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/ 2007 Novembro Acesse a página do Sindicato: www.bancariosabc.org.br ANO XIII - Sindicato dos Trabalhadores em Empresas do Ramo Financeiro do Grande ABC - Filiado à Fetec SP/CUT e Contraf/CUT Nº 586 Sindicato participa de ato contra privatizações no governo Serra Ameaças atingem o banco Nossa Caixa, cuja matriz centralizou os protestos dos sindicalistas no dia 8 de novembro Diretores do Sindicato participaram no último dia 8 de ato contra a possível privatização da Nossa Caixa e outras empresas públicas pelo governo Serra. A manifestação, em frente à matriz do banco na rua XV de Novembro, no Centro Velho de São Paulo, distribuiu “caixinhas de presentes” para denunciar o que vem sendo retirado da Nossa Caixa. A suspeita de que José Serra pretende iniciar processo de privatização ganhou força com a escolha, pelo governo, dos bancos Citibank e Fator para avaliar o valor de 18 estatais paulistas e gerenciar possível venda. O processo foi suspenso após obtenção de liminar. No próximo dia 22, os trabalhadores de estatais alvos desta possível onda de privatização do governo paulista lançam uma campa- nha em defesa das empresas do Estado. “Não dá para assistir passivamente a mais um golpe contra o povo paulista. Os tucanos fizeram muitos estragos entregando empresas brasi- leiras de mão beijada a grupos estrangeiros. Não vamos admitir que isso ocorra também com a Nossa Caixa, um banco público que tem importante papel social”, destaca a diretora sindical Marilda Marin, funcionária da Nossa Caixa. As privati- zações já foram questionadas na Assembléia Legislativa (Alesp), mas sem que o governo admitisse o processo em curso. Em março passado, o governo Serra sacou R$ 2,1 bilhões, que representam 80% do patrimônio do banco, em troca da manu- tenção das contas da folha de pagamento do funciona- lismo por cinco anos. E, há três meses, enviou à Alesp projeto-de-lei autorizando transferência de 70% dos depósitos judiciais e adminis- trativos existentes no banco para a conta única do Tesouro Estadual. Outras empresas públicas na mira de José Serra são a Cesp, Sabesp, Metrô, Emplasa, Dersa e CDHU. “São setores essenciais que não podem simplesmente ser vendidos. O Estado tem um compromisso com a popula- ção, não pode sair sucateando o que existe para justificar uma venda”, afirma Marilda. Em 2001, foi aprovada na Alesp a venda de 48% das ações e de sete subsidiárias da Nossa Caixa, sendo que 28% destas ações foram vendidas. Apesar dessa ope- ração ainda não tirar o controle do Estado sobre o banco, como o governo de José Serra tem maioria na Marilda Marin, diretora do Sindicato, representa o ABC na atividade e fala à população de São Paulo Seeb ABC Pág. 01 Assembléia, é sério o risco de que ocorra uma mudança de regras para permitir a venda total da instituição financeira pública. “Por isso estamos mobilizados e solidários com os trabalhadores das demais empresas ameaçadas, pedin- do o apoio de todos os funcionários do banco em mais esta luta”, lembra a diretora sindical. Leia o artigo desta semana “O inferno de Dante” página 2 página 4 página 3 COE reúne-se com Santander na terceira rodada de negociação Sindicato começa a resgatar história Na ponta da Língua Leia matéria sobre a Marcha da Classe Trabalhadora no De Olho no Site Saiba mais sobre férias na coluna Direitos Diretores do Sindicato participam de paralisação em Curitiba Mês da Consciência Negra terá programação cultural Bancos só podem abrir agências com segurança e mais...

Nº 586 Sindicato participa de ato contra privatizações ... · Sindicato participa de ato contra privatizações no governo Serra ... suspenso após obtenção de liminar. No próximo

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Page 1: Nº 586 Sindicato participa de ato contra privatizações ... · Sindicato participa de ato contra privatizações no governo Serra ... suspenso após obtenção de liminar. No próximo

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Acesse a página do Sindicato: www.bancariosabc.org.br

ANO XIII - Sindicato dos Trabalhadores em Empresas do Ramo Financeiro do Grande ABC - Filiado à Fetec SP/CUT e Contraf/CUT Nº 586

Sindicato participa de ato contraprivatizações no governo SerraAmeaças atingem o banco Nossa Caixa, cuja matriz centralizou os protestos dos sindicalistas no dia 8 de novembro

Diretores do Sindicatoparticiparam no último dia 8de ato contra a possívelprivatização da Nossa Caixae outras empresas públicaspelo governo Serra. Amanifestação, em frente àmatriz do banco na rua XV deNovembro, no Centro Velhode São Paulo, distribuiu“caixinhas de presentes” paradenunciar o que vem sendoretirado da Nossa Caixa. Asuspeita de que José Serrapretende iniciar processo deprivatização ganhou forçacom a escolha, pelo governo,dos bancos Citibank e Fatorpara avaliar o valor de 18estatais paulistas e gerenciarpossível venda. O processo foisuspenso após obtenção deliminar.

No próximo dia 22, ostrabalhadores de estataisalvos desta possível onda deprivatização do governopaulista lançam uma campa-nha em defesa das empresasdo Estado. “Não dá paraassistir passivamente a maisum golpe contra o povopaulista. Os tucanos jáfizeram muitos estragosentregando empresas brasi-leiras de mão beijada a gruposestrangeiros. Não vamosadmitir que isso ocorratambém com a Nossa Caixa,

um banco público que temimportante papel social”,destaca a diretora sindicalMarilda Marin, funcionáriada Nossa Caixa. As privati-zações já foram questionadasna Assembléia Legislativa(Alesp), mas sem que ogoverno admitisse o processoem curso.

Em março passado, ogoverno Serra sacou R$ 2,1bilhões, que representam80% do patrimônio dobanco, em troca da manu-tenção das contas da folha depagamento do funciona-lismo por cinco anos. E, hátrês meses, enviou à Alespprojeto-de-lei autorizandotransferência de 70% dosdepósitos judiciais e adminis-trativos existentes no bancopara a conta única do TesouroEstadual. Outras empresaspúblicas na mira de José Serrasão a Cesp, Sabesp, Metrô,Emplasa, Dersa e CDHU.“São setores essenciais quenão podem simplesmente servendidos. O Estado tem umcompromisso com a popula-ção, não pode sair sucateandoo que existe para justificaruma venda”, afirma Marilda.

Em 2001, foi aprovada naAlesp a venda de 48% dasações e de sete subsidiárias daNossa Caixa, sendo que 28%

destas ações já foramvendidas. Apesar dessa ope-ração ainda não tirar ocontrole do Estado sobre obanco, como o governo deJosé Serra tem maioria na

Marilda Marin, diretora do Sindicato, representa o ABC na atividade e fala à população de São Paulo

Seeb ABC

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Assembléia, é sério o risco deque ocorra uma mudança deregras para permitir a vendatotal da instituição financeirapública. “Por isso estamosmobilizados e solidários com

os trabalhadores das demaisempresas ameaçadas, pedin-do o apoio de todos osfuncionários do banco emmais esta luta”, lembra adiretora sindical.

Leia o artigo desta semana “O infernode Dante”

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COE reúne-se com Santander naterceira rodada de negociação

Sindicato começa a resgatarhistória

Na ponta da Língua

Leia matéria sobre a Marcha da ClasseTrabalhadora no De Olho no Site

Saiba mais sobre férias na colunaDireitos

Diretores do Sindicato participam deparalisação em Curitiba

Mês da Consciência Negra teráprogramação cultural

Bancos só podem abrir agências comsegurança

e mais...

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O inferno de Dante

HSBCDiretores do Sindicato participamde paralisação em CuritibaFuncionários lutam pelo fim das demissões e por melhores condições de trabalho

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Sérgio Braga,secretário de

Finanças da Contraf

No último dia 12 diretoresdo Sindicato participaram deparalisação dos funcionáriosdo HSBC na matriz do bancoem Curitiba (Palácio Ave-nida) e nos centros adminis-trativos Vila Hauer, Kennedye Xaxim contra a retomada doprocesso demissional. Maisde 5.000 trabalhadorescruzaram os braços.

No final do mês passado, oHSBC havia garantido emnegociação com os repre-sentantes dos bancários quenão tinha demissões pro-gramadas. Dias depois, obanco mandou embora 120trabalhadores, sendo 66apenas em Curitiba. No Riode Janeiro, a empresa decrédito Losango, do grupoHSBC, demitiu outros 90funcionários.

A mobilização teve iníciologo cedo, às 6h, quandosindicalistas de todo o país seconcentraram em frente aosprincipais portões de acessodos centros administrativos,que permaneceram fechados

Os adeptos da leituradiária de jornais e revistasno Brasil vivem diasdifíceis. Decerto que háexceções, mas são dias deterror. Todos as manhãsacordo com a ligeiraimpressão de que vou medeparar com as seguintesmanchetes:

Veja - “Freira que deuchá a João Paulo I namadrugada da sua mortenega, mas foramencontrados panfletos doPT no seu hábito”.

Folha - “Lula, comosempre, diz que não sabede nada, mas Berzoiniencontrou-se com BinLaden mês passado”.

Estadão - “Descobertoo mistério: Al Qaeda querdizer PT em aramaico”.

IstoÉ - “Exclusivo: nomesde Lula e José Dirceuaparecem em listaencontrada na bolsa deJudas Escariotes, dizpesquisador do Vaticano”.

O Globo - “Encontrado,em fuga, militante do PTpróximo ao Rebouças nodia do deslizamento”.

Jornal do Brasil -“Marcola fala tudo. PTsaudações”.

No Brasil, a imprensa temum comportamento simi-lar ao da agroindústria dacana-de-açúcar em Ala-goas. São poucas famíliasque dominam o setor, etêm profundo desprezopelo povo. Jornalismo é aúnica coisa que nãopraticam. Verdadeirasmajestades, em geral,sempre contribuíram parao atraso da nação, repito,salvo honrosas exceções.(...) Leia íntegra no site.

Plano de Saúde é pautade reunião com o Itaú

Paralisação reuniu mais de5.000 bancários

Fotos: Cadi Busattodurante todo o dia. Naprincipal agência do HSBCem Curitiba, o PalácioAvenida, os caixas automá-ticos também não funcio-naram.

“O banco não honrou coma palavra, disse que nãohaveria demissões mas fez ocontrário”, afirma BelmiroMoreira, diretor do Sindicatoe funcionário do HSBCpresente na mobilização.“Essa paralisação foi só umaviso do que irá ocorrer caso obanco mantenha essa pos-tura”, completa Anaide Silva,diretora do Sindicato efuncionária da instituição quetambém participou da ativi-dade.

Entre as reivindicações dosbancários está o cumpri-mento da Convenção 158 daOrganização Internacionaldo Trabalho (OIT), que inibedemissões imotivadas.Com informações do SeebCuritiba

Bancos só podem abriragências com segurança

No dia 9 de novembrohouve reunião do Comitê deAcompanhamento do Planode Saúde do Itaú (CAPS) naqual representantes dobanco apresentaram justifi-cativas para os reajustespropostos para o plano.

De forma geral, os ban-cários consideram correta amanutenção dos valorescobrados pelo Plano em 3,5%do salário, como acordadoanteriormente. Porém, dis-cordam em relação aoreajuste que o banco propõeaos agregados.

Entre as reivindicaçõesfeitas pelos funcionários estáque o valor do fator mode-rador se mantenha inalte-rado. Também foi solicitadoque o valor do reembolso sejaampliado para duas vezes ovalor da consulta, subindopara R$ 76.

Na madrugada do últimodia 8 a agência Diadema daNossa Caixa foi arrombada.Mesmo assim, foi abertanormalmente para atendi-mento à população, com ouso de cadeiras para fechar aparte do vidro quebrada.Diretores do Sindicato esti-veram presentes à agência eforam informados que amesma situação já haviaocorrido no mês de setembro,porém sem abertura aopúblico. Além disso, o localfoi assaltado várias vezes.

O Sindicato encaminhoucarta ao Núcleo de Apoio daNossa Caixa informando oocorrido. “Exigimos a ime-diata restauração do vidroquebrado e a manutenção dovigilante noturno pela vulne-rabilidade a que estão sub-metidos os funcionários,clientes e usuários do banco”,

”Chegamos a uma situaçãolimite com o plano de saúde,porque o banco não temrespeitado a auto-gestão eimplementado, de formaunilateral, reajustes muitoalém do acordo firmado.Auto-gestão significa que ostrabalhadores tomem partenas decisões e estamosreivindicando esse direito”,afirma Adma Gomes, dire-tora do Sindicato e funcio-nária do Itaú.

Nesta reunião também foicobrada resposta sobre oaditivo do Contrato deTrabalho. O banco disse queainda está revisando.

Confira em nosso sitewww.bancariosabc.org.br oresultado da negociaçãosobre outros temas, comoplano odontológico e apo-sentados.Com informações da Contraf

explica Marilda Marin,diretora do Sindicato efuncionária da Nossa Caixa.“Acreditamos que a segu-rança de todos os trabalha-dores deve ser vista pelaempresa como prioridade”,finaliza Marilda.DenuncieDenuncieDenuncieDenuncieDenuncie

O Sindicato alerta osbancários que, caso esse tipode situação ocorra em outrasagências e bancos, comuni-quem imediatamente àentidade para que possam sertomadas todas as provi-dências necessárias. Ne-nhum local de trabalho podeser aberto sem que ofereça asmínimas condições de segu-rança aos trabalhadores,clientes e usuários.

Faça a sua parte, denunciequalquer irregularidade, entreem contato com o Sindicato,ligue 4993-8299.

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Leia as matérias na íntegra em nosso site.

SantanderCOE reúne-se com Santander naterceira rodada de negociaçãoComissão de Organização dos Empregados apresenta novas demandas para inclusão na CCT

Trabalhadores apresentamagenda de desenvolvimento

Centrais Sindicais lançam a 4ªMarcha da Classe Trabalhadora

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A CUT e outras quatro centrais sindicais lançaram no último dia 7 a 4ªMarcha da Classe Trabalhadora. O lançamento foi feito no Senado e aMarcha está programada para o dia 5 de dezembro.Entre as principais reivindicações estão a redução da jornada de trabalhosem corte no salário, mais e melhores empregos e o fortalecimento daseguridade social e das políticas públicas. A expectativa das centrais éreunir cerca de 50 mil trabalhadores na Marcha.Após o evento de lançamento, realizado no auditório Petrônio Portela,os sindicalistas encaminharam a pauta de reivindicações ao presidenteinterino do Senado, Tião Viana, e ao presidente da Câmara dosDeputados, Arlindo Chinaglia.

2007Novembro

Numa carreata que contou com aproximadamente 500veículos, militantes de 300 sindicatos filiados à CUT-SP sedeslocaram da sede Central até a Assembléia Legislativa doEstado de São Paulo (Alesp) para lançar, na manhã de 13 denovembro, a Agenda dos Trabalhadores peloDesenvolvimento com Distribuição de Renda no Estado deSão Paulo. Dirigentes da Fetec SP e do Sindicato dosBancários do ABC estiveram na atividade representando acategoria bancária.

Santander vende a parte italianado ABN/Amro

O Santander anunciou no dia 8 a venda da parte italiana do ABN/Amro.O grupo holandês havia adquirido no ano passado o banco Antonvenetada Itália por 7,5 bilhões de euros e agora o Santander, que comprou oABN, vendeu a parte italiana por 9 bilhões de euros.

Férias

Departamento Jurídico

No último dia 9 foi realizadaa terceira rodada denegociações entre os repre-sentantes dos bancários e oSantander. Em pauta ascláusulas já existentes quenecessitam de melhorias ealgumas demandas novaspara inclusão no aditivo àConvenção Coletiva deTrabalho 2007/2008.

O banco acatou a reivin-dicação da Comissão deOrganização dos Emprega-dos (COE), da qual o Sindi-cato participa, de estabilidadeprovisória de 120 dias parapais e mães que adotaremcrianças de até 12 anos(cláusula 36). No acordo atualapenas as mães eram con-templadas com o benefícioem caso de adoção de criançade até 3 anos.

Sobre as férias os bancáriosreivindicaram que a escaladeve ser debatida com osfuncionários. A direção doSantander não aceitou ainserção desta cláusula no

Fonte: Contraf

Fonte: Contraf, com informações da Agência Senado e Fenae

Ageu Ribeiro, diretor do Sindicato (segundo da dir. para esq., defrente), participa da negociação com o Santander

Gerardo Lazzari

BV São Caetano faz adiferença para a criançada

Funcionários, dirigentes, operadores, lojistas, parceiros ecolaboradores da BV Filial São Caetano confirmam o exemplode que a união em torno de um objetivo traz resultadosconcretos. Com a atuação desses voluntários foramentregues 2.700 brinquedos na comemoração do Dia dasCrianças no Espaço Viver Melhor, no dia 20 de outubro.Além dessa arrecadação, um grupo de voluntários ajudouno dia do evento com a entrega dos brinquedos e houve umaapresentação teatral, disponibilizada a partir da mobilizaçãoda BV São Caetano.

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Fonte: Fetec SP

A CLT estabelece que todoempregado terá direitoanualmente ao gozo de umperíodo de férias, semprejuízo de remuneração.A Constituição Federal,por sua vez, garante que,além da remuneração,será devido 1/3 do salárioa mais na ocasião dasférias. A remuneração aser considerada parapagamento das férias éaquela paga no momentoda concessão, acrescidados adicionais noturno einsalubre e da média dashoras extras.As férias serão concedidasnos doze meses subse-qüentes a data em que oempregado tiver adquiridoo direito, sob pena deserem pagas em dobro.Quem define as férias é oempregador, que deverácomunicá-las por escritoao empregado, com ante-cedência de, no mínimo,30 dias.Em regra, as férias devemser concedidas num únicoperíodo, e, somente emcasos excepcionais pode-rão ser fracionadas emdois períodos, sendo queum deles não poderá serinferior a 10 dias corridos.Mas, atenção: é você,empregado, quem decidese irá ou não converter 1/3das férias em dinheiro; ouseja, é o empregado quemdecide se irá usufruir de 30dias de férias ou de 20dias. O empregador nãopode obrigá-lo a gozar deapenas 20 dias, compe-lindo-o a receber os dezdias restantes em dinheiro.Essa prática é abusiva e,ocorrendo na sua agência,deve ser comunicada aoSindicato. Para que asprovidências legais sejamtomadas, ligue 4993-8299e informe-nos.

aditivo, entretanto, disse quea orientação passada aosgestores é de que não seja feitanenhum tipo de coação nestesentido. Os dirigentes sindi-cais ressaltaram que irãodenunciar os gestores quenão seguem essa orientaçãoe praticam assédio moral aoimpor meses indesejados eobrigar a venda de dez diasde férias. O Santander sedispôs a discutir o assunto nasreuniões do Comitê deRelações Trabalhistas.

Referente à RemuneradaPré-Aposentadoria (cláusula40), conhecida como pijama,o banco não quis nem discu-tir o assunto, alegando queenfrentou mais de mil açõesna Justiça de funcionários quechegaram a se beneficiar dacláusula.

Mesmo com a insistênciados representantes dosbancários em pedir isonomiano pagamento de vale-refeição aos funcionáriosafastados pelo prazo de seis

meses, o mesmo de conces-são da cesta-alimentação, oSantander também rejeitou aproposta.NegociaçãoNegociaçãoNegociaçãoNegociaçãoNegociação

No dia 14 de novembroocorreu a última negociaçãodos funcionários com obanco para concluir os deba-tes das novas propostas, entreas quais auxílio educacional,estabilidade pré-aposenta-

doria de 36 meses e PCS(Plano de Cargos e Salários),discutir os termos aditivos daCabesp e Banesprev e oPrograma de Participação nosResultados (PPR). Até ofechamento desta edição areunião não havia sidoconcluída. Confira oresultado em nosso sitewww.bancariosabc.org.br.Com informações da Afubesp

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/2007NovembroMemóriaSindicato começa a resgatar história

www.bancariosabc.org.br

Presidente:Maria Rita Serrano

Diretor de Imprensa:Ageu Ribeiro

Jornalista responsável,redação e diagramação:

Roberta Alves (MTB 42.757)Redação e revisão:

Maria Angélica Ferrasoli(MTB 17.299)

Sede: Rua Xavier de Toledo,268, Centro, Santo André, SP

CEP 09010-130Fone: (11) 4993-8299Fax: (11) 4993-8290

Projeto gráfico:Marcelo RodriguezImpressão: NSA

Editado em 14/11/2007Tiragem: 7.500

E-mail:[email protected]

Dois ex-presidentes da entidade e o metalúrgico Philadelpho Braz, referência para o sindicalismoda região, participam de café e entrevistas na sede

SALÁRIO E CONDIÇÕES“Como o professor tem de fazerjornada tripla, se precisa ir aomédico, muitas vezes, tem defaltar. O professor precisa termelhores condições detrabalho e um bom salário parapoder diminuir a jornada”.Carlos Ramiro de Castro,presidente do sindicato dosprofessores do ensino públicode São Paulo, sobre as faltas deprofessores na rede estadual(FSP - 12/11/07)

PELA AULA“A secretaria e as associaçõesde classe precisam sentar e seacertar. O que não pode é oaluno ficar sem aula”.Sonia Penin, diretora daFaculdade de Educação da USP(FSP - 12/11/07)

FRASES“Ainda não vi ninguém que amea virtude tanto quanto ama abeleza do corpo”.Confúcio

“Adote o ritmo da natureza. Osegredo dela é a paciência”.Ralph Waldo Emerson

“Ainda não se levantaram asbarreiras que digam ao gênio:‘daqui não passarás’”.Beethoven

Da dir. para esq.: Maria Rita Serrano, presidenta do Sindicato;Lincoln S. Grillo, primeiro presidente da entidade; PhiladelphoBraz, metalúrgico, e sua esposa, Lourdes M. Braz

Fotos: Roberta Alves

Mês da Consciência Negra terá programação cultural

O Sindicato recebeu na última quinzenatrês importantes representantes da história daentidade e região: o metalúrgico PhiladelphoBraz, referência para o movimento sindical noGrande ABC a partir da década de 40; Lincolndos Santos Grillo, ex-prefeito de Santo Andrée o primeiro presidente da associação eposteriormente Sindicato dos Bancários doABC, e Osmar Marquezini, que esteve à frenteda entidade por mais de uma década. As visitasfazem parte de projeto de memória que começaa ser desenvolvido pelo Sindicato e deveculminar em publicação, vídeo e exposições em2009, quando a entidade completa 50 anos.

Durante conversas informais e entrevistas

com os três foi possível dar início à reconstruçãodo período originário da entidade até meadosdos anos 80. Informações valiosas – como opanorama político, concentração de forças einfluência no sindicalismo regional – foramconsolidadas pelos depoimentos, emboraexistam ainda várias indagações a seremesclarecidas nesta verdadeira linha do tempo.Para respondê-las e acrescentar novos dados, oSindicato prossegue buscando contatos comex-sindicalistas ou bancários que ajudaram aconstruir essa história. Caso você conheçaalguém nessa situação ou tenha pessoalmenteparticipado, entre em contato pelo telefone4993-8299.

Maria Rita Serrano, presidenta do Sindicato, conversa com um dosex-presidentes da entidade, Osmar Marquezini

Atividades e protestos serão realizados em várias cidades do País, entre as quais Santo André

O mês da Consciência Negra será marcado por váriasatividades culturais e protestos no País. Já o feriado, em 20de novembro, registra a morte de Zumbi dos Palmares noano de 1695 e atinge 262 cidades espalhadas pelo País,entre elas seis do Grande ABC - a única exceção é SãoBernardo. Em São Caetano a Prefeitura antecipou a folgapara o dia 16, emendando com o feriado da Proclamaçãoda República, enquanto Diadema terá o feriado pelaprimeira vez, apesar de já adotar o mês da Kizomba (sériede comemorações e atividades relacionadas à data) desde2001. O Sindicato não terá expediente neste dia.

O Quilombo dos Palmares é o mais conhecido núcleo deresistência negra à escravidão no Brasil. Localizado naSerra da Barriga, por volta de 1600 (hoje União dosPalmares, em Alagoas), reuniu mais de 30 mil pessoas,resistindo a investidas militares de portugueses eholandeses. Zumbi, que teria nascido livre ali, foi raptadoe dado a um padre ainda criança, mas fugiu e retornou aPalmares aos 15 anos, tornando-se líder daquelacomunidade. Traído, foi capturado e morto pelas tropasportuguesas.

Santo AndréSanto AndréSanto AndréSanto AndréSanto AndréEntre as várias atividades que marcam o mês em Santo

André estão a celebração de missa afro, na Igreja do Carmo,a partir das 19h do dia 20, seguida da Festa do Beco (20h,na Praça do Carmo) e o Chá Brecha, dia 25 às 15h, noCentro Comunitário Jardim Santo André – Rua Galiléia,32. Palestras, vídeos e discussões literárias integram aprogramação, que pode ser conferida no http://www.santoandre.sp.gov.br/bn_conteudo.asp?cod=6875.

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