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ABNT – AssociaçãoBrasileira deNormas Técnicas
Copyright © 2000,ABNT–Associação Brasileirade Normas TécnicasPrinted in Brazil/Impresso no BrasilTodos os direitos reservados
SET 2000 NBR 14569Zinco - Processo de tratamento emefluentes líquidos
Origem: Projeto 01:602.07-011:1999ABNT/CEET - Comissão de Estudo Especial Temporária de Meio AmbienteCE-01:602.07 - Comissão de Estudo de Poluição das Águas na MineraçãoNBR 14569 - Zinc - Removal process in effluentsDescriptors: Zinc. Treatment of effluentsVálida a partir de 31.10.2000
Palavras-chave: Zinco. Tratamento de efluentes.Mineração. Meio ambiente
6 páginas
SumárioPrefácio1 Objetivo2 Referências normativas3 Definições4 RequisitosANEXOSA Processos de tratamento de zincoB Descrição dos processos de tratamento de zincoC Bibliografia
Prefácio
A ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas - é o Fórum Nacional de Normalização. As Normas Brasileiras, cujoconteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB) e dos Organismos de Normalização Setorial(ABNT/ONS), são elaboradas por Comissões de Estudo (CE), formadas por representantes dos setores envolvidos, delasfazendo parte: produtores, consumidores e neutros (universidades, laboratórios e outros).
Os Projetos de Norma Brasileira, elaborados no âmbito dos ABNT/CB e ABNT/ONS, circulam para Consulta Pública entreos associados da ABNT e demais interessados.
Esta Norma possui os anexos A, B e C, de caráter informativo.
1 Objetivo
Esta Norma especifica as características do processo de tratamento de zinco em efluentes líquidos, visando fornecersubsídios à elaboração de projetos de tratamento de efluentes, atendendo aos padrões legais vigentes, condições desaúde ocupacional, segurança, operacionalidade, economicidade, abandono e minimização dos impactos ao meioambiente.
2 Referências normativas
As normas relacionadas a seguir contêm disposições que, ao serem citadas neste texto, constituem prescrições para estaNorma. As edições indicadas estavam em vigor no momento desta publicação. Como toda norma está sujeita a revisão,recomenda-se àqueles que realizam acordos com base nesta que verifiquem a conveniência de se usarem as edições maisrecentes das normas citadas a seguir. A ABNT possui a informação das normas em vigor em um dado momento.
NBR 10004:1987 - Resíduos sólidos - Classificação
NBR 10005:1987 - Lixiviação de resíduos - Método de ensaio
NBR 14569:20002
NBR 10006:1987 - Solubilização de resíduos - Procedimento
NBR 10007:1987 - Amostragem de resíduos - Procedimento
NBR 10157:1987 - Aterros de resíduos perigosos - Critérios para projeto, construção e operação - Procedimento
NBR 13028:1993 - Elaboração e apresentação de projeto de disposição de rejeitos de beneficiamento, em barramento,em mineração – Procedimento
NBR 13744:1996 - Cianetos - Processo de destruição em efluentes de mineração
3 Definições
Para os efeitos desta Norma, aplicam-se as seguintes definições:
3.1 precipitação química: Reação química pela qual ocorre a formação de compostos de baixa solubilidade através daadição de reagentes.
3.2 filltração: Operação de separação sólido-líquido através de um meio filtrante, sendo este fenômeno essencialmentefísico.
3.3 floculante: Polímero de elevada massa molecular com sítios ionizáveis (polieletrólito), cujas moléculas e/ou íons seadsorvem sobre partículas em sistemas dispersos, servindo de “pontes” de ligação entre elas.
3.4 floculação: Processo que visa promover e acelerar a agregação de partículas dispersas, sob forma de flocos, mediantea adição controlada de floculante.
3.5 sulfato: Ânion de enxofre, de estado de oxidação 6+, com fórmula química SO42-.
3.6 hidroxila: Ânion formado por hidrogênio e oxigênio, de estado de oxidação 1- , com fórmula química OH-.
3.7 solução: Dispersão monofásica constituída de um (ou mais) componente, geralmente minoritário (soluto), dissolvido emum meio (solvente). Quando o solvente é a água, tem-se uma solução aquosa.
3.8 polpa: Sistema disperso composto de uma fase líquida contínua (meio) e de partículas sólidas em suspensão e queapresenta reologia típica de fluido.
3.9 neutralização: Ato de adicionar reagentes para modificação da concentração de H+ ou OH- na solução até próximo dopH 7,0.
3.10 troca iônica: Procedimento de intercâmbio entre íons presentes em fases homogêneas e/ou heterogêneas.
3.11 cinética química: Ciência que caracteriza e analisa os fatores que influenciam a velocidade de uma reação.
3.12 velocidade de reação química: Velocidade com a qual um determinado componente de uma reação química estásendo transformado (consumido ou produzido).
3.13 coagulante: Eletrólito de baixa massa molecular (geralmente inorgânico) que é adicionado para reduzir ou eliminar, arepulsão interparticular, de acordo com o modelo interfacial da dupla camada elétrica.
3.14 coagulação: Processo que visa promover e acelerar a agregação de partículas dispersas mediante a adiçãocontrolada de coagulante.
4 Requisitos
4.1 Esta seção trata das recomendações e condicionantes específicos de caráter orientativo, visando atender aos objetivosdesta Norma. Na elaboração e implantação do projeto de tratamento de efluentes objetivando o tratamento do zinco, devemser atendidos os padrões estabelecidos na legislação ambiental para lançamento de efluentes e de qualidade de água.Para escolha do método de tratamento, devem ser observadas as seguintes condicionantes:
a) composição química do efluente que deve ser caracterizado quali-quantitativamente;
b) restrições técnicas e potencial de aplicação dos processos de remoção do zinco;
c) necessidade de implantação de sistema de monitorização do processo de tratamento do efluente final, da águasubterrânea e do corpo receptor a jusante do sistema de tratamento;
d) para a escolha da área disponível para implantação do sistema de tratamento, incluindo as valas de deposição deresíduos contendo zinco, devem ser observadas as NBR 10004, NBR 10005, NBR 10006, NBR 10007, NBR 10157 eNBR 13028.
4.2 A tabela A.1 do anexo A aborda os processos de tratamento do zinco, indicando as principais metodologias empre-gadas com especificação sobre:
a) forma de poluição;
b) processo de tratamento;
c) métodos de tratamento;
NBR 14569:2000 3
d) eficiência do processo;
e) formas de tratamento;
f) constituintes prováveis após o tratamento;
g) tratamento adicional;
h) potencial de aplicação;
i) outros elementos removíveis.
4.3 Os processos de tratamento indicados na tabela A.1 do anexo A são descritos no anexo B com as seguintes abor-dagens:
a) descrição do processo;
b) reações envolvidas;
c) vantagens do processo;
d) desvantagens do processo.
_________________
/ANEXO A
NBR 14569:20004
Anexo A (informativo)Processos de tratamento de zinco
Tabela A.1 - Processos de tratamento de zinco em efluentes líquidos
Formade
poluição
Constituintesprováveis após
tratamento
Tratamentoadicional Potencial
deaplicação
Outros elementos removíveisProcessosde
tratamento
Métodosde
tratamento
Eficiênciado
processo
Formas detratamento
Solução Polpa Pb Mn Cd Cu Ni Fe Co
Troca iônica> 99,0% Agentes
químicos Substratocom metal -
Sim Não Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim
Efluenteslíquidos
contendo zinco
Zn(OH)2 NãoFísico,
químico efísico-
químicoPrecipitação,floculação,coagulação efiltração
> 99,0% Adição dereagentes
Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim
Biológico Biosorção 10% 80% Adição debiosorventes - -
Sim - Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim
NOTA - Para efluentes líquidos contendo cianeto, é necessário consultar a NBR 13744.
_________________
/ANEXO B
NBR 14569:2000 5
Anexo B (informativo)Descrição dos processos de tratamento de zinco
B.1 Precipitação do zinco como hidróxido
B.1.1 Descrição do processo
O íon zinco pode ser removido de soluções aquosas, através da precipitação na forma de hidróxido de zinco. O reagenteque pode ser utilizado para a remoção deve ser um agente precipitante como cal virgem e um auxiliar para a decantação(floculante). O controle para se obter a precipitação é o pH próximo de 9,0 e é realizado à temperatura ambiente comrelação de massa cal/zinco que garanta uma boa eficiência no processo de tratamento do efluente líquido. O valor de pHdepende do tipo de efluente. O precipitado insolúvel gerado, basicamente hidróxidos de cálcio e zinco, pode ser separadoda solução através de processos físicos como filtração e/ou espessamento. O controle do processo baseia-se no controledo pH e na cinética das reações.
B.1.2 Reação envolvida
B.1.2.1 Reação de precipitação:
Zn2 + (aq) + 2OH-(aq) Zn(OH)2 (s)
B.1.3 Vantagens do processo
- alta eficiência de tratamento do efluente;
- tecnologia disponível;
- fácil controle;
- outros elementos podem ser também removidos durante o processo, conforme a tabela A.1 do anexo A;
- temperatura de trabalho ambiente;
- possibilidade de comercialização do resíduo gerado.
B.1.4 Desvantagens do processo
- necessidade de constante manutenção do sistema devido a incrustações e obstruções nas instalações;
- se o resíduo apresentar altos teores de metais pesados, conforme a tabela A.1 do anexo A, é necessária a disposiçãoem aterros industriais adequados.
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/ANEXO C
NBR 14569:20006
Anexo C (informativo)Bibliografia
Constituições: Federal, Estaduais e Leis Orgânicas Municipais.
Código de Mineração, Regulamento e Normas Regulamentares de Mineração.
Código de Águas.
Resoluções 001/86 e 20/86 do CONAMA - Conselho Nacional do Meio Ambiente.
NBR 9896:1993 - Glossário de poluição das águas - Terminologia.
NBR 9897:1987 - Planejamento de amostragem de efluentes líquidos e corpos receptores - Procedimento.
NBR 9898:1987- Preservação e técnicas de amostragem de efluentes líquidos e corpos receptores - Procedimento.
NBR 12649:1992 - Caracterização de cargas poluidoras na mineração - Procedimento
CLYDE S. B.; Metal Recovery from Industrial Waste, 1ª edição, 1991.
LATIMER, W. & HILDEBRAND, J., “Reference Book of Inorganic Chemistry” 3rd edition, 1963.
VOGUEL, A. Química Analitica Quantitativa. 5ª edição, 1979.
MASSEY A. G. Main Group Chemistry, 1ª edição, 1989.
STUMM,W., MORGAN J. Aquatic Chemistry, 2nd edition, 1981.
KRESHKOV A . P. e YAROSLAVTSEV A. A. , “Course of Analytical Chemistry”, Volume 1 e 2, 4ª edição, Editora MIRPublishers. Moscow, 1977.
ALEXEEV V., “Analyse Quantitative”, Editora Mir Plubishers Moscow, 1ª edição- 1966.
LEE, J. D., “Química Inorgânica , Um novo texto conciso “, 5ª edição, 1979.
CHARLOT GASTON, Les Méthodes de la Chimie Analytique, 1ª Edição, 1968.
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