33
Revista Digital de Podologia Revista Digital de Podologia Gratuita - Em Português Gratuita - Em Português N° 32 - Junho 2010 27 e 28 Junho Curitiba - PR Brasil

N° 32 - Junho 2010 - revistapodologia.com Digital Gratuita... · freqüência se converte no reforço constante ... cação diabetologica e de vital importância para o ... Quinta

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: N° 32 - Junho 2010 - revistapodologia.com Digital Gratuita... · freqüência se converte no reforço constante ... cação diabetologica e de vital importância para o ... Quinta

Revista Digital de PodologiaRevista Digital de PodologiaG r a t u i t a - E m P o r t u g u ê sG r a t u i t a - E m P o r t u g u ê s

N° 32 - Junho 2010

27 e 28 JunhoCuritiba - PR

Brasil

Page 2: N° 32 - Junho 2010 - revistapodologia.com Digital Gratuita... · freqüência se converte no reforço constante ... cação diabetologica e de vital importância para o ... Quinta
Page 3: N° 32 - Junho 2010 - revistapodologia.com Digital Gratuita... · freqüência se converte no reforço constante ... cação diabetologica e de vital importância para o ... Quinta
Page 4: N° 32 - Junho 2010 - revistapodologia.com Digital Gratuita... · freqüência se converte no reforço constante ... cação diabetologica e de vital importância para o ... Quinta

www.revistapodologia.com 4

Rev ista podo log ia . c om n ° 3 2 Ju n h o 2 0 1 0

Diretor c ientíficoPodólogo Israel de Toledo

Diretor comercial: Sr. Alberto Grillo

Colaboradores de esta edição:

Dr. Podólogo Andre Ferreira. Portugal.Podólogo Israel de Toledo. Brasil.Podologa Miriam Mesa Rosales. CubaDr. Alberto Quirantes Hernández. CubaDr. Jorge Jiménez Armada.CubaDr. Vladimir Curbelo Serrano.CubaDr. Leonel López Granja.CubaDr. Alberto Quirantes Moreno.Cuba

Mercobeauty Imp e Exp de Produtos de Beleza Ltda.Novo tel: #55 19 3365-1586 - Campinas - San Pablo - Brasil.

www.revistapodologia.com - [email protected]

La Editorial no asume ninguna responsabilidad por el contenido de los avisos publicitarios que integran la presente edición, no solamente por eltexto o expresiones de los mismos, sino también por los resultados que se obtengan en el uso de los productos o servicios publicitados. Lasideas y/u opiniones vertidas en las colaboraciones firmadas no reflejan necesariamente la opinión de la dirección, que son exclusiva responsabi-lidad de los autores y que se extiende a cualquier imagen (fotos, gráficos, esquemas, tablas, radiografías, etc.) que de cualquier tipo ilustre lasmismas, aún cuando se indique la fuente de origen. Se prohíbe la reproducción total o parcial del material con tenido en esta revista, salvomediante autorización escrita de la Editorial. Todos los derechos reservados.

ÍNDICE

Pag.

5 - Diabéticos Cegos: Educação Diabetológica em Braile.

6 - Diabetes Mellitus. Folheto Educativo como Aporte para a Prevenção.

12 - Diferenças entre Nevo e Meloma.

Método de Diagnóstico Precoce Mediante Dermatocoscopia.

25 - Palmilhas Ortopédicas no Tratamentode Úlceras em Pés Diabéticos

Page 5: N° 32 - Junho 2010 - revistapodologia.com Digital Gratuita... · freqüência se converte no reforço constante ... cação diabetologica e de vital importância para o ... Quinta

www.revistapodologia.com 5

Finalizado, a sexta-feira 21 de Maio, ANGIO-CARIBE 2010, celebrado no Palácio dasConvecções, incluiu o II Simpósio Internacionalde Angiopatia Diabética. Em uma de suas con-ferencias magistrais foi apresentado o tema“Diabéticos Cegos: Educação Diabetológica emBraille” pelo professor Alberto QuirantesHernandez, Professor Consultor e Chefe doServiço de Endocrinologia do Hospital Docente“Dr. Salvador Allende” do município Cerro daCidade de Havana - Cuba.

Trabalho realizado com a colaboração daAssociação Nacional de Cegos de Cuba (ANCI) eo Projeto Palomas, também participaram o Dr.Leonel López Granja, o Dr. Alberto QuirantesMoreno, a Lic. Miriam Mesa Rosales, a documen-tarista cubana Lizette Vila Espina e pela ANCIRaúl Martínez Correa.

Tendo em conta que a diabetes mellitus é adoença que mais cegos gera no mundo, umaequipe multidisciplinar desse centro dirigido peloprofessor Quirantes e em coordenação com aAssociação Nacional de Cegos (ANCI) e o ProjetoPalomas levaram ao sistema Braille o conteúdode um livro educativo intitulado “As 7 Leis doÊxito do paciente Diabético”. De elevada quali-dade docente e derivado de uma investigaçãorealizada no município Cerro por este grupo, foiapoiada por um comitê de experts como umainvestigação ramal oficial do Ministério da Saúdepublica onde se demonstra nos resultados suaefetividade para diminuir a mortalidade, as com-plicações e os custos desta doença.

Por tudo o anterior, o Comitê de Direção daANCI decidiu a reprodução desta mensagemeducativa para diabéticos ao sistema Braille e jáse fez realidade sua distribuição massiva nas139 bibliotecas e áreas especiais para cegos emtodo território nacional.

Ao calcular a redução do gasto em relação aoscustos diretos no nível de todo o pais e tendo emconta o baixo preço do livro diabetológico emBraille, se deduziu que por cada mil cegos dia-béticos deixados de ingressar ao seguir os con-selhos da mensagem educativa contido nestelivro, seriam economizados $ 309,220 (pesoscubanos) anuais.

Considerando a utilidade deste manual emrelação a educação diabetológica, primeiro mate-rial diabetológico educativo editado em Cubapara diabéticos cegos, foi oferecida sua dis-tribuição gratuita a todos os países e associ-ações de cegos no nível mundial que o solicitem.

Dr. Alberto Quirantes HernándezProfesor de Medicina y Jefe del Servicio de

EndocrinologíaE.mail: [email protected]

Lic. Miriam Mesa RosalesLicenciada en PodologíaProfesora de Área Práctica en el Servicio de

EndocrinologíaE.mail: [email protected]

HOSPITAL DOCENTE “DR. SALVADOR ALLENDE”CIUDAD DE LA HABANA – CUBA

Diabéticos Cegos: Educação Diabetológica em Braile.

Podologa Lic. Miriam Mesa Rosales. Cuba.

O Dr. Alberto QuirantesHernández apresentado o temana ANGIOCAERIBE 2010.

Cegos de ANCI imprimindoe estudando o plegaveldiabetológico educativo emBraile

Page 6: N° 32 - Junho 2010 - revistapodologia.com Digital Gratuita... · freqüência se converte no reforço constante ... cação diabetologica e de vital importância para o ... Quinta

www.revistapodologia.com 6

Resumo

Considerando que a educação diabetologica é abase fundamental para prever nos pacientes dia-béticos as complicações, a mortalidade e os cus-tos que puderam derivar-se dessa doença, decidi-mos tomar de uma investigação ramal oficial doMinistério da Saúde Publica o código de condutapara os pacientes diabéticos desenvolvidos pelosautores dessa investigação e imprimi-la em umfolder, veiculo idôneo por seu baixo custo e afacilidade de sua distribuição, para que fosse dis-tribuído de forma massiva entre os diabéticos detodos os níveis de saúde como ferramenta educa-tiva.

Este código de conduta foi chamado ''As 7 leisdo Êxito do Paciente Diabético'' e constitui umamensagem compacta e fácil que ao repeti-lo comfreqüência se converte no reforço constantedessa plataforma educativa que exorta aos dia-béticos, de forma razoável e bem argumentada,a que atuem de determinado modo para eliminarda maneira mais completa possível os fatores derisco que favorecem a aparição das compli-cações, muitas delas graves e mortais, derivadasde sua doença, tendo em conta, ademais, queapóia de forma importante a educação populardiabetologica desses pacientes e de seus famil-iares. Outros paises também se podem benefi-ciar deste folder já que tem a vantagem de suafácil distribuição através do formato digital.

Introdução

Ao finalizar o ano 2005, segundo dados oficiaisdo Ministério da Saúde Publica, existiam emCuba 356,850 diabéticos.

Se por cada diabético conhecido pude-se exis-

tir ao menos duas pessoas vinculadas aopaciente por rações de parentesco e convivência,se pode pensar que em nosso país tem mais deum milhão de pessoas relacionadas com a dia-betes mellitus, direta ou indiretamente, em umapopulação de 11,257,105 habitantes.

A diabetes mellitus é em muitos paises o prin-cipal problema de saúde e esta alcançando pro-porções epidêmicas (1). A Organização Mundialda Saúde ressalta a importância de essesdoentes logrem um maior grau de autocuidado ede qualidade de vida (2).

O objetivo deste trabalho e desenhar um foldereducativo, sumamente fácil e econômico, comum conteúdo de elevado nível cientifico epedagógico, que permite a educação diabetolog-ica integral do paciente, dos seus familiares e dopessoal da saúde relacionado com a doença,para diminuir a mortalidade, as complicações,muitas delas graves e mortais, e os custos nadiabetes mellitus.

Material e método

Se desenho um folder educativo com ''As 7 Leisdo Êxito do Paciente Diabético'', um completocódigo de conduta para lograr um ótimo controledestes doentes, exposto em um programa desen-volvido e proposto para sua generalização peloGrupo de Expertos do Programa Ramal de Saúde''Qualidade de Vida'' do Ministério da SaúdePublica No seu Trabalho de Fechamento de pro-jetos ramais (3,4,5).

Parta o desenho do folder foi utilizado um com-putador Pentium IV com programa Word XP, compagina horizontal de 8 por 11 polegadas e a fer-ramenta colunas. *

Diabetes Mellitus.Folheto Educativo como Aporte para a Prevenção.

Autores:Dr. Alberto Quirantes Hernández * - Dr. Jorge Jiménez Armada **Dr. Vladimir Curbelo Serrano ** - Dr. Leonel López Granja ***Dr. Alberto Quirantes Moreno **** - Tec. Miriam Mesa Rosales *****

* Especialista de Segundo Grado en Endocrinología Jefe del Servicio de Endocrinología** Especialista de Segundo Grado en Medicina Interna*** Especialista de Primer Grado en Medicina Interna**** Residente de Segundo Año en Endocrinología - Hosp. "Hermanos. Amejeiras"***** ATD en Podología. Profesora de Área Práctica

Hospital Docente Clínico-quirúrgico "Dr. Salvador Allende"Municipio Cerro - Ciudad de la Habana - Cuba.

Page 7: N° 32 - Junho 2010 - revistapodologia.com Digital Gratuita... · freqüência se converte no reforço constante ... cação diabetologica e de vital importância para o ... Quinta
Page 8: N° 32 - Junho 2010 - revistapodologia.com Digital Gratuita... · freqüência se converte no reforço constante ... cação diabetologica e de vital importância para o ... Quinta

www.revistapodologia.com 8

Resultados

Se adjunta o folder educativo para a diabetesmellitus com ''As 7 Leis do Êxito do PacienteDiabético'' e a forma em que se deve dobrar parasua entrega. **

Discussão

''As 7 Leis do Êxito do paciente Diabético'' con-stitui uma mensagem compacta e fácil que, aorepeti-lo com freqüência, se converte no reforçoconstante dessa ferramenta educativa que exortaaos diabéticos, de forma razoável e bem argu-mentada, a que atuem de determinado modopara eliminar da maneira mais completa possív-el os fatores de risco que favorecem a apariçãodas complicações derivadas dessa doença.

Tal como se expressa na Primeira Lei, a edu-cação diabetologica e de vital importância para odiabético possa manter um controle adequadode sua doença. Com esta educação, que se incre-menta com a assistência sistemática a consultamedica, tal como o dize a Segunda Lei, se con-segue o cumprimento das restantes (6,7).

Em relação à Terceira Lei que orienta sobre anecessidade da assistência mensal a consulta depodologia com o fim de prever o chamado ''pediabético'' e as subseqüentes amputações, aquise podem tomar medidas oportunas na pre-venção dessa complicação e reforçar a educaçãodiabetologica do paciente 8.

O diabético é mais suscetível de padecer lesõesgengivais e dentarias e na Quarta Lei se enfatizaa necessidade da visita mensal ao estomatólogocom a explicação correspondente 9.

A Quinta e Sexta Lei assinalam a importânciade manter um peso adequado e de evitar osedentarismo. Com o cumprimento dessas leisse controla e se prevê a diabetes e suas compli-cações (10,11,12,13).

A Sétima Lei proíbe nos diabéticos o alcoolis-mo, o tabaquismo e a drogadição, pois taisadições se apresentam com um risco incremen-tado nos pacientes diabéticos e com facilidadeprovocam estados de consciência alterados egraves deficiências econômicas que impedemapresentar a atenção necessária ao controle dadoença, favorecendo a aparição de complicaçõesvasculares ao facilitar a vaso-constrição e aaparição de severas e as vezes fatais hiper-glicemias alcoólicas (14,15,16,17).

Este folheto educativo é uma forma econômica,simples, de fácil divulgação nacional e interna-cional que parte da orientação diabetologica

massiva ao conter um material educativo de ele-vado valor cientifico e pedagógico validado nainvestigação sobre como elevar a qualidade davida do diabético que se realizou durante quatroanos em uma comunidade de mais de 130,000habitantes e cuja base fundamental consistiu eminstruir aos diabéticos estudados no cumprimen-to de ''As 7 Leis do Êxito do Paciente Diabético''(3,4,5).

Com uma sólida base cientifica este folder,voltado em código unificador de ações de pre-venção na população diabética, é uma valiosaferramenta que também serve de orientação aopessoal da saúde tanto em contatos individuaiscomo para guiar reuniões de treinamento depacientes diabéticos e de seus familiares e seconverte a sua vez em um guia de auto-controledesses doentes que lhes permite empenhar-seem alcançar o cumprimento das úteis orien-tações propostas, que de forma notável elevariaa qualidade da vida do paciente diabético.

Conclusões

A educação diabetologica do paciente diabéticoé a arma fundamental para aumentar a quali-dade da vida desses doentes. Com isto em mentedecidimos confeccionar um material educativoproveniente de uma investigação cientifica já val-idada e de comprovada efetividade, ''As 7 Leis doÊxito do Paciente Diabético'', código unificadorde ações de prevenção na diabetes mellitus, eimprimi-lo em formato folder, plataforma de fácildistribuição e muito baixo custo que contribui amelhora da qualidade de vida destes doentes ediminuir a mortalidade, as complicações e oscustos dessa doença em qualquer pais domundo.

Impressão e dobrado do folheto

* Para a montagem da revista teve que fazermodificações do trabalho original e o formato deimpressão das paginas 9 e 10 é A4.

** Explicação de como dobrar o folheto.Imprimir as paginas 9 e 10 em A4 frente e

verso.

Atrás da Sexta Lei devera ficar impressa aQuinta lei.

Logo depois de imprimir as duas caras dafolha, com a parte da Segunda à Quinta lei defrente, dobrar as partse de Segunda e Quinta leipara dentro, ficando a nossa vista a Primeira e aSexta lei, dobrar novamente ao meio, assimficara como primeira pagina a parte onde esta otexto Folheto Educativo.

Page 9: N° 32 - Junho 2010 - revistapodologia.com Digital Gratuita... · freqüência se converte no reforço constante ... cação diabetologica e de vital importância para o ... Quinta

Sexta

Lei

PR

AT

ICA

R

SIS

TE

MA

TIC

AM

EN

TE

A

TIV

IDA

DE

S F

ÍSIC

AS

DE

AC

OR

DO

CO

M

A ID

AD

E E

CO

M

O E

STA

DO

D

E S

DE

.

A a

tividade física

e u

ma

form

a d

e m

ante

r baixo

contro

le a

s cifras d

aglice

mia

ao a

um

enta

ro co

nsu

mo d

e a

çúca

rpelo

s múscu

los.

A a

tividade física

qualq

uer q

ue se

ja su

ain

tensid

ade,

facilita

o g

asto

de e

nerg

iae, p

or ta

nto

aju

da a

die

ta n

a re

duçã

o d

o p

eso

.O

exe

rcício físico

ta

mbém

estim

ula

afo

rmaçã

o e

inib

e a

perd

a d

o o

sso.

O e

xercício

físicore

aliza

do re

gula

rmente

tam

bém

pro

duz u

ma

maio

r sensa

ção d

e

bem

esta

r gera

l.

Sétim

a L

ei

A L

EI D

O N

ÃO

:- N

ÃO

TAB

AQ

UIS

MO

- NÃ

O A

LC

OO

LIS

MO

- NÃ

O D

RO

GA

DIÇ

ÃO

Na d

iabete

s mellitu

sa p

ratica

de q

ualq

uer

dese

s esta

dos a

ditivo

sadquire um

a dimensão

nocivaagig

anta

da já

que

se p

roduz u

m a

bandono n

ocu

idado d

esta

doença

ao

pro

voca

r-se e

stados d

e

consciê

ncia

alte

rados

assim

com

o u

ma a

feta

ção

na e

conom

ia p

esso

al e

fam

iliar. S

e a

feta

nota

velm

ente

a circu

laçã

osa

nguín

ea co

m o

uso

do

tabaco

ou d

a co

caín

a e

seus

deriva

dos. F

avo

rece

m-se

as

infe

cções in

ocu

ladas co

m o

uso

freqüente

e in

apro

pria

do

de in

jeçõ

es e

ndove

nosa

sco

mo é

o ca

so d

a h

ero

ína

que ta

mbém

traum

atiza

riam

repetid

am

ente

as va

liosa

sve

ias d

o d

,iabético

e se

pro

voca

ria a

s veze

s com

resu

ltados fa

tais, a

s hip

erg

licem

ias a

lcoólica

s.

CE

ND

A R

eg.N

o. 2

201-2

007

FO

LD

ER

ED

UC

AT

IVO

AS

7 LE

IS D

O Ê

XIT

O

DO

PA

CIE

NT

E D

IAB

ÉT

ICO

Po

r:D

r. Alb

erto

Quira

nte

sH

ern

ández

Dr. L

eonel L

ópez G

ranja

Dr. V

ladim

ir Curb

elo

Serra

no

Dr. Jo

rge

Jiménez A

rmada

Dr. A

lberto

Quira

nte

sM

ore

no

Pod. M

iriam

Mesa

Rosa

les

Hosp

ital d

oce

nte

"Dr. S

alva

dor A

llende"

Municip

io C

erro

Cid

ade d

e H

abana - C

uba

E u

ma m

ensa

gem

co

mpa

cta e

simple

s, que

ao re

peti-lo

com

freqüência

,se

conve

rtera

no re

forço

co

nsta

nte

dessa

fe

rram

enta

educa

tiva q

ue

exo

rta a

os d

iabético

s, de

form

a ra

zoáve

l e b

em

rg

um

enta

da, a

que a

tuem

de d

ete

rmin

ado m

odo pa

raelim

inar, d

a m

aneira

mais

com

ple

ta p

ossíve

l, os

fato

res d

e risco

que

favo

rece

m a

apa

rição d

as

com

plica

ções, m

uita

s dela

sgra

ves e

morta

is, deriva

das

desta

doença

.

Prim

eira

Lei

ED

UC

ÃO

D

IAB

ET

OL

OG

ICA

P

AR

A O

PA

CIE

NT

E

E S

EU

S FA

MIL

IAR

ES

A e

duca

ção d

iabeto

logi-

ca e

um

a a

rma p

recio

sano a

rsenal te

rapêutico

do

pacie

nte

dia

bético

e p

or

isso a

colo

cam

os e

mprim

eiro

lugar.

O pa

ciente

educa

do n

oque sig

nifica

sua d

oe

nça

,dará

aos d

ifere

nte

s níve

isde sa

úde e

m q

ue se

ráate

ndid

o u

ma va

liosíssim

aco

opera

ção q

ue se

re

verte

rá e

m q

ue su

asa

úde se

mante

nha e

mco

ndiçõ

es ó

timas.

Adem

ais d

e q

ue

conhece

rá d

e m

aneira

perfe

ita co

mo a

fronta

r as

dife

rente

s contin

gência

sque se

lhes p

odem

apre

-se

nta

r no cu

rso d

e su

avid

a a

inda q

uando n

ão

tenham

um

medico

a se

ula

do. U

ma fa

mília

co

nhece

dora

do q

ue é

adia

bete

s será

manancia

lin

esg

otá

vel d

e

com

pre

ensã

o n

a vid

adesse

s doente

s.

Page 10: N° 32 - Junho 2010 - revistapodologia.com Digital Gratuita... · freqüência se converte no reforço constante ... cação diabetologica e de vital importância para o ... Quinta

Quin

ta L

ei

AL

CA

AR

E/O

UM

AN

TE

R O

PE

SO

IDE

AL

SE

GU

IND

O

A D

IETA

IN

DIC

AD

A

Per

gunt

e a

seu

med

ico

qual

e s

eu p

eso

idea

l

O p

aci

ente

deve

mante

rum

a a

limenta

ção s

audáve

lque lh

e a

jude a

alc

ança

r o

peso

ideal q

ue s

e lh

e t

em

calc

ula

do.

O e

xcess

o d

o p

eso

co

rpora

l contr

ibui a

que

se m

ante

nham

glic

em

ias

ele

vadas

e a

apa

riçã

o d

enova

s doença

s ass

oci

adas

com

a

obesi

dade t

ais

com

o a

hip

ert

ensã

o a

rterial,

oaum

ento

das

gra

xas

no

sangue,

lesõ

es

nas

art

icula

ções

que

suport

am

o p

eso

,tr

anst

orn

os

circ

ula

tórios,

etc

.

Qu

art

a L

ei

AS

SIS

NC

IA

SE

ME

ST

RA

L A

C

ON

SU

LTA

DE

E

ST

OM

AT

OL

OG

IA

A v

isita

ao e

stom

ató

logo

de f

orm

a p

reve

ntiv

a p

ode

evi

tar

ou d

ete

ctar

a t

em

po

lesõ

es

séptic

as

buca

is d

edife

rente

s ca

usa

s, c

aries

denta

is,

doença

periodonta

l,etc

. que d

e e

xist

ir d

e f

orm

am

ais

ou m

enos

inadve

rtid

aest

abele

ceria u

ma n

egativ

are

laçã

o c

om

nív

eis

ele

vados

da g

licem

ia,

o q

ue p

or

sua

vez

perm

itira

a a

pariçã

o o

uagra

vam

ento

das

com

plic

açõ

es

deriva

das

das

hip

erg

licem

ias

mantid

as.

Terc

eira L

ei

AS

SIS

NC

IA M

EN

SA

L

A C

ON

SU

LTA

DE

PO

DO

LO

GIA

A p

rinci

pal c

ausa

de

ingre

sso a

o h

osp

ital d

opa

ciente

dia

bétic

o e

mm

uito

s pa

ises

são a

s le

sões

ulc

era

das

dos

pés.

O c

ham

ado p

e d

iabétic

o e

a p

rim

eira c

ausa

de

am

puta

ções

não

traum

átic

as

no m

undo.

É c

ruci

al p

ara

os

dia

bétic

os

a v

isita

sis

-te

mátic

a a

consu

lta d

epodolo

gia

pois

é n

est

a

esp

eci

alid

ade q

ue s

e

realiz

a u

m e

xam

e d

ireto

e m

inuci

oso

dos

pés

e e

meta

pas

pre

coce

s se

pode

tom

ar

medid

as

oport

unas

sobre

as

mais

sim

ple

s a

ltera

ções

que p

oss

am

apa

rece

r nos

mem

bro

s in

feriore

s so

mado a

e

duca

ção c

onst

ante

do

podólo

go n

as

repetid

as

visi

tas

do p

aci

ente

dia

bétic

o.

Segunda L

ei

AS

SIS

NC

IAT

RIM

ES

TR

AL

A C

ON

SU

LTA

ME

DIC

A

DE

CO

NT

RO

LE

Aqui s

e id

entif

ica

pre

coce

me

nte

qualq

uer

pro

ble

ma d

esa

úde q

ue p

oss

a

apre

senta

r o d

iabétic

o,

a q

ue o

paci

en

te t

enha

ace

sso o

port

uno a

qualq

uer

outr

a

esp

eci

alid

ade e

m q

ue

pre

cise

ser

ate

ndid

o. A

realiz

açã

o d

as

inve

stig

açõ

es

com

ple

-m

enta

rias

que s

e

pre

cise

m,

a v

erific

açã

od

o c

ontr

ole

meta

bólic

o

do p

róprio d

oente

e a

sd

ete

rmin

adas

e r

epetid

as

açõ

es

por

part

e d

o

medic

o e

do p

ess

oal d

ee

nfe

rmaria a

judante

.

Page 11: N° 32 - Junho 2010 - revistapodologia.com Digital Gratuita... · freqüência se converte no reforço constante ... cação diabetologica e de vital importância para o ... Quinta

www.revistapodologia.com 11

Bibliografia

1- Ahman,A.J.: Guidelines and performance measures fordiabetes. Am J Manag Care 2007; 13(2 suppl):41-6.2- Alleyne,G.: La diabetes: una declaración para lasAméricas. Bol Of Sanit Panam l996; 12(5):461-6.3- Quirantes Hernández,A., López Granja,L., CurbeloSerrano,V., Montano Luna,A., Machado Leyva,P., QuirantesMoreno,A.: La calidad de la vidadel paciente diabético. RevCubana Med Gen Integr 2000;16(1):50-6.4- Quirantes Hernández,A., López Granja,L., CurbeloSerrano, V., Jiménez Armada,J., Tubau Campos,F., QuirantesMoreno,A.: Resultados sobre mortalidad, complicaciones ycostos en la diabetes mellitus. Rev Cubana Med Gen Integr2000;16(3):227-32.5- Quirantes Hernández,A., López Granja,L., CurbeloSerrano,L., Jiménez Armada,J., Quirantes Moreno,A., MesaRosales,M.: Programa "Mejorar la calidad de la vida delpaciente diabético". Resultados finales sobre mortalidad.Rev Cubabana med Gen Integr 2005;21:1-10. 6- Menard,J., Peyette,H., Dubuc,N., Baillargeon,J.P.,Maheux,P., Ardilouze,J.L.: Quality of life in type 2 diabetespatients under intensive multitherapy. Diabetes Metab2007;33(1):54-60.7- Thomas, P.D., Miceli,R.: Evaluation of the "Know YourHealth" program for type 2 diabetes mellitus and hyperten-sion in a large employer group. Am J Manag Care2006;12:SP 33-9.8- Anichini,R., Zecchini,F., Cerretini,I., Meucci,G., Fusilli,D.,Alviggi,,L., Seghieri,G., DeBellis,A.: Improvement of fdiabeticfoot care alter Implementation of the internationalConsensus on the Diabetic Foot (ICDF): results of a 5-yearprospective study. Diabetes ResClin Pract 2007;75(2):153-8.9- Mattout,C., Bourgeois,D., Bouchard, P.: Type 2 diabetesand periodontal indicators: epidemiology in France 2002-

2003. J Periodontal Res 2006;41(4):253-8.10- Rizvi,A.A.: Management of diabetes in older adults. AmJ Med Sci 2007;333(1):35-47.11- Boer,I.H., Sibley,S.D., Kealenbaun,B., Sampon,J.N.,Young,B et al.: Cenbtral obesity, incident microalbuminuriaand change in creatinine clearance in the epidemiology ofdiabetes intervention and complications study. J Am SocNephrology 2007;18:235-43.12- Edelstein,S.R., Lachen,S.M., Bray,G.A. Delahanty,L.,Hoskin,M. et al.: Effect of weight loss with lifestyle interven-tion on risk of diabetes. Diabetes Care 2006;2102-07.13- Smith,T.C., Wingard,D.L., Smith,B., Kritz-Silverstein,D.,Barrett-Connor,E.: Walking decreased risk of cardiovasculardisease mortality in older adults with diabetes. J ClinEpidemiol 2007;60(3):309-17. 14- Meisinger,C., Doring,A., Thorand,B., Lowel,H.:Association of cigarette smoking and tar and nicotine intakewith development of type 2 diabetes mellitus in men andwomen from the general population: the MONICA/KORAAugsburg Cohort Study. Diabetologia 2006;49(8):1770-6.15- Mukamal,K.J.: Hazardous drinking among adults withdiabetes and related eye disease or visual problems: a popu-lation-based cross-sectional survey. Ophthalmic Epidemiol2007;14(1):45-9.16- Nyenwe,E.A., Loganathan,R.S., Blum,S., Ezuteh,D.O.,Erani,D.M., et al.:Active use of cocaine: an independent riskfactor for recurrent diabetic ketoacidosis in a city hospital.Endocr Pract 2007;13(1):22-9.17- Ng,R.S., Darko,D.A., Hillson,R.M.: Street drug useamong young patients with type 1 diabetes in the UK.Diabet Med 2004;21(3):295-6. ¤

DR. ALBERTO QUIRANTES HERNÁNDEZEmai: [email protected]

Page 12: N° 32 - Junho 2010 - revistapodologia.com Digital Gratuita... · freqüência se converte no reforço constante ... cação diabetologica e de vital importância para o ... Quinta

O melanoma é o mais comum tumor cutâneoprimário maligno no pé. Onde as melhorias noprognóstico têm sido observadas em compara-ção com pacientes com melanoma em outrasparte do corpo, no entanto ainda são frequentesatrasos na sua identificação por negligência ouerro de diagnóstico. Detecção de melanoma dopé depende da habilidade do profissional desaúde e das observações no reconhecimento dealterações precoces.

Publicações recentes têm documentado o usode um dermatoscopio como uma ferramentapara melhorar o reconhecimento de tais lesõessuspeitas. Este artigo revisa a literatura actual,com ênfase especial nas suas potenciais aplica-ções no melanoma plantar e melanoma da uni-dade ungueal. Os dados destes estudos sugeremque esta técnica é um complemento útil e impor-tante para o exame clínico, que em última ins-tância pode levar ao reconhecimento deste tumoragressivo.

Os cancros cutâneos correspondem a um terçode todos os cancros humanos. Segundo aOrganização Mundial de Saúde, o melanomamaligno (MM) é responsável por cerca de132.000 novos casos por ano e cerca de 66.000mortes. Globalmente, a incidência da doençacontinua a aumentar, sobretudo em populaçõescaucasianas [1]. Como não existe tratamento efi-caz para a doença, o objectivo é melhorar asobrevivência em torno destas lesões malignasgraças a uma detecção precoce.

O MELANOMA E O PÉ

Como já foi referido o melanoma é o tumorcutâneo primário maligno do pé mais frequente[7] representando entre 3-15% do total de mela-nomas cutâneos [8]. Considerando que asmelhorias têm sido vistas no prognóstico paraalguns pacientes com melanoma, estas lesões anível dos pés ainda são uma grande preocupa-ção. Os três tipos mais comuns que ocorrem nopé são a propagação superficial (figura 1), nodu-lar e o melanoma acral lentiginoso (MAL - figura

2). O MAL é particularmente prevalente no pé,uma vez que tem uma predilecção para a plantado pé e unidade ungueal [9]. Além disso, é umsubtipo de melanoma que afecta todos os tiposde pele [10]. Day [11] identificou MM no pé comoum factor de risco independente para recorrênciada doença. Isto foi analisado por Hsueh e cola-boradores [12], que analisou 652 casos de mela-noma cutâneo e os dados analisados comparan-do localização anatómica para as taxas de sobre-vivência.

O controle de variáveis, incluindo a espessurado tumor, os resultados confirmaram que o mela-noma primário no pé tinha uma taxa de sobrevi-vência de cinco anos ou seja de 77% em compa-ração com 94% e 95% para as lesões no torno-

www.revistapodologia.com 12

Diferenças entre Nevo e Meloma.Método de Diagnóstico Precoce Mediante Dermatocoscopia.

Dr. Podologo André Ferreira. Portugal.

Fig. 1 - Melanoma expansivo

Fig. 2 - Melanoma acrolentiginoso

Page 13: N° 32 - Junho 2010 - revistapodologia.com Digital Gratuita... · freqüência se converte no reforço constante ... cação diabetologica e de vital importância para o ... Quinta

www.revistapodologia.com 13

zelo e coxa, respectivamente. Eles concluíramque o prognóstico se deteriorou ainda mais se alesão se encontra no tronco.

A partir dos dados disponíveis, a razão paraisso não é clara, mas provavelmente está menosrelacionada com a natureza física do tumor emais a ver com os atrasos na apresentação ediagnóstico. O prognóstico, em parte, é agravadono pé com melanoma pois as lesões frequente-mente apresentam-se mais tarde e são portantomais espessas no momento do diagnóstico [13].As razões para os atrasos têm sido bem estuda-das [5,14-17].

Richard et al observou 590 pacientes commelanoma e relatou uma série de factores, quepredisseram lesões mais espessas, incluindo osmelanomas que se encontravam fora da visãodos pacientes (como a superfície plantar do pé).Do ponto de vista médico os atrasos no diagnós-tico clínico também têm sido observados com aslesões acrais [18].

O diagnóstico incorrecto também poderá expli-car um prognóstico reduzido em pacientes commelanoma acral. Bristow e Acland [19], analisa-ram 27 casos de melanoma acrolentiginoso nopé e sugeriram uma taxa de erros de diagnóstico

de 33%, enquanto os outros investigadores rela-taram taxas muito maiores de até 60% dos mela-nomas do pé [20].

Metzger e colaboradores [21], em uma revisãodo diagnóstico tardio do melanoma acral desta-caram que muitos melanomas acrais não sãoconsiderados relevantes por certos clínicos naconsulta inicial, pois estes não suspeitam que oproblema possa ser um melanoma.

Como certos clínicos são menos conscientessobre esta patologia; o diagnóstico errado cons-titui mais um problema. Ilustrando isso, muitostrabalhos têm sido publicados destacando que oerro no diagnóstico dos melanomas no pé e devea este muitas vezes ser confundido com outraspatologias como sendo infecção por fungos, oni-comicose, úlceras, hematoma e outras patolo-gias do pé mais comum [20,22-27].

IDENTIFICAÇÃO DO MELANOMA

A importância de educar os pacientes e profis-sionais através de campanhas de sensibilizaçãosobre o melanoma é de extremo interesse e diver-sas iniciativas têm tentado aumentar a consciên-cia pública para a vigilância da pele. Igualmenteimportante é o papel do médico na triagem de

Page 14: N° 32 - Junho 2010 - revistapodologia.com Digital Gratuita... · freqüência se converte no reforço constante ... cação diabetologica e de vital importância para o ... Quinta
Page 15: N° 32 - Junho 2010 - revistapodologia.com Digital Gratuita... · freqüência se converte no reforço constante ... cação diabetologica e de vital importância para o ... Quinta

www.revistapodologia.com 15

pacientes – os médicos que detectam melano-mas foi mostrado ser significativamente maisbaixo no diagnóstico do que os detectados pelospacientes [6].

A regra do ABCD, concebida em 1985 porFriedman [28], foi bem utilizada como um mne-mónico de avaliação da pele para o reconheci-mento de mudança de nevos melanocíticos.

O seu valor no melanoma do pé tem sido ques-tionado visto que as lesões acrais não apresen-tam as características típicas do melanomamaligno em outra parte da pele [19,21].Portanto, a nível clínico, a decisão de monitori-zar, intervir ou remeter uma lesão suspeita podeser uma tarefa difícil.

DERMATOSCOPIA

O exame visual de uma lesão cutânea suspeita,como um melanoma pode ser significativamentemelhorado pela adição de microscopia de super-fície. Isto foi inicialmente reconhecido pelaDermatologista Escocesa Rona MacKie que em1971 publicou um artigo que demonstrou nopré-operatório, o alto valor preditivo de umexame aprofundado de melanoma [29].

A dificuldade surge no entanto, em que a ava-liação da pele em condições normais, com umalupa padrão, é limitado devido à superfície dereflexão e refracção. Para superar isso desenvol-veu-se o dermatoscópio que é um simples e rela-tivamente barato, dispositivo de ampliaçãomanual (normalmente 10 ×), que utiliza ummeio de óleo ou luz polarizada permitindo ao clí-nico observar estruturas mais profundas da peleque não podem ser visíveis a olho nu (Figura 3).

Desde a década de 1980 a ideia da "dermatos-copia" começou a ganhar impulso e sua popula-ridade como uma ferramenta auxiliar na tomadade decisões clínicas aumentou, especialmentena Europa onde a sua evidência de pesquisaforam publicadas. Em 1990, cerca de 13 traba-lhos foram publicados, em 2007, subiu paramais de 500.

Deve-se ressaltar que o dermatoscópio em sinão é uma ferramenta de diagnóstico, mas per-mite auxiliar a tomada de decisão quando con-frontados com uma lesão suspeita, o que permi-te ao clínico maior confiança na hora de decidircomo proceder perante uma lesão cutânea.

O uso do dermatoscópio foi inicialmente dodomínio exclusivo do dermatologista, o trabalhoexperimental deu lugar a extensas descrições depadrões e características visualizado em nevos

melanocíticos, melanoma e outros tumores depele. Isso permitiu a formalização da técnica emdiversos algoritmos, como análise de padrões[30], a técnica de 7 pontos [31], a técnica modi-ficada ABCD [32] e o método Menzies [33].

Duas análises iniciais da técnica de dermatos-cópisa foram publicadas e concluíram queaumenta a sensibilidade e especificidade para odiagnóstico do melanoma, quando comparado aolho nu, nas mãos de um médico experiente[34,35].

Em 2004, foi reconhecido que, a fim de obteruma diminuição da morbilidade e mortalidade, adermatoscopia deve ser o teste de selecção paratodos os profissionais envolvidos no exame dapele, visto ser um exame de fácil aplicação ebaixo custo. Tal exame têm como objectivo real-çar as lesões suspeitas e permitir ao profissionalde saúde encaminhar os pacientes para umespecialista [36].

Usando uma metodologia de ensaio randomi-zada Westerhoff e colegas [37] demonstraramque era possível formar um grupo de profissio-nais não-especialistas em dermatologia geral emelhorar significativamente as suas capacidadesde reconhecimento clínico comparado com umgrupo controle. Argenziano et al [38] relataramresultados semelhantes, com um grupo de 73médicos de cuidados primários. No Reino Unido,existem um certo número de cursos todos osanos que incluem uma gama de profissionais de

Fig. 3 - Dermatoscopio

Page 16: N° 32 - Junho 2010 - revistapodologia.com Digital Gratuita... · freqüência se converte no reforço constante ... cação diabetologica e de vital importância para o ... Quinta

www.revistapodologia.com 16

saúde muito vasta a fim de ensinar esta técnica.

A meta-análise mais recente da dermatoscopia[36] abrangeu uma revisão da literatura, incluin-do os estudos realizados por profissionais comformação mínima nesta técnica e comparando apercentagem de diagnóstico relativo entre a der-matoscopia com o exame de olho nu a 15,6 (IC95 %, 2,9-83,7, p = 0,01).

Parece, portanto, pertinente a explorar estatécnica como uma extensão na consulta dePodologia. Até ao momento os autores não têmconhecimento de qualquer literatura publicadadocumentar sua aplicação dentro desta profis-são.

TÉCNICA DE 7 PONTOS DE GLASGOW

Esta técnica reconhece que a dermatoscopiapode ser uma ferramenta de rastreio de todos osenvolvidos no cuidado da pele.

Como resultado, é uma técnica simplificadapara a detecção de lesões suspeitas e é particu-larmente útil para que se inicia na sua aplicação.Através do dermatoscópio, avalia-se as lesõesindividuais em 7 critérios:

Critérios Maiores:

Fig. 4 - Nevo benigno - Melanoma

1- Alteração do Tamanho

Fig. 6 - Nevo benigno - Melanoma

3- Alteração da cor

Fig. 5 - Nevo benigno - Melanoma

2- Alteração de forma

Page 17: N° 32 - Junho 2010 - revistapodologia.com Digital Gratuita... · freqüência se converte no reforço constante ... cação diabetologica e de vital importância para o ... Quinta
Page 18: N° 32 - Junho 2010 - revistapodologia.com Digital Gratuita... · freqüência se converte no reforço constante ... cação diabetologica e de vital importância para o ... Quinta
Page 19: N° 32 - Junho 2010 - revistapodologia.com Digital Gratuita... · freqüência se converte no reforço constante ... cação diabetologica e de vital importância para o ... Quinta

5- Inflamação

6- Sangramento

7- Alteração da sensibilidade

Cada um dos critérios maiores atribuídos doispontos, e a cada um dos critérios menores sãoatribuídos um ponto.

Considera-se que uma lesão é suspeita demelanoma, quando se obtêm um resultado 3pontos ou mais e devem ser considerados parabiopsia e excisão logo que possível.

DERMATOSCOPIA E O PÉ

O dermatoscópio foi considerado útil para oexame da pele, mas o pé tem oferecido um desa-fio particular para esta técnica, em primeirolugar, devido à sua superfície plantar acralengrossado que dá uma apresentação de pig-mentação alterada [40] e por outro lado a unida-de ungueal que frequentemente se apresentacom uma pigmentação devido a uma série decausas, incluindo hematoma e melanoma. Naplanta (e palma) a pele do véu azul e branco é

raramente observada, embora a assimetria decor e de forma ainda deve ser considerada.

Além disso, outras observações dermatoscópi-cas da pele acral e volar têm sido relatados.Saida, Myazaki e seus colegas identificaram trêspadrões de pigmento específico determinadocomo normal em nevos melanocíticos benignosdo sulco paralelo, reticulado e fibrilar da peleplantar [41-44]. Em cada um destes o pigmentoé localizado nos sulcos dos dermatóglifos plan-tar. Os padrões surgem como um reflexo dascolunas de melanina normal no estrato córneo ouem um sulco (vertical paralelo) ou oblíquos [40].

O melanoma maligno foi mostrado exibir dife-rentes padrões na superfície palmar e plantar.Saida [42] e os seus colaboradores relataram,em concordância com a assimetria do algoritmode três pontos e irregularidade onde verificaramque a cor era uma característica comum.

Além disso, a pigmentação do melanomamaligno é frequentemente mais acentuado nascristas das dermatóglifos e não nos sulcos comoem lesões benignas [45] (Figura 8).

Para testar a hipótese de Saida e colegas [46]estudou-se 712 lesões melanocíticas em áreasacrais, para determinar a sensibilidade e especi-ficidade destes padrões para determinar a pre-sença de melanoma maligno.

O padrão da crista paralela mostrou um valorpreditivo positivo de 93,7% (a proporção depacientes com melanoma provado que apresen-taram um padrão de cristas paralelas) e emlesões melanocíticas benignas o valor preditivopositivo do padrão de sulcos paralelos e malhacomo padrão foram muito elevadas em 93,2% e

www.revistapodologia.com 19

Fig. 7 - Nevo benigno - Melanoma

Fig. 8 - Padrões de distribuição de melanina na pele acral.

4- Diâmetro superior ou igual a 7 mm

Critérios Menores:

Page 20: N° 32 - Junho 2010 - revistapodologia.com Digital Gratuita... · freqüência se converte no reforço constante ... cação diabetologica e de vital importância para o ... Quinta

98,3%, respectivamente (a proporção de pacien-tes com diagnóstico de um nevo melanocíticobenigno que apresentaram o padrão de sulcosparalelos). O estudo foi realizado num grupo dejaponeses, embora alguns estudos mais tardeconfirmaram as conclusões em populações cau-casianas [47,48].

Dermatoscopia e seu potencial na avaliação dapigmentação da unha

Além da aplicação da dermatoscópio para ava-liar lesões pigmentadas plantares, a sua utilida-de na avaliação da pigmentação da unha foi dis-cutida [49]. Um paciente que se apresenta comuma melanoníquia longitudinal constitui sempreum desafio de diagnóstico para os Podologistasdevido hás suas várias causas, como por exem-plo a etnicidade, drogas, trauma, hematoma eocasionalmente melanoma. A biopsia dessaslesões tem o potencial de causar cicatrizes per-manentes para a unidade ungueal. Ronger et al[50] discutiu o papel do dermatoscopio na pig-mentação da unha e sugeriu-nos o seu uso comouma ferramenta para decidir se uma biopsia daunha deve o não ser realizada. Publicações sub-sequentes têm explorado esse conceito. Braun ecolaboradores [51] descreveram as característi-cas das diferentes causas de melanoníquia e pro-

puseram um algoritmo. Do mesmo modo Jellinek[52] sugere que o dermatoscópico tem um papelimportante na avaliação das unhas antes da bio-psia e novamente propõe um algoritmo. Emboranenhum destes tenham sido formalmente testa-dos para identificar a sua validade, com o temposeria de se esperar um maior desenvolvimentonesta área com o aumento da experiência.

Conclusão

As evidências actuais ainda demonstram umaumento na incidência de melanoma, a formamais letal de cancro de pele. Um tratamento efi-caz, a detecção precoce e a excisão destas lesõessão vitais para melhorar o prognóstico e a taxade sobrevivência. Lesões localizadas no pé temse mostrado propensas a atrasos de diagnósticoe equívocos em comparação com os tumores emoutra parte do corpo, resultando em piores prog-nóstico.

A dermatoscopia é um meio simples e baratode visualizar lesões pigmentadas e tem sidodemonstrado ser a melhor forma de se obter umdiagnóstico mais preciso. Embora originalmenteconsiderada uma técnica para a especialidade deDermatologia, desenvolvimentos posteriores têmsugerido que a dermatoscópia pode ser uma fer-ramenta útil para profissionais de saúde envolvi-

www.revistapodologia.com 20

IDEAL PARA O TRATAMENTO DE:

- ONICOMICOSE- MICOSES DE PELE- GRANULOMAS- FERIDAS DIABÉTICAS

É FUNGICIDA,BACTERICIDA EFOTOPOLIMERIZADOR !!!

GRATIS BOLSA PARA TRANSPORTE !!!!

APARELHO MASTER FOTON PODOLOGIA

Contatos: # 55 (011) 2693.3723site: www.edensvida.com

email: [email protected]

Page 21: N° 32 - Junho 2010 - revistapodologia.com Digital Gratuita... · freqüência se converte no reforço constante ... cação diabetologica e de vital importância para o ... Quinta

www.revistapodologia.com 21

dos no cuidado da pele. Nesta base, a dermatos-copia é, potencialmente, uma nova extensão parao âmbito da consulta em Podologia. Em teoria,seria de extrema importância a realização naconsulta de Podologia rastreios de modo a des-pistar lesões cutâneas graves que surjam na peledo pé. Muitos pacientes são visitas rotineiras danossa consulta, em especial os idosos (faixa etá-ria onde a maioria dos melanomas são observa-dos). A adição da dermatoscopia na avaliação ini-cial do paciente pode aumentar não só a cons-ciência profissional, mas também tornar-senuma excelente oportunidade para discutir aauto-exame com o paciente e reforçar a mensa-gem de saúde pública. Em sua curta história dadermatoscópio demonstrou ser eficaz na redu-ção destacando enquanto melanoma excisões delesões benignas, mas a sua capacidade realainda estão sendo descobertos.

A investigação continua, com o tempo, devedescobrir o seu verdadeiro potencial.

Bibliografia

1.Lens MB, Dawes M: Global perspectives of con-temporary epidemiological trends of cutaneousmalignant melanoma. British Journal ofDermatology 2004, 150:179-185.

2.Roberts D, Anstey A, Barlow R, Cox N: UK gui-delines on the management of cutaneous melano-ma. British Journal of Dermatology 2002, 146:7-17.

3.Buettner P, Leiter U, Eigentler T, Garbe C:Development of prognostic factors and survival incutaneous melanoma over 25 years. Cancer 2005,103:616-624.

4.Baumert J, Plewig G, Volkenandt M, Schmid-Wendtner MH: Factors associated with a hightumour thickness in patients with melanoma.British Journal of Dermatology 2007, 156:938-944.

5.Schmid-Wendtner MH, Baumert J, Stange J,Volkenandt M: Delay in the diagnosis of cutaneousmelanoma: an analysis of 233 patients. MelanomaRes 2002, 12:389-394.

6.Schwartz JL, Wang TS, Hamilton TA, Lowe L,Sondak VK, Johnson TM: Thin primary cutaneousmelanomas: associated detection patterns, lesioncharacteristics, and patient characteristics. Cancer2002, 95:1562-1568

7.Barnes B, Seigler H, Saxby T, Kocher M,Harrelson J: Melanoma of the foot. J Bone JointSurg AM 1994, 76:892-898.

8.Soong SJ, Shaw HM, Balch CM, McCarthy WH,Urist MM, Lee JY: Predicting survival and recurren-ce in localized melanoma: a multivariate approach.World J Surg 1992, 16:191-195.

9.Reed R: Acral lentiginous melanoma. In Newconcepts in surgical pathology of the skin. Edited

by: Hartmann W, Reed R. New York: Wiley; 1976:89-90.

10.Cress R, Holly E: Incidence of cutaneous mela-noma among non-hispanic whites, hispanics, asiansand blacks:an analysis of California Cancer Registrydata, 1988–1993. Cancer Causes Control 1997,8:246-252.

11.Day CL Jr, Sober AJ, Kopf AW, Lew RA, MihmMC Jr, Golomb FM, Hennessey P, Harris MN,Gumport SL, Raker JW, et al.: A prognostic modelfor clinical stage I melanoma of the lower extremi-ty. Location on foot as independent risk factor forrecurrent disease. Surgery 1981, 89:599-603.

12.Hsueh E, Lucci A, Qi K, Morton D: Survival ofpatients with melanoma of the lower extremitydecreases with distance from the trunk. Cancer1999, 85(2):383-388.

13.Kuchelmeister C, Schaumburg-Lever G, GarbeC: Acral cutaneous melanoma in caucasians: clini-cal features, histopathology and prognosis in 112patients. 2000, 143:275-280.

14.Blum A, Brand CU, Ellwanger U, SchlagenhauffB, Stroebel W, Rassner G, Garbe C: Awareness andearly detection of cutaneous melanoma: an analysisof factors related to delay in treatment. Br JDermatol 1999, 141:783-787.

15.Demierre MF: Epidemiology and prevention ofcutaneous melanoma. Curr Treat Options Oncol2006, 7:181-186.

16.Krige JE, Isaacs S, Hudson DA, King HS,Strover RM, Johnson CA: Delay in the diagnosis ofcutaneous malignant melanoma. A prospectivestudy in 250 patients. Cancer 1991, 68:2064-2068.

17.Richard MA, Grob JJ, Avril MF, Delaunay M,Gouvernet J, Wolkenstein P, Souteyrand P, Dreno B,Bonerandi JJ, Dalac S, et al.: Delays in diagnosisand melanoma prognosis (I): the role of patients.Int J Cancer 2000, 89:271-279.

18.Richard MA, Grob JJ, Avril MF, Delaunay M,Gouvernet J, Wolkenstein P, Souteyrand P, Dreno B,Bonerandi JJ, Dalac S, et al.: Delays in diagnosisand melanoma prognosis (II): the role of doctors.Int J Cancer 2000, 89:280-285.

19.Bristow I, Acland K: Acral lentiginous melano-ma of the foot: a review of 27 cases. J Foot AnkleRes 2008, 1(1):11.

20.Fortin PT, Freiberg AA, Rees R, Sondak VK,Johnson TM: Malignant melanoma of the foot andankle. J Bone Joint Surg Am 1995, 77:1396-1403

21.Metzger S, Ellwanger U, Stroebel W, SchiebelU, Rassner G, Fierlbeck G: Extent and consequencesof physician delay in the diagnosis of acral mela-noma. Melanoma Res 1998, 8:181-186.

22.Dalmau J, Abellaneda C, Puig S, Zaballos P,Malvehy J: Acral Melanoma Simulating Warts:Dermoscopic Clues to Prevent Missing a Melanoma.Dermatologic Surgery 2006, 32:1072-1078.

23.Gregson CL, Allain TJ: Amelanotic malignantmelanoma disguised as a diabetic foot ulcer.Diabetic Medicine 2004, 21:924-927.

24.Kong MF, Jogia R, Jackson S, Quinn M, McNallyP, Davies M: Malignant melanoma presenting as a

Page 22: N° 32 - Junho 2010 - revistapodologia.com Digital Gratuita... · freqüência se converte no reforço constante ... cação diabetologica e de vital importância para o ... Quinta

www.revistapodologia.com 22

foot ulcer. Lancet 2005, 366:1750. 25.Serarslan G, Akcaly C, Atik E: Acral lentiginous

melanoma misdiagnosed as tinea pedis: a casereport. Int J Dermatol 2004, 43:37-38.

26.Soon SL, Solomon AR Jr, Papadopoulos D,Murray DR, McAlpine B, Washington CV: Acral lenti-ginous melanoma mimicking benign disease: theEmory experience. J Am Acad Dermatol 2003,48:183-188.

27.Valdes A, Kulekowskis A, Curtis L: CaseReport: Amelanotic Melanoma Located on theLower Extremity (letter). Am Fam Physician 2007,76:1614.

28.Friedman RJ, Rigel DS, Kopf AW: Early detec-tion of malignant melanoma: the role of physicianexamination and self-examination of the skin. CACancer J Clin 1985, 35:130-151.

29.Mackie RM: An aid to perioperative asses-sment of pigmented skin lesions. British Journal ofDermatology 1971, 85:232-238.

30.Pehamberger H, Steiner A, Wolff K: In vivo epi-luminescence microscopy of pigmented skinlesions. I. Pattern analysis of pigmented skinlesions. J Am Acad Dermatol 1987, 17:571-583.

31.Bahmer FA, Fritsch P, Kreusch J, PehambergerH, Rohrer C, Schindera I, Smolle J, Soyer HP, StolzW: [Diagnostic criteria in epiluminescence micros-copy. Consensus meeting of the professional com-mittee of analytic morphology of the Society ofDermatologic Research, 17 November 1989 inHamburg]. Hautarzt 1990, 41:513-514.

32.Stolz W, Riemann A, Cognetta A: ABCD rule ofdermatoscopy: a new practical method for earlyrecognition of malignant melanoma. Eur JDermatol 1994, 4:521-527.

33.Menzies SW, Ingvar C, Crotty KA, McCarthyWH: Frequency and morphologic characteristics ofinvasive melanomas lacking specific surface micros-copic features. Arch Dermatol 1996, 132:1178-1182.

34.Bafounta ML, Beauchet A, Aegerter P, Saiag P:Is dermoscopy (epiluminescence microscopy) use-ful for the diagnosis of melanoma? Results of ameta-analysis using techniques adapted to the eva-luation of diagnostic tests. Arch Dermatol 2001,137:1343-1350.

35.Kittler H, Pehamberger H, Wolff K, Binder M:Diagnostic accuracy of dermoscopy. Lancet Oncol2002, 3:159-165.

36.Soyer HP, Argenziano G, Zalaudek I, Corona R,Sera F, Talamini R, Barbato F, Baroni A, Cicale L, DiStefani A, et al.: Three-point checklist of dermosco-py. A new screening method for early detection ofmelanoma. Dermatology 2004, 208:27-31.

37.Westerhoff K, McCarthy WH, Menzies SW:Increase in the sensitivity for melanoma diagnosisby primary care physicians using skin surfacemicroscopy. Br J Dermatol 2000, 143:1016-1020.

38.Argenziano G, Puig S, Zalaudek I, Sera F,Corona R, Alsina M, Barbato F, Carrera C, Ferrara G,Guilabert A, et al.: Dermoscopy Improves Accuracyof Primary Care Physicians to Triage Lesions

Suggestive of Skin Cancer. J Clin Oncol 2006,24:1877-1882. Johr R, Soyer HP, Argenziano G,Hofmann-Wellenhof R, Scalvenzi M: Dermoscopy.The essentials. London: Elsevier; 2004.

39.Kimoto M, Sakamoto M, Iyatomi H, Tanaka M:Three-Dimensional Melanin Distribution of AcralMelanocytic Nevi Is Reflected in DermoscopyFeatures: Analysis of the Parallel Pattern.Dermatology 2008, 216(3):205-212.

40.Saida T: Malignant melanoma in situ on the soleof the foot. Its clinical and histopathologic characte-ristics. Am J Dermatopathol 1989, 11:124-130.

41.Saida T, Oguchi S, Ishihara Y: In vivo observa-tion of magnified features of pigmented lesions onvolar skin using video macroscope. Usefulness ofepiluminescence techniques in clinical diagnosis.Arch Dermatol 1995, 131:298-304.

42.Saida T, Yoshida N, Ikegawa S, Ishihara K,Nakajima T: Clinical guidelines for the early detec-tion of plantar malignant melanoma. J Am AcadDermatol 1990, 23:37-40.

43.Miyazaki A, Saida T, Koga H, Oguchi S, SuzukiT, T T: Anatomical and histopathological correlatesof the dermoscopic patterns seen in melanocyticnevi on the sole: a retrospective study. J Am AcadDermatol 2005, 53:230-236.

44.Oguchi S, Saida T, Koganehira Y, Ohkubo S,Ishihara Y, Kawachi S: Characteristic epilumines-cent microscopic features of early malignant mela-noma on glabrous skin. A videomicroscopic analy-sis. Arch Dermatol 1998, 134:563-568.

45.Saida T, Miyazaki A, Oguchi S, Ishihara Y,Yamazaki Y, Murase S, Yoshikawa S, Tsuchida T,Kawabata Y, Tamaki K: Significance of dermoscopicpatterns in detecting malignant melanoma on acralvolar skin: results of a multicenter study in Japan.Arch Dermatol 2004, 140:1233-1238.

46.Altamura D, Altobelli E, Micantonio T, PiccoloD, Fargnoli MC, Peris K: Dermoscopic patterns ofacral melanocytic nevi and melanomas in a whitepopulation in central Italy. Arch Dermatol 2006,142:1123-1128.

47.Malvehy J, Puig S: Dermoscopic patterns ofbenign volar melanocytic lesions in patients withatypical mole syndrome. Arch Dermatol 2004,140:538-544.

48.Tosti A, Argenziano G: Dermoscopy allows bet-ter management of nail pigmentation. ArchDermatol 2002, 138:1369-1370.

49.Ronger S, Touzet S, Ligeron C, Balme B,Viallard AM, Barrut D, Colin C, Thomas L:Dermoscopic examination of nail pigmentation.Arch Dermatol 2002, 138:1327-1333

50.Braun RP, Baran R, Le Gal FA, Dalle S, RongerS, Pandolfi R, Gaide O, French LE, Laugier P, SauratJH, et al.: Diagnosis and management of nail pig-mentations. Journal of the American Academy ofDermatology 2007, 56:835-847.

51.Jellinek N: Nail matrix biopsy of longitudinalmelanonychia: Diagnostic algorithm including thematrix shave biopsy. Journal of the AmericanAcademy of Dermatology 2007, 56:803-810.

Page 23: N° 32 - Junho 2010 - revistapodologia.com Digital Gratuita... · freqüência se converte no reforço constante ... cação diabetologica e de vital importância para o ... Quinta

BEAUTY FAIRESTÉTICA

DeB

RIT

O

Page 24: N° 32 - Junho 2010 - revistapodologia.com Digital Gratuita... · freqüência se converte no reforço constante ... cação diabetologica e de vital importância para o ... Quinta

G Y8

Aparelho para Podologia, Manicure e Pedicure

Não tenha medo de mostrar seus pés

Page 25: N° 32 - Junho 2010 - revistapodologia.com Digital Gratuita... · freqüência se converte no reforço constante ... cação diabetologica e de vital importância para o ... Quinta

Resumo

O presente artigo tem por finalidade explorar eevidenciar o uso de palmilhas ortopédicas notratamento de úlceras de pressão em pés dia-béticos, com base em experiências obtidas emclínicas de tratamento de feridas em pés diabéti-cos e ambulatório de hospital; visto que a máaplicação do uso de palmilhas e da pouca com-preensão da técnica aplicada, acarreta um mauresultado e consequentemente o abandono dométodo.

Por meio de pesquisas de campo, mostraremosa técnica de TOLEDO®, sua aplicação e os resul-tados altamente positivos, o que indicará estemétodo conservador, como um alto custo-benefí-cio no tratamento dos pés diabéticos.

Palavras-Chave: palmilha ortopédica, úlcera plan-tar, pé diabético, técnica de Toledo®.

Abstract

The present article has a porpose to evidentand exploit the treatment with orthopedic insolein penetrating ulcer of foot in diabetics patients,based on the study obtained in the specific prac-tice for this ulcer and hospital. Analized the badapplication about insole and the little knowledgein the technique used for these disease, the resultwas bad and there was abandonment of method.

Specific research shows that the TOLEDO®technique, aplication and positive conclude, toindicate that this conservative method, like highbenefic reasons in the therapy in diabetic’s foots.

Keywords: orthopedic insole, plantar ulcer, diabet-ic foot, Toledo® technique.

Introdução

É de conhecimento de todo profissional da áreada saúde os males ocasionados pela diabetes,tendo em vista aspatologias queacometem osmembros inferi-ores, priorizandoaqui os pés dia-béticos e suasc o m p l i c a ç õ e s .Sabemos que aprevenção é o me-

lhor tratamento para os portadores desta patolo-gia, mas uma vez instalada uma úlcera plantar,os esforços de toda equipe médica e multidisci-plinar é árduo e longânimo sem deixar de citar osaltos custos do tratamento como também o fatorpsicológico do paciente e familiares.

Quero ressaltar como forma de tratamento ouso de palmilhas ortopédicas no tratamento deúlcera plantar nos pés Diabéticos.

É certo que em sua maioria, surgem em con-junto com neuropatia e angiopatia e também emsua maioria, estão associadas a alterações bio-mecânicas. Por esta razão as úlceras plantaresquando tratadas mediante aos protocolos de feri-das comuns, muitas vezes, não conseguem oresultado esperado, ao contrário disso, em nãopoucos casos, os tratamento aplicados podem searrastar por meses ou até anos sem resultadosou até tornar crônico algo relativamente simples.

Dados e Método

Este artigo é de caráter empírico e observativoe como base para este estudo, foram acompa-nhados 15 pacientes, sendo 11 do sexo masculi-no (média de idade 60,9 anos) e 4 sexo feminino(média de idade 59,7 anos), por um período deum ano.

Todos apresentavam úlceras e ou amputaçãono pé. Alguns pacientes apresentavam recidivaso quê seguindo as estatísticas, depois de umaamputação, passado alguns anos (média de 3anos) houve nova formação de úlcera. Paraanálise das úlceras, foi adotado o mesmo sis-tema de classificação de risco, utilizado peloConsenso Internacional do Pé Diabético - tabela01.

Estes dados são melhores visualizados natabela 02.

www.revistapodologia.com 25

Palmilhas Ortopédicasno Tratamento de Úlceras em Pés Diabéticos.

Podologo Israel de Toledo. Brasil.

Tabela 1

Page 26: N° 32 - Junho 2010 - revistapodologia.com Digital Gratuita... · freqüência se converte no reforço constante ... cação diabetologica e de vital importância para o ... Quinta

Segundo a estatística mostrada nesta pesquisade campo, observou-se que em média, tanto parahomes quanto mulheres, o resultado obtido foide 91% de êxito, no período 12 meses, paraúlceras do grau I,II e III.

Tendo como base estes casos diretamenteacompanhados e por histórico de outros, acom-panhados indiretamente (compreende-se porindiretamente, pacientes acompanhados, masnão tratados por nós dentro do ambulatório doHospital Brigadeiro (AHB) onde foram tratadospor técnicas tradicionais (palmilhas ortopédicascomuns e protocolo de feridas) que mesmoassistido, o paciente era submetido a longosanos de tratamento, com poucos resultados erecidivas posteriores.

Da mesma forma pacientes da UnidadeEspecífica de Saúde de São José dos Campos(UES_SJC), foram tratados pacientes encamin-hados depois de várias tentativas de tratamentosconvencionais, sem resultados satisfatórios, comrecidivas e alto custo ao Poder Público, basean-do-se nestes dados é que se desenvolve este arti-go.

Tratando e observando outros tratamentos eseus resultados, constata-se que não é por faltade conhecimento sobre diabetes ou de técnicasde curativos adotados que não se obtêm resulta-dos tão satisfatórios, como se poderia esperar; esim pelo fato de não se ter um amplo conheci-mento biomecânico, somado a uma má com-

preensão da técnica de palmilha usada oumesmo o uso de uma técnica inapropriada; daí anecessidade de uma boa e completa equipe mul-tidisciplinar.

Nota-se a preocupação dos órgãos públicoscom relação ao custo de uma equipe maisampla. Normalmente ela se resume em umMédico Endócrino, um Médico Vascular e equipede Enfermagem. Faz-se necessário salientar aimportância de um Podólogo com especialidadeem pés Diabéticos (que possa avaliar e tratar deforma propedêutica os pés), como também umbom Ortesista junto ao paciente, avaliando asdeformidades e alterações biomecânicas, juntoao Médico Ortopedista.

Os custos de uma equipe qualificada aumen-tam sim, mas os benefícios obtidos trazem umagrande economia e resultados não apenas com-pensatório como necessário. “O pé Diabético éuma das complicações mais graves e dis-pendiosas da Diabetes Mellitus, sendo o princi-pal motivo de ocupação das camas hospitalarespelos diabéticos e o responsável por 40 a 60% detodas as amputações efetuadas por causas nãotraumáticas” (Direção Geral da Saúde dePortugal circular nº 8/06). Por base em dadosreais é que deve-se intensificar a prevenção comoo maior e melhor tratamento de patologias paraos pés diabéticos.

As úlceras e feridas são as grandes vilâs,

www.revistapodologia.com 26

Tabela 2

Page 27: N° 32 - Junho 2010 - revistapodologia.com Digital Gratuita... · freqüência se converte no reforço constante ... cação diabetologica e de vital importância para o ... Quinta

responsáveis por internações e amputações.Segundo CALDEIRA In DUARTE (1997:327)”(...)estima-se que úlceras ocorram em cerca de 15%de todos os diabéticos sendo responsável por 6 a20% dos internações hospitalares por diabetes(...) alguns estudos epidemiológicos mostramque a úlcera do pé precede 85% das amputaçõesnos diabéticos”.

Já o Consenso Internacional sobre PésDiabéticos relata: “Em um estudo, os pacientesdiabéticos com lesões nos pés e doença vascularpermanecem hospitalizados por um períododuas vezes maior do que indivíduos não diabéti-cos com úlcera e DVP. Estima-se que o custo paracicatrização primária, sem amputação, seja emtorno de 7.000 a 10.000 dólares. O custo corres-ponde a longo prazo, ou seja, nova ulceração,nova amputação, assistência social, cuidadosdomiciliares após a cicatrização com ou semisquemia, foi estimado em torno de 16.000 a26.000 dólares.”

Tendo em vista tais fatores incidentes, há de sepensar ou reavaliar que tipo de tratamento con-servador tem sido aplicado nos centros de trata-mentos tanto público quanto privado. Uma boa ecompleta equipe multidisciplinar vai não apenastratar de forma mais ampla e completa seuspacientes, como também ira reduzir em muito oscustos posteriores, pela redução significativa dogastos com curaticos e tempo de internação.

Mas é no quisito Biomecânica que existe omaior e mais significativo problema. Para se

entender melhor, iremos analisar o sistema sen-sitivo-motor e suas alterações na marcha e pos-tura do indivíduo; segundo BARROSO C. (art./7)

“A polineuropatia sensitiva e sensitivo-motora-está sim mais relacionada com a patologia dopé- manifesta-se com o doente a referir sen-sação de parestesias ou encortiçamento dos pés,podendo haver dificuldades na marcha”. Aoexaminar-se diretamento os pés, vê-se umadiminuição da sensibilidade superficial e profun-da como também deformidades adquiridascomo, dedos em garra ou a neuroartropatia deCharcot.

²Porém, a mesma atrofia muscular pode aca-rretar outras deformidades como desabamentode arco trasnversso, do arco medial e como con-sequencia todo sistema postural.

Outro ponto a se considerar é que qualquerindivíduo não diabético, pode apresentar algumtipo de deformidade biomecânica, segundoBRICOT B. (84/01) “Desde que haja uma per-tubação, mesmo que mínima, no pé seja quantoa mobilidade ou quanto ao apoio, haverá obri-gatóriamente em cima um desequilibrio postur-al”.

Essas deformidades podem ser congênita,adquirida ou iatrogênita. Neste caso, vamos nosdeter nas deformidades adquiridas pois estãodiretamente ligadas a diabetes e suas conse-quencias, e continua BRICOT B. (84/01) sobre aorigem adquirida “essa ocorre por diferentestraumatismos, por má progamação primária damarcha, sapatos inapropriados e etorses podemtambém desestabilizar os pés e provocar dife-

www.revistapodologia.com 27

Page 28: N° 32 - Junho 2010 - revistapodologia.com Digital Gratuita... · freqüência se converte no reforço constante ... cação diabetologica e de vital importância para o ... Quinta

rentes pertubações que se fixarão em seguida, emesmo pequenas lesões e restrições de mobili-dade”.

Sendo assim os fatores biomecânicos quer con-gênitos ou adquiridos, criam deformidades econsequentemente pontos de pressão, geradoresde calosidades e lesões que vão em determinadotempo acometer o pé diabético.

Segundo ASTUR FILHO, NELSON (18/05) “umapressão exercida por longo tempo numa superfí-cie diminuída, como por exemplo, na sobrecargadas cabeças metatarsais, provocará umaisquemia, primeiro funcional e, (...) induzindo auma hipóxia local, que como resposta, poderáresultar na formação de calosidades”.

²Pela perda sensitiva, o paciente não tem refe-rência alguma quanto a formação de bolhas oumesmo lesão. Veremos a seguir uma figuraesquemática de CALDEIRA (329/98), que mostraa evolução sequencial de uma úlcera.

Podemos perceber que na base do esquemaaparecem as palavras: Postura instável, Calo,Stress tecidular, Aumento das pressões plantarese por ultimo a Lesão; onde todas são conseqüên-cias de uma alteração biomecânica.

O Consenso internacional sobre pés diabéticosde 2001, afirma que “Vários outros problemasenvolvendo a biomecânica são considerados rele-vantes para o pé diabético.

A neuropatia periférica causa aumento do bal-anço postural ortostático, mais quedas e feri-mentos durante as caminhadas, traumas nos pés(fraturas em metatarsos, por exemplo, sãocomuns) e pode alterar o modo de andar”.

Pode-se afirmar que, apesar de tantas litera-turas indicarem os calçados como um dos prin-cipais fatores causadores de lesões por traumamecânicos (e em partes o é), afirmo que as alte-rações biomecânicas somadas a deformidadesadquiridas é que sim, são as principais causasde lesões, já que uma vez instaladas, os pésapresentarão traumas mecânicos com ou semcalçados.

É de suma importância a compreensão destesfatores, pois isto determinará qual método a seraplicado e de que maneira ele será feito; é certoque, me refiro ao tratamento conservador e comofundamento deste artigo, o uso de palmilhasortopédicas. Sendo assim, os calçados passam aser não o problema e sim uma extensão deles.

¹Observa-se que pacientes com lesões por trau-ma mecânico, que são submetidos a repousoabsoluto, têm seus ferimentos cicatrizados,porém uma vez tendo alta médica, ao começar aandar, inicia-se o trauma mecânico e por esforçorepetitivo, instala-se novamente a lesão.

Uma vez analisada e vista as alterações bio-mecânicas, considerando o fato de que elas sãoagentes causadoras (quer de forma primária ousecundária) de lesões por trauma mecânico,advirto que se deve atentar para qual o tipo detratamento a ser aplicado para corrigir taisdeformidades.

As palmilhas ortopédicas têm por finalidaderedistribuir as cargas biomecânicas dos pés, ali-viando pontos de pressão tanto na forma estáti-ca quanto dinâmica. Tais palmilhas não podemser de material rígido a ponto de criar traumamecânico, lesionando as partes moles e o plexovenoso e nem macias a ponto de não sustentaras cargas dos arcos e as elevações necessárias.Devem ser anatômicas, o que particularmente,defino por ser anatômicas individualmente e nãoapenas de pessoa a pessoa, mas sim, diferen-ciando o pé direito do esquerdo. Devem ser pre-cisas, ainda que ajustadas várias vezes atéchegar a ser eficiente.

Temos que conhecer os pés, entender suaestrutura e biomecânica para então prescreverou mesmo, confeccionar uma boa palmilha.Segundo ASTUR FILHO, NELSON (18/05)“Respeitá-lo (os pés) consiste em, ao receitar umpar de palmilhas, eleger com acerto os materias,a forma, a consistência e a altura das estruturasdas palmilhas que vão estar em contato com ele”

Existem várias técnicas de palmilhas que pode-riam ser aplicadas, mas qual realmentealcançaria o objetivo esperado? Essa questão étotalmente relevante, já que, uma vez aplicadauma técnica errada, o tratamento será total-mente ineficaz; daí a controvérsia entre os dadosmostrados e confirmados neste artigo, comrelação a experiências negativas obtidas por ou-tros profissionais.

Tenho observado dentro de hospitais, UBS`s etantas outras clínicas, métodos de palmilhastotalmente inadequados, porém amplamente uti-lizados, o que torna decepcionante seus resulta-dos; e pior, tais métodos acabam por gerar umamá compreensão e consequentimente aaceitação deste tratamento conservador.

Quero apresentar o método utilizado, que temproporcionado resultados amplamente satis-fatórios no tratamento de úlceras em pés dia-béticos - a técnica de TOLEDO®. Porem antesquero destacar os pontos que diferenciam estatécnica e as demais existentes hoje no mercado,a começar pelo molde.

Todas as palmilhas existentes, se baseam emmoldes pré-estabelecidos para sua confecção, ouseja, os arcos (medial e transversso); estes sãopadrão, não respeitando a anatomia dos pés(normal, cavo I, II, III e plano I, II, III), as cunha

www.revistapodologia.com 28

Page 29: N° 32 - Junho 2010 - revistapodologia.com Digital Gratuita... · freqüência se converte no reforço constante ... cação diabetologica e de vital importância para o ... Quinta

ultilizadas como as pronadoras, supinadoras,valgizantes ou varizantes também, nunca levan-do em consideração peso ou mesmo a anatomiado pé.

Em outros tipos como as de silicone e EVA (oumesmo de outro material) em molde de espumafenólica (EF),uma das mais usadas, são impre-cisas, pois ao apoiar o pé sobre a EF, obtemosum molde preciso (a anatomia dos pés).

Porém qualquer alteração estática, por mínimaque seja, gera uma assimetria e uma falsa dis-tribuição de cargas na base plantar o que é cap-tada na EF, consequentemente, esta falsapressão é transmitida de forma posterior para osmoldes decorrentes, o que implica a própriapalmilha e sua função

Ao apoiar os pés sobre a EF, ocorre natural-mente uma oscilação na postura estática. Osfatores podem ser desde o esforço obtido daprópria gravidade como alterações posturais,dores, deficiência articulatória e tantos outrospodem obrigar o indivíduo a oscilar a dis-tribuição de cargas nos pés, alterando tambémos pontos de pressão que muitas vezes é o obje-to pela qual a palmilha está sendo feita.

Segundo BRICOT B. (84/01) “o pé é o traço deunião entre o desequilíbrio e o solo...Para con-seguir este efeito ele é obrigado a se torcer e a sedeformar com frequencia, de forma assimétrica

as vezes desarmônicas”.Ouso dizer que não é em cima de um molde

feito com precisão que a palmilha é feita e simnum molde feito sob oscilações. Tais dados sãoclaramente vistos na baropodometria.

Outro fator negatico é que o profissional queconfecciona a palmilha na maioria das vezes nãovê o pé do indivíduo, ou mesmo tirou o molde naEF. O fato do molde passar por vários profission-ais (nem sempre qualificados), cria umasomatória de possibilidades que gera impre-cisão, má interpretação e mesmo o erro.

Daí a pergunta, por que será que neste métodotradicional e tão amplamente usado, pacientesdiabéticos (por exemplo), usam tais palmilhasmuitas vezes por anos, sem resultados e ouresultados satisfatórios?

A técnica de TOLEDO® tem seu diferencialentre outras coisas na precisão, o que se iniciana avaliação feita nos pacientes antes do molde.Esta se refere a avaliação feita no podoscópio oubaropodômetro (para este artigo as avaliaçõesforam feitas no podoscópio, pois o mesmo podeter-se presente em todos os campós de recolhi-mento de dados). A avaliação consiste em obser-var os pontos de pressão de forma bípide eestática.

Estas imagens são digitalizadas e analisadas,posterior a isso, inicia-se o uso do pedígrafo onde

www.revistapodologia.com 29

Page 30: N° 32 - Junho 2010 - revistapodologia.com Digital Gratuita... · freqüência se converte no reforço constante ... cação diabetologica e de vital importância para o ... Quinta

o fotopodograma nos dará com certa precisão ocomprimento, largura e posição dos ossos. Osdados são anotados no proprio fotopodograma,anexado ao pedido médico, então é feito o molde.

O molde por sua vez é feito com o pacientedeitado numa maca ou cadeira podológica, semcargas e sem oscilação (por estar deitado). Estemétodo pode gerar controversias, como: o queacontecerá quando o paciente ficar em pé elançar cargas sobre ele, criará trauma mecânico?A resposta é não, o que veremos logo a seguir.

Aquecemos uma placa termomoldável específi-ca que irá ser moldada nos pés do paciente,obtendo com 100% de precisão, quanto ao for-mato do seu arco plantar. Assim como no exatomomento da moldagem podemos ver e analisar aúlcera e o melhor ponto de apoio pra distribuiçãode carga.

A placa é fina, resistente (de acordo com anecessidade) e com memória, sua depreciabili-dade pode chegar a 100% o que exime qualquerpossibilidade de trauma mecânico, isto se deve aofato do arco não ser maciço, porém anatomico.

Na momento da fabricação, o Ortesista terá emsua mãos uma séria de informações importantesque serão imprescindíveis para fabricação deuma boa e funcional palmilha. Informações comoa imagem (fotos) dos pés no podoscópio (plan-tar), vista posterior e outras se necessário;fotopodograma para saber a posição dos ossos eda úlcera, largura e comprimento dos pés, ondeestão anotados também as informações obtidascom a análise clínica dos pés; anexado ao pedi-do médico, e por último a placa moldada no pédo indivíduo, que será a plataforma para a con-fecção da palmilha (já que a placa se torna parteda mesma). Os materiais utilizados na confecçãodas plamilhas são diverssos, indo desde o EPDMao EVA podendo chegar até 5 tipos de materiasdiferentes numa mesma palmilha, estes são deci-didos com base nas informações obtidas. O quenão se utiliza é o silicone ou similares.

Tamanha precisão e informação leva aos resul-tados extremamente positivos, obtidos pela téc-nica de TOLEDO®. São as centenas de casostratados e acompanhados em pesquisas decampo, abrangendo todos os tipos de patologiasque acometem os pés, que confirmam a técnicade TOLEDO® como uma das mais novas e efi-ciente palmilha existente hoje no mercado.

Conclusão

A técnica de TOLEDO® é hoje uma moderna eeficiente palmilha, que de forma artesanal e alta-mente técnica, traz resultados importantes e umexcelente custo benefício ao usuário. Tais afir-

mações não são infundadas, mas sim, analisadase tecnicamente comprovadas, por meio depesquisas de campo e apoiadas em literaturascientíficas como as mencionadas, onde por elasa técnica foi desenvolvida, sempre buscando aeficiência de sua funcionabilidade em patologiasdiversas. Mas como base para este artigo, focan-do os pés diabéticos, afirmamos sua eficiênciano tratamento de úlceras de pressão, atingindoresultados diferenciados como nunca observadosnas técnicas atuais.

¹Israel de toledo - Podólogo, Ortesista, espe-cializado em pés diabéticos pelo HospitalBrigadeiro - SP, especializado em PalmilhasOrtopédicas (ABOTEC), criador da técnica TOLE-DO® de palmilhas ortopédicas, com anos deexperiência em equipe Interdisciplinar, no trata-mento de feridas em pés diabéticos por meio depalmilhas ortopédicas.

email: [email protected]

ReferênciasBRICOT, Bernard. Posturologia. 2 ed. São Paulo.2001ASTUR Filho, Nelson. Manual de Palmilhas Ortopédicas

e Calçados Ortopédicos.1ed.São Paulo.2005Consenso Internacional sobre o Pé Diabético. Secretaria

do Estado de Saúde do Distrito Federal.2001CALDEIRA,J.O Pé Diabético, in Duarte ET AL –

Diabetologia. Clinica Ed.Lidel.1997BARROSO, Carlos Manuel.Artigo – O Pé Diabético:Uma

Revisão. Escola Superior de Saúde JeanPiaget.Portugal.2006

(2) JORGE, SILVA ANGÉLICA – AbordagemMultiprofissional do Tratamento de Feridas. EditoraAtheneu.São Paulo.2003

(1)HOPPENFEELD.S- Propedêutica da Coluna eExtremidades.Editora Atheneu.São Paulo.2001

www.revistapodologia.com 30

Podoscópio vista plantar

Podoscópio vista posterior

Page 31: N° 32 - Junho 2010 - revistapodologia.com Digital Gratuita... · freqüência se converte no reforço constante ... cação diabetologica e de vital importância para o ... Quinta

G Y8

InscriçõesAbertas

Page 32: N° 32 - Junho 2010 - revistapodologia.com Digital Gratuita... · freqüência se converte no reforço constante ... cação diabetologica e de vital importância para o ... Quinta

Temos a satisfação de colocar em suas mãos o primeiro livrotraduzido para o português deste importante e reconhecidoprofissional espanhol, e colaborar desta forma com o avançoda podologia que é a arte de cuidar da saúde e da estéticados pés exercida pelo podólogo.

- Podólogo Diplomado em Podologia pela Universidade Complutense de Madri.

- Doutor em Medicina Podiátrica (U.S.A.)- Podólogo Esportivo da Real Federação Espanhola de

Futebol e de mais nove federações nacionais, vinte clubes, associações e escolas esportivas.

- Podólogo colaborador da NBA (liga nacional de basquete de USA).

Autor dos livros:- Podologia Esportiva - Historia clínica, exploração e caracte-rísticas do calçado esportivo - Podologia Esportiva no Futebol - Exostoses gerais e calcâneo patológico - PodologiaEsportiva no Futebol.

Professor de Cursos de Doutorado para Licenciados em Medicina e Cirurgia, Cursos de aperfeiçoamentoem Podologia, Aulas de prática do sexto curso dos Alunos de Medicina da Universidade Complutense deMadrid e da Aula Educativa da Unidade de Educação para a Saúde do Serviço de Medicina Preventiva doHospital Clínico San Carlos de Madri. Assistente, participante e palestrante em cursos, seminários, simpó-sios, jornadas, congressos e conferências sobre temas de Podologia.

Introdução - Lesões do pé - Biomecânica do pé e do tornozelo.- Natureza das lesões.- Causa que ocasionam as lesões.- Calçado esportivo.- Fatores biomecânicos.

Capitulo 1 Explorações específicas.- Dessimetrias. - Formação digital.- Formação metatarsal.

Capitulo 2 Exploração dermatológica.Lesões dermatológicas.- Feridas. - Infecção por fungos.- Infecção por vírus (papilomas).- Bolhas e flictenas. - Queimaduras.- Calos e calosidades.

Capitulo 3 Exploração articular.Lesões articulares.- Artropatias. - Cistos sinoviais.- Sinovite. - Gota.- Entorses do tornozelo.

Autor: Podologo Dr. Miguel Luis Guillén Álvarez

Capitulo 4 Exploração muscular, ligamentosa etendinosa.Breve recordação dos músculos do pé.Lesões dos músculos, ligamentos e tendões.- Tendinite do Aquiles. - Tendinite do Tibial. - Fasceite plantar.- Lesões musculares mais comuns.- Câimbra. - Contratura. - Alongamento.- Ruptura fibrilar. - Ruptura muscular.- Contusões e rupturas.- Ruptura parcial do tendão de Aquiles.- Ruptura total do tendão de Aquiles.

Capitulo 5 Exploração vascular, arterial e venosa.Exploração. Métodos de laboratório.Lesões vasculares.- Insuficiência arterial periférica.- Obstruções. - Insuficiência venosa.- Síndrome pós-flebítico.- Trombo embolismo pulmonar.- Úlceras das extremidades inferiores.- Úlceras arteriais. - Úlceras venosas.- Varizes. - Tromboflebite.

Capitulo 6Exploração neurológica.Lesões neurológicas.- Neuroma de Morton. - Ciática.

Capitulo 7Exploração dos dedos e das unhas.Lesões dos dedos.Lesões das unhas.

Capitulo 8 Exploração da dor.Lesões dolorosas do pé.- Metatarsalgia. - Talalgia. - Bursite.

Capitulo 9Exploração óssea.Lesões ósseas.- Fraturas em geral.- Fratura dos dedos do pé.- Fratura dos metatarsianos.

Capitulo 10 Explorações complementares- Podoscópio. - Fotopodograma.- Pé plano. - Pé cavo.

Vendas: Mercobeauty Imp. e Exp. Ltda. Tel: (#55-19) 3365-1586Shop virtual: www.shop.mercobeauty.com

[email protected] - w w w. r e v i s t a p o d o l o g i a . c o m

Indice

Page 33: N° 32 - Junho 2010 - revistapodologia.com Digital Gratuita... · freqüência se converte no reforço constante ... cação diabetologica e de vital importância para o ... Quinta

Email : rev is ta@revis tapodolog ia .com - rev is tapodolog ia@gmai l .comShop vir tual : www.shop.mercobeauty.com

Tel . : #55 - (19) 3365-1586 - Campinas - SP - Brasi l

P O S T E R SP O D O L Ó G I C O S

D I D Á T I C O S4 0 x 3 0 c m

ESQUELETODEL PIE 1ESQUELETODO PÉ 1

ONICOMICOSIS - ONICOMICOSES

CALLOSIDADES Y TIPOS DE CALLOS CALOSIDADES E TIPOS DE CALOS

CLASIFICACIÓN MORFOLÓGICA DE LOS PIESCLASIFICAÇÃO MORFOLÓGICA DOS PÉSESQUELETO DEL PIE 2

ESQUELETO DO PÉ 2

SISTEMA MÚSCULO VASCULARSISTEMA MÚSCULO VASCULAR

REFLEXOLOGIA PODAL