização e procedimentos de biosseguridade. O técnico agrícola elabora e acompanha projetos agropecuários nas diversas etapas, planeja atividades agropecuárias, verificando sua viabilidade econômica, as condições edafoclimáticas e a infraestrutura necessária para qualquer empreendimento rural. Esse profissional promove organização, extensão e capacitação rural, e fiscaliza e desenvolve tecnologias adaptadas à produção agropecuária. Esses profissionais atuam em agroindústrias, agropecuárias, na aquicultura, no beneficiamento de madeira, nos diversos ramos da pecuária e das criações, no cooperativismo, na enologia, na horticultura e na fruticultura, na irrigação, nos laticínios, na meteorologia, na área florestal e até mesmo na jardinagem. Atualmente, no Brasil, há mais de 1,5 milhão de técnicos agrícolas e, pela demanda no campo e no mercado, esse número tende a crescer de forma significativa nos próximos anos. No Rio Grande do Sul, as 43 escolas agrotécnicas de nível médio, de todas as esferas, oportunizam ao mercado mão de obra especializada e qualificada. Regulamentada pela Lei nº 5.524, de 05 de novembro de , e pelos Decretos Federais nº 4.560, de 30 de dezembro de 2002, e nº 90922, de 06 de fevereiro de 1985, a profissão de Técnico Agrícola foi criada, assim como definidas as atribuições profissionais da categoria. Foi a partir de 5 de novembro de 1968, data histórica para a categoria, que a profissão de técnico agrícola foi oficializada, sendo reconhecida no Rio Grande do Sul em 15 de julho de 1988 (primeira lei comemorativa do dia do técnico sancionada no Brasil), através da Lei nº 8.692, de autoria do técnico agrícola e então deputado estadual, Mário Limberger. Por tudo o que envolve a profissão e por ser, o técnico agrícola, imprescindível para a manutenção do trabalho realizado pela Emater/RS-Ascar em todo o Estado, de fortalecimento do agricultor e do produtor rural, é que celebramos o dia 5 de novembro, Dia do Técnico Agrícola, agradecendo o empenho e a dedicação de todos esses profissionais no desenvolvimento do nosso Estado. Parabéns pela data e pela profissão!

Clair Tomé Kuhn Presidente da Emater/RS e superintendente geral da Ascar

Page 2: N.º 1. 422 LEIA NESTA EDIÇÃO PANORAMA GERAL · Regulamentada pela Lei nº 5.524, de 05 de novembro de , e ais nº 4.560, de 30 de dezembro de 2002, e nº 90922, de 06 de fevereiro

2

SETOR DE ORGÂNICOS DEVE INVESTIR EM TECNOLOGIA E EM ESCALA

O setor de orgânicos deve investir mais em tecnologia para alcançar escala, segundo avaliação do Centro de Inteligência em Orgânicos da Sociedade Nacional de Agricultura (SNA)). A produção orgânica no Brasil precisa aumentar sua escala de produção para ser competitiva. O setor consome poucos insumos, tem baixo nível tecnológico e utiliza muita mão de obra, o que não colabora para garantir a oferta de alimentos a preços razoáveis. A agricultura orgânica possui especificidades como regulação e certificação de produtos, que aumentam o desafio dos produtores. Precisa-se melhorar as práticas agrícolas, adaptar equipamentos e maquinarias, e utilizar tecnologia para incrementar as atividades. O desenvolvimento de sementes orgânicas adaptadas às diversas regiões do Brasil e a pesquisa de alternativas à alimentação animal, bastante comprometida devido à produção de soja e milho transgênicos, são alguns dos principais gargalos da produção orgânica. Há a oportunidade de oferecer não somente alimentos produzidos sem agrotóxicos ou derivados do petróleo, mas também de criar opções que permitam às pessoas seguir uma alimentação mais saudável. Isso inclui, por exemplo, alternativas para quem tem restrições alimentares como celíacos, hipertensos, diabéticos, intolerantes à lactose, etc. Apesar dos entraves projeta-se que o setor orgânico deve continuar a crescer entre 20% e 25% ao ano. Um avanço maior poderia ser registrado nos hortigranjeiros: é um segmento que cresce mais que 25% ao ano, devido ao incremento de agricultores familiares no cadastro do MAPA, nas feiras municipais e nos serviços de entrega de cestas domiciliares. Fonte: SNA

A PRODUÇÃO DE ALIMENTOS DO BRASIL

TEM POTENCIAL PARA CRESCER A produção de alimentos do Brasil tem potencial para crescer 40%, aponta um estudo da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico - OCDE. O trabalho cita o Brasil como principal responsável por ampliar a produção de alimentos no mundo. Esta terá de crescer 20% para atender ao aumento da demanda até 2020, segundo dados da OCDE. Neste estudo o Brasil aparece como o principal responsável por ampliar a sua produção de alimentos até o final dessa década, chegando a um crescimento bem à frente dos EUA (10-15%), China (26%), Rússia (26%) e

Austrália (17%). O País tem as condições para chegar a essa meta, se estiver atento a algumas demandas e tendências mundiais e se construir políticas públicas estratégicas para a área agrícola e agroindustrial de forma institucionalizada. Necessita-se políticas públicas voltadas à renda e a todos os fatores que envolvem o chamado Custo Brasil, e uma política comercial para o País. Afirma-se que 40% das vendas de alimentos no mundo ocorrem por intermédio de acordos bilaterais. O Brasil precisa de uma política comercial mais agressiva. O cenário que favorece o crescimento da produção de alimentos no Brasil, além de sua disponibilidade de terra e água é a sua tecnologia. De 1990 a 2015, a área plantada no Brasil cresceu 53%. No mesmo período, a produção aumentou 260%. No mesmo período, o País aumentou em 458% sua produção de frango, 235% de suíno e 88% a de bovinos. A tecnologia brasileira é notável não só em alimentos, mas também em geração de energia e de fibras. Tudo isso é cultivado em menos de 10% do território total do Brasil. O agronegócio representa 21,4% do PIB nacional (R$ 1,26 trilhão), 30% dos empregos do País e 46% das exportações (US$ 88,2 bilhões). Fonte: OCDE

CONDIÇÕES METEOROLÓGICAS CONDIÇÕES METEOROLÓGICAS OCORRIDAS

NA SEMANA DE 28 DE OUTUBRO A 03 DE NOVEMBRO DE 2016

O período de 28 de outubro a 03 de novembro de 2016 voltou a ser caracterizado pela ocorrência de chuva expressiva sobre grande parte do RS. Entre a sexta (28/10) e o domingo (30/10), a atuação de uma massa de ar seco manteve o tempo firme e característico de primavera, com grande amplitude térmica em todas as regiões. Entre a segunda-feira (31/10) e a terça-feira (01/11), a propagação de um sistema frontal favoreceu a formação de áreas de instabilidade, o que provocou chuva sobre todo território gaúcho, com registros de temporais, queda de granizo e altos volumes acumulados em curto intervalo de tempo. Na quarta-feira (02/11), ainda houve registro de chuva fraca na Metade Norte, porém o ingresso de uma nova massa de ar frio e seco afastou a nebulosidade e favoreceu um declínio das temperaturas em todas as regiões. Na quinta-feira (03/11), o tempo firme, com sol e temperaturas amenas predominou em todo Estado. Nas estações do INMET, os totais mais expressivos

Page 3: N.º 1. 422 LEIA NESTA EDIÇÃO PANORAMA GERAL · Regulamentada pela Lei nº 5.524, de 05 de novembro de , e ais nº 4.560, de 30 de dezembro de 2002, e nº 90922, de 06 de fevereiro

3

foram registrados em Rio Grande (81 mm), Dom Pedrito (84 mm), São Luiz Gonzaga (86 mm), Encruzilhada do Sul (95 mm), Caçapava do Sul (100 mm), São Vicente do Sul (102 mm), Santiago (140 mm) e Alegrete (170 mm). A temperatura mínima da semana ocorreu em Bom Jesus (2,8°C) no dia 29/10 e a máxima foi registrada em São Gabriel (34,9 °C) no dia 31/10. PREVISÃO METEOROLÓGICA PARA SEMANA

DE 04 A 10 DE NOVEMBRO DE 2016 A previsão meteorológica indica a ocorrência de pouca chuva e elevação das temperaturas baixas para o período. Entre a sexta (04/11) e a segunda-feira (07/11), a presença de uma massa de ar seco garantirá o tempo firme, com temperaturas mais amenas durante a noite e com valores mais elevados durante o dia. A partir do sábado (05/11), os valores de temperatura máxima oscilarão entre 28°C e 30°C em grande parte das localidades. Na terça-feira (08/11), o aquecimento diurno poderá provocar pancadas isoladas de chuva, especialmente na Metade Norte. Entre a quarta (09/11) e a quinta-feira (10/11), a passagem de uma nova frente fria provocará chuva em todo Estado, com possibilidade de temporais isolados. Os totais esperados deverão ficar abaixo de 15 mm na Campanha e na Zona Sul, e entre 15 e 30 mm no restante do Estado, com totais próximos entre 35 e 50 mm em alguns municípios da Serra do Nordeste.

Fonte: CEMETRS – INMET/FEPAGRO

GRÃOS

Culturas de verão

Arroz – Apesar das chuvas ocorridas no último período, o plantio da nova safra evoluiu de forma satisfatória, atingindo 68% do total previsto, contra os 64% registrados na semana passada. Apesar do avanço em relação à semana anterior, esta safra segue ainda em pequeno atraso na comparação com os anos anteriores. Nas lavouras já implantadas, as plantas se desenvolvem com problemas devido à pouca luminosidade e pelas temperaturas que têm oscilado bastante. O padrão fitossanitário, por ora, ainda é considerado bom, na maioria dos casos. O preço do arroz em casca, durante a semana, oscilou entre um mínimo de R$ 47,00 e um máximo de R$ 52,00 para a bolsa de 50 quilos. Na média, foi comercializado a R$ 48,87. O preço informado é para pagamento à vista, posto na indústria pelo produtor. O produto é de Tipo 1, com rendimento entre 57% e 60% de grãos inteiros. Milho – O desenvolvimento vegetativo das plantas de milho no geral é considerado muito bom, com boa população de plantas. As chuvas ocorridas e as altas temperaturas aceleraram o crescimento da cultura nos últimos dias. Algumas lavouras estão entrando no período de início de floração, fato que atinge 1%do total de lavouras. As áreas atingidas pelo granizo recuperaram o potencial produtivo em consequência dos fatores climáticos favoráveis após o evento. Os produtores continuam realizando o controle das ervas daninhas e a

Page 4: N.º 1. 422 LEIA NESTA EDIÇÃO PANORAMA GERAL · Regulamentada pela Lei nº 5.524, de 05 de novembro de , e ais nº 4.560, de 30 de dezembro de 2002, e nº 90922, de 06 de fevereiro

4

aplicação da adubação nitrogenada em cobertura. Entre os produtores, as expectativas de produtividade são muito boas. Soja – Com as chuvas ocorridas, a área implantada não avançou nesta semana, pois o solo apresentava elevada umidade, não permitindo operações nas lavouras. Poucos iniciaram a implantação das cultivares precoces, porém a maioria está aguardando o período ideal para plantio. Áreas já implantadas apresentam boa germinação e emergência. Em andamento, a dessecação e o preparo das áreas para o plantio, que será intensificado na semana se as condições climáticas permitirem. No momento a área plantada atinge 9% do total projetado (5,5 milhões de ha). Os preços estão estabilizados; a saca está cotada em R$ 67,31, mantendo os preços para os próximos dias. Esse preço é considerado baixo pelos produtores que realizam pouca comercialização no momento, aguardando melhoria nas cotações. Feijão 1ª safra - A cultura como um todo no Estado se encontra em fases de semeadura, germinação, desenvolvimento e floração. Entre as áreas já instaladas, em algumas ocorre desenvolvimento mais lento nas lavouras, especialmente nas que registraram fortes chuvas e noites frias; mesmo assim, vêm apresentando aspecto e sanidade muito bons. O plantio segue conforme a tradição das regiões produtoras. Na Zona Sul do Estado, em São Lourenço do Sul estão semeados 90% da área prevista com feijão. Em Canguçu, 70% da área estimada já foi implantada e em Pelotas estão semeados 100% da área prevista. No Alto Uruguai, 100% da área foi semeada, sendo que 95% está em desenvolvimento vegetativo e 5% em floração. Nos Campos de Cima da Serra, as lavouras comerciais só serão implantadas em dezembro. O preço médio da saca de 60 kg do feijão preto foi de R$ 213,48, na semana. Painço – Com área de mil hectares com painço em Tucunduva, 1.800 ha em Novo Machado, e com áreas também implantadas em Tuparendi e Horizontina, a região da Fronteira Noroeste lidera a produção deste cereal. O plantio já está concluído, com boa germinação, e o desenvolvimento inicial da cultura foi afetado pela escassez de chuva no período passado, o que atrasou a aplicação da adubação nitrogenada. As primeiras áreas implantadas iniciaram a emissão

das panículas. Com a ocorrência das chuvas atuais, foram concluídas as aplicações de adubação nitrogenada, e as lavouras foram beneficiadas com as chuvas da última semana.

Culturas de inverno Trigo – Nas áreas onde houve queda de granizo, os danos, em casos pontuais, são relevantes e as fortes chuvas do início da semana ocasionaram acamamento em algumas regiões, como do entorno de Ijuí. Nas demais, o período úmido assustou os produtores, mas não comprometeu a cultura. As lavouras que estavam prontas para a colheita no final de semana apresentaram queda de pH, baixando de 82 para 75 ou 76. As áreas em final de maturação não apresentaram baixas significativas. Depoimentos de produtores apontam para produtividades de até 70 sacas/ha em alguns casos. Quando as condições meteorológicas permitem, a colheita avança rapidamente pelo aporte de máquinas dos produtores. No momento, atinge 22% do total plantado. Preço médio de R$ 32,57 para a saca de 60 quilos pagos diretamente ao produtor. Cevada - A cultura encontra-se nas últimas fases do ciclo, ou seja, em enchimento de grãos, maturação, pronta para ser colhida e em início de colheita. O potencial produtivo da cevada está entre 2.500 a 3.500 kg/ha, de qualidade regular. Há muitas áreas de lavouras com grande perda de qualidade do produto final, não passando pelas exigências mínimas para processamento industrial e sendo destinada à alimentação animal. As produtividades das lavouras não foram impactadas tão intensamente como ocorreu em relação à qualidade do grão. Na região Sul foram semeados 960 hectares de cevada cervejeira, com destaque para o município de Piratini que semeou 800 hectares. Nessa região, a cultura está na fase de enchimento dos grãos e maturação, e as últimas precipitações não ocasionaram danos à cultura. Os produtores estão otimistas com a possibilidade de uma boa colheita no Sul do Estado. Em geral, a queda acentuada dos preços está trazendo grande preocupação aos produtores.

Preço balcão no Planalto Médio: R$ 33,00/sc.

Canola - A cultura está na fase final de colheita, com rendimento atual em torno de apenas 12 sacas/ha nessas últimas lavouras colhidas, prejuízos decorridos de queda de granizo, temporais, precipitações abundantes e fortes

Page 5: N.º 1. 422 LEIA NESTA EDIÇÃO PANORAMA GERAL · Regulamentada pela Lei nº 5.524, de 05 de novembro de , e ais nº 4.560, de 30 de dezembro de 2002, e nº 90922, de 06 de fevereiro

5

ventos. As lavouras colhidas antes das chuvas tiveram rendimentos médios de 1.250 kg/ha, chegando algumas perto de duas toneladas por hectare. As chuvas sequenciais e de alto volume provocaram aberturas das síliquas e consequentemente deiscência dos grãos, agravando o problema de perdas na colheita. Os agricultores que adquiriram semente junto a BSBIOS e fizeram contrato de venda estarão recebendo o preço da canola equivalente ao da soja no balcão; os demais, 10% inferior ao da soja. Preço balcão: R$ 67,00/sc.

HORTIGRANJEIROS

Situações Regionais Produção normal com boa oferta e qualidade dos produtos nas regiões das Missões e Fronteira Noroeste. As hortas caseiras estão fartas de produtos, alegrando os produtores. As condições ambientais estão muito favoráveis para culturas como alface, rúcula, beterraba, couve chinesa e repolho, o que causa diminuição dos preços para comercialização. Há sobra na oferta de alface, o que reduziu os preços das folhosas. Muitos produtores estão iniciando a colocação de sombrite nos canteiros. Produtores entregam suas produções no PNAE e PAA. O desenvolvimento das frutíferas no geral é considerado bom. Está surpreendendo a carga de frutos até o momento das culturas de pêssego, ameixa, caqui, uva. Alguns agricultores já iniciaram a colheita do pêssego, com bom rendimento nos pomares em que foram realizadas podas, além de ótimo sabor. As videiras estão em fase de formação do grão (tamanho de um chumbinho), e os produtores estão aplicando fungicidas para controle de antracnose. Melancia e melão com bom desenvolvimento vegetativo. Em Santo Ângelo foi registrada uma redução significativa de área de melão este ano em relação à safra anterior. O moranguinho em colheita, no pico de produção, é vendido de R$ 16,00 a R$ 20,00/kg. Produtores de moranguinho estão tendo grande perda de plantas pelo vermelhão do morango: as folhas das plantas vão ficando avermelhadas e a produção vai reduzindo até a planta morrer. Segundo informativo da Embrapa, até o momento não foi encontrado tratamento para esse problema.

Olerícolas

Pimenta - A cultura está com a semeadura realizada em Turuçu na região Sul, em fase de tratos culturais nas áreas transplantadas. Ainda há

mudas nos canteiros para serem transplantadas. Estão transplantados 90% das mudas para a área definitiva. Bom desenvolvimento da cultura. A comercialização na 4ª Festa Municipal do Morango e da Pimenta/15ª Fepimenta e 15ª Oktoberfemorango que aconteceu em 29 e 30 de outubro em Turuçu foi positiva, com oferta da pimenta in natura, moída e também processada pelas agroindústrias familiares. O preço variou de acordo com o produto, com a pimenta moída comercializada com o valor de R$ 35,00/kg.

Cebola – Na região Serrana, inicia a colheita das lavouras cultivadas com variedades precoces de cebola, apresentando bulbos de calibre, rendimentos satisfatórios e boa sanidade. Embora as condições climáticas dos últimos 15 dias tenham sido pouco favoráveis – com a excessiva umidade do ar e solo, pouca insolação, temperaturas noturnas e matutinas baixas e vento frequente – imprimindo uma sensível retração no desenvolvimento, a cultura se mantém em bom estado geral, principalmente quanto à sanidade das lavouras. Seguem as práticas de tratamentos foliares, controle químico de ervas e adubações de cobertura. O mercado se encontra saturado por produto advindo do centro do País, impactando decisivamente no fluxo comercial e na valoração do bulbo daqui. Esse quadro tem reflexos na procura e nos preços da cebola precoce que está sendo colhida, restringindo consideravelmente os negócios da cebola local. Na região Sul, tradicional produtora deste bulbo, a área está com o transplantio concluído. Confirmou-se a intenção de plantio para a safra, com uma área transplantada de 3.451 hectares e previsão de produção de 82.520 toneladas de cebola. Na semeadura da cebola em Tavares, quem semeou mais tarde obteve um bom rendimento, chegando a um quilo de semente para 0,70 hectares de cebola transplantada, que normalmente rende para no máximo 0,50 hectares. A cultura no geral encontra-se em estágio de desenvolvimento vegetativo e as cultivares superprecoces, em bulbificação. Em Rio Grande, a previsão de colheita é para a primeira quinzena de novembro. Atualmente a cebola comercializada na região vem toda ela de outros estados. Área de plantio de cebola por município do ESREG Pelotas - safra 2016/2017

Page 6: N.º 1. 422 LEIA NESTA EDIÇÃO PANORAMA GERAL · Regulamentada pela Lei nº 5.524, de 05 de novembro de , e ais nº 4.560, de 30 de dezembro de 2002, e nº 90922, de 06 de fevereiro

6

Fonte: Escritório Regional da Emater/RS de Pelotas

Frutícolas

Citros - Chegou ao fim a colheita de frutas cítricas na região do Vale do Caí. A safra que se encerra foi uma das melhores dos últimos anos por conta das boas condições climáticas ocorridas desde a floração até a colheita, que se estendeu do mês de março até o momento. De agora em diante, as frutas disponíveis para comercialização são as que foram estocadas em câmaras frias de citricultores e de comerciantes de frutas cítricas. Neste final de colheita ainda resta colher alguns pomares do tangor Murcott, que é um cruzamento natural de laranja com bergamota, fruta conhecida popularmente como Morgote. O balanço da comercialização de laranjas para suco destinadas às indústrias é muito positivo. Os preços desta safra foram bastante compensadores. Informações do município de Tupandi, que tem a maior área de cultivo de laranjeiras do Vale do Caí, dizem que até o momento já foram comercializadas 210 cargas (16 a 17 toneladas cada) de laranja para suco das variedades Céu, Shamouti, Umbigo e Valência. O valor médio recebido pelos citricultores passou para R$ 9,70/caixa no final de outubro, e atualmente está em R$ 10,50/caixa de 25 quilos.

Concomitante com o encerramento da colheita de 2016, já está em formação a colheita de 2017, sendo que as frutas estão em início de desenvolvimento.

Em relação à lima ácida Tahiti, popular limão da caipirinha, que tem floração e frutificação durante todo o ano, é pequena a oferta de frutas dos pomares do Vale do Caí. O maior produtor nacional, o estado de São Paulo, está na entressafra. Em virtude da baixa oferta desta fruta, os preços pagos ao produtor estão muito elevados, em média R$ 90,00 por caixa de 25 quilos.

Pêssego – Na Serra Gaúcha, vai para o final a colheita de variedades superprecoces, iniciando a de materiais precoces, com frutos de razoável calibre, sabor deficiente por estarem “aguados”, mas com ótima sanidade. Fase final da prática do raleio de frutas das variedades mais tardias e cultivadas em locais de altitude mais elevada. As condições climáticas ultimamente reinantes vêm propiciando um panorama contraditório no desenvolvimento da cultura. Constante umidade, ventos frequentes e, principalmente, baixas temperaturas para a época do ano – até mesmo com formação de geadas no final da semana, por um lado têm travado o enfolhamento das plantas e crescimento dos frutos, além de propiciar o surgimento de fitopatias bacterianas em alguns pomares. Outro fato negativo que incide nas frutas tem sido o efeito causado pelo frio, com danos em diversos pessegueiros, constituídos por queimadura e abortamento de frutas já fixadas. Por outro foco, essas mesmas condições vêm imprimindo a inocorrência de fitopatias fúngicas, como a podridão parda, bem como as duas principais pragas: mosca das frutas e a Grafilita. Parte do mercado encontra certa dificuldade de fluxo, situação decorrida da excessiva precipitação, que deixou os frutos com elevado teor de água, dificultando o armazenamento e transporte a longas distâncias, ou seja, centro do País, como é o caso da produção de alguns municípios. Cotação média para fruta a granel - sem classificação e embalamento, em R$ 1,50/kg; fruta cat. 01 e pronta para comércio, em R$ 3,50/kg. Os pessegueiros estão na fase de plena frutificação e colheita na região Sul. Está-se intensificando a colheita. Seguem os tratamentos fitossanitários nos pessegueiros, objetivando o controle das doenças, principalmente a podridão parda e o ataque da mosca das frutas. Produtores iniciaram as primeiras podas de verão.

CEBOLA Área

(hectares) Produção

(toneladas) Nº de

produtores

São José do Norte

1.600,00 48.000,00 1.100

Tavares 630,00 12.000,00 350

Canguçu 600,00 9.600,00 1.600

Rio Grande

270,00 6.750,00 125

Pelotas 200,00 3.200,00 150

São Lourenço do Sul

45,00 1.125,00 35

Herval 70,00 875,00 3

Morro Redondo

40,00 480,00 27

Turuçu 10,00 250,00 25

Cerrito 10,00 150,00 8

Jaguarão 2,00 40,00 8

Arroio do Padre

2,00 30,00 6

Capão do Leão

2,00 20,00 12

Totais 3.451,00 82.520,00 3.449

Page 7: N.º 1. 422 LEIA NESTA EDIÇÃO PANORAMA GERAL · Regulamentada pela Lei nº 5.524, de 05 de novembro de , e ais nº 4.560, de 30 de dezembro de 2002, e nº 90922, de 06 de fevereiro

7

Seguem as reuniões semanais do Sistema de Alerta com alerta da presença da mosca das frutas no pomar com tendência de aumento populacional da praga. Os produtores estão bastante otimistas com relação à nova safra. As últimas chuvas em bom volume não trouxeram danos, mas auxiliaram a recuperar a umidade do solo. Os fortes ventos que aconteceram na semana que passou ocasionaram perdas estimadas em 5% da produção das cultivares precoces, devido à queda dos frutos maiores. Produtores de pêssego e agroindustriais da região não chegaram a um acordo sobre o preço mínimo para a fruta. As agroindústrias representadas pelo Sindocopel apresentaram proposta de R$ 1,20/kg para a fruta classificada como de primeira e R$ 1,00 para a fruta com classificação de segunda. Produtores de pêssego querem no mínimo R$ 1,40 para o de primeira e R$ 1,15/kg para o de segunda. Nas regiões da Produção e Nordeste do Estado, onde são cultivados 130 ha de pomares de pêssegos, as últimas chuvas não causaram danos à persicultura. Os pêssegos estão com bom desenvolvimento, e os agricultores estão fazendo tratamentos fitossanitários habituais para este período. Espera-se uma safra normal para este ano. Informação: David Canabarro, São José do Ouro e Barracão. Oliveira - Olivais em floração na região da Campanha, e os produtores estão fazendo tratamentos para antracnose na flor e adubação foliar à base de boro e cálcio; em alguns olivais as pétalas já caíram e frutas já estão em formação. Na Zona Sul, a cultura encontra-se na fase de floração. Os escritórios da Emater vêm atendendo solicitações de informações de interessados em implantar olivais nas propriedades.

Comercialização de Hortigranjeiros

Dos 35 principais produtos analisados semanalmente pela Gerência Técnica da Ceasa/RS, no período entre 25 de outubro a 01 de novembro, tivemos 22 produtos estáveis em preços, seis em alta e sete em baixa. Observamos que são analisados como destaques em alta ou em baixa somente os produtos que tiveram variação de 25% para cima ou para baixo. Nenhum produto destacou-se em alta.

Um produto destacou-se em baixa: tomate Caqui longa vida – de R$ 2,75 para R$ 1,75/kg (-

36,36%). O abastecimento de tomates no RS no momento depende quase que totalmente da região Sudeste do Brasil. Nesta região na última semana, a intensa insolação promoveu uma aceleração no aprontamento desta olerícola, inundando o mercado e promovendo a queda nas cotações. Em nossa Ceasa/RS o preço mais comum de atacado nesta terça-feira estabeleceu por volta de R$ 1,75/kg, enquanto a média por dia forte ocorrida nos últimos três anos para novembro foi de R$ 2,80/kg.

CRIAÇÕES Pastagens - As condições climáticas deste período caracterizam-se por temperaturas amenas pela manhã, elevando-se gradativamente ao longo do dia; a umidade se mantém relativamente elevada em pontos isolados. O aumento da luminosidade contribui para o maior desenvolvimento das pastagens, com aumento da taxa de crescimento. Na região de Passo Fundo, o período foi marcado por chuvas de média intensidade, somando 77,4 mm, sendo que o acumulado no mês foi de 370 mm, representando 144% acima da média histórica que é de 152,9 mm. A temperatura oscilou entre 7ºC a 23ºC, com insolação média de 5,8 horas diárias. A temperatura do solo a 5 cm foi de 17,9ºC. As condições ambientais foram desfavoráveis aos principais sistemas de produção animal, principalmente pelo excesso de chuva e pela baixa luminosidade, que reduzem o desempenho zootécnico dos animais. A intensidade das chuvas em algumas regiões, associada à ocorrência de granizo, causou problemas, principalmente nas pastagens anuais implantadas e em fase inicial de desenvolvimento, por atingir as folhas jovens e os pontos de crescimento dessas plantas. Estamos na estação da primavera e ocorre o rebrote nos campos nativos; o desenvolvimento vegetativo da maioria das espécies está aumentando, o que irá proporcionar alimentação de melhor qualidade dessas pastagens para os rebanhos. Em alguns locais, áreas com pastagens cultivadas de azevém continuam sendo utilizadas pelos animais, porém as pastagens estão na fase de produção de sementes e chegando ao final de ciclo. Alguns produtores realizam diferimento de áreas com azevém para garantir a ressemeadura natural para o próximo ano. Após a ocorrência das chuvas na última semana, os produtores deverão intensificar a implantação das pastagens de verão, e o plantio das cultivares

Page 8: N.º 1. 422 LEIA NESTA EDIÇÃO PANORAMA GERAL · Regulamentada pela Lei nº 5.524, de 05 de novembro de , e ais nº 4.560, de 30 de dezembro de 2002, e nº 90922, de 06 de fevereiro

8

de forrageiras deverá se estender pelos próximos meses. As culturas anuais de verão como milheto e capim sudão estão sendo semeadas. Bovinocultura de Corte - Na bovinocultura de corte o período é de parição, com expectativa de altas taxas de natalidade. Até o momento a temporada de nascimentos de terneiros anda ao redor de 60 a 85%. Alguns produtores castram os terneiros em seguida que nascem. É importante manejar o rebanho realizando o dimensionamento da carga animal em função da disponibilidade forrageira, se adequando às condições presentes no momento, tanto para o campo nativo como nas pastagens cultivadas, para garantir melhor desempenho dos animais. Alguns produtores utilizam cercas elétricas para divisão das áreas em potreiros para obter melhor manejo das pastagens, com isso permitindo ampliação da oferta de forragem aos rebanhos. As pastagens cultivadas de verão, como trevo e cornichão de segundo ano ou mais antigas, também contribuem na dieta dos animais. Porém, a previsão de diminuição da precipitação para os próximos meses preocupa os produtores, pois poderá impactar na diminuição de pasto. O estado nutricional do rebanho bovino em geral é satisfatório. Os animais que estão em campo nativo vêm se recuperando e apresentando melhor condição corporal. Produtores vêm planejando o manejo reprodutivo que se aproxima. Em Cacequi e região, produtores preparam os touros para a temporada de entoure, já iniciada em algumas propriedades e outros produtores deram início aos protocolos do IATF (Inseminação Artificial em Tempo Fixo) nos seus rebanhos. Em novembro inicia-se a segunda etapa de vacinação obrigatória do rebanho contra a febre aftosa, sendo que todos os bovinos e bubalinos de até 24 meses de idade deverão ser imunizados neste período. Os produtores realizam cuidados sanitários nos rebanhos e fazem o monitoramento dos animais principalmente para o combate as verminoses, realizando tratamentos estratégicos. Estão sendo iniciados os protocolos de controle preventivo de carrapato, com a aplicação de produtos carrapaticidas, visando reduzir a infestação das áreas de campo; se não controlada nessa época, pode repercutir em dificuldade do controle do carrapato nos próximos meses.

Comercialização Na região de Bagé, gado magro de reposição com preços ainda baixos, devido à grande oferta. Gado gordo também em queda de preço, pelo auge da safra de gado oriundo das pastagens de inverno. Em algumas regiões, os preços do gado gordo têm oscilado muito pouco e os compradores de gado gordo destacam o equilíbrio de oferta. Há expectativa de melhora no preço a partir do próximo mês. Neste período são realizadas as exposições/feiras nos municípios da região, ocasião que os produtores fazem aquisições de reprodutores. Preços praticados à vista (R$/kg vivo)

Produtos Mínimo Máximo Maior

ocorrência

Boi gordo 4,51 5,20 4,80

Vaca gorda 4,00 4,67 4,20

Terneiro 4,80 6,30 5,00

Vaca de invernar

3,70 4,30 3,90

Novilho de invernar

4,70 5,30 4,80

Fonte: Escritório regional da Emater de Bagé.

Na região de Passo Fundo, com o avanço do plantio das culturas de verão, as operações de compra e venda de animais ficam restritas aos sistemas intensivos de produção e confinamento, que atendem parcialmente a demanda local por bovinos para abate, portanto com redução significativa na comercialização dos bovinos de corte. Os preços pagos ao produtor na semana ficaram entre R$ 4,80 e R$ 5,10/kg do boi vivo e entre R$ 3,75 e R$ 4,50/kg vivo para vaca descarte. Na região de Pelotas, houve aumento da oferta de bovinos para a venda, com a desocupação das áreas destinadas ao cultivo da soja. O mercado do gado gordo melhorou um pouco, mas o gado magro continua em baixa pela dificuldade de encontrar campo para recria e terminação. Início dos remates de touros. Preços praticados à vista: boi gordo entre R$ 4,50 e 5,00/kg vivo; vaca gorda entre R$ 4,00 a R$ 6,00/kg vivo e terneiro entre R$ 5,00 e R$ 6,00/kg vivo. Na região Centro-Sul (Butiá, São Jerônimo, Arroio dos Ratos, Minas do Leão), o preço se mantém até o final do mês. Muita oferta de gado gordo saindo das pastagens para o plantio de soja. Preços praticados à vista: boi gordo entre R$ 5,10 e R$ 5,50/kg vivo; vaca gorda entre R$ 4,60 e R$ 5,00/kg vivo e terneiro entre R$ 5,30 e R$ 6,00/kg vivo.

Page 9: N.º 1. 422 LEIA NESTA EDIÇÃO PANORAMA GERAL · Regulamentada pela Lei nº 5.524, de 05 de novembro de , e ais nº 4.560, de 30 de dezembro de 2002, e nº 90922, de 06 de fevereiro

9

No Litoral Médio (Mostardas, Palmares do Sul, Capivari do Sul), houve pouca alteração de preços ao produtor. Terneiros e vacas para engorda permanecem com preço baixo devido ao aumento da oferta e à redução da área de pastagem, por causa da implantação de lavouras de verão. Acredita-se que com a melhora do campo a partir do final deste mês, deverão recuperar o preço. Preços praticados com prazos de pagamento de 30 dias

Categoria Unidade Preço (R$)

Boi gordo kg vivo 5,20 a 5,30

Vaca gorda kg vivo 4,60 a 4,70

Vaca de invernar

cabeça 1.050,00 a 1.200,00

Vaca com cria ao pé

cabeça 1.600,00 a 1.750,00

Terneiro cabeça 600,00 Fonte: Escritório regional da Emater de Porto Alegre

Obs.: o preço da vaca para invernar, novilha e terneiro apresenta grande variação dependendo da qualidade genética do animal (Ex.: a vaca vazia pode variar de R$ 1.000,00 a 1.450,00 por cabeça). Na região de Santa Maria, continua a mesma a situação de comercialização e preços praticados no mercado do boi gordo e mesmo de gado de cria e terneiros: preços baixos, pouca comercialização e muita oferta por causa do gado que saiu das pastagens de azevém e aveia para dar lugar ao plantio da nova safra de soja. O preço médio do boi gordo praticado foi de R$ 4,89/kg vivo e o da vaca gorda a R$ 4,33/kg vivo, mantendo-se estáveis por mais uma semana. Na região de Santa Rosa, os preços de comercialização apresentam leve queda, principalmente de venda para frigoríficos, o que provoca desestímulo nos produtores e retração para fazerem melhorias na atividade. Preços pagos aos pecuaristas

Produto Unidade Preço (R$)

Terneira kg vivo 4,80 a 5,10

Novilha 2 anos kg vivo 4,80

Novilha 3 anos kg vivo 4,50 a 4,60

Novilho 2 anos kg vivo 4,80 a 5,00

Novilho 3 anos kg vivo 4,70 a 4,80

Boi gordo kg vivo 4,60 a 5,00

Vaca magra kg vivo 3,70 a 3,80

Vaca gorda kg vivo 4,20 a 4,50

Vaca com cria cabeça 2.100,00 a 2.200,00

Vaca prenha kg vivo 4,80 a 5,00

Reprodutor registrado

cabeça 6.500,00 a 7.500,00

Touro descarte kg vivo 4,00 Fonte: Escritório regional da Emater de Santa Rosa

Na região de Soledade, as áreas de pastejo com azevém e aveia estão sendo dessecadas para semeadura de soja e milho, aumentando a oferta de boi gordo e mantendo a estabilidade nos preços praticados na região. Bovinocultura de leite - O frio extemporâneo e as altas precipitações pluviométricas da semana desaceleraram um pouco o desenvolvimento das forrageiras, prejudicando o pastoreio e obrigando os produtores a confinarem suas vacas. A chuva em excesso provocou alagamento de áreas mais baixas; outra preocupação foi a grande incidência de raios, que sempre aumenta o risco de perdas de animais no campo. Em função das condições das pastagens, o rebanho leiteiro de maneira geral apresenta boas condições nutricionais e sanitárias, proporcionando acréscimo na produção. As pastagens de inverno de aveia e azevém estão em final de ciclo e ofertando os últimos pastoreios; associados às pastagens de trevos e cornichão, conseguiram manter o estado corporal dos animais e evitar queda na produção. Os produtores que estão utilizando o sistema de piqueteamento conseguem melhor aproveitamento das forrageiras. Além das pastagens, para alimentar os animais os produtores estão utilizando silagem, feno, grãos, farelos e ração. O produtor deve estar atento aos custos de produção do leite, pois esse é o período de maior oferta, com redução do preço pago, mas sem retração significativa nos custos de produção, principalmente do alimento concentrado. Os produtores com sistemas à base de pasto que têm planejamento forrageiro conseguem manter alta a produtividade no período e com baixo custo, praticamente eliminando o vazio forrageiro de primavera. As chuvas também proporcionaram o bom rebrote das forrageiras perenes de verão como o Tifton e jiggs, potencializando uma boa oferta de forragem; em muitas propriedades, já está sendo pastejada. Além disso, com o excedente de pasto alguns produtores visam produzir feno para comercialização, obtendo assim outra fonte de renda. Pastagens anuais de verão, como aveia de verão, sorgo e milheto, estão com desenvolvimento inicial lento e atraso geral na implantação. A chuva

Page 10: N.º 1. 422 LEIA NESTA EDIÇÃO PANORAMA GERAL · Regulamentada pela Lei nº 5.524, de 05 de novembro de , e ais nº 4.560, de 30 de dezembro de 2002, e nº 90922, de 06 de fevereiro

10

ocorrida na semana anterior deverá possibilitar o plantio de milho para silagem nos próximos dias. Aproveitando a boa umidade do solo, os agricultores vêm realizando adubações de cobertura nas pastagens de verão (tanto nas perenes como nas anuais) que já vêm sendo pastoreadas.

Comercialização Na região de Bagé, a produção de leite ainda está dentro das expectativas para o período. Entre produtores que têm uma boa produção e também qualidade, o preço do leite tem sido fator de estímulo nesse setor. No entanto já se nota pequeno aumento da oferta e diminuição do preço do leite. Preço médio de R$ 1,30/L. Na região de Caxias do Sul, o preço caiu e os produtores estão preocupados com as margens de lucro muito pequenas, em função do elevado custo de produção. O preço do leite ficou entre R$ 1,15 e R$ 1,50/L, dependendo do bônus por quantidade e qualidade. Na região de Erechim, os preços do litro de leite continuam em queda e variaram de R$ 0,80 a R$ 1,70/L, com média de R$ 1,20/L. Na região de Ijuí, preço médio R$ 1,38/L. Na região de Pelotas, a produção está boa, mas se avizinha uma queda no preço do leite que tem sido muito comentada pelos produtores, embora não confirmada pelas empresas que atuam na região, pois os insumos para atividade continuam com preços altos e não há previsão de queda. Também preocupam os atrasos de pagamento pelas indústrias. O preço pago ao produtor está variando entre R$ 0,85 e R$ 1,60/L. Na região de Porto Alegre, o preço do leite teve uma queda significativa em relação há três meses, e a tendência é de diminuir ainda mais o valor pago ao produtor. O produto é comercializado em média a R$ 1,05/L. Na região de Santa Maria, o preço médio nesta semana teve uma pequena queda de cinco centavos, ficando em R$ 1,15/L, sendo a quarta semana seguida com pequena variação para baixo. Na região de Santa Rosa, os preços estão baixando pelo segundo mês consecutivo, causando apreensão nos produtores. Ovinocultura Período final de nascimento de cordeiros, com os devidos cuidados com os rebanhos de cria; período de lactação das ovelhas. Em Santa Vitória do Palmar, terminou a fase de nascimento de cordeiros e o índice de assinalação foi considerado satisfatório.

A chuva ocorrida foi importante para o desenvolvimento e a implantação de pastagens de verão. Porém, as previsões de baixa precipitação preocupam os produtores, pois poderá diminuir a disponibilidade de pasto para os animais. Clima ainda foi favorável em geral ao rebanho ovino. Prosseguem os trabalhos de manejo com cordeiros nascidos; também estão redobrando os cuidados em algumas propriedades da região onde ocorrem relatos de ataque de javalis, graxains, caranchos e outros predadores. Também é época de castração e assinalação dos nascidos. O estado corporal e sanitário do rebanho é bom; os produtores realizam cuidados especiais com os animais, fazendo a revisão diária dos rebanhos neste período, principalmente para evitar mortalidade nos cordeiros recém-nascidos e em desenvolvimento. Os cordeiros nascidos mais no cedo (até agosto) apresentam bom desenvolvimento. Chuvas regulares, boa radiação solar e temperaturas em elevação favorecem o desenvolvimento de pastagens, tanto as de inverno tardias (azevém tetraploide) como os campos nativos. Com as condições climáticas favoráveis, a oferta de volumoso aumentou e o rebanho ganha peso. Em alguns locais os produtores estão disponibilizando pastagens cultivadas consorciadas de trevos, cornichão e campo nativo para o rebanho de ovelhas e cordeiros. Os produtores realizam cuidados especiais no controle das miíases, hemoncoses. Os problemas de verminose são percebidos em todas as categorias do rebanho, inclusive cordeiros e borregos, com relatos de algumas mortes; porém os produtores estão atentos ao controle da verminose ovina. Também há relatos da ocorrência de podridão do casco em alguns rebanhos. Nos casos de propriedades onde há problemas com a verminose, o controle vem sendo realizado a realização alternada do método Famacha e com a utilização adequada de princípios ativos de vermífugos, permitindo segurança de uso devido aos exames de OPGs realizados pelos laboratórios parceiros. Comercialização Na região de Bagé, embora os preços do cordeiro estejam atrativos, a comercialização ainda não está aquecida. Os produtores já estão planejando o manejo para a preparação dos lotes de cordeiros para terminação no final de ano. As negociações ainda estão direcionadas aos borregos até dois dentes e ovelhas de descarte. Em vários

Page 11: N.º 1. 422 LEIA NESTA EDIÇÃO PANORAMA GERAL · Regulamentada pela Lei nº 5.524, de 05 de novembro de , e ais nº 4.560, de 30 de dezembro de 2002, e nº 90922, de 06 de fevereiro

11

municípios da região ocorre o trabalho de inscrição e identificação das ovelhas, com coletas de amostras da lã nas propriedades dos produtores que aderiram ao Programa de Desenvolvimento e Qualificação da Ovinocultura. Em alguns locais ocorre o início da tosquia: em Uruguaiana, a esquila está em andamento, e o preço cobrado pelos donos de máquinas está em torno de R$ 3,00 por ovelha; em Manuel Viana, a esquila a martelo está sendo realizada ao preço de R$ 5,00 a R$ 6,00 por ovelha; foi iniciada a comercialização de lã para barracas da região; em Rosário do Sul, em desenvolvimento a esquila e comercialização da lã. Para a esquila a martelo, os preços variam de R$ 4,50 a R$ 6,00/ovino; com máquina, em torno de R$ 6,00/ovino, ambos com lã embolsada; só para tosa, fica em R$ 4,50/ovino. A indústria de lã abriu a safra com preços menores que os do ano passado. Preços ofertados aos ovinocultores

Produtos Unidade Preços de maior ocorrência (R$)

Capão kg vivo 5,00

Cordeiro kg vivo 5,50

Ovelha de cria cabeça 250,00

Ovelha consumo cabeça 200,00

Lã cruza I especial

kg 9,00

Merina kg R$ 16,50

Amerinada kg R$ 15,50 Fonte: Escritório regional da Emater de Bagé.

Na região de Pelotas, a Cooperativa de Lãs Mauá Ltda. de Jaguarão já está recebendo lã desta safra. Animais são preparados para as expofeiras da região e há procura por animais para abate. Nos açougues, o preço da carne ovina se manteve entre R$ 19,50 a R$ 21,00/kg. Preços ofertados aos ovinocultores

Fonte: Escritório regional da Emater de Pelotas.

Na região de Santa Maria, o preço do cordeiro está cotado a R$ 5,67/kg vivo. Em Cacequi, grande parte do rebanho já foi esquilado. O preço da lã das raças Merino e Ideal chegou a R$ 17,00/kg; a lã da raça Corriedale variou de R$ 8,00 a R$ 10,00/kg e o das raças carniceiras se manteve entre R$ 4,00 e R$ 5,00/kg. O preço por cabeça pelo serviço de esquila variou de R$ 5,00 a R$ 6,00/ovino. Na região de Santa Rosa, continua o período de tosquia e seleção de matrizes, pois o início do encarneiramento (reprodução) para a raça tipo “laneira” está previsto para novembro. A tosquia a nível regional ainda é feita “a martelo”, absorvendo aproximadamente 80% do rebanho; 20% já utilizam serviços mecanizados. O preço para serviço de tosquia está em R$ 6,00 por cabeça. Alerta quanto ao comportamento dos animais, devido à incidência de sarna e piolho na época de realização da tosquia, sendo necessários cuidados quanto à desinfecção dos materiais de trabalho. Preços: capão R$ 5,30/kg vivo, ovelha R$ 4,80/kg vivo, cordeiro R$ 5,70/kg vivo. Na região de Soledade, em algumas propriedades os ovinocultores iniciaram a esquila do rebanho. Há pouca oferta de animais para abate, pois nesta época os produtores preferem esquilar seus animais para depois comercializá-los. A lã está sem cotação. Suinocultura - Na região de Erechim, os produtores estão descontentes com o retorno econômico da atividade; porém com a aproximação do final de ano, há perspectivas de melhora. Não há alteração quanto ao alojamento de matrizes e animais para abate. O alto custo de produção e a escassez do milho têm preocupado os produtores independentes. O valor dos insumos tem acentuado as dificuldades quanto ao retorno econômico da atividade. Na região de Santa Rosa, produtores estão preocupados com o atraso do pagamento dos suinocultores/terminadores pelas integradoras da região. De acordo com a pesquisa ACSURS, ao contrário das últimas seis semanas, quando o preço médio pago pelo quilo do suíno vivo ao produtor gaúcho manteve-se estável, neste último 31 de outubro a pesquisa apontou o valor de R$ 3,85/kg vivo ao suinocultor independente, uma queda de R$ 0,07 no preço. O mesmo aconteceu com o milho e o farelo de soja. O milho ficou em R$ 41,75 (anterior R$ 42,25) para a saca de 60 quilos, e o farelo de soja ficou em R$ 1.065,00 no pagamento à vista (anterior R$ 1.100,00) e em R$ 1.080,00 no

Produto Mínimo (R$/kg)

Máximo (R$/kg)

Ovelha 5,00 6,00

Cordeiro 5,80 6,50

Capão 5,00 6,00

Lã Merina 16,00 17,00

Lã Ideal (Prima A) 14,00 14,85

Lã Corriedale (Cruza I)

10,00 10,50

Lã Corriedale (Cruza II)

9,00 9,50

Page 12: N.º 1. 422 LEIA NESTA EDIÇÃO PANORAMA GERAL · Regulamentada pela Lei nº 5.524, de 05 de novembro de , e ais nº 4.560, de 30 de dezembro de 2002, e nº 90922, de 06 de fevereiro

12

pagamento com 30 dias de prazo (anterior R$ 1.120,00). O preço médio do suíno agroindustrial (integrado) (kg vivo) permanece estável, em R$ 2,96. As agroindústrias e cooperativas apresentaram as seguintes cotações: Cotrel R$ 3,00; Cosuel/Dália Alimentos R$ 3,06; Cotrijui R$ 3,03; Cooperativa Languiru R$ 2,90; Cooperativa Majestade R$ 2,90; Ouro do Sul R$ 3,20; Alibem, BRF, JBS e Pamplona: R$ 2,90. Piscicultura e pesca artesanal Na região de Erechim, o frio da semana reduziu a taxa de crescimento dos peixes. As carpas estão sendo comercializadas vivas, em feiras, em média a R$ 8,00/kg. A semana foi extremamente chuvosa, o que favorece a oxigenação da água, mas, por outro lado, dificulta a proliferação de algas, reduzindo a oferta de alimento aos peixes filtradores. Os criadores estão fazendo reservas de alevinos para povoamento dos tanques e planejando o próximo ano. Na região de Pelotas, finalizado o período de defeso na Lagoa dos Patos; pesca do bagre segue proibida. Em Tavares, ventos começam a favorecer a pesca da tainha na Lagoa dos Patos. Em Pelotas, pescadores estão esperando a safra de camarão. No dia 15 do mês passado, ocorreu o primeiro evento da comunidade, na sede da colônia Z-3, com atividades de esporte e lazer para os jovens. Pescadores ainda não estão pescando por causa do medo de pegar bagre; se flagrado com este peixe, será multado com valor em torno de R$ 5.000.00. A Furg vai apresentar o estudo realizado sobre as espécies de bagre. Em São José do Norte, foi aberta para pescadores artesanais a captura da tainha e corvina na Lagoa dos Patos. Na Lagoa Mirim a captura de peixes é boa pelo alto nível das águas, com produção normal e preços estáveis. Preços pagos ao pescado da região

Espécie Mínimo (R$/kg)

Máximo (R$/kg)

Corvina 2,50 -

Jundiá 0,80 1,80

Peixe-rei 1,50 3,20

Pintado 0,80 1,50

Traíra 2,80 3,70

Obs.: sem cotação - camarão descascado, tainha, linguado e bagre. Fonte: Escritório regional da Emater de Pelotas.

Na região de Porto Alegre, os piscicultores produtores de tilápia estão otimistas, pois a criação é beneficiada com as altas temperaturas, consumindo mais alimento e aumentando sua conversão alimentar. Desse modo, o produtor consegue que sua criação adquira peso rápido e com bom valor de mercado. Carpas também começando a aumentar seu metabolismo. Apesar da ocorrência de precipitação, não houve relatos de perdas de peixes. Preços pagos aos piscicultores da região

Espécie/produto Mínimo (R$/kg)

Máximo (R$/kg)

Carpa Cab. Grande (feira - vivo)

10,00 13,00

Carpa Cabeça Grande (vivo)

5,50 6,50

Carpa Capim (feira - vivo)

10,00 13,00

Carpa Capim (vivo) 5,50 6,50

Carpa Húngara (feira - vivo)

10,00 13,00

Carpa Húngara (vivo) 5,50 6,50

Carpa Prateada (feira - vivo)

10,00 13,00

Carpa Prateada (vivo) 5,50 6,50

Carpas em geral (eviscerada)

11,00 13,00

Carpas em geral (postas)

18,00 22,00

Tilápia (filé) 25,00 30,00

Tilápia (vivo) 5,50 7,00 Fonte: Escritório regional da Emater de Porto Alegre.

No litoral Norte, a pesca artesanal sofreu com fortes rajadas de vento e mar agitado devido ao ciclone ocorrido no oceano. As ondas chegaram a cinco metros de altura. Em Cidreira, as ondas quase atravessavam a plataforma de pesca. Houve grandes estragos principalmente na orla. Nos dias antecedentes ao evento climático, os pescadores já haviam retirado as redes do mar e aguardavam a tempestade. Foram quatro dias sem poder pescar. Muitos dos pescadores foram para as lagoas tentarem o sustento. Atendendo o plano socioassistencial planejado para os municípios de Balneário Pinhal e Cidreira, foi realizado em 28 de outubro, um dia de campo em pesca. A reunião aconteceu na Câmara de Vereadores de Cidreira com a participação de 70 pescadores dos dois municípios.

Page 13: N.º 1. 422 LEIA NESTA EDIÇÃO PANORAMA GERAL · Regulamentada pela Lei nº 5.524, de 05 de novembro de , e ais nº 4.560, de 30 de dezembro de 2002, e nº 90922, de 06 de fevereiro

13

Preços pagos aos piscicultores do município de Torres

Produção Preço Produção

Anchova R$ 12,80

média produção

Bagre (filé) R$ 9,00

boa produção

Filé de Tilápia R$ 20,00

baixa produção

Linguado (filé) R$ 24,80

baixa produção

Pampo R$ 8,50

baixa produção

Papa-terra R$ 11,40

boa produção

Peixe-anjo (filé) R$ 14,30

pouca produção

Peixe-rei R$ 10,00

baixa produção

Pescada (filé) R$ 12,50

boa produção

Sardinha R$ 9,00

boa produção

Tainha R$ 10,60

boa produção

Tilápia eviscerada R$ 8,00

baixa produção

Tilápia viva R$ 5,00

Baixa Produção

Obs.: espécies com pesca proibida - Cação, Cação Viola, Arraia e Garoupa. Fonte: Escritório regional da Emater de Porto Alegre.

Na região de Santa Rosa, está em andamento o manejo dos açudes. Os criadores voltaram a repovoar os açudes com alevinos. O nível dos açudes é bom devido à chuva nas últimas semanas. Quanto à pesca artesanal na região, inicia a piracema no Rio Uruguai, período em que os peixes sobem para a cabeceira dos rios para realizar sua reprodução e durante o qual os pescadores artesanais podem pescar apenas para seu consumo. Apicultura - A atividade está com uma previsão positiva neste ano; os enxames mostram bom desenvolvimento com a floração das matas, campos nativos e demais culturas. O aumento das temperaturas e da luminosidade tem intensificado a atividade das colmeias. Apicultores intensificam as capturas de enxames, a instalação de caixas e colocação de sobrecaixas nos apiários. A revisão dos enxames e a troca dos quadros de cera são outros manejos realizados para produzir abelhas operárias de maior porte e capacidade produtiva.

Alguns apicultores estão fazendo migração das colmeias para eucaliptos em floração. A semana foi relativamente fria e com alta precipitação pluviométrica, o que dificultou o trabalho das abelhas. Na região de Santa Rosa, orientação sobre revisão de colmeias e preparo para produção de mel safra 2016/2017, colocação de lâmina alveolada e campanha para diminuir os impactos dos agroquímicos nas abelhas. A Associação de Cândido Godoy de Apicultores (AGA) relata que teve início a primeira colheita após o inverno, com produção regular. A presença de enxames novos tem motivado o setor. Produtores de São Luiz Gonzaga estão satisfeitos com a produção do momento, o que significa 10 quilos por melgueira. Na região de Soledade, o período seco ocorrido em final de setembro e início de outubro foi favorável à apicultura. Continua a “enxameação” e produtores capturam os enxames. Esta prática é importante para manutenção dos apiários. Com as floradas mais abundantes, as abelhas intensificam as atividades e já há produção de mel na região do Vale do Rio Pardo, em apiários bem manejados (alimentação no período de inverno e manejo da colmeia no início da primavera). Comercialização Os preços praticados até o momento sofreram elevação devido à baixa oferta de produto na safra passada, em decorrência do excesso de chuvas dos últimos dois anos. Há boa procura de mel, porém a disponibilidade ainda é pequena. Preços pagos aos apicultores

Região Mínimo (R$/kg)

Máximo (R$/kg)

Bagé (embalado) 18,00 20,00

Erechim 16,00 20,00

Pelotas (a granel) 8,00 12,00

Pelotas (embalado) 15,00 25,00

Porto Alegre 12,00 24,00

Santa Maria 10,00 22,00

Santa Rosa 17,00 20,00 Fonte: Regionais da Emater/RS

Page 14: N.º 1. 422 LEIA NESTA EDIÇÃO PANORAMA GERAL · Regulamentada pela Lei nº 5.524, de 05 de novembro de , e ais nº 4.560, de 30 de dezembro de 2002, e nº 90922, de 06 de fevereiro

ANÁLISE DOS PREÇOS SEMANAIS RECEBIDOS PELOS PRODUTORES

COMPARAÇÃO ENTRE OS PREÇOS DA SEMANA E PREÇOS ANTERIORES

Fonte: Elaboração: EMATER/RS-ASCAR. Gerência de Planejamento / Núcleo de Informações e Análises (NIA). Índice de correção: IGP-DI (FGV).

NOTA: Semana Atual, Semana Anterior e Mês Anterior são preços correntes. Ano Anterior e Médias dos Valores da Série Histórica , são valores corrigidos. Média Geral é a média dos preços mensais do quinquênio 2011-2015 corrigidos. A última coluna é a média, para o mês indicado, dos preços mensais, corrigidos, da série histórica 2011-2015.

Produtos Unidade Semana Atual

Semana Anterior

Mês Anterior Ano Anterior Médias dos Valores da Série

Histórica – 2011/2015

03/11/2016 27/10/2016 06/10/2016 05/11/2015 GERAL NOVEMBRO

Arroz em Casca 50 kg 48,87 48,85 49,17 43,99 37,03 39,42

Feijão 60 kg 213,48 213,26 215,68 125,78 140,65 138,04

Milho 60 kg 40,24 40,51 40,86 31,07 29,08 29,51

Soja 60 kg 67,31 67,01 69,20 84,54 67,26 70,03

Sorgo Granífero 60 kg 38,65 38,55 39,63 24,61 24,42 24,69

Trigo 60 kg 32,57 33,00 34,80 37,04 33,54 34,30

Boi para Abate kg vivo 4,88 4,86 4,80 5,44 4,43 4,32

Vaca para Abate kg vivo 4,40 4,36 4,32 4,80 3,98 3,88

Cordeiro para Abate kg vivo 5,72 5,72 5,69 5,70 4,87 5,00

Suíno Tipo Carne kg vivo 3,38 3,37 3,33 3,51 3,35 3,53

Leite (valor liquido recebido) litro 1,18 1,23 1,32 0,96 0,91 0,93

31/10-04/11 24/10-28/10 03/10-07/10 02/11-06/11 - -