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ANO 11- JUNHO DE 1988- 13 Em .comemoração aos 90 anos --- -- do cinema brasileiro, o IBGE promoverá, de 25 de julho a 19 de agosto, no Rio, a mostra Quem não viu, verá. A progra- mação começa em Mangueira, .... rti dia 25, com duas sessões diárias, apresentando A Queda, Chuvas de Verão, Se Segura Malandro, Gaijin, Deus e o Diabo na Terra do Sol, Lúcio Flávio, Tudo Bem e O Homem Que Virou Suco. Complementando, serão exibi- dos os curtas Meow e Supers- tição e os médias-metragens Fala Mangueira e Cinema e Futebol. De 1 a 5 de agosto serão apre- sentados em Parada de Lucas, em única sessão, os vídeos Eles Não Usam Black-Tie, Gaijin, Bar Esperança, Lei/a Diniz e A Hora da Estrela. e A mesma programação em ví- deo será mostrada, em uma sessão diária, na Praça da Ban- deira, de 8 a 12 de agosto, e no auditório da Sede, de 15 a 19 de agosto. Esta é uma oportunidade para assist!r aos filmes que você deixou de ver no cinema e para rever as grandes obras nacionais. DI: planos para 88 O Diretor de Informática, José Sant'Anna Bevilaqua, participou, em junho, no Chile, do Seminário Técnicas e Sistemas Generalizados para Proces- samento de Dados Estatísticos. No en- contro, que reuniu representantes de todos os países latinos, foram discutidas as metodologias empregadas nesta área, inclusive no IBGE. Na página 3 estão as principais metas de sua gestão. Fotos do Arquivo da do Cinema Brasileiro SIAS responde O Diretor-Superintendente da SIAS, Paulo Brum, tira as principais dúvidas dos contribuintes sobre aposentadoria e assistência médica, incluindo a regulari- zação da rede credenciada. Ele explica como são feitos os cálculos das suple- mentações.e reajustes e f sobre a im- plantação do novo sistema de atendi- mento aos servidores, por telefone, que está sendo desenvolvido. (Página 6) •. Circo em promoção Julho é mês de férias escolares e de programação especial para a garotada. Por isso o IBGE está promovendo des- contos em alguns espetáculos infantis como o Circo Hatary, na Praça XI, de quarta a domingo, e a peça Sementes de Um Novo Tempo, no Teatro do Grajaú Tênis Clube, aos sábados e do- mingos. Para participar dessa festa é só pegar as filipetas na Coordenadoria de Comunicação Social, na Sede. , na area administrativa Para agilizar a área administrativa do IBGE, o Presidente Charles Mueller baixou resolução no dia 20 de junho determinando alterações de estrutura. A Superintendência de Administração, sem as atividades de Recursos Huma- nos, foi transformada em Superinten- dência de Recursos Financeiros, Mate- riais e Patrimoniais, assumindo as funções de orçamento anteriormente vinculadas à CPS e as do Núcleo de Auditoria Interna, antes ligadas à Presi- dência. O titular desta Superintendên- cia é Homero Marciano Corrêa Júnior. Na mesma resolução foi criada a Su- perintendência de Recursos Humanos, que desenvolverá as funções do Depar- tamento de Recursos Humanos e do Serviço de Pessoal dos Quadros em Ex- tinção, e ainda as funções da Gerência de Planejamento e Desenvolvimento de Recursos Humanos - GEPLA e de Desenvolvimento Gerencial, anterior- mente vinculadas à Presidência e à CPS, respectivamente . O ex- Superintendente-Adjunto da extinta SUPAD, Miguel Mubárack Heluy, é o titular da Superintendência de Recursos Humanos recém-criada. A Coordenadoria de Planejamento e Supervisão teve suas funções redefini- das e passou a denominar-se Coorde- nadoria de Planejamento, Organização e Controle, enquanto a Assessoria Técnica foi extinta a partir de 1? de ju- lho, com as suas atribuições sendo exercidas por coordenadores, que serão designados de acordo com as ne- cessidades de trabalho . Na próxima edição do Jornal do IBGE apresentaremos uma entrevista com o Diretor-Geral, David Wu Tai, que está dando ênfase no seu trabalho às questões administrativas. IBGE em vídeo O IBGE assinou um convênio de coo- peração técnica com a Fundação Cen- tro Brasileiro de TV Educativa (Funte- vê) que prevê, entre outras coisas, a produção de vídeos, filmetes e spots sobre nossas pesquisas e estudos. O primeiro projeto é uin vídeo para trei- namento dos recenseadores do Censo Experimental de Limeira, que começa em setembro. Maiores detalhes na próxima edição. ·

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Page 1: na area - Portal do IBGE · PDF fileserão pela ótica da ganância. A fábula da galinha dos ovos de ouro pode ser recon ... Ministro-Chefe da Secretaria de Planejamento e CoordenaçAo

ANO 11- JUNHO DE 1988- N~ 13

Em .comemoração aos 90 anos -----do cinema brasileiro, o IBGE promoverá, de 25 de julho a 19 de agosto, no Rio, a mostra Quem não viu, verá. A progra­mação começa em Mangueira, .... rti dia 25, com duas sessões diárias, apresentando A Queda, Chuvas de Verão, Se Segura Malandro, Gaijin, Deus e o Diabo na Terra do Sol, Lúcio Flávio, Tudo Bem e O Homem Que Virou Suco. Complementando, serão exibi­dos os curtas Meow e Supers­tição e os médias-metragens Fala Mangueira e Cinema e Futebol.

De 1 a 5 de agosto serão apre­sentados em Parada de Lucas, em única sessão, os vídeos Eles Não Usam Black-Tie, Gaijin, Bar Esperança, Lei/a Diniz e A Hora da Estrela.

e A mesma programação em ví­deo será mostrada, em uma sessão diária, na Praça da Ban­deira, de 8 a 12 de agosto, e no auditório da Sede, de 15 a 19 de agosto. Esta é uma oportunidade para assist!r aos filmes que você deixou de ver no cinema e para rever as grandes obras nacionais.

• DI: planos para 88 O Diretor de Informática, José Sant'Anna Bevilaqua, participou, em junho, no Chile, do Seminário Técnicas e Sistemas Generalizados para Proces­samento de Dados Estatísticos. No en­contro, que reuniu representantes de todos os países latinos, foram discutidas as metodologias empregadas nesta área, inclusive no IBGE. Na página 3 estão as principais metas de sua gestão .

Fotos do Arquivo da Fundaç~o do Cinema Brasileiro

• SIAS responde O Diretor-Superintendente da SIAS, Paulo Brum, tira as principais dúvidas dos contribuintes sobre aposentadoria e assistência médica, incluindo a regulari­zação da rede credenciada. Ele explica como são feitos os cálculos das suple­mentações. e reajustes e f ai~ sobre a im­plantação do novo sistema de atendi­mento aos servidores, por telefone, que está sendo desenvolvido. (Página 6)

• . Circo em promoção Julho é mês de férias escolares e de programação especial para a garotada. Por isso o IBGE está promovendo des­contos em alguns espetáculos infantis como o Circo Hatary, na Praça XI, de quarta a domingo, e a peça Sementes de Um Novo Tempo, no Teatro do Grajaú Tênis Clube, aos sábados e do­mingos. Para participar dessa festa é só pegar as filipetas na Coordenadoria de Comunicação Social, na Sede.

, na area

administrativa Para agilizar a área administrativa do

IBGE, o Presidente Charles Mueller baixou resolução no dia 20 de junho determinando alterações de estrutura . A Superintendência de Administração, sem as atividades de Recursos Huma­nos, foi transformada em Superinten­dência de Recursos Financeiros, Mate­riais e Patrimoniais, assumindo as funções de orçamento anteriormente vinculadas à CPS e as do Núcleo de Auditoria Interna, antes ligadas à Presi­dência. O titular desta Superintendên­cia é Homero Marciano Corrêa Júnior.

Na mesma resolução foi criada a Su­perintendência de Recursos Humanos, que desenvolverá as funções do Depar­tamento de Recursos Humanos e do Serviço de Pessoal dos Quadros em Ex­tinção, e ainda as funções da Gerência de Planejamento e Desenvolvimento de Recursos Humanos - GEPLA e de Desenvolvimento Gerencial, anterior­mente vinculadas à Presidência e à CPS, respectivamente . O ex­Superintendente-Adjunto da extinta SUPAD, Miguel Mubárack Heluy, é o titular da Superintendência de Recursos Humanos recém-criada.

A Coordenadoria de Planejamento e Supervisão teve suas funções redefini­das e passou a denominar-se Coorde­nadoria de Planejamento, Organização e Controle, enquanto a Assessoria Técnica foi extinta a partir de 1? de ju­lho, com as suas atribuições sendo exercidas por coordenadores, que serão designados de acordo com as ne­cessidades de trabalho .

Na próxima edição do Jornal do IBGE apresentaremos uma entrevista com o Diretor-Geral, David Wu Tai, que está dando ênfase no seu trabalho às questões administrativas.

• IBGE em vídeo O IBGE assinou um convênio de coo­peração técnica com a Fundação Cen­tro Brasileiro de TV Educativa (Funte­vê) que prevê, entre outras coisas, a produção de vídeos, filmetes e spots sobre nossas pesquisas e estudos. O primeiro projeto é uin vídeo para trei­namento dos recenseadores do Censo Experimental de Limeira, que começa em setembro. Maiores detalhes na próxima edição. ·

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Página 2

EDITORIAL

A comemoração da Semana Nacional do Meio Ambiente deu ao IBGE a

oportunidade de revelar uma face que é pouco conhecida do público em geral. A de que não somos uma instituição voltada somente para os números.

A importância de projetos que viabili­zem a utilização racional das matas está di­retamente ligada à reversão da atual " " h guerra que o ornem trava com o meio ambiente. As florestas, por exemplo, são consideradas um obstáculo ao assenta­mento de elementos humanos. A im­pressão que se tem é a de que as matas são uma fronteira hostil que deve ser ven­cida. Como um Narciso às avessas, o ho­mem não reconhece a própria imagem de sua sobrevivência, atrelada ao espaço que ocupa, nem o delicado mecanismo que o regula.

Nessa "guerra" com a natureza, os inte­resses econômicos estão em franca vanta­gem. Em dez anos os brasileiros derruba­ram árvores em uma área equivalente à Ir­landa, cujas florestas os ingleses levaram mais de um século para desmatar.

Já é tempo de afastarmos o orgulho de "sociedade civilizada" e procurarmos, hu­milde e respeitosamente, aprender com os índios, castanheiros e seringueiros a usar a floresta. As matas podem e devem ser rentáveis, mas, evidentemente, não o serão pela ótica da ganância. A fábula da galinha dos ovos de ouro pode ser recon­tada a partir de nosso relacionamento com o ambiente. Só temos a obrigação de alte­rar o final desta estória pelo bem das futu­ras gerações.

Presidente da República Joaé Sarney

Ministro-Chefe da Secretaria de Planejamento e CoordenaçAo Joio Batista de Abreu

Secret~rio-Geral

Ricardo Lulo Santiago

c,: FUNDAÇÃO INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATfSTICA - IBGE

Presidente: Charles Curt Mueller

Diretor-Geral: David Wu Tai

Diretor de Peequloao: Lenildo Fernandes Silva

Diretor de Geoctêncla•: Mauro Pereira de Mello

Diretor de lnlonnitlca: JoS<! Sant' Anna Bevilaqua

JORNAL DO IBGE

ANO 11- JUNHO DE 1988 - N!' 13

Publicaçilo mensal destinada aos fu"cion~rios do IBGE Editado pela Coordenadoria de Comunicação Social - Avenida Frankhn Rooseveh, 194-9? andar- Rio de Janeiro- Te i.: (021} 220-1222

Editora Reoponeivel: Shirley Soares (Reg. n? 12.466 MT-RJ}

Edltorla e Redaçlo: Sheila Riera e Francisco Alchome

Reportagem: Marco Santos

Equipe de Apolo: F~tima Santos e Robson Waldhelm

Publicidade: Tereza Cristina Millions (Responsável}

Programaçlo GriRco-Edltorlal: Ger~ncia de Editoração

Fotocomposlçlo, Jmpresolo e Clrculaçlo: Centro de Documentação e Dissemi­nação de Informações - CDDI/Oepartamento de Produção GrA!ica e Ger~ncia de Marketlng.

Tiragem: 16.200 exemplares

Permitida a transcrição total ou parcial de maMria publicada no Jornal do IBGE, des­de que citada a fonte.

TRAÇO LIVRE

Colaboração de Marco Santos, da CCS

Imigrantes

Manoel Antonio Soares Cu­nha, Coordenador do Censo Agropecuário, diz da sua emoção pelo artigo Obriga­do, por terem vindo!

Ao receber o Jornal do IBGE referente ao mês de abril ' deparei-me, na página 8, com ~ bela e bem feita matéria sobre imigrantes. Como também sou fi­lho de imigrantes ( ... ), passou­me pela lembrança a vida de meus pais e dos meus irmãos, a nossa longa caminhada e a plena integração na sociedade brasilei­ra.

( ... )Resolvi dirigir-me à editora responsável, parabenizando-a (e a sua equipe), pedindo-lhe licen­ça para fazer um pequeno históri­co da minha família( ... ).

Meu pai era português, natural de Cinfães do Douro ( . .. ) , tendo imigrado para o Brasil (Pará) no fim do século passado ( ... ), e em 1908 veio para o Rio, onde pas­sou a trabalhar no comércio de carvão vegetaL ( ... ) Minha mãe, (. .. ) nascida na Ilha Terceira, Ar­quipélago dos Açores, sem pers­pectiva de um melhor futuro, jun­to com o seu irmão gêmeo e ou­tra irmã, imigrou direto para o Rio ( ... ) para trabalhar como doméstica na casa da família Goulart. ( ... ) Meu pai a conheceu em 1918 ( ... ),casaram-se e tive-ram sete filhos.

Todo imigrante (. .. ) acalenta sempre o sonho de voltar a sua origem. ( ... ) Meu pai não fugiu a esta sina. (. .. ) Regressou a Portu­gal em 1931. Apesar do conceito e posses de meu pai, minha mãe não se conformava em ver sua fi­lha ma)s velha sem possibilidade de prosseguir nos estudos e temia pelo futuro dos filhos. ( ... ) Em 1934, resolveram pelo nosso re­gresso ao BrasiL

(. .. ) Agora, quando vejo nos noticiários que inúmeros descen­dentes de estrangeiros ( ... ) estão

JORNAL DO IBGE Junho de 1988

imigrando para a Europa, fico triste e até revoltado. Repudiar a terra que acolheu nossos proge­nitores, que para cá vieram em busca de oportunidades para seus descendentes, não me pare­ce uma atitude correta e coerente com o nosso passado e a nossa história.

Festas e jecas

Celeste Maria Tavares, do Se­tor de Documentação e Dis· seminação da Unidade Re­gional da Bahia, adora São João e os aspectos religiosos e típicos das festas juninas. E envia uma sugestão:

( ... ) A Bahia inteira se anima para os festejos do santo. Em Sal­vador, a abertura das comemo­rações é feita no Parque de Expo­sições com o já famoso "Arraiá da Capitá", organizado por em­presas baianas. ( ... ) Seguem-se forrós por toda a parte da cidade ( ... ), danças de quadrilhas para todas as idades. (. .. ) Mais felizes são aqueles que vão em busca do São João na roça. (. .. ) Danças folclóricas, comidas típicas, lico­res diversos, sobretudo o tradicio­nal jenipapo, o calor das foguei­ras, que são puladas por pessoas de mãos dadas, "os cumpades e cumades", e trajes caipiras: chapéu de palha, blusa de qua­dros, calças remendadas, bigode e costeletas postiços, e, para as mulheres, "maria-chiquinha" e saias rodadas.

A Unidade Regional da Bahia anseia, a cada ano, receber no dia 23 o salário de junho para

que todos os funcionários ligados ao interior o levem no bolso para o seu município.

Será que o santo tão comemo­rado irá operar esse milagre no próximo ano?

Elogio e reflexão

Ruy Wagner da Silva, asses­sor do titular da Unidade Re­gional de Sergipe, cumpri­menta o IBGE no seu 52'! ani· versário com um trabalho in­titulado: Panegírico ao IBGE.

( ... ) Nesta data solene ( ... ) , a família ibgeana em profunda con­trição e genuflexa, agradece a Deus o dom da vida, oh! graça especial!( ... ) Homens e mulheres resolutos, despidos do menor egoísmo, se congraçam ( ... ) com o pensamento voltado para o Al­to ( ... ) e oram com fervor, ( ... ) numa incontida prece de súplica pela perenidade de nossa Unidade-Maior, como um todo indivisível da família ibgeana.

( ... ) Da comunhão harmônica de nossos atos, da felicidade e bem-estar de cada um de nós, depende a integridade, a felicida­de da Instituição. Cada ibgeano é uma célula viva que se conjuga na formação de cada Unidade -Regional e órgãos afins. ( ... ) São decorridos 52 anos que homens como Macedo Soares, (. .. ) Jua-rez Távora( ... ) e Teixeira de Frei-tas( ... ) assentaram a pedra angu-lar da estatística no País em 1936. ( ... ) De então para cá, o IBGE não parou de crescer, lan-çou raízes e se firmou além­fronteiras, no conceito das nações civilizadas. Valeu o traba-lho, a perseverança desses espíri-tos abnegados ( ... ) com o pensa­mento voltado para a grandeza do Brasil.

Nossas congratulações ao Pre­sidente Charles Curt Mueller pela data tão significativa e, por seu intermédio, saudamos a comuni­dade ibgeana do Brasil inteiro. ( ... ) O nosso respeito e admiração póstumos àqueles bravos que já A se foram, cujos nomes permane- W cerão gravados no panteão de nossas lembranças pelo trabalho edificante que fizeram pelo IBGE e pelo Brasil.

Que a mão segura de Deus conduza a nossa Instituição para um destino feliz pelos tempos afora e, de nossos corações, cla­memos, em uníssono,

IBGE, ad gloriam!

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JqRNAL DO IBGE- Junho de 1988 Página 3

Até 1990 o IBGE deverá estar informatizado

O novo Diretor de Informática é José Sant'Anna Bevilaqua, 37 anos, gaúcho de ljuí, formado em Economia, com curso de mestrado em Pesquisa Operacional da COP­PE - UFRJ. Trabalha em in­formática há 20 anos e para o IBGE veio em 1983.

Jl - Há muitos problemas na DI?

JB - Na DI existem os mesmos pro­blemas que ocorrem em qualquer área que trabalha com tecnologia de ponta. Existe uma necessidade de atualização técnica. Numa instituição pública, hoje, isso é difícil. A obtenção constante de re­cursos que permitam essa atualização técnica é um problema muito sério. Isto significa manter uma equipe permanen­temente treinada em novas tecnologias, o que nem sempre é possível. Jl- O IBGE está informatizado? JB -Temos um centro de processa­

mento de dados dotado de uma exce­lente quantidade de recursos na área de informática. Agora, em termos de infor­matização, o IBGE está apenas entran­do nessa nova era.

Jl - Quais são seus planos para o Diretoria de Informática?

JB - A idéia é dar continuidade ao projeto técnico da informática dentro do IBGE. Estou falando especificamen-e te de descentralização operacional e de informatização do usuário. São duas di­retrizes que devem ser seguidas. No to­cante a prioridades, a idéia da atual ad­ministração é o resgate da produção es­tatística com a conclusão do Censo de 1985 e todo o trabalho de preparação para o Recenseamento Geral de 1990.

JI - Em que consiste essa des­centralização, o que é possível fa­zer?

JB - O modelo consiste na transfe­rência da produção estatística para o ní­vel regional. A Sede, neste modelo, en­tra como normalizador, controlador e a~J.egador das informações produzidas, ou seja, opera o Banco de Dados.

JI - Em que locais? JB - Hoje temos São Paulo, Paraná

além dos estados pioneiros do Espírito Santo, Rio Grande do Norte e Santa Catarina, e estamos começando agora com Rio Grande do Sul e Minas Gerais. Santa Catarina, Espírito Santo e Rio Grande do Norte participaram da pri­meira fase . Já São Paulo fez parte da segunda, com um aparato de equipa­mentos um pouco maior. Isto permitiu dar início à segunda fase do projeto,

Bevilaqua: nossa intenção é fazer a informatização do usuário através da microinformática.

que é a informatização das Unidades Regionais e está servindo de modelo para a expansão das demais.

Jl - Ela já está colocando na prática, por exemplo, os dados co­letados para os índices de preços?

JB - Eles são codificados e digita­dos em São Paulo e vêm para cá por te­leprocessamento . Quando este traba­lho é concluído na UR o minicomputa­dor de São Paulo entra em conexão com o de grande porte instalado em Mangueira, no Rio, transmitindo, então, o resultado. No Censo Experi­mental de Limeira, a nossa intenção é dar um salto qualitativo nesse processo, tentando obter o arquivo final na própria Agência de Limeira, com um equipamento que vai ser instalado ex­clusivamente para esse fim.

JI - Seria possível, então, que os dados do Censo de Limeira já fossem todos digitados lá?

JB - Isso certamente vai acontecer. E será possível produzir uma sinopse a partir da própria Agência de Limeira. Se esse modelo for aprovado, será ado­tado em todas as UR para o Censo de 1990.

JI - Em quanto tempo isso pode ser implantado nas UR?

JB - A perspectiva é de que até o fi­nal do Recenseamento de 1990 todas as UR estejam informatizadas. Para este Censo nós estamos incluindo minicom­putadores para todas as Unidades Re­gionais. O que é interessante neste mo­delo é que, mesmo sendo um equipa­mento de pequeno porte, a facilidade

de conexão que ele tem faz com que te­nha toda a capacidade e p9tência de um equipamento de grande porte, quando isto é necessário. De uma for­ma bem simples, o dado vem ao Rio de Janeiro, é processado e retoma à ori­gem praticamente sem que a UR perce­ba a mudança de ambiente de proces­samento, porque isso se dá através de uma conexão de máquina com máqui­na.

JI - Essa informatização das Unidades Regionais vai beneficiar também o usuário, facilitando o acesso aos dados do IBGE na própria UR?

JB - Essa é a terceira fase desse modelo de informatização. Ela vem as­sociada a um outro projeto que a DI e o CDDI estão desenvolvendo, que é o projeto de disseminação eletrônica de dados. O IBGE é o maior banco de da­dos sobre o Brasil. E uma parte desses dados, hoje, está disponível numa base de dados computadorizada. Já existem alguns sistemas para que se faça a dis­seminação, desde que você tenha equi­pamento, um terminal, por exemplo, que permita o acesso à base. Se a UR dispõe de um equipamento de proces­samento de dados, ela tem, automati­camente, acesso à base.

JI - Essa idéia de descentralizar abrange também as pesquisas?

JB - A gente usa o iermo no senti­do da descentralização da operação da Instituição. No IBGE, hoje, nós temos as UR como responsáveis pela coleta de dados e a Sede como responsável

pela produção de estatísticas. A Unida­de Regional vai ao campo com o ques­tionário, preenche, envelopa e manda para a Sede, que faz todo o processa­mento do dado estatístico. O que nós estamos fazendo é transferir parte desta função operacional da produção esta­tística para as UR.

JI - E a capacitação do usuário interno, do técnico?

JB - A nossa idéia é fazer a infor­matização do u~;uário através da mi­croinformática. E nossa intenção colo­car a informática como ferramenta do seu dia-a-dia, sem ter que transformá-lo num "informata", que é uma coisa importante também.

s JI - E as pessoas estão sendo ~ preparadas para isso? g JB - A Gerência de Informática ] (GEINF) está adotando uma nova pos­~ tura em termos de treinamento e se-

leção de software aplicativo para uso da Instituição. A nova orientação con­siste em disseminar o uso de softwares aplicativos utilizáveis sem necessitarem de uma programação específica. Essa abordagem na área de capacitação vai envolver, na realidade, toda uma mu­dança dentro da Instituição.

Jl - Isto pode ser a curto ou a médio prazo?

JB - A curto prazo. JI - Então o técnico que quiser

um cruzamento de dados para che­gar a outras conclusões não vai mais depender de um funcionário da DI?

JB - Bem, o trabalho que a DI de­senvolve visa a empregar o profissional de informática no processo de cons­trução do Banco de Dados. Pretende­mos que o usuário possa chegar a este Banco, fazer seus cruzamentos, sem necessitar de um analista. E o que é mais importante, sem ter que se trans­formar num especialista de informática. Para isto precisaremos evoluir nos re­cursos técnicos empregados para per­mitir, por exemplo, a rápida e fácil construção de um mapa temático.

Jl - Haverá um treinamento? JB - Um treinamento básico certa­

mente terá que ser feito. Mas é impor­tante que o usuário continue técnico na sua área de competência. A informática tem que estar à disp<::>sição dele, ele não tem que se preocupar com ela para executar a sua tarefa. O esforço técnico da DI, hoje, é nesse sentido. Mas sendo um projeto técnico complexo não pode ser feito da noite para o dia . Será feito aos poucos.

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CoraçfJes na fogueira

Para viver um grande amor I n~ ... u nn F r:- !i i, m In . m v

Dos afetos e desafetos

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Página 6

tirando dúvidas Reclamações freqúentes dos par­

ticipantes da Sociedade lbegeana de Assistência e Seguridade -SlAS levaram o Jornal do IBGE a ouvir o diretor-superintendente da­quela entidade, Paulo Brum, que esclareceu as questões mais polê­micas .

Um dos pontos de maior preocu­pação dos funcionários se refere à assistência médica . Em alguns esta­dos, médicos credenciados vinham se recusando a atender os servido­res e não aceitavam o plano SIAS. Paulo Brum explica o que ocorreu:

- Em agosto de 1987, a SIAS se viu obrigada a rescindir o seu contrato com a METHODUS (Consórcio Golden-Amil) , que condicionava a continuidade das prestações de serviços a preços não compatíveis com os recur­sos disponíveis. Por essa razão, passamos, a partir de setembro de 87, a gerir diretamente o nosso plano de saúde, com apoio ope­racional da HOSPITAL, empresa especializada no acompanhamento e con­trole de planos dessa natu­reza .

Segundo ele, depois da mudança surgiram dificul­dades iniciais relacionadas com o estabelecimento da rede credenciada. Para acelerar o processo, a SlAS comunicou aos médicos, hospitais e entidades anteriormente vincu­lados à METHODUS, que continuava a con­siderá-los credenciados, caso não se manifestas­sem contra . De lá para cá foram feitos os acertos necessários, objetivando a regularização da rede cre­denciada . Assim, os ma­nuais do MED-SlAS estão sendo revistos e melhora­

rações sobre as quais tenham inci­dido as contribuições do participan­

te . Até 1985, essa média era esta­belecida com base nas 12 últimas remunerações, sem qualquer tipo de correção. Com o crescimento da

inflação, a renda da aposentadoria ficava muito defasada em relação ao salário. A SlAS passou, então, a adotar a média das 36 últimas re-

muneraç~es, corrigidas as 24 pri­meiras, mediante a aplicação de fa­tores estabelecidos pela Previdên­cia Social. Além disso, as gratifi-

cações e horas extras foram inte­gradas no cálculo, aumentando o valor das suplementações.

Paulo Brum lembra, ainda, que a

renda global (INPS + SIAS) não

vas matemáticas que garantam a manutenção dos benefícios já con­cedidos e dos que vierem a ser con­cedidos no futuro .

- Durante 1987, cerca de 34% das contribuições recolhidas foram gastas no pagamento de suplemen­tações . Como se trata de uma taxa

crescente , dado o "envelhecimen­to" dos quadros de empregados, dentro de mais alguns anos a des­pesa ultrapassará o montante anual

de contribuições, passando a ser atendida, também, pelas reservas matemáticas constituídas.

Ele ressalta que , por força do re­

gulamento da SIAS, as suplemen­tações são reajustadas na mesma época e proporção das correções

de aposentadorias do INPS. E lembra que em março de 88 as suplemen­tações foram aumentadas em 89,9%, contra uma ta­xa de 49,86% atribuída aos empregados ativos. "Além disso, os benefícios previdenciários ainda estão sendo reajustados pela URP."

Representantes

dos. Os atendimentos do Paulo Brum: "Bene/fclos corrigidos pela URP" ..

Os funcionários têm re­clamado, também, das re­presentações da SIAS, que dificilmente esclarecem as dúvidas dos servidores. Segundo Paulo Brum, os representantes no Rio e nas Unidades Regionais , em geral de bom nível e de dedicação inquestionável , estão habilitados a respon­der questões de rotina . Já as mais complexas, como o cálculo de suplemen­tações, dependem de da­dos somente disponíveis

programa se normalizaram a partir do fim do ano passado, quando os índices de atendimento se igualaram aos da METHODUS.

Aposentadoria

O pouco conhecimento do plano de aposentádoria leva muitos parti­

cipantes da SIAS a acharem que a suplementação de salário recebida é menor do que aquela que eles es­peravam . O diretor-superinten­

dente explica como são feitos esses cákulos:

- As suplementações corres­pondero à diferença apurada entre

o valor da aposentadoria concedida pelo INPS e a média das remune-

está tão distante da renda lfquida recebida em atividade . Segundo ele, as reclamações dos aposenta­

dos se referem, principalmente, às dife~enças decorrentes das cor­reções de curvas e revisões das ta­belas salariais dos ativos, feitas após

a aposentadoria . E frisa que, "dian­te das características do atual plano de benefícios e do respectivo plano de custeio, que não podem ser alte­

rados por ordem do governo fede­ral, a SlAS está impedida , no mo­mento , de fazer essa equiparação" .

O diretor-superintendente acres­

centa que as contribuições do IBGE por funcionário (9,8% do salário) e dos participantes (3, 7% em média) se destinam à constituição de reser-

na sede da SIAS .

Atenta a esse problema, a SIAS tem procurado mélhorar o atendi­mento, simplificando os procedi­

mentos, além de promover o trei­namento e a reciclagem dos fun­cionários. Paulo Brum diz que se encontra em desenvolvimento um

sistema informatizado acoplado a telefone com toda a regulamen­tação nas áreas de benefícios e ser­viços assistenciais . E ressalta:

- Não se deve , no entanto , es­

quecer a recente edição do Manual do Participante , distribuído a todos

os associados, cujo objetivo é, exa­

tamente, tirar dúvidas e orientá-los sobre as condições dos planos e be­

nefícios da SIAS.

JORNAL DO IBGE- Junho de 1.988

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JORNAL DO IBGE- Junho de 1988

IBGE na ·Feira de Ribeirão Preto

Representado pela Unidade Regional de São Paulo, o IBGE participou da 11 Feira Nacional da Casa, Habitação e Construção realizada em Ribeirão Pre­to, entre os dias 7 e 12 de junho. No stand do IBGE foi instalado um micro­computador, que através de um pro­grama mostrava as diversas etapas das principais pesquisas desenvolvidas pela Instituição.

Paralelamente à Feira, aconteceu no dia 9 de junho o 11 Ciclo de Estudos da

Construção e Habitação, quando foram proferidas duas palestras sobre o Siste­!l'la Nacional de Pesquisas e Custos e lndices da Construção Civil - Sinapi. Uma pelo técnico da Diretoria de Pes­quisas, Pedro Luís de Souza, e outra pela Coordenadora do Sistema em São Paulo, Aurora Takenaka. Em linhas ge­rais, Pedro de Souza falou também so­bre as pesquisas do IBGE e os meios pelos quais os usuários têm acesso a es­sas informações.

PELO BRASIL AFORA

O titular da Unidade Regional de Rondônia, Gerino Alves da Silva Filho, reuniu-se no dia 2 de junho com o Gover­nador Jerônimo Santana para prestar infor­mações cartográficas, geográficas e popula­cionais sobre os projetos de emancipação dos oito novos municípios do estado. O go­vernador ficou de sancionar a Lei de Criação dos Municípios de Cabixi, São Mi­guel do Guaporé e Vila Nova do Mamoré.

A convite do deputado estadual Reditário Casso!, Gerino compareceu, dia 19, à sole­nidade de entrega da Lei de Emancipação do novo Município de São Miguel do Gua­poré, presidida pelo governador do estado.

Os Agentes de Coleta da Unidade Regio­Mal de Roraima, enfrentando sol e chuva Worte , terminaram a Pesquisa de Assistência

Médico-Sanitária referente a 1987 e a pri­meira listagem da PNAD/88. O titular da Unidade, José Maria dos Santos Serrão, re­conhecendo o espírito de luta dos fun­cionários, cumprimenta-os pelo árduo tra­balho e eficiente desempenho.

Com o objetivo de proporcionar aos fun­cionários da Unidade Regional do Amapá o aperfeiçoamento dos conhecimentos da Língua Portuguesa, foi iniciada em 1 ~de ju­nho uma série de cursos dinâmicos. Atuali­zação Gramatical, Relações lnterpessoais no Trabalho, Técnicas de Dinâmica de Gru­po e Relações Humanas foram os principais temas abordados.

O estatístico Raimundo Mariano Garcia é o novo titular da Unidade Regional do Amazonas.

Já está implantado e funcionando, a todo vapor, o trabalho de atualização de listagem da PNAD/88 na Unidade, que abrange, além de Manaus, vários municípios como Benjamin Constant, Boca do Acre, Itacoa­tiara, Manacapuru, Novo Airão e Parintins. Participaram do trabalho um coordenador, dois supervisores e 14 pesquisadores, além dos Agentes de Coleta daquele estado.

Atendendo à Resolução PR-30/88, fo­ram extintas as Agências de Coleta dos Mu­nicípios de Borba, Coari, Carauari, Lábrea, Manicoré e São Gabriel da Cachoeira. A mesma Resolução, no entanto, criou as Agências de Boca do Acre e Humaitá, loca­lizadas nas zonas fisiográficas dos rios Purus e Madeira.

A Unidade Regional do Pará realizou dois encontros no mês de junho. O primei­ro, nos dias 20 e 21, reuniu todos os coor­denadores das Estatísticas Agropecuárias da Região Norte para discutir os problemas ca­racterísticos da região. Já no dia 22, houve o Encontro de Análise do Sistema de Acompanhamento de Safras no Estado do Pará, onde foram debatidos assuntos relati­vos à previsão de safras.

O Setor de Desenvolvimento e Assistên­cia ao Empregado da Unidade Regional do Ceará realizou durante o mês de junho o curso de Relações Humanas no Trabalho. Com uma carga horária de 40 horas/ aula e dirigido a 48 funcionários das áreas técnica e administrativa, foi ministrado pelo Profes­sor Alvisto Skaffe Sobrinho.

Ainda no Ceará, o Departamento Regio­nal de Geociências - DRG - concluiu a determinação das altitudes de precisão em todas as sedes municipais, desde o Estado dé Sergipe até o Ceará, totalizando 701 ci­dades. Atualmente, esse projeto denomina­do ALSEM está sendo executado na Bahia e no Piauí, com término previsto para o final do ano .

Neste trabalho foi constatado que a cida­de mais alta daqueles estados é Triunfo, em Pernambuco, cuja altitude é igual a 1.004 metros.

Interessada na qualificação técnica de seu pessoal, a Unidade Regional de Alagoas promoveu o Curso de Relações Humanas no Trabalho, em convênio com o SENAC. A finalidade do curso foi proporcionar aos participantes maior integração nas relações

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Um terminal de vídeo mostrou as principais pesquisas do IBGE.

interpessoais, possibilitando assim melhor ajustamento social. A programação foi feita em etapas, de acordo com as necessidades levantadas em cada setor de trabalho. A pri­meira etapa começou no dia 13 de junho, no auditório do SENAC.

O Setor de Documentação e Dissemi­nação da Unidade Regional de Pernambu­co está desenvolvendo um programa de di­vulgação das publicações do IBGE através de visitas às bibliotecas das universidades . A iniciativa tem tido boa acolhida junto a pro­fessores , alunos e responsáveis pelas biblio­tecas.

E falando de iniciativa, a Pesquisa Nacio­nal sobre Saúde e Nutrição foi introduzida em termos de projeto-piloto, em Caruaru. Os técnicos Alberto Luiz e Carlos Grille fo­ram responsáveis pelo treinamento aos en­trevistadores, durante uma semana (de 7 a 14 de junho). Na aula' inaugural, estiveram presentes o Gerente de Pesquisas, Democla­cides Bezerra de Melo, o coordenador Paulo Galvão e funcionários da Agência Caruaru.

Uma missa em ação de graças foi a come­moração que marcou os 52 anos do IBGE na Unidade Regional de Goiás . Na oportu­nidade, o Padre Raimundo - já conhecido como padre do IBGE pelas inúmeras vezes que participou dessa comemoração - res­saltou em seu sermão a importância da Ins­tituição, relembrando fatos ligados aos idea­lizadores do IBGE, como Teixeira de Frei­tas.

Os Professores Geraldo Magela de Mor­cerf e Raimundo Costa, da Unidade Regio­nal de Minas Gerais, representaram o IBGE na X Reunião Regional de Estatfstica realizada na Escola de Estatística da UFMG .

Já o Setor de Base Operacional da Uni­dade Regional mineira recebeu da Co­missão de Assuntos Municipais da As­sembléia Legislativa 136 processos relativos à criação de . novas unidades político­administrativas.

A Unidade Regional do Rio de Janeiro foi escolhida para promover o Teste Piloto da Pesquisa Nacional de Saúde e Nutrição - PNSN, que teve início em junho. A pes­quisa faz parte do convênio firmado entre o IBGE, o Instituto Nacional de Alimentação e Nutrição - INAN e o Instituto de Pesqui­sa Econômica Aplicada- IPEA. O teste ini­cial abrangerá a área urbana e rural do Mu­nicípio de ltaboraí.

Visando ao aperfeiçoamento de seus fun­cionários, a Unidade Regional do Paraná promoveu no mês de junho os cursos de Li­derança Administrativa e Elementos de Ad­ministração, que contaram com a partici­pação de 66 servidores. Paralelo aos cursos houve ainda um ciclo de palestras sobre hi­gienização e profilaxia bucal, apresentado pelo dentista da Unidade Regional e ilustra­da com uma série de slides .

Equipe de Apoio nas Unidades Regia· nais: Dante Chaves - RJ: Claudionora de Paiva - AC: Alcemir de Carvalho - AM; José Jirino de Santana - AL; Djalma de Almeida - AP; Celeste Mo­reira - BA; Roberto Aragão - CE: Claro de Marcelo - DF; Sebastião de Mato - GO; João Monteiro Filho -MA; Tereza Nogueira - MT: Benedito Azamor Filho - MS: Cide Antônio Fonseca - MG; Tamar Martins - ES: Cláudia Hortides - PA; Afonso Biali - PR: Hélio Caldas - PB; Vicente da Silva - PE; Pedro de Oliveira - Pl: Maria Ednaide de Oliveira - RN; Pau­lo Seben - RS; Maria do Socorro Cos­ta - RO; José Monteiro da Silva -RR; Vera Lúcia de Souza - SC; Gui ­lherme Bittencourt - SP; e Ruy Régis -SE.

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Página 8 JORNAL DO IBGE - Junho de 1988

Meio Ambiente

IBGE em campo No I Simpósio sobre

Recursos Naturais e Meio Ambiente, realizado em Mangueira, o diretor de

Geociências, Mauro Mello, falou sobre os trabalhos que

o IBGE vem desenvolvendo na área ambiental,

destacando-se os projetos ~acrozonea10ento

GeoalDblental do Estado do ~ato Grosso do Sul, o

Estudo Integrado de Recursos Naturais elD Áreas

Específicas do Progra10a j

Ocupação ordenada O Pantanal Mato-Grossense é, certamen­

te, um dos mais belos recantos do Brasil. No entanto, nos últimos anos, o Pantanal tem aparecido nos jornais muito mais como área onde a ecologia é constantemente agredida do que pelo potencial turístico que a região desperta.

A Secretaria de Planejamento e Coorde­nação - Seplan e o governo do Mato Gros­so do Sul, preocupados com a utilização que essa área vem tendo e interessados em um diagnóstico sobre as potencialidades de .2 todo o estado, encomendaram ao IBGE o ~ projeto Macrozoneamento Geoambienta/ ê do Estado do Mato Grosso do Sul. i:

O objetivo deste trabalho é avaliar os re­cursos naturais desta unidade da federação, qualificando-os, quantificando-os e, poste­riormente, fazendo uma análise para apro­veitamento racional dos recursos e para uma ocupação territorial ordenada.

O coordenador do projeto é o engenheiro agrônomo Zebino Amaral Filho, do DRG de Goiás. Segundo ele, o Mato Grosso do Sul tem 97,2% de sua área total com possibili­dade de aproveitamento de terras aptas a usos diversos, como lavoura, indústria, ex­ploração mineral e florestal e atividades pas­toris.

- O Pantanal, por exemplo, apresenta potencialidades peculiares que o tornam uma macrorregião sem similar no País. A melhor opção de utilização é, sem dúvida. o aprovei­tamento racional de suas caracterfsticas

Zebino Filho: Potencialidades do estado.

naturais, destacando-se as pastagens natu­rais, a pesca e o turismo- afirma Zebino.

A aplicabilidade desse projeto será no sentido da indicação, entre outras possibili­dades, de áreas adequadas a pesquisas, de­finição de áreas de relevo favoráveis à im­plantação de rodovias, levantamento de sí­tios que propiciem a implantação de rodo­vias, levantamento de áreas próprias à im­plantação de usinas hidrelétricas, além de fornecer subsídios que permitam à iniciativa privada reconhecer as oportunidades de in­vestimento no estado.

Zebino diz ainda que o trabalho está prati­camente concluído e que a curto prazo ele propiciará a elaboração de projetos especffi­cos, visando a uma ocupação territorial or­denada.

Proteção aos povos da floresta ' Não se trata de fadas e gnomos. Ou dos

mitológicos duendes das matas. Os "povos da floresta" são, como se autodenominam, os seringueiros, as famílias que vivem da ex­tração da castanha, de plantas medicinais e de sementes oleaginosas, além, é claro, dos índios.

No interesse da preservação destes agru­pamentos sócio-econômicos e das fontes naturais de onde tiram a subsistência é que foi criado o projeto Proteção do Meio Am­biente e das Comunidades Indígenas -PMACI. Este projeto se refere à elaboração de um documento que tem por objetivo diagnosticar e avaliar as conseqüências do asfaltamento da rodovia BR-364 no trecho Porto Velho-Rio Branco. Tal diagnóstico, que foi entregue no fim de abril, atende ao convênio firmado entre o Banco lnterameri­cano de Desenvolvimento - BID e insti­tuições federais, como o Ministério da Re­forma e do Desenvolvimento Agrário - Mi-

rad, Funai, Secretaria Especial do Meio Ambiente- SEMA, IBDF, além do próprio IBGE.

Degradação do solo

Tereza Cardoso da Silva, geógrafa <\<> Departamento Regional de Geociências -DRG, da Bahia, é a coordenadora técnica do projeto. Ela descreve as conseqüências do asfaltamento, que vão desde o desmata­mento até a migração de pessoas que bus­cam terras ao longo da estrada, além do surgimento de reservatórios e poças de água que acabam por servir para a prolife­ração de mosquitos transmissores de malária. E adverte :

- Hoje estão desmatando a selva amazônica para explorar a pecuária e o comércio de madeiras nobres. O número de serrarias que vêm sendo instaladas é alar­mante. Além disso, as terras de lá não são apropriadas para a criação extensiva de ga-

Explorar sem agredir Como explorar "uma montanha de ferro"

e implantar um complexo siderúrgico em uma área tradicionalmente agrícola com cerca de 340 mil pessoas? Para minimizar os impactos que um megaprojeto como Ca­rajás certamente trará àquela comunidade, especialmente em Marabá, Parauapebas e Curionópolis, no Pará, e Santa Inês, Pindaré-Mirim, Santa Luzia e Vitorino Frei­re, no Maranhão, foi instituído o Estudo In­tegrado de Recursos Naturais em Áreas Es­pecíficas do Programa Carajás.

De acordo com a coordenadora técnica do projeto, a geógrafa Antônia Maria Ferrei­ra, do Derna, a área vem sendo ocupada e explorada de maneira desordenada.

- Haverá problemas, se não for feito um reordenamento espacial nessas áreas, apro­veitando o potencial da região e das pessoas que lá vivem .

Antônia defende a revalorização das vo­cações históricas e ambientais dessa região, adequando a estrutura fundiária que foi deslocada para esta área.

-Temos que conviver com o fato de que toda aquela região será transformada em produtora de riquezas. O nosso trabalho será estudar qual a melhor forma de explo­ração, atenuando as agressões ao ambiente e aos hábitos do povo de lá, proporcionan­do melhoria na qualidade de vida da comu­nidade .

Grande Carajás e o projeto de Proteção do ~eio A10blente e das CoiDunidades Indígenas P~ACI. Estes trabalhos reúnem técnicos multidisciplinares do IBGE e foram encomendados por instituições como o Banco lnteramericano de Desenvolvimento - BID, Secretaria de Planejamento e Coordenação - Seplan e o governo do Mato Grosso do Sul, entre outros órgãos.

Além do diagnóstico, o projeto pretende apresentar soluções para os problemas ge­rados pela implantação do Programa Ca­rajás, que foram discutidas em reuniões com representantes dos sindicatos da re­gião, proprietários de terras, prefeitos e jun­to às próprias comunidades locais.

Participaram do projeto, sob a coorde­nação da Secretaria Executiva do Grande­Programa Carajás/Seplan, além do IBGE, técnicos do Instituto Brasileiro de Desenvol­vimento Florestal- IBDF, da Fundação Es­tadual de Engenharia e Meio Ambiente -FEEMA, do Centro de Pesquisas de Recur-sos Minerais e do Departamento Nacional da Produção Mineral. O prazo previsto para a entrega do relatório final é 15 de agosto.

PMACI, lotado no Derna, afirmou que a Secretaria de Planejamento - Seplan e os governos estaduais das áreas cobertas pelo projeto- Acre, especialmente, Rondônia e Amazonas - estão engajados na execução do plano de ação. E salientou:

~ - A implantação do projeto está estima­w da em 12 anos, envolvendo recursos da or­

dem de 10 milhões de dólares.

do. O próprio-gado, que levam para lá, aca­ba não se adaptando.

A geógrafa alertou para o fato de que, pelas próprias características daquele solo, as pastagens não se desenvolvem e o resul­tado é a degradação do solo pela erosão: "Aí não se tem o pasto nem a floresta, que nunca se regenera".

O governo brasileiro tem o compromisso assumido com o BID de desenvolver as ações recomendadas pelo projeto. Ailton Baptista de Oliveira, gerente do projeto

Tereza e Ailton acrescentam que os próprios seringueiros lutam pela criação de reservas extrativistas. Estes fizeram uma proposta ao governo, com a assessoria de técnicos especializados, no sentido de se­rem criadas várias reservas em locais previa­mente indicados e que o próprio projeto aprovou, tendo sido incluídas no plano de ação imediata quatro dessas áreas, para criação de assentamentos extrativistas. O PMACI indicou, também, a criação de três florestas nacionais em locais predetermina­dos e a demarcação e regularização de 32 reservas indígenas .