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Nanci Marisa Strassacapa - diaadiaeducacao.pr.gov.br · liofilização, fermentação e outros. Pasteurização - recebeu este nome por ter sido criada pelo químico francês Louis

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Nanci Marisa Strassacapa

Artigo Final

O que se esconde por trás do que comemos

Londrina

2012

Nanci Marisa Strassacapa

Artigo Final

O que se esconde por trás do que comemos

Artigo Científico apresentado como requisito obrigatório para a conclusão de curso do Programa de Desenvolvimento Educacional-PDE, idealizado e mantido pela secretaria de Estado da Educação do Paraná- SEED/PR, em convênio com a Universidade Estadual de Londrina – Paraná

Orientador: Prof. Dr. Álvaro Lorencini Junior

Londrina2012

O QUE SE ESCONDE POR TRÁS DO QUE COMEMOS ?: um estudo sobre

atividades de elaboração do conceito de aditivos alimentares e suas

implicações

Autora: Nanci Marisa Strassacapa1

Orientador: Prof. Dr. Álvaro Lorencini Junior2

RESUMO

O presente artigo expõe os resultados de um trabalho de intervenção pedagógica intitulado “O que se esconde por trás do que comemos”, relacionado aos aditivos químicos alimentares presentes nos industrializados, vinculado ao Programa de Desenvolvimento Educacional do Estado do Paraná - PDE/PR. O trabalho foi realizado no decorrer do ano letivo de 2011, em uma escola pública estadual de jovens e adultos, do Município de Ivaiporã. Teve como objetivo conscientizar o educando a ter uma alimentação mais natural e saudável. O trabalho de intervenção pedagógica contribuiu na orientação dos benefícios e malefícios que os alimentos podem causar dependendo da opção de escolha.

Palavras-chave: Aditivos alimentares; símbolos dos aditivos; influência do excesso dos aditivos alimentares na saúde.

1INTRODUÇÃO

Neste artigo pretendemos expor e discutir as experiências realizadas na

intervenção pedagógica acerca dos aditivos químicos alimentares, que teve

como intuito refletir sobre os costumes alimentares dos educandos,

compartilhando informações para que possa haver possíveis mudanças de

hábitos alimentares inadequados.

Proporcionamos esclarecimentos sobre os alimentos industrializados,

possibilitando aos alunos a construção de uma postura crítica na escolha dos

alimentos que serão consumidos, para evitar possíveis problemas de saúde

advindos do consumo excessivo de alimentos com aditivos químicos.

1 Professora orientando do Programa de Desenvolvimento da Educação (PDE). 2 Professor Orientador. Departamento de Biologia Geral, Universidade Estadual de Londrina – PR.

Sendo a escola considerada como um lugar apropriado para o

desenvolvimento integral do aluno e ressignificando o processo de ensino –

aprendizagem, estabelecendo relações entre o conhecimento empírico e o

conhecimento científico, buscamos a idealização deste trabalho sobre os

aditivos químicos alimentares, tendo em vista a falta de conhecimento dos

estudantes, quanto a escolha de alimentos e a prática comum de consumo de

produtos industrializados como base principal da alimentação diária, devido a

praticidade dos mesmos.

Para tal, foi estudado junto aos alunos do Ensino Fundamental do

CEEBJA na disciplina de Ciências, os símbolos dos aditivos químicos

presentes nos rótulos dos alimentos industrializados, a fim de conhecer o

significado, sua função nos alimentos e ação no organismo humano, quando

consumidos em grande quantidade.

Sendo o alimento entendido como fonte de matéria e energia utilizada

pelos animais a fim de promover as funções vitais de crescimento, movimento

e reprodução, se faz necessário o conhecimento para uma escolha de

qualidade destes alimentos.

De acordo com o conteúdo estruturante matéria, do currículo de

Ciências, a alimentação destaca-se como conteúdo básico, instruindo jovens,

adolescentes e adultos a ter uma alimentação saudável, com condições

necessárias de preservação e manutenção da saúde.

Entendendo que os alimentos industrializados a cada dia estão mais

presentes em nosso cotidiano, sendo a televisão um dos principais meios de

comunicação responsável por essa propagação, a alimentação humana deixou

de ser natural e passou a ser composta por vários tipos de aditivos químicos

com o intuito de tornar a vida mais fácil e torná-los mais acessíveis.

A principal finalidade deste trabalho foi esclarecer e instrumentalizar os

estudantes da importância de uma alimentação saudável e natural,

compreendendo os malefícios e benefícios causados pelos aditivos químicos

adicionados aos alimentos industrializados, tornando-os consumidores de

alimentos mais saudáveis e naturais a partir da intervenção pedagógica.

2 PRESSUPOSTOS TEÓRICOS

Desde a antiguidade, o homem tem se preocupado com a conservação

e armazenamento dos alimentos, para que pudessem ter maior durabilidade,

isso era feito de modo empírico e cultural utilizando-se de métodos naturais de

conservação.

A busca de alimento e a forma de armazená-los e conservá-los, e o

modo de contornar a escassez, determinada pela periodicidade das colheitas,

são problemas que até hoje tentamos solucionar de maneira mais eficiente

possível. (PARANÁ, 2004)

Embora a conservação de alimentos venha sendo praticada ao longo da

história do homem, somente em 1857, com Louiz Pasteur, é que se conheceu

a causa da deterioração dos alimentos. (PARANÁ, 2004). Estudos posteriores

mostraram que alimentos estragam por ação de microrganismo, as bactérias

que tem a capacidade de se multiplicar rapidamente e estão presente no ar

atmosférico.

Diante disso, a conservação dos alimentos sempre foi uma preocupação

do homem que a muito tempo os navegantes europeus já percorriam o mundo

em busca de especiarias como cravo da índia, nos moscada, pimenta-do-reino

e canela. Além das especiarias, o loro, o sal de cozinha e o alho e muitos

outros condimentos sempre foram usados para melhorar as condições de

conservação ao sabor dos alimentos.

De acordo com Camargo, (2011) “industrialmente, utilizam-se ainda

outros produtos, em especial nitratos, nitritos e sulfitos, embora em menores

quantidades, com o mesmo objetivo”.

Todo processo de conservação dos alimentos até o século XVIII eram

descobertos e utilizados de forma empírica sem nenhum embasamento

científico.

De acordo com Bachelard, (1996, p.09)

o estudo científico iniciou-se no fim do século XVIII se estendendo por todo século XIX e início do século XX, até então, o homem tinha um pensamento pré-científico, marcado pela construção do raciocínio e empírica do conhecimento científico.

Os métodos utilizados para evitar a deterioração dos alimentos por ação

de microrganismos e perda de qualidade são chamados de conservação que

pode ser feito de diversas maneiras, sendo a secagem de grãos de cereais ou

legumes, uma das técnicas mais antiga. Havendo também, conservação de

frutas com açúcar produzindo doces ou compotas, preparação de enchidos,

picles, salgamento, defumação ou congelamento.

O processo mais recente são os industriais como: enlatamento de

alimentos ou pasteurização de leite.

A conservação de alimentos tem a finalidade de evitar a ação de

microrganismos que causam o apodrecimento dos alimentos ou ação de

enzimas do próprio produto, pois, podem causar danos a saúde humana devido

a produção de toxinas ou influenciar no aspecto nutricional ou aparência do

alimento.

Foram criados também métodos de pasteurização, esterilização,

branqueamento, secagem ou desidratação, fumagem ou defumação,

liofilização, fermentação e outros.

Pasteurização - recebeu este nome por ter sido criada pelo químico

francês Louis Pasteur, descobridor da causa da deterioração dos alimentos.

Essa técnica consiste em aquecer o alimento ou peças automotivas, com

temperaturas relativamente baixa, por um determinado tempo, para evitar

alteração das propriedades do produto por ação de microrganismos

patogênicos ali existentes.

Esterilização ou apertização – desenvolvido pelo confeiteiro francês

Nicolas Appert. É um processo que expõe os alimentos a alta temperatura, no

caso de comida enlatada o tempo de exposição é maior, em alimentos líquidos

(tipo longa-vida) o tempo é menor. A principal função dessa técnica é esterilizar

o alimento eliminando microrganismos que deterioram e causam problemas de

saúde aos consumidores, garantindo a comercialização do alimento por mais

tempo.

Branqueamento – Comum o uso desta prática em frutas e hortaliças,

para evitar que haja ação de enzimas que causam reações de deterioração

como o escurecimento, este tipo de reação pode causar alterações sensoriais

ou nutricionais. Esse método, inativa a ação das enzimas e também reduz a

carga microbiana do produto, através de tratamento térmico, para que o

alimento possa ser congelado, desidratado ou esterilizado, pois estes

processos não inibem a atividade enzimática.

Desidratação ou secagem – o produto é exposto em local onde tenha

um grande volume de ar seco e quente ou diretamente ao sol em local seco

para que possa diminuir ou remover a água do alimento a qual é responsável a

qual é responsável pelo desenvolvimento de microrganismos que causam a

putrefação. Esse processo é muito usado na conservação de carnes, peixes e

grãos. Há também processo de desidratação por osmose, que é feito

adicionando sal de cozinha (cloreto de sódio) ao produto e posteriormente

exposto ao sol, este método é comum na conservação de bacalhau e carne-

seca.

Na indústria o processo de secagem de carnes e peixes, é feito por

fornos próprios para este fim.

Liofilização – tecnologia moderna utilizada para extrair água de

alimentos por extrema secagem, este uso é comum em flocos de batata, café e

outros alimentos.

O processo mais adequado para preservar células, enzimas, vacinas, vírus, leveduras, soros, derivados sanguíneos, algas, bem como frutas, vegetais, carnes, peixes e alimentos em geral é a liofilização no qual o produto é congelado a uma temperatura bem baixa (abaixo de – 20 ºC), é submetido a uma pressão muito baixa (alto vácuo) que extrai a água dos alimentos no estado sólido diretamente para o estado gasoso através da sublimação tornando o produto final mais leve e mais poroso, livre de umidade e capaz de ser reconstituída pela simples adição de água sem sofrer alteração de textura, cor, sabor, aroma, teor de vitaminas, sais minerais, proteínas etc. (PARANÁ, 2006, p. 20)

As frutas para ter maior durabilidade recebem carga radioativa. “A

irradiação de frutas, assim como a pasteurização do leite, pode prevenir

importantes infecções, por eliminar microrganismos patogênicos que podem

causar doenças de origem alimentar”. (NEVES, 2009, p. 193)

Com o sistema capitalista a indústria deseja pagar menos pela matéria-

prima, o produtor rural por sua vez pretende vender seu produto com maior

obtenção de lucros.

Devido à interdependência entre ambos houve grande aperfeiçoamento

tecnológico devido ao sistema capitalista com o intuito de reduzir custos das

mercadorias.

Para contribuir com a diminuição de preço de mercadorias passou a se

fazer uso dos aditivos químicos, pois, corante flavorizante substitui a matéria

prima natural que sofre com a variação de preço devido à escassez em

determinadas épocas.

As frutas naturais sofrem problemas de deterioração no plantio, colheita,

transporte, armazenamento, extração do suco e outros, enquanto que

quantidades mínimas de corantes e flavorizantes substituem uma grande

quantidade de frutas.

A apresentação estética dos produtos estão diretamente ligadas ao

mercado, os aditivos como estabilizantes de espumas e de emulsões os

espessantes, os anti-umectantes são usados para conservar o aspecto do

produto com aparência de fresco por maior tempo, como exigidos pelo

mercado.

Na atualidade usam-se os aditivos químicos para conservar os alimentos

ou mesmo melhorar suas propriedades nutritivas, ou lhe dar aspectos mais

bonitos.

Nos dias de hoje é quase impossível consumir alimentos que não

contenha nenhum aditivo químico. Mas existem também os aditivos benéficos

como é caso do iodo adicionado ao sal de cozinha, das vitaminas acrescidas

ao arroz e a farinha de trigo usada na fabricação de biscoitos pães, bolos, e

outras massas.

Atualmente alimentos não servem apenas para matar a fome e fornecer

energia, eles também têm contribuído para melhorar a saúde das pessoas, são

os chamados “alimentos funcionais” enriquecido com vitaminas, sais minerais,

ácidos e outros, capazes de diminuir o risco de doenças melhorando as

funções do organismo.

No Brasil, são vários os produtos que tentam agregar um valor

nutricional maior nos alimentos. Já está sendo produzido, em caráter

experimental, um amido de milho que agrega aveia, cevada, arroz e milho,

vitaminas e ferro. Algumas marcas de leite incluem em sua composição o ferro,

que ajuda no tratamento da anemia, principalmente entre crianças e idosos,

além de várias vitaminas com funções diversas e até um ácido chamado

ômega-3, que ajuda no controle do colesterol prevenindo doenças

cardiovasculares (ALVARENGA, 2011)

Com o avanço dos alimentos funcionais os ovos já estão chegando com

menos colesterol e ainda enriquecidos com ômega-3, os pães enriquecidos

com fibras, além de ajudar o bom funcionamento intestinal, também favorece a

redução de colesterol e dieta de diabéticos.

O sitostanol, composto utilizado em uma margarina americana promete

reduzir o colesterol se consumido uma colher e meia, diariamente.

Lembrando que os alimentos enriquecidos vieram para melhorar em

alguns aspectos, mais isto não quer dizer que devemos substituir os alimentos

naturais pelos funcionais, pois, precisamos de uma dieta equilibrada e

associada a exercícios físicos.

Os aditivos descobertos mais recentemente são mais eficientes, porém

perigosos por ser substâncias químicas um pouco tóxicas que em

determinados casos podem ser prejudicial à saúde humana.

Com o avanço científico e tecnológico passou a se fazer uso excessivo

de produtos industrializados com grandes quantidades de corantes e também

NaNO2 (nitrito de sódio) e NaNO3 (nitrato de sódio) usado para avermelhar

carnes e derivados, conservantes como P.V dióxido de enxofre (SO2) P.V.I

oxitetraciclina e cloro tetraciclina (antibióticos) ambos cancerígenos sendo os

dois últimos proibido o uso no Brasil e o P.I ácido benzóico e seus sais que

afetam o metabolismo, sem contar os flavorizantes e outros muito desses

produtos podem fazer parte dos enlatados usados na merenda escolar das

escolas estaduais .

A primeira ideia que uma pessoa precisa ter como alimentação é que

nem tudo que é gostoso é bom e saudável, os industrializados, por exemplo,

são caracterizados com belezas atraentes e artificiais que podem fazer muito

mal, enquanto que o bom é natural, mas ofuscado com pouca cor, pouco sabor

e por isso pouco atraente, mas o ideal para saúde humana porque nutre as

células evitando carência de determinados nutrientes essenciais.

Se não fossem os alimentos participantes de nossa nutrição diária, não

conseguiríamos andar, falar, e nem mesmo parar em pé, por isso devemos

escolher bem o que comemos.

A principal função da alimentação é fornecer ao organismo substâncias

que lhes deem “energia”. Afinal, o organismo é como uma máquina, para

trabalhar precisa consumir energia. Sendo esta definida como: propriedade de

um sistema que lhe permite realizar trabalho através da força e vigor,

proporcionado ao corpo.

Os alimentos encerram, em grande parte, substâncias orgânicas, como

proteínas (carnes), lipídios (gorduras), e glicídios (açúcares). As moléculas

dessas substâncias especialmente os glicídios e glicídios acumulam grandes

reservas de energia nas ligações de seus átomos. Assim, quando tais

alimentos são incorporados ás células, eles procedem como verdadeiros

combustíveis. Basta a célula “queima-los” através de reações químicas, para

deles obter a energia necessária para a manutenção da vida.

Visando uma questão de aparência e para atingir o público infantil que é

atraído pelas cores, os corantes são utilizados em larga escala e tem sido

objeto de muitas críticas pelo fato de seu uso ser desnecessário em uma

grande variedade de alimentos.

Na prática o consumidor não é capaz de controlar sua exposição aos

diferentes aditivos presentes em baixos teores nos alimentos e também não

sabe avaliar se o benefício recebido justifica o risco a que está exposto.

Nos imbutidos como salsichas, por exemplo, os conservantes mais

usados são os nitritos e nitratos, considerados cancerígenos. Por isso é

importante diminuir consumo desses produtos e consumir mais carnes frescas.

Em pudins e iogurtes, podem ter como aditivo químico, espessante,

aromatizante, acidulante, conservante e corante. Sendo que os corantes e

conservantes podem causar alergias e disfunções digestivas e metabólicas

quando consumidos em excesso. Para evitar problemas de saúde optar por

pudins caseiros e coalhados enriquecidas com frutas frescas.

Os aditivos mais comuns em hambúrguer são os: antioxidante,

conservante, corante, estabilizante e realçador de sabor, um dos reforçadores

de sabor é o glutamato monossódico, que já foi considerado cancerígeno mais

não tem nada que comprova cientificamente, para diminuir riscos de saúde, o

melhor é utilizar hambúrguer caseiro, feito de carne moída fresca.

Em gelatinas, balas e doces é comum o uso de acidulante, aromatizante

e corante artificiais, o consumo de corante em longo prazo pode causar

alergias, e também há suspeitas de problemas neurológicos, digestivos e

metabólicos, o melhor mesmo é substituir pelos doces e caramelos caseiros e

gelatinas naturais feito de frutas frescas.

Na realidade o mais certo a fazer é controlar o consumo de produtos

industrializados, variando ao máximo a dieta para evitar acúmulo de

determinadas substâncias no organismo para evitar possíveis problemas de

saúde, a FAC e OMS – respectivamente Organização das nações Unidas para

Alimentação e Agricultura e Organização Mundial de Saúde, controlam a

dosagem dos aditivos químicos para que sejam usados de forma mais segura.

Problemas causados pelos aditivos químicos alimentares

Aromatizantes:

Trabalhos científicos têm demonstrado que o Glutamato de monossódico

produz reações farmacológicas, possui risco tóxico a longo prazo e que produz

danos cerebrais a animais recém-nascidos.

Corantes:

Declaração do comitê misto FAO/OMS: “Com relação aos corantes

alimentares em geral, deve-se insistir em adquirir conhecimento do

metabolismo, pois que muitos dos tais compostos por sua natureza química

tende a originar produtos de decomposição potencialmente tóxicos, seja por

ação de microrganismos ou por transformações metabólicas no organismo”.

Estudos desenvolvidos têm demonstrado que os corantes estão

diretamente relacionados com a hiperatividade em crianças.

Conservantes:

Embora tido como inofensivo mesmo em grandes quantidades, sabe-se

que o uso do ácido benzóico produz irritação da mucosa digestiva e seus

metabólitos urinários. O ácido Hipúrico e ácido bezoilglicorônico produzem

irritações das células que revestem a bexiga, estando ligados possivelmente a

formação de tumores vesicais. O nitrito suspeita: pode reagir com aminas,

substâncias encontrada naturalmente nos alimentos e formar nitrosaminas

provavelmente cancerígenas.

Antioxidantes:

Geralmente causa danos à saúde, mesmo abaixo das “doses diárias

permitidas”, pois interferem no metabolismo como um todo. Produz aumento de

cálculos renais, ação tóxica sobre o fígado, reações alérgicas, descalcificação

e redução da absorção do ferro.

Estes são alguns exemplos de efeitos tóxicos causados pela in gestão

inadequada de alimentos. Frequentemente, estudos demonstram problemas

em aditivos anteriores considerados inócuos. Outro fator agravante é que não

se coloca nos rótulos a quantidade de aditivos adicionados, nem a quantidade

tolerada pelo homem.

Manter a saúde em bom estado é um desafio que se renova a cada dia,

com muitos caminhos para se alcançar os mesmos objetivos. É quase

impossível não ser atingido pelos males da evolução científica, contudo,

manter-se informado, analisar todas as coisas é um caminho para fugir de

certos riscos. Procurar examinar os alimentos, aprender a ler os rótulos e,

saber pelo menos o que significa aqueles código do tipo H.I, A.I, P.II, etc., para

poder comer de modo mais seguro prevenindo assim as doenças que têm

origem na má alimentação.

DENOMINAÇÃO, USO DOS ADITIVOS QUÍMICOS E SUAS FUNÇÕES

Classe de

aditivos

Exemplo Para que

serve?

Onde é usado?

Antiumectante Carbonato de cálcio

e de magnésio,

dióxido de silício.

Controla a

umidade dos

produtos.

Sal de mesa, pós

para refrescos,

temperos em pó,

queijos fundidos.Antioxidante Ácidos ascórbicos,

cítricos, fosfóricos.

Retarda

aparecimento

ranço

(oxidação)

nos alimentos.

Cervejas,

margarinas, óleos e

gorduras, pós para

refresco,

sobremesas,

farinhas, leite de

coco. Corante Açafrão, caramelo,

tartazina, amarelo

crepúsculo,

bordeaux, azul

brilhante.

Dá a cor e

intensifica a

coloração.

Pós para refresco e

gelatina,

refrigerantes,

manteiga, geléias e

licores artificiais,

sorvetes.Conservador Benzoato de sódio,

dióxido de enxofre,

nitrato de sódio,

propionato de cálcio.

Impede que

os alimentos

estraguem por

ação de

microrganism

o ou enzimas.

Bebidas alcoólicas,

carnes, queijos,

conservas,

refrigerantes,

chocolates, preparo

de polpa.Edulcorante Ciclamato de sódio,

aspartame,

acessulfame K,

sacarina.

Substância

diferente do

açúcar capaz

de conferir

sabor doce

aos alimentos.

Adoçantes de mesa,

doces dietéticos em

geral.

Aromatizante Extrato natural de

fumaça, vanilina,

essências naturais e

Confere ou

realça o

aroma, ou

Balas, pós em geral,

carnes e derivados,

gelatina, licores,

artificiais. sabor dos

alimentos.

sorvetes,

margarinas,

refrigerantes e

biscoitos.Acidulante Ácido cítrico, málico,

fumárico láctico,

tartárico, ascórbico.

Confere ou

intensifica

sabor ácido

dos alimentos.

Balas, pós em geral,

sorvetes,

refrigerantes e

geléias em geral.Estabilizante Alginatos, agar-ágar,

citrato de sódio,

gomas em geral,

lecitina, polifosfato,

mono e diglicerídios.

Ajuda a

conservas as

emulsões e

suspensões.

Queijos fundidos,

conservas, balas

moles, doce de leite,

creme de leite,

sorvetes, margarina

SÍMBOLOS E NOMES DOS ADITIVOS QUÍMICOS ALIMENTARES

Conservantes

ÁCIDO BENZÓICO e seus sais de cálcio, potássio e sódio. P.I

ÁCIDO SÓRBICO e seus sais de cálcio, potássio e sódio. P.IV

DIOXIÓDO DE ENXOFRE: metabissulfito de sódio, de potácio, de cálcio, bissulfito de sódio, de cálcio, de potácio, sulfito de sódio, de cálcio e de potácio.

P.V

NATAMICIA (Pimaricina) P.XII

NITRATO DE POTÁCIO OU SÓDIO associo ou não a

NITRITO DE POTÁSSIO OU SÓDIO

PVII

NITRITO DE POTÁSSIO OU SÓDIO P.VIII

PROPIONATO DE CÁLCIO, SÓDIO OU POTÁCIO P.IX

PRRA-HIDROXIBENZENO DE METILA, PROPILA, ETILA E SEUS SAIS SÓDICOS P.III

Fonte: http://kshimizu.sites.uol.com.br/oqsao.htm

Corantes

CORANTES NATURAIS C.I

SINTÉTICOS IDÊNTICOS AOS NATURAIS C.III

CARAMELO C.V

CORANTES ARTÍFICIAIS C.II

CORANTES INORGÂNICOS C.IV

Aromatizantes

Quando o objetivo for o de conferir ao alimento um sabor definido:

• Aroma Natural ou Natural Reforçado – sabor natural de... ou sabor de... • Aroma Reconstituído – sabor reconstituído de... • Aromo Imitação – sabor imitação de...

• Aroma Artificial – sabor artificial de...

Quando o objetivo for o de reforçar o sabor de aroma natural já existente ou conferi-lhe sabor ou aroma não específico:

• Aroma Natural – contém aromatizante natural de... ou contém aromatizante de... ou contém aromatizante natural composto

• Aroma Natural Reforçado – contém aromatizante natural reforçado de... • Aroma Reconstituído – contém aromatizante reconstituído de... • Aroma Imitação – contém aromatizante imitação de ... • Aroma Artificial – aromatizado artificialmente

Aroma Natural de Fumaça – aroma natural de fumaça adicionado

Fonte: http://kshimizu.sites.uol.com.br/oqsao.htm

Estabilizantes

ÁCIDO ALGÍNICO E SEUS SAIS DE AMÔNIO, CÁLCIO, SÓDIO, POTÁSSIO ET.XXXVI

AGAR-AGAR ET.XXXVIII

ÄCIDO META-TARTÁRICO ET.XXXVII

Amido Quimicamente Modificados

ACETATO DE AMIDO ET.XXXIII

ADIPATO DE DIAMIDO ACETILADO ET.XXXV

AMIDO OXIDADO ET.XXXIX

AMIDO TRATADO POR ÁCIDO ET.XXX

FOSFATO DIAMINO ET.XXXI

FOSFATO MONOAMIDO ET.XL

FOSFATO DE DIAMIDO FOSFATADO ET.XLI

FOSFATO DE DIAMIDO ACETILADO ET.XXXII

ACETATO ISOBUTIRADO DE SACAROSE (SAIB) ET.XXII

ALGINATO DE PROPILENE GLICOL ET.XXXVI

CARRAGENA- MUSGO IRLANDÊS ET.X

CLORETO DE CÁLCI ET.XLIV

CARBOXIMETILCELULOSE E SEU SAL SÓDICO ET.XLII

CASEINA DE SÓDIO ET.V

CELULOSE MICROCRISTALINA ET.XX

CITRATO DE SÓDIO ET.VI

CITRATO DE TRIETILA ET.XLIII

DIACETIL TARTARATO DE MONO E DIGLICERÍDEOS ET.XXV

ESTEARATO DE POLIOXIETILENO GLICOL ET.XXIII

ESTEAROIL-2-LACTIL-LACTO DE CÁLCIO ET.VII

ESTEAROL-2-LACTIL-LACTATO DE SÓDIO ET.VII

ÉSTERES DE ÁCIDO ACÉTICO DE MONO E DIGLICERÍDEOS ET.XLVI

ÉTERES DE ÇIDO CÍTRICO DE MONO E DIGLICERIDEOS ET.XLVII

ÉSTERES DE ÁCIDO GRAXOS COMESTÍVEIS DE PROPILENO GLICEROL (ESTEARATO DE PROPILENO GLICOL)

ET.IX

Fosfatos

FOSFATO DISSÓDICO OU POTÁCIO ET.XXVIII

FUMARATO DE ESTEARILA E SÓDIO ET.XXIV

GLUTACONATO DE CÁLCIO ET.XLVIII

Gomas

ADRAGANTE ET.L

ARÁBICA ET.II

CARAIA ET.LI

ESTER ET.XIX

GUAR ET.XXI

JATAÍ OU ALFARROBA ET.LII

XANTANA ET.XXXVII

HIDÓXICO DE CÁLCIO ET.XXXIV

LECITINAS (FOSFOLIPÍDEOS, FOSFATÍDEOS E FOSFOTEÍNAS) ET.I

MONO E DIGLICERÍDEOS DE ÁCUDO GRAXOS COMESTÍVEIS ET.III

MONOESTEARATO DE SORBITANA ET.XII

MONOPALMITATO DE SORBITANA ET.XI

Polifosfato

HEXAMETAFOSFATO DE SÓDIO, METAFOSFATOS DE SÓDIO OU POTÁSSIO, PIROFOSFATOS DE SÓDIO OU POTÁSSIO, TRIPOLIFOSFATOS DE SÓDIO OU POTÁSSIO

ET.IV

POLISORBATO 80 ET.XVI

POLISORBATO 65 ET.XV

POLISORBATO 60 ET.XIV

POLISORBATO 40 ET.XVIII

POLISORBATO 20 (ASSOCIADOS A MONO E DIGLICERÍDEOS) ET.XVII

SULFATO DE CÁLCIO ET.LIII

TARTARATO DE SÓDIO ET.XXIX

TRIESTEARATO DE SORBITANA ET.XIII

Fonte: http://kshimizu.sites.uol.com.br/oqsao.htm

Espessantes

ÁCIDO ALGÍNICO E SEUS SAIS DE AMÔNIO,, CÁCIO, SÓDIO E POTÁCIO EP.II

AGAR-AGAR EP.I

CARBOXIMETICELULÓSE E SEU SAL SÓDICO EP.III

CELULOSE MICROCRISTALINA EP.XI

GOMA ADRAGANTE EP.IV

GOMA ARÁBICA EP.V

GAMA CARAIA EP.VI

GOMA GUAR EP.VII

GOMA DE ALFARROBA OU JATAÍ EP.VIII

GOMA XANTANA EP.XIII

MUSGO IRLANDÊS (CARRAGENA, FURCELANA) EP.X

Fonte: http://kshimizu.sites.uol.com.br/oqsao.htm

Acidulantes

ÁCIDO ADÍPICO H.I

ÁCIDO CITRICO H.II

ÁCIDO FOSFÓRICO H.III

ÁCIDO FUMÁRICO H.IV

ÁCIDO LÁCTICO H.IV

ÁCIDO MÁGICO H.III

ÁCIDO TARTÁREO H.II

ÁCIDO GLUTONA DELTA XANTANA

Fonte: http://kshimizu.sites.uol.com.br/oqsao.htm <acesso em 15/07/2011>

EdulcorantesARTIFICIAIS:

ASPAREM CALOIRO "ADVERTÊNCIA PARA FENILCETONÚRICOS Por extenso

CICLAMINOS NÃO CALEIROS Por extenso

SACARINA NÃO CALOIRA Por extenso

NATURAIS:

ESTEVIOSÍDEO NÃO CALOIRO Por extenso

SORBITANA CALOIRO Por extenso

MATINAL CALOIRO Por extenso

Umectantes e Antiumectantes

UMECTANTES:

DIACETIL SULFOSSUCCINATO DE SÓDIO U.I.

GLICEROL U.I.

LACTATO DE SÓDIO C.V

PROPILENO GLICOL U.I.

SORBITANA U.I.

ANTIUMECTANTES

FOSFATO TRICICLO ET.III

Fonte: http://kshimizu.sites.uol.com.br/oqsao.htm

Antioxidantes

ÁCIDO SÓRBICO (A.C. – SÓRBICO e seus sais de potássio, sódio e cálcio)

A.

ÁCIDO CÍTRICO AI

ÁCIDO ISOASCÓRBICO ou Eritórbico e seu sal de sódio ET.XIV

ÁCIDO FOSFÓRICO AI

BUTIL-HIDROXI-ANISOL (BA) AV.

BUTIL-HIDROXI-TOLUENO (BHT) A.V.

CITRATO DE MONOGLICERÍDEO ET.XXI

CLORETO DE MONOISOPROPILA A.V.

CLORETO ESTONAS AS

EDITA– Ácido dissocio (etilenodiaminotetracetato DIAMIDO dissocio) P.XII

EDITA- Cálcio dissocio (etilenoaminotetracetato cálcio e dissocio) P.XII

GALEOTA de propila, duodecimal ou de ETILA P.IX

LECITINAS (FOSFOLIPÍDEOS, FOSFOTEÍNAS, fosfatados) A.V.

PALMITO de ascorbila e estearão de ascorbila ET.XV

TER- Butil-hidroquina (TBHQ) ET.XIX

TOCOFERÓIS P.XII

Fonte: http://kshimizu.sites.uol.com.br/oqsao.htm

Com o conhecimento científico disponível, organizado e integrado, com

o intuito de fornecer dados para o processo de tomada de decisões. Estabelece

a consistência de conhecimento científico, apontando quando determinado

fenômeno observado pode ser generalizado para um grupo ou população em

geral, pois a mudança de hábito alimentar da população brasileira, ocorrida nas

últimas décadas tem atraído dos órgãos reguladores e da comunidade

científica como um todo, pois a substituição de alimentos naturais por

processados vem contribuindo para o empobrecimento da dieta.

“Consequentemente, tal fato contribui, também, para o aparecimento de

doenças crônicas, não-transmissíveis responsáveis, principalmente pelas

doenças do aparelho circulatório, diabete e neoplasias, resultado das

modificações no padrão de adoecimento global na segunda metade do século

XX. As doenças crônicas transmissíveis apresentam etiologia multifatorial e

estão associadas a fatores de risco ambientais comportamentais, como

alimentação inadequada, a obesidade, as dislepidemias, o tabagismo e a

física.” (CSP, 06/09/2010).

Diversos estudos têm demonstrado reações adversas aos aditivos,

sendo elas agudas ou crônicas, por distúrbio de metabolismo, alteração

comportamentais desencadeamento de alergias e até câncer com o consumo a

longo prazo.

Nesse sentido é importante ter o conhecimento científico a este respeito

sabendo interpretar os rótulos dos alimentos, compreender os males que cada

aditivo pode causar, para que se possa alimentar melhor e ter boa saúde.

3 ANÁLISE DO CORPUS

A implementação do projeto aditivos químicos alimentares ocorreu

devido a necessidade de ampliação de conhecimento a respeito do assunto no

momento em que estava sendo estudado o conteúdo alimentos.

Os alunos, de um modo geral, demonstraram grande interesse pelo

tema abordado; alguns propuseram a fazer uma pesquisa mais aprofundada,

ampliando conhecimentos e destacando a importância do mesmo na vida

cotidiana.

Na aula seguinte, alguns alunos trouxeram novas informações a respeito

de aditivos químicos e, juntamente com os demais colegas, fizeram vários

comentários. Então, solicitei que cada um escrevesse o que sabia sobre o

tema, a principio muitos diziam não saberem nada sobre o mesmo, porém

expliquei-lhes que neste momento não haveria julgamento de certo ou errado,

mas sim um a avaliação do conhecimento prévio que se tinha, para que

houvesse um ponto de partida para dar início aos procedimentos do estudo. Na

sequência, fizemos uma reflexão sobre o processo ensino aprendizagem, que

de acordo com Kuhn (1975) citado na Revista Química Nova na escola

Investigação e reflexão nº 9 maio 1999, a ciência não é algo pronto e acabado,

pois a aprendizagem acontece em diversos níveis e momentos; a cada novo

contexto pode ser ampliada e reelaborada sendo fruto da criação de homens,

com determinadas visões de mundo e propensos a erros e acertos.

Para dar continuidade ao trabalho, propus aos alunos que trouxessem

R$ 10,00 para a aula seguinte, com o intuito de irmos ao supermercado para

que cada um comprasse seu lanche, no entanto por se tratar de uma escola de

jovens e adultos um senhor questionou dizendo que estava desempregado e

não poderia trazer a quantia pedida, outros por serem mais jovens diziam

depender dos pais e que também não possuíam tal valor, então fiz a proposta

de trazer os valores que faltavam para que comprassem em dupla o lanche que

quisessem e repartissem entre si.

Durante a visita ao supermercado percebi que alguns tiveram

dificuldades para escolher e conciliar o preço dos alimentos com o valor

estipulado.

Ao retornarmos para sala de aula fizemos uma lista dos alimentos

comprados e discutimos o porquê da escolha, houve afirmações que a opção

por determinado alimento estava relacionado ao sabor ou porque estava com

vontade, ou ainda por estar calor optou por ser fresco e estar dentro do valor

estipulado, somente a minoria respondeu que a escolha era devido aos

nutrientes.

Posteriormente foi apresentado um documentário utilizando o site do

youtube no link http://www.youtube.com/watch?v=3RFoCo_eOA8 com imagens

de guloseimas e fast food, destacando os problemas de saúde, como doenças

cardiovasculares que as mesmas podem acarretar quando consumidos em

grande quantidade. A partir daí cada um fez a análise do que comprou,

chegando a conclusão de que a maioria dos alimentos escolhidos e comprados

eram guloseimas com pouco valor nutricional, com altos índices de gorduras e

aditivos químicos, que ao longo do tempo quando consumidos diariamente,

acumulam no organismo, podendo causar sérios problemas de saúde.

Na aula seguinte, foram identificados os aditivos químicos presentes nos

rótulos de alimentos consumidos no cotidiano dos alunos e pesquisado na

internet a função dos mesmos nos alimentos e possíveis problemas de saúde

que podem causar aos consumidores.

Foi distribuída a cada aluno uma apostila com os nomes e símbolos dos

aditivos químicos para que fossem feitos trabalhos em grupos, identificando

símbolos e nomes dos aditivos químicos presentes no rótulo dos alimentos

consumidos diariamente por eles.

Para esclarecer a comunidade escolar, os alunos confeccionaram

cartazes que, posteriormente, foram colocados no pátio escolar com o intuito

de conscientizar a todos da importância de uma alimentação mais natural.

Para finalizar o trabalho, retornamos ao mercado com o valor de R$

10,00. Em comparação a primeira visita, o resultado foi surpreendente, a

preocupação não era só em comprar o que era gostoso e dentro do valor

estipulado, mais sim a observação dos rótulos verificando data de validade,

tipos e quantidades de aditivos químicos que cada alimento continha e o valor

nutricional.

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Com este trabalho, fica claro o resultado da pesquisa por se tratar de

alimentos industrializados e especialmente aditivos químicos alimentares,

estamos falando de algo diretamente ligado à vida diária do educando. Desse

modo o trabalho torna-se interessante e com objetivo claro para os estudantes,

tornando-os mais interessados e participativos.

Comparando a primeira visita ao supermercado com a última, ficou

evidente a mudança de comportamento gerada pelo conhecimento através da

preocupação em consumir alimentos mais saudáveis, utilizando-se de critérios

bem diferentes da anterior.

De acordo com relatos de alunos, foi percebido também pelos familiares

a preocupação com a escolha dos alimentos pelos estudantes, pois eles tinham

o hábito de consumir guloseimas em excesso enquanto assistiam TV ou

estavam no computador.

A implementação do projeto, de modo geral foi muito gratificante, mas,

devido ao CEEBJA ser uma escola que atende os alunos de forma

individualizada, tive alguns problemas como: jovens que iniciaram no mercado

de trabalho e tiveram que mudar de turno de estudo durante a aplicação do

projeto, alunos que precisaram se ausentar da escola por problemas de saúde

por ter uma idade mais avançada, pessoas que concluíram a carga horária da

disciplina de ciências antes do encerramento do projeto, alunos que vieram da

APAE portadores de necessidades especiais que foram inclusos no ensino

regular com uma compreensão limitada dos conteúdos em estudo.

Para que a implementação fosse possível diante de tantas diferenças,

tivemos que adaptar os conteúdos de acordo com o potencial de cada um,

fazendo constantes retomadas de conteúdos com os alunos com mais

dificuldades de aprendizagem e com aqueles de frequência irregular.

Este trabalho foi gratificante, pois houve depoimentos de alunos e até

mesmo de pais, que relataram ter havido grandes mudanças nos hábitos

alimentares de seus filhos e, consequentemente de toda a família. Alguns

colegas de trabalho sugeriram que este tema, por ser de muita importância,

fosse trabalhado na Semana Pedagógica com os demais professores e

funcionários do Colégio.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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BACHELARD, Gaston. A formação do espírito científico: contribuição para uma psicanálise do conhecimento. Rio de Janeiro: Contraponto, 1996.

CAMARGO, Adriano Costa de. “Conservação de Alimentos”. site de Energia Nuclear na Agricultura da Universidade de São Paulo. Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Conserva%C3%A7%C3%A3o_de_alimentos. Acesso em: 10/09/2010.

CSP. Cadernos de Saúde Pública – Food additive intake and health effcts: public health chall. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0102-311X2009000800002&script=sci_arttext. Acesso em: 06/09/2010.

DOENÇAS VASCULARES. Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=NefK1bWzdOI. Acesso em: 10 jun. 2011.

FAST FOOD. Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=3RFoCo_eOA8. Acesso em: 10 jun. 2011.

KUHN, T. A estrutura das revoluções científicas. São Paulo: Perspectiva, 1975. in: Revista Química Nova Na escola Investigação e reflexão nº. 9 maio 1999.

LUFTI, Mansur. Cotidiano e Educação em Química: os aditivos em alimentos como proposta para o ensino de Química no 2º grau. Coleção ensino de 2º grau: 4. Ijuí: INIJUI, 1988.

NEVES, Leandro Camargo. Manual pós-colheita da fruticultura brasileira. Londrina: Eduel, 2009.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de Ciências para o Ensino Fundamental. Curitiba: SEED, 2008.

________, Secretaria de Estado da Educação. Química no Ensino Médio. Caderno 3. Curitiba: Departamento de Educação de Jovens e Adultos. 2004.

________, Secretaria de Estado da Educação Química / vários autores. – Curitiba: SEED-PR, 2006.