Natal-RN, abril de 2014 - Ano XV - Nº 163

Aniversário é sempre motivo de comemoração, por isso o mês de abril é de festejos para a Fasern que está completando 25 anos de criação. E para marcar essa data, o jornal da entidade resgatou um pouco dessa história que começou a ser escrita ainda em 1986, quando iniciaram os debates sobre o tema entre os empregados da Cosern. Efetivamente criada em abril de 1989, hoje a Fasern é motivo de muito orgulho para seus fundadores, para a patrocinadora e para os participantes e assistidos.Conheça um pouco do processo de construção desta previdência complementar, desde quando a entidade era apenas uma reivindicação dos empregados da Cosern, até essa referência na qual a Fasern se transformou. Aceite nosso convite e recorde o nosso passado e as nossas vitórias. Essa história também é sua!

DIRETORIA EXECUTIVA

Editorial

nContinua nas páginas 2 a 8

Os empregados da Fasern em 1999 e a atual formação do corpo funcional e da diretoria da entidade

uma história de sucesso há 25 anosFasern:

ideia de criar a Fasern começou a ser discutida pelos empregados da Cosern em 1986, três anos antes da entidade

existir fisicamente. Informados sobre a criação no Brasil de vários fundos de pensão patrocina-dos por empresas estatais, entre as quais as que integravam os setores financeiro, elétrico, telefô-nico e petrolífero, e conhecendo a importância dessas fundações, os empregados trouxeram a

discussão para dentro da Companhia Energéti-ca, envolvendo colegas de trabalho e a direção da Cosern, que na época era de economia mista.

O assunto previdência privada era ainda muito embrionário no país, pouco conhecido. Diante disso, os trabalhadores que lideravam a iniciativa precisaram realizar um árduo traba-lho de esclarecimento junto aos seus colegas na Cosern e também aos gestores da empresa,

com o objetivo de mostrar os benefícios e a importância de uma entidade de previdência. Assim, a criação de um fundo de pensão deixou de ser um debate de um grupo, para ser uma reivindicação dos trabalhadores. Na época já existia outra fundação nos mesmos moldes no Rio Grande do Norte, tratava-se da Potiprev que atendia aos funcionários do extinto banco estatal Bandern.

Os estudos sobre a concepção da Fasern fo-ram iniciados e durante uma reunião ordinária da Diretoria da Cosern, em 31 de dezembro de 1986, foi colocada em discussão a criação da Fundação Assistencial e Seguridade Social dos Empregados da Cosern – Fasern. Vários docu-mentos sobre o estudo para a criação da entida-de foram submetidos à diretoria, esta solicitou documentos complementares e recomendou novos estudos, assim como o contato com a em-presa Jessé Montello Serviços Técnicos e Eco-nomia LTDA, especialista no assunto. Em 22 de

janeiro de 1987, em outra reunião ordinária da direção da Cosern, a Fasern voltou a fazer parte da pauta. Na ocasião foram discutidas questões como o aporte financeiro necessário a ser feito pela Cosern para a criação da Fundação. Foram chamados a integrar a reunião os empregados Edmilson Jales Dantas e José Nazareno Nunes Bezerra que estavam na incumbência de tocar a Fundação.

OS PRIMEIROS PASSOS

A

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Expediente FASERN - Previdência Complementar - Rua Olinto Meira, 1074 - Barro VermelhoCep: 59.030-180 Natal/RN - Tel.: (84) 3092-4350 / Fax: 3092- 4360 www.fasern.com.br

Redação e edição: Hayssa Pacheco (84) 9987-8426. Tiragem: 700 exemplares - Distribuição gratuita

Presidente:Céres Varella Bezerra de A. Matoso

Diretor Financeiro:Celso Arnaldo de Medeiros

Diretora de Seguridade e Administração:Liane Câmara Matoso Chacon

O parecer da assessoria jurídica da Cosern para a Fundação saiu em 30 de janeiro de 1987 e, ao longo deste ano, o processo de criação da entidade foi tomando forma. A diretoria da com-panhia solicitou ao então Ministro do Estado da Administração, Aluísio Alves, que intercedesse junto ao Cisee (Conselho Interministerial de Sa-lários das Estatais) para que a Fasern fosse apro-vada. A resposta veio em 16 de novembro, através de um telex assinado por Júlio Colombo Neto, Secretário Executivo do Cisee, no qual autorizava a inclusão da Fasern no acordo coletivo de 1987.

Depois de várias discussões sobre o tema, do processo de conscientização dos empregados da Companhia e da exaustiva reunião de docu-mentos, a Fasern começava a ser desenhada. Em 25 de novembro, a direção da Cosern se reuniu, extraordinariamente, sob o comando do diretor--presidente Jaime Mariz, para tratar de assuntos importantes para a entidade. Com a assessoria da empresa Jessé Montello Serviços Técnicos e Economia LDTA foi criado o Plano de Benefí-cios, no qual já constavam os estudos atuariais,

aprovado por unanimidade na ocasião. A direto-ria também aprovou o ante-projeto do Estatuto Social e o organograma da entidade (Presidência, Diretoria Financeira, Diretoria Administrativa e de Benefícios), além de indicar os nomes para ocupar cada um dos cargos. Assim se formava a primeira diretoria da Fundação que iria trabalhar numa nova fase, na aprovação da entidade junto ao Ministério da Previdência Social e na concep-ção física da Fasern. Os indicados pela direção da Cosern foram: Ezequias Bezerra (Presidente), Gileno Guedes de Moura (Diretor Financeiro) e Edmilson Jales Dantas (Diretor Administrativo e Benefícios). Ainda na mesma reunião, a diretoria da Cosern fez questão de agradecer a contribui-ção do ministro Aluísio Alves junto ao Cisee, ao diretor Fernando Aguiar de Figueiredo que se de-dicou à causa dos empregados, à funcionária Déa Maria Fernandes Costa por ter contribuído com seu conhecimento junto aos órgãos federais e ao empregado Edmilson Jales Dantas, que elaborou a proposta de fundação da Fasern.

“A Cosern comprometeu-se a aportar os

recursos necessários ao início do funcionamen-to da entidade. Esta denominada Reserva a Amortizar seria paga em 20 anos, além das con-tribuições normais mensais dos participantes e da própria Cosern”, lembra o ex-presidente da Fasern, Francisco Veiga que também ocupou outros postos na entidade como Diretor Admi-nistrativo e Benefícios, além de conselheiro. O Estatuto da Fundação foi publicado no Diário Oficial do Estado do Rio Grande do Norte em 2 de dezembro de 1987, a escritura de consti-tuição da Fasern foi registrada em cartório no dia 9 de dezembro do mesmo ano e o Estatuto foi aprovado pelo Ministério da Previdência e Assistência Social (MPAS), em 22 de setembro de 1988, conforme Portaria nº 4.332 . Com isso a entidade estava apta a funcionar em janeiro de 1989, mas por causa das dificuldades de divulga-ção entre os empregados da Cosern que estavam espalhados em todo o Rio Grande do Norte, o prazo para o início da Fasern foi prorrogado para 1 de abril de 1989, data em que a conquista social dos servidores da Cosern se tornava real.

LINHA DO TEMPO

Primeira Diretoria Executiva (1987-1991)l Ezequias Bezerra (presidente)l Gileno Guedes de Moura (Diretor Financeiro)l Edmilson Jales Dantas (Diretor Administrativo e Benefícios)

A Fasern é o nosso Porto Seguro. Pelo esforço de todos nós de poupar hoje para usufruir amanhã ela nos dará a tranquilidade de podermos desfrutar de uma merecida e sonhada aposentadoria!!!”

Francisco Veiga, ex-presidente da Fasern e atual presidente do Conselho Deliberativo

“No mesmo mês em que a Fundação iniciou

suas atividades começou a pagar o primeiro be-nefício, uma pensão à viúva do participante José Edilson Garcia de Andrade. O primeiro aposen-tado foi Heraldo Joaquim do Nascimento, afas-tado do trabalho por invalidez em setembro de 1989.

No princípio a sede da Fasern funcionava em um prédio alugado na Rua Olinto Meira, 1145, bem próximo da sede atual. Além da Dire-toria Executiva, a Cosern cedeu funcionários de seu quadro para trabalhar na entidade. Com es-trutura física um pouco precária, muita coisa era

feita de forma manual, existia apenas um compu-tador, um 486, que era utilizado principalmente na concessão dos empréstimos. Por causa de um problema administrativo, o pessoal de apoio ce-dido pela Cosern precisou ser devolvido. Assim em 27 de agosto de 1990 foi contratado o pri-meiro estagiário, o estudante de Administração da UFRN, Djair Abreu, para o setor Administra-tivo e Benefícios. Depois dele outros estagiários passaram a integrar o quadro.

Mas as dificuldades não eram apenas físicas, existiam poucas informações sobre previdência complementar e os cursos específicos eram en-

A CONCRETIZAÇÃO

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(1991 - 1993)

l Antônio Vaz Pereira do Rego (presidente) l Fernando Batista de Morais (Diretor Financeiro)l Francisco Antônio Veiga de Medeiros (Diretor de Administrativo e Benefícios)

01Aluisio Cabral de Paiva Marcelo Sabino da Silva Clautenis Lira de Andrade Jurandy Leocadio da Silva Francisco Jacinto da Silva

02Almira Medeiros de Araújo Marcos Antonio da Silva Natalia Lopes da Silva

03Desthon Marques de Medeiro Domingos Savio B. da Silveira Gileno Evaristo de Souza

05Francis Britto de Queiroz Sameire Telieny L. S. Camara Jasiel Henrique da Silva José Geraldo de AraujoMartha Pereira X. Miranda Ângela Maria Gomes

06Silvania Meire Almeida Marian Ilton Geraldo Beserra Oliveira João Maria de Araujo

07Djailson Ximenes Dantas Clebio Marcos de Oliveira Alberto Felipe de Vasconcelos José Milton Nunes Silvia Marianna M. Cardeal

08Edilson Gonçalves Dias Maria Inês Sobrinha Bruno Raphael da Costa Silva Elker Cesar Martins de Araujo Miguel Rogério de M. Gurgel Manoel Sabino de M. Neto Roberto Medeiros dos Santos

09João Vianez de Azevedo José Maria de Souza Maria Salete Cabral Jackson Azevedo Rivaldo do Nascimento Oliveira

10Maria Nazaré Dantas Gomes Valdeir Carvalho Vieira João Batista Borges Marluce Alves da Costa Maira Costa dos Santos

11Deborah de Souza Cirino Joana Darc Morais de Oliveira

12Glaucia Moises Marques SilvaElaine Layse Alves de Medeiros

13Pedro Germano de Araujo Verino Campanha de Oliveira Ademir Maciel Silva Vanusia Medeiros L. S. Bezerra Maria Angélica A. Trajano

14Amaro Milton O. Marques Jr. José Wellington de Souza

15Jullianna Franca Duarte

16Raimundo José de Oliveira Valério Santos da Costa Frank de Farias Duarte Jandson Yuri da SilvaLeonardo Andreoni de Almeida Francisca Batista Ângelo

Herbert de Aquino Borges José Justino Barbosa Neto

17Rutileno Camilo da Silva José Helio Cipriano da Silva

18Heraldo Joaquim Nascimento Jaci Cavalcanti de Lima Adélia Farias de Lima Santos Andre Privat de Lira

19Manoel Felipe Fernandes João Paulo da Silva Inácio Sobrinho dos Santos

20Francisca Célia Andrade Silva Maria Sueli Câmara Ferreira Luciano Martins de Ataíde

21Maria Aparecida Rocha MonteMaria da Conceição Souza Teobaldo Gregório de Melo Wilson Santos de Oliveira Jr. Severino Aires Pinheiro Milton Fernandes de Oliveira Jr.Jorge Eduardo C. Barata

22Djeanni Célia Andrade Silva Francisco Formiga de Araujo Monica Borja Gomes da Silva

23Genival Antunes de Lima Jaqueline Emilia Silva Kleyse Kelly Maia Siqueira Gilda Nunes Cardoso Alves

24Geralda Alves da Silva Maria Eduarda Pinheiro L. Paiv

25Augusto Pereira Leite Ronaldo Paulo G. Moinho Maria Celi F. Albuquerque Me Diana da Costa Barbosa Antonio Flavio Silva da Costa Iaponi de Oliveira

26Nyane Freire de Souza Azeve Lucia de Fátima F. N. de Melo

27Josman de Siqueira Costa Luiz Antonio Vidal Manoel Alves de Lima Eduardo Antonio Goes e Silva Sharley de Moura Manso

28Eunice Pereira Silva de Lima Gilderlan Soares de Oliveira José Waldick Lima da Silva Givanildo da Silva BatistaCélia Cristina C. de Almeida

29Alexsandra da Silva B. Ricardo

30João Laurentino Filho Maria de Fátima M. de Morais Maria do Céu R. da Silva Fabio Teotônio Maria Solange da Silva

31Odailton Cavalcante de OliveirEdson Santiago Dantas Ronaldo Fernandes de Oliveira Iara Azevedo Catão Leia Priscila Severiano Santos

MaioAniversariantescontrados apenas no Sul e Sudeste do país. Não

existia internet, a literatura era rara, e a diretoria e os empregados da Fasern precisavam recor-rer às publicações nos Diários Oficiais, para ter acesso às leis, e aos colegas de outras fundações do Nordeste, através de contato telefônico, para a troca de experiência. Além disso, na época, a Cosern tinha um grande quadro funcional que passava de dois mil empregados distribuídos em todo o estado, e isso dificultou a massiva divulgação do que era uma fundação de previ-dência, o que provocou uma certa rejeição em parte dos empregados da companhia.

“Penso que dois motivos levaram a esta des-crença da Fasern. O primeiro é que o assunto Previdência Complementar era um tema extre-mamente novo e pelo nosso próprio imediatis-mo, representava para a maioria dos emprega-dos apenas mais um desconto. Outro aspecto é que naquela época as empresas passavam por grandes dificuldades de gestão e financeira e era comum não ocorrer o devido pagamento dos compromissos assumidos pela Cosern para com a Fundação. Para ter-se uma ideia, a dívida da Empresa com a Fundação chegou a representar algo em torno de 57% do patrimônio da Fasern. À medida que a Fasern passou a pagar os primei-ros benefícios, os problemas de inadimplência da Patrocinadora foram sendo solucionados e a situação da previdência oficial foi deteriorando--se, a Fasern passou a ter mais importante valor para os participantes”, esclarece Veiga.

A precariedade de informação, a falta de es-clarecimento dos participantes e algumas mu-danças estruturais estavam presentes quando

chegou a nova diretoria, que assumiu em 1991. Ao contrário da primeira gestão que foi total-mente indicada pela direção da Cosern, a partir deste mandato o Estatuto regia que o cargo de Diretor Administrativo e Benefícios, além de dois membros do Conselho de Curadores, um membro do Conselho Fiscal e seus respectivos suplentes deveriam ser eleitos pelo voto di-reto dos participantes e assistidos. A primeira eleição da Fasern ocorreu em 17 de janeiro de 1991 e a Diretoria Executiva foi empossada em 1º de fevereiro de 1991, formada por: Antônio Vaz (Presidente), Fernando Batista (Diretor Financeiro) e Francisco Veiga (Diretor Admi-nistrativo e Benefícios).

Apesar das dificuldades da época, o Dire-tor Administrativo Francisco Veiga, chegava à entidade com um certo conhecimento da área. Em 1989 ele havia feito uma pós-graduação na Fundação Getúlio Vargas, em previdência privada, “Na época eu me identifiquei muito com a matéria e procurei aprofundar mais um pouco. Foi um área na qual acreditei fielmen-te como o maior benefício que uma empresa poderia conceder para seus colaboradores, o que hoje se concretizou”. A diretoria chegava com novas ideias e novas perspectivas para a Fasern. “Quando a nova diretoria assumiu, eles sentiram a necessidade de primeiro mudar a estrutura física, com a mudança de prédio, e depois de qualificar a equipe. Eles começaram a investir em cursos, nós começamos a viajar para adquirir informação. Também foi aberto um diálogo maior com o participante”, recorda o Assistente Administrativo, Djair Abreu.

PRIMEIRAS MUDANÇASA nova diretoria já assume efetivando a

primeira contratação, ainda em fevereiro de 1991, a Fasern ganha seu primeiro empregado de carteira assinada, João Maria de Araújo, que havia chegado na entidade em setembro de 1990, como estagiário da área contábil. “Quan-do cheguei eu tinha 17 anos e estava no último período do curso Técnico em Contabilidade na Escola Anísio Teixera. Ao término do meu estágio, estava na transição da diretoria e eu fui efetivado”. Em agosto do mesmo ano Djair Abreu também foi efetivado na área Adminis-

trativa e Benefícios. No final de 1991, a Fasern se mudou para um novo prédio, o segundo an-dar do Edifício Afonso Dantas, na Avenida Rio Branco, 550, esquina com a Rua Ulisses Caldas.

Em fevereiro de 1993, assume a terceira Di-retoria Executiva. A Cosern manteve Antônio Vaz Pereira do Rego na presidência e Fernando Batista de Morais como Diretor Financeiro, Francisco Veiga foi reeleito para o cargo de Di-retor Administrativo e Benefícios. Nessa ges-tão integrava o Conselho de Curadores, como membro eleito, Cássio Valério Medeiros Soares

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(1993 – 1995)

l Antônio Vaz Pereira do Rego (presidente) (Em julho de 1993 Antônio Vaz se aposenta e Cássio Valério Medeiros Soares de Souza assume a presidência)l Fernando Batista de Morais (Diretor Financeiro)l Francisco Antônio Veiga de Medeiros (Diretor de Administrativo e Benefícios)

Também foi essa gestão que acompanhou o processo de privatização da Cosern, conside-rado por muitos empregados do fundo de pen-são, um período que exigiu um esforço ainda maior dos seus profissionais. “Acompanhei esse processo que foi bem tumultuado. Houve uma reestruturação muito grande na companhia, o que impactou também na Fasern”, recorda o Assistente Administrativo, Alex Ravignan que está na Fasern desde 1995. Após a finalização da privatização em 1997, com a gestão da Co-sern pelo Grupo Iberdrola, o quadro voltou a ser redimensionado.

Nesse mesmo ano, assume a quinta Direto-ria Executiva da Fundação, que tinha a mesma formação anterior, Francisco Veiga (Presiden-te), Cássio Valério (Diretotor Financeiro) e Maria Magnólia (Diretora Administrativa e Benefícios). Após esse período conturbado do processo de privatização, Francisco Veiga avalia que a Fundação passou a ter nova fase, “Os no-vos acionistas da empresa passaram a conhecer com maior profundidade o assunto e acredita-ram na importância dos planos administrados

pela Fundação, que passaram a ser efetivamen-te considerados como importante benefício para os colaboradores da Cosern, e assim a Fundação passou a ser olhada com outros olhos. É importante frisar que foi fundamental o nível de competência e profissionalismo que já se havia conseguido implantar na Fundação, que facilitou bastante estes entendimentos”.

Nesse final da década de 1990, apesar das informações circularem com mais facilidade do que na década anterior, os treinamentos e os cursos na área de previdência complemen-tar ainda eram escassos, foi quando em 1998, as fundações da Bahia criaram o Encontro de Benefícios (EPB), que reúne técnicos da área de benefícios para a troca de informações. Des-de então esses encontros passaram a ocorrer anualmente. “Paralelo a isso, as fundações do Nordeste começaram a crescer e a solicitar que a Abrapp (Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar) trei-namentos aqui na região. A internet nos ajudou muito, os treinamentos à distância também fa-cilitaram a comunicação”, recorda Djair Abreu.

de Souza, que meses depois assume a presidência da entidade através da indicação do então Conse-lho de Curadores, em 5 de julho de 1993, quando na ocasião o então presidente Antônio Vaz pre-cisou se afastar por causa de sua aposentadoria. Cássio chega com a experiência de ter sido parti-cipante de um outro fundo de pensão, o Núcleos, patrocinado pela Nuclebrás – Empresas Nuclea-res Brasileiras S/A, empresa da qual fez parte. “Eu tinha interesse em participar da Fasern por causa da minha formação de economista. Os fundos de pensão administram recursos no mercado finan-ceiro e de capitais, com o objetivo de tornar cada vez mais robusta a reserva acumulada dos partici-pantes e assistidos, para terem uma vida tranquila e de qualidade na aposentadoria”, pontua Cássio.

O ano de 1993 representou um marco para

a Fasern, em 15 de outubro foi efetivada a com-pra da sede própria, na Rua Olinto Meira, 1074, onde até hoje está a entidade. O prédio passou por reformas antes da estrutura ser transferida para o local, o que ocorreu em 1994. “Foi um período de mudanças consideráveis na gestão, que proporcionaram maior segurança aos par-ticipantes, motivando muita gente que não era inscrita na entidade a se inscrever. A maioria dos empregados da Cosern entenderam que a cria-ção da Fasern era uma conquista excepcional, proporcionando ganhos para a empresa e para os empregados”, recorda Cássio.

Estas não foram as únicas mudanças, no refe-rido ano, o fundo de pensão contratou a empre-sa SFR Software e Análises de Sistemas LTDA. Esse contrato, que perdura até hoje, permitiu a

integração, através de um sistema de informáti-ca, de todas as áreas da entidade, o que diminuiu os riscos operacionais e proporcionou o desen-volvimento da Fasern. “Este foi outro marco da Fundação, nos trouxe mais conhecimento sobre Fundos de Pensão e deu parâmetros para o fun-cionamento da entidade. Isso também propor-cionou a compra de outros equipamentos que contribuíram para a informatização”, lembra João Maria.

Por decisão da diretoria da Cosern, o manda-to seguinte passou a ser a partir de 18 de abril de 1995, tendo Francisco Veiga como Presidente, Cássio Valério na Diretoria Financeira e Maria Magnólia eleita para a Diretoria Administrativa e Benefícios, sendo assim a primeira mulher a ocu-par um cargo na Diretoria Executiva da Fasern.

PRIVATIZAÇÃO

A maioria dos empregados da Cosern entenderam que a criação da Fasern era uma conquista excepcional, proporcionando ganhos para a empresa e para os empregados”

Cássio Valério, ex-presidente

“

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(1995 – 1997 e 1997 – 1999)

l Francisco Antônio Veiga de Medeiros (Presidente)l Cássio Valério Medeiros Soares de Souza (Diretor Financeiro)l Maria Magnólia da Silva Fernandes Pinheiro (Diretora Administrativa e Benefícios)

Nesse contexto, a legislação em torno da previdência complementar estava em constan-te evolução. A Lei Complementar nº 109, de 29/05/2001, exigiu que a Fundação alterasse o seu Estatuto para atender a uma regulamentação legal que levou a mudança do nome da entidade. Criada com a nomenclatura de Fundação Assis-tencial e Seguridade Social dos Empregados da Cosern – FASERN, passou a se chamar FASERN – Fundação Cosern de Previdência Complemen-tar, atendendo ao artigo 76 da lei citada. Em 2001 novas mudanças na entidade, por determinação da diretoria da Cosern, Francisco Veiga continua como presidente, Cássio Valério volta à integrar a

Cosern e a Diretoria Financeira é assumida por Celso Arnaldo de Medeiros, sendo Liane Chacon reeleita para a Diretoria de Seguridade e Adminis-tração. Essa mesma diretoria se manteve para os mandatos seguintes de 2003-2005 e 2005-2008. Em 2004 o Conselho de Curadores passa a ser chamado de Conselho Deliberativo e a partir de 2005 o mandato da Diretoria Executiva que era de dois anos, passa a ter três anos de duração. No ano de 2008, Francisco Veiga volta para a Cosern e Cássio Valério assume a presidência, Celso Ar-naldo é mantido na diretoria Financeira e Liane Chacon é mais uma vez reeleita para a Diretoria de Seguridade e Administração.

Nesse período, logo após a privatização da Cosern, o mercado da previdência privada vi-nha sinalizando um deslocamento dos Planos de Benefícios Definidos, como o Plano BD (único administrado pela Fasern até então) para os Pla-nos de Contribuição Definida (atual Plano CD). Após cerca de dois anos de estudo, quando foram avaliados a estrutura dos regulamentos, cálculos atuarias, aprovações legais, entre outros fatores, em dezembro de 1998 a SPC (Secretaria de Pre-vidência Complementar) aprovou o Regulamen-to do Plano CD. “Com isso tivemos 90 dias para efetuar a migração dos participantes. A migração foi de 100%”, recorda Veiga. “O enxugamento fei-to na Cosern ajudou muito essa migração, além disso o novo plano apresentava mais vantagens aos participantes que também tinham a possibi-lidade de saber com mais precisão o valor de sua reserva acumulada”, destaca Djair Abreu.

Diretor Financeiro na época da mudança, Cássio Valério enumera algumas vantagens do CD, “No Plano CD os participantes têm contas individualizadas, com a reserva acumulada sendo proveniente de contribuições feitas pelo próprio participante e a contrapartida de igual montante pelos patrocinadores Cosern e Fasern, com os in-vestimentos feitos proporcionando resultados que elevam o valor das reservas acumuladas de cada participante, sem a necessidade de meta atuarial. O fato de o Plano CD não ter meta atuarial não põe em risco os patrocinadores do plano e nem os próprios participantes. Além disso, os resultados do Plano CD ao longo do tempo têm se mostrado melhor do que os resultados do Plano BD”.

Com a implantação do novo Plano de Be-nefícios, a Fasern passou a ser patrocinadora e os empregados da Fundação começaram a ter direito à previdência complementar. Além disso, o ano de 1999 também trouxe novas mudanças. Uma delas foi a modificação da nomenclatura do cargo de Diretor Administrativo e Benefícios, para Diretor de Seguridade e Administração. A eleição prevista para aquele ano modificou a di-retoria da Fasern, Francisco Veiga continuou na presidência, Cássio Valério continuou indicado para a Direção Financeira e Liane Chacon foi eleita para o cargo de Diretora de Seguridade e Administração. Ela trouxe novas ideias para a Fundação, implantando palestras informativas para os aposentados, viagens da diretoria aos escritórios da Cosern instalados no interior do estado, a comemoração do Dia do Aposentado, Missa Natalina, entre outros eventos que pro-moviam a informação e a integração dos partici-pantes e aposentados com a Fundação. Também estabeleceu uma série de convênios com escolas, universidades, cursos de inglês, livrarias e outras instituições particulares que oferecem descontos aos participantes e assistidos.

NOVO PLANO MUDANÇA DE NOME

ÓRGÃOS REGULADORESOs órgãos governamentais sempre fiscali-

zaram o Sistema Fechado de Previdência Com-plementar. Antes a responsabilidade era da Se-cretaria de Previdência Complementar (SPC), a partir de 2010, a Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc), criada pela Lei nº 12.154, de 23/12/2009, passou a exercer a função de órgão supervisor e fiscali-zador das Entidades Fechadas de Previdência Complementar. Essa autarquia é dotada de au-tonomia administrativa e financeira, vinculada ao Ministério da Previdência Social , e também tem a função de executar políticas para o regime de previdência complementar. Além da Previc, outros órgãos atuam na área, o que é importante para os participantes e assistidos, já que a legis-lação tornou as Fundações mais transparentes e seguras, trazendo inclusive a obrigatoriedade de qualificação do corpo funcional dos fundos de pensão, exigindo a certificação dos dirigentes das entidades junto às instituições competentes. Nesse contexto, a Fasern elaborou o Código de Ética e Conduta, estabelecendo critérios e regras a serem observados pelos gestores da entidade, além da elaboração de outras normas internas que proporcionaram a evolução da Fundação e qualificou seus diretores e empregados, muitos já com diploma de certificação, para atender às exigências da Lei.

Foi também em 2010, quando Cássio exer-

cia mais uma mandato na presidência da Fasern, que foi criada a área de Controles Internos e de Gestão de Riscos, vinculada à presidência. O setor surgiu com base na Resolução CGPC nº 13, de 01/10/2004. “Os principais problemas eram realmente as atividades operacionais da entidade. A partir da contratação da SFR da qua-lificação dos conselheiros, dos dirigentes e dos colaboradores, com a evolução e o exercício da prática da governança corporativa, com todos os órgãos interagindo e compartilhando informa-ções, para tomada de decisões”, explica Cássio.

Ao longo dos anos a Fasern atravessou vá-rias crises econômicas ocorridas mundialmente. Embora essas oscilações no mercado afetem di-retamente os fundos de pensão, a entidade con-seguiu passar por elas sem ter suas reservas pre-judicadas. Essa afirmação pode ser comprovada pelos resultados positivos dos planos administra-dos pela Fasern. O Plano BD, por exemplo, ob-teve superávit e em 2011, a Fasern foi a primeira Fundação do país a solicitar, junto à Previc, a re-versão dos valores aos assistidos e ao patrocina-dor Cosern. A devolução dos valores foi parcela-da em 36 meses. Em 2013, um novo processo foi encaminhado à Previc para uma nova reversão de valores pelos bons resultados apresentados nos anos de 2010, 2011 e 2012. Com relação ao Plano CD, os resultados ao longo do tempo tam-bém foram acima do esperado.

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Se atualmente é difícil encontrar cursos de for-mação na área de Previdência Complementar, 25 anos atrás era impossível. A Fasern nasceu e já no primeiro momento precisou qualificar seu quadro

profissional. Alguns funcionários ingressaram na entidade ainda adolescentes, muitos recém-forma-dos e sem nenhum conhecimento específico sobre a área. É comum encontrar na Fundação pesso-as que construíram sua vida pessoal, enquanto aprendiam a lidar com as leis da previdência. De jovens inexperientes a profissionais qualificados para atuar em qualquer fundo de previdência no Brasil. Conheça um pouco desses profissionais.

(1999 – 2001)

l Francisco Antônio Veiga de Medeiros (Presidente)l Cássio Valério Medeiros Soares de Souza (Diretor Financeiro)l Liane Câmara Matoso Chacon (Diretora de Seguridade e Administração)

QUANDO A VIDA PROFISSIONAL E PESSOAL SE MISTURAM

No final de 2011 a Diretoria Executiva é reconduzida aos mesmos cargos para mais um mandato de três anos, tendo Cássio Valério na presidência, Celso Arnaldo na Diretoria Finan-ceira e Liane Chacon reeleita para a Diretoria de Seguridade e Administração. A estrutura física da Fundação passou por uma nova reforma em 2012, ano também em que a Fundação elaborou o seu Programa de Educação Financeira e Pre-videnciária, estimulada pela Previc, em parceria com instituições financeiras. O programa visa criar no participante e no assistido a cultura do aprendizado do sistema de Previdência Com-plementar e do mercado financeiro, facilitando o entendimento global sobre as atividades da Fa-sern. O programa começou a ser implantado em 2013, quando começaram a ser oferecidas pales-tras específicas nos escritórios da Cosern sobre os assuntos citados. Foi criado e distribuído o Manual do Aposentado e o Jornal da Fasern pas-sou a publicar mais matérias sobre previdência e

mercado financeiro. A Fasern também disponi-biliza, para seus participantes e assistidos, através do site Planeje o Futuro (www.planejeofuturo.com.br) acesso a informações importantes, in-clusive para o planejamento financeiro familiar. Além disso, os aposentados têm acesso a um cur-so gratuito de iniciação à informática no Senac.

No início de dezembro de 2013, a direto-ria da Cosern faz uma nova mudança na Di-retoria Executiva, Cássio Valério retorna para a companhia, enquanto Céres Varella assume a presidência, sendo assim a primeira mulher presidente da entidade, os outros dois diretores foram mantidos no cargo. Foi também em 2013 que a Fasern foi convidada, através da Diretora de Seguridade e Administração, a concorrer ao cargo na Diretoria Integrada do Sistema Abrapp (Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar), como repre-sentante do Nordeste. Liane tomou posse em janeiro de 2014, com isso a Fundação também

ganhou uma maior visibilidade no cenário na-cional. Ela também passou a dirigir duas impor-tantes comissões técnicas da referida associação, a CTNA (Comissão Técnica Nacional de Atuá-ria) e a CTNSEG (Comissão Técnica Nacional de Seguridade).

A Fasern, embora seja uma entidade de pe-queno porte, sempre foi bem vista no Sistema Fechado de Previdência Complementar desde a sua criação. Ainda na década de 1990 a entidade teve uma participação importante na Abrapp, com Francisco Veiga tendo exercido o cargo de membro titular do Conselho Fiscal da Associa-ção, além de ter sido eleito o melhor dirigente do ano. Cássio Valério também exerceu o cargo de membro suplente da Diretoria Executiva da Abraap. Liane também foi eleita dirigente do ano e vários colaboradores da Fasern participam de comissões técnicas relacionadas à contabilidade, tecnologia da informação, investimentos e segu-ridade.

25 ANOSDepois de uma longa história de sucesso, mudanças nas leis, um processo de privatização da patrocinadora, modificações nos planos de benefí-

cio, entre outros obstáculos e vitórias, os ex-dirigentes da Fasern avaliam a instituição que hoje ocupa um respeitado posto no cenário da previdência complementar nacional. “Nesses 25 anos muita coisa mudou para melhor. A legislação ficou mais coerente, com maior possibilidade de investimentos, inexistência de compulsoriedade, mas acima de tudo estabelecendo responsabilidades muito claras na gestão dos recursos. Outro aspecto que merece destaque é a criação da Previc que veio dar maior estabilidade no seguimento. Gostaria de sublinhar que dentre todas estas mudanças, a que me parece mais clara e que mais contribuiu para elevar o sistema ao patamar de credibilidade a que hoje detém no cenário nacional e mundial foi, sem dúvida, o ele-vado grau de profissionalismo por que passou a nossa Previdência Complementar, a necessidade da certificação de seus dirigentes é apenas um pequeno exemplo”, finaliza Veiga.

“A Fasern é uma entidade bem qualificada, busca o aperfeiçoamento contínuo da qualidade dos serviços que presta aos participantes e assistidos e ao patrocinador Cosern. Mantém o foco em uma gestão transparente e que permite aos participantes e assistidos o pleno acesso às informações relati-vas à gestão dos planos de benefícios, bem como a proteção de seus direitos e o cumprimento de seus deveres”, avalia Cássio.

EDUCAÇÃO FINANCEIRA E PREVIDENCIÁRIA

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(2001 – 2003, 2003- 2005 e 2005 -2008)

l Francisco Antônio Veiga de Medeiros (Presidente)l Celso Arnaldo de Medeiros (Diretor Financeiro)l Liane Câmara Matoso Chacon (Diretora de Seguridade e Administração)

Djair Pereira de Abreu foi o primeiro estagiário da Fasern, estudante de Administração da UFRN, chegou para atuar na área de Benefícios, em 27 de agosto de 1990. Previdência complementar era algo distante dos conhecimentos vistos na universidade, ele aceitou o desafio por ter vontade de adquirir novos conhecimentos, por ter a oportunidade de fazer sua monografia de final de curso sobre a Fasern, além da possibilidade de uma futura contratação. A sua experiência profissional estava resumida a uma passagem pelo setor de compras de uma multinacional.

Com seis meses de estágio, teve seu contrato prorrogado por mais seis meses e em agosto de 1991 foi efetivado na área de Seguridade, onde está lotado até hoje. “Nessa época eu estava fazendo um trabalho nos arquivos da Fasern e precisava ir constantemente a Cosern. No começo eu era o menino chato que chegava atrás das informações, depois passei a ser legal por levar informações que eles desconheciam sobre a Fasern”, se diverte ao lembrar. Djair cresceu junto com a Fasern, onde fez amigos, tornou-se um profissional, teve oportunidade de viajar para adquirir mais conhecimento, “A Fundação tem grande importância na minha vida, me ajudou a realizar alguns sonhos pessoais e me dá a possibilidade de participar de um plano de benefícios que é uma garantia de segurança no futuro”. O seu conhecimento levou Djair a integrar uma comissão técnica da Abrapp. Ele está afastado da Fasern desde maio de 2013, por razões de saúde, mas sua licença médica se encerra em 1 de julho próximo.

Aos 17 anos, João Maria de Araújo torna-se estagiário do setor contábil da Fasern. Concluinte do curso técnico em contabilidade no Anísio Teixeira, com seis meses de Fundação tornou-se o primeiro empregado de carteira assinada da entidade, em 1 de fevereiro de 1991. Na época também não tinha qualquer conhecimento sobre a área de previdência complementar, através do estudo conseguiu se familiarizar com o tema e em 2001, com a saída do contador da Fundação, teve a oportunidade de assumir o setor.

A necessidade o levou a ingressar no ensino superior em Contabilidade, em 2002, na UnP, curso que concluiu em 2005. Em seguida, João fez um MBA em Administração Financeira. “Eu cresci como pessoa e como profissional dentro da entidade. Foi a Fasern que me ajudou a ter uma visão de profissional, me estimulou a buscar o nível superior, hoje integro uma comissão técnica da Abrapp. Foi também trabalhando na Fundação que pude adquirir bens pessoais. A Fasern sempre enxerga com bons olhos os empregados. Eu vejo a entidade como uma previdência bem conceituada, bem organizada, transparente e que consegue manter um patrimônio de R$ 230 milhões, o que significa boa administração, um especializado quadro de empregados e uma diretoria comprometida”, ressalta.

Em setembro de 1991, Márcio Viana do Nascimento, aos 19 anos, chega para trabalhar na Fasern. Terceirizado da uma empresa de limpeza, ele começa a exercer a função de Serviços Gerais, que precisava zelar pela limpeza e conservação do prédio. Márcio é um dos principais exemplos dentro da Fasern, pois conseguiu crescer através do trabalho e aproveitando as oportunidades de estudo viabilizadas pela entidade. Com o tempo assumiu a função de Contínuo, em seguida tornou-se Auxiliar de Escritório, “Lembro que as pessoas não sabiam meu nome, todo mundo só me conhecia como Fasern e assim tem gente até hoje me chama pelo nome da Fundação”, recorda com orgulho.

Antes deste emprego, Márcio só havia trabalhado como churrasqueiro e tinha passado pela Cosern como Serviços Gerais. Com força de vontade ele soube aproveitar as oportunidades conquistadas na Fundação, se formou em Técnico de Contabilidade e deixou seu currículo na entidade, sendo contratado em setembro de 1995. Tempos depois o tesoureiro da Fundação pediu demissão e a diretoria o entregou a função em 1999. “Na Fasern encontrei apoio para estudar, tudo que tenho hoje agradeço a Fasern. Ela proporciona isso para todos os empregados, todo mundo tem acesso à educação”. No próximo mês de junho, Márcio conclui o curso superior em Ciências Contábeis. “A Fasern é uma segunda família, e vejo o pessoal que trabalha aqui muito unido, empenhado. O que eu tenho hoje devo à Fasern”.

Quando foi contratado em abril de 1995, Alex Ravignan Martins da Silva, que na época estava se formando em Economia pela UFRN, tinha pouco conhecimento da área de seguridade na qual iria atuar a partir de então. “Não imaginava o que era seguridade, aprendi tudo na Fasern, inclusive a ser um profissional, pois não tinha nenhum hábito com empresa anterior”, pontua recordando que a Fasern foi seu primeiro emprego. Com o apoio do colega de setor, Djair Abreu, e de seu diretor imediato que na época era Francisco Veiga, ele começou a conhecer o assunto, fez treinamentos, participou de eventos e congressos. “Fui moldado para o cargo. Cresci junto com a Fasern que na época ainda engatinhava”. Através do apoio da Fundação, Alex fez uma segunda graduação, desta vez em tecnologia da Informação, e também encontrou a oportunidade de estudar uma nova língua, o inglês. “Hoje a Fasern é um desafio a cada dia. Existe mais profissionalismo, mais cuidado em relação às informações, mais controle sob as informações geridas, realmente a cada dia nós temos que nos especializar mais para atender às exigências legais”.

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Qual o papel da Fasern no cenário da Previ-dência Complementar no Brasil?Céres Varella: A Fasern foi criada em 1989, quando a Previdência Complementar ainda não havia se consolidado como um agente efetivo para a aposentadoria do cidadão brasileiro. Naquela época, poucas empresas de previdência privada faziam parte do cenário nacional. A Fasern vem crescendo e amadurecendo desde então. Ao longo desses 25 anos, vem se destacando, inovando... E hoje, podemos dizer que apesar de uma entidade de pequeno porte, frente a outras bem maiores, é uma referência, seja na administração dos seus pla-nos previdenciários, nos sistemas de gestão e mo-nitoramento de riscos implantados, nas melhores práticas adotadas. Estes avanços alcançados pela Fasern, não só a consolida, dada a sua importân-cia para os seus participantes e assistidos e para os seus patrocinadores, como contribui com o forta-lecimento do sistema, do qual participa ativamen-te nos diversos fóruns e discussões de interesse do segmento de previdência privada.

Quais foram as principais mudanças na pre-vidência complementar nos últimos 25 anos?Destacaria em primeiro lugar, a importância que vem sendo dada nos últimos anos à previdência complementar no Brasil, antes um assunto pra-ticamente só conhecido em países do primeiro mundo. Com a edição das Leis Complementares 108 e 109, ambas de maio de 2001, o Regime de Previdência Complementar foi estruturado de forma sólida e admirável, quando comparados aos sistemas de países com cultura em Fundos de Pensão mais antiga do que a nossa. Com essa re-gulamentação, mais a criação do órgão fiscaliza-dor, que é a Previc – Superintendência Nacional de Previdência Complementar, e o fortalecimen-to de entidades representativas, como a Abrapp - Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar, que trouxeram

maior segurança e clareza ao regime previdenci-ário, os fundos de pensão vêm se consolidando e se fortalecendo. O reconhecimento destes avanços também se traduz na postura de muitas empresas que pas-sam a ofertar aos seus colaboradores o benefício de uma previdência complementar, entendendo esta como uma importante ferramenta para atra-ção e retenção de talentos. Fazendo com que um maior número de participantes se insira neste universo, garantindo assim um futuro digno para si e seus familiares.

Como você enxerga o futuro da Fasern?Com a valorização que vem sendo dada ao tema no país, seja pelos órgãos governamentais, seja pelas empresas públicas e privadas, e prin-cipalmente pela disseminação da importância da previdência complementar para as pessoas, vejo a FASERN com um futuro promissor. A FASERN não cuida apenas do patrimônio das pessoas, mas vai além. Com o Programa de Edu-cação Financeira e Previdenciária, por exemplo, leva conhecimento e uma conscientização pre-videnciária e financeira de qualidade para seus participantes e assistidos. Antigamente as pessoas não se preocupavam com o futuro da forma como o fazem hoje. Antes não havia uma preocupação com os hábitos ali-mentares e atividades físicas, por exemplo. Hoje

as pessoas se preocupam com a alimentação, se exercitam para garantir uma melhor qualidade de vida. Ou seja, vivem melhor hoje para ter uma velhice mais saudável amanhã. Com a aposen-tadoria também vem ocorrendo o mesmo. O que nunca foi uma preocupação no passado, já que na cabeça do jovem a aposentadoria era um futuro muito distante, no qual não precisavam pensar, passou a fazer parte de seus planos. Com a expectativa de vida do brasileiro aumentando, a tendência é que a consciência da importância e a necessidade de se ter uma previdência que complemente a renda obtida com a previdência social, cresça cada vez mais. Também vejo uma Fasern que buscará se moder-nizar e se profissionalizar constantemente, pro-porcionando aos seus participantes e assistidos serviços cada vez melhores. Uma Fasern cada vez mais participativa e comprometida com o aprimoramento do sistema e sem perder de vista o grande desafio para os seus gestores, buscar o equilíbrio permanente frente a cenários adversos e inconstantes.

Qual o recado que você deixa para os partici-pantes e assistidos no mês de aniversário da Fasern?Em primeiro lugar, que eles estão de parabéns! Parabéns por contar com uma entidade que vem primando cada vez mais pelo seu futuro, garantindo uma rentabilidade condizente com os investimentos que veem sendo realizados e consequentemente com uma melhor qualidade de vida. Parabéns porque contam na Fasern com administradores capacitados e comprometidos e um quadro de profissionais qualificados e moti-vados a colaborar com o objetivo maior da Fun-dação que é alcançar as metas atuariais propostas e sempre que possível, superá-las! E parabéns porque eles fazem parte desta história! Que ve-nham mais 25 anos de sucesso!

(2008 – 2011 e 2011 a 2014)

l Cássio Valério Medeiros Soares de Souza (Presidente) (Em dezembro de 2013 Céres Varella assume a presidência da Fasern e Cássio volta a integrar o quadro funcional da Cosern)l Celso Arnaldo de Medeiros (Diretor Financeiro)l Liane Câmara Matoso Chacon (Diretora de Seguridade e Administração)

O FOCO NO PRESENTE E O CUIDADO COM O FUTURO

PING PONG Focada numa gestão participativa, a nova presidente da Fasern, Céres Varella, vem contribuindo para que a fundação consiga trilhar seus caminhos na transparência administrativa, na boa gestão de seus recursos e na consolidação da entidade no cenário nacional. Na entrevista abaixo ela fala sobre previdência complementar e sobre o futuro da Fasern.