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EMPRESÁRIOS DO MERCADO DE HIGIENE E LIMPEZA COMEMORAM RESULTADOS POSITIVOS E PROJETAM CRESCIMENTO A MÉDIO E LONGO PRAZO. O DESAFIO, NO ENTANTO, É CORRER CONTRA O TEMPO PARA ENTENDER AS TRANSFORMAÇÕES DO SETOR. PÁGINA 32 | Daniel Wehmuth, da Quimisa. Fatura- mento da empresa é superior a R$ 170 milhões. ISSN 2176-5553 1ヤ0(52 35(d2 5 9 772176555004 N QUEM NÃO QUER AS CHUTEIRAS PENDURAR QUEM NÃO QUER AS CHUTEIRAS PENDURAR QUAIS RESULTADOS APRESENTAM AS EMPRESAS QUE CONTRATAM PESSOAS COM DEFICIÊNCIA? Pág. 46 O EXEMPLO DE EMPRESÁRIOS QUE MANTÊM-SE À FRENTE DE NEGÓCIOS HÁ DECADAS E DESCARTAM PARAR. PÁGINA 38 O EXEMPLO DE EMPRESÁRIOS QUE MANTÊM-SE À FRENTE DE NEGÓCIOS HÁ DÉCADAS E DESCARTAM PARAR. PÁGINA 38 NESTA EDIÇÃO MOBILIDADE MOBILIDADE As empresas que aproveitam a explosão das vendas de tablets e smartphones. SEU ERP NAS NUVENS O poder dos sistemas de gestão baseados em cloud computing. E MAIS: 32/26 7(&12/ミ*,&26 ,19(67,'25(6 $1-2 0(5&$'2 '( *$0(6 &20e5&,2 (/(75ム1,&2 &20e5&,2 (/(75ム1,&2 Especialistas ensinam como montar uma SVQH ]PY[\HS LトJHa (63(&,$/ 62)7:$5( 1$&,21$/ (63(&,$/ 62)7:$5( 1$&,21$/

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EMPRESÁRIOS DO MERCADO DE HIGIENE E LIMPEZA COMEMORAM RESULTADOS POSITIVOS E PROJETAM CRESCIMENTO A MÉDIO E LONGO PRAZO. O DESAFIO, NO ENTANTO, É CORRER

CONTRA O TEMPO PARA ENTENDER AS TRANSFORMAÇÕES DO SETOR.PÁGINA 32

| Daniel Wehmuth, da

Quimisa. Fatura-mento da empresa

é superior a R$ 170 milhões.

ISSN 2176-5553

9 772176555004

N

QUEM NÃO QUER

AS CHUTEIRASPENDURAR

QUEM NÃO QUER

AS CHUTEIRASPENDURAR

QUAIS RESULTADOS APRESENTAM AS EMPRESAS QUE CONTRATAM PESSOAS COM DEFICIÊNCIA? Pág. 46

O EXEMPLO DE EMPRESÁRIOS QUE MANTÊM-SE À FRENTE DE NEGÓCIOS HÁ DECADAS E

DESCARTAM PARAR.PÁGINA 38

O EXEMPLO DE EMPRESÁRIOS QUE MANTÊM-SE À FRENTE DE NEGÓCIOS HÁ DÉCADAS E

DESCARTAM PARAR.PÁGINA 38

NESTA EDIÇÃO

MOBILIDADEMOBILIDADEAs empresas que aproveitam a explosão das vendas de tablets e smartphones.

SEU ERP NAS NUVENSO poder dos sistemas de gestão baseados em cloud computing.

E MAIS:

Especialistas ensinam como montar uma

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Setores da economia antes considerados com baixo grau de adesão a sistemas de gestão mostram que esse quadro

entrar em uma nova realidade informatizada.

Em um canteiro de obras, é possível deparar-se com vários materiais e operários fazendo atividades comuns a esses locais, como trabalhadores carregando tijolos, preenchendo lajes

e operando elevadores. Adicione a essa cena um operário portando um iPad e fazendo coleta de dados sobre cada processo que ocorre lá dentro, transmitindo as informações em tempo real para engenheiros e gestores de obra que podem estar a quilômetros de distância dali.

Talvez pareça incomum tal descrição, mas tem se tornado cada vez mais presente no cotidiano dos canteiros de obras – pelo menos para as em-presas que adquiram o sistema Mobuss, da Tecló-gica, sediada em Blumenau.

Não foi por acaso que a empresa resolveu in-vestir no setor da construção civil. Quando refez seu planejamento estratégico em 2008, a com-panhia buscava renovar seu direcionamento de mercado. Uma das consequências dessa reformu-lação foi o nascimento da área de produtos, com o intuito de desenvolver a expansão da empresa por meio de soluções segmentadas para setores espe-cíficos, e o primeiro foi construção civil.

Os grandes eventos esportivos e programas como o PAC fizeram o setor entrar em franca

expansão. Nesse contexto que foi lançado o Mo-buss, um produto operado através de dispositivos móveis com atualização em tempo real e que pode ser acessado através de qualquer navegador. Os módulos incluem controles de apontamentos, se-gurança, materiais e qualidade.

Nele, pode-se apurar, por exemplo, o tempo de construção de uma laje e, com base na ve-locidade de produção, mensurar se aquela tare-fa será terminada no prazo, ou ainda visualizar com antecedência um possível atraso e alocar recursos para evitar tal prejuízo. Tudo isso atra-vés de smartphones ou tablets.

O controle de equipamentos de segurança é

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MAIS

INSERIDOS

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Adriana Bombassaro,

diretora de produtos

da Teclógica. Pela maior

aceitação dos produtos, vale

até ajudar o cliente a comprar

seu tablet.

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outro atrativo. Com um dispositivo móvel, um supervisor pode aplicar treinamentos, entregar os Equipamentos de Proteção Individual (EPI) e coletar assinaturas digitais, fazendo total gestão de estoque e entregas por indivíduo.

Além disso, o sistema permite a integração com outros ERPs ou sistemas de planejamento da em-presa. “Isso representa menos atraso em obras, melhor uso dos recursos e consequentemente re-dução dos custos”, afirma a diretora de produtos, Adriana Bombassaro Alexandre.

Contudo, nem tudo foi um mar de rosas no ca-minho do Mobuss e da Teclógica. Adriana conta que, no início, havia certo receio sobre a aceitação. Antes que isso pudesse se tornar um problema, ela e os demais diretores agiram. “Percebemos que mui-

tos clientes concordavam em adquirir nosso produ-to, porém tinham dúvidas sobre qual tablet com-prar ou qual plano de Internet 3G assinar”, lembra. Estender a assessoria à aquisição dos equipamentos foi uma maneira eficaz de aumentar o número de clientes, uma vez que se sentiram acolhidos tanto na parte de software quanto em hardware.

Outra situação que ajudou na inserção do Mo-buss entre players-chave da construção civil foi a percepção de valor agregado. Em geral, quem uti-liza o sistema no canteiro de obras é um colabora-dor conhecido como apropriador de informações. Muitas vezes, são trabalhadores que iniciaram a carreira em funções basicamente braçais. Assim, participar de atividades em nível gerencial com um dispositivo mobile em mãos representa a continui-dade de um processo de ascensão profissional.

Os benefícios que trazem sistemas de gestão na construção civil, contudo, já estão relativamente bem difundidos. Isso em parte ocorre devido à procura por meios que tornem construtoras e in-corporadoras mais competitivas. Viviane da Silva Ferreira, gerente comercial da Globaltec, afirma que esse tem sido um dos maiores motivos de adesão a novas tecnologias no setor. “Os gestores eram muito preocupados com a construção em si, e agora estão focados na gestão. Sistemas que auxiliem nesse processo estão quebrando paradig-mas no segmento”, conceitua.

A Globaltec – que tem sede em Goiânia e filiais em cidades como Rio de Janeiro, São Paulo e Join-ville – desenvolveu o UAU. Trata-se de um ERP para automação e gestão de construtoras, imobi-liárias e incorporadoras, com módulos de segu-rança, orçamento e, entre outros, suprimentos. Viviane conta que o UAU pode ser adquirido em módulos, de acordo com a realidade e necessidade do cliente. “Empresas menores podem comprar apenas as soluções que precisam no momento, e, conforme crescem, vão adquirindo o restante”. A gerente também fala sobre outro dado que mostra que o setor já está num nível maior de maturida-de. “Raramente chegamos em clientes desprovi-dos de quaisquer sistemas de gestão. Ocorre que muitas vezes eles têm soluções mais simples, sem o poder de integrar setores, e estão buscando um ERP mais robusto”, justifica Viviane.

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Sistema Mo-

buss sendo

utilizado em

obra. Solução

é operada

através de

dispositivos

móveis.

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Imagine um percurso de 13 quilômetros de carretas enfileiradas, todas carregadas com frutas, verduras e legumes comercializados pelo Grupo Pão de Açúcar. Essa quantidade de alimentos cor-ria o risco de ser descartada, algo que pôde ser evi-tado devido a um mapeamento de toda a logística, que vai desde o preparo da plantação à chegada dos produtos às gôndolas dos supermercados.

Tal mapeamento não foi realizado por equipes especializadas do Grupo Pão de Açúcar, mas sim pela PariPassu, uma empresa de Florianópolis que desde 2005 desenvolve sistemas de rastreamento e fomento de cadeias produtivas de alimentos. Dessa maneira, a empresa tem como clientes pro-dutores rurais, distribuidores e também varejistas como Angeloni e Pão de Açúcar – onde o nível de devolução dos produtos caiu 40% desde quando a parceria com a PariPassu foi estabelecida, o equi-valente aos 13 quilômetros de carretas citados.

Dentro do software da PariPassu, cada mi-croprocedimento é registrado. “É possível saber a quantidade de defensivos agrícolas utilizados, tipo de adubo, como foi embalado, quem trans-

portou, de qual maneira e há quantas horas che-gou no ponto de venda. É uma espécie de diário de bordo do produto”, compara André Donadel, diretor de desenvolvimento da PariPassu. “Isso tudo fica disponível no sistema, e pode ser usa-do para saber onde estão os problemas da cadeia toda e o que precisa ser aperfeiçoado”, completa André, informando que a companhia tem hoje 400 clientes – dentro e fora do Brasil – e processa cerca de 50 quilos de produtos por segundo.

O trabalho com os produtores, que André chama de empreendedores rurais, tem reser-vado surpresas positivas ao diretor da empresa. Se antes havia grande preconceito com relação à disponibilização tão profunda de informações do manejo, hoje as barreiras têm diminuído. “O mercado está exigindo esse nível de profissio-nalização, principalmente para quem quer atu-ar em mercados maiores e mais lucrativos. Os clientes vão percebendo que o que eles coman-dam é um negócio como outro qualquer”. Esse amadurecimento tem trazido resultados como o crescimento anual das receitas em 40%, índice mantido desde 2008.

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André Donadel,

diretor da

PariPassu.

Competitividade

impulsiona

clientes à

adesão dos

sistemas de

gestão na

produção

agrícola.

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