Nascer. Animais extraordinários

XULIO GUTIÉRREZ

NICOLÁS FERNÁNDEZ

ANIMAIS EXTRAORDINÁRIOS

Nascer

Xulio Gutiérrez

Ilustrações de

Nicolás Fernández


Nascer

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

11

12

A assombrosa variedade de animais que habitam a Terra

deve-se ao facto de as espécies evoluírem para se adap-

tarem aos ambientes mais diversos: dos mais benignos

aos mais inóspitos, dos altos cumes dos Himalaias às

profundas fossas abissais do oceano Pacífico, dos frios

das calotas polares aos tórridos desertos.

Cada espécie possui uma forma própria de nascimento e

criação adaptada às condições do meio em que vive.

A finalidade da reprodução é transmitir o legado genéti-

co de geração em geração, e assim

perpetuar a espécie.

Neste livro veremos como nascem alguns animais extra-

ordinários. Uns são vivíparos e outros ovíparos. Uns têm

muitos filhos, que descuram, e muito poucos sobrevi-

vem, enquanto que outros têm menos descendência e

cuidam dela com esmero durante muito tempo.

Existem inúmeras estratégias reprodutivas, e todas elas

visam dar aos seus descendentes as condições favorá-

veis para poderem sobreviver por si próprios.

Animaisextraordinários

pág. 4

pág. 6

pág. 8

pág. 10

pág. 12

pág. 14

pág. 16

pág. 18

pág. 20

pág. 22

pág. 24

pág. 26

Nascer

4

Loxodonta africana

Os elefantes percorrem a savana em busca de água e alimento.

A elefanta mais velha lidera a manada porque tem experiência

e conhece melhor a situação dos aquíferos. Ela decide quando

se devem pôr em marcha e para onde se têm que dirigir.

Também procura manter as boas relações dentro do grupo.

A manada é formada por fêmeas aparentadas entre si, e pelas

suas crias. Os machos abandonam o grupo quando chegam à

adolescência. A partir desse momento têm uma vida indepen-

dente e solitária.

Os elefantes comunicam através de sons e também pela posição

da sua tromba: meter a tromba na boca ou tocar com ela na

orelha indica submissão; quando a levantam é porque estão ner-

vosos, e se a apertam contra o peito quer dizer que estão pres-

tes a atacar.

Os elefantes da mesma manada são muito unidos. Quando

algum está doente os outros não saem de ao pé dele; se algum

morre, o resto do grupo permanece vários dias junto do seu

corpo, acariciam-no com a tromba e barrem de angústia.

É o maior dos animais terrestres.

Distingue-se do elefante-asiático pelo seu maior tamanho, pelas suas enormes orelhas e porque os seus dentes incisivostambém são maiores.

Habita as savanasda África Central e do Sul.

Actualmente as populações de elefantes estão muito dispersas e fragmentadas.

ELEFANTE-AFRICANO

Longa gravidezQuando uma elefanta está com o cio, emite ultra--sons que os machos podem escutar a 15 quilóme-tros de distância. Então acorrem apressadamente elutam entre eles, porque só o vencedor tem direito acortejar a fêmea.

A elefanta tem a gravidez mais prolongada de todosos mamíferos: 22 meses. Dá à luz uma só cria de ummetro de altura e aproximadamente 115 kg de peso.

O parto é difícil. A elefanta pare de pé e, ao nascer, opequeno elefante cai ao chão com estrondo.Imediatamente, a mãe retira a placenta com a trom-ba e ajuda o seu filhote a levantar-se. Entretanto, osmembros do grupo rodeiam-nos para os protegeremdos predadores.

Depois, todos tocam na cria com a tromba para seimpregnarem com o seu cheiro e a poderem reconhe-cer como novo membro da manada.

A matriarca não permite que se retome a marcha atéo filhote ser capaz de seguir o ritmo do grupo.Enquanto são pequenos, os elefantes são muito vul-neráveis aos ataques de leões, hienas e leopardos. Porisso toda a família está muito atenta à cria, e chega adefendê-la com extrema violência se for necessário.

Os elefantes alimentam-se de leite materno até aoscinco anos, mas logo a partir dos seis meses começama provar diversas plantas para distinguir aquelas quepodem comer daquelas que devem evitar.

ANIMAIS EXTRAORDINÁRIOS | nascer 1

6

Pan paniscus

BONOBO

O bonobo, juntamente com o chimpanzé, é a espécie mais próxima do homem.

98% do seu ADN é idêntico ao do ser humano.

Vive unicamente numa reduzidazona húmida de bosque

ao sul do rio Congo, na África Central.

O bonobo é mais pequeno e mais magro que o chimpanzé comum. Tem as patas

traseiras mais compridas e caminha erecto pelo solo com muito mais frequência.

Os bonobos são animais tranquilos e pacíficos. Vivem em bandos de cerca de 50 indi-

víduos onde estabelecem relações sociais muito intensas. Os machos são maiores e

mais fortes que as fêmeas, e às vezes lutam entre eles. Mas são as fêmeas que gover-

nam, porque actuam todas juntas e são capazes de tranquilizar rapidamente o grupo.

A vida social dos bonobos é muito complexa. Comunicam entre eles através de

sons, gestos e posturas. Alguns bonobos criados em cativeiro chegaram a aprender

mais de 400 palavras para comunicar com os humanos através de um teclado de

lexigramas.

Os bonobos são omnívoros: alimentam-se essencialmente de frutos e folhas, apesar de

também capturarem pequenos animais como minhocas e insectos. Ocasionalmente

assaltam ninhos de pássaros para tirarem os ovos.

Hoje restam menos de 10 000 bonobos em liberdade. A espécie está em grave perigo

de extinção devido à destruição do seu habitat e à caça furtiva.

Quase humanoOs bonobos desenvolvem uma actividade sexual muitointensa e nunca formam um casal estável. As fêmeascostumam parir a cada quatro ou cinco anos. A ges-tação dura oito meses. Em cada parto nasce uma criade menos de 2 kg de peso; raramente nascem gémeos.

Quando uma fêmea sente que se aproxima o momen-to do parto, procura um lugar tranquilo e deita-se nochão. O nascimento de um bonobo é muito semelhan-te ao de uma criança, mas mais fácil e rápido. En-quanto a mãe dá à luz, todos os membros do grupo seaproximam com curiosidade para dar as boas-vindasao recém-chegado. Depois todos ajudam a mãe noscuidados do bebé, sobretudo as fêmeas.

A cria mama até aos três anos de idade, se bem quedurante o terceiro ano começa a comer alguns vege-tais. Com essa idade torna-se independente, mas con-tinuará a ter uma relação muito estreita com a suamãe durante toda a vida.

Entre os oito e os dez anos chega à puberdade ecomeça a comportar-se como um adulto. Então, asfêmeas adolescentes abandonam o grupo e procuramoutro bando para assim evitarem a consanguinidade.


8

Tursiops truncatus

O golfinho tem uma visão muito boa e costuma vir à superfície

para observar tudo aquilo que lhe interessa, habitualmente bar-

cos e banhistas.

Para caçar não usa a vista, mas um sentido chamado ecolocação:

emite uns sons tão agudos que o ouvido humano não pode per-

ceber; os ecos produzidos por estes sons permitem-lhe descobrir

e capturar as presas mesmo quando estão enterradas debaixo da

areia do fundo do mar.

Produz estes sons com um órgão redondo e gordo que tem na

testa chamado melão. Para recolher os ecos destes sons utiliza

como amplificador os grandes ossos da mandíbula inferior, que

estão ligados ao ouvido.

É o cetáceo mais inteligente e sociável.

É muito fácil de domesticar.

GOLFINHO-COMUM

Vive em pequenos gruposde 10 ou 12 indivíduos.

Prefere as águas quentes e temperadas, mas viaja por todos os mares,

excepto pelos oceanosÁrctico e Antárctico.

Nascer no marOs mamíferos marinhos, tal como os seres humanos,têm pulmões e precisam de ar para respirar. Por isso onascimento dos golfinhos é muito complicado.

Quando começam as contracções do parto, a mãesobe à superfície para respirar e agita-se violenta-mente para acelerar a saída da cria. As contracçõestornam-se cada vez mais frequentes e intensas, atéchegar o momento do nascimento. A primeira coisaque sai é a cauda e a última é a cabeça. Assim, a criarecebe oxigénio da mãe através do cordão umbilicalaté ao final do parto.

A partir desse momento, só tem uns segundos parasubir à superfície e inspirar pela primeira vez. Se não

conseguir morrerá afogada. Por isso, a mãe coloca-sedebaixo da sua cria e, dando-lhe pequenos empurrõescom a cabeça, mantém-na a boiar durante uns minu-tos para ela poder respirar.

O nascimento de um golfinho é um momento muitodelicado em que mãe e filho estão numa situaçãomuito vulnerável perante o possível ataque de umpredador. Tudo isto tem que acontecer em escassosminutos porque os tubarões sentem o cheiro do san-gue a grande distância e podem-se aproximar a gran-de velocidade.


28

FICHAS

EX EW CR EN VU CD NT LC



PÁGINA: 8

LAT: Tursiops truncatus

ALE: Große Tümmler

ESP: Delfín mular

FRA: Grand dauphin

ING: Bottlenose Dolphin

ITA: TursiopeENVERGADURA

2-4 mPESO

150-650 kgLONGEVIDADE

40-50 anosALIMENTAÇÃO

predador, carnívoro

CURIOSIDADES

• Há casos documentados de grupos de golfinhos que salvaram avida de nadadores prestes a morrerem afogados.

• Certa ocasião, um grupo de golfinhos defendeu durante horasdois submarinistas que estavam a ser atacados por um grandetubarão branco. Por fim foram resgatados.

GOLFINHO-COMUM

EXTINTO AMEAÇADO BAIXO RISCO

PÁGINA: 6

LAT: Pan paniscus

ALE: Bonobo

ESP: Bonobo

FRA: Bonobo

ING: Bonobo

ITA: BonoboCOMPRIMENTO

70 90 cmPESO

30 40 kgLONGEVIDADE

40 anosALIMENTAÇÃO

omnívoro

CURIOSIDADES

• Os bonobos, tal como os seres humanos, reconhecem-se muitobem pela cara, porque têm traços muito diferentes uns dos outros.

• Os bonobos têm emoções que até há pouco se pensava só existiremem seres humanos, como a compaixão e a empatia. Também actuamcom altruísmo, paciência e sensibilidade.

BONOBO


LAT: Loxodonta africana

ALE: Afrikanischer Elefant

ESP: Elefante africano

FRA: Éléphant de savane d´Afrique

ING: African Bush Elephant

ITA: Elefante africanoCOMPRIMENTO

6-7 mPESO

5-6 tLONGEVIDADE


herbívoro

CURIOSIDADES

• O elefante é tão grande que diariamente bebe 190 litros de águae come 250 kg de plantas, arbustos, raízes e cascas de árvores.

• A sua tromba é tão forte que com ela pode derrubar uma árvoregrande, e tão delicada que pode colher suavemente uma flor sem aestragar.

PÁGINA: 4

ELEFANTE-AFRICANO


29




| nascer

PÁGINA: 14

LAT: Aptenodytes forsteri

ALE: Kaiserpinguin

ESP: Pingüino emperador

FRA: Manchot empereur

ING: Emperor Penguin

ITA: Pinguino imperatoreCOMPRIMENTO

120 cmPESO

40 kgLONGEVIDADE


predador, carnívoro

CURIOSIDADES

• É um grande nadador que pode atingir os 20 km/h.

• O pinguim-imperador é monogâmico, quer dizer, é fiel ao seu companheiro durante toda a vida.

PINGUIM-IMPERADOR


LAT: Cuculus canorus

ALE: Kuckuck

ESP: Cuco

FRA: Coucou gris

ING: Common Cuckoo

ITA: CuculoENVERGADURA

33 cmPESO

105-130 gLONGEVIDADE


insectívoro

CURIOSIDADES

• O cuco captura todo o tipo de vermes, aranhas einsectos, mas tem predilecção por larvas muito peludasque outras aves recusam por serem muito indigestas.

• É um pássaro benéfico para a agricultura porque aslarvas são uma praga para muitas culturas.

CUCO-EUROPEUPÁGINA: 12


PÁGINA: 10

LAT: Macropus rufus

ALE: Rote Riesenkänguru

ESP: Canguro rojo

FRA: Kangourou roux

ING: Red Kangaroo

ITA: Canguro rossoCOMPRIMENTO

40 50 cm PESO

70 90 kgLONGEVIDADE


herbívoro

CURIOSIDADES

• O canguru pode deslocar-se a uma velocidade de60 km/h, dando saltos de 3,30 m de altura e 9,15 mde comprimento.

• Os seus olhos estão dispostos de forma a poderolhar para a frente e para trás ao mesmo tempo.

CANGURU VERMELHO



30




PÁGINA: 20

LAT: Anguilla spp

ALE: Aal

ESP: Anguila

FRA: Anguille

ING: Eel

ITA: AnguillaCOMPRIMENTO

150 50 cmPESO

3,5 0,5 kgLONGEVIDADE

8 12 anosALIMENTAÇÃO

omnívoro

CURIOSIDADES

• Ao nascer, todas as enguias são fêmeas. Com opassar do tempo, aproximadamente metade mudade sexo e converte-se em macho.

• Não comem nada durante a emigração, por isso,às vezes, o seu estômago fica atrofiado.

ENGUIA


COMPRIMENTO

15 cmPESO

7 gLONGEVIDADE


predador, micrófago

CURIOSIDADES

• Há 34 espécies de cavalos-marinhos. A maioria vive em águastemperadas e tropicais.

• Nos cavalos-marinhos é o macho que fica grávido.


CAVALO-MARINHO

LAT: Hippocampus hippocampus

ALE: Seepferdchen

ESP: Caballito de mar

FRA: Hippocampe

ING: Seahorse

ITA: Cavallucci marini

PÁGINA: 18

LAT: Familia ranidae

ALE: Frosch

ESP: Rana

FRA: Grenouille

ING: Frog

ITA: RanaCOMPRIMENTO

10-30 cmPESO

15 g - 3 kgLONGEVIDADE


predador, insectívoro

CURIOSIDADES

• Existem 3800 espécies de rãs. A maioria delas vive nasselvas tropicais e equatoriais.

• «Anfíbio» procede do latim anfi- (ambas) e bios- (vida).Faz referência ao facto de estes animais viverem na águaenquanto larvas e na terra quando chegam a adultos.

RÃPÁGINA: 16


(Variável dependendo da espécie.)

31




| nascer

LAT: Phylum porifera

ALE: Schwämme

ESP: Esponja de mar

FRA: Éponge

ING: Sponge

ITA: SpugneENVERGADURA

2-250 cmPESO

variávelLONGEVIDADE

variávelALIMENTAÇÃO

micrófago, filtrador

CURIOSIDADES

• Os soldados da Roma Antiga utilizavam esponjas em vez decopos para beber água.

• A maioria das esponjas é muito resistente à contaminaçãomarinha. Toleram a presença de hidrocarbonetos e de metaispesados sem sofrerem grandes danos.

ESPONJAPÁGINA: 26


LAT: Apis mellifera

ALE: Bienen

ESP: Abeja

FRA: Abeille à miel

ING: Bee

ITA: ApeCOMPRIMENTO

17 mm (operárias)

PESO

200 mgLONGEVIDADE

3 meses (operárias)

ALIMENTAÇÃO

herbívoro

CURIOSIDADES

• Os zangões e as rainhas não têm ferrão, portanto não podempicar.

• As abelhas exploradoras indicam às recolectoras a direcção e adistância a que se encontra o alimento através de complexosmovimentos que parecem uma dança.

ABELHAPÁGINA: 24


LAT: Bombyx mori

ALE: Seidenspinner

ESP: Mariposa de la seda

FRA: Bombyx du mûrier

ING: Silkmoth

ITA: Baco da setaCOMPRIMENTO

9-12 cmPESO

0,25-0,75 gLONGEVIDADE

1 anoALIMENTAÇÃO

herbívoro

CURIOSIDADES

• A larva do bicho-da-seda é o animal que mais come emrelação ao seu tamanho e ao tempo de vida.

• As borboletas vêem muito mal. As fêmeas atraem osmachos através de uma substância que estes conseguemcheirar a muitos quilómetros de distância.

BICHO-DA-SEDAPÁGINA: 22



(Variável dependendo da espécie.)

© desta edição: Kalandraka Editora Portugal Lda., 2009Rua Alfredo Cunha, 37-5.º, Sala 564450-023 Matosinhos - PortugalTelefone: (00351) 22 [email protected]

Primeira edição: Abril, 2009Impresso em C/A Gráfica

ISBN: 978-989-8205-15-5DL: 290521/09Reservados todos os direitos

© do texto: Xulio Gutiérrez, 2009

© das ilustrações: Nicolás Fernández, 2009

© da tradução: Elisabete Ramos, 2009

Coordenação da colecção Animais extraordinários: Chema Heras

Barrir

Aplicado a um elefante, dar guinchosmuito agudos e potentes ao mesmotempo que levantam a tromba. O barridoé um dos sons mais característicos que oselefantes emitem para comunicar entre si.

Ciclo vital

Série de fases por que passa um ser vivoao longo do seu desenvolvimento, desdeque nasce até morrer. Há muitos tipos deciclos: alguns são simples, como o do serhumano, outros são muito complexoscomo o dos anfíbios ou a metamorfosedas borboletas e das medusas.

Consanguinidade

Parentesco entre os indivíduos de umapopulação. Quando o tamanho de umapopulação é muito reduzido e há activida-de reprodutora entre indivíduos com umalto grau de consanguinidade, é frequen-te o aparecimento de doenças genéticas.

Crisálida

Etapa da vida de alguns insectos em que alarva permanece dentro de uma estruturaprotectora, como o casulo das borboletas,até adquirir a forma de adulto e depoiseclodir.

Desova

Aplicado aos peixes, acto de soltar óvulose espermatozóides na água para se pro-duzir a fecundação. É um tipo de repro-dução sexual com fecundação externa.

Embrião

Organismo pluricelular nos primeirosmomentos da sua vida. Desde que o zigo-to se divide em várias células até adquirirórgãos, sistemas e aparelhos.

Fecundação

União de uma célula reprodutora mascu-lina com uma feminina para dar lugar aum zigoto.

Feromonas

Substâncias químicas que alguns animaislibertam na atmosfera para comunicaremcom outros da mesma ou de outra espé-cie. Por exemplo, as borboletas fêmeaslibertam feromonas sexuais no ar paraatraírem os machos.

Hospedeiro

Organismo que sofre parasitismo porparte de outro. Por exemplo: o cão é hos-pedeiro da pulga; a pulga é hóspede ouparasita do cão.

Metamorfose

Transformação que sofrem alguns seresvivos durante o seu desenvolvimento.Algumas espécies, como as borboletas e asabelhas, mudam radicalmente de aspectoe de modo de vida ao longo das etapasque formam o seu ciclo vital.

Placenta

Conjunto de membranas que envolvem ofeto nos animais placentários. A comuni-cação entre a placenta e o feto produz-seatravés do cordão umbilical.

Populações fragmentadas

Diz-se das populações que estão isoladasumas das outras. Quando isto acontece,interrompe-se o intercâmbio genéticoentre elas e aparecem problemas de con-sanguinidade: redução da fertilidade edegeneração da espécie. Este é um pro-blema muito sério para muitas espécies deanimais, como o elefante. Deve-se quasesempre à ocupação humana do seu terri-tório.

Própole

Substância resinosa produzida pelas abe-lhas para construir as partes exteriores dacolmeia. Procede da resina dos rebentosde algumas árvores como a bétula e ochoupo.

Respiração cutânea

Tipo de respiração de muitos animais, entreeles os anfíbios. Consiste na entrada de oxi-génio e na saída de dióxido de carbonodirectamente através da pele.

Teclado de lexigramas

Painel que utilizam os cientistas paracomunicarem com alguns animais, comosímios e golfinhos. Nas teclas, em vez deletras, há símbolos, esquemas ou dese-nhos muito simples.

UICN

União Internacional para a Conservaçãoda Natureza. Esta organização estuda oestado de conservação das espécies epublica os resultados todos os anos. Ascategorias estabelecidas são:

- Extinto (EX)

- Extinto em estado selvagem (EW)

- Ameaçado (TR)· Em perigo crítico (CR)· Em perigo (EN)· Vulnerável (VU)

- Baixo risco (LR)· Dependente de medidas

de conservação (CD)· Próximo da vulnerabilidade (NT)· Mínima preocupação (LC)

- Dados insuficientes (DD)- Não avaliado (NE)

Voo nupcial

Voo rápido e de grande altura que realizaa abelha-rainha quando sai da colmeia,cinco dias depois de nascer. Só os zangõesmais fortes e velozes poderão segui-la ecopular com ela.

Zigoto

Célula que resulta da união de um óvulocom um espermatozóide. Assim que sedivide em várias células converte-se numembrião.

GLOSSÁRIO

Nascer é o segundo volume da colecção Animais Extraordinários.

Neste livro descreve-se a forma espantosa

como doze espécies de animais se reproduzem e cuidam das suas crias.

No volume anterior, Bocas,

explica-se com pormenor e rigor o modo peculiar

como algumas espécies obtêm o seu alimento.

Noutros títulos desta colecção mostram-se

as construções mais sofisticadas do reino animal, as migrações mais espectaculares

e as insólitas estratégias que alguns seres vivos utilizam para passar despercebidos.

Documents

Nascer. Animais extraordinários