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Não é novidade o fato de que a questão de moradia/permanência estudantil nunca foi uma prioridade para a administração da USP, sendo o próprio CRUSP uma conquista dos estudantes. Atualmente, a USP passa por um recrudescimento de seus métodos de repressão, sendo facilmente comparada aos tempos da ditadura. Esse processo já resultou em estudantes e funcionários processados ou mesmo expulsos/demitidos da Universidade. Hoje, por lutar por uma moradia estudantil eficaz e contra a vigilância colocada em prática pela COSEAS, Amanda Freire, estudante de filosofia, foi expulsa, e agora pretendem realizar a reintegração de posse de seu apartamento - usando, ainda, de uma clara ameaça: se ela não sair “por bem”, irão jogá-la na rua, e chamar o Conselho Tutelar para ficar com seu filho, que tem menos de 1 ano. A Universidade irá tirar as condições de moradia do estudante, para então afirmar que ela não tem possibilidade de criar a criança. Vale a pena lembrar que o processo não está encerrado, pois Amanda entrou com um recurso. Dois outros estudantes que passavam pelo mesmo processo conseguiram a reversão da expulsão. A juíza responsável considerou o caso inconstitucional , pois se baseava no regimento disciplinar de 1972, da Ditadura Militar. Por isso, é importante que nos coloquemos em sua defesa, e de todos aqueles que lutam por um outro projeto de universidade. Nós, mulheres, nos organizamos e faremos uma vigília durante o dia para qual está marcada a reintegração de posse. Começaremos nosso ato-vigília às 18h do dia 30 de setembro (DOMINGO). Chamamos todos e todas para se somar a essa luta, participando das atividades organizadas. Coloquemo-nos ombro a ombro na luta por uma Universidade mais democrática, sem machismo, racismo, homofobia e nenhuma outra forma de opressão. Frente Feminista da USP Apoios: DCE Livre da USP, CEGE, Coletivo Feminista Lélia Gonzalez, Coletivo Florestan, Coletivo Pr'Além dos Muros, Coletivo Uma Flor Nasceu na Rua, Coletivo Feminista Marias Baderna, Sujeito Coletivo Rizoma Tendência Libertária Autônoma, Juntas, Mulheres do Rompendo Amarras, Nada a temer senão por correr da luta mexeu com uma, mexeu com todas: não passarão!

Nada a temer senão por correr da lutamexeu com uma, mexeu com todas: não passarão!

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Nota sobre a expulsão da Estudante do CRUSP pelo COSEAS por lutar por moradia

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Page 1: Nada a temer senão por correr da lutamexeu com uma, mexeu com todas: não passarão!

Não é novidade o fato de que a questão de moradia/permanência estudantil nunca foi uma prioridade para a administração da USP, sendo o próprio CRUSP uma conquista dos estudantes. Atualmente, a USP passa por um recrudescimento de seus métodos de repressão, sendo facilmente comparada aos tempos da ditadura. Esse processo já resultou em estudantes e funcionários processados ou mesmo expulsos/demitidos da Universidade. Hoje, por lutar por uma moradia estudantil eficaz e contra a vigilância colocada em prática pela COSEAS, Amanda Freire, estudante de filosofia, foi expulsa, e agora pretendem realizar a reintegração de posse de seu apartamento - usando, ainda, de uma clara ameaça: se ela não sair “por bem”, irão jogá-la na rua, e chamar o Conselho Tutelar para ficar com seu filho, que tem menos de 1 ano. A Universidade irá tirar as condições de moradia do estudante, para então afirmar que ela não tem possibilidade de criar a criança. Vale a pena lembrar que o processo não está encerrado, pois Amanda entrou com um recurso. Dois outros estudantes que passavam pelo mesmo processo conseguiram a reversão da expulsão. A juíza responsável considerou o caso inconstitucional , pois se baseava no regimento disciplinar de 1972, da Ditadura Militar.

Por isso, é importante que nos coloquemos em sua defesa, e de todos aqueles que lutam por um outro projeto de universidade. Nós, mulheres, nos organizamos e faremos uma vigília durante o dia para qual está marcada a reintegração de posse. Começaremos nosso ato-vigília às 18h do dia 30 de setembro (DOMINGO). Chamamos todos e todas para se somar a essa luta, participando das atividades organizadas. Coloquemo-nos ombro a ombro na luta por uma Universidade mais democrática, sem machismo, racismo, homofobia e nenhuma outra forma de opressão.

Frente Feminista da USP

Apoios:DCE Livre da USP, CEGE, Coletivo Feminista Lélia Gonzalez, Coletivo Florestan, Coletivo Pr'Além dos Muros, Coletivo Uma Flor Nasceu na Rua, Coletivo Feminista Marias Baderna, Sujeito Coletivo Rizoma Tendência Libertária Autônoma, Juntas, Mulheres do Rompendo Amarras,

Nada a temer senão por correr da lutamexeu com uma, mexeu com todas: não passarão!