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ÍNDICE DE ANEXOS (CD-ROM) Anexo I Notas de Campo Anexo II Guião da entrevista de caracterização do Gabinete de Educação Anexo III Guião das entrevistas do projecto de investigação Anexo IV Transcrição da Entrevista 1 (Coordenadora do GEG) Anexo V - Transcrição da Entrevista 2 (Director do Agrupamento de Escolas Josefa de Óbidos) Anexo VI - Transcrição da Entrevista 3 (Director do Parque Tecnológico de Óbidos) Anexo VII - Transcrição da Entrevista 4 (Coordenadora do GED) Anexo VIII - Transcrição da Entrevista 5 (Profissional ‘Atelierista’) Anexo IX - Transcrição da Entrevista 6 (Vereadora com o Pelouro da Educação) Anexo X - Transcrição da Entrevista 7 (Encarregada da Educação) Anexo XI Categorização das Entrevistas Anexo XII Relatório das Observações realizadas no Ateliê Criativo do Complexo Escolar dos Arcos

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ÍNDICE DE ANEXOS (CD-ROM)

Anexo I – Notas de Campo

Anexo II – Guião da entrevista de caracterização do Gabinete de Educação

Anexo III – Guião das entrevistas do projecto de investigação

Anexo IV – Transcrição da Entrevista 1 (Coordenadora do GEG)

Anexo V - Transcrição da Entrevista 2 (Director do Agrupamento de Escolas Josefa de

Óbidos)

Anexo VI - Transcrição da Entrevista 3 (Director do Parque Tecnológico de Óbidos)

Anexo VII - Transcrição da Entrevista 4 (Coordenadora do GED)

Anexo VIII - Transcrição da Entrevista 5 (Profissional ‘Atelierista’)

Anexo IX - Transcrição da Entrevista 6 (Vereadora com o Pelouro da Educação)

Anexo X - Transcrição da Entrevista 7 (Encarregada da Educação)

Anexo XI – Categorização das Entrevistas

Anexo XII – Relatório das Observações realizadas no Ateliê Criativo do Complexo

Escolar dos Arcos

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Anexo I – Notas de Campo

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Notas de Campo

1ª Semana de Estágio: 14/09 e 16/09

Dia 14/09/2015 (1º dia de estágio)

- Inicio do estágio com uma reunião com a D.ª Ana Sofia Godinho sobre as expectativas

em relação ao estágio, quais os trabalhos em mente e os projectos em desenvolvimento.

- Breve apresentação das instalações da escola.

- Apresentação do responsável pelo ateliê criativo (João Jorge). Conversa com este

profissional sobre as diversas actividades já desenvolvidas no ateliê: Que temas, que

matérias e quais os públicos (desde o pré-escolar à terceira idade).

Temas desenvolvidos no ateliê:

Ano 0 (2011/2012) – Joalharia (materiais reutilizáveis)

Ano 1 (2012/2013) – Rosto Humano (identidade)

Ano 2 (2013/2014) – Corpo Humano

Ano 3 (2014/2015) – Corpo Humano (pele/envelhecimento da pele)

Ano 4 (2015/2016) – Os animais

- Reunião pelas 14h30 sobre a articulação necessária que se pretende criar entre a

biblioteca e o ateliê, com o respectivo professor bibliotecário, abordando-se de que

forma o Ateliê Criativo poderá estar integrado com a biblioteca no desenvolvimento de

actividades. Não sendo traçado um caminho concreto é apenas abordada a principal

temática de trabalho, em torno da obra Pinóquio e algumas actividades possíveis de

serem desenvolvidas (Criação de livros com materiais reutilizados, Dinamização dos

dias da biblioteca e da semana leitura em Março).

- Início do desenvolvimento de um documento (com o profissional responsável pelo

ateliê) sobre os planos de trabalho para a nova temática a desenvolver no ano lectivo

2015/2016.

Dia 16/09/2015 – 2º dia de estágio

- Breve reunião sobre o primeiro dia de estágio com a Ana Sofia Godinho, analisando as

várias possibilidades de trabalho e a realização de diversas tarefas e/ou observações.

- Novo dia de estágio centrado no trabalho com o ateliê, desenvolvendo um documento

de apresentação sobre a nova temática do mesmo no presente ano lectivo.

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- Após a aprovação do documento elaborado pelo profissional responsável pelo ateliê

foram realizadas algumas tarefas administrativas como a impressão de documentos. O

documento foi impresso para distribuir numa reunião com os docentes da escola e

superiores hierárquicos. Outro documento impresso foram folhas de registo para as

sessões do ateliê que completam um dossiê a utilizar na semana seguinte (semana

correspondente ao início do ano lectivo 2015/2016).

- Durante o tempo de trabalho no ateliê são vários os profissionais da escola que entram

e pedem ajuda ao profissional no sentido de desenvolver algumas actividades criativas,

considerando que apesar de não estarem a decorrer aulas muitas crianças estão na

escola, aproveitando o espaço para Actividades de Tempo Livre (ATL). A profissional

neste caso específico pediu papel de cenário e materiais de pintura para desenvolver um

painel com as crianças do pré-escolar.

- Ocorre a meio da manhã um momento mais informal de conversa com o responsável

do ateliê e uma animadora do complexo escolar. De seguida foi desenvolvido um

momento de trabalho mais autónomo enquanto o profissional responsável pelo ateliê

desenvolve algumas pesquisas para o trabalho a desenvolver na nova temática.

- Posteriormente, de tarde o momento é de trabalho autónomo enquanto o profissional

responsável pelo ateliê desenvolve pesquisas e auxilia outros professores.

- Enquanto o profissional desenvolve as respectivas pesquisas é realizada uma troca de

ideias sobre alguns resultados de pesquisas sobre a nova temática. Participação da

animadora do complexo escolar na discussão sobre as pesquisas e nomes de variados

artistas.

- Intervenção de uma profissional do pré-escolar que pede opinião sobre um painel em

papel de cenário que será desenvolvido pelas crianças. O painel irá fazer parte da

decoração de um espaço relacionado com a biblioteca que se encontra em fase de

reestruturação de espaço.

- Parte dos recursos humanos da escola estão centrados nesta semana no início do ano

escolar (dia 21), organizando espaços da escola e tratando de processos mais

burocráticos.

- O dia de estágio continua com o desenvolvimento de trabalho autónomo.

Reflexão/Balanço da Semana

No geral a semana correu de acordo com as expectativas, considerando tratar-se

da primeira semana de estágio. O primeiro dia envolveu conhecer de forma geral o

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contexto de estágio, a escola e parte dos profissionais. Como as actividades curriculares

só irão iniciar na próxima semana os alunos que circulam pela escola, em actividades de

tempos livres, não existindo ainda ateliê.

Existe também a oportunidade de realizar uma análise documental em relação

aos registos de sessão do ano lectivo 2014/2015, compreendendo o público-alvo das

sessões e quais os materiais e técnicas utilizadas.

2ª Semana de Estágio: 21/09 e 23/09

Dia 21/09/2015 – 3º dia de estágio

- Estágio inicia-se com uma conversa muito breve com a Dr.ª Ana Sofia Godinho que

não pode hoje acompanhar o dia de estágio devido à necessidade de realizar um

relatório sobre um projecto desenvolvido nas Escolas D’Óbidos.

- No ateliê o profissional responsável surge com novos animais para o espaço: Uma

caixa transparente com formigas gigantes e várias lagartas para alimentar a sardanisca já

existente.

- Numa breve conversa o profissional explica que neste dia haverá apenas a

apresentação do tema do ateliê de tarde e que de manhã iria tentar falar com alguns

docentes no sentido de articular horários, considerando que o ateliê apenas é obrigatório

para o 1º ciclo. No entanto o ateliê contará no mínimo com 157 alunos todas as

semanas.

- É proposta a organização de um documento para apresentar à Câmara Municipal de

Óbidos no sentido de expandir as actividades do ateliê para a comunidade local.

- O profissional continuou a desenvolver algumas pesquisas sobre a temática a abordar

nas sessões. Ao longo da pesquisa ocorrem momentos de interacção e partilha de pontos

de vista.

- Após a sessão ocorreu uma breve conversa sobre o que foi falado durante o ateliê,

como correu, a importância de algumas interacções e a potencialidade da temática.

Dia 23/09/2015 – 4º dia de estágio

- O dia de estágio inicia-se com algum trabalho autónomo, tais como a análise de

observações realizadas.

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- Análise do registo de sessão realizado pelo docente e pelo profissional no primeiro dia

de ateliê. Compreendendo o paralelo entre aquilo que foi registado pela docente e aquilo

que o profissional registou e salientou.

- Momento de conversa (JJ,ASG,SS,CC) sobre aspectos relacionados com a escola,

importando a articulação com os animadores e docentes. Remarcação de uma reunião

no sentido da sua antecipação.

- Na tarde irá iniciar uma sessão no ateliê com um 2ºano, regista-se algum atraso da

turma. O profissional do ateliê exprime algum descontentamento perante a situação, que

também ocorreu na última sessão com outra turma, além do facto de no dia 22/09 a

turma agendada não ter aparecido por esquecimento/confusão da docente que pensava

que as sessões ainda não teriam começado.

- Os alunos terminam a sessão e existe já outra turma a aguardar para entrar na sala do

ateliê, desta vez uma turma de 3º ano.

- Após as sessões desenrola-se uma conversa informal ao auxiliar uma animadora que

necessitava de materiais.

- Conversa com o profissional do ateliê sobre vários pontos-chave ocorridos nas duas

sessões, como o facto de muitos alunos terem retido vários conhecimentos do ano

anterior, bem como algumas características de alguns alunos em paralelo com

determinados comportamentos.

- Momento de conversa com a Dr.ª Ana Sofia Godinho e Dr.ª Sabina sobre as sessões já

desenvolvidas e aspectos relacionados com a escola.

- Breve momento de trabalho autónomo e organização de registos.

Reflexão/Balanço da Semana

A segunda semana de estágio representa a primeira semana de aulas, ao mesmo

tempo que espelha o início do ano curricular, com alguma confusão no cumprimento de

horários. No entanto, as sessões ocorridas nesta semana foram de encontro ao

expectável, conseguindo introduzir a temática e desenvolvendo conceitos básicos sobre

o animal que será trabalhado no ateliê. São utilizados vários recursos para desenvolver o

trabalho inicial do ateliê de introdução da temática: Vídeos e imagens, bem como

artistas com pintura, esculturas e instalações.

As actividades desenvolvidas no estágio representam um acompanhamento das

actividades, com o auxílio em algumas tarefas, bem como o registo das sessões que será

um elemento fundamental para a análise final a realizar sobre o ateliê criativo.

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3ª Semana de Estágio: 28/09 e 30/09

Dia 28/09/2015 – 5º dia de estágio

- À semelhança do que ocorre normalmente durante o período da manhã de estágio é

desenvolvido trabalho autónomo.

- Após a chegada do profissional do ateliê é realizada uma conversa em relação a

variados aspectos sobre as sessões que ocorreram na semana passada, bem como as

expectativas para esta semana.

- Durante a manhã são várias as crianças que entram no ateliê com insectos para

alimentar as lagartixas/sardaniscas.

- No restante período da manhã o profissional desenvolve várias pesquisas

direccionadas ao ateliê no geral em específico aos alunos do 2º CEB.

- Por volta das 12h é atribuída a tarefa de auxiliar os alunos na cantina ao profissional.

- No período da tarde o profissional continua a realizar pesquisas e visualiza um filme

sobre a temática das formigas.

- Após um momento de conversa informal o profissional prepara a sala para a sessão

que irá ocorrer.

- Na hora da saída vários alunos de diferentes turmas entram no ateliê para procurar

animais e observar vários objectos. Por terem entrado de modo desorganizado e

desordeiro o profissional aproveita para desenvolver alguns conceitos básicos sobre

educação cívica: Pedir para entrar, dizer boa tarde e pedir para mexer nos objectos

presentes no ateliê.

- Finalizando a sessão a sala é limpa e organizada.

Dia 30/09/2015 – 6º dia de estágio

- Organização da sala para a dinamização da sessão que irá começar pelas 9h15.

- É preenchido o registo de sessão a pedido do profissional, documento também escrito

pela docente de forma a complementar informações.

- No final do dia de estágio e após as 4 sessões é realizada uma conversa sobre os

principais aspectos a destacar. Falando de comportamentos específicos de alguns alunos

e actividades desenvolvidas.

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Reflexão/Balanço da Semana

Na generalidade as sessões iniciam sempre com um ponto de situação dos

trabalhos já realizados, o mesmo ocorreu nesta semana. Como o horário do profissional

ainda não está completamente preenchido e fechado há sempre oportunidade de realizar

trabalho autónomo, o que facilita o trabalho de registo. O ateliê tem sido neste início de

ano lectivo um espaço de visita frequente dos anos, nos tempos livres de intervalos ou

horas de almoço. Estas intervenções dos mais novos são de alunos do 1º CEB, mas

também dos mais velhos de 2ºCEB dos quais a presença no ateliê não integra o

currículo (apesar de serem vários os que frequentam o mesmo através da articulação

entre docentes e o profissional do ateliê). Durante as visitas o profissional tenta sempre

aplicar conceitos básicos da educação cívica, uma que a forma como os alunos se

comportam ao entrar no ateliê fora do contexto de aula é geralmente mais desordeiro.

4ª Semana de Estágio: 05/10 e 07/10

Dia 05/10/2015 – 7º dia de estágio

- Momento de trabalho autónomo e pesquisas.

- Conversa sobre vários aspectos do estágio e do ateliê no sentido do seu

acompanhamento e análise.

- Durante o espaço livre na hora de almoço vários alunos trabalham em desenho de

observação.

- Reunião sobre o decorrer do estágio com a Dr.ª Ana Sofia, resolvendo aspectos

relativos à orientação de mestrado ocorrido.

- Após a sessão das 16h é realizada uma conversa sobre vários aspectos relacionados

com a dificuldade da execução da tarefa pedida de desenho por observação, bem como

dos comportamentos da turma.

Dia 07/10/2015 – 8º dia de estágio

- Conversa sobre as sessões ocorridas no dia anterior, com a apresentação por parte do

profissional dos trabalhos de ilustração desenvolvidos por alguns alunos nas equipas

educativas (um caracol em papel de jornal e cartolina, uma lagartixa/sardanisca

recortada em papel de parede e aplicada sobre um tecido que foi transformado numa

mala).

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- Durante o intervalo os alunos de vários anos vêm visitar o ateliê e observar os animais,

uma aluna traz uma caixa decorada pela própria onde colocou uma formiga com asas.

- De seguida vários alunos entram no ateliê para entregar insectos apanhados na rua

(com o recurso a pinças/luvas/lupas e sacos).

Observação sobre o ateliê: São vários os elementos da escola que participam na

construção do ambiente do ateliê. Alguns trazem sardanisca/lagartixas e outros. Está

também na sala um microscópio para observar especificidades dos animais ou outros

que vão surgindo ao longo do ano e das sessões.

- Depois da sessão das 13h30 é realizada uma conversa sobre os aspectos mais notórios

observados na sessão.

Reflexão/Balanço da Semana

As sessões de balanço no início de cada dia e final de cada sessão (caso surja

oportunidade para isso) são uma constante no ateliê. São momentos de reflexão

importantes para ajustar aspectos das sessões e de cada turma em específico, sendo mais

fácil compreender determinados comportamentos de alunos, após uma conversa sobre a

sua realidade e características. É fundamental procurar compreender os alunos para

analisar as actividades e também as prestações de cada um. Não sendo isso o mais

importante na realização de uma análise global sobre o ateliê criativo, esta informação

articula-se com aspectos com a motivação e o mau comportamento. Aspectos que se

relacionam com os trabalhos realizados. São observados dois modos principais de

encarar o ateliê no geral das turmas: Alguns alunos estão motivados e concentrados,

realizando vários exercícios com o objectivo de melhorar os trabalhos, estes, no final

acabam por conseguir evoluir ao longo da sessão e apresentar bons resultados. Pelo

contrário, são vários os alunos desconcentrados nas sessões, por existir desconcentração

os trabalhos acabam por ser fracos, realizados à pressa ou inacabados. No final da

sessão estes últimos acabam por não gostar do resultado, afirmando várias vezes que

“está feio”, “não sei desenhar”, ou “não consigo”. As docentes várias vezes intervêm

quando os alunos encontram o discurso do “não consigo” como elemento de

desmotivação, conversando sobre a importância de tentar, praticar e está atento ao que o

profissional do ateliê explica.

Quando surge uma situação de profunda agitação na sala o profissional acaba

por ter dificuldades em explicar ou ajudar os alunos individualmente. Nestes casos, o

profissional termina a sessão conversando com os alunos sobre a importância que criar

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um ambiente mais calmo no ateliê, porque a confusão e a excitação de mostrar os

trabalhos saindo do lugar acaba por ser um processo bastante demorado. Aproveita

também para dar algumas dicas para o tempo de espera que pode ocorrer.

As tarefas realizadas são no geral difíceis, o próprio profissional do ateliê o

afirma, o desenho por observação requer bastante concentração. No entanto é

importante que os alunos desenvolvam o desenho antes de evoluir para outras técnicas.

5ª Semana de Estágio: 12/10 e 14/10

Dia 12/10/2015 – 9º dia de estágio

- Durante a manhã de estágio é realizado trabalho autónomo, de tratamento das

transcrições e de pesquisa de recursos para construir uma grelha/tabela de análise das

sessões.

- O profissional, durante a manhã, desenvolve várias tarefas no ateliê de barro,

auxiliando uma profissional de outra escola (também atelierista na respectiva escola).

- Após a sessão das 13h30, o profissional conversa sobre o que ocorreu. Afirmando que

alguns alunos estão de facto motivados com a dificuldade que representa o desenho por

observação, mobilizando a motivação para evoluir na qualidade dos desenhos. No

entanto, vários alunos não demonstram a mesma capacidade de motivação e acabam por

estar desconcentrados durante a sessão, acabando por criar agitação e perturbar a turma.

Dia 14/10/2015 – 10º dia de estágio

- A sessão programada para as 9h15 não ocorre, no entanto o profissional preparou a

sala e actividades para desenvolver com os alunos. A hora passou e não foi recebido

qualquer aviso em relação à situação.

- Durante este período realizou-se trabalho autónomo no sentido do desenvolvimento

das tabelas de análise das sessões.

- Após a sessão das 10h30 realizou-se uma breve conversa, como habitual, sobre

aspectos ocorridos na sessão e projectos futuros e em desenvolvimento.

- No final do dia, após a última sessão fez-se também uma reflexão sobre os principais

aspectos ocorridos.

Reflexão/Balanço da Semana

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No início de cada sessão é realizado um balanço dos trabalhos realizados

anteriormente, este ponto é importante para situar os alunos, permitindo ter um claro

ponto de partida. Como os principais aspectos do desenho por observação não estão

bem conseguidos nos trabalhos realizados a generalidade das turmas repete as tarefas:

com um relembrar dos aspectos básicos da técnica e com uma

exemplificação/reprodução da tarefa realizada pelo profissional. É importante que os

alunos dominem a técnica para poder avançar para a seguinte tarefa, que será a pintura

com aguarela, considerando que nesta será apenas utilizada uma folha (na técnica de

desenho por observação foram repetidos inúmeros desenhos), uma vez que o papel

utilizado é de elevados custos e importa poupar recursos do ateliê para que futuramente

se possa repetir o exercício.

O momento menos positivo a salientar desta semana de actividades tem que ver

com a ausência inesperada de uma docente, uma vez que o profissional do ateliê tudo

tinha preparado para iniciar a sessão. Seria fundamental enriquecer o laço: docentes –

ateliê criativo, não só para que estas situações não sucedam, mas também para que

existam propostas concretas e discutidas em relação à articulação que será feita entre

aquilo que é o plano curricular e as actividades desenvolvidas no ateliê. Ao invés de se

observar os repetidos apelos do profissional nesse sentido.

6ª Semana de Estágio: 19/10 e 21/10

Dia 19/10/2015 – 11º dia de estágio

- Durante este período realizou-se trabalho autónomo no sentido do desenvolvimento

das tabelas de análise das sessões.

- Parte do estágio é fortemente marcado pela observação das 3 sessões ocorridas, no

final do dia é realizado um balanço das sessões, os trabalhos realizados e os

comportamentos observados.

Dia 21/10/2015 – 12º dia de estágio

- Não haverá sessão uma vez que a docente analisou o número total de momentos em

que a turma frequenta o ateliê e considerou que não havia necessidade articular a aula

de 45 minutos de ciências naturais.

- Conversa com o profissional sobre as sessões do dia anterior e os trabalhos realizados.

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- Proposta de deslocação ao exterior com a turma que virá às 10h ao ateliê, no sentido

de colocar uma instalação na vila de Óbidos, articulada com o Fólio (Festival

Internacional de Literatura) a decorrer.

- No restante período de estágio é desenvolvido trabalho autónomo.

Reflexão/Balanço da Semana

No geral a semana correu bem em termos de actividades desenvolvidas e

progressos dos alunos, sendo utilizadas novas técnicas (guache) e avançando-se nas

temáticas (novo insecto trabalhado). Ocorreu o registo de um grupo de alunos das

equipas educativas (4 alunos – 3 rapazes e 1 rapariga), até à data não registado. Nesta

sessão os temas trabalhados foram distintos: Importância e significado do termo

“material orgânico”, utilizando-se exemplos de artistas e colocando questões aos quatro

alunos. Antes de passar à tarefa concreta foi fundamental questionar várias vezes as

crianças sobre o tema trabalhado, de forma a garantir que os conteúdos principais foram

assimilados.

Nesta semana ocorreu também uma importante articulação do espaço ateliê com

o município, mas principalmente com as actividades a ocorrer na vila: Fólio - Feira

Internacional da Literatura, alguns alunos tiveram a oportunidade de sair da escola e

criar uma instalação. Além do momento criativo, que se relaciona com o Fólio, por

espalhar palavras que voam pela vila, os alunos visitaram também uma exposição de

ilustração. Estes mesmos alunos tiveram no ateliê a oportunidade de desenvolver a

escrita criativa e escrever uma história que posteriormente é apresentada no formato de

ilustração. Ou seja, observou-se uma clara articulação dos trabalhos realizados com a

visita à vila.

7ª Semana de Estágio: 26/10 e 28/10

Dia 26/10/2015 – 13º dia de estágio

- Manhã de auxílio no desenvolvimento de uma tarefa relacionada com a dinâmica do

ateliê: deslocação de várias peças de barro criadas pelo atelierista para o forno. As

peças serão vendidas e o dinheiro servirá para adquirir material para o ateliê.

- No restante período da manhã é realizado trabalho autónomo relacionado com a

análise em desenvolvimento sobre o ateliê criativo do complexo escolar dos arcos das

Escolas D’Óbidos.

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- Durante a tarde ocorrem 3 sessões no ateliê.

- No final do dia é realizado um momento de reflexão sobre as sessões ocorridas: A

importância da repetição dos exercícios de desenho por observação e da necessidade de

explicar repetidamente os variados aspectos fundamentais da técnica de desenho por

observação. (Os pormenores não são aspectos fundamentais quando se está a iniciar o

desenho por observação, considerando-se que esta é uma técnica complicada e

naturalmente não sairá perfeita nesta fase inicial).

O profissional aborda também a preocupação sentida em relação ao comportamento dos

alunos: Uma vez que uma maior concentração ou um comportamento mais calmo

seriam fundamentais para que as sessões fossem mais proveitosas no geral.

Dia 28/10/2015 – 14º dia de estágio

- Manhã de trabalho autónomo na preparação das observações a realizar e das

respectivas grelhas de análise.

- Para as 10h20 estava marcada uma sessão com a turma do 6º ano, contudo não houve

sessão porque os alunos estavam em teste. A professora não se lembrou de avisar o

ateliê em relação a essa situação.

- No ateliê foram realizadas limpezas e tratados alguns aspectos mais logísticos como a

colocação de uma nova lâmpada no reptilário.

- Perto da hora de almoço, 3 alunos da respectiva turma que deveria ter tido ateliê

deslocam-se ao espaço, por terem terminado o teste cedo. Pedindo ao profissional se

podem trabalhar na peça de barro que estão a desenvolver.

- Durante a tarde é dinamiza uma sessão. Após a sua conclusão, tal como é habitual é

realizada uma breve conversa sobre os principais acontecimentos. O profissional

destaca a importância de dinamizar algumas sessões com carácter “livre” onde os alunos

não estão limitados a uma tarefa ou material. Estas sessões permitem que os alunos

desenvolvam determinadas técnicas e conheçam melhor os materiais utilizados. Os

alunos demonstram estar entusiasmados com as tarefas que desenvolvem. Quando

terminam o profissional permite-lhes a leitura dos vários livros espalhados pelo ateliê,

alguns optam por essa possibilidade, apressando-se para terminar, enquanto outros

preferem realizar outros desenhos depois de concluir a tarefa pedida pelo profissional. O

profissional afirma também que na sessão, alguns dos alunos que costumam estar

desconcentrados (exemplo de 2 pelo menos) conseguiram desenvolver bons trabalhos

no ateliê com esta dinâmica.

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Reflexão/Balanço da Semana

Realizado um balanço da 7ª semana de estágio considero que nesta fase existem

já alguns conhecimentos adquiridos sobre a instituição e algumas dinâmicas importantes

para o trabalho que me proponho a desenvolver. No geral, os espaços sem sessões no

ateliê são sempre dedicados ao trabalho autónomo no sentido de desenvolver um

documento de análise. Existem momentos em que a participação no auxílio de algumas

tarefas é solicitado, como tal é frequente auxiliar o profissional em questões como

exposição de trabalhos ou auxílio no ateliê de barro.

No que diz respeito aos momentos de observação do ateliê durante as sessões: O

profissional tem reforçado o trabalho de desenho por observação com os alunos neste

ano lectivo, segundo o próprio. No entanto outras técnicas começam a entrar nas

dinâmicas das sessões, como a sessão mais livre realizada com uma turma do 2º ano do

CEB, onde os alunos poderão escolher alguns do materiais a utilizar por exemplo,

podendo repetir tarefas e assim conhecer e tomar consciência das características e

possibilidades dos pastéis secos (a título de exemplo). O aspecto relacionado com o

comportamento das turmas acaba por ser um elemento que em alguns caso dificulta o

processo de aprendizagem em técnicas que exigem concentração – como é o caso do

desenho por observação -, uma vez que esta exige que o aluno aprenda a observar e não

desenhe apenas através da imaginação.

8ª Semana de Estágio: 2/11 e 4/11

Dia 2/11/2015 – 15º dia de estágio

- Como habitual: Desenvolvimento de trabalho autónomo durante a manhã.

- Conclusão do desenvolvimento das tabelas de análise das sessões, considerando que é

possível que estas venham a sofrer alterações ao longo das observações.

- Apoio no desenvolvimento de uma tarefa de exposição de trabalhos realizados pela

turma do 3º ano do CEB. Selecção de trabalhos, limpeza de molduras e colocação das

mesmas no bar da escola.

- Durante a tarde foram dinamizadas 3 sessões no ateliê: Uma com a turma do 3º ano,

outra com alunos do 2º ano das equipas educativas e por fim com uma turma do 4º ano

do CEB.

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- No final do dia realizou-se uma conversa sobre a última sessão ocorrida, de alguma

confusão onde o profissional assume ter permitido algum barulho. O tipo de tarefa

realizada: Construção de um louva-a-deus com materiais reutilizáveis origina a o

ambiente vivido. Considerando o entusiasmo e conversa que as crianças fazem entre si.

No entanto, pela perspectiva do profissional mais importante será compreender as

dinâmicas de cada grupo em relação ao trabalho em equipa (existindo ou não, e porquê?

Quais as estratégias de cada grupo?).

Dia 4/11/2015 – 16º dia de estágio

- Desenvolvimento de trabalho autónomo durante a primeira hora da manhã.

- Acompanhamento da sessão de ateliê com uma turma de 6ºano durante a manhã.

- Conversa sobre o comportamento na sessão, assim como da prestação dos vários

alunos (grupo de 5 com 2 rapazes e 3 raparigas). Apesar do comportamento durante a

sessão todos concluíram desenhos e participaram no desenvolvimento do painel de

azulejaria.

- Aproveitamento do restante período da manhã para trabalho autónomo.

- Preparação da sala para a sessão das 13h30.

- Acompanhamento da sessão de ateliê com uma turma de 2º ano durante o início da

tarde.

- Conversa após a sessão sobre o aos que se gerou na actividade desenvolvida (pintura

na parte de baixo dos tampos das mesas para simular a pintura dos tectos de capelas). O

profissional considera importante que alguns alunos tenham já desenvolvido gostos por

materiais específicos, no entanto a utilização dos pastéis de secos nesta actividade foi

espelho do mau comportamento. Considerando que o profissional tinha já seleccionado

o material a utilizar (pastel de óleo), colocando-o em cima de uma das mesas acessível

aos alunos. Alguns alunos apresentaram trabalhos não concluídos por terem estado parte

da sessão a conversar e entusiasmados com a dinâmica escolhida. A tarefa foi sugestão

da docente da turma, que tinha precisamente o objectivo de demonstrar aos alunos o

processo de pintura de tectos, visíveis em igrejas e capelas, por exemplo. Utilizando esta

técnica para exemplificar o processo e dificuldades inerentes ao mesmo.

Reflexão/Balanço da Semana

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O tema da semana foi fundamentalmente em torno do insecto “louva-a-deus”,

com uma sessão de introdução ao animal onde, como habitual, são apresentadas

imagens e vídeos, assim como várias características da espécie.

Uma das sessões envolveu a construção do insecto trabalhado com materiais

reutilizáveis, onde se observou alguma confusão na sala, no entanto este comportamento

não foi corrigido ao limite (Ou seja, a sessão raramente foi interrompida por esse

motivo). Algo que foi importante de observar diz respeito às dinâmicas dos grupos de

trabalho, observando aqueles que trabalham em equipa e comunicam e aqueles que por

outro lado trabalham de modo individual de modo desorganizado, acabando por ser

necessária a intervenção do profissional. Como a tarefa não foi concluída será

importante analisar os trabalhos, tendo em consideração as dinâmicas e estratégias de

cada grupo.

No segundo dia de estágio foram observadas duas sessões, a primeira com uma

turma de 6º ano, que por estar a desenvolver trabalhos em grupo e serem projectos que

exigem a atenção do profissional, a sua deslocação é realizada em grupos de trabalho,

uns de cada vez em cada semana. Tendo já ocorrido na semana passada este tido de

dinâmica. O grupo em causa correspondente a esta observação demonstrou

anteriormente (no processo de criação da história que estão a ilustrar) alguma falta de

autonomia, sendo precisa a intervenção do profissional no processo de criação de um

projecto para a sua posterior criação artística. Na sessão o grupo demonstrou

comportamentos desadequados ao momento em causa, sendo várias vezes necessária a

chamada de atenção e o pedido para trabalharem e concluírem as tarefas.

No que diz respeito ao último momento observado este tratou-se de um exercício

nunca antes aplicado no ateliê criativo: os alunos simularam a pintura de tectos de

capelas/ou igrejas através da pintura com papeis colados debaixo das mesas. Esta

actividade gerou bastante confusão na sala, originando a momentos de desordem como

a utilização de materiais não indicados, ou mesmo o mau trato dos materiais

disponibilizados durante uma brincadeira. O entusiasmo da turma foi notório e

caracteriza uma actividade nunca antes realizada, no entanto, uma vez mais o

comportamento teve impacto no resultado final do trabalho. Quando situações como

esta ocorrem o final da sessão é reservado para uma reflexão com os alunos, no sentido

de os alertar para a importância de um comportamento mais calmo no ateliê. No geral a

turma demonstrou-se interessada na componente teórica desta sessão, sobre pinturas em

tectos, com a apresentação de imagens com exemplos e abordando Miguel Ângelo.

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Considerou-se que apesar da confusão final os alunos assimilaram a experiência e

compreenderam o tema lançado pela docente.

No geral a semana de estágio correu bem e sente-se alguma evolução em relação

à capacidade de análise e observação das sessões. Além do papel desempenhado em

momentos pontuais no desenvolvimento de tarefas para auxiliar o ateliê de modo

logístico, por exemplo. Todas as tarefas são mais-valias no decorrer do estágio, não só

por oferecem a oportunidade de integração no contexto de estágio, possibilitando a sua

melhor análise e compreensão.

9ª Semana de Estágio: 9/11 e 11/11

Dia 9/11/2015 – 17º dia de estágio

- Breve momento de trabalho autónomo.

- Reunião de ponto de situação das principais actividades/projectos, com cerca de 11

profissionais.

Sobre a reunião: É proposto aos animadores presentes que exponham de modo breve os

principais projectos em desenvolvimento. O primeiro monitor aborda o projecto RIO,

no qual a escola irá participar, mas também pontos fortes e fracos das equipas

educativas. Realçando a importância de realizar vários ajustes no projecto das equipas

educativas (EE). As principais adequações a realizar poderão ter que ver com o

desenvolvimento de dificuldades específicas, considerando os recursos existentes nas

escolas, adaptando as necessidades a diferentes estratégias de resolução de problemas.

É também destacada a importância de “iniciar um caminho”, no próximo ano com o

projecto educativo (que se encontra em fase de desenvolvimento). Considerando sempre

que o caminho que se pretende seguir demorará o seu tempo a ser percorrido e a atingir

os objectivos pretendidos.

Conversa sobre as formações a dinamizar com os docentes, mas também dos restantes

profissionais. Considerando a importância de adaptar as formações às necessidades

reais dos profissionais, devido à formatação pré-existente nestes tipos de formações.

Uma profissional aborda a necessidade de possuir mais tempo junto dos docentes para

desenvolver aspectos específicos com estes. É realizado um diálogo na reunião sobre a

dificuldade encontrada por parte dos animadores em articular as necessidades de

reunião com os docentes e a falta de tempo que é sentida. Considerando-se que este

aspecto é fundamental para o desenvolvimento de projectos implementados. Durante

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esta conversa são pensadas soluções de horário de modo a encontrar espaço para a

realização de reuniões com os monitores e os docentes.

Apresentação de vários temas e projectos em desenvolvimento por cada monitor e as

respectivas turmas. Uma das animadoras apresenta uma dificuldade comum: No

momento de levar algumas crianças das equipas educativas, seria fundamental que os

docentes dissessem quais são de facto as principais necessidades a ser trabalhadas. Uma

animadora sugere a troca de emails como forma de articular aspectos concretos com as

docentes. A mesma profissional alerta para a importância de ajustar o horário da dança,

uma vez que antes desta actividade os alunos apenas têm 5 minutos de pausa.

Outro aspecto que a generalidade dos monitores considera dificultar o seu trabalho tem

que ver com o atraso dos docentes nos vários horários e momentos de entrada. É

referido que este aspecto será falado com o director do agrupamento, uma vez que a sua

importância é elevada.

Após a conversa sobre vários aspectos é realizada uma deslocação ao exterior da sala

para analisar alguns dos trabalhos já concluídos no ateliê e que estão em exposição em

diversos espaços da escola. É visitado o ateliê do barro, sendo mostradas algumas peças

em que os alunos se encontram a realizar. Posteriormente é visitado o átrio da escola,

espaço onde estão em exposição vários trabalhos (ilustrações de histórias e desenhos de

observação com técnicas variadas). Posteriormente à apresentação dos vários trabalhos

a reunião é dada como terminada.

- No período da tarde são dinamizadas 3 sessões, onde o trabalho de estágio se

desenvolve em torno de observações e o auxílio de algumas tarefas pontuais no ateliê a

pedido do profissional.

Dia 11/11/2015 – 18º dia de estágio

- Breve momento de trabalho autónomo antes da sessão da manhã no ateliê.

- Pausa para almoço com a posterior dinamização de uma sessão pelas 13h30.

- Durante o período da tarde foi realizado trabalho autónomo relacionado com as

observações realizadas no ateliê.

Reflexão/Balanço da Semana

Um dos principais momentos da semana de estágio teve que ver com a reunião

realizada sobre os vários projectos em desenvolvimento na escola. Permitiu receber uma

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visão holística dos vários monitores, compreendendo quais os aspectos que estes

consideram poder correr de uma forma mais positiva no futuro.

Em relação às sessões dinamizadas, o tema dos insectos está em evolução na

generalidade das turmas, demonstrando que os alunos têm interesse pelo tema, mas

também pelas propostas de técnicas de trabalho feitas pelo profissional. Seria

interessante, no entanto, que os alunos tivessem ou apresentassem propostas de ideias

de trabalho para realizar no ateliê. Parte das sessões poderia fluir nesse sentido,

apelando aos alunos para pensarem em trabalhos possíveis. Um dos aspectos que muitas

vezes coloca em causa a evolução dos trabalhos é o comportamento dos alunos, que se

encontra directamente ligado à concentração com que executam tarefas. No entanto esse

problema não é permanente e todas as turmas observadas conseguem desenvolver

trabalhos interessantes onde articulam várias técnicas e conhecimentos.

10ª Semana de Estágio: 16/11 e 18/11

Dia 16/11/2015 – 19º dia de estágio

- Manhã de desenvolvimento de trabalho autónomo relacionado com as observações

realizadas.

- Dinamização de 3 sessões de ateliê no período da tarde.

Dia 18/11/2015 – 20º dia de estágio

- Desenvolvimento de trabalho autónomo no período da manhã anterior à sessão com o

6º ano.

- Dinamização de uma sessão durante o restante período da manhã.

- Ao início da tarde é dinamizada uma sessão com uma turma do 2º CEB.

- Após a conclusão da sessão e da sua observação é realizado trabalho autónomo

durante a tarde.

Reflexão/Balanço da Semana

No geral as turmas avançam nas temáticas desenvolvidas no ateliê, os alunos do

primeiro ciclo seguem uma ordem de trabalho com os insectos: Formiga, Louva-a-deus

e futuramente será trabalhada a abelha. O próximo animal a ser trabalhado mobiliza já

algumas pessoas que não estão directamente ligadas à população escolar, alguns alunos

têm familiares que trabalham com abelhas na produção de mel. Nesse sentido o

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profissional do ateliê tem vindo a conversar com alguns alunos e outros profissionais

sobre a deslocação à escola de alguém que domine a temática, ou então do empréstimo

de vários materiais relacionados com a apicultura. Uma aluna trouxe já uma estrutura

em madeira utilizado na produção de mel e que servirá futuramente para abordar no

ateliê durante a apresentação da abelha. Na generalidade das turmas todos os alunos

terminam os trabalhos com o insecto louva-a-deus, no entanto, o profissional considera

pertinente apenas iniciar o próximo insecto quando estiver preparado com os vários

materiais que tem já em mente. Colocando assim a hipótese de na próxima sessão

realizar sessões livres enquanto o novo insecto não é trabalhado.

A turma do 6º ano, que tem vindo a desenvolver um trabalho de ilustração de uma

história criativa, em grupos e de forma faseada, encontra-se em fase de conclusão dos

trabalhos. Tendo sido na presente semana realizado o último trabalho de um dos grupos.

Apesar das histórias serem criadas com personagens que são animais, a turma não está a

trabalhar insectos à semelhança do 1.ºCEB. Será na próxima semana um momento de

reflexão dos trabalhos realizados e de análise em relação a projectos futuros.

Na generalidade a semana correu de acordo com o horário estipulado e todas as turmas

conseguiram avançar em relação aos trabalhos que se pretendiam realizar. No dia 16/11,

por exemplo, a turma de 4º ano conclui a tarefa de construção de insectos com materiais

reutilizáveis. A sua exposição no átrio representou um momento importante de partilha,

uma vez que todos os alunos tiveram a oportunidade de ver e reflectir sobre as peças

concluídas. Durante a exposição a Dr.ª Ana Sofia Godinho passava no átrio e pode

observar os trabalhos, conversando com a docente responsável pela turma e com o

atelierista sobre o trabalho realizado. Outro momento pertinente de realçar na semana

de estágio é a realização de um vídeo, por parte do profissional do ateliê, com as

crianças das várias turmas a falar de aspectos que se lembrem de ter falado sobre os

insectos trabalhados. Este filme é realizado de forma faseada, sendo pedido a 2 alunos

antes de cada sessão para a realização das filmagens.

11ª Semana de Estágio: 23/11 e 25/11

Dia 23/11/2015 – 21º dia de estágio

- Desenvolvimento de trabalho autónomo durante o período da manhã, relativamente

aos registos de observações realizadas.

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- Durante a tarde foram dinamizadas sessões até à conclusão do dia de estágio.

Dia 25/11/2015 – 22º dia de estágio

- Durante o período da manhã que antecede a sessão das 10h20 foi realizado trabalho

autónomo.

- Conversa sobre os trabalhos realizados na sessão seguinte das 10h20 com uma turma

do 6ºano, o profissional aborda que será realizada uma avaliação dos trabalhos

concluídos. Será também realizada uma reflexão sobre os possíveis trabalhos futuros.

- A sessão é dinamizada e concluída na hora de almoço.

- Durante a tarde é dinamizada uma sessão e o restante período é destinado ao trabalho

autónomo.

Reflexão/Balanço da Semana

No geral a semana de estágio correu bastante bem, foram realizados novos trabalhos e

as dinâmicas correram dentro do esperado. Na primeira sessão da semana observada a

turma misturou espécies de animais criando um animal só, nesta fase, além da

diversidade dos trabalhos criados foi notória as diferentes formas de domínio mostradas

perante os materiais escolhidos. A utilização ficou limitada à cor preta em pastel seco e

pastel de óleo, obrigando os alunos a desenvolver a técnica de pintura com estes

materiais, utilizando variados tons.

Nas sessões das equipas educativas parte da sessão foi dedicada à gravação do vídeo

sobre o ateliê, uma vez que nenhuns dos alunos presentes receberam indicações das

docentes com temas de trabalho para desenvolver.

Uma sessão importante de destacar foi dinamizada com o 2º ano, tendo já sido proposta

pela docente anteriormente. A tarefa obrigou os alunos a desenharem em desenhos

iniciados por outros colegas e a permitir também que os seus desenhos fossem

desenvolvidos por outros alunos. Foi importante analisar a dificuldade de aceitação da

tarefa por parte de alguns alunos, que quiseram por exemplo riscar o nome do desenho

que iniciaram e que estava identificado como seu. Após a sessão o profissional realizou

uma reflexão sobre a tarefa, realçando a importância de trabalhar de forma colectiva e

desenvolver várias competências fundamentais para vida do dia-a-dia: colaboração,

trabalho em grupo e entreajuda. Alguns comportamentos foram também realçados, com

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alunos muito negativos em relação ao seu trabalho. Por fim o profissional realçou a

importância de repetir a tarefa numa outra altura e com outras turmas.

12ª Semana de Estágio: 30/11 e 2/12

Dia 30/11/2015 – 23º dia de estágio

- Desenvolvimento de trabalho autónomo durante o período da manhã.

- O profissional aproveita o período da manhã para realizar limpezas no ateliê.

- Observação das sessões dinamizadas durante todo o período da tarde.

Dia 2/12/2015 – 24º dia de estágio

- Desenvolvimento de trabalho autónomo durante todo o período da manhã

considerando que não houve sessão.

- Auxílio do profissional na realização de tarefas relacionadas com a deslocação de

peças de barro criadas pelos alunos no ateliê para o forno da escola para a sua cozedura.

- Ainda durante o período da manhã o profissional reuniu com a Dr.ª. Sabina para

abordar alguns aspectos e dificuldades sentidas na dinamização do ateliê criativo.

Dificuldades relacionadas com a falta de tempo, essencialmente.

- Durante o período da tarde foi feita a observação de uma sessão.

- Posteriormente uma profissional (animadora no complexo escolar) pede auxílio ao

atelierista no desenvolvimento de actividade para os alunos. O contributo do

profissional é pedido ao nível da explicação da melhor forma de executar desenhos em

proporções adequadas à técnica de azulejaria. Este momento ocorre na respectiva sala

de aulas dos alunos com a docente responsável presente.

- O restante período da tarde foi reservado ao trabalho autónomo.

Reflexão/Balanço da Semana

Ao longo da semana as sessões correm com o desenvolvimento de várias tarefas,

considerando que ainda não se avançou para o insecto que importa trabalhar de seguida:

A abelha. O profissional queixa-se várias vezes durante esta semana na dificuldade que

cada vez mais sente ao nível da falta de tempo. Considerando que as temáticas

abordadas envolvem uma pesquisa e preparação prévias, não só ao nível dos insectos

trabalhados mas também das actividades que são realizadas. É observado e o

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profissional também o refere que o seu trabalho para as sessões em termos de

actividades propostas aos alunos, é muitas vezes desenvolvido através do improviso que

a experiência de trabalho na área lhe permite. No entanto, o profissional desabafa que

ultimamente estes improvisos têm sido muitas vezes excessivos, sem tempo de reflexão

entre cada sessão por exemplo. Torna-se um improviso negativo e demasiado extremo

pela sua urgência. Nesse sentido o profissional reúne com uma profissional do gabinete

de educação sobre as dificuldades que tem sentido nesta articulação de várias tarefas:

Pesquisas, preparação de sessões, dinamização de sessões, limpeza do ateliê e

responsabilidades diversas no ateliê do barro.

A turma de 2º ciclo que frequentava o ateliê, um 6º ano que na semana passada debateu

ideias de trabalho futuras interrompeu as presenças no ateliê, pelo menos sobre o

projecto pensado, até ao início do 2º período. Esta decisão foi tomada uma vez que os

alunos irão trabalhar uma obra literária que é iniciada nesse período, nesse sentido a

docente da turma articulou com o profissional do ateliê neste sentido.

É importante também de salientar que a sessão dinamizada com o 2º ano contou com a

articulação curricular da professora com o ateliê, sendo trabalhado o animal elefante.

Este animal surge numa história trabalhada na sala de aula: O elefante cor-de-rosa.

Na próxima semana o profissional conta iniciar um novo tema de trabalho com os

alunos: A abelha. Recendo vários materiais que um familiar de um aluno facultará ao

ateliê.

13ª Semana de Estágio: 7/12 e 9/12

Dia 7/12/2015 – 25º dia de estágio

- Desenvolvimento de trabalho autónomo durante o período da manhã.

- Durante o período da manhã são entregues no ateliê vários materiais trazidos pelos

avós de duas alunas estudantes na escola. Os materiais entregues estão relacionados

com a produção de mel, que após a articulação feita com o profissional foram

temporariamente cedidos ao ateliê para auxiliar o tema de trabalho das abelhas.

- No decorrer da tarde foram observadas as várias sessões dinamizadas.

Dia 9/12/2015 – 26º dia de estágio

- Desenvolvimento de trabalho autónomo durante o período da manhã.

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- Breve reunião informal com o atelierista sobre uma sessão experimental que este irá

dinamizar. Debate sobre os 3 temas possíveis de trabalhar e quais os materiais a utilizar.

- Observação da sessão da tarde e posterior trabalho autónomo durante a restante

período da tarde.

Reflexão/Balanço da Semana

Foram emprestados ao ateliê vários artefactos relacionados com a produção de mel. Em

relação a estes novos objectos disponibilizados a sua função está directamente

relacionada com o novo insecto a trabalhar: A abelha. Estes têm que ver com a

produção de mel, tendo sido disponibilizados por dois familiares de alunas na escola, é

importante salientar esta articulação escola-comunidade que se observou neste momento

concreto. Não só houve contacto com os respectivos produtores de mel como existiu a

disponibilidade de facultar materiais ao ateliê, explicando a função dos mesmos.

No geral os trabalhos desenvolvidos no ateliê seguiram uma ordem de acordo com tudo

o que estaria planeado, no sentido de concluir aquilo que foi iniciado com o objectivo

de avançar para novos temas. Apenas uma turma iniciou um trabalho tendo como base

um projecto que irá desenvolver em barro.

Em relação a tarefas distintas foi pensada uma sessão experimental que o atelierista

apresentou a duas profissionais do gabinete de educação: foram debatidos ideias, temas

e materiais a utilizar.

14ª Semana de Estágio: 14/12 e 16/12

Dia 14/12/2015 – 27º dia de estágio

- Desenvolvimento de trabalho autónomo durante o período da manhã.

- Breve momento informal de reflexão sobre o ponto de situação das sessões e trabalhos

desenvolvidos no ateliê. O profissional assume alguns constrangimentos perante o que

tem sido feito com as várias turmas, assumindo que considera as sessões têm perdido

um pouco o carácter experimental que existia inicialmente. Em parte por existir

actualmente um esforço permanente em articular o ateliê com o currículo, esforço esse

que não é acompanhado pelos docentes. O profissional assume que seria importante

receber propostas de temas concretos ao nível do currículo dos alunos, seria desafiante

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articular ideias de possíveis trabalhos com temas e propostas dos professores, realidade

que raramente se observa.

- Observação de uma sessão dinamizada no início da tarde.

- Após a sessão é realizada uma breve reflexão sobre a mesma, como habitual.

- Durante o período destinado às equipas educativas, onde não ocorreu sessão, dois

alunos do 5º ano que já não frequentam o ateliê ajudaram o profissional na recolha de

trabalhos expostos pela escola.

- Por fim foi observada a última sessão do dia.

Dia 16/12/2015 – 28º dia de estágio

- Aplicação de uma entrevista à Ana Sofia Godinho e posterior ponto de situação sobre

o estágio, trabalho desenvolvido e expectativas sobre o mesmo.

- Desenvolvimento de trabalho autónomo no restante período da manhã.

- Durante a tarde foi também desenvolvido trabalho autónomo, uma vez que as crianças

do 1º ciclo deslocaram-se à Vila Natal em Óbidos e não houve sessão.

Reflexão/Balanço da Semana

Esta foi uma semana de algumas mudanças em relação à dinâmica do ateliê, onde o

profissional assumiu uma mudança das suas práticas enquanto atelierista.

Foi introduzido um novo insecto de trabalho: Abelha. Numa sessão observada os alunos

demonstraram-se interessados pela explicação e pela função de cada objecto existente

no ateliê relacionado com a produção de mel. Além da demonstração foi realizada a

experimentação de mel trazido pelo apicultor que facultou os respectivos artefactos. Foi

observado que muitos dos alunos nunca teriam provado mel e as reacções foram

variadas.

Para a dinamização da primeira sessão, sobre o novo insecto a trabalhar, foi pedido que

os alunos trouxessem pesquisas realizadas em casa sobre a abelha e os produtos que

estas podem produzir. Um ponto fraco a salientar foi a fraca participação dos alunos

nesta tarefa, ocorrendo situações onde numa turma de 18 alunos apenas 4 realizaram o

que foi pedido. Um ponto forte foi o facto de ter sido observada a valorização do ateliê e

das aprendizagens que este pode dinamizar. Ter a oportunidade de aprender o processo

de produção de mel com recurso aos artefactos utilizados na apicultura tem tornado esta

aprendizagem entusiasmante para os alunos, além de conseguir reforçar o alerta lançado

para a importância da abelha no equilíbrio do ecossistema.

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Em relação à dinâmica do ateliê, o profissional reflectiu sobre as práticas que têm sido

aplicadas desde Setembro. O atelierista demosntrou-se descontente com o rumo

imposto no ateliê, assumindo que o caractér experimental inicial se tem vindo a perder e

as sessões são cada vez mais rotinadas e com uma ordem semelhante de trabalhos. Será

portanto importante atribuir cada vez mais aos alunos a tarefa de orientar muitos dos

projectos que serão desenvolvidos. Considerando que o esforço que deveria existir por

parte dos docentes em articular ou apresentar propostas possíveis de articulação

currículo-ateliê não se tem observado na generalidade, sendo pontuais estes casos.

Nesse sentido, o profissional considera que o esforço que tem feito para aplicar esta

articulação não tem corrido da melhor forma, uma vez que o trabalho parte só de um

dos lados, acabando por existir sessões pouco criativas de estudo das técnicas utilizadas

após a apresentação de uma tarefa concreta. Seria fundamental, e desafiante para o

atelierista (como este abordou), que existissem propostas de temas concretos que

existem no currículo dos alunos e nesse sentido trabalhar posteriormente vários

projectos.

15ª Semana de Estágio: 4/1 e 6/1

Dia 4/01/2016 – 29º dia de estágio

- Desenvolvimento de trabalho autónomo durante o período da manhã.

- Observação da sessão dinamizada por volta das 13h30.

- Durante o período da tarde não foram dinamizadas as restantes sessões, as equipas

educativas, por ser a semana pós-férias e ainda não estar trabalho organizado nesse

sentido. E a turma de 4º ano por ter sido pedido o horário do ateliê para juntar vários

anos no ensaio de uma canção das janeiras com o docente de música.

- Desenvolveu-se portanto trabalho autónomo durante o período da tarde.

Dia 6/01/2016 – 30º dia de estágio

- Desenvolvimento de trabalho autónomo no início da manhã.

- Observação de uma sessão dinamizada pelas 11h30.

- Observação da sessão das 13h30 e trabalho autónomo no período restante da tarde.

Reflexão/Balanço da Semana

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Foi claramente uma semana em que nem todas as sessões funcionaram de acordo com o

agendado, principalmente por ser um período pós-férias. A primeira sessão da semana

apresentou uma dinâmica distinta do observado anteriormente, fazendo parte da

estratégia que o profissional assumiu querer usar mais frequentemente no futuro. Nesta

turma, após o desenvolvimento de vários debates sobre os principais conceitos

abordados na sessão anterior, como a importância das abelhas na existência da espécie

humana, foram apresentadas variadíssimas referências de artistas. A visualização das

várias obras, desde a pintura, escultura e performance, teve o objectivo de inspirar os

alunos para a criação de um projecto que irão começar a desenvolver na sessão da

semana seguinte. Aos alunos ficou então entregue a tarefa de durante a semana

pensarem em projectos para iniciar no ateliê, nesta tarefa a docente teve a iniciativa de

agregar o conjunto de aspectos que os alunos têm de considerar e apresentar, colocando-

os no quadro da sala de aula, para que apontem e consigam realizar o trabalho durante a

semana. São várias as vezes em que o atelirista pede ou sugere que os alunos realizem

pequenos trabalhos em casa, no entanto os alunos frequentemente assumem que se

esquecem, por não apontarem o que deveria ser feito. Nesse sentido a docente

representou um elemento positivo ao reforçar o trabalho que deve ser feito no ateliê, ao

estruturar os objectivos da tarefa pedida.

Nesta mesma semana não ocorreram duas sessões e uma limitou-se a pouco mais de 20

minutos de sessão. Pela positiva, dois docentes avisaram o profissional da situação, com

justificações adequadas. Pela negativa uma das sessões acabou por correr em menos de

metade do tempo programado, com um aluno a deslocar-se duas vezes a entregar

recados da docente. Estes aspectos deveriam ter sido discutidos anteriormente, por

forma a minimizar o tempo de sala e de aula perdidos.

A docente da turma de 2º ano teve um momento de articulação com o profissional no

sentido de encontrar a melhor solução para a falta de tempo sentido por uma outra

actividade dos alunos. Nesse sentido ficou definido que os alunos irão frequentar o

ateliê em grupos de cinco alunos, sendo assim possível à docente trabalhar na sala de

aula com os restantes alunos, economizando tempo. Este debate sobre as dificuldades

sentidas pela docente é importante e demonstra que esta valoriza o ateliê e a

participação dos seus alunos no mesmo.

Por fim, o último momento a destacar da semana de estágio foi a deslocação ao ateliê de

um grupo de alnos de vários anos de escolaridade, acompanhados pelo docente de

música, para o cantar das janeiras.

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16ª Semana de Estágio: 11/1 e 13/1

Reflexão/Balanço da Semana

Foram desenvolvidas no ateliê metade das horas de estágio, considerando que se

assinalou feriado municipal de Óbidos no dia 11 de Janeiro.

Em relação a esta semana as actividades desenvolveram-se de acordo com o previsto,

com a observação de duas sessões, a primeira delas com um grupo de trabalho de 6º ano

que desenvolve no ateliê um projecto relacionado com a obra de Ulisses, trabalhada na

disciplina de língua portuguesa. A particularidade deste grupo relaciona-se com o facto

de estar a desenvolver esboços de uma história que ainda não foi iniciada na disciplina,

conhecendo apenas algumas personagens e factos. Decidem abordar as sereias, o cavalo

de tróia e o tecer de um manto. O profissional desafiou o grupo a desenvolver um

trabalho que fuja ao provável e as alunas conseguem criar um esboço que agrada o

profissional. Relativamente à turma de 2º ano esta usufrui apenas um pouco do horário

do ateliê, aproveitando essa hora para debater possibilidades de projectos para criar no

ateliê do barro, relacionado com as abelhas e a produção de mel. Uma vez que todos os

alunos trouxeram imagens de abelhas para trabalhar, o profissional aproveita então a

sessão para estimular os alunos para que estes realizem novos projectos, inspirados

pelas possibilidades e ideias do atelierista.

Relativamente ao restante período no qual não foram observadas sessões o trabalho

desenvolvido correspondeu a trabalho autónomo, relacionado com os registos de

sessões e a criação de um documento sobre o ateliê.

17ª Semana de Estágio: 18/1 e 20/1

Reflexão/Balanço da Semana

A semana iniciou com a participação de uma turma de 1º ano do CEB pertencente ao

Complexo Escolar dos Alvitos, este momento teve como objectivo concluir um projecto

iniciado pela docente, a realização de um livro para um concurso específico. Além da

docente esteve também presente no ateliê a profissional responsável pelo ateliê criativo

do respectivo complexo escolar de origem dos alunos. Posteriormente, neste mesmo dia,

foram observadas três sessões no período da tarde, um dos pontos-chave a destacar é a

nova orientação da dinâmica assumida pelo atelierista nas sessões.

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O profissional do ateliê confessa uma vez mais não estar satisfeito com a dinâmica

desenvolvida nas sessões, reforçando a ideia de que o modelo praticado tem sido muito

semelhante ao tradicional modelo de transmissão de conhecimentos na sala de aula. É

nesse sentido que as sessões apresentaram uma dinâmica experimental durante esta

semana. Esta mudança de orientação espelhou também várias conversas com os alunos,

com o objectivo de estimular os mesmos e fomentar a ideia de que as sessões irão

assumir uma nova postura. Um importante ponto a salientar é que existe bastante

trabalho a desenvolver com os alunos, no sentido de cortar a dinâmica que tem sido

praticada nos últimos meses, não bastando por isso alterar a práticas. Na generalidade os

alunos têm algumas limitações em relação à experimentação e à apresentação de ideias

de temas e materiais distintos.

Nesta semana de trabalho foram realizados vários momentos de reflexão/ponto de

situação com o profissional. Este trabalho foi fundamental para que algumas ideias

fossem desenvolvidas e trabalhadas no sentido de conseguir assumir uma postura

experimental, controlando o caos que se observa geralmente nestes momentos onde são

os alunos a conduzir o trabalho que desenvolvem.

Concluindo e salientando um ponto de destaque na semana foi a participação

extraordinária de duas profissionais no ateliê. A primeira profissional deslocou-se ao

ateliê por ter pedido o apoio do atelierista no desenvolvimento da capa de um livro que

realizou com a turma e irá a concurso. Por esse motivo o profissional convidou a

docente a trazer a sua turma para a realização da capa com a participação dos alunos,

considerando ser essa a opção que mais sentido teria, ao invés de a realizar a título

pessoal. A segunda profissional a deslocar-se ao ateliê para a dinamização de uma

sessão foi uma animadora do respectivo complexo escolar e que está a desenvolver um

projecto em azulejaria sobre os bordados de Óbidos. Estes dois momentos são avaliados

como positivos e espelham que o ateliê pode e deve ser um espaço que reúne a

intervenção de turmas onde as sessões estão integradas no currículo mas não só, a

participação da restante comunidade escolar é de elevada importância e deve ser

destacada.

18ª Semana de Estágio: 25/1 e 27/1

Reflexão/Balanço da Semana

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A semana iniciou com a observação de uma sessão excepcional já desenvolvida na

semana passada com a participação de uma turma de um outro complexo escolar. Esta

participação conta com os alunos, a respectiva docente e a atelierista do complexo

escolar do alvito. Um ponto positivo possível de destacar foi a articulação realizada no

sentido de desenvolver o trabalho em causa, considerando a participação e apoio de

vários profissionais seria necessária à execução do projecto proposto pela docente. Um

ponto negativo a destacar teve que ver com o facto de a docente ter chegado com cerca

de uma hora de atraso em relação à hora marcada, deixando sem feedback os dois

atelieristas.

Uma segunda sessão observada contou com alguma confusão, considerando que esta se

iniciou bastante bem e os alunos cooperaram com a nova dinâmica pretendida pelo

profissional. Esta nova orientação surge como ambição do profissional do ateliê em

relação à fomentação da criatividade dos alunos nas sessões, pretendendo assim que

estas sejam guiadas mais pelos próprios alunos do que pelo atelierista. Contudo alguns

alunos assumiram não estar interessados no tema escolhido em votação pela turma e não

foi feito muito esforço em conseguir um ambiente homogéneo em termos de

comportamento e concentração.

Foram observadas várias sessões, contudo uma sessão é pertinente de destacar por ter

resultado também ela da articulação de dois profissionais: uma animadora e o

atelierista. Estas sessões iniciaram-se na semana passada e relacionam-se com um

projecto de azulejaria, nesse sentido todo o trabalho de esboço foi realizado na sala com

a turma e a animadora, no entanto o processo de passar o desenho para azulejo e vidrar

os mesmos é realizado com o apoio do profissional do ateliê. É importante que outros

profissionais considerem a riqueza de recursos que têm ao unir esforços com vários

núcleos das Escolas D’Óbidos, nomeadamente neste caso o ateliê criativo e o ateliê do

barro. No final desta sessão foi realizada uma breve conversa com o objectivo de

reflectir sobre os primeiros resultados obtidos com este trabalho e a importância do

processo de execução do mesmo, bem antes do resultado final. Um outro exemplo desta

valorização do ateliê tem que ver com a intervenção de uma docente em específico, que

por várias vezes se desloca ao ateliê criativo no sentido de fazer um ponto de situação

do trabalho feito e possível de fazer, tanto ao nível de equipas educativas, bem como

das sessões específicas da turma.

19ª Semana de Estágio: 1/2 e 3/2

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Reflexão/Balanço da Semana

A semana iniciou-se com uma importante reunião com a equipa de animadores, o

atelierista e a responsável pelo gabinete de educação. Esta reunião teve como principal

objectivo realizar um ponto de situação do trabalho que os vários profissionais estão a

desenvolver. Todos os profissionais apresentam trabalhos já desenvolvidos, abordando

possibilidades e perspectivas de projectos futuros. Além dos trabalhos realizados com as

turmas, são referidos projectos como o Óbidos Anima, onde se realizam trabalhos de

vídeo para a sua apresentação. Bem como o projecto Story Center, um espaço físico na

vila de Óbidos que pretende contar a história do concelho, através da utilização de

alguns trabalhos dos alunos.

A sessão dinamizada com uma turma de 3º ano do CEB contou com uma dinâmica que

responde às orientações do profissional do ateliê no sentido de fomentar a criatividade

dos alunos e fugir ao modelo tradicional da sala de aula. Para a realização do trabalho

foram colocados vários materiais aos dispor dos alunos, após algum tempo de sessão era

observável que toda a turma realizava os trabalhos apenas com dois materiais.

Analisando esta situação o profissional cria uma regra para a utilização dos vários

materiais, obrigando os alunos a utilizar os mesmos. No final da sessão os resultados

foram analisados e a dificuldade dos alunos em experimentar os materiais disponíveis

foi destacada, existindo um reforço tanto da docente como do profissional no sentido de

incentivar os alunos na experimentação, realçando que no final todos foram capazes de

desenvolver os projectos em causa. Ainda nesta sessão o profissional lançou um alerta à

turma, no sentido avisar os alunos para o perigo das lagartas do pinheiro, existentes no

exterior da escola. Este alerta serviu para informar os alunos e consciencializar os

mesmos que este animal é perigoso, devendo manter-se afastados dos mesmos.

No segundo dia de estágio e durante uma hora de almoço um aluno desloca-se ao ateliê

com o objectivo de falar com o profissional e colocar no exterior da escola os desenhos

feitos para alertar para o perigo da lagarta do pinheiro. Uma vez que o profissional não

estava presente, este aguardou pelo menos e durante a espera aproveitou para colorir os

desenhos.

O restante dia foi ocupado com a observação de duas sessões, uma delas em regime

extraordinário, à semelhança do que tem sido feito, com a participação de uma turma

acompanhada por uma animadora. Além do tempo observação de sessões foi também

desenvolvido trabalho autónomo, fundamental para os registos de observações em

desenvolvimento para o contexto de estágio.

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20ª Semana de estágio: 8/02 e 10/02

Reflexão/Balanço da Semana

Esta semana correspondeu à interrupção lectiva para férias de carnaval, nesse sentido o

trabalho de estágio desenvolvido relacionou-se com o trabalho autónomo no sentido da

construção do documento relacionado com as observações realizadas às sessões de

ateliê.

Não existindo aulas alguns alunos estão presentes na escola, por ser dada essa

possibilidade nas interrupções lectivas. Aproveitando a escola sem o mesmo volume de

crianças são feitas várias limpezas profundas.

Foi desenvolvida uma sessão experimental a pedido que várias profissionais de um

outro complexo escolar das Escolas d’Óbidos, com crianças com idades compreendidas

entre os 4 e 5 anos.

21ª Semana de estágio: 15/02 e 17/02

Reflexão/Balanço da Semana

Desenvolveram-se ao longo da semana a generalidade das observações de

acordo com o agendado, considerando que uma sessão não ocorreu por ter sido

desenvolvida uma actividade relacionada com a biblioteca e dinamizada por uma

animadora.

Além da tarefa anterior é também recorrente a pausa para reuniões informais de

partilha e debate de ideias sobre possíveis dinâmicas a desenvolver com as várias

turmas. Uma dinâmica concreta resultou precisamente da ideia debatida para

desenvolver a sessão. Sobre esta dinâmica é de destacar a participação da docente na

actividade, que propunha aos alunos a organização de uma temática, bem como ideias

para desenvolver o tema. Foi importante fomentar os alunos para a importância de

escolher um tema, justificar a escolha, pensar sobre como querem descobrir factos sobre

o mesmo e por fim o que pretendem desenvolver. É de salientar que vários alunos

compreendem o papel experimental do ateliê, propondo por exemplo a vinda de pessoas

da comunidade para desenvolver determinado tema do qual são experientes

conhecedores e também a deslocação do ateliê para fora da escola.

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22ª Semana de estágio: 22/02 e 24/02

Reflexão/Balanço da Semana

A motivação dos alunos em relação ao tema desenvolvido no presente ano

lectivo no ateliê criativo é notória, considerando que são várias as crianças que visitam

o ateliê com animais/insectos que apanharam durante o intervalo das aulas, ou mesmo

em casa. Os animais são trazidos para que possam ser observados pelas várias turmas,

mas também para alimentar as lagartixas que habitam no espaço.

À semelhança do que ocorre normalmente além da observação das sessões são

vários os momentos em que o profissional debate sobre as sessões que irá desenvolver,

estas conversas informais permitem uma partilha de ideias e de soluções que seriam

distintas no caso de o profissional trabalhar sozinho no ateliê. Este acompanhamento de

debate e reflexão é realizado antes e após as sessões, sendo de extrema importância para

a melhoria das práticas deste profissional.

Um ponto positivo a destacar tem que ver com o retomar da participação de dois

alunos de uma turma específica no momento das equipas educativas. Considerando que

das duas turmas de 2º ano do CEB apenas uma se deslocava ao ateliê, este facto pode

dever-se à não valorização do ateliê criativo por parte do docente ou simplesmente por

desconhecer a sua importância e capacidade.

Uma animadora tem colaborado bastante com o ateliê, no sentido de pedir o

apoio do profissional num projecto de azulejaria e recentemente na utilização do

retroprojector que se encontra no mesmo espaço. Estes momentos são positivos, uma

vez que aproxima os vários profissionais da escola, permitindo aos alunos beneficiar da

possibilidade de trabalhos que são desenvolvidos.

23ª Semana de estágio: 29/02 e 02/03

Reflexão/Balanço da Semana

A semana de estágio desenvolveu-se de acordo com as actividades estabelecidas,

as sessões são observadas e um momento adicional importante que ocorre tem que ver

com as reflexões desenvolvidas.

Uma tarefa que ocorreu esta semana e é várias vezes desenvolvida esteve

relacionada com o apoio ao atelierista nas deslocações ao forno da escolha, com o

objectivo de cozer as peças que os alunos desenvolvem no ateliê do barro.

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As parcerias do ateliê com uma profissional animadora têm continuado,

aproveitando algum do tempo livre que o profissional tem no seu horário. Estes

momentos acontecem para articular recursos, optimizando ao máximo os trabalhos que

são possíveis de desenvolver.

As sessões no ateliê têm vindo a ser encaradas com uma nova dinâmica que

fomenta a capacidade de pesquisa dos alunos. É importante realçar que apesar dos

esforços do profissional do ateliê são poucos os alunos que realizam a respectiva tarefa.

Esta semana esse apelo tem sido reforçado pelo profissional com o apoio das docentes

observadas.

Um momento importante na sessão tem que ver com a participação de um

convidado nas sessões, uma vez que o pai e um aluno se deslocou à escola para dar o

seu contributo no tema sobre o cavalo. Os alunos foram bastante participativos,

colocando inúmeras questões, também a docente se demonstrou bastante interessada. Na

fase final da sessão teria sem qualquer dúvida sobrado tempo para mais tempo de

conversa, considerando o respectivo convidado familiar de um aluno, propôs ao

profissional uma possível deslocação da turma ao espaço onde o próprio possui vários

cavalos.

24ª Semana de estágio: 07/03 e 09/03

Reflexão/Balanço da Semana

A semana decorreu dentro da normalidade. Sendo realizadas as actividades de

observação e apoio ao ateliê criativo. É importante destacar a contínua necessidade que

existe de reflexão em relação ao trabalho que é feito e às dinâmicas que são escolhidas

para o desenvolvimento das sessões. Um caso específico foi observado nesta semana de

estágio, quando uma turma demonstra incapacidade de respeito mútuo quando existem

apresentações individuais sobre um tema. Os alunos foram incapazes de assumir a

importância de “ouvir o outro”, mesmo após várias interrupções da sessão. Por um lado

os alunos estavam entusiasmados com a temática e a possibilidade de apresentar

aspectos à turma sobre o tema escolhido. Por outro lado, estando no papel de ouvinte os

alunos perdiam o interesse conversando entre si e brincando. O profissional demonstrou

algumas angústias em relação a esta situação, assumindo que as várias tentativas ao

longo da sessão não foram capazes de resolver o problema.

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Surgindo desafios, como surgem a cada sessão e a cada semana, é fundamental a

discussão de ideias sobre as realidades observadas. Ou seja, no caso específico de mau

comportamento e desrespeito pelo outro são colocadas em cima da mesa várias

hipóteses: uma delas a possibilidade de dinamizar uma actividade direccionada

especificamente para essa questão.

Parte do tempo livre do atelierista foi esta semana várias vezes utilizado para

auxiliar alunos e uma animadora num projecto concreto. Esta questão é positiva e tem

vindo a ser observada de forma regular. Observa-se também que são vários os

momentos em que antigos alunos do complexo escolar se deslocam ao ateliê com o

objectivo de visitar o respectivo profissional.

No restante período de estágio, quando não existem sessões para observar, o

tempo é utilizado no desenvolvimento do documento que irá ser entregue ao gabinete de

educação no final do período de estágio.

25ª Semana de estágio:14/03 e 16/03

Reflexão/Balanço da Semana

A semana decorreu com a observação de poucas sessões em relação ao

programado no horário semanal. Em parte por ser a semana Josefa de Óbidos, onde são

desenvolvidas actividades por toda a escola, e em parte pelo profissional ter saído mais

cedo por motivos pessoais num dos dias de estágio.

Uma actividade teve extrema importância na dinâmica da turma de 3º ano

observada. Por serem observados de forma recorrente comportamentos menos

adequados, o profissional reflectiu sobre a importância de desenvolver dinâmicas de

grupo. Na sessão em concreto foram observadas várias dinâmicas, tendo a mais

importante que ver com a capacidade de compreensão da importância de reflectir,

esperar e saber ouvir o outro. Foram observadas enormes dificuldades na turma e a

actividade não foi concluída. No entanto é fundamental realçar que se observou uma

melhoria no comportamento dos alunos no final da sessão, com a turma mais calma e a

ouvir a opinião do atelierista. Estas actividades são fundamentais para articular várias

aprendizagens e dificuldades sentidas na sala de aula e também no ateliê.

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26ª Semana de estágio:04/04 e 06/04

Reflexão/Balanço da Semana

Semana correspondente ao início do 3º período de aulas, onde os alunos

iniciaram as sessões do primeiro dia de aulas com alguma agitação. Este

comportamento traduziu algumas situações de mão comportamento nas sessões

observadas.

Além das actividades de observação realizadas normalmente em contexto de

estágio no primeiro dia de aulas a sala do ateliê criativo arrumada de acordo com as

necessidades para a dinamização de sessões. O espaço encontrava-se alterado devido à

necessidade de utilização do espaço durante a interrupção lectiva da Páscoa para a

realização de uma reunião organizada pelo gabinete de educação.

Considerando o início do 3º período o atelierista realizou uma reflexão sobre as

actividades desenvolvidas na escola durante as férias, considerando a participação de

uma escola do agrupamento que trabalhou azulejaria no Ateliê do Barro. Esta reflexão

fomentou também a realização de um ponto de situação em relação às sessões do 2.º

Período de aulas.

É importante destacar a participação de uma docente que propôs um tema para

as sessões da turma. Esta articulação com o atelierista é fundamental para melhorar o

papel do ateliê no contexto de cada turma. O próprio profissional realça essa

necessidade, destacando a respectiva docente como a que mais participa dando temas e

actividades, mas também pedindo feedback sobre as sessões que se desenvolvem e nas

quais está ausente.

27ª Semana de estágio:11/04 e 13/04

Reflexão/Balanço da Semana

Ao longo da semana são realizadas reuniões informais de discussão sobre

algumas das preocupações centrais do profissional: Os momentos de mau

comportamento observados nas sessões, bem como a atitude do próprio atelierista na

gestão desses momentos. Este profissional assume uma postura de constante adaptação,

alteração a estratégias usadas frequentemente com o objectivo de melhorar a gestão dos

comportamentos observados no ateliê.

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Durante esta semana, de acordo com o iniciado na semana passada o ateliê

continua a ser o espaço onde quatro alunas desenvolvem um projecto em três dimensões

sobre o sistema urinário. O profissional apoiou em breves momentos as alunas,

fomentando também o trabalho autónomo das mesmas, realidade observada

considerando que estas permanecem algumas vezes sozinhas no ateliê criativo,

registando um comportamento adequado.

Uma sessão não ocorreu durante esta semana, considerando que os alunos não

apareceram e não foi dada qualquer explicação previamente à hora prevista para a sua

dinamização. A ausência de explicação para os alunos não terem estado presentes na

sessão é uma situação não habitual mas que ocorre algumas vezes. O atelierista acaba

por não estar preparado para estas situações, contando com a presença dos alunos. São

situações desnecessárias e que espelham alguma falta de comunicação.

Além das sessões estipuladas no horário do profissional do ateliê têm sido

observados alguns momentos onde o atelierista auxilia alguns alunos no

desenvolvimento de uma tela relacionada com o trabalho que a turma desenvolve com a

respectiva animadora. Esta actividade tem registado a ausência da profissional, sendo

requerido o apoio total do animador.

28ª Semana de estágio:18/04 e 20/04

Reflexão/Balanço da Semana

Início da semana com a observação da reunião realizada no dia 18 de Abril na

Escola Josefa de Óbidos, com o objectivo de reunir todos os animadores do

agrupamento, realizando-se a apresentação dos projectos que estes se encontram a

desenvolver. Os vários projectos têm relação com o concelho, com elementos históricos

como o aqueduto ou as muralhas, mas também com a Lagoa de Óbidos e vários rios ou

mesmo com temas da actualidade como os refugiados. A generalidade dos trabalhos são

desenvolvidos nas escolas ou com recurso a deslocações ao exterior, realçando um dos

projectos de uma animadora do Complexo Escolar dos Arcos que conta com o apoio

dos Encarregados de Educação, procurando estimular também a participação destes. Na

generalidade os projectos correspondem a desenhos, pinturas, cerâmica e vídeos,

observando-se alguma falta de capacidade de muitos animadores na edição dos

respectivos vídeos.

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Foram observadas três sessões com trabalhos em barro, duas destas relacionadas

com o tema dos animais, uma turma moldou cavalos enquanto outra turma desenvolve

pinguins. A terceira sessão de trabalho com barro caracteriza o tempo de equipas

educativas, onde estão a ser desenvolvidos projectos para o dia da mãe.

No segundo dia de estágio foram observadas sessões que representam a

continuidade dos trabalhos em desenvolvimento. A turma do 2º ano desenvolve um

trabalho que pretende desenvolver um teatro de sombras sobre a natureza, nesse sentido

esta semana foi preparado um espaço no ateliê com um foco de luz e um lençol para

melhor as condições necessárias. Denota-se no entanto poucos avanços no

desenvolvimento de uma história concreta, optando-se uma vez mais pela

experimentação. Relativamente à turma do 6º ano este continuam o trabalho em grupos

sobre o tema do Ulisses, obra estudada e que será tema no ateliê até ao fim do ano

lectivo.

29ª Semana de estágio:27/04

Reflexão/Balanço da Semana

Semana mais breve que o estipulado devido ao feriado de 25 de Abril.

Inicialmente é realizada uma conversa sobre as possibilidades de trabalho com a turma

do 2º ano do CEB, considerando os poucos avanços observados nas duas sessões

anteriores e analisando também a escassez de aprendizagens realizadas.

A primeira sessão não ocorre, com a justificação da docente de que a turma de 6º

ano se encontra bastante atrasada na matéria da disciplina de língua portuguesa,

necessitando dos 90 minutos de sessão do ateliê para trabalhar. O docente aproveita este

inesperado tempo livre para realizar actividades relacionadas com o Ateliê do Barro e o

respectivo forno. O período foi destinado ao trabalho autónomo de transcrição e

organização de observações.

No período da tarde o profissional dedicou o tempo a uma sessão alargada com a

turma do 2º ano, desenvolvendo o trabalho para o dia da mãe. Ao longo deste período o

profissional apoiou diversos alunos, ao nível de aplicação de corantes e de vidrados.

Contudo não foi atingido o objectivo estipulado pelo atelierista de concluir todos os

trabalhos e colocar os mesmos no forno, por falta de tempo.

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30ª Semana de estágio: 02/05 e 04/05

Reflexão/Balanço da Semana

As sessões observadas ao longo da semana representaram por um lado, a

continuação dos trabalhos que se têm vindo a desenvolver ao nível de animais em

cerâmica. E por outro, representaram a introdução de novas estratégias de trabalho,

nomeadamente o 2º. Ano que no período das Equipas Educativas contou com a presença

de duas alunas que tiveram oportunidade de experimentar um novo curso: desenho

utilizando carvão. A mesma turma desenvolveu esta semana um novo projecto para

trabalhar um tema proposto pela docente: As sombras. Através da criação de silhuetas

em cartolina e o retroprojector será criada uma história, considerando que utilizar as

sombras dos corpos dos próprios alunos representou algumas dificuldades de execução

devido às condições do ateliê.

Uma turma voltou a não estar presente no ateliê, sem qualquer explicação

prévia, deixando de novo o profissional surpreso com a situação. Reflectindo sobre a

respectiva situação é referido que a docente faz um esforço por articular a turma com o

ateliê, realidade que não é observável nas restantes turmas de 2ª. Ciclo. No entanto é

fundamental que as impossibilidades de presença no ateliê sejam conversadas com o

atelierista.

É realizada também uma reunião informal de reflexão sobre as dinâmicas do

ateliê, o profissional realça a realidade observada com uma turma de 1º. Ano. A docente

assume a postura de observadora durante as sessões e posteriormente realiza com a

turma reflexões sobre as aprendizagens realizadas, os alunos possuem nos diários

gráficos desenhos sobre os momentos vividos no ateliê. O atelierista assume a

necessidade de aumentar os registos feitos ao longo das sessões, considerando

momentos específicos observados. É utilizado o exemplo de alunos que no Ateliê do

Barro partilham aprendizagens realizadas com os colegas que demonstram mais

dificuldades.

O ateliê foi visitado brevemente por um actor que irá trabalhar com o município

precisamente na área do teatro. Nesta fase o profissional, como ocorre habitualmente,

apresentou o Ateliê Criativo e o Ateliê do Barro.

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31ª Semana de estágio: 09/05 e 11/05

Reflexão/Balanço da Semana

Observação de uma reunião sobre uma entrevista que será realizada com a Universidade

de Harvard para concorrer a uma rede de financiamento de apoio a projectos Reggio

Emilia, onde a coordenadora do GED irá pedir auxílio em relação às questões dos

registos de sessão e da documentação. Estão presentes na reunião dois atelieristas e

duas profissionais do GED, uma delas a coordenadora do respectivo gabinete. A

coordenadora conversa sobre a estrutura possível da respectiva entrevista/reunião.

Inicia-se com a possível apresentação dos intervenientes, posteriormente seria

fundamental que cada atelierista apresente brevemente o trabalho desenvolvido no

ateliê. A profissional refere também a importância de apresentar fotografias durante a

entrevista que será realizada através de skype. Em relação ao envolvimento da família

são referidos os diários gráficos, o Óbidos Anima e a presença de familiares no

desenvolvimento das sessões, como exemplos. A coordenadora do GED realiza uma

revisão dos conceitos que serão abordados na reunião, referindo que irá desenvolver um

documento orientador.

Ao longo da semana são preparados trabalhos de todas as turmas para preparar o Óbidos

Anima, pedindo a participação dos alunos na construção da exposição da exposição para

apresentar o ateliê criativo aos encarregados de educação.

32ª Semana de estágio: 16/05 e 18/05

Reflexão/Balanço da Semana

Realizou-se no dia 16 uma reunião no Ateliê Criativo com o intuito da

organização de uma reunião que se irá realizar futuramente, considerando o momento

da semana anterior que iniciou este processo. As duas profissionais do GED realizam

um ponto de situação com dois atelieristas, considerando também a apresentação dos

ateliês no Óbidos Anima. Os atelieristas articulam primeiramente sobre o Óbidos

Anima, posteriormente inicia-se a revisão do que será apresentado na respectiva

entrevista com a Universidade de Harvard. O tema central desta reunião será em torno

das principais dificuldades encontradas no desenvolvimento dos ateliês: o registo das

sessões e o que será abordado.

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No restante período da semana foi desenvolvido trabalho autónomo no sentido

da construção do relatório de observações. Além de terem sido desenvolvidas tarefas de

apoio à exposição do ateliê para a apresentação da Fábrica da Criatividade.

No dia 20 de Maio o Complexo Escolar dos Arcos abriu portas pelas 21h para a

apresentação da Fábrica da Criatividade à comunidade. Foram observadas centenas de

pessoas que estiveram na escola para observar o trabalho que os alunos desenvolvem

com os animadores. Num percurso delimitado foram expostos trabalhos ao longo de um

corredor que liga o átrio da escola aos Ateliês Criativo e do Barro. Alguns alunos

aceitaram as sugestões dos animadores e optaram por estar junto dos trabalhos

desenvolvidos para explicar os mesmos aos visitantes. Posteriormente à exposição foi

apresentado o Óbidos Anima no exterior da escola, através da visualização de vídeos

criados pelos animadores com o apoio dos alunos do 1º ciclo. O balanço da actividade é

positivo, apesar de não ter contado com a generalidade dos encarregados de educação

foi observável a forte adesão da comunidade.

33ª Semana de estágio: 23/05 e 25/05

Reflexão/Balanço da Semana

A semana desenvolveu-se em torno na elaboração do relatório de observações. Em

relação ao ateliê criativo foram dinamizadas poucas sessões considerando algumas

actividades a ocorrer na escola e o facto da generalidade dos trabalhos estarem em fase

de conclusão.

34ª Semana de estágio: 30/05

Reflexão/Balanço da Semana

O último dia de estágio correspondeu à conclusão do respectivo relatório de

observações e posterior entrega do mesmo à coordenadora do gabinete de educação e

também ao atelierista do Complexo Escola. Conclusão do dia de estágio com alguns

momentos de conversa informais sobre o estágio curricular realizado.

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Anexo II – Guião da

entrevista de

caracterização do Gabinete

de Educação

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Guião de Entrevista 1

- Responsável pelo Gabinete de Educação das Escolas D’Óbidos: Ana Sofia Godinho.

Objectivo geral

Caracterizar o gabinete de educação.

Objectivos específicos

- Analisar a articulação: Autarquia – Gabinete – Escola (Ateliê).

- Conhecer o campo de acção dos profissionais do gabinete.

- Conhecer a realidade escolar de Óbidos.

Bloco Temático Questões Orientações

I – Legitimação da

Entrevista

- A entrevista que se segue tem como principal

objectivo conhecer o gabinete de educação, a sua

equipa de profissionais e também algumas das

dinâmicas existentes entre o município e a

educação.

- A presente entrevista será gravada e os dados

recolhidos serão para o uso exclusivo académico.

Concorda com as condições apresentadas?

Podemos gravar?

II – O percurso

profissional e

académico da

entrevistada

- Tem formação na área da educação, sendo

responsável por um gabinete que desenvolve

trabalho precisamente na área. Pode descrever o

seu percurso e áreas de maior interesse a nível

académico?

- O seu percurso profissional esteve sempre

ligado à área da educação?

III – O Gabinete de

Educação

- Quais são as principais competências do

gabinete de educação?

- Quantos profissionais integram o gabinete de

educação?

- O gabinete de educação está localizado num

complexo escolar, contrariamente ao que

acontece em outras autarquias do país. Quais são

as mais-valias desta realidade?

Adaptar

questões

conforme a

ASG for

respondendo

neste bloco.

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- Em relação ao Ateliê Criativo, quais são os

papéis do Gabinete no desenvolvimento dos

variados ateliês?

IV – O município e

a educação

- Como é que caracterizaria a envolvência do

município na educação?

- Consegue desenvolver uma descrição do antes e

depois da realidade escolar de Óbidos com o

contrato de autonomia?

- Considera que a população (além dos E.E.) do

município representa um elemento importante na

educação em Óbidos? Existe esta participação?

V – Conclusão da

entrevista

A entrevista está concluída. Existe mais alguma

coisa que desejaria acrescentar? Agradecemos a

disponibilidade!

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Anexo III – Guião das

entrevistas do projecto de

investigação

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Guião de Entrevista - Investigação

Objectivos Gerais

1. Caracterizar as percepções dos actores participantes no projecto educativo

escolar sobre a oferta educativa escolar em Óbidos.

2. Caracterizar as percepções dos actores participantes no projecto educativo local

sobre a Fábrica da Criatividade.

Bloco Temático Questões Orientações

Bloco I

– Legitimação da

Entrevista

- Apresentar os objectivos da entrevista.

- A presente entrevista será gravada e os

dados recolhidos serão para uso exclusivo

académico. Concorda com as condições

apresentadas? Podemos gravar?

Bloco II

– O projecto

educativo escolar

da CM Óbidos

- Como caracteriza a situação da educação

escolar em Óbidos?

- Como caracteriza a intervenção do

município no desenvolvimento da educação

em Óbidos?

- Quais os aspectos positivos e negativos da

intervenção do município no desenvolvimento

de políticas educativas?

- Que balanço faz das mudanças da

intervenção da autarquia ao longo da última

década?

- Como descreveria as prioridades e principais

orientações que a autarquia dá à sua acção no

campo da educação escolar?

Considerando aspectos como: Sucesso Escolar/

Ideais de Criatividade e

Inovação Defendidos/

Investimento da CMÓbidos.

Bloco III

– O projecto

Fábrica da

Criatividade

- Que balanço faz da iniciativa Fábrica da

Criatividade implementado nas Escolas

D’Óbidos?

- Como descreveria a participação da

Considerando as várias

iniciativas que o projecto integra: Ateliês

Criativos, Óbidos

Anima, StoryCenter…

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comunidade local nas iniciativas

desenvolvidas na Fábrica da Criatividade?

Bloco IV

– Finalização da

Entrevista

- Concluindo a entrevista, existe algum

aspecto que gostaria de acrescentar?

- Agradecemos a disponibilidade e tempo

dispensado.

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Anexo IV – Transcrição da

Entrevista 1

(Coordenadora do GEG)

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Transcrição de Entrevista 1

- Responsável pelo Gabinete de Educação das Escolas D’Óbidos: Ana Sofia Godinho

(ASG).

Entrevistadora (E): A entrevista que se segue tem como principal objectivo conhecer o

gabinete de educação, a sua equipa de profissionais e também algumas das dinâmicas

existentes entre o município e a educação.

A presente entrevista será gravada e os dados recolhidos serão para o uso exclusivo

académico. Concorda com as condições apresentadas? Podemos gravar?

Entrevistada (ASG): Sim.

E: Tem formação na área da educação, sendo responsável por um gabinete que

desenvolve trabalho precisamente na área. Pode descrever o seu percurso e áreas de

maior interesse a nível académico?

ASG: Portanto eu terminei a licenciatura em Ciências da Educação em Coimbra,

terminei em 2002. Depois fiz um curso de especialização na área da administração

educacional em Lisboa, no Instituto de Educação e depois conclui o mestrado em

Coimbra em Ciências da Educação. Na altura a minha área de interesse era a

administração educacional, sendo que a dada altura percebi que embora ainda seja uma

área que ainda goste muito, a questão da educação de infância e das pedagogias é uma

área que cada vez tenho mais interesse. Portanto era uma área que eu gostava de

explorar ainda mais no futuro.

E: O seu percurso profissional esteve sempre ligado à área da educação?

ASG: Sempre, esteve sempre ligado. Eu iniciei o meu percurso profissional mal acabei

a licenciatura, portanto o meu percurso profissional tenho-o realizado sempre aqui.

E: Passando ao bloco temático sobre o Gabinete de Educação. Quais são as principais

competências do gabinete de educação?

ASG: O gabinete na altura surgiu - o serviço de educação -, para responder a um

conjunto de competências que estão estabelecidas na legislação. Na altura foi para criar

a carta educativa, na altura também constituímos o conselho municipal de educação,

criámos uma rede municipal da componente de apoio à família, que se chama o

programa Crescer Melhor. No entanto em dada altura nós começámos a desenvolver

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alguns projectos que iam para além das competências, daquilo que estava estabelecido

na legislação, por isso hoje o nosso campo de intervenção está muito mais alargado para

aquilo que as coisas estão definidas na legislação. Neste momento o gabinete está

sediado numa escola, o que não é muito comum nós encontrarmos, isto fez com que nós

trabalhássemos numa intervenção muito mais próxima com os professores, com os

alunos e com as famílias. Temos uma equipa multidisciplinar, há pessoas ligadas à

educação mas também há pessoas com formação nas áreas sociais, e que desenvolvem

alguns projectos de intervenção, é uma intervenção sistémica. Ou seja, daí também o

objectivo de criar esta equipa multidisciplinar.

E: Em relação ao Ateliê Criativo, quais são os papéis do Gabinete no desenvolvimento

dos variados ateliês?

ASG: Portanto o Ateliê surge por uma iniciativa do serviço de educação do município,

na altura a questão da educação de infância era uma questão muito importante para nós,

estabelecemos uma parceria, numa rede europeia com Reggio Emilia e o ateliê por

influência do projecto que nós tínhamos com Reggio. O nosso papel primeiro foi

implementar, ou conceber o projecto e ir acompanhando. Como é que nós fazemos isto?

Nós estabelecemos qual é a metodologia que nós usamos no ateliê, ou seja, nos

percebemos cedo que aquilo que acontecia na educação era um ensino extremamente

tradicional, nós tínhamos um conjunto de prioridades no município ligadas às questões

da criatividade e inovação. Nestas prioridades estavam áreas como a educação, a

economia, como a cultura, como o turismo… E portanto nós na área da educação

tínhamos de perceber o que é que poderíamos desenvolver e daí que surge também o

programa do ateliê e depois a fábrica. Ou seja, o ateliê surge para dar resposta a essas

duas prioridades: A criatividade e a inovação como estratégias de desenvolvimento do

território. Nós ao assumirmos que a escola era uma escola muito tradicional o ateliê

servia para criar aqui um equilíbrio na escola que permitisse que as crianças pudessem

desenvolver projectos e ter acesso a um conjunto de outras metodologias muito mais

centradas no aluno do que no professor. Daí que surge o ateliê, o nosso papel é ir

acompanhando, é definir a metodologia, é supervisionar o trabalho que a pessoa que

está no ateliê, que nós chamamos atelierista, supervisionar as práticas pedagógicas

deles, fazer uma espécie de uma medicação entre o atelierista e o professor e ir

acompanhando os projectos que estão a ser desenvolvidos.

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E: Em relação ao município e a educação: Como é que caracterizaria a envolvência do

município na educação?

ASG: Este município nunca foi, como eu dizia no início, o município nunca foi um

município que se limitasse a fazer uma intervenção com aquilo que estava estabelecido

na legislação. E portanto é um município que percebe desde sempre, pelo menos desde

que eu estou cá desde 2002, que a educação é uma das grandes prioridades de

intervenção. Daí que haja esta disponibilidade de ser desenvolvido um conjunto de

projectos, de programas e de estratégias no seio da comunidade educativa exactamente

para potenciar aqui o sucesso. Obviamente que a questão do sucesso educativo é uma

questão muito importante para nós, nós sabemos que os resultados não são muito bons.

Portanto, aí com o projecto educativo municipal que está a ser desenvolvido neste

momento, também exerce como resposta de combate a este insucesso. Estão a ser

estabelecidas um conjunto de medidas para combater este insucesso, medidas que estão

no projecto educativo municipal mas que depois vão-se espelhar no projecto educativo

do agrupamento de escolas. Portanto o município tem um papel sempre, ou sempre teve

um papel muito activo nesta questão da educação.

E: Considera que a população (além dos E.E.) do município representa um elemento

importante na educação em Óbidos? Existe esta participação?

ASG: A questão da comunidade é sempre muito importante para nós, e nós falamos nos

projectos que estamos a desenvolver no município, obviamente que os pais são

importantes… Mas também temos que olhar para além da questão das famílias e há um

conjunto de parceiros que são sempre para nós extremamente importantes, que vão

trazer sempre mais-valias. Sejam instituições como a Fundação Gulbenkian, sejam

locais como o Parque Tecnológico, sejam as universidades, sejam investidores. Ou seja,

nós tentamos sempre abrir o maior leque de parcerias porque temos noção de que todas

estas relações que nós criamos com as pessoas vão-nos trazer mais conhecimento para

outras formas de interpretar aquilo que nós estamos a fazer.

E: - Consegue desenvolver uma descrição do antes e depois da realidade escolar de

Óbidos com o contrato de autonomia?

ASG: O município já tinha uma visão diferente e portanto, de facto, acabou por assumir

aqui um papel quase piloto do que é que poderia ser esta questão da descentralização.

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Foi um processo que se iniciou em 2005, este processo de negociação, este contrato

interadministrativo de delegação de competências veio permitir que o município

delegasse na escola e que houvesse aqui um maior poder local, ou no território, para o

desenvolvimento de determinando tipo de projectos. Obviamente sendo que ainda

estamos numa primeira fase há ainda algumas coisas que podem ser mais

desenvolvidas. Penso que esta parceira com a Universidade Católica do Porto que está a

monitorizar este processo todo também está a facilitar também de alguma forma esse

processo de negociação e de implementação no terreno.

E: A entrevista está concluída. Existe mais alguma coisa que desejaria acrescentar?

ASG: Não, não.

E: Agradecemos a disponibilidade!

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Anexo V - Transcrição da

Entrevista 2 (Director do

Agrupamento de Escolas

Josefa de Óbidos)

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Transcrição de Entrevista 2

- Director do Agrupamento de Escolas Josefa D’Óbidos (DA)

Entrevistadora (E): Passo a apresentar os objectivos gerais da entrevista: Caracterizar

as percepções dos actores participantes no projecto educativo escolar sobre a oferta

educativa escolar em Óbidos, e caracterizar as percepções dos actores participantes no

projecto educativo local sobre a Fábrica da Criatividade.

E: A presente entrevista será gravada e os dados recolhidos serão para uso exclusivo

académico. Concorda com as condições apresentadas? Podemos gravar?

Entrevistado (DA): Sim, na condição depois de obter uma cópia que me enviasse por

mail para fazer parte do espólio da biblioteca.

E: Como caracteriza a situação da educação escolar em Óbidos?

DA: É assim… A situação escolar em Óbidos é bastante rica e pretende-se muito

enriquecedora para todos os alunos. Pretendemos que todos os alunos tenham acesso a

dimensões de caracter cultural, artístico, desportivo… Além do próprio conhecimento,

os conhecimentos científicos e técnicos são sempre ministrados. Para além destes, há a

vertente artística, desportiva. As artes são muito importantes para Óbidos e não é por

acaso que este agrupamento se chama Josefa de Óbidos, queremos fazer jus à dimensão

artística e queremos não só, ela [Josefa de Óbidos] era na dimensão de pintura, nós

queremos abranger o máximo das vertentes da arte. E queremos que os alunos que saem

do no nosso agrupamento tenham competências para além das tais competências

técnicas e científicas, também para além dessas, desportivas, artísticas e culturais…

Tenham uma dimensão humana o mais enriquecida que nós conseguirmos. Queremos

que os alunos, os jovens, que saem deste agrupamento, estejam preparados para uma

realidade futura que não sabemos qual vai ser. Confesso-lhe que não sei, então, para

suprir às necessidades a que eles vão estar condicionados, vão estar sujeitos, temos que

abrir perspectiva para que eles consigam dar resposta às solicitações que venham a ter,

tanto no campo profissional, como no que respeita ao futuro académico.

E: Como caracteriza a intervenção do município no desenvolvimento da educação em

Óbidos?

DA: O município tem um papel fundamental, é o parceiro de excelência. Existe uma

proximidade não só por força do acordo interadministrativo da delegação de

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competências que foi assinado no ano passado. Mas já existia uma grande tradição de

cooperação, de parceria com o município. Não é por acaso que nós temos as instalações

que temos, não sei se conhece? Não existe, não conheço concelho que tenha estas

condições em termos físicos e em todas as dimensões. Por exemplo, no que respeita ao

domínio desportivo é muito raro o agrupamento que tem à sua disposição quatro

pavilhões, como acontece em Óbidos. E isto é muito enriquecedor, facilita muito ao

agrupamento o desenvolvimento de actividades e dou-lhe um exemplo: Um curso que

nós temos a terminar no 12º e pretendemos reabrir no próximo ano, de técnico de apoio

à gestão desportiva, é viável porque temos essas condições em termos de pavilhões. E

como estas outras, por exemplo, temos um curso profissional também de restauração e

serviço de mesa que só nos é possível ter com as características que temos e com a

dimensão que tem, com o bom funcionamento que tem, graças aos equipamentos e

instalações que temos para esse efeito. Todas as nossas salas também, por iniciativa do

município… É que ao contrário do que aconteceu com muitas escolas, muitas foram

requalificadas através do Ministério da Educação, através da Parque Escolar, aqui em

Óbidos não. Mais uma vez, outra vertente em que o município teve a preocupação, foi

de ser o próprio município a edificar ou a requalificar por exemplo, esta escola, tendo e

com o bom entendimento de que o município melhor poderia dar resposta às

necessidades que são específicas deste agrupamento de escolas. O mesmo aconteceu

com as escolas, com os complexos, tanto dos Arcos, como do Alvito como do

Furadouro.

Depois existem imensas dimensões, na dimensão por exemplo dos eventos, temos

muitos alunos que beneficiam dos eventos. Eu falo do Fólio, por exemplo, as nossas

turmas participaram em muitas actividades. Houve exposições que vieram a Óbidos por

causa do Fólio e isso proporcionou, por exemplo, a que após estar no Fólio uma das

exposições viesse para a escola, que possibilitou que os professores de português, por

exemplo, fizessem uma exploração da temática.

E: Quais os aspectos positivos e negativos da intervenção do município no

desenvolvimento de políticas educativas?

DA: Eu só tenho a apontar aspectos positivos, é um elemento muito facilitador. O

acordo interadministrativo possibilita que, numa lógica de maior proximidade,

obviamente que temos maior proximidade até física com o município do que com o

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ministério. Então existem muitas vertentes cujas competências foram delegadas para o

município, que o município muitas delas delegou no próprio agrupamento de escolas e

traduz-se em tudo em benefícios, sinceramente não consigo apontar desvantagens.

Muitas das vantagens foram as que eu enumerei anteriormente mas não estou, de

certeza, a lembrar-me de todas e seria impossível lembrar-me de todas. Olhe, mais uma

vertente, para dar resposta aos alunos que têm necessidade de ter acompanhamento no

âmbito do Centro de Recursos para a Inclusão (CRI), anteriormente era o CRI da

Nazaré que intervinha neste agrupamento de escolas. Por força da vontade e

proporcionado pelo aproximar, portanto o tal acordo de delegação de competências e no

âmbito do aproximar educação neste momento os técnicos são técnicos recrutados

localmente. O que acontecia era essa situação, os técnicos da Nazaré passavam

praticamente tanto tempo em viagem como em contacto, em trabalho directo como os

nossos alunos, pelo menos nessa vertente já os alunos estão a ganhar. E a preocupação,

é uma coisa que é sempre visível, é que a preocupação do município não tem aquele

cariz político… Existiu para aí alguma concepção da municipalização da educação, que

prossupõe um bocado mandar na escola, ora isso não acontece. A preocupação é de

trazer benefícios para os alunos e esta é mais uma vertente em que só temos a louvar,

porque isto traduz-se em que a preocupação do município é a nossa preocupação, que é

dar o melhor aos nossos alunos.

Também noutro âmbito, o município de Óbidos… É assim, eu estou cá há um ano e tal

e tinha no meu projecto de intervenção criar um gabinete de apoio ao aluno, só que é

dos que eu não vou conseguir fazer porque quando cá cheguei já estava criado o Núcleo

Interdisciplinar Municipal de Óbidos (NIMO), criado pelo município. Mais uma

vertente em que para dar resposta às necessidades por exemplo em psicologia, nesse

núcleo temos representada a nossa educação especial, temos facultado pelo município

uma psicóloga, uma técnica em bullying, uma terapeuta ocupacional, além da saúde, a

Dr.ª. Fátima Pais, da autoridade de saúde de Óbidos também está presente… É uma

equipa multidisciplinar que dá resposta às múltiplas necessidades que vão surgindo ao

longo do processo educativo.

E: Que balanço faz das mudanças da intervenção da autarquia ao longo da última

década?

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DA: Em relação a esta última década, Óbidos tem por tradição um grande apoio à

educação. Esse apoio, na última década, sempre foi visível esta interacção muito

positiva com a escola. Mas já anteriormente, e eu trabalhei no concelho de Óbidos há

cerca de 30 anos, e já nessa altura havia uma grande preocupação com a educação. Essa

preocupação sofreu um grande incremento quando o Dr. Telmo Faria foi presidente da

câmara e a partir daí tem sido, esse patamar tem sido continuado, o que se tem traduzido

num grande benefício para os alunos de Óbidos.

E: Como descreveria as prioridades e principais orientações que a autarquia dá à sua

acção no campo da educação escolar?

DA: Não existem orientações, existe uma parceria e felizmente que essa visão que o

município apresenta é uma visão de proximidade, não autoritária, mas de ajudar o

município a cumprir a sua missão de construir em Óbidos um ensino de qualidade onde

todas as dimensões do aluno sejam contempladas. Só com a ajuda do município nós

conseguimos dar resposta às necessidades que são muito diversificadas de cada aluno,

para que, de acordo com as suas potencialidades ou limitações, todos os alunos tenham

as mesmas oportunidades. Tentamos, por exemplo, compensar as necessidades

individuais dos alunos, dar resposta a elas por forma a que todos os alunos tenham

acesso ao sucesso.

E: Que balanço faz da iniciativa Fábrica da Criatividade implementado nas Escolas

D’Óbidos?

DA: O balanço que eu faço é muito positivo. É assim, a Fábrica da Criatividade tem

uma interacção muito directa com as turmas. No âmbito da Fábrica da Criatividade as

dimensões artísticas e nas suas várias alíneas são contempladas. Em todas as escolas do

município e em todos jardins-de-infância existem animadores que realizam actividades

no âmbito da Fábrica da Criatividade. Como o próprio nome indica trata-se mesmo de

Fábrica da Criatividade, não sai dessa fábrica um produto visível, palpável… Aliás, sai,

já falarei. Mas sai essencialmente e o que se pretende é que haja nas crianças um

desenvolvimento da criatividade através da inovação. Existe uma grande preocupação

também com a inovação, com o contacto com coisas diferentes. Eu dou o exemplo do

My Machine, não sei se tem conhecimento do projecto, foi criado pela Fábrica da

Criatividade onde cada aluno identificava um problema e depois, de forma criativa, ia

encontrar uma solução para ele. Houve várias crianças que descobriram vários

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problemas, eu estou a lembrar-me de um, de uma máquina para atar sapatos, era um

problema que um aluno, que uma criança de jardim-de-infância tinha que não conseguia

atar os sapatos, então resolveu que fosse inventada e projectou uma máquina para atar

os sapatos. Depois com a colaboração do IPL (Instituto Politécnico de Leiria) e do

Parque Tecnológico foi materializado essa fábrica. Lá está, normalmente das fábricas

sai um produto, daqui também saiu, mas o produto principal que se pretende não é

visível, é aquela bagagem que todas as crianças e jovens do nosso agrupamento

consigam integrar e que lhes venha a ser benéfico para o futuro. Outra vertente que

existe também em todos os complexos é no âmbito do audiovisual e são criadas

verdadeiras curtas-metragens que com pequenos filmes criados pelos alunos, onde tudo

é criado por eles, o argumento do filme, os bonecos que participam no filme, quando

são bonecos, às vezes são as próprias crianças. São verdadeiras curtas-metragens e todos

os anos, no final do ano, há a apresentação em todas as escolas do que foi criado no

âmbito da Fábrica da Criatividade.

E: Como descreveria a participação da comunidade local nas iniciativas desenvolvidas

na Fábrica da Criatividade?

DA: Existem interacções, existem várias interacções, uma delas é quando, aconteceu há

bem pouco tempo, na apresentação destes pequenos filmes, criados um por turma e por

grupo de crianças do pré-escolar em todas as escolas do nosso agrupamento. A afluência

da comunidade foi maravilhosa, tivemos muitos pais, muitos amigos das nossas crianças

e dos nossos alunos que participaram. Aquando da apresentação também dos trabalhos

do My Machine, que aconteceram no Parque Tecnológico, também tivemos a presença

de muitos elementos da comunidade. O próprio desenvolvimento do projecto da Fábrica

interage muito com a comunidade, existem muitos elementos que vão ser recolhidos à

comunidade para depois serem trabalhados na Fábrica e para os animadores

desenvolveram um projecto com os alunos.

E: Concluindo a entrevista, existe algum aspecto que gostaria de acrescentar?

DA: Sim, era frisar bem que no agrupamento das Escolas D’Óbidos pretendemos o

desenvolvimento integral da criança e do aluno, dar resposta a todas as suas

necessidades e como disse no início uma coisa complicadíssima, que é prepara-los para

aquilo que nós não sabemos como vai ser. Então só com um grande leque de

oportunidades, é isso que nós pretendemos, com a participação de todos, sem qualquer

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preconceito em relação a “é o professor que deve…” Ou “é o animador que deve…” Ou

“É o assistente operacional”. Todos, de mãos dadas, na tentativa da persecução, do

desenvolvimento integral das crianças e jovens e para que estas crianças e jovens saiam

do nosso agrupamento de escolas mais enriquecidos, que sejam pessoas melhores, com

melhores conhecimentos, com melhores capacidades e que sejam no futuro capazes de

dar resposta ao que o futuro lhes reserva tanto no âmbito académico como no âmbito

profissional.

E: A entrevista está concluída, agradecemos a disponibilidade e tempo dispensado.

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Anexo VI - Transcrição da

Entrevista 3 (Director do

Parque Tecnológico de

Óbidos)

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Transcrição de Entrevista 3

- Director do Parque Tecnológico de Óbidos (DPTO)

Entrevistadora (E): Passo a apresentar os objectivos gerais da entrevista: Caracterizar

as percepções dos actores participantes no projecto educativo escolar sobre a oferta

educativa escolar em Óbidos, e caracterizar as percepções dos actores participantes no

projecto educativo local sobre a Fábrica da Criatividade.

E: A presente entrevista será gravada e os dados recolhidos serão para uso exclusivo

académico. Concorda com as condições apresentadas? Podemos gravar?

Entrevistado (DPTO): Claro, sim.

E: Como caracteriza a situação da educação escolar em Óbidos?

DPTO: Eu acho que estamos num processo de transição interessante. No ponto de vista

do município e da comunidade assumem um protagonismo na comunidade de escolas

que não é muito comum em Portugal e que aliás nem é muito desejado pela maior parte

dos municípios em Portugal porque este é um tema um bocadinho complexo. Para nós,

enquanto Parque Tecnológico, é um desafio interessante perceber como é que nós

podemos interagir com a escola e interagir claramente numa lógica do que é interessante

para nós também, não há aqui nossa parte algum lado mais… Como é que eu hei-de

dizer… Apenas de missão. É uma necessidade a médio prazo, a longo prazo para o

Parque Tecnológico termos esta integração com a escola. Portanto, para nós acho que é

uma fase bastante interessante como é que nós podemos colaborar nessa lógica e temos

dado alguns passos nesse sentido. Faz falta algum maior nível de integração,

desenvolvimento de algumas ideias e conceitos. E portanto acho que há uma área

interessante para nós funcionarmos também um pouco como laboratórios, testes de

ideias, de soluções que depois possam ser transportadas para a escola. Há um processo

de abertura que eu acho que é muito interessante.

E: Como caracteriza a intervenção do município no desenvolvimento da educação em

Óbidos?

DPTO: Eu caracterizo como muito esforçada, decidida e louvável, no geral.

Independentemente de algum erro que possa ter sido feito pelo caminho. Acho que o

facto de termos um município que assume esta área com a área mais estratégica do seu

desenvolvimento é a mudança daquilo que é o paradigma habitual em Portugal. A

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preocupação que o município também tem tido, que é integrar todas as entidades e

estruturas que existem e fazem parte da sua esfera neste caminho e neste processo

também acho que é algo que é muito interessante e é aí por exemplo que entra o Parque

Tecnológico.

E: Quais os aspectos positivos e negativos da intervenção do município no

desenvolvimento de políticas educativas?

DPTO: Os aspectos positivos são alguns destes que eu tenho estado a dizer, o primeiro a

possibilidade de nós começarmos a integrar o projecto educativo com a realidade local,

com objectivos de desenvolvimento local de médio prazo e de longo prazo, como por

exemplo esta aposta nas tecnologias de informação, no Parque Tecnológico e de repente

temos uma oferta educativa que é mais direccionada para estas áreas e não apenas para

aquelas que são mais óbvias e mais comuns como o Turismo, enfim... Acho que isso é

um aspecto muito positivo. O aspecto negativo, talvez o aspecto mais negativo, não é

negativo, é normal…. É a dificuldade que existe sempre de socializar estas estratégias,

vencer as resistências. Portanto eu não acho que seja um aspecto negativo mas acho que

é o aspecto mais difícil. Claramente tem sido esse, a questão também na educação temos

sempre muitas opiniões e nem sempre as lideranças são bem aceites e por aí o

município tem um papel de assumir uma liderança, uma liderança muito diplomática,

portanto não é uma liderança forçada, muito conversada e isso é um processo que

demora muito tempo. E portanto eu acho que o aspecto mais negativo é para que tudo

seja bem feito estamos a falar de ainda mais tempo para ter resultados… Em qualquer

área da educação as coisas demoram sempre muito tempo, mas nesta forma, pronto…

Compreendo que tenha sido essa a decisão e acho que faz sentido que tenha sido

assim, não dá para ser um modelo um bocado ditatorial: Agora vamos começar a fazer

todos e vamos buscar todos novos professores e novas pessoas… Enfim, não dá.

Portanto eu acho que o aspecto mais negativo é o tempo que está a demorar e que vai

demorar até nós chegarmos aos patamares em que nós precisamos de estar.

E: Que balanço faz das mudanças da intervenção da autarquia ao longo da última

década?

DPTO: Foi muito tentativa/erro e de aprender pelo caminho, de aprendizagem e

portanto mesmo assim acho que no geral a avaliação é claramente positiva em relação

aquilo que tem sido feito e os resultados têm vindo a demonstrar isso. E pronto, eu

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gosto de municípios que pelo menos não pequem por inércia… E isso, este, claramente

mantém essas características: Faz. Portanto a avaliação eu acho que é essa, não havia

propriamente para o caso português exemplos de como é que se podiam fazer as coisas

de outra forma e portanto Óbidos foi fazendo, foi testando, foi vendo o que é que

funcionava, o que é que não funcionava. Melhorou algumas coisas, melhorou e isso

notou-se desde o processo de construção das escolas, até à questão da Fábrica da

Criatividade, dos recursos humanos como é que foram incluídos dentro da escola. O

modelo de gestão tem vindo a ser progressivamente adaptado e a ser alterado. Acho que

tem sido bastante dinâmico, obviamente com todas as limitações que existem sempre

nestas coisas, nós estamos a passar uma conjuntura muito difícil do ponto de vista

económico e portanto acho que se calhar com mais dinheiro ter-se-ia feito muito mais

coisas, não sei se teríamos sido mais criativos, provavelmente não. Mas pronto, se

calhar tinha-se feito mais coisas, se calhar com outra envergadura, coisas maiores…

Portanto eu aí acho que foi muito essa lógica do tentativa/erro e voltar a fazer, portanto

aí a avaliação é positiva.

E: Como descreveria as prioridades e principais orientações que a autarquia dá à sua

acção no campo da educação escolar?

DPTO: Eu acho que, e eu não sendo especialista, daquilo que eu oiço das conversas

que tenho com as pessoas que reconheço que têm competências técnicas muito maiores

que as minhas, eu concordo com os princípios todos. Portanto, acho que no ponto de

vista de conceito e princípio faz sentido, acho que há aqui mais uma vez uma lógica

também muito que tem que se fazer de perceber como é que as coisas podem ser feitas.

Portanto às vezes acerta-se nos projectos, às vezes não se acerta noutros, portanto há

aqui uma lógica toda nova de tentarmos criar uma nova oferta em paralelo àquilo que

existe no currículo tradicional. Mas no ponto de vista do conceito acho que há um

esforço muito grande de colocar o aluno no centro do processo educativo, acho que

havia um enorme desequilíbrio e há um enorme desequilíbrio na educação em Portugal.

Porque só oiço falar dos professores e portanto sou um bocado crítico em relação a isso,

os professores são um pivot, uma parte importante do processo, mas o que interessa

mesmo são os alunos. E às vezes no meio das discussões todas esquecem-se um

bocadinho disso e portanto tem havido essa lógica, não tanto nos resultados mas no

aluno e eu acho que isso é uma coisa muito interessante. Óbidos poderia ter feito o que

muitos locais no país fazem que é focar-se na questão dos rankings e trabalhar

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exclusivamente para isso. E aí eu acho que é a diferença entre termos um modelo

educativo e não ter. E o modelo educativo que eu vejo e pelo menos aquilo que me

vendem a mim é um modelo centrado nessa questão do aluno, na capacidade do aluno

poder sonhar, poder fazer aquilo que ele entende, de ter uma visão um bocado

transdisciplinar das coisas, ter projectos que os desafiem… E que vão para além da

lógica de ter bons resultados nos rankings. Nesse aspecto acho que tem características

que eu vejo nos modelos mais desenvolvidos, não pelos resultados ainda… Mas é

assim, eu digo sempre que em relação ao Parque Tecnológico quando perguntam qual é

a métrica do nosso sucesso, eu digo que não é nós arrendarmos espaços, isso então

estávamos com um enorme sucesso… É um dia nós sabermos que temos alunos a sair

da escola no 12º ano em Óbidos e a dizer que o sonho deles é virem trabalhar para o

Parque Tecnológico, tirar um curso e depois gostariam de abrir uma empresa aqui…

Portanto, esse processo é um processo muito novo, nós temos agora pela primeira vez

os alunos e os pais a virem aqui. Tudo isto vai demorar uma década, duas décadas, a ter

os resultados que nós achamos que devem ter. Mas o modelo está centrado nisso e acho

que acima de tudo há aqui, nós enquanto Parque com os projectos que estamos a

trabalhar com as escolas e fizemos essa opção que foi o Parque não entrar na discussão

teórica e conceptual agora do modelo se é escola municipal, se é escola isto ou aquilo,

não é por aí… Mas foi sempre essa lógica de nós conseguirmos ter programas para as

crianças em Óbidos que pensem assim: O facto de eu querer ser astronauta não é um

problema eu ter nascido em Óbidos, ou se eu quiser ser engenheiro informático eu vou

ter um local onde posso ter essas condições de desenvolver a minha carreira, se eu

quiser cá ficar, se não quiser ficar, sem problema nenhum… Ou quando quiser voltar ter

condições para fazer isso. Portanto é um bocado aí que eu acho que nós temos virtudes

em relação a este modelo. Há uma grande dificuldade das pessoas compreenderem o

tempo que isto demora.

E: Que balanço faz da iniciativa Fábrica da Criatividade implementado nas Escolas

D’Óbidos?

DPTO: Eu faço um balanço muito positivo, não só por aquilo que conseguiu mas por

aquilo que permitiu fazer depois. Primeiro porque conseguimos criar nas escolas um

conjunto de pessoas com capacidades técnicas e pedagógicas e o que seja, que permitiu

que surgissem um conjunto de outros projectos. Nós se não tivéssemos projectos como

a Fábrica da Criatividade neste momento não estávamos a fazer projectos que estamos a

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fazer, nós Parque Tecnológico por exemplo. Como a questão da academia Decode, com

a questão do StoryCenter, como a questão doMyMachine e eventualmente outros. De

certeza absoluta que não estaríamos agora a falar em Redes Europeias na área das

CTEM, juntamos as artes com as ciências, tecnologia, engenharia e a matemática. São

coisas que só conseguimos fazer, conseguimos sequer pensar nesta fase se criarmos essa

estrutura na escola. Portanto isto, no ponto de vista de alguém externo, acho que é a

grande virtude. Daquilo que eu conheço do projecto, acho que foi um dos grandes

responsáveis para uma ligação muito grande da comunidade e dos pais com a escola,

que não existia antes. Basta ver cada vez que há a apresentação de um dos projectos,

dos trabalhos das crianças, as pessoas vão às escolas, participam nas coisas. Foi talvez a

maior afirmação daquilo que era o objectivo inicial que eram as escolas de comunidade

e eu acho que a única coisa que foi plenamente conseguida nesse aspecto foi a Fábrica

da Criatividade. Mesmo o projecto de arquitectura das escolas, que a ideia numa

primeira fase foi pensada para corresponder a esse objectivo [escolas de comunidade],

na prática não corresponde. Por questões de logística, de segurança, blablabla…

Milhares de razões para isso. Mas a Fábrica fez esse trabalho, com mais uma vez,

inúmeras dificuldades, nós vivemos realmente vivemos até agora e ainda continuamos a

viver períodos muito complicados para o município fazer aquisições de material, de

equipamentos, o que seja. E portanto eu acho que esse mérito ainda é maior para as

pessoas que lá trabalharam, conseguiram fazer pequenos milagres com muito pouco,

para não dizer com nada… Mas com muito pouco, com boa vontade, com trabalho das

crianças e a criatividade delas e com meia dúzia de materiais. E isso eu digo que daquilo

que eu vi e do que nós vimos Óbidos, e eu participei em algumas redes, por exemplo

Reggio Emilia, ficámos muito perto daquilo que acontece nesses países. Com essa

vantagem que é a de termos pouco, obriga-nos a ser muito criativos, o que é

espectacular, não é necessariamente mau. Também não era preciso ser tão difícil às

vezes… Portanto eu acho que o balanço é fracamente positivo, foi uma das coisas mais

interessantes e ao mesmo tempo mais fáceis de fazer, porque não estamos a falar, lá

está, algumas pessoas, estamos a falar de uma sala, estamos a falar de um programa que

depois é gerido dentro da escola… Houve muitas dificuldades, todos nós sabemos,

hoje também acho que há uma relação com os professores muito mais fácil do que

existia no início. No início era normal que esta lógica dos silos que existiam sempre

dentro das escolas, isto está a esbater-se um bocadinho, acho que há muito trabalho para

fazer, ainda há muito trabalho e portanto há aqui não sei bem como, mas por exemplo,

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eu agora estou mais preocupado com a lógica dos silos exteriores à própria escola mas

que nós temos de trazer para a escola, como o Parque Tecnológico, as empresas, as

associações, como é que isso depois funciona na escola… Acho que as escolas devem

ser os grandes centros hoje em dia do ponto de vista das comunidades e dos centros

urbanos. Agora eu acho que só há um caminho para a frente, que é fazer um upgrade

cada vez maior dos projectos. Nós, enquanto Parque, para nós é absolutamente crucial

termos estas pessoas, pelo menos lá.

E: Como descreveria a participação da comunidade local nas iniciativas desenvolvidas

na Fábrica da Criatividade?

DPTO: Eu falei um pouco disso que é as pessoas participam ao ver o resultado e isso eu

acho que é um nível, era o primeiro nível e é um nível que foi conseguido. É uma

ligação que se consegue deste ponto de vista social, é muito interessante para os

assuntos da educação, o que eu acho que agora falta, que acho que é o desafio seguinte é

como é que a comunidade intervém com a escola, na escola, como é que participa, não

só no resultado mas na construção de toda a questão, de toda a estratégia… A lógica

muito vulgar em Portugal é estruturas tipo associações de pais que assumem uma

postura crítica e organizam algumas coisas, é um caminho e acho que é acho que é por

aí. Agora é preciso dar um salto em frente e o modelo que se está aqui a pensar é um

modelo muito mais exigente do ponto de vista de participação das pessoas. Portanto é

preciso, cada um, dentro daquilo que são as suas competências, porque é óbvio que não

podemos ter alguém que não percebe nada de pedagogia se calhar a definir currículos e

outras coisas do género. Mas ou porque agora há uma empresa na área do Turismo

portanto toda a formação tem que ser pensada para aquela área, não é assim. Há níveis

que têm que ser muito bem ponderados e que a comunidade deve prestar, deve

participar. Por exemplo eu acho que há níveis de especialização ao nível da formação

que não devem ser feitas pela escola, mas que têm que existir no território. Esta

formação muito profissional, profissionalizante é uma coisa que eu não acho que caiba

dentro de um modelo educativo que nós temos. Nós vemos isto aqui muito, ok nós

precisamos de gente para programadores, eu não concordo e a escola tem uma função

que é dar uma espécie de uma dimensão universal do ponto de vista do conhecimento,

do ponto de vista da educação, mas não tem que ter capacidade para formar a pessoa à

medida de cada uma das empresas. Porque cada uma delas tem uma necessidade

específica, cada uma delas quer uma linguagem de programação diferente, a escola não

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tem que fazer isso. A escola tem que dar os fundamentos básicos de maneira a que as

pessoas percebam e que depois possam fazer selecções e escolher aquilo que mais

precisam e as empresas também. Portanto há aí níveis de formação que têm que ser

entidades como nós, o Parque Tecnológico, empresas, entidades de formação, de

consultadoria, que devem preencher esse papel e integrar isso no máximo possível com

o modelo educativo. É aí mais que o trabalho da comunidade no futuro tem que ser

feito, não tanto numa postura muito fiscalizadora que é o que nós temos ainda hoje, que

é “A comida não é boa”, “Faz falta isto”, “A funcionária não abriu a porta…”. Esse tipo

de coisas, isso é importante, mas são questões logísticas, também compete às escolas e

aos agrupamentos arranjar formas de desdramatizar essas situações e em que as pessoas

possam participar e chamar atenção para isso numa forma mais leve. Pronto, não sei, ou

usando plataformas digitais, usando o que seja. Mas é preciso às vezes dessacralizar

aquelas reuniões que há e que eu às vezes vou a algumas em que de repente as pessoas

começam a falar do rolo de papel higiénico que não existia naquele dia que tinham ido à

escola, como sendo a coisa mais grave do mundo. Não é a coisa mais grave do mundo,

obviamente que são coisas que não devem acontecer, mas há níveis e níveis de

discussão e de debate e o que acontece é que quando é assim depois não se consegue ter

uma ter uma conversa produtiva e interessante do ponto de vista do futuro porque se

está a falar dos assuntos do dia-a-dia. Portanto a escola e a comunidade têm que arranjar

aqui uma forma de falarmos uns com os outros e esse é um problema que existe sempre

que é um bocado aquela falta quase de terapia de grupo, não é, as pessoas precisam de

falar. Eu acho que aqui a grande dificuldade é que caminhos nós criamos para que as

pessoas falem umas com as outras. As entidades não falam, nós Parque Tecnológico já

existe, nós enquanto incubadora há 5 ou 6 anos e nunca tínhamos feito nada com as

escolas até há 2 anos. E começamos a fazer porque pela primeira vez tivemos uma

pessoa, que é a Ana Sofia, que faz esta ponte e que nos permitiu a nós fazer coisas que

em condições normais não temos capacidade para fazer. Porque não é a nossa vocação e

há uma coisa que eu por experiência própria aprendi, no que toca à educação se não for

bem feito não vale a pena fazer, porque os resultados serão muito piores e em vez de

estarmos a mobilizar pessoas vamos estar a afastá-las. Portanto é um pouco aí a leitura

que eu faço do ponto de vista da comunidade integra-nos a nós também, temos que criar

aqui novas formas de funcionamento. Por exemplo agora vamos fazer um protocolo

com o agrupamento, com as empresas e com o Parque precisamente para esta questão

do curso profissional de programação poder ser mais ajustado aquilo e às espectativas

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que as empresas querem e na espectativa também de começarmos a ter miúdos a

fazerem estágios e eventualmente começarem a trabalhar cá. Porque depois tudo isto

funciona à base de exemplos, se nós não tivermos bons exemplos para mostrar também

estamos aqui a falar no abstracto e alguém que nos faça essa pergunta: “Então mas ok,

isso é tudo muito bonito mas têm algum caso para apresentar?” Pronto e é um pouco por

aí, é aí mais que nós temos que, é um bocado o ponto de situação onde eu acho que nos

encontramos e é também onde o futuro nos vai ter que mobilizar, se não, não vamos ter

grandes resultados. Acho que é o maior desafio neste momento para Óbidos, a questão

da educação, a estratégia para a educação, é o envolvimento com estas áreas todas que

estamos a trabalhar aqui: Tecnologias de informação, com a área daCultura, também

muito com estratégia do livro, com a questão por exemplo, áreas que são tradicionais

mas que são muito pouco valorizadas como a questão da agricultura. É uma coisa que

frequentemente nós falamos e que faz uma confusão inacreditável, à excepção de

algumas escolas agrículas profissionais, ali em Alcobaça por exemplo, mas depois eu

vejo as escolas cheias de cursos de restauração e turismo e empregado de mesa e bar e

coisas do género e eu ponho-me a pensar: A formarmos a este nível, no espaço de uma

década o que é que estas vão estar a fazer? Não há emprego para elas, não há, é

impossível. Mesmo que saiam 20 alunos todos os anos de todas estas escolas, se nós

formos a ver no país inteiro, isto é uma coisa inacreditável. Aqui nós temos: Óbidos, a

ETEO, é depois a Escola de Turismo de Portugal que já é outra coisa diferente, as

secundárias nas Caldas também acho que há uma outra que também têm, em Peniche

também há... Quer dizer, não há restaurantes para isto tudo, não há, não há restaurantes,

não há bares, cafés… Até porque a maior parte da oferta que nós temos em Portugal

quer pagar pouco e não está preocupada com a formação. Os projectos empresariais que

estão preocupados com a formação são muito poucos, muito muito poucos. E portanto

há aqui um choque com a realidade que vai ser uma coisa brutal, a maior parte desta

malta vai fazer outras coisas, vai fazer o que conseguir. E continuo a ver a área da

agricultura que é uma área altamente desvalorizada, do ponto de vista técnico, hoje em

dia é altamente exigente, quem é agricultor hoje em dia são os filhos de agricultores,

porque aprenderam alguma coisa com os pais ou porque depois vão ter uma formação

superior e já são engenheiros. Porque aquilo realmente não é chegar ao campo e

aprender, mas não há nenhuma área técnica, não há trabalho de especialização, ninguém

está a ser formado. Não digo que seja para apanhar pêras, como é óbvio, mas há um

conjunto de competências que são transmitidas só de geração em geração. Isto são

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coisas que a mim me fazem um bocado… Faz-me confusão nem é o não existir, é o não

se falar, porque isto pode ser tudo ridículo o que eu estou a dizer, mas pelo menos fala-

se não é? Porque agora eu vejo esta lógica de formação intensiva para estas áreas do

Turismo, pronto ok, vamos ter um país onde 10% ou 15% das pessoas são empregados

de mesa e cozinheiros, com algumas noções de cozinha. Quem diz isto diz muitas outras

áreas, por acaso aqui em Óbidos houve algumas experiências interessantes,

inclusivamente no ensino profissional até para Bombeiro e coisas do género e para a

Protecção Civil, há aí coisas interessantes, só que depois realmente não há emprego. Eu

acho que é aí que nos temos que estar, que a comunidade tem que estar mais activa do

ponto de vista das respostas. Por exemplo há áreas em Portugal que agora estamos a

sofrer o desinvestimento que se fez há 30 anos, por exemplo neste momento nós temos

5 mil pessoas, 5 mil empregos por preencher na área do metal, da metalurgia por

exemplo, soldadores, mecânicos, pessoas que saibam fazer coisas. Que eram coisas que

existiam no ensino técnico, eu tive isso, deixou de existir. Foram desmanteladas essas

oficinas nas escolas, desmantelaram-se oficinas inteiras, em vez de se fazer o upgrade à

coisa, começar a mecatrónica, juntar a electrónica. Electrotecnias, a mesma coisa…

Agora começa a haver dificuldade de empregos nessas áreas, basicamente hoje andam

as empresas a formar pessoas, que uns gostam, outros não gostam, e por cada tipo bom

que apanham, vão apanhar não sei quantos maus. Mas isso é outro problema, eu acho

que é aí esta a lógica que a comunidade tem que saber preencher, fazer muito mais a

ponte com as empresas, muito mais, conhecer muito mais o tecido empresarial e o

tecido empresarial falar com as escolas também. Fazer muito mais estas pontes, porque

é a única maneira de se perceber. E depois, as escolas e especialmente o Ministério da

educação têm que ter regimes flexíveis, não faz sentido ter um curso de programação

que é decidido o currículo por portaria, está tudo doido, ou vão mudar isto de 6 em 6

meses? Porque a tecnologia, à velocidade que as coisas mudam, vamos ter uma portaria

que já está tudo desactualizado. Isto é surreal, porque é que um Ministério deve estar a

dizer do ponto de vista tecnológico? Não interessa, cada escola sabe fazer isso, se nós

tivéssemos aqui a Google pois era óbvio que tínhamos de saber fazer ter aí malta a

trabalhar em Android, se a portaria não dissesse isso azar, porque não faz sentido. A

portaria deve dizer “Ok, têm que ensinar a formar programadores, gestão de redes de

sistemas…” Mas depois o resto cada um escolhe. Eu acho que é mais por aí que as

coisas têm de ser feitas.

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E: Concluindo a entrevista, existe algum aspecto que gostaria de acrescentar?

DPTO: Pois não, eu já falei imenso… Não sei, posso falar um bocadinho mais no

abstracto, não concordo muito com os modelos que aí andam das salas de aula do futuro

e coisas do género. Coisas que nós temos visto até nestas redes, projectos apoiados pela

Microsoft e coisas do género, acho que isso na maior parte dos casos é uma espécie de

novo riquismo tecnológico, que não tem grande interesse. Mas acho que é preciso fazer

muitas mudanças do ponto de vista do conceito da sala de aula e acho que nós enquanto

Parque gostaríamos muito de ajudar nesse processo. E temos já algumas ideias, algumas

em ideias outras já mais desenvolvidas de projecto. Acho que a escola deve ser muito

mais um espaço de experimentação, muito mais de desafio, estimulante do que

propriamente esta lógica expositiva de chegar, sentar e ouvir o professor. Isso preocupa-

nos a nós porque isso são as competências que nós vemos hoje em dia no mercado de

trabalho e que as empresas precisam, interdisciplinaridade, flexibilidade do ponto de

vista funcionamento, do ponto de vista mental capacidade de saltar multitasking em

diferentes áreas, conseguir compreender o conjunto de dinâmicas que vão desde a parte

da economia do funcionamento genérico de uma empresa a uma competência técnica

mais específica, a um entendimento do que estão a falar quando vão falar com uma

empresa… E depois uma cultura de trabalho, que é uma coisa que acho que ainda existe

pouco, também já não existia, não vejo isto como um problema de uma geração, não

acredito nisso, nunca acreditei. Acho que há problemas culturais que são transversais a

várias gerações e que nós temos esse problema. Uma das grandes questões que eu vejo

hoje em dia que talvez seja diferente da minha geração é que temos hoje miúdos que são

do melhor que há no mundo e depois temos uma quantidade gigante de desistentes. E

portanto acho que estamos a formar pessoas para serem dos melhores profissionais em

qualquer parte do mundo…Em Portugal, nos Estados Unidos, gente que irá para onde

quiser e que vai ser excelente profissional, do ponto de vista técnico, do ponto de vista

humano, o que seja… E depois temos uma grande massa de miúdos que desistem muito

cedo, que não têm expectativas e sem expectativas é muito difícil depois de os mobilizar

para fazer seja o que for. Portanto acho que há uma prioridade que não é só em Óbidos,

que é trabalhar esta questão destes miúdos que muito rapidamente perdem expectativas,

alguns porque a escola não lhes dá as respostas que eles precisam, outros por problemas

obviamente famílias disfuncionais, o que seja, problemas até de própria saúde… Há

várias razões para isso, mas isso preocupa-me bastante, até porque há um problema que

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nós sentimos no terreno, é que os muito bons são aqueles que irão sair, com mais

facilidade, portanto os territórios mais pequenos não quer dizer que vão ficar só com os

muito maus, mas vão ficar cá muito maus e é preciso saber o que é que vamos fazer

com eles e em que estratégia vamos envolve-los. E a coisa mais difícil hoje em dia para

atrair neste caso empresas, são as pessoas para trabalhar. Se nós não tivermos pessoas

para trabalhar… Acabou. Portanto não vale a pena estarmos a fazer espaços, não vale a

pena estarmos a dizer que damos espaços como já existe em muitos locais, há

incubadoras no país que estão vazias e estão a dar espaços porque simplesmente vão

para territórios onde não acontece nada e onde não há jovens, por exemplo. E portanto,

quando é assim não vale a pena, aí acho que devíamos dar muito mais atenção, a essa

malta que está nessa franja da exclusão e ao mesmo tempo da desmotivação, do

desinteresse, isso preocupa-me pela dimensão. Porque a caça ao talento, que é agora a

palavra do momento, o talento, é fortíssima nas empresas, e os que são muito bons são

muito bem formados e vão fazer o seu percurso, o seu caminho… Os outros vão sofrer

muito, porque eu acho que hoje em dia já não é aquilo que é na minha geração, nós

lutávamos por um emprego, hoje em dia vejo que a malta luta por uma oportunidade de

emprego, é uma coisa muito diferente, é muito mais exigente. Isso é um bocado mais

drástico, agora é a conversa que se ouve sempre: É a geração mais preparada de sempre,

é verdade… Acho que há hoje um fenómeno muito curioso nos jovens que é esta ideia

de irem para o estrangeiro, que é uma coisa espantosa na minha opinião, eles vão sendo

a coisa mais natural do mundo, acho isso excepcional, alguns vão voltar e vêm melhores

garantidamente. Acho que é por aí, é preciso ter atenção a essa grande massa de gente

desmotivada e desinteressada da escola e acho que as respostas que existem não são

suficientes, acho que tem que haver aqui um equilíbrio sempre que é não ser só aquilo

que estes querem fazer, mas também não chega à lógica tentar arranjar coisas

interessantes para ver se eles fazem… Não, têm que ser outros caminhos, a escola tem

que ser, tem que mudar. Há outros caminhos, nós temos lido algumas coisas sobre o

MIT que tem experiências como aquela do “One Laptop per child”, que fizeram coisas

formidáveis, isto são os casos que eles dão de estudo, portanto também deva haver

casos contrários… Mas darem um computador a crianças por exemplo no meio do

Quénia em aldeias que nem tinham luz eléctrica e darem-lhes desafios, sem lhes

ensinarem nada e eles conseguem. Havia um caso, foi um caso também acho que no

Quénia de um miúdo que era já um hacker já da Google, ao fim de um mês. Há histórias

assim muito incríveis, na Índia ao fim de 6 meses de darem desafio de física quântica e

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eles com a internet conseguirem compreender e desenvolver teorias e fazerem coisas do

mais complicado e difícil… Portanto estes modelos, são altamente frágeis, isto do 1º

ano, 2º ano, 3º ano… Acho que isto já não faz sentido, há miúdos que no 1ºano tÊm

competências do 4º, mas depois há outros que não têm coisas do 1º… Portanto isto há

uma grande miscelânea, onde é que isto vai acabar não faço ideia, mas que é uma coisa

muito interessante do ponto de vista de modelo, é… Nós temos vindo a ver modelos

tipo a Finlândia, esses modelos todos muito interessantes mas agora há aqui questões

culturais que têm que ser bem vistas, e eu aí acho que há um perigo gravíssimo da cópia

dos modelos e da importação… Nós fizemos isso em Óbidos com as escolas, escolas

todas muito abertas, o hall de entrada dava para o refeitório, os refeitórios para os

corredores… E aquilo era o caos, eu recordo-me da primeira vez que fui à escola, foi

uma experiência inacreditável. Eu lembro-me na altura quando foi feita a primeira

escola, a escola dos arcos, as pessoas iam lá ver a loucura… De repente estavam 400

miúdos todos juntos, que antes estavam em escolas tipo 16, 20, 40… Aquilo era a

selvajaria total. Eu trabalhava na câmara e fui lá porque íamos organizar um evento

qualquer, o feriado municipal acho eu, entro na escola e bem… Isto é normalíssimo,

com a nossa cultura, ter 400 miúdos juntos, que nunca tiveram juntos, mais velhos, mais

novos… Era a loucura total, passados uns meses lá se tiveram que fazer portas para

fechar os corredores, etc… Porque na Finlândia os miúdos não fazem barulho, não

correm nos corredores, brincam nos recreios e pátio, depois quando estão lá dentro da

escola estão dentro da escola... É outra cultura, nós não temos que ser finlandeses,

agora, há coisas boas que eles têm, agora aquilo foi uma experiência sociológica do

mais inacreditável que eu já vi. É preciso ter muito cuidado com esses modelos, com

essas cópias. Mas da nossa parte, Parque Tecnológico interessa-nos muito ser parceiros,

colaborarmos lançarmos projectos, testarmos até soluções que depois consoante

funcionarem puderem ser feitas na escola, porque é óbvio que esta academia de código

se nós quiséssemos fazer isto na escola ainda hoje não estávamos a fazer. Então

decidimos fazer isto como uma actividade qualquer que os miúdos têm fora do período

lectivo deles. E com base nisso tentámos fazer uma coisa que é uma enorme dificuldade

que é arranjar pessoas com os níveis de formação certos, porque não é difícil arranjar

um programador, um engenheiro informático que saiba de informática… Agora que

consiga falar com crianças, é muito difícil e para nós foi bastante difícil arranjar essas

pessoas. Portanto estamos a fazer estamos a fazer um bocado esse projecto, não temos

nenhuma ideia de querermos ser um assumir de modelo educativo… A nós interessa-

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nos criar as respostas que não competem à escola. E por exemplo agora nesta área das

tecnologias da informação, nós gostávamos muito de ter diferentes níveis de formação,

temos algumas empresas a fazer ainda alguns testes, workshops de android, coisas do

género… Mas depois eventualmente montarmos programas mais substanciais… Temos

um problema, que não há pessoas, é muito pequena a realidade no nosso território, há

muito pouca gente aqui para nós fazermos seja o que for vai sempre chocar com isto.

Depois temos 4/5 pessoas, acaba por não ser economicamente viável com 4/5,

precisávamos de ter 20, mas isto temos sempre que ir percebendo como é que as coisas

funcionam. Mas é mais ou menos isso, acho que é um bocado o desafio que nós temos

hoje em dia é conseguirmos criar aí essas pontes e fazer esses projectos em conjunto,

não entrarmos demasiado na esfera de cada um, porque eu acho que em Portugal se

dramatiza um bocadinho com os graus de interacção, porque acham que depois temos

que andam a ter reuniões todas as semanas… Nada disso, é cada um saber o que cada

um faz, mais nada… Depois a partir daí nós sabemos que o nosso espaço é este, que o

espaço do outro é aquele, quando vamos fazer alguma coisa face àquele espaço nós

falamos com eles. Isto é o que eu vi em países mais desenvolvidos tipo Finlândia, que é:

Toda a gente sabe o que está a acontecer, o que é que a Câmara Municipal está a fazer,

o que é que o Parque Tecnológico faz, a universidade e a escola. A partir daí as coisas

são fáceis, e acho que isso ainda estamos a construir. Em Óbidos em algumas coisas

acho que estamos mais à frente do que outros locais, noutras nem por isso, mas pelo

menos estamos a mexer nisso.

E: A entrevista está concluída, agradecemos a disponibilidade e tempo dispensado.

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Anexo VII - Transcrição da

Entrevista 4

(Coordenadora do GED)

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Transcrição de Entrevista 4

- Coordenadora do Gabinete de Educação do Município de Óbidos (CGED)

Entrevistadora (E): Passo a apresentar os objectivos gerais da entrevista: Caracterizar

as percepções dos actores participantes no projecto educativo escolar sobre a oferta

educativa escolar em Óbidos, e caracterizar as percepções dos actores participantes no

projecto educativo local sobre a Fábrica da Criatividade.

E: A presente entrevista será gravada e os dados recolhidos serão para uso exclusivo

académico. Concorda com as condições apresentadas? Podemos gravar?

Entrevistada (CGED): Sim.

E: Como caracteriza a situação da educação escolar em Óbidos?

CGED: O município tem desenvolvido, tem feito um grande esforço na promoção de

uma maior diversidade de oferta formativa nas Escolas d’Óbidos. Desde 2009 que há

duas áreas fundamentais que é a criatividade e a inovação e a partir daí nós criámos

sempre um conjunto de projectos, uns que fomos à procura, outros que fomos nós que

criámos, de projectos que de alguma forma estivessem nestas duas áreas, interligados na

área da criatividade e da inovação por forma a também olharmos para a escola e

sentirmos que os processos de ensino/aprendizagem se focavam muito na questão do

aluno e não tanto no adulto, neste caso do professor. Portanto, a oferta é uma oferta

diversificada, é uma oferta muito focada nestas duas áreas e é uma oferta que procura

focar os processos de ensino/aprendizagem no aluno e não tanto no professor.

E: Como caracteriza a intervenção do município no desenvolvimento da educação em

Óbidos?

CGED: Nós como temos só um agrupamento tem sido muito fácil ter esta parceria com

o agrupamento de escolas, há toda uma estratégia comum do desenvolvimento do

território, onde obviamente a educação é a base. Ou seja, se nós olharmos para a área da

economia, para a área da cultura, do turismo, etc, são áreas que estão a ser

desenvolvidas com uma estratégia global e portanto aqui a educação também entra.

Sempre nesta lógica da inovação e da criatividade, na lógica de promoção que os alunos

possam desenvolver ideias, possam participar na comunidade, que possam desenvolver

projectos locais. Ou seja, com ligação ao território. Portanto, a intervenção do

município na educação tem sido uma intervenção muito forte, o município de Óbidos

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tem sido, de alguma forma, um pioneiro nestas mudanças de paradigma da educação,

tem procurado sempre novas soluções, mesmo junto do Ministério da Educação.

Portanto tem tido um papel que ultrapassa aquilo que está legislado, portanto a

intervenção do município ultrapassa aquelas que normalmente são as principais

competências e ultrapassa precisamente por essa visão global que tem do

desenvolvimento do território e por perceber que a educação deverá dar resposta a toda

esta estratégia de que o ensino muito nacional, muito tradicional dificilmente trará essa

resposta.

E: Quais os aspectos positivos e negativos da intervenção do município no

desenvolvimento de políticas educativas?

CGED: Bom, os aspectos positivos têm que ver com o facto de nós efectivamente

sermos, nós somos um actor fundamental na definição das políticas educativas, ou seja,

nós acreditamos que as políticas educativas devem ser do território, devem ser locais e

não… Pode haver uma definição nacional e aqui há o papel do Ministério da Educação,

mas não tanto desta definição de currículos… Ou seja, tem que haver uma maior

autonomia para os municípios e para os agrupamentos. Eu penso que com este processo

de descentralização começa a existir de facto uma verdadeira descentralização de

competências, mas penso que ainda poderá, ainda há um grande caminho a percorrer.

Ou seja, isto é os aspectos positivos, acho que têm que ver com isto, o município ser um

actor principal na definição e deve ser ouvido na definição das políticas educativas,

exactamente por aquilo que eu disse antes, porque ele é que tem uma visão muito mais

generalista de todo o desenvolvimento do território e portanto esta parceria com o

agrupamento é fundamental. Aspectos negativos, eu não sei se isto é um aspecto

negativo, ou se é alguma visão negativa que se pode transformar num aspecto positivo.

Que é, obviamente que o município muitas vezes é visto como uma entidade, como uma

organização que é responsável por um conjunto de competências como a construção de

escolas, como os transportes e as refeições e isso é o que está efectivamente legislado. O

que nós temos que perceber é que esta visão é uma visão negativa do município, mas

quando percebemos que o município pode ir muito mais além do que esta visão, eu

penso que pode transformar muito aquilo que acontece nas escolas. Eu não sei se isto é

um… Há esta visão negativa daquilo que deve ser o papel dos municípios no nosso

ponto de vista, não é, mas eu penso que isto é um factor que pode levar a uma

transformação positiva.

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E: Que balanço faz das mudanças da intervenção da autarquia ao longo da última

década?

CGED: Portanto, nós efectivamente temos estado dentro de um contexto de escola

numa integração muito mais activa que qualquer outro município, o facto de nós termos

um conjunto de técnicos dentro da escola, a trabalhar directamente com os professores,

com as famílias, com os alunos. Ou seja esta mudança toda desde a intervenção do

município que decorreu em 10 anos tem sido bastante positiva, deu para nós

compreendermos efectivamente realmente quais são as reais necessidades da escola, dos

alunos, dos professores. Para além das necessidades deu também para nós

compreendermos o que é que é o sistema de ensino, o que é que acontece na sala de

aula, percebemos que há efectivamente um ensino extremamente tradicional, ou muito

tradicional, um ensino que é muito semelhante há 20 ou 30 anos. E a partir daí foi de

nós delinearmos, nesta visão global, uma estratégia para de alguma forma mudar os

modelos, mudar este sistema de ensino/aprendizagem, dar ferramentas aos alunos, dar

ferramentas aos professores, às famílias e proporcionar-lhes um conjunto de

experiências que para nós são fundamentais para a promoção do sucesso educativo. Ou

seja, todo este balanço e todas estas mudanças e reflexões que fomos fazendo têm

sempre como objectivo o maior sucesso educativo nas escolas. Porque efectivamente o

Agrupamento de Escolas Josefa de Óbidos era um agrupamento com uma grande taxa

de insucesso escolar, insucesso e abandono e o nosso objectivo é combater isso.

E: Como descreveria as prioridades e principais orientações que a autarquia dá à sua

acção no campo da educação escolar?

CGED: Tem exactamente a ver com isto, ou seja, o nosso objectivo é efectivamente por

um lado olharmos para um agrupamento com uma grande taxa de insucesso e abandono

escolar e pensarmos que estratégias é que nós podemos usar para melhorar estes pontos

negativos. Ao mesmo tempo olharmos para este agrupamento e percebermos que há um

conjunto de projectos que poderiam focar-se no aluno e portanto dar-lhes mais

ferramentas e outro tipo de competências que para nós são fundamentais neste

momento. Ou seja, quando falamos no Mymachine, no Ateliê, o que nós estamos a falar

é de dar ferramentas ou competências a estes alunos para eles poderem ter, ou terem

outro tipo de competências que poderão ajudá-los no sucesso escolar. Seja a resolução

de problemas, o trabalho cooperativo, a questão até mesmo da comunicação, ou seja,

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são competências que para nós são transversais e portanto não se cingem apenas a estes

projectos, mas que se cingem a percurso escolar. E portanto o nosso objectivo é que

estes alunos quando acabarem o 12ºAno se quiserem ficar no concelho possam ter

competências e capacidades e condições para entrar no mercado de trabalho ou mesmo

se seguirem o ensino superior que possam regressar ao concelho e saberem que têm aqui

um espaço e que têm condições e têm aqui um município que os apoia e que

obviamente lhes oferece condições para eles poderem desenvolver por exemplo uma

empresa, desenvolverem um projecto. Portanto o nosso objectivo é sempre esse.

E: Que balanço faz da iniciativa Fábrica da Criatividade implementado nas Escolas

D’Óbidos?

CGED: É um balanço extremamente positivo, eu penso que quando nós criámos a

Fábrica da Criatividade não tínhamos muita noção de facto do sucesso e da quantidade

de pessoas que nós iríamos tocar. E quando digo tocar tem a ver com nós efectivamente

por cada projecto, por cada aluno que passa em cada um dos projectos da Fábrica não é

só ele que é de alguma forma, a intervenção não se foca só nele, foca-se também na

família, ou seja na própria comunidade. Portanto nós, por um lado tem a ver com este

número de crianças e de jovens, esta abrangência. Nós começamos muito focados no

pré-escolar, depois no primeiro ciclo, hoje estamos até ao ensino secundário, houve aqui

um… Efectivamente tinha que acontecer este alargamento de oferta para todos os níveis

de educação. Tem a ver com os resultados, ou seja, os resultados não nos interessam,

mas todo o processo para se chegar àquele resultado é de facto extraordinário e é de

percebermos que hoje a Fábrica faz parte do projecto das Escolas D’Óbidos, está dentro

do próprio currículo local, e também temos professores que estão a colaborar muito bem

connosco, temos professores que compreenderam toda esta filosofia do que é que nós

pretendemos com a Fábrica. Portanto faço um balanço extremamente positivo,

obviamente que há coisas que nós gostaríamos de melhorar, há coisas a melhorar, há

coisas que nós gostaríamos de também de avançar nos próximos anos. Temos já

algumas ideias, algumas parcerias que se podem vir a desenvolver, uma delas, das ideias

que nós gostaríamos de avançar entretanto tem a ver com esta componente mais

tecnológica, criar aqui, não é um novo projecto mas fazer um passo à frente do projecto

dos Ateliês e avançar aqui também com a componente mais tecnológica da programação

e da robótica e desta questão que ainda para nós é fundamental que é tornar todos estes

processos de aprendizagem visíveis porque efectivamente é isso que promove o diálogo

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com a comunidade, promove também a avaliação daquilo que nós estamos a fazer. E

portanto nesse caso estamos em conversações com a Universidade de Harvard

efectivamente para eles nos ajudarem nesta parte.

E: Como descreveria a participação da comunidade local nas iniciativas desenvolvidas

na Fábrica da Criatividade?

CGED: Nós temos sempre o cuidado de que os pais participem, isto ao longo do ano,

com algumas actividades pontuais em vários projectos. Temos também parcerias em

alguns projectos, por exemplo no Mymachine temos o apoio da Escola Superior de Arte

e Design das Caldas da Rainha, portanto vamos tentando sempre criar estas parcerias.

Depois o momento que para nós é fundamental é quando nós transformamos a escola à

noite numa Fábrica e chamamos os pais e as famílias para virem conhecer e perceber

todos estes processos, o que é que aconteceu durante o ano. Nós nunca poderemos

deixar de fazer este momento porque, para nós, é de facto um dos momentos mais

significativos que é quando e o facto de este ano nós tivemos alunos que estiveram a

apresentar os seus próprios projectos. Ou seja, isto para nós também foi um aspecto

muito positivo, nunca o tínhamos feito desta forma e correu muito bem, ou seja, eles

próprios também se envolveram na própria apresentação. Para nós é fundamental

envolver a comunidade, não só as famílias mas depois todos os parceiros locais, é

mesmo muito importante.

E: Concluindo a entrevista, existe algum aspecto que gostaria de acrescentar?

CGED: Não.

E: A entrevista está concluída, agradecemos a disponibilidade e tempo dispensado.

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Anexo VIII - Transcrição

da Entrevista 5

(Profissional ‘Atelierista’)

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Transcrição de Entrevista 5

- Profissional atelierista das Escolas D’Óbidos (AES)

Entrevistadora (E): Passo a apresentar os objectivos gerais da entrevista: Caracterizar

as percepções dos actores participantes no projecto educativo escolar sobre a oferta

educativa escolar em Óbidos, e caracterizar as percepções dos actores participantes no

projecto educativo local sobre a Fábrica da Criatividade.

E: A presente entrevista será gravada e os dados recolhidos serão para uso exclusivo

académico. Concorda com as condições apresentadas? Podemos gravar?

Entrevistado (AES): Concordo.

E: Como caracteriza a situação da educação escolar em Óbidos?

AES: Parece-me que o município de Óbidos tem marcado a diferença pela positiva, no

sentido que tem sido feito um grande investimento, pelo menos desde 2009, quando eu

entrei para o município, que é quando tenho mais essa percepção. Tem sido feito um

investimento na área da educação e sinto que tem-se procurado uma linguagem mais

criativa e mais alternativa ao ensino formal. Penso que isso tem estado a dar bons

resultados.

E: Como caracteriza a intervenção do município no desenvolvimento da educação em

Óbidos?

AES: Eu acho que até há aqui várias vertentes, ou seja, não é só na educação, é na parte

empresarial… Ou seja, aquilo que eu tenho sentido é que Óbidos tem pretendido estas

questões ligadas à criatividade e à inovação são transversais a diversas áreas de

intervenção da câmara. Eu conheço melhor a realidade aqui da educação, concretamente

desde 2009 que se começou a criar os ateliês criativos dentro das escolas, aqui no caso

do Complexo Escolar dos Arcos temos o ateliê criativo e o ateliê de cerâmica que

trabalham em parceria directa com os professores titulares e tentando dar aqui uma

resposta não formal à aprendizagem do currículo dos alunos.

E: Quais os aspectos positivos e negativos da intervenção do município no

desenvolvimento de políticas educativas?

AES: Isto é um percurso, porque é algo que é muito inovador, os próprios professores

não estavam habituados a estas práticas, quando vêm professores novos eles próprios

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reconhecem o valor dos ateliês como parceiros no processo da aprendizagem e

reconhecem como sendo uma mais-valia, algo positivo, porque são professores que vêm

de outras escolas onde estas práticas não existem. Sendo um percurso eu não

responsabilizo as coisas menos positivas propriamente o município, ou seja, faz parte

destas dinâmicas dentro das escolas. Não é uma coisa imediata, os próprios professores

não estavam habituados a trabalhar com atelieristas, com apoio criativo. Agora eu

reconheço mais aspectos positivos, o município tem investido em parcerias com outras

escolas inovadoras, no caso de Reggio Emilia, no caso da Dinamarca e em que se fazem

aqui diversas parcerias e eu já fui pelo menos quatro vezes conhecer outras realidades,

fazer ateliês noutras escolas, noutros países, eles já vieram cá também. Ou seja, tem

havido aqui um…. Temos tido muita formação, com a Gulbenkian, acho que tem

havido aqui um investimento muito grande nesta questão. Parece-me que está a dar bons

resultados. Temos tido bons feedbacks dos encarregados de educação, como dos

próprios alunos. Muitas vezes sem se aperceberem acabam por serem mais activos nesta

questão da aprendizagem, eles acabam por ser o centro dessa mesma aprendizagem, eu

aqui estou mais como mediador dos seus projectos, das suas vontades, dos temas que

eles querem abordar.

E: Que balanço faz das mudanças da intervenção da autarquia ao longo da última

década?

AES: Apesar de ter havido uma mudança política que mudou o presidente da câmara, o

antigo presidente da câmara Telmo Faria foi aquele que impulsionou estas práticas, mas

reconheço que o actual staff político tem dado continuidade de alguma forma a estas

dinâmicas. Porque também já se tinha conquistado aqui uns espaços, já tinha sido

reconhecido o valor dos ateliês, é disso que eu falo mais porque é a isso que eu estou

ligado directamente no dia-a-dia. Reconheço que este executivo também tem

contribuído para que as coisas corram bem e continuem bem, não senti aqui uma grande

diferença do executivo anterior.

E: Como descreveria as prioridades e principais orientações que a autarquia dá à sua

acção no campo da educação escolar?

AES: O que eu sinto é que vai havendo uma avaliação e o que eu sinto é que há aqui um

grande grau de confiança no nosso trabalho, e é nos dado, eu pelo menos falo por mim,

é-me dado uma grande liberdade na escolha de pedagogia, na metodologia com que

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trabalho com os meninos e com os professores. E isso só por si acho que é

extremamente positivo, ou seja, não me é no geral dado uma orientação ou não me

direccionam mais para aqui ou mais para lá. Há uma expectativa de que corra tudo bem

e há um grande esforço da nossa parte. A questão das formações tem sido determinante

também na qualidade do serviço prestado e é assim que as coisas têm vindo a funcionar:

Com uma grande liberdade para poder fazer o meu trabalho.

E: Que balanço faz da iniciativa Fábrica da Criatividade implementado nas Escolas

D’Óbidos?

AES: É um balanço positivo, a Fábrica da Criatividade surgiu para agregar porque

começaram a surgir diversos projectos posteriormente à criação dos ateliês, os ateliês

foram-se solidificando e ganhando espaço no terreno. E em seguida começaram a surgir

outros projectos, o ÓbidosAnima, os filmes de animação, todos os meus colegas

animadores acabam por ter uma intervenção na área criativa e com projectos

interessantes com as suas turmas. E isto a Fábrica da Criatividade surgiu para agregar

todos estes projectos, o que me parece acertado porque assim acabamos, apesar dos

projectos serem diferenciados, acabamos por ter uma linha orientadora comum a todos.

Ou seja, para que não seja coisas dispersas, acaba por haver aqui uma ligação até com o

próprio StoryCenter. Parece-me que fez todo o sentido a criação da Fábrica da

Criatividade para agregar os diferentes projectos.

E: Como descreveria a participação da comunidade local nas iniciativas desenvolvidas

na Fábrica da Criatividade?

AES: Isso também é um processo em construção, não foi logo imediato, demorou algum

tempo se calhar a comunidade a perceber a existência dos ateliês e a importância dos

mesmos. Mas com a apresentação anual da Fábrica da Criatividade à comunidade, o

próprio ateliê também sai muito de portas, vai aos museus municipais, vai aos museus

de Caldas da Rainha, que não é do município mas que é aqui muito próximo…

Começou a tornar-se mais visível o nosso trabalho. Recebemos também muito

pontualmente, mas com alguma frequência, Centros de Dia, que não é da comunidade

escolar mas que acabam por vir aqui, fazer actividades no ateliê. Ou seja, neste

momento estamos no bom caminho para que seja um projecto mais aberto a toda a

comunidade e sinto que os encarregados de educação já aceitam isso e já são mais

interventivos.

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E: Concluindo a entrevista, existe algum aspecto que gostaria de acrescentar?

AES: O que eu gostaria de acrescentar era que ambiciono, tenho a ambição que é esta

questão do uso de ferramentas criativas como auxílio na aprendizagem formal

começasse a ser algo mais comum entre o ateliê e a sala de aula. Ou seja, eu gostaria

que gradualmente as coisas fossem mais próximas, que não fosse os meninos vêm aqui

uma vez por semana ao ateliê e depois estão na sua sala de aula, eu gostaria que estas

práticas começassem também a ser cada vez mais assumidas pelos próprios professores.

Ou seja, eu acredito na contaminação positiva, os professores ao observarem estas

práticas e ao verem que elas até resultam, que eles também as comecem a utilizar e que

as coisas sejam mais únicas, que não haja o ateliê e a sala de aula. Porque o ensino

formal é um ensino que não tem sido renovado nas suas práticas pedagógicas e isto

acaba por ser uma atitude um bocadinho provocadora no sentido da mudança. Acho que

faz todo o sentido, estamos numa sociedade mais tecnológica, muito diferente, os

meninos de agora tem apetências e necessidades completamente diferentes e eu acho

que gostaria então que estas práticas fossem comuns a toda a escola, ou que não fosse

uma coisa só do ateliê.

E: A entrevista está concluída, agradecemos a disponibilidade e tempo dispensado.

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Anexo IX - Transcrição da

Entrevista 6 (Vereadora

com o Pelouro da

Educação)

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Transcrição de Entrevista 6

- Vereadora da Educação do Município de Óbidos (VED)

Entrevistadora (E): Passo a apresentar os objectivos gerais da entrevista: Caracterizar

as percepções dos actores participantes no projecto educativo escolar sobre a oferta

educativa escolar em Óbidos, e caracterizar as percepções dos actores participantes no

projecto educativo local sobre a Fábrica da Criatividade.

E: A presente entrevista será gravada e os dados recolhidos serão para uso exclusivo

académico. Concorda com as condições apresentadas? Podemos gravar?

Entrevistada (VED): Concordo.

E: Como caracteriza a situação da educação escolar em Óbidos?

VED: Nós estamos num momento e num período muito importante em termos

educativos em Óbidos, há um projecto que vem à longa data e que numa fase inicial

apostava na educação pela arte, foi feito muito nesse sentido. No entanto, durante anos

tivemos duas realidades completamente diferentes, por um lado, uma realidade que era

implementada pelo município, através do gabinete de educação, através dos projectos

ligados à educação artística, a educação pela arte, como a Fábrica, os ateliê, um

conjunto de outras iniciativas… E tínhamos simultaneamente a escola a continuar a

organizar-se de forma muito tradicional. Nós entrávamos na escola e essas duas

velocidades eram perfeitamente visíveis e sensíveis, quem entrasse percebia estas duas

realidades. O que nós tínhamos era o constrangimento por um lado, que era o facto de

ao município só poder interferir ao nível do pré-escolar e do 1º. Ciclo e só podia fazê-lo

em termos de AEC (Actividades Extra Curriculares), ora as nossas iniciativas iam nesse

sentido, nas AEC’S e depois como oferta que se tentava impor na escola com os ateliês,

fazendo com que os professores tivessem alguma articulação. Estávamos presentes mas

sabíamos que era uma realidade completamente à parte.

Neste momento o que é que nós sentimos em Óbidos, o contrato interadministrativo

veio-nos permitir que houvesse efectivamente uma relação completamente diferente,

temos a escola territorial e onde nós mais notamos a eficácia da escola territorial é neste

cruzamento de projectos. Deixámos de ter os projectos do município e os projectos do

agrupamento, portanto há um único projecto educativo e os conteúdos passam a poder

ser trabalhados também no ateliê e na Fábrica. E isso é extremamente importante, é

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fazendo o balanço do que é que está a acontecer neste momento… Neste momento está

a acontecer uma verdadeira unificação do projecto educativo

E: Como caracteriza a intervenção do município no desenvolvimento da educação em

Óbidos?

VED:O município… E eu tenho sido convidada para participar em muitas conferências,

que provocatoriamente, pelo menos é assim que eu sinto, mas não é essa intenção de

quem convida. Provocatoriamente há, o tema é escola municipal, nós não concordamos

com essa designação, não há uma escola municipal. Porque se houvesse uma escola

municipal seria uma escola gerida pelo município, o que não é verdade. O contrato

interadministrativo transferiu um conjunto de competências para o município, mas

simultaneamente e porque entendemos que a educação é demasiado séria para ser

politizada, para estar limitada a quem está no poder no momento, ela tem de ser um

projecto a longo prazo, definido por todos. Portanto simultaneamente o município de

Óbidos, com essas competências que lhe foram transferidas, transferiu as que era

possível para o agrupamento e as que não era possível deu-as para o conselho municipal

da educação. Então o papel do município é um papel de agilizador por um lado, por

outro é o de apresentar uma política educativa, pô-la à discussão no agrupamento e em

conjunto encontrarmos forma de a fazer acontecer, de a tornar uma realidade. O

objectivo de todos é o mesmo, é termos crianças mais felizes, é termos crianças que

aprendam mais e melhor, e aqui o mais não tem a ver com rankings, tem a ver com o ser

integral. Portanto nesse sentido o município torna-se o agilizador, nós temos uma escola

territorial, fazemos com que tudo o que existe no território esteja ao serviço da

educação, esse é o papel do município.

E: Quais os aspectos positivos e negativos da intervenção do município no

desenvolvimento de políticas educativas?

VED: Aspectos positivos já de alguma forma já os referi, começarmos a ter

efectivamente uma escola que tem um projecto e que consegue implementar esse

projecto, porque o município torna-se facilitador, por um lado. Eu vou dar um exemplo

concreto, nós temos, tínhamos muitas crianças, demasiadas crianças referenciadas como

hiperactivas. Nitidamente nem todas aquelas crianças eram hiperactivas, mas o que é

que a escola tinha, o agrupamento o que é tinha como instrumento, tinha um psicólogo,

um SPO (Serviço de Psicologia e Orientação), que estava sobretudo ligado ao SPO e

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não tinha mais nada, não tinha mais técnicos. Com o município a entrar na educação o

que é que fizemos, construímos um núcleo interdisciplinar que é o NIMO, em que além

de termos mais psicólogos, termos um conjunto de outros terapeutas para que possamos

dar resposta a todas as crianças. Muitas crianças que eram consideradas hiperactivas

com a yoga, com a meditação tornaram-se mais calmas, portanto este é um exemplo

muito concreto e muito pequenino do que o município consegue que o estar na educação

pode ajudar de no facto da nossa preocupação é nós não trabalhamos para alunos, para

grupos, trabalhamos para cada um dos alunos. Nesse sentido temos forma de dar

resposta.

Aspectos negativos, nós temos um contrato interadministrativo que traduz um conjunto

de competências para o município, que depois as transferiu para o agrupamento e para o

conselho municipal de educação. No entanto, continuamos a ter uma educação

demasiado centralista, continuamos a estar limitados na gestão por exemplo do crédito

horário. Nós sempre assumimos que seria para cumprir o currículo nacional, não

queremos outra coisa, mas haver uma forma de rentabilizar e de melhor gerir. Vou dar-

lhe um exemplo com a fábrica, nós temos no 1º. Ciclo os professores dão as áreas das

expressões, a expressão físico-motora, a expressão dramática, a expressão artística… E

nós temos condições para que os alunos saiam da sala de aula, da sua sala de aula e

essas áreas sejam trabalhadas ou no ateliê, ou com um professor de educação física.

Quando eu digo que temos todos os recursos ao serviço da educação temos um conjunto

de técnicos nas piscinas, temos animadores com essa formação… Portanto o ideal seria

que os alunos saíssem da sua sala de aula e tivessem essas áreas onde fosse possível, ora

a legislação não nos permite. O que é que nós continuamos a estar constrangidos, isto

acaba por, temos um contrato interadministrativo que nos dá autonomia, mas não temos

autonomia para gerir coisas tão simples como estas horas das expressões, poderem os

alunos serem encaminhados para outros espaços, para outros professores, seriam sempre

pessoas com formação superior, e libertar os professores do 1º. Ciclo para fazerem

trabalho conjunto. Isso era o ideal, atendendo à metodologia agora a introduzir, que

iniciámos este ano das equipas educativas, precisamos de tempo para que os professores

trabalhem em conjunto e não é possível. Portanto é um constrangimento, sentimos que

há muita vontade de fazer coisas, mas há ainda um centralismo da educação.

E: Que balanço faz das mudanças da intervenção da autarquia ao longo da última

década?

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VED: Tem sido um caminho, nós estamos com mais 14 municípios no programa

Aproximar Educação, no contrato interadministrativo, e o nosso ritmo nós já estamos a

um ritmo cujo as preocupações são estas que eu acabei de dizer, é intervir na sala de

aula, ajudar a intervir em sala de aula. Enquanto temos um conjunto de outros

municípios que ainda estão com as preocupações administrativas. O que é que isto

significa? Significa que nós já fizemos um percurso que outros ainda estão a iniciar. De

facto, ao longo da última década, que a estratégia do município já passava pela

educação, houve um investimento na educação, ultrapassaram-se constrangimentos que

outros estão agora a ter. O facto de durante muito tempo os professores do agrupamento

não privarem com os técnicos da Fábrica, ou os técnicos do Gabinete de Educação é um

processo normal. Portanto tudo isto leva tempo e foi-se fazer gradualmente, sem

imposições, neste momento estamos em condições de avançar e trabalhar todos em

conjunto. Portanto este é o resultado de um processo, na educação os processos são

sempre morosos, portanto o balanço que eu faço é um balanço positivo, há quem queira

resultados no imediato, não temos resultados no imediato. Nós começámos a sentir o

resultado por exemplo dos alunos que tiveram ao longo do seu percurso escolar, tiveram

a Fábrica da Criatividade, tiveram um conjunto de práticas de educação pela arte e

começámos a ter esse resultado em termos de exames nacionais, que valem o que

valem, e que medem o que medem… Mas começámos a ter esses resultados agora,

foram alunos que já fizeram todo o percurso assim. Portanto é um caminho que se vai

fazendo, de forma inteligente, respeita o currículo, não se impôs, porque só assim é que

faz sentido e agora é quase impossível voltarmos atrás. É mesmo impossível, tivemos

aqui uma situação se não sabíamos se iriamos continuar o contrato interadministrativo

e imediatamente já foi a escola a insurgir-se e a dizer ser impossível voltarmos atrás.

E: Como descreveria as prioridades e principais orientações que a autarquia dá à sua

acção no campo da educação escolar?

VED: Nós temos no centro do nosso programa a educação, tudo isto se cruza. As áreas

não são estanques, inclusive eu tenho um conjunto de pelouros que há quem diga que

até são muitos, se calhar até são… Mas porque eu acho que ainda bem que é assim,

porque não é possível eu estar a trabalhar, eu ter a educação e outro ter a juventude ou

ter a cultura. Portanto são áreas que se cruzam, a educação para nós está no centro da

nossa estratégia mas ela é transversal, ela cruza com todas as áreas. Temos tido um

investimento muito muito grande, se calhar o maior investimento que temos feito é

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mesmo ao nível da educação. Durante os últimos anos foram investimentos mais

materiais, ou seja em coisa materiais, em coisas físicas, que se viam, que era visível.

Agora estamos num investimento no imaterial, nas pessoas, em projectos… em que nós

não temos coisas para inaugurar e para mostrar, é preciso estar no processo para

perceber o que isto acarreta. Porque temos consciência que a educação é muito

importante ninguém pode estar a fazer experiências, mesmo sendo eu professora,

mesmo estando ligada à educação desde sempre, não posso ter a validade de achar que

eu sei tudo sobre isto. Portanto pensamos que não pode ser um vereador ou um

executivo a decidir a educação, nesse sentido há um investimento muito grande da nossa

parte e que nós estamos com uma equipa científica que nos está a apoiar, que nos está a

orientar, nos está validar. Isto para validar todo o processo, isto é algo que a maioria das

pessoas não sabe, não sabe o quanto isso nos custa, não é visível, mas mostra a nossa

preocupação relativamente à educação. Ela é central, apostamos quase tudo na

educação, mas apostamo-lo tendo consciência que é um processo de longo prazo, que

passará por muitos executivos e que este projecto tem que estar apoiado numa comissão

científica que possa validar.

E: Que balanço faz da iniciativa Fábrica da Criatividade implementado nas Escolas

D’Óbidos?

VED: A Fábrica da Criatividade foi crescendo, foi-se transformando, foi-se reinventado

e se reorganizando em função também das condições que a própria escola, que o próprio

agrupamento, que as próprias políticas educativas foram dando. Numa primeira fase, a

Fábrica da Criatividade era um espaço que havia nas escolas onde os animadores, no

seu tempo vou dizer das AECS, mas não era apenas de AECS para tornar mais simples,

trabalhavam com alguns alunos. Depois começou gradualmente a ser um espaço

apropriado também pelos professores, para ali desenvolverem parte dos seus conteúdos.

Portanto a fábrica foi crescendo, a Fábrica da Criatividade tornou-se de tal forma

importante para a estratégia, porque é mais do que um programa, é mesmo uma

estratégia, que há dois anos quando mudámos para as instalações da nova Josefa já

tínhamos alunos que tinham feito sempre o seu percurso com a fábrica. De repente

chegaram à Josefa e não havia fábrica e para eles não fazia sentido uma escola sem a

fábrica. De facto está um ateliê na Josefa também que dá uma resposta incrível e é

interessante que no final deste ano tivemos uma visita da escola e eu tinha alguns

professores da Josefa que não conheciam aquele espaço. A propósito do projecto

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Kínesis, um projecto interessante, havia ainda professores na escola que não conheciam

o espaço, não conheciam o projecto e que ficaram maravilhados e disseram: “Mas eu

também trazer as minhas turmas.”. Isto significa o quê? Que por um lado, parte dos

alunos, por parte dos animadores a fábrica foi crescendo e tem hoje um espaço que

ninguém questiona. Mas por outro, há ainda uma realidade, sobretudo ao nível da escola

do 3º. Ciclo e do secundário, de um conjunto de professores que ainda têm de perceber

as mais-valias que a fábrica traz, para a sua prática lectiva, para a sua relação com os

alunos.

E: Como descreveria a participação da comunidade local nas iniciativas desenvolvidas

na Fábrica da Criatividade?

VED: Esse é outro problema, nós entendemos que, e enquanto escola territorial, o que

se pretende é que a escola seja uma escola sem muros, que seja uma escola que acontece

em todo o território. É a escola que vai para o lugar, que vai para o território e é o

território que vai para a escola, nesse sentido foram feitas várias actividades desafiando

a comunidade. Quando nós pensamos ao nível do pré-escolar e do 1º.Ciclo aí a

comunidade reduz-se quase aos pais, aos familiares e a esse nível, quando estamos no

1º.Ciclo e pré-escolar eles respondem. Quando entramos no 2º. Ciclo, 3º. Ciclo e

secundário eles afastam-se da escola, talvez para dar espaço aos seus filhos, é uma

questão cultural. No entanto a fábrica com o conjunto das suas áreas, dos seus

programas, tem procurado sempre que possível ir à comunidade, indo buscar o saber-

fazer local, os materiais, convidando a…E também, como o processo educativo

sentimos que é moroso.

E: Concluindo a entrevista, existe algum aspecto que gostaria de acrescentar?

VED: Apenas que aquilo que estamos a fazer em Óbidos em termos de educação nem

sempre é perceptível. Tenho estado em muitos encontros, quer eu, quer o Gabinete de

Educação, temos estado em muitos encontros nacionais e internacionais, temos

consciência que estamos no bom caminho. Este é o caminho, apostamos nele, é por aí.

No entanto, também temos consciência que ele não é perceptível interiormente, portanto

a nível local e até a nível nacional. Muitas vezes não se entende aquilo que se está aqui

a fazer, por uma razão muito simples, porque em termos de educação em Portugal,

ainda se avalia a educação em termos de rankings nacionais, de resultados e de

resultados visíveis que são os das provas de aferição, que são os dos exames nacionais.

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Os resultados medíveis eles são feitos, são trabalhados em função ainda de uma

educação tradicional, da transmissão do saber e depois da reprodução do saber.

Portanto, tudo aquilo que está a ser feito em Óbidos, felizmente há outras escolas pelo

país que também começam já neste processo, ainda não tem medidores. Ou seja, nós

não podemos ainda dizer que por exemplo a criatividade, a forma de relação das várias

matérias, a forma como a criança reage no imediato a uma nova situação… Isso não é

medível nos quantificadores que depois traduzem rankings nacionais. E isso temos

pena, porque quando chegamos os resultados dos exames nacionais, Óbidos mesmo

assim tem vindo a crescer, nunca foi a nossa preocupação. Mas quando saem os

rankings vem imediatamente a coisa de: “Então têm todo este trabalho e os resultados

são estes.”. Era muito importante que fosse possível a nível nacional ter outros

medidores, é a única coisa que gostaria de destacar.

E: A entrevista está concluída, agradecemos a disponibilidade e tempo dispensado.

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Anexo X - Transcrição da

Entrevista 7 (Encarregada

da Educação)

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Transcrição de Entrevista 7

- Encarregada de Educação (EE)

Entrevistadora (E): Passo a apresentar os objectivos gerais da entrevista: Caracterizar

as percepções dos actores participantes no projecto educativo escolar sobre a oferta

educativa escolar em Óbidos, e caracterizar as percepções dos actores participantes no

projecto educativo local sobre a Fábrica da Criatividade.

E: A presente entrevista será gravada e os dados recolhidos serão para uso exclusivo

académico. Concorda com as condições apresentadas? Podemos gravar?

Entrevistado (EE): Sim, sim.

E: Como caracteriza a situação da educação escolar em Óbidos?

EE: É assim, a realidade que eu conheço é a dos meus dois filhos, um está no jardim e

outro está no 1.º Ano do 1.º Ciclo. Portanto, secundário por exemplo não tenho muita

noção como é que é… Relativamente ao 1.º Ciclo e ao Jardim de Infância eu estou

muito satisfeita com a abordagem educativa, acho que é muito interessante a questão de

eles apostarem não só pela questão da criatividade mas a forma como o fazem. Eu senti

por exemplo no meu filho agora no 1.ºAno, portanto eles têm muito aquela coisa de não

quererem estar sentados, esses problemas que é um bocadinho comum a todos… E de

facto haver alguns espaços que são daquela hora, que nós chamávamos do professor,

mas que lhes permitem uma abordagem diferente, fisicamente também, eles podem

estar em pé, podem sair da sala, vão à biblioteca nas equipas educativas, vão a outra

sala… O ateliê em que estão em pé… Portanto isso também acaba por ser, eu senti que

foi muito importante para o meu filho.

E: Como caracteriza a intervenção do município no desenvolvimento da educação em

Óbidos?

EE: É assim, eu aí não tenho muita noção o que é que é a intervenção do município e o

que é que é a intervenção da escola. Para quem está fora às vezes é um bocadinho

difícil, é muita coisa… É muito difícil para quem está de fora ter a percepção às vezes

até dos nomes. Eles corrigem montes de vezes, “ah não se chama assim”. Portanto

também não é claro, também já disse muitas vezes à vereadora que efectivamente a

comunicação deles podia ser melhor, no sentido de eles valorizarem o que fazem,

porque eu acho que fazem mais do que aquilo que as pessoas conseguem perceber. E

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então eu não tenho muita noção, sei que a Fábrica da Criatividade, parece-me que é uma

intervenção do município… Mas depois não consigo perceber por exemplo as equipas

educativas, qual é o papel do município e qual é o papel da escola, isso não passa para

fora.

E: Quais os aspectos positivos e negativos da intervenção do município no

desenvolvimento de políticas educativas?

EE: Pronto, lá está, não tendo muita percepção de qual é a intervenção deles também

não tenho muita noção do que é que é aspectos negativos. No global eu não sinto

aspectos negativos na aprendizagem dos meus filhos, há portanto esta questão da

comunicação que desde que o meu filho entrou para o jardim, portanto três anos mais

este ano agora, que eu lhes tenho vindo a dizer que de esta falta de comunicação, talvez

seja esse o aspecto negativo. No entanto não tem a ver com a aprendizagem, é só a

comunidade talvez não valorize tanto este projecto porque não o conhece tão bem. E é

pena. Os aspectos positivos é aquela questão que me parece que o facto de haver

espaços diferentes, que permitam uma abordagem diferente ajuda na aprendizagem. E

acho que eles estão a fazer uma tentativa também de ir ao encontro dos interesses, há

meninos que se calhar gosta de estar mais sentados, são mais sossegados, outros mais

irrequietos… E eles dão um bocadinho de espaço para todos.

E: Que balanço faz das mudanças da intervenção da autarquia ao longo da última

década?

EE: Aí eu não consigo responder, porque eu não estudei cá, não sei como era antes e

agora só tenho a percepção desta realidade, não sei comparar com o que era, não

consigo.

E: Como descreveria as prioridades e principais orientações que a autarquia dá à sua

acção no campo da educação escolar?

EE: Também não sei bem, lá está, porque embora eu tente ter informação sobre o

projecto para mim não é completamente claro. Ouvindo-os falar claramente dão

prioridade à criatividade, aí pronto… Mas a criatividade também é muita coisa, toda a

gente hoje em dia, do pasteleiro à senhora da limpeza pode usar a criatividade. Portanto

eu também não sei bem que prioridades é que eles estão a dar no campo da educação.

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E: Que balanço faz da iniciativa Fábrica da Criatividade implementado nas Escolas

D’Óbidos?

EE: A Fábrica da Criatividade, lá está, eu também não sei exactamente o que é a Fábrica

da Criatividade [risos]…

E: A fábrica acaba por englobar uma série de iniciativas, o ateliê, o ÓbidosAnima, o

StoryCenter, a fábrica é o “projecto mãe” de todos os projectos.

EE: Então é assim, no 1.ºCiclo a Fábrica da Criatividade no meu filho foi a presença no

ateliê mais as ofertas complementares que deu origem ao ÓbidosAnima. O meu filho

era as duas horas que mais gostava, era isso e as equipas educativas. Portanto eu acho

que de facto é muito importante, para além de que tem sem eles perceberem, são muito

pequeninos para perceberem isso, estão a aprender uma série de, estão a adquirir uma

série de competências, aquela forma de pensar na história, depois pode ser trabalhado o

estudo do meio, o português e a matemática, o perceberem “ah vamos pensar desta

forma, agora vamos juntar as imagens, temos de trabalhar em equipa…”. Tudo isso é

uma grande aprendizagem que eu valorizo muito como seres humanos, que depois vão

integrar um trabalho. Portanto isso eu acho muito importante.

No jardim é aquela parte que eles trabalham com o animador, ao fim do dia, aí eu acho

que também é interessante eles sendo meninos mais pequenos, a percepção deles

daquele trabalho é muito diferente. Mas de qualquer forma quanto mais cedo começam,

melhor.

E: Como descreveria a participação da comunidade local nas iniciativas desenvolvidas

na Fábrica da Criatividade?

EE: Eu acho que é muito diminuta, eu tento fazer algumas intervenções mas são muito

pontuais como encarregada de educação. Pelo que eu me apercebo dos dois grupos que

eu conheço, só conheço os encarregados de educação dos grupos dos meus filhos

[1.ºCiclo e Jardim de Infância]. Não me parece que as pessoas tenham, algumas nem

interesse têm de curiosidade de saber o que é e também acho que ainda não há…

Também não sei se aqueles que gostavam de intervir perceberam que podem, essa foi

uma das perguntas que eu fiz numa das últimas sessões, que foi: “Então de que forma é

que eu posso intervir? Eu posso propor-vos um projecto?”. Eu trabalhei na área do

ordenamento do território em que vos ocupamos duas ou três horas para fazer uma

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actividade? Acho que a própria escola mais o município também não têm propriamente

um modelo… Nós também, até pelas respostas do director foi substancialmente

diferente da resposta da vereadora, portanto eles também não se organizaram muito bem

quanto a este modelo de intervenção da comunidade e enquanto isso não tiver feito acho

que também não há hipótese da comunidade poder intervir de forma mais efectiva…

E: Concluindo a entrevista, existe algum aspecto que gostaria de acrescentar?

EE: Aqui, até de facto pela minha, pelas minhas características profissionais, digamos

assim, formatação profissional como eu costumo dizer e pelos gostos pessoais, acho que

é realmente a comunicação e a participação que falta aqui muito. Porque esta tal escola

municipal que eles falam, de trabalhar sobre o local, o território, as tradições, as

pessoas… Isso, a integração da comunidade enriqueceria muito, porque as experiências

de cada um de nós, sendo depois trabalhadas na sala vão trazer uma aprendizagem

muito mais efectiva também, porque se for um pai na escola a falar de uma coisa

qualquer todas as atenções vão estar mais viradas do que no professor. Portanto eu diria

que eram estas as vertentes que faltam investir, a comunicação e um modelo de

participação da comunidade na escola.

E: A entrevista está concluída, agradecemos a disponibilidade e tempo dispensado.

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Anexo XI – Categorização

das Entrevistas

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Categorização das Entrevistas

Dimensões Categorias Subcategorias Indicadores Unidades de Registo

1. Projecto

educativo

escolar em

Óbidos

1.1 Educação

escolar em

Óbidos

Feedback positivo

Processo de mudança

interessante na educação

escolar

Satisfação em relação à

abordagem educativa no

jardim-de-infância e no

1.ºCEB

“ (…) Processo de transição interessante (…) Há um

processo de abertura que eu acho que é muito

interessante.” (Entrevista 3:1)

“Relativamente ao 1.º Ciclo e ao Jardim de Infância

eu estou muito satisfeita com a abordagem educativa,

acho que é muito interessante a questão de eles

apostarem não só pela questão da criatividade mas a

forma como o fazem.” (Entrevista 7:1)

Aumento da

diversidade da oferta

educativa

Esforço do município no

sentido de aumentar a

oferta educativa

“O município (…) tem feito um grande esforço na

promoção de uma maior diversidade de oferta

formativa nas Escolas d’Óbidos.” (Entrevista 4:1)

Papel do município e

da comunidade

Município e comunidade

local com protagonismo no

projecto educativo escolar

“No ponto de vista do município e da comunidade

assumem um protagonismo na comunidade de

escolas que não é muito comum em Portugal (…) ”

(Entrevista 3: 1)

Abrangência de

múltiplas dimensões

Desenvolvimento de

diversas dimensões de

conhecimentos

“Pretendemos que todos os alunos tenham acesso a

dimensões de caracter cultural, artístico,

desportivo… Além do próprio conhecimento, os

conhecimentos científicos e técnicos (…) Dimensão

humana o mais enriquecida que nós conseguirmos.”

(Entrevista 2.1)

Importância da

criatividade e da

inovação

Existência de duas áreas

principais que orientam o

desenvolvimento de

projectos

“ (…) Há duas áreas fundamentais que é a

criatividade e a inovação e a partir daí nós criámos

sempre um conjunto de projectos, uns que fomos à

procura, outros que fomos nós que criámos, de

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Linguagem criativa como

alternativa ao ensino

formal

projectos que de alguma forma estivessem nestas

duas áreas, interligados na área da criatividade e da

inovação (…) ” (Entrevista 4:1)

“ (…) Sinto que tem-se procurado uma linguagem

mais criativa e mais alternativa ao ensino formal.

Penso que isso tem estado a dar bons resultados.”

(Entrevista 5:1)

Importância do aluno

no projecto educativo

escolar

Oferta educativa que

coloca o aluno no centro da

aprendizagem

Ambição do

desenvolvimento integral

das crianças e alunos

Esforço de colocação do

aluno no centro do

processo educativo

“ (…) É uma oferta diversificada, é uma oferta muito

focada nestas duas áreas e é uma oferta que procura

focar os processos de ensino/aprendizagem no aluno

e não tanto no professor.” (Entrevista 4: 1)

“ (…) Pretendemos o desenvolvimento integral da

criança e do aluno (…) para que estas crianças e

jovens saiam do nosso agrupamento de escolas mais

enriquecidos, que sejam pessoas melhores, com

melhores conhecimentos, com melhores capacidades

e que sejam no futuro capazes de dar resposta ao que

o futuro lhes reserva tanto no âmbito académico

como no âmbito profissional.” (Entrevista 2:5)

“No ponto de vista do conceito acho que há um

esforço muito grande de colocar o aluno no centro do

processo educativo, acho que havia um enorme

desequilíbrio e há um enorme desequilíbrio na

educação em Portugal. (…) tem havido essa lógica,

não tanto nos resultados mas no aluno e eu acho que

isso é uma coisa muito interessante.”

“O modelo educativo que eu vejo e pelo menos

aquilo que me vendem a mim é um modelo centrado

nessa questão do aluno, na capacidade do aluno

poder sonhar, poder fazer aquilo que ele entende, de

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ter uma visão um bocado transdisciplinar das coisas,

ter projectos que os desafiem…” (Entrevista 3:3)

Impacto do contrato

interadministrativo

Criação da escola territorial

que permite o cruzamento

de projectos

“ (…) O contrato interadministrativo veio-nos

permitir que houvesse efectivamente uma relação

completamente diferente, temos a escola territorial e

onde nós mais notamos a eficácia da escola territorial

é neste cruzamento de projectos. Deixámos de ter os

projectos do município e os projectos do

agrupamento, portanto há um único projecto

educativo (…) ” (Entrevista 6:1)

Impacto dos rankings

nacionais

Importância dos rankings

nacionais para a

valorização do projecto

educativo escolar

“ (…) Aquilo que estamos a fazer em Óbidos em

termos de educação nem sempre é perceptível. (…)

Temos consciência que estamos no bom caminho.

(…) Também temos consciência que ele não é

perceptível interiormente, portanto a nível local e até

a nível nacional. (…) Em Portugal, ainda se avalia a

educação em termos de rankings nacionais (…) Tudo

aquilo que está a ser feito em Óbidos (…) Ainda não

tem medidores (…) Isso não é medível nos

quantificadores que depois traduzem rankings

nacionais. (…) Era muito importante que fosse

possível a nível nacional ter outros medidores (…) ”

(Entrevista 6:7)

1.2 Intervenção

do município

na educação

Importante parceiro do

agrupamento de escolas

Relação de proximidade do

município com o

agrupamento

Facilidade de parceria entre

as duas entidades

“O município tem um papel fundamental, é o

parceiro de excelência. Existe uma proximidade não

só por força do acordo interadministrativo da

delegação de competências (…) Já existia uma

grande tradição de cooperação (…)” (Entrevista 2:1)

“Nós como temos só um agrupamento tem sido

muito fácil ter esta parceria com o agrupamento de

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escolas (…)” (Entrevista 4:1)

Papel agilizador do

município

Município agiliza a

apresentação e discussão

de políticas educativas

“ (…) O papel do município é um papel de agilizador

por um lado, por outro é o de apresentar uma política

educativa, pô-la à discussão no agrupamento e em

conjunto encontrarmos forma de a fazer acontecer

(…) O município torna-se o agilizador, nós temos

uma escola territorial, fazemos com que tudo o que

existe no território esteja ao serviço da educação,

esse é o papel do município.” (Entrevista 6:2)

Evolução da

intervenção

Evolução do apoio do

município à educação na

última década

Melhoria gradual do

modelo de gestão, da

construção das escolas e do

projecto Fábrica da

Criatividade

“ (…) Óbidos tem por tradição um grande apoio à

educação. Esse apoio, na última década, sempre foi

visível esta interacção muito positiva com a escola.”

“Essa preocupação sofreu um grande incremento

quando o Dr. Telmo Faria foi presidente da câmara e

a partir daí tem sido, esse patamar tem sido

continuado (…)” (Entrevista 2:4)

“Melhorou algumas coisas, melhorou e isso notou-se

desde o processo de construção das escolas, até à

questão da Fábrica da Criatividade, dos recursos

humanos (…) O modelo de gestão tem vindo a ser

progressivamente adaptado e a ser alterado. Acho que

tem sido bastante dinâmico (…) ” (Entrevista 3:3)

Educação no centro do

desenvolvimento do

concelho

Educação na base das

estratégias para o

desenvolvimento do

concelho

Educação como estratégia

que se cruza com outras

áreas

“ (…) Há toda uma estratégia comum do

desenvolvimento do território, onde obviamente a

educação é a base.” (Entrevista 4:1)

“(…) Temos no centro do nosso programa a

educação (…)a educação para nós está no centro da

nossa estratégia mas ela é transversal, ela cruza com

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todas as áreas. (…) ” (Entrevista 6:4)

Importância de

desenvolver projectos

locais

Preocupação do município

em desenvolver projectos

com entidades locais

Importância de relacionar a

inovação e criatividade ao

desenvolvimento de

projectos locais

“A preocupação que o município também tem tido,

que é integrar todas as entidades e estruturas que

existem e fazem parte da sua esfera neste caminho e

neste processo também acho que é algo que é muito

interessante (…) ” (Entrevista 3:1)

“Sempre nesta lógica da inovação e da criatividade,

na lógica de promoção que os alunos possam

desenvolver ideias, possam participar na

comunidade, que possam desenvolver projectos

locais. Ou seja, com ligação ao território.” (Entrevista

4:1)

Investimento na

educação

Importância do

investimento na

requalificação e construção

de complexos escolares

Investimento na formação

dos profissionais não

docentes

Investimento em projectos

e em recursos humanos

“ (…) Estas condições em termos físicos e em todas

as dimensões (…) É muito enriquecedor, facilita

muito ao agrupamento o desenvolvimento de

actividades (…) O município teve a preocupação (…)

de ser o próprio município a edificar ou a requalificar

por exemplo, esta escola, tendo e com o bom

entendimento de que o município melhor poderia dar

resposta às necessidades que são específicas deste

agrupamento de escolas (…)” (Entrevista 2:2)

“Temos tido muita formação, com a Gulbenkian,

acho que tem havido aqui um investimento muito

grande nesta questão.” (Entrevista 5:2)

“Durante os últimos anos foram investimentos mais

materiais (…) em coisas físicas, que se viam, que era

visível. Agora estamos num investimento no

imaterial, nas pessoas, em projectos (…)” (Entrevista

6:5)

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Orientações e

prioridades

Combate ao insucesso e

abandono escolar como

prioridade

Intervenção do município

na educação com o

acompanhamento de uma

equipa científica como uma

prioridade

“ (…) Estas mudanças e reflexões que fomos fazendo

têm sempre como objectivo o maior sucesso

educativo nas escolas. Porque efectivamente o

Agrupamento de Escolas Josefa de Óbidos era um

agrupamento com uma grande taxa de insucesso

escolar, insucesso e abandono e o nosso objectivo é

combater isso. (…) O nosso objectivo é

efectivamente por um lado olharmos para um

agrupamento com uma grande taxa de insucesso e

abandono escolar e pensarmos que estratégias é que

nós podemos usar para melhorar estes pontos

negativos. (…) que há um conjunto de projectos que

poderiam focar-se no aluno e portanto dar-lhes mais

ferramentas e outro tipo de competências que para

nós são fundamentais neste momento. Ou seja,

quando falamos no Mymachine, no Ateliê, o que nós

estamos a falar é de dar ferramentas ou competências

a estes alunos para eles poderem ter, ou terem outro

tipo de competências que poderão ajudá-los no

sucesso escolar. ” (Entrevista 4:3)

“ (…) Temos consciência que a educação é muito

importante ninguém pode estar a fazer experiências,

mesmo sendo eu professora, mesmo estando ligada à

educação desde sempre, não posso ter a validade de

achar que eu sei tudo sobre isto. Portanto pensamos

que não pode ser um vereador ou um executivo a

decidir a educação, nesse sentido há um investimento

muito grande da nossa parte e que nós estamos com

uma equipa científica que nos está a apoiar, que nos

está a orientar, nos está validar.” (Entrevista 6:5)

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Criatividade como uma

prioridade do município

“Ouvindo-os falar claramente dão prioridade à

criatividade (…) ” (Entrevista 7:2)

Aspectos positivos

Delegação de

competências do município

no agrupamento

Integração do projecto

educativo com a realidade

local do concelho

Município como actor

principal na definição de

políticas educativas

Criação de parcerias

internacionais

“É um elemento muito facilitador (…) O acordo

interadministrativo possibilita que, numa lógica de

maior proximidade, obviamente que temos maior

proximidade até física com o município do que com

o ministério. (…) Existem muitas vertentes cujas

competências foram delegadas para o município, que

o município muitas delas delegou no próprio

agrupamento (…)” (Entrevista 2:2)

“A possibilidade de nós começarmos a integrar o

projecto educativo com a realidade local, com

objectivos de desenvolvimento local de médio prazo

e de longo prazo, como por exemplo esta aposta nas

tecnologias de informação, no Parque Tecnológico e

de repente temos uma oferta educativa que é mais

direccionada para estas áreas e não apenas para

aquelas que são mais óbvias e mais comuns como o

Turismo (…) ” (Entrevista 3:2)

“ (…) Os aspectos positivos, acho que têm que ver

com isto, o município ser um actor principal na

definição e deve ser ouvido na definição das políticas

educativas (…) porque ele é que tem uma visão

muito mais generalista de todo o desenvolvimento do

território e portanto esta parceria com o agrupamento

é fundamental.” (Entrevista 4:2)

“ (…) O município tem investido em parcerias com

outras escolas inovadoras, no caso de Reggio Emilia,

no caso da Dinamarca e em que se fazem aqui

diversas parcerias (…) ” (Entrevista 5:2)

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Implementação efectiva de

projectos

Abordagem diferenciada

aos alunos

“ (…) Começarmos a ter efectivamente uma escola

que tem um projecto e que consegue implementar

esse projecto, porque o município torna-se facilitador

(…) Com o município a entrar na educação (…)

Construímos um núcleo interdisciplinar que é o

NIMO, em que além de termos mais psicólogos,

termos um conjunto de outros terapeutas para que

possamos dar resposta a todas as crianças.”

(Entrevista 6:2)

“ (…) Facto de haver espaços diferentes, que

permitam uma abordagem diferente ajuda na

aprendizagem. E acho que eles estão a fazer uma

tentativa também de ir ao encontro dos interesses

(…) E eles dão um bocadinho de espaço para todos.”

(Entrevista 7:2)

Aspectos negativos

Dificuldade de socialização

das estratégias adoptadas

pelo município

Visão negativa da

comunidade em relação às

competências do município

na educação

“É a dificuldade que existe sempre de socializar estas

estratégias, vencer as resistências. (…) Aspecto mais

negativo é para que tudo seja bem feito estamos a

falar de ainda mais tempo para ter resultados (…) o

tempo que está a demorar e que vai demorar até nós

chegarmos aos patamares em que nós precisamos de

estar.” (Entrevista 3:2)

“ (…) O município muitas vezes é visto como uma

entidade, como uma organização que é responsável

por um conjunto de competências como a construção

de escolas, como os transportes e as refeições e isso é

o que está efectivamente legislado. (…) Há esta visão

negativa daquilo que deve ser o papel dos municípios

no nosso ponto de vista, não é, mas eu penso que isto

é um factor que pode levar a uma transformação

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Necessidade de mais

autonomia

Falta de comunicação do

município com a

comunidade local

positiva.” (Entrevista 4:2)

“ (…) Continuamos a ter uma educação demasiado

centralista, continuamos a estar limitados na gestão

por exemplo do crédito horário. Nós sempre

assumimos que seria para cumprir o currículo

nacional, não queremos outra coisa, mas haver uma

forma de rentabilizar e de melhor gerir. (…) Não

temos autonomia para gerir coisas tão simples como

estas horas das expressões, poderem os alunos serem

encaminhados para outros espaços, para outros

professores, seriam sempre pessoas com formação

superior, e libertar os professores do 1º. Ciclo para

fazerem trabalho conjunto. (…) Há muita vontade de

fazer coisas, mas há ainda um centralismo da

educação.” (Entrevista 6:3)

“ (…) Tem que haver uma maior autonomia para os

municípios e para os agrupamentos. Eu penso que

com este processo de descentralização começa a

existir de facto uma verdadeira descentralização de

competências, mas penso que ainda poderá, ainda há

um grande caminho a percorrer.” (Entrevista 4:2)

“No global eu não sinto aspectos negativos na

aprendizagem dos meus filhos, há portanto esta

questão da comunicação (…) Esta falta de

comunicação, talvez seja esse o aspecto negativo.”

(Entrevista 7:2)

2. Projecto

Fábrica da

Criatividade

2.1 Balanço do

projecto Balanço positivo

Projecto positivo por

agregar recursos humanos

com competências

específicas para a criação

“Eu faço um balanço muito positivo, não só por

aquilo que conseguiu mas por aquilo que permitiu

fazer depois. Primeiro porque conseguimos criar nas

escolas um conjunto de pessoas com capacidades

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de novos projectos

O projecto integra o

currículo local

Satisfação dos educandos

em relação ao projecto

técnicas e pedagógicas e o que seja, que permitiu que

surgissem um conjunto de outros projectos.”

(Entrevista 3:4)

“É um balanço extremamente positivo, eu penso que

quando nós criámos a Fábrica da Criatividade não

tínhamos muita noção de facto do sucesso e da

quantidade de pessoas que nós iríamos tocar. (…)

Percebermos que hoje a Fábrica faz parte do projecto

das Escolas D’Óbidos, está dentro do próprio

currículo local (…) ” (Entrevista 4:4)

“O meu filho era as duas horas que mais gostava, era

isso e as equipas educativas. Portanto eu acho que de

facto é muito importante (…) ” (Entrevista 7:3)

Impacto na criação de

diversos projectos

Fábrica da Criatividade

permitiu evoluir na criação

de novos projectos

“Nós se não tivéssemos projectos como a Fábrica da

Criatividade neste momento não estávamos a fazer

projectos que estamos a fazer, nós Parque

Tecnológico por exemplo. Como a questão da

academia Decode, com a questão do StoryCenter,

como a questão doMyMachine e eventualmente

outros. (…) São coisas que só conseguimos fazer,

conseguimos sequer pensar nesta fase se criarmos

essa estrutura na escola. (…) é a grande virtude.”

(Entrevista 3:4)

Desenvolvimento de

importantes

competências

Valorização das diversas

competências

desenvolvidas com o

projecto

“ (…) Estão a adquirir uma série de competências

(…) Tudo isso é uma grande aprendizagem que eu

valorizo muito como seres humanos (…) No jardim é

aquela parte que eles trabalham com o animador, ao

fim do dia, aí eu acho que também é interessante (…)

” (Entrevista 7:3)

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Vasto impacto do

projecto

Impacto do projecto em

todos os alunos do

agrupamento

Impacto em vários

intervenientes

Impacto em todos os ciclos

de ensino

“ (…) A Fábrica da Criatividade tem uma interacção

muito directa com as turmas. (…) Em todas as

escolas do município e em todos jardins-de-infância

existem animadores que realizam actividades (…)”

(Entrevista 2:4)

“ (…) Por cada projecto, por cada aluno que passa

em cada um dos projectos da Fábrica não é só ele que

é de alguma forma, a intervenção não se foca só nele,

foca-se também na família, ou seja na própria

comunidade.” (Entrevista 4:4)

“ (…) Há dois anos quando mudámos para as

instalações da nova Josefa já tínhamos alunos que

tinham feito sempre o seu percurso com a

fábrica. De repente chegaram à Josefa e não havia

fábrica e para eles não fazia sentido uma escola sem a

fábrica.” (Entrevista 6:5)

Projecto como

estratégia

Ambição de contaminação

do projecto para a sala de

aula

Projecto representa um

estratégia das orientações

do município

“ (…) Tenho a ambição que é esta questão do uso de

ferramentas criativas como auxílio na aprendizagem

formal começasse a ser algo mais comum entre o

ateliê e a sala de aula. Ou seja, eu gostaria que

gradualmente as coisas fossem mais próximas (…)

acredito na contaminação positiva, os professores ao

observarem estas práticas e ao verem que elas até

resultam, que eles também as comecem a utilizar e

que as coisas sejam mais únicas, que não haja o ateliê

e a sala de aula.” (Entrevista 5:4)

“ (…) A Fábrica da Criatividade tornou-se de tal

forma importante para a estratégia, porque é mais do

que um programa, é mesmo uma estratégia”

(Entrevista 6:5)

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Projecto em evolução

Ambição de melhoria do

projecto tornando visíveis

os processos de

aprendizagem

Criação de parcerias e de

desenvolvimento de

projectos na área das

tecnologias

Projecto em evolução

contínua

“ (…) Tornar todos estes processos de aprendizagem

visíveis porque efectivamente é isso que promove o

diálogo com a comunidade, promove também a

avaliação daquilo que nós estamos a fazer. E portanto

nesse caso estamos em conversações com a

Universidade de Harvard efectivamente para eles nos

ajudarem nesta parte.” (Entrevista 4:4)

“Temos já algumas ideias, algumas parcerias que se

podem vir a desenvolver, uma delas, das ideias que

nós gostaríamos de avançar entretanto tem a ver com

esta componente mais tecnológica (…) Não é um

novo projecto mas fazer um passo à frente do

projecto dos Ateliês e avançar aqui também com a

componente mais tecnológica da programação e da

robótica (…) ” (Entrevista 4:4)

“A Fábrica da Criatividade foi crescendo, foi-se

transformando, foi-se reinventado e se reorganizando

em função também das condições que a própria

escola, que o próprio agrupamento, que as próprias

políticas educativas foram dando.” (Entrevista 6:5)

Envolvimento dos

docentes

Importância de melhorar o

envolvimento dos docentes

do 3.º CEB e do

Secundário

Dificuldades iniciais de

aceitação do projecto

Envolvimento positivo de

“ (…) Há ainda uma realidade, sobretudo ao nível da

escola do 3º. Ciclo e do secundário, de um conjunto

de professores que ainda têm de perceber as mais-

valias que a fábrica traz, para a sua prática lectiva,

para a sua relação com os alunos.” (Entrevista 6:6)

“Houve muitas dificuldades, todos nós sabemos, hoje

também acho que há uma relação com os professores

muito mais fácil do que existia no início.” (Entrevista

3:5)

“ (…) Também temos professores que estão a

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vários docentes no projecto colaborar muito bem connosco, temos professores

que compreenderam toda esta filosofia do que é que

nós pretendemos com a Fábrica.” (Entrevista 4:4)

2.2 Impacto do

projecto na

comunidade

local

Apresentação anual

Participação da

comunidade na

apresentação do projecto

ÓbidosAnima

Participação da

comunidade na observação

do resultado final dos

projectos

Apresentação anual como

importante fase do projecto

Apresentação anual

permitiu tornar mais visível

o trabalho desenvolvido no

projecto

“ (…) Na apresentação destes pequenos filmes,

criados um por turma e por grupo de crianças do pré-

escolar em todas as escolas do nosso agrupamento. A

afluência da comunidade foi maravilhosa, tivemos

muitos pais, muitos amigos das nossas crianças e dos

nossos alunos que participaram.” (Entrevista 2:5)

“ (…) As pessoas participam ao ver o resultado (…)

era o primeiro nível e é um nível que foi conseguido.

É uma ligação que se consegue deste ponto de vista

social (…)” (Entrevista 3:6)

“ (…) O momento que para nós é fundamental é

quando nós transformamos a escola à noite numa

Fábrica e chamamos os pais e as famílias para virem

conhecer e perceber todos estes processos, o que é

que aconteceu durante o ano. (…) Este ano nós

tivemos alunos que estiveram a apresentar os seus

próprios projectos. Ou seja, isto para nós também foi

um aspecto muito positivo, nunca o tínhamos feito

desta forma e correu muito bem, ou seja, eles

próprios também se envolveram na própria

apresentação.” (Entrevista 4:5)

“ (…) Também é um processo em construção, não foi

logo imediato, demorou algum tempo (…) Mas com

a apresentação anual da Fábrica da Criatividade à

comunidade (…) Começou a tornar-se mais visível o

nosso trabalho.” (Entrevista 5:3)

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Necessidade de

potencialização

Necessidade de envolver a

comunidade no

desenvolvimento projecto

educativo

Ambição de

potencialização da escola

territorial onde a

comunidade participa

continuamente no projecto

“ (…) O desafio seguinte é como é que a comunidade

intervém com a escola, na escola, como é que

participa, não só no resultado mas na construção de

toda a questão, de toda a estratégia…(…) Agora é

preciso dar um salto em frente e o modelo que se está

aqui a pensar é um modelo muito mais exigente do

ponto de vista de participação das pessoas. (…) A

escola e a comunidade têm que arranjar aqui uma

forma de falarmos uns com os outros (…) ”

(Entrevista 3: 6)

“ (…) Enquanto escola territorial, o que se pretende é

que a escola seja uma escola sem muros, que seja

uma escola que acontece em todo o território. É a

escola que vai para o lugar, que vai para o território e

é o território que vai para a escola, nesse sentido

foram feitas várias actividades desafiando a

comunidade.” (Entrevista 6:6)

Necessidade de um

modelo de participação

Necessidade de criação de

um modelo concreto de

participação para a

comunidade local

“Não me parece que as pessoas tenham, algumas nem

interesse têm de curiosidade de saber o que é (…)

Também não sei se aqueles que gostavam de intervir

perceberam que podem, essa foi uma das perguntas

que eu fiz numa das últimas sessões (…)“Acho que a

própria escola mais o município também não têm

propriamente um modelo (…) Eles também não se

organizaram muito bem quanto a este modelo de

intervenção da comunidade e enquanto isso não tiver

feito acho que também não há hipótese da

comunidade poder intervir de forma mais efectiva

(…) Eu diria que eram estas as vertentes que faltam

investir, a comunicação e um modelo de participação

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da comunidade na escola.” (Entrevista 7:3)

Papel das parcerias

Importância da criação de

parcerias com empresas

locais

Participação através de

parcerias

Importância das

deslocações ao exterior e

das visitas recebidas no

Ateliê Criativo

“ (…) Há aí níveis de formação que têm que ser

entidades como nós, o Parque Tecnológico,

empresas, entidades de formação, de consultadoria,

que devem preencher esse papel e integrar isso no

máximo possível com o modelo educativo.”

“ (…) Fazer muito mais a ponte com as empresas,

muito mais, conhecer muito mais o tecido

empresarial e o tecido empresarial falar com as

escolas também. Fazer muito mais estas pontes,

porque é a única maneira de se perceber.” (Entrevista

3:7)

“Temos também parcerias em alguns projectos, por

exemplo no Mymachine temos o apoio da Escola

Superior de Arte e Design das Caldas da Rainha,

portanto vamos tentando sempre criar estas

parcerias.” (Entrevista 4:5)

“ (…) O próprio ateliê também sai muito de portas,

vai aos museus municipais, vai aos museus de Caldas

da Rainha (…) Recebemos também muito

pontualmente, mas com alguma frequência, Centros

de Dia, que não é da comunidade escolar mas que

acabam por vir aqui, fazer actividades no ateliê.”

(Entrevista 5:3)

Papel da Fábrica da

Criatividade na

participação da

comunidade

Fábrica da Criatividade

com papel activo no

desenvolvimento de

projectos que envolvem a

comunidade

“ (…) A fábrica com o conjunto das suas áreas, dos

seus programas, tem procurado sempre que possível

ir à comunidade, indo buscar o saber-fazer local, os

materiais, convidando a…”

“ (…) Também, como o processo educativo sentimos

que é moroso.” (Entrevista 6:6 )

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Importância da

participação da

comunidade local

Participação da

comunidade representa um

objectivo concretizado no

projecto

Envolvimento das famílias

e dos parceiros locais

importante no projecto

Potencialidades da

participação da

comunidade

“ (…) foi um dos grandes responsáveis para uma

ligação muito grande da comunidade e dos pais com

a escola, que não existia antes. Basta ver cada vez

que há a apresentação de um dos projectos, dos

trabalhos das crianças, as pessoas vão às escolas,

participam nas coisas. Foi talvez a maior afirmação

daquilo que era o objectivo inicial que eram as

escolas de comunidade e eu acho que a única coisa

que foi plenamente conseguida nesse aspecto foi a

Fábrica da Criatividade.” (Entrevista 3:5)

“Para nós é fundamental envolver a comunidade, não

só as famílias mas depois todos os parceiros locais, é

mesmo muito importante.” (Entrevista 4:5)

“ (…) A integração da comunidade enriqueceria

muito, porque as experiências de cada um de nós,

sendo depois trabalhadas na sala vão trazer uma

aprendizagem muito mais efectiva (…)” (Entrevista

7:4)

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Anexo XII – Relatório das

Observações realizadas no

Ateliê Criativo do

Complexo Escolar dos

Arcos

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Relatório de Observações

Ateliê Criativo do Complexo Escolar dos

Arcos – Escolas D’Óbidos

Maio de 2016

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2

Âmbito do relatório

Relatório desenvolvido no âmbito do estágio curricular do Mestrado em Educação e Formação

com especialização em Organização e Gestão da Educação e Formação com a orientação da

Dr.ª Ana Sofia Godinho, coordenadora do Gabinete de Educação do Município de Óbidos.

O estágio decorreu no Ateliê Criativo do Complexo Escolar dos Arcos do Agrupamento de

Escolas Josefa de Óbidos (Escolas D’Óbidos), durante cerca de nove meses no ano lectivo

2015/2016.

Por opção pessoal o presente documento não se encontra escrito segundo o Novo Acordo

Ortográfico.

Catarina Carmo

[email protected]

Maio de 2016

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3

Índice

Introdução ....................................................................................................................................4

O Ateliê Criativo do Complexo Escolar dos Arcos .........................................................................5

Observações no Ateliê Criativo ....................................................................................................7

Caso 1 – 2.º Ano do CEB ...........................................................................................................9

Caso 2 – 3.º Ano do CEB .........................................................................................................11

Caso 3 – 4.º Ano do CEB .........................................................................................................13

Caso 4 – 6.º Ano do CEB .........................................................................................................15

Caso 5 – Equipas Educativas (2.º Ano do CEB) .......................................................................18

Caso 6 – Sessões variadas com 1.º Ano, 2.º Ano, 3.º Ano do CEB e Jardim de Infância .........19

Balanço geral sobre o Ateliê Criativo..........................................................................................22

Anexos ........................................................................................................................................26

Anexo 1: As observações do 2.ºAno do CEB ...........................................................................27

Anexo 2: As observações do 3.º Ano do CEB ..........................................................................55

Anexo 3: As observações do 4.º Ano do CEB ..........................................................................88

Anexo 4: As observações do 6.º Ano do CEB ........................................................................112

Anexo 5: As observações das Equipas Educativas do 2.º Ano do CEB ..................................138

Anexo 6: As observações de sessões variadas (1.º Ano, 2.º Ano, 3.º Ano e Jardim de Infância)

.............................................................................................................................................155

Referências bibliográficas ........................................................................................................167

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4

Introdução

O presente relatório analisa e apresenta as observações realizadas no Ateliê Criativo do

Complexo Escolar dos Arcos do Agrupamento de Escolas Josefa de Óbidos no ano lectivo

2015/2016, num período de aproximadamente oito meses. O Ateliê Criativo está inserido no

projecto Fábrica da Criatividade do Serviço de Educação do Município de Óbidos.

No total foram realizadas mais de uma centena de observações realizadas ao 1.º e 2.º Ciclo do

Ensino Básico (CEB). Além das observações realizadas de acordo com o plano semanal do ateliê

foram dinamizadas sessões excepcionais resultantes de colaborações com outros complexos

escolares ou mesmo com animadores do próprio Complexo Escolar dos Arcos. Com o objectivo

de apresentar as turmas observadas é apresentada a Tabela 1.

Ciclo de Ensino Turma observada/ Grupo observado

Total de Alunos Frequência

1.º CEB

2.º Ano 20

Semanalmente

3.º Ano 20

4.º Ano 19

Equipas Educativas (2.º Ano)

2 a 4

2.º CEB 6.º Ano 19

1.º CEB 1.º Ano

Sem informação Excepcional 3.º Ano

Jardim de Infância Jardim de Infância de férias de Carnaval do

Alvito

Tabela 1 – Organização das observações realizadas no Ateliê Criativo do Complexo Escolar dos Arcos.

Ao longo do presente relatório serão realizadas duas análises distintas, inicialmente realizar-

se-á um balanço sobre o trabalho desenvolvido em cada turma ou grupo de observação.

Posteriormente será apresentado um balanço geral sobre o Ateliê Criativo, ao nível da sua

organização e gestão, com as respectivas conclusões e sugestões de melhoria.

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O Ateliê Criativo do Complexo Escolar dos Arcos

O Ateliê Criativo do Complexo Escolar dos Arcos engloba fisicamente dois espaços.

Uma sala principal, onde a generalidade das actividades decorrem e uma segunda sala, onde

são realizadas actividades relacionadas com a área da modelação e cerâmica: O Ateliê do

Barro. O público-alvo do ateliê são os alunos do 1º. Ciclo do Ensino Básico (CEB), participando

também alunos do 2º. Ciclo, que por articulação específica com os respectivos docentes

desenvolvem semanalmente actividades no mesmo espaço.

As actividades desenvolvidas no Ateliê Criativo caracterizam-se pela experimentação e

descoberta de caminhos criativos para alcançar aprendizagens. Neste espaço é desenvolvida

uma abordagem diferenciada da realidade da sala de aula, onde os alunos são apresentados a

uma grande diversidade de recursos.

Em relação aos temas desenvolvidos ao longo do ano lectivo estes têm naturezas

variadas. Existindo inicialmente um tema apresentado pelo atelierista é fundamental que

sejam também os docentes a propor temáticas de trabalho, fomentando a articulação

curricular com o ateliê. Os alunos são, igualmente, elementos fundamentais na escolha dos

temas e materiais, sendo valorizada a participação dos mesmos. Para que os alunos

disponham de tempo de reflexão perante a possibilidade de apresentar propostas de trabalho

o atelierista dinamiza sessões destinadas a esta realidade: Reflexão e apresentação de temas,

considerando projectos possíveis de executar, bem como soluções de pesquisa sobre as

respectivas temáticas.

Ao longo do ano lectivo 2015/2016 o tema pré-estabelecido de trabalho foram os

animais, iniciando-se a temática trabalhando vários insectos. É observável o entusiasmo dos

alunos perante o tema, não só com a participação no ateliê através da captura e apresentação

de insectos. Na realidade, quando propostos para a apresentação de temas a generalidade dos

alunos propõem vários animais sobre os quais têm curiosidades e sobre os quais gostariam de

trabalhar.

Reflectindo sobre as práticas do atelierista, este desenvolve a sua actuação em

paralelo com os ideais do próprio ateliê, assumindo uma postura de constante

experimentação. São várias as actividades e estratégias utilizadas que reflectem a adaptação

permanente como caminho para a melhoria do trabalho desenvolvido. Se por vezes as sessões

são profundamente orientadas e pouco dinamizadas pelo próprio aluno, existem também

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momentos com realidades completamente opostas. Nesta realidade, não direccionada, os

alunos desenvolvem projectos de iniciativa própria, com a possibilidade de utilizar os mais

variados recursos existentes nos dois ateliês. O atelirista assume, portanto, posturas

divergentes perante a natureza de cada sessão.

Será fundamental destacar a importância da realização de reflexões sobre o trabalho

desenvolvido no Ateliê Criativo, seja com os docentes, com os profissionais do Gabinete de

Educação, seja com os próprios alunos. São estes momentos que caracterizam o surgimento de

variadas hipóteses de trabalho e soluções para problemas ou constrangimentos encontrados

ao longo das sessões.

No geral os alunos têm experimentado um leque bastante variado de materiais e

técnicas de trabalho na área das artes, esta realidade enriquece o percurso dos alunos que

desde cedo são consciencializados e direccionados para um pensamento crítico e flexível. O

ateliê possui um papel fulcral na maximização de importantes ferramentas no percurso dos

alunos, ao nível da autonomia, da capacidade de trabalho em grupo e das relações

interpessoais. Neste espaço os alunos compreendem que para um só problema ou desafio

existem vários caminhos e soluções, na realidade, o pensamento criativo não auxilia apenas as

aprendizagens da sala de aula, será um ponto-chave para lidar com os desafios do quotidiano

de cada criança e jovem.

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Observações no Ateliê Criativo

São apresentadas no presente capítulo as observações realizadas no Ateliê Criativo ao longo

do ano lectivo 2015/2016. Para análise das observações realizada foi desenvolvida uma tabela

de observação, considerando as especificidades das sessões do ateliê, é possível observar na

Tabela 2 o quadro utilizado.

No Ateliê Criativo estão presentes cerca de 200 alunos semanalmente, cerca de oito turmas do

1.º ciclo, uma turma de 2.º Ciclo e Equipas Educativas de ambos os ciclos. Com o objectivo de

agilizar o processo de observação foram acompanhadas 5 sessões semanais, além de algumas

presenças a título excepcional no ateliê.

O posicionamento ao longo das observações desenvolvidas caracterizou-se como não-

participante, utilizando notas e uma tabela de análise (Tabela 2) como técnica de recolha de

dados. É possível analisar que inicialmente o papel de observadora foi encarado com alguma

curiosidade e o comportamento dos docentes, atelierista e alunos foi passível de ser

influenciado. No entanto, com o decorrer das sessões esta realidade foi bastante dissipada,

sendo observadas sessões onde todos os participantes dinamizaram actividades que se

caracterizaram como pouco influenciadas pelo papel da observadora.

Por serem desenvolvidas observações num contexto desconhecido foi fundamental o trabalho

desenvolvido no sentido de uma contextualização e análise permanentes. Reforçando a

perspectiva de Wragg (1994: 14): “It is important for non-participant observers to make sure

they learn what they need to know by looking beneath the surface of what happens, and

discuss their perceptions with others (…)”.

O relato escrito, técnica utilizada para desenvolver as observações evoluiu ao longo do período

de estágio, esta evolução é analisada na leitura das observações existentes em anexo. No

entanto, esta técnica possui vantagens e desvantagens, de acordo com Wragg que a descreve

precisamente como “Written account” (idem: 16). Uma vantagem descrita pelo autor tem que

ver com o acesso imediato a relatos escritos, bem como a capacidade de obter uma imagem

geral dos acontecimentos. Em relação a desvantagens são referidas: A necessidade de tomar

decisões imediatas da informação a registar, a impossibilidade de observar a mesma sessão

duas vezes (possível com a gravação vídeo) e os possíveis efeitos no comportamento no grupo

observado com a presença do investigador.

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Apresenta-se a grelha de análise das observações realizadas:

Código da Sessão Data/hora/duração Local Intervenientes

O1-2ª O – Observação A – Ano de escolaridade

Dia/Mês/Ano Xh Xh ou Ymin. (Duração)

Local da sessão, quer seja o Ateliê Criativo ou uma deslocação ao exterior da escola.

Lista dos intervenientes na sessão (Profissional do ateliê; Alunos; Docente; Outros)

Materiais/Recursos utilizados

Técnicas desenvolvidas

Articulação das temáticas ateliê/plano curricular

Lista de matérias e recursos utilizados na dinamização da sessão.

Breve descrição das técnicas utilizadas na sessão. (Por exemplo: Desenho por observação ou Técnica de aguarela.)

Articulação das temáticas abordadas na sessão com as temáticas do plano curricular dos alunos.

Objectivos gerais das actividades desenvolvidas/Conceitos-chave

Breve apresentação breve das actividades desenvolvidas durante a sessão.

Comportamento da turma ao longo da sessão

(Sobre o) Profissional do ateliê (Atelierista)

(Sobre a/o) Docente que acompanha a turma

Impacto do comportamento dos alunos na sessão, quer seja o seu papel no desenvolvido das tarefas pretendidas, quer seja na concentração da turma no geral.

Aspectos relevantes sobre o atelierista, quer seja a capacidade de articular a sessão com conhecimentos adquiridos anteriormente ou acções concretas realizadas. Considerar aspectos como: Feedback fornecido aos alunos; Acompanhamento das actividades; Capacidade de motivar e/ou cativar o interesse dos alunos para os temas e actividades; Entre outros.

Aspectos relevantes sobre a docente no ateliê, quer seja a sua participação nas temáticas abordadas, quer seja o papel estabilizador da professora no comportamento dos alunos na sessão.

Descrição das actividades desenvolvidas durante a sessão

Longa descrição das actividades desenvolvidas ao longo da sessão do ateliê.

Observações complementares

Espaço de descrição de observações complementares consideradas pertinentes sobre a sessão observada.

Tabela 2 – Quadro de registos de observações para o Ateliê Criativo.

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Dimensões analisadas nas observações realizadas

Serão analisadas as seguintes dimensões:

I - Comportamento da turma/Grupo de observação.

II - Trabalhos desenvolvidos.

III - Atitudes perante os temas de trabalho.

IV - Iniciativa demonstrada ao longo das sessões.

V - Papel da docente no desenvolvimento das sessões.

VI - Pontualidade e assiduidade.

VII - Pontos fortes e fracos.

Caso 1 – 2.º Ano do CEB Informações básicas

- Número de Alunos: 20.

- Duração de cada sessão: 1 hora.

- Total de observações: 25.

Análise das observações

Dimensão I - Comportamento da turma/Grupo de observação

No geral esta turma teve vários momentos de alguma agitação durante as sessões,

comportamentos frequentemente controlados tanto pelo profissional do ateliê como pela

docente que acompanhou a turma. Na Observação 9 (Anexo 1), é possível analisar uma sessão

que espelhou algumas lacunas desta turma ao nível das relações interpessoais. No

desenvolvimento de uma tarefa de desenhos partilhados por toda a turma foram muitos os

alunos que demonstraram descontentamento em ver os seus desenhos nas mãos dos colegas.

Um aluno chegou mesmo a riscar o seu nome da folha de trabalho.

Dimensão II - Trabalhos desenvolvidos

Ao longo das sessões observadas os alunos desenvolveram actividades bastante diversificadas:

Desenho por observação, Desenho livre, Pintura com lápis de cor, Desenho pastel de óleo,

Desenho com pastel seco, Modelação cerâmica com posterior aplicação de corantes ou

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vidrados e ainda foram desenvolvidas sessões de caracter experimental com a utilização de

sombras do corpo dos próprios alunos e sombras de silhuetas em cartolina.

Dimensão III - Atitudes perante os temas de trabalho

Na generalidade todos os temas de trabalho desenvolvidos no ateliê foram bem recebidos pela

turma. Ao longo do ano foram trabalhados os seguintes temas: Formigas, Louva-a-deus, O

elefante cor-de-rosa, Abelhas e Sombras. Após a apresentação de cada tema de trabalho, no

início de cada sessão, o atelierista demonstrou-se atento à receptividade da turma, sendo esse

um factor importante para o desenvolvimento das actividades propostas.

Dimensão IV - Iniciativa demonstrada ao longo das sessões

Nesta dimensão é possível analisar duas realidades distintas, foi observável em vários alunos

iniciativa de desenvolver diferentes projectos, existindo essa mesma abertura por parte do

atelierista. Uma aluna, a título de exemplo, confessou ao profissional gostar de realizar um

cavalo através da modelação cerâmica, após observar o trabalho de uma turma de 4.º Ano.

Numa perspectiva contrária a generalidade da turma aceitou as propostas de trabalho e não

demonstraram iniciativa de desenvolver projectos de iniciativa individual, quer fosse no

horário do ateliê, quer fosse num outro momento articulando com o atelierista e a docente.

Dimensão V - Papel da docente no desenvolvimento das sessões

A docente da turma de 2.ºAno foi, na generalidade das turmas observadas, a profissional que

mais articulou com o atelierista em momentos informais. Estas conversas decorreram em

momentos anteriores e posteriores às sessões, compreendendo analisar os projectos

desenvolvidos e partilhando propostas de trabalho. O tema das sombras, bem como o elefante

cor-de-rosa foram propostas da mesma. Assim como a Observação 6 (Anexo 1), onde os alunos

simularam a pintura de tectos de igrejas.

Dimensão VI - Pontualidade e assiduidade

Não existem aspectos fulcrais a destacar nesta dimensão de análise, a turma apresentou-se

frequentemente com assiduidade no ateliê. Em relação à pontualidade esta não ocorreu em

algumas situações concretas e posteriormente justificadas.

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Dimensão VII - Pontos fortes e fracos

Ao nível de pontos fortes é visível que a turma desenvolveu variados trabalhos e foi bastante

activa nas sessões do ateliê. No geral todos os alunos corresponderam às propostas do

atelierista, trabalho no sentido de desenvolver projectos que espelharam o respectivo

entusiasmo.

Ao nível de pontos fracos ou fragilidades é importante destacar que dois alunos deixaram de

frequentar o Ateliê Criativo, não sendo possível aferir qualquer explicação quando colocada

esta questão ao atelierista. Existe a possibilidade dos alunos terem qualquer outra actividade

em simultâneo, no entanto, é analisado como extremamente negativo que os alunos sejam

excluídos no momento semanal destinado à presença no ateliê.

Um ponto adicional a ser trabalhado é sem dúvida o comportamento dos alunos na sala de

aula, ao nível da agitação observada ocasionalmente, que se altera bastante com a ausência da

docente. Mas também ao nível das relações da turma, relativamente ao trabalho em equipa e

à entreajuda.

Caso 2 – 3.º Ano do CEB Informações básicas

- Número de Alunos: 20.

- Duração de cada sessão: 1 hora.

- Total de observações: 25.

Análise das observações

Dimensão I - Comportamento da turma/Grupo de observação

No geral foram frequentemente observados momentos de bastante agitação nesta turma, em

alguns casos condicionando o desenvolvimento das tarefas propostas para as sessões. Em

casos pontuais o atelierista colocou alunos fora do espaço do ateliê por mau comportamento,

como é possível analisar na observação 5 e 15. É possível destacar a importância do papel da

docente no controlo do comportamento da turma.

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Apesar dos vários momentos onde os comportamentos com excesso de conversa e agitação

marcaram algumas sessões é importante destacar o interesse demonstrado pela turma

perante os projectos desenvolvidos no ateliê.

Considerando comportamentos de falta de organização e respeito pelos colegas observados

em diversas actividades, o profissional do ateliê desenvolveu uma sessão onde foram

realizadas dinâmicas de grupo. Nesta sessão correspondente à Observação 21, foram visíveis

as lacunas da turma em relação às relações interpessoais, nomeadamente no que diz respeito

à capacidade de respeito mútuo. Em várias sessões, ao pedir a participação da turma foram

observados “atropelamentos” na apresentação de ideias ou opiniões, sendo visível alguma

desvalorização entre a turma em relação àquilo que os colegas têm a dizer.

Dimensão II - Trabalhos desenvolvidos

Esta turma caracteriza-se como uma das turmas com mais trabalhos desenvolvidos no ateliê,

tendo realizado inúmeros projectos: Desenho por observação, Desenho livre, Pintura com

aguarela, Desenho com pastel de óleo, Desenho com pastel seco, Desenho com carvão,

Trabalhos em técnica mista, Debate de temas possíveis de trabalho, Dinâmicas de grupo,

Criação de projectos de trabalho e posterior modelação cerâmica.

Dimensão III - Atitudes perante os temas de trabalho

Os alunos demonstraram-se interessados perante os temas de trabalho desenvolvidos.

Considerando a possibilidade de desenvolvimento de propostas de possíveis temas, os alunos,

foram positivamente envolvidos nas temáticas do ateliê. Apesar no interesse frequentemente

observado os alunos apresentaram um comportamento de desinteresse quando as temáticas

desenvolvidas foram trabalhadas de forma excessivamente expositiva, mesmo com temas

propostos pela turma.

Dimensão IV - Iniciativa demonstrada ao longo das sessões

Esta dimensão poderia ter sido potencializada na turma, no geral não foram observados

momentos significativos de iniciativa ou trabalho autónomo. Pelo contrário, regista-se na

turma alguma dependência ao nível do feedback da docente e do profissional do ateliê.

Dimensão V - Papel da docente no desenvolvimento das sessões

Analisando o papel da docente ao longo das sessões é possível concluir que esta teve um papel

activo no desenvolvimento das dinâmicas da turma no Ateliê Criativo. Apesar de ser

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observável que em várias sessões a docente desenvolveu trabalho autónomo relacionado com

trabalhos da turma é importante registar que se demonstrou sempre atenta e participativa.

Dimensão VI - Pontualidade e assiduidade

Na generalidade das sessões a turma foi pontual e assídua, não existindo informação revelante

que indique o oposto.

Dimensão VII - Pontos fortes e fracos

Relativamente a pontos fortes da turma é possível destacar o volume de trabalhos realizados

ao longo do ano no ateliê, além da atitude entusiasmada e motivada observada na

generalidade dos alunos.

Ao nível de pontos fracos é importante destacar o comportamento da turma em diversas

sessões, aspecto condicionante no normal desenvolvimento das sessões. Um último ponto

negativo a destacar é a falta de iniciativa dos alunos ao nível do desenvolvimento de

pesquisas, questão frequentemente estimulada pelo atelierista e pela docente.

Caso 3 – 4.º Ano do CEB Informações básicas

- Número de Alunos: 19.

- Duração de cada sessão: 1 hora.

- Total de observações: 22.

Análise das observações

Dimensão I - Comportamento da turma/Grupo de observação

É fundamental destacar que a docente da turma teve um papel fundamental no

comportamento observado. Em relação a esta dimensão de análise a turma apresentou-se

equilibrada em termos comportamentais, apesar de existirem momentos de muita agitação,

sendo esta uma turma barulhenta, foram também registados muitos momentos em que o

trabalho desenvolvido espelhou o trabalho concentrado dos alunos.

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Dimensão II - Trabalhos desenvolvidos

A turma desenvolveu variados projectos ao longo do ano: Desenho com pastel de óleo,

Desenho por observação, Desenho criativo, Escultura, Pintura com lápis de cor, Debates para

escolha de temas de trabalho, Sessões experimentais e foram também criados projectos para

posterior modelação cerâmica. É importante salientar o sistemático entusiasmo e interesse da

turma no decorrer das sessões e dos temas de trabalho.

Dimensão III - Atitudes perante os temas de trabalho

Esta turma, à semelhança de outras observadas, carece bastante do feedback da docente e do

atelierista no decorrer das sessões. Sendo muitas vezes observada uma atitude de

desvalorização do trabalho próprio. Outro aspecto importante de salientar é a desmotivação

observada em muitos alunos quando deparados com dificuldades nos trabalhos em

desenvolvimento.

Dimensão IV - Iniciativa demonstrada ao longo das sessões

Como já foi referido ao longo da presente análise os alunos demonstraram-se entusiasmados

perante todos os temas de trabalho apresentados, principalmente em sessões cujo tema de

trabalho foi escolhido em debate. Em relação à capacidade de desenvolver trabalho autónomo

este aspecto deveria ser fortemente fomentado na turma, considerando escassas as pesquisas

realizadas pelos alunos.

Dimensão V - Papel da docente no desenvolvimento das sessões

A docente possuiu um papel bastante importante no desenvolvimento das sessões, não só ao

nível da dinamização das sessões em paralelo com o atelierista, mas como também no

controlo dos comportamentos desadequados observados na turma. Um ponto positivo a

destacar sobre o impacto da docente tem que ver com a valorização das actividades

desenvolvidas no ateliê, referidas como enriquecedoras para complementar as aprendizagens

dos alunos na sala de aula.

Dimensão VI - Pontualidade e assiduidade

A turma caracterizou-se como assídua na participação no ateliê. Em relação à pontualidade a

turma registou alguns atrasos, no entanto, estas questões foram maioritariamente devidas a

problemas surgidos no período anterior ao início das sessões.

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Dimensão VII - Pontos fortes e fracos

Um ponto forte a destacar na participação da turma tem que ver com o interesse e entusiasmo

dos alunos nas actividades desenvolvidas no ateliê. Além dos alunos, também a respectiva

docente assumiu uma postura de interesse perante o Ateliê Criativo. No desenvolvimento das

sessões o ateliê teve a oportunidade de contar com um convidado especial, o pai de um aluno,

o que permitiu dinamizar uma sessão diferente sobre o tema dos cavalos. Esta sessão foi

muito positiva, tanto para a aquisição de conhecimentos como para a estimulação da

articulação escola/comunidade local.

Um ponto fraco importante a destacar relaciona-se com a atitude dos alunos perante alguns

trabalhos, desvalorizando os resultados obtidos ou em casos de desmotivação quando

deparados com dificuldades. A turma registou também dificuldades evidentes em realizar

actividades experimentais que obrigam a um pensamento criativo como estratégia de

trabalho.

Caso 4 – 6.º Ano do CEB Informações básicas

- Número de Alunos: 18.

- Duração de cada sessão: 90 Minutos.

- Total de observações: 21.

Análise das observações

Dimensão I - Comportamento da turma/Grupo de observação

No geral das sessões observadas a turma demonstrou-se interessada e motivada para os

trabalhos desenvolvidos no ateliê. No entanto, a turma apresenta comportamentos

diferenciados quando observada em grupos de trabalho, alguns alunos trabalham de forma

bastante autónoma e calma. Pelo contrário, existem alunos com registos de alguma agitação e

desconcentração. Nas sessões com toda a turma observaram-se comportamentos adequados

ao espaço do ateliê, registando-se apenas alguma agitação no desenvolvimento de tarefas

específicas.

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Dimensão II - Trabalhos desenvolvidos

A turma iniciou o ano lectivo a frequentar o Ateliê Criativo em duas áreas curriculares

disciplinares: Português e Ciências Naturais. Posteriormente a turma passou a visitar o ateliê

exclusivamente com Português, por ser considerado excessivo o tempo dedicado ao ateliê com

duas áreas curriculares. Com Ciências Naturais o trabalho desenvolvido foi apenas em sessões

expositivas sobre o tema: “Alimentação Saudável.” Em relação a Português os alunos

desenvolveram trabalhos na área da escrita criativa, com posterior ilustração das histórias

criadas com modelação cerâmica, azulejaria, ilustração com técnica mista e a criação de uma

instalação. Foi criada uma instalação na Vila de Óbidos durante o Folio – Festival Literário

Internacional, no último tema de trabalho a turma desenvolveu trabalhos na área do desenho

criativo e pintura em tela. Ao longo das sessões foram realizados debates sobre a opinião dos

alunos sobre os temas de trabalho e no final de cada projecto foram realizadas reflexões sobre

os resultados alcançados.

Dimensão III - Atitudes perante os temas de trabalho

No que diz respeito ao tema trabalhado em Ciências Naturais – A alimentação saudável, os

alunos demonstraram-se interessados e participativos nas sessões. Em Português foi

trabalhada a escrita criativa e a obra literária “Ulisses”, no primeiro tema todos os alunos

desenvolveram projectos de escrita e de ilustração das respectivas histórias. No processo de

escrita criativa foi visível o entusiasmo inicial, motivação que desvaneceu em alguns alunos em

fases posteriores com as correcções realizadas pela docente ao nível do português, que

obrigaram a várias alterações dos textos. Na fase de criação de projectos criativos sobre o

mesmo tema um grupo de alunos demonstrou pouca iniciativa e autonomia, aceitando uma

proposta de trabalho do atelierista de trabalho em azulejaria clássica. Sobre o tema Ulisses

todos os alunos demonstraram igualmente interesse pela temática que surgiu de uma

proposta da docente. Ao nível de projectos criativos a turma foi dividida em três grupos de

trabalho: Pintura de telas, Graffitis e Modelação de Cerâmica. Apesar do grupo que desejava

trabalhar em barro não ter tido a oportunidade de desenvolver trabalho, os restantes grupos

demonstraram entusiasmo em desenvolver os respectivos projectos.

Dimensão IV - Iniciativa demonstrada ao longo das sessões

Os alunos demonstraram bastante iniciativa em desenvolver projectos no ateliê, apresentando

ideias e materiais nos quais gostariam de trabalhar. Um caso importante a destacar foi o

desenvolvimento de um projecto para realizar nas paredes da escolha em graffiti. Apesar dos

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avisos do profissional do ateliê para questões como: tempo de trabalho, materiais necessários

e a necessidade de autorização para pintar, os alunos demonstraram o seu interesse e

desenvolveram desenhos que irão futuramente reproduzir em paredes do complexo escolar.

Dimensão V - Papel da docente no desenvolvimento das sessões

Ambas as docentes que acompanharam a turma se demonstraram interessadas e

participativas nas sessões. A docente de Ciências Naturais, apesar de ter participado em

apenas duas sessões caracterizou-se como uma profissional que valoriza o espaço do ateliê,

propondo temas e participando na própria dinamização do espaço. Analisando o papel da

docente de Português este é também bastante positivo, não só pela disponibilidade

demonstrada em trabalhar com o ateliê, mas também ao propor temas e ao participar tanto

nas sessões como nas reflexões e debates realizados.

Dimensão VI - Pontualidade e assiduidade

Relativamente à pontualidade esta turma poderia ter tido um melhor desempenho, sendo

frequentes os atrasos na chegada ao ateliê, principalmente nas sessões dinamizadas em

pequenos grupos. Relativamente à assiduidade a turma faltou a algumas sessões, sendo raros

os casos em que as ausências não foram justificadas anteriormente ou posteriormente ao

período estipulado para decorrer o ateliê.

Dimensão VII - Pontos fortes e fracos

Realizando um balanço geral do desempenho da turma é importante destacar a envolvência

do 2.º Ciclo no Ateliê Criativo. Além desta turma apenas existe a presença deste ciclo de

estudos no espaço dedicado para as Equipas Educativas. A presença da turma nas sessões

resultou da articulação da docente com o profissional do ateliê e, no fundo, são os alunos que

ganham com a possibilidade de desenvolver e reforçar as aprendizagens realizadas na área

curricular de português.

Em relação a pontos menos positivos a destacar estes têm que ver com o último tema

desenvolvido no ateliê, considerando que nem toda a turma teve oportunidade de

desenvolver projectos criativos sobre a temática escolhida. Se esta questão se deve à escassez

de tempo também seria importante analisar as sessões disponibilizadas aos restantes alunos e

realizar uma gestão equitativa do tempo disponível para trabalhar.

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Caso 5 – Equipas Educativas (2.º Ano do CEB) Informações básicas

- Número de Alunos: 2 a 4 alunos.

- Duração de cada sessão: 1 Hora.

- Total de observações: 16.

Análise das observações

Dimensão I - Comportamento da turma/Grupo de observação

No geral os alunos observados no grupo das equipas educativas apresentaram

comportamentos calmos, concentrados e entusiasmados em relação aos temas propostos.

Foram excepcionais os casos de agitação e não foram limitadores no desenvolvimento das

sessões. Ao longo de todas as sessões apenas uma aluna foi colocada fora do ateliê por mau

comportamento, tal como é possível analisar na Observação 3 (Anexo 5).

Dimensão II - Trabalhos desenvolvidos

Foram desenvolvidos variados trabalhos no ateliê ao longo das sessões das Equipas Educativas,

nomeadamente: Desenho por observação, Desenho criativo, Desenho com pastel seco,

Desenho com pastel de óleo, Desenho com lápis de cera, Desenho com carvão, Escultura,

Modelação cerâmica e posterior aplicação de vidrados.

Dimensão III - Atitudes perante os temas de trabalho

No geral todos os alunos se demonstraram motivados perante os temas de trabalho

apresentados no ateliê, mesmo perante as dificuldades encontradas no desenvolvimento dos

projectos como o desenho por observação e a modelação cerâmica. Em três temas, articulados

com a disciplina de Matemática, os alunos demonstraram curiosidade e motivação pelas

propostas de trabalho apresentadas, considerando uma metodologia de trabalho bastante

diferente da realidade observada na sala de sala.

Dimensão IV - Iniciativa demonstrada ao longo das sessões

Na generalidade as sessões foram bastante direccionadas, pretendendo-se a execução de

tarefas já idealizadas. No entanto em vários casos os alunos assumiram o desenvolvimento de

trabalho autónomo, como a criação de trabalhos de escultura com materiais diversos, como

ocorreu na Observação 8 (Anexo 5).

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Dimensão V - Papel da docente no desenvolvimento das sessões

Nenhum docente das duas turmas está presente nas sessões de ateliê das Equipas Educativas

no 2.º Ano do CEB. No entanto, é possível destacar que uma das docentes, cuja turma é

também observada neste relatório, desempenhou um papel extremamente activo nas sessões

ao propor inúmeros temas de trabalho.

Dimensão VI - Pontualidade e assiduidade

Os alunos foram assíduos em relação às sessões, relativamente à questão da pontualidade

este grupo de observação registou alguns atrasos. Por serem pouco significativos e justificados

não comprometeram o desenvolvimento das sessões.

Dimensão VII - Pontos fortes e fracos

Um aspecto positivo observado relaciona-se com o grupo reduzido de alunos presentes nas

sessões. Este factor permitiu um acompanhamento bastante atento por parte do atelierista,

existindo também comportamentos calmos na generalidade dos momentos de ateliê.

Um ponto negativo a salientar relaciona-se com a ausência de uma das turmas em muitas das

sessões. Outra questão passível de ser melhorada tem que ver com a orientação estruturada

dos temas que os docentes pretendem que sejam trabalhados nas Equipas Educativas. Esta

questão foi observada em bastantes sessões do ateliê, no entanto, inicialmente observaram-se

algumas lacunas ao nível dos temas a trabalhar aquando da chegada dos alunos.

Caso 6 – Sessões variadas com 1.º Ano, 2.º Ano, 3.º Ano do CEB e Jardim de

Infância Informações básicas

- Número de Alunos: Variável nas diferentes sessões observadas.

- Duração de cada sessão: 1 Hora.

- Total de observações: 9.

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Análise das observações

Dimensão I - Comportamento da turma/Grupo de observação

Analisando a turma de 1.º Ano que desenvolveu duas sessões no ateliê foi possível observar

comportamentos calmos e curiosos na primeira sessão, considerando que no segundo dia a

turma se apresentou um pouco mais agitada.

A turma de 3.ºAno, que desenvolveu várias sessões no Ateliê do Barro para criar um painel em

azulejaria, caracterizou-se no geral por apresentar bons comportamentos e interesse no

trabalho realizado. Existindo situações de alguma agitação em poucas sessões e fruto do

comportamento de poucos alunos.

A turma de Jardim de Infância apresentou-se no ateliê com muita curiosidade e alguma

agitação, factores que não condicionaram o desenvolvimento da sessão experimental.

Um aluno do 2.º Ano, por demonstrar interesse em desenvolver um trabalho no ateliê do

barro, deu origem também a uma sessão dinamizada excepcionalmente pelo atelierista. Nesta

sessão a concentração e interesse do aluno pelo trabalho que realizava decresceu

gradualmente, considerando alguma agitação que originou o abandono do ateliê sem pedir a

permissão do atelierista.

Dimensão II - Trabalhos desenvolvidos

A turma de 1.º Ano de CEB desenvolveu desenho criativo, o aluno do 2.ºAno realizou

modelação cerâmica, a turma de 3.º Ano realizou azulejaria e o Jardim de Infância realizou

experiências com água e tinta e posterior desenho com pastel de óleo.

Dimensão III - Atitudes perante os temas de trabalho

É geral o interesse e motivação dos alunos observados nas sessões dinamizadas a título

excepcional, considerando esta uma experiência pontual. Apenas uma sessão registou algum

desinteresse por parte de um aluno, tal como já foi referido.

Dimensão IV - Iniciativa demonstrada ao longo das sessões

Na generalidade as sessões não espelharam fortemente a iniciativa ou autonomia no trabalho

desenvolvido nos ateliês. É importante, no entanto, destacar que muitos alunos demonstraram

criatividade na fase de realizar as propostas que lhes foram apresentadas.

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Dimensão V - Papel da docente no desenvolvimento das sessões

Todas as docentes, educadoras e animadoras representaram elementos participativos no

desenvolvimento das sessões observadas, demonstrando interesse no trabalho desenvolvido

no ateliê ao articular com o atelierista no sentido de realizar as respectivas sessões.

Dimensão VI - Pontualidade e assiduidade

Por serem observadas sessões dinamizadas a título excepcional a questão da assiduidade não

pode ser analisada, no entanto é importante destacar a falta de pontualidade registada na

Observação 3 (Anexo 6). Nas restantes sessões não existem questões a destacar no que diz

respeito à pontualidade.

Dimensão VII - Pontos fortes e fracos

A ocorrência de sessões que resulta da articulação de vários profissionais no sentido de

desenvolver projectos criativos é o principal ponto forte a destacar. Um segundo ponto a

destacar relaciona-se com os resultados obtidos nas várias sessões, que agradaram a todos os

envolvidos.

Um ponto menos positivo analisado tem que ver com a dinâmica das sessões, que na

generalidade foram bastante orientadas.

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Balanço geral sobre o Ateliê Criativo

Em cerca de nove meses de observação do Ateliê Criativo é fundamental destacar que o

presente capítulo não pretende apresentar uma avaliação do trabalho realizado pelo

atelierista ou qualquer profissional docente ou não docente. Fundamentalmente será

desenvolvida uma análise a diversas realidades observadas, com o objectivo de apresentar

desafios e sugestões de melhoria do trabalho realizado no Ateliê Criativo.

Uma reflexão inicial que é fundamental de desenvolver relaciona-se com o papel do

atelierista, que demonstrou ao longo do ano lectivo uma postura de permanente análise e

auto-avaliação. Esta postura é fundamental para que o trabalho desenvolvido neste espaço,

também ele de experimentação e constante adaptação, possa evoluir e oferecer aos alunos o

melhor apoio possível. Reforçando o papel dos alunos nas dinâmicas do ateliê, é também

importante reflectir sobre um dos objectivos do Ateliê Criativo: Funcionar como uma

ferramenta educativa de promoção do sucesso escolar. E se na realidade o impacto do ateliê

na melhoria do sucesso escolar não é facilmente avaliável e carece de vastas ferramentas para

essa análise, uma docente afirmava junto do atelierista que as actividades desenvolvidas

poderão não ter impacto imediato nas fichas de avaliação, mas têm sim, impacto imediato na

motivação e interesse dos alunos perante determinadas temáticas do currículo.

Uma questão analisada e passível de ser potencializada com as observações realizadas

relaciona-se com a articulação curricular dos temas e trabalhos desenvolvidos no ateliê. Se por

um lado existe este esforço da parte de alguns docentes, por outro lado esta realidade ainda

não é uma regra. É unânime que os temas escolhidos e desenvolvidos são pertinentes, no

entanto, uma possibilidade de potencializar o papel do Ateliê Criativo é apostar na articulação

efectiva, ou mais evidente, com aspectos do currículo.

Ao longo do ano lectivo foi possível observar que o ateliê é valorizado pela comunidade

escolar, não só pelo desenvolvimento de sessões a título excepcional, mas também porque

vários alunos se deslocaram ao espaço pedindo ajuda ao atelierista como uma mais-valia no

desenvolvimento de trabalhos. Esta realidade, onde o Ateliê Criativo surge valorizado, é

questionável quando turmas faltam sem avisar ou quando um docente não envia alunos da

turma para as equipas educativas, demonstrando algumas lacunas de comunicação ou mesmo

a não valorização do ateliê enquanto ferramenta educativa.

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Ao nível da gestão e organização do ateliê foram observados aspectos importantes a destacar,

como sugestões de pontos-chave de actuação. A fomentação da articulação atelierista –

docente é fundamental para o ateliê potencialize o trabalho que desenvolve, terminando com

questões desagradáveis que algumas vezes foram observadas. É fundamental que o

profissional do ateliê seja um elemento activo na avaliação que é realizada pelos docentes aos

alunos sobre o espaço do ateliê. Sendo este o profissional que dinamiza as sessões é fulcral

consultar o mesmo quando se pretende avaliar uma actividade que ocorre em contexto

curricular.

Foram observados vários momentos de reuniões informais entre o atelierista e profissionais do

Gabinete de Educação sobre as actividades e temas do ateliê. Considerando estes momentos

importantes seria também um factor potencializador do trabalho desenvolvido no ateliiê a

realização de reuniões periódicas com estes profissionais, tal como apresenta a Tabela 3. O

objectivo será o de analisar o que tem sido desenvolvido e compreender quais os factores

passíveis de melhorar, fomentando assim um acompanhamento faseado ao longo do ano.

Estas reuniões poderiam também ser articuladas com a utilização de ferramentas online cuja

gestão da informação é partilhada por vários utilizadores. Ou seja, ao criar grelhas breves de

análise em documentos online é possível agregar alguma da informação do trabalho

desenvolvido no ateliê em tempo real estando disponível a vários intervenientes, existindo

também a possibilidade de partilhar sugestões e ideias.

Proposta de actuação na gestão do Ateliê Criativo

Atelierista

Reuniões Mensais

Reuniões no início e conclusão dos períodos lectivos

Gabinete de Educação

Docentes

Objectivos específicos

I) Registo de situação. II) Análise dos focos de

actuação.

I) Analisar possíveis temas de trabalho a desenvolver.

II) Fomentar a articulação curricular com o ateliê.

III) Registo e análise da situação das turmas.

Objectivo geral Potencializar o papel do Ateliê Criativo através da análise e registo

sistemáticos.

Tabela 3 – Esquema de proposta de actuação na gestão e organização do Ateliê Criativo.

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O ateliê tem procurado fomentar a sua actuação além do espaço escola, nesse sentido foram

observadas várias situações onde a comunidade local foi convidada a intervir. Um tema

trabalhado contou com o apoio de vários objectos disponibilizados por um familiar de uma

aluna, que por ser apicultor emprestou ao ateliê utensílios relacionados com a produção de

mel. Numa outra ocasião, o pai de um aluno foi convidado a dinamizar uma sessão sobre

cavalos, tema que o próprio domina. No geral estes momentos, entre outros também

ocorridos ao longo ano, espelham o papel que o ateliê procura desenvolver de abertura com a

comunidade local valorizando os recursos existentes no concelho.

Foi bastante importante a opção demonstrada pelo atelierista em atribuir aos alunos a escolha

de alguns temas que pretenderam trabalhar no ateliê, estimulando o papel activo que estes

podem e devem ter nas sessões. No entanto, seria interessante que o ateliê desenvolve-se

também temas da actualidade e que são notícia no país e no mundo. Foram observadas

reflexões sobre a questão dos migrantes e refugiados, por exemplo, mas a abordagem foi

bastante superficial. Uma estratégia possível para desenvolver alunos atentos e informados é

precisamente utilizar o ateliê como uma ferramenta que procura complementar e acrescentar

conhecimentos às aprendizagens da sala de aula.

Ao longo das sessões uma lacuna observada teve que ver a iniciativa dos alunos para a

realização de pesquisas. Considerando que os alunos que assumiram realizar este trabalho, na

realidade, apenas trouxeram livros ou textos sobre temas para o ateliê. É importante que esta

questão seja trabalhada, podendo mesmo ser desenvolvida no próprio espaço do ateliê

(através de uma actividade) e não ser exclusivamente apresentada como uma tarefa a realizar

foram das aulas.

Um ponto positivo a destacar está relacionado com o trabalho que é desenvolvido no Ateliê do

Barro. No geral, todos os alunos que decidem desenvolver projectos através da modelação

cerâmica encontram desafios, alguns alunos, por terem alguma experiência a trabalhar em

barro auxiliaram os colegas que demonstraram dificuldades. A entreajuda observada é sem

dúvida um resultado positivo do papel do ateliê nas aprendizagens dos alunos. Se por um lado

são observados alunos com dificuldades de trabalho em grupo e de respeito mútuo, são

observados momentos em que esta dificuldade se dissipa.

No fundo, o Ateliê Criativo caracteriza uma importante ferramenta educativa para fomentar o

sucesso escolar e desenvolver contextos de experimentação através da criatividade. Perante

os objectivos deste projecto considera-se a postura do atelierista como bastante adequada.

Não existindo receitas secretas e imediatas para o sucesso, o trabalho desenvolvido é

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assumido como constantemente adaptável às realidades heterogéneas que caracterizam a

realidade escolar.

As sugestões apresentadas procuram apresentar desafios de melhoria no trabalho

desenvolvido no ateliê. Propondo alguma formalização na gestão deste espaço, também com o

objectivo de possuir a longo prazo registos concretos sobre o Ateliê Criativo, as suas linhas de

orientação, objectivos e resultados.

Concluindo o presente relatório é inquestionável afirmar que o trabalho de estágio e

observação no Ateliê Criativo do Complexo Escolar dos Arcos representou o desenvolvimento

de inúmeras aprendizagens. Conhecimentos fomentados inicialmente sobre o contexto escolar

e as dinâmicas de funcionamento peculiares do projecto educativo escolar em Óbidos.

Território onde a educação é encarada como um pilar no desenvolvimento do concelho e onde

são seguidas orientações bastantes distintas da realidade em muitas escolas no país.

Foram também realizadas aprendizagens na área da organização e gestão da educação,

observando as dinâmicas do ateliê, reuniões formais e informais e compreendendo as

questões passíveis de serem potencializadas com o objectivo de melhorar o trabalho que é

desenvolvido no Ateliê.

Resta agradecer a disponibilidade e empenho dos profissionais que tornaram possível a

realização do estágio ao longo do ano lectivo 2015/2016. Inicialmente a Dr.ª Ana Sofia

Godinho com quem o estágio curricular foi previamente delineado e que se manteve sempre

com uma postura de preocupação e disponibilidade perante o trabalho que foi desenvolvido.

Posteriormente é também fundamental agradecer ao atelierista João Jorge toda a

disponibilidade e naturalidade com que recebeu este estágio, partilhando as mais variadas

questões, expectativas, motivações e angustias no sentido de potencializar o seu trabalho no

ateliê e os projectos desenvolvidos pelos alunos.

Por fim, agradeço a toda a equipa de pessoal docente e não docente no qual este processo

interferiu o entusiasmo, simpatia e disponibilidade observadas.

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Anexos

Anexo 1: As observações do 2.ºAno do CEB.

Anexo 2: As observações do 3.º Ano do CEB.

Anexo 3: As observações do 4.º Ano do CEB.

Anexo 4: As observações do 6.º Ano do CEB.

Anexo 5: As observações das Equipas Educativas do 2.º Ano do CEB.

Anexo 6: As observações de sessões variadas (1.º Ano, 2.º Ano, 3.º Ano e Jardim de Infância).

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Anexo 1: As observações do 2.ºAno do CEB

Código da Sessão Data/hora/duração Local Intervenientes

O1-2A

23/09/2015 14h 30 Minutos

Ateliê Criativo Profissional do ateliê, alunos e docente

Materiais/Recursos utilizados

Técnicas desenvolvidas

Articulação das temáticas ateliê/plano curricular

Computador e quadro interactivo.

Não foram desenvolvidas técnicas específicas durante a sessão.

O tema dos animais articulação com o Estudo do Meio, introduzindo neste caso específico a formiga aos alunos, fomentando também os alunos para a importância de todas as espécies animais para o equilíbrio do planeta terra.

Objectivos gerais das actividades desenvolvidas/Conceitos-chave

Introdução do novo tema do ateliê: Os animais. Sessão sobre um insecto a trabalhar nas próximas sessões: A formiga.

Comportamento da turma ao longo da sessão

(Sobre o) Profissional do ateliê (Atelierista)

(Sobre a/o) Docente que acompanha a turma

Alguma agitação e curiosidade em relação ao ateliê e o novo tema em desenvolvimento.

- -

Descrição das actividades desenvolvidas durante a sessão

- Alguma confusão no início da sessão: Os alunos vão chegando de forma faseada e observam-se bastante agitados. A docente afirma que o atraso se deve a uma tarefa que estavam a realizar na sala de aula e o facto de os alunos chegarem em grupos se deve ao mesmo. - O atelierista questiona os alunos sobre qual o tema trabalhado no ano passado, a turma assinala várias actividades realizadas, não identificando concretamente o respectivo tema. - O profissional apresenta o novo tema e quais os animas que habitam o ateliê este ano lectivo. - Os alunos observam-se interessados e ficam mais calmos e em silêncio ao ouvir as explicações do atelierista. - O profissional vai questionando os alunos ao longo da sessão e estes participam com bastante entusiasmo. - São apresentadas imagens de formigas. - Uma aluna questiona o profissional: “As formigas têm coração?”. O atelierista afirma desconhecer a resposta, mas propõe que a aluna realize uma pesquisa para trazer na sessão seguinte e apresentar à turma a respectiva informação. A aluna concorda e afirma que irá realizar a tarefa. - Após apresentar as imagens o profissional explica a actividade que tinha preparada para a sessão e que não se realizará devido à falta de tempo: Colocar as formigas a comer gelatina colorida e observar se o seu abdómen altera a cor, tal e qual como um artista realizou e apresentou numa exposição. - Como a sessão teve uma duração reduzida e os alunos se demonstraram agitados houve poucos avanços na sessão, contudo é realizado um balanço sobre o que será realizado na próxima semana antes da saída dos alunos.

Observações complementares

-

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Código da Sessão Data/hora/duração Local Intervenientes

O2-2A

30/09/2015 13h30 1 Hora

Ateliê Criativo Profissional do ateliê, alunos e docente

Materiais/Recursos utilizados

Técnicas desenvolvidas

Articulação das temáticas ateliê/plano curricular

Computador, quadro interactivo e caleidoscópio.

Não foram desenvolvidas técnicas específicas durante a sessão.

O tema dos animais em articulação com o Estudo do Meio.

Objectivos gerais das actividades desenvolvidas/Conceitos-chave

Continuação da introdução do novo tema do ateliê: Os animais - A formiga.

Comportamento da turma ao longo da sessão

(Sobre o) Profissional do ateliê (Atelierista)

(Sobre a/o) Docente que acompanha a turma

Alguma agitação na turma e comportamentos agressivos por parte de um aluno.

- Impacto na gestão do comportamento dos alunos.

Descrição das actividades desenvolvidas durante a sessão

- Os alunos entram de forma organizada e ficam sentados no chão em meia-lua em torno do quadro interactivo. - No início da sessão é realizado um momento de sobre os principais assuntos abordados na semana passada. - Uma aluna afirma: “O coração serve para limpar o sangue sujo do sangue limpo.”. - Uma aluna apresenta a pesquisa realizada em casa sobre as formigas terem ou não coração. - Pedindo ajuda a outra colega lêem as duas em pé. - Após a leitura o profissional apresenta imagens sobre a anatomia das formigas e são debatidos vários aspectos sobre a espécie. - Realiza-se uma deslocação ao exterior para observar um formigueiro. O atelierista não permite a ida de um aluno que demonstrou vários comportamentos agressivos durante a sessão, principalmente perante as lagartixas existentes no ateliê. - No exterior os alunos observam atentos o formigueiro, referindo algumas características das diferentes formigas observadas. - Alguma confusão na entrada do ateliê após a deslocação ao exterior, facto devido à agitação geral dos alunos. - Simulação da visão das moscas e outros insectos através do caleidoscópio. - Visualização do filme “Mínimos” com insectos para encerrar sessão. - Posteriormente os alunos saem do ateliê.

Observações complementares

-

Código da Sessão Data/hora/duração Local Intervenientes

O3-2A

07/10/2015 13h30 1 Hora

Ateliê Criativo Profissional do ateliê, alunos e docente

Materiais/Recursos Técnicas Articulação das temáticas ateliê/plano

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utilizados desenvolvidas curricular

Computador, quadro interactivo, diários gráficos, papel e lápis grafite 2B e lápis de cor

Desenho por observação e pintura com lápis de cor

Estudo do Meio: Animais (Formigas)

Objectivos gerais das actividades desenvolvidas/Conceitos-chave

Desenvolvimento de desenhos por observação e de desenhos criativos sobre o animal trabalho na sessão anterior: A formiga.

Comportamento da turma ao longo da sessão

(Sobre o) Profissional do ateliê (Atelierista)

(Sobre a/o) Docente que acompanha a turma

Agitação observada que tem impacto no desenvolvimento da sessão.

- -

Descrição das actividades desenvolvidas durante a sessão

- Os alunos entram com alguma confusão e interagem entre eles enquanto o profissional fala com a docente sobre um aluno que tem vindo a demonstrar comportamentos agressivos. - Os alunos organizam-se em pares para desenvolver a primeira tarefa sobre as formigas. - A turma é distribuída em dois grandes grupos de trabalho: Um grupo desenvolverá individualmente desenhos por observação, enquanto o outro desenvolverá desenhos criativos com formigas imaginadas. - Os alunos, por estarem agitados, criam alguma confusão enquanto pedem ajuda ao profissional. - À medida que os alunos terminam a tarefa pintam os desenhos com lápis de cor. - Alguns alunos demonstram dificuldades na tarefa de desenho por observação, apresentando dificuldades em respeitar o conceito de proporção da imagem. Já nos alunos que desenvolvem a tarefa de desenho criativo, observa-se que alguns não criam elementos específicos para a formiga criativa, desenhando apenas o insecto, após mostrar o trabalho ao profissional alguns dos alunos optam por desenvolver o desenho, acrescentando elementos. - Durante o desenvolvimento da tarefa o profissional interrompe a sessão para voltar a explicar conceitos básicos relacionados com a técnica do desenho por observação. - No final da sessão são apresentados alguns dos trabalhos mais bem conseguidos em termos de observação e é realizada uma breve conversa sobre o comportamento dos alunos. Durante a conversa é abordada a importância de um comportamento mais calmo para se conseguir avançar nos trabalhos.

Observações complementares

Foram observadas algumas dificuldades em ambas as tarefas de desenho, por um lado a complexidade da técnica de desenho por observação foi notória. Por outro lado os alunos que deveriam ter desenhado formigas imaginadas acabaram por reproduzir o insecto de forma semelhante a um desenho por observação.

Código da Sessão Data/hora/duração Local Intervenientes

O4-2A

14/10/2015 13h30 1 Hora

Ateliê Criativo Profissional do ateliê, alunos e docente

Materiais/Recursos utilizados

Técnicas desenvolvidas

Articulação das temáticas ateliê/plano curricular

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Computador, quadro interactivo, diários gráficos, papel e lápis grafite 2B e lápis de cor

Desenho por observação e desenhos criativo

Estudo do Meio: Animais (Formigas)

Objectivos gerais das actividades desenvolvidas/Conceitos-chave

Continuação do trabalho iniciado anteriormente. Desenvolvimento de desenhos por observação e de desenhos criativos sobre o animal trabalho na sessão anterior: A formiga.

Comportamento da turma ao longo da sessão

(Sobre o) Profissional do ateliê (Atelierista)

(Sobre a/o) Docente que acompanha a turma

Comportamento calmo e mais concentrado do que o registado ultimamente.

- -

Descrição das actividades desenvolvidas durante a sessão

- A sessão inicia-se com a demonstração de como desenhar uma formiga por observação. - O profissional desenha com a turma em redor da mesa explicando aspectos essenciais e fundamentais passar à próxima técnica: Aguarela. - Após a explicação a turma, esta é dividida em dois grupos para a continuação do trabalho da sessão anterior. Parte da turma desenha por observação e outra parte desenha por imaginação, uma formiga, respectivamente. - Ao longo da sessão o profissional circula pela sala para ajudar os alunos no desenvolvimento da tarefa. - No geral a turma demonstra aproveitamento nos desenhos, tendo conseguido desenhar o pretendido. - No final da sessão foi observado o insecto que será trabalhado futuramente: o Louva-a-deus. - Após a observação do animal a turma desloca-se ao exterior, com o objectivo de o libertar.

Observações complementares

-

Código da Sessão Data/hora/duração Local Intervenientes

O5-2A 28/10/2015 13h30 1 Hora

Ateliê Criativo Profissional do ateliê, alunos e docente

Materiais/Recursos utilizados

Técnicas desenvolvidas

Articulação das temáticas ateliê/plano curricular

Papel, Lápis de cor; Pastéis de Óleo; Pastéis Secos; Livros existentes no ateliê

Pintura com técnica variada

Estudo do Meio – Animais (Louva-a-Deus)

Objectivos gerais das actividades desenvolvidas/Conceitos-chave

Conclusão da tarefa desenvolvida na semana anterior.

Comportamento da turma ao longo da sessão

(Sobre o) Profissional do ateliê (Atelierista)

(Sobre a/o) Docente que acompanha a turma

Momento de especial confusão no final da sessão.

- -

Descrição das actividades desenvolvidas durante a sessão

- Os alunos entram calmos na sessão, deslocam-se para as mesas. Após um breve momento de espera os alunos ficam um pouco agitados.

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- Conversa sobre o tema desenvolvido nas equipas educativas com duas alunas da turma. As duas alunas explicam o significado de “material orgânico”, com exemplos e a apresentação de desenhos realizados. - De seguida é realizada uma breve reflexão sobre o ponto de situação dos últimos trabalhos. É pedido aos alunos que concluam os trabalhos. - Durante a tarefa o profissional circula pela sala para distribuir materiais de pintura variados: Lápis de cor; Pastéis de Óleo; e Pastéis Secos. - À medida que os alunos concluem as tarefas o profissional sugere a escolha e leitura de um dos livros presentes no ateliê. - Enquanto alguns realizam as leituras o profissional auxilia os alunos que desenvolvem diversos desenhos. - Durante a sessão o profissional permite a entrada de um ex-aluno no ateliê, irmão de um actual aluno presente na sessão. Minutos depois o aluno sai do ateliê. - A turma divide-se de modo natural em dois grupos distintos: um de leitura e outro de desenvolvimento de desenhos. - Durante a fase de trabalho livre o comportamento dos alunos fica um pouco mais agitado. Assim como no final da sessão, fase destinada ao arrumo da sala. - A docente pede aos alunos que terminem as tarefas e nesta fase os alunos têm comportamentos bastante desorganizados e desadequados, colocando os livros na estante sem qualquer cuidado. - Antes da saída do ateliê a professora alerta para o barulho e confusão que ocorreu no corredor quando alguns alunos se deslocaram às casas de banho para lavar as mãos. - O profissional alertou também a turma para a importância de tratar os livros utilizados com cuidado, não atirando os mesmos para a estante após as leituras. - A sessão termina e os alunos saem de forma ordeira da sala.

Observações complementares

-

Código da Sessão Data/hora/duração Local Intervenientes

O6-2A

04/11/2015 13h30 1 Hora

Ateliê Criativo Profissional do ateliê, alunos, docente e Ana Sofia Godinho

Materiais/Recursos utilizados

Técnicas desenvolvidas

Articulação das temáticas ateliê/plano curricular

Computador, Quadro Interactivo, Papel, Pasteis Secos, Pastel de Óleo

Pintura a pastel de óleo e pastel seco

Estudo do Meio – Expressões

Objectivos gerais das actividades desenvolvidas/Conceitos-chave

Desenvolvimento de desenhos de louva-a-deus simulando a pintura em tectos de igrejas.

Comportamento da turma ao longo da sessão

(Sobre o) Profissional do ateliê (Atelierista)

(Sobre a/o) Docente que acompanha a turma

Alguma agitação perante o trabalho proposto pelo atelierista.

- -

Descrição das actividades desenvolvidas durante a sessão

- Os alunos iniciam a sessão sentando-se me torno do quadro interactivo para observar imagens de pinturas no tecto de casas, igrejas e outros.

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- Conversa com os alunos sobre estas pinturas. - Um aluno afirma: “Estas pinturas só podem estar nas igrejas ou nos hotéis de 5 estrelas”. - Numa das imagens observadas, de uma casa com decoração antiga e pinturas no tecto o profissional questiona se aquela poderia ser uma casa de reis ou um outro palácio antigo. Uma aluna afirma que não: “Porque nesse tempo não existia televisão e existe uma na imagem!”. - Apresentação de pinturas de Michael Ângelo e também de um vídeo sobre o artista. - Posteriormente o profissional pede aos alunos que estes escolham 2 pastéis de óleo. - Após a escolha dos materiais o profissional desafia os alunos a encontrarem o tecto da capela que irão pintar na sessão. - Ao descobrirem que irão pintar debaixo das mesas, com uma folha colada na parte de baixo da mesma, é notório o entusiasmo dos alunos. - A tarefa proposta é a de que os alunos desenhem um louva-a-deus com pastéis de óleo, podendo assim simular a experiência de pintar tectos. - Durante o desenvolvimento da tarefa uma aluna chora, o atelierista desvaloriza a situação por ser um comportamento recorrente quando um trabalho não corre da melhor forma. No entanto esta é encorajada a continuar o desenho. - Na fase de conclusão da tarefa gera-se bastante confusão. Alguns alunos não respeitam a indicação do profissional de terminar e continuam a desenhar. Outros aproveitam a indicação para arrumar a sala e brincam com os materiais, acabando por atirar alguns pastéis secos para o chão. - O profissional pede que os alunos se sentem no chão para conversar sobre o mau comportamento da turma. Além do desrespeito pelos materiais indicados para realizar o trabalho: Muitos utilizaram pastéis secos ao contrário daquilo que foi indicado. O excesso de entusiasmo fez com que os alunos não tivessem tomado atenção às indicações do profissional ou tivessem sentido dificuldade em distinguir os materiais sem pedir ajuda. - Após a conversa sobre a tarefa e o respectivo resultado, mas também sobre o comportamento dos alunos (foco principal), os alunos saem da sessão mais calmos.

Observações complementares

- A tarefa foi uma sugestão da docente da turma, que tinha precisamente o objectivo de informar os alunos sobre as pinturas realizadas em capelas e igrejas.

Código da Sessão Data/hora/duração Local Intervenientes

O7-2A

11/11/2015 13h30 1 Hora

Ateliê Criativo Profissional do ateliê, alunos e docente

Materiais/Recursos utilizados

Técnicas desenvolvidas

Articulação das temáticas ateliê/plano curricular

Computador, Quadro Interactivo

- Estudo do Meio: Animais (Louva-a-deus)

Objectivos gerais das actividades desenvolvidas/Conceitos-chave

Sessão sem actividade artística, apenas de análise ao insecto em estudo.

Comportamento da turma ao longo da sessão

(Sobre o) Profissional do ateliê (Atelierista)

(Sobre a/o) Docente que acompanha a turma

- - -

Descrição das actividades desenvolvidas durante a sessão

- Conversa de revisão sobre as sessões anteriores (formigas e simulação de pinturas em capelas).

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- Início do novo insecto: Louva-a-deus. Deslocação dos alunos para o chão do ateliê com o objectivo de se sentarem em torno do quadro interactivo. - O profissional questiona os alunos sobre o significado da palavra “louvar”. Como todos os alunos desconhecem o significado, o atelierista explica o que significa a palavra com recurso a vários exemplos. - O profissional questiona sobre o porquê do nome atribuído a este insecto, um aluno afirma: “O louva-a-deus tem esse nome porque tem as mãos assim [gestos] e parece que está a rezar.” - Os vários alunos apresentam características do insecto: “O louva-a-deus tem muita força nas patas e é assim que caça”, “ [O louva-a-deus] É um animal esquisito.” - Ao longo das explicações vão surgindo questões sobre este animal que os alunos gostariam de saber, o profissional, por não saber a resposta a todas as questões aponta numa folha as perguntas feitas pelos alunos. Ao apontar afirma que irá pesquisar para explicar as questões aos alunos na próxima sessão. - Apresentação do significado de “exótico” e “inofensivo”. - Conversa sobre o insecto louva-a-deus, sobre as várias espécies, as características e os seus métodos de caça (por emboscada). - Conclusão da sessão com a visualização de um vídeo sobre o insecto trabalhado.

Observações complementares

-

Código da Sessão Data/hora/duração Local Intervenientes

O8-2A

18/11/2015 13h30 1 Hora

Ateliê Criativo Profissional do ateliê, alunos e docente

Materiais/Recursos utilizados

Técnicas desenvolvidas

Articulação das temáticas ateliê/plano curricular

Computador, Quadro Interactivo, Lápis Grafite e Papel

Desenho por observação

Estudo do Meio: Animais (Louva-a-deus pau)

Objectivos gerais das actividades desenvolvidas/Conceitos-chave

Apresentação e desenho por observação de um “louva-a-deus pau”.

Comportamento da turma ao longo da sessão

(Sobre o) Profissional do ateliê (Atelierista)

(Sobre a/o) Docente que acompanha a turma

- - -

Descrição das actividades desenvolvidas durante a sessão

- Conversa sobre a sessão anterior e o que foi trabalhado. Revisão de vários conceitos trabalhados na sessão da semana passada, questionando os alunos. - De seguida é lida uma pesquisa realizada por um aluno sobre o “louva-a-deus”. - Escrita da palavra mimetismo nos diários gráficos. - Observação de um “louva-a-deus pau” existente no ateliê. - Explicação do significado da palavra escrita anteriormente nos cadernos, posterior observação de imagens que ilustram a explicação dada. - Proposta de tarefa: Desenho de um “louva-a-deus pau” por observação. - Após a conclusão dos desenhos os alunos escrevem nos diários gráficos: “Mimetismo: Animais que se confundem com o meio ambiente.” - Os alunos saem do ateliê após a escrita do significado da palavra mimetismo.

Observações complementares

-

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Código da Sessão Data/hora/duração Local Intervenientes

O9-2A

25/11/2015 13h30 1 Hora

Ateliê Criativo Profissional do ateliê, alunos e docente

Materiais/Recursos utilizados

Técnicas desenvolvidas

Articulação das temáticas ateliê/plano curricular

Computador, Quadro Interactivo

Desenho por observação

Estudo do Meio: Animais (Louva-a-deus)

Objectivos gerais das actividades desenvolvidas/Conceitos-chave

Desenho colectivo por observação de um louva-a-deus.

Comportamento da turma ao longo da sessão

(Sobre o) Profissional do ateliê (Atelierista)

(Sobre a/o) Docente que acompanha a turma

Alguma agitação e descontentamento com a tarefa proposta.

- -

Descrição das actividades desenvolvidas durante a sessão

- Os alunos entram no ateliê e deslocam-se para as respectivas mesas de trabalho. - São distribuídas folhas A3 com a ajuda de alguns alunos. - Conversa sobre o animal trabalhado no ateliê, revisão de vários conceitos sobre o insecto, com a participação dos alunos que abordam diferentes características. - É colocada o quadro a imagem de um louva-a-deus orquídea. - O profissional pede aos alunos que coloquem o nome e turma na folha distribuída. - Enquanto isso o profissional circula pelas mesas e distribui pastéis secos pretos. - Todos iniciam os desenhos, após algum tempo o profissional pede aos alunos que parem de desenhar, quando todos pararam de desenhar o atelierista pede que se desloquem um lugar para a direita, ficando à sua frente o trabalho do colega do lado. - Pede-se que os alunos continuem o desenho do colega e é observado algum descontentamento por parte de algumas crianças. - Após algum tempo o processo de deslocação para a direita repete-se, ficando os alunos com um novo desenho para continuar. - A dinâmica é repetida pela 3ª vez. Após esta mudança o profissional pede que os alunos concluam os desenhos que têm à sua frente. - Um vez concluídos os desenhos o profissional pede aos alunos que se desloquem à casa de banho para lavar as mãos. - Quando todos voltam o profissional do ateliê aborda o trabalho realizado com os alunos, referindo a importância da participação de vários alunos num desenho. Não existindo desenhos feios, como muitas crianças referiram ao ver os seus trabalhos iniciais. - Após a reflexão sobre os objectivos principais do trabalho os alunos saem do ateliê.

Observações complementares

Tarefa já proposta anteriormente pela docente da turma. Foram também observadas dificuldades na partilha dos desenhos com os colegas, existindo alunos que desejaram riscar o próprio nome do desenho inicial. Registos fotográficos:

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Código da Sessão Data/hora/duração Local Intervenientes

O10-2A

02/12/2015 13h30 1 Hora

Ateliê Criativo Profissional do ateliê, alunos e docente

Materiais/Recursos utilizados

Técnicas desenvolvidas

Articulação das temáticas ateliê/plano curricular

Computador, Quadro Interactivo, Lápis grafite 2B e diários gráficos

Desenho criativo Português: O elefante cor-de-rosa

Objectivos gerais das actividades desenvolvidas/Conceitos-chave

Criação de projectos nos diários gráficos sobre o “Elefante cor-de-rosa” para o desenvolvimento de projectos em barro.

Comportamento da turma ao longo da sessão

(Sobre o) Profissional do ateliê (Atelierista)

(Sobre a/o) Docente que acompanha a turma

- - -

Descrição das actividades desenvolvidas durante a sessão

- Durante a sessão será trabalhado um tema articulado com a docente, a história: “O elefante cor-de-rosa” de Luísa Dacosta. - Os alunos entram no ateliê e deslocam-se para as mesas de trabalho. - Um aluno levanta o braço e questiona o profissional: “Porque é que não tens árvore de Natal no ateliê’”, o atelierista responde e gera-se alguma conversa em torno do tema. - De seguida, encerrado o tema do Natal o profissional questiona os alunos sobre: “O que é a gravidade?”. - Um aluno responde: “Uma pessoa está assim no chão e depois a gravidade sobe.” - Posteriormente questiona os alunos sobre de onde vem a gravidade. - Os alunos debatem entre si: “A gravidade vem do espaço.”, “A gravidade vem da terra!”, “A gravidade não pode vir do espaço porque lá não há gravidade!”, “A gravidade é formada pelas estrelas que estão no espaço!”. A sessão desenvolve-se em torno do tema com um debate entre vários alunos. - De seguida o profissional realiza uma pesquisa sobre o “porquê de existir gravidade”. - Posteriormente à leitura da pesquisa o profissional encerra o tema da gravidade e pede aos alunos que coloquem os diários gráficos em cima das mesas. - A proposta de tarefa a realizar é a seguinte: Desenhar um elefante que inclua um, ou mais, dos insectos representados por fotografias presentes no quadro interactivo: Escaravelho, Borboleta e Abelha.

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- Após a explicação do profissional do ateliê os alunos iniciam a tarefa. - Enquanto os alunos iniciam a tarefa o profissional disponibiliza, muito brevemente a imagem do elefante para a observação dos alunos. De seguida retira a imagem e os alunos continuam a desenhar. - Poucos minutos depois de terem iniciado a tarefa os alunos deslocam-se para junto do profissional e afirmam ter terminado. O profissional alerta os alunos para que os trabalhos não sejam realizados à pressa. - A docente circula pela sala e afirma para os alunos que está atenta e a ver quem se está a aplicar na realização da tarefa. - Após todos terem concluído os desenhos o profissional propõe a segunda tarefa: Desenhar a casa onde o elefante desenhado vive. Apelando os alunos para que estes pensem no porquê da casa construída, que deve ser pensada em função das características de cada elefante. Importando reflectir sobre a melhor solução para casa. - Os alunos demonstram-se entusiasmados com a tarefa, mostrando os trabalhos à docente e ao atelierista. - Não restando tempo para colorir os trabalhos o profissional fotografa os desenhos de alguns alunos. - No final da sessão o profissional refere que os alunos podem colorir os trabalhos em casa, caso o queiram fazer. Aborda também que os trabalhos realizados serão a base para o projecto que se segue: Criação de peças em barro (modelação cerâmica). Afirma também que na fase que se segue, no ateliê do barro, os alunos farão deslocação em grupos de 5 elementos.

Observações complementares

-

Código da Sessão Data/hora/duração Local Intervenientes

O11-2A

9/12/2015 13h30 1 Hora

Ateliê Criativo Profissional do ateliê e alunos (5 Alunos)

Materiais/Recursos utilizados

Técnicas desenvolvidas

Articulação das temáticas ateliê/plano curricular

Barro branco Modelação Cerâmica

Português: O elefante cor-de-rosa

Objectivos gerais das actividades desenvolvidas/Conceitos-chave

Modelação dos projectos criados na sessão anterior

Comportamento da turma ao longo da sessão

(Sobre o) Profissional do ateliê (Atelierista)

(Sobre a/o) Docente que acompanha a turma

Os alunos desenvolvem os trabalhos entusiasmados pedindo várias vezes a ajuda do atelierista.

O atelierista apoia os alunos no desenvolvimento dos respectivos projectos.

-

Descrição das actividades desenvolvidas durante a sessão

- Os alunos iniciam a sessão um pouco depois da hora, deslocando-se para o ateliê do barro. - Uma vez no ateliê do barro, os 5 alunos sentam-se em torno da mesa de trabalho e abrem os diários gráficos. Nos cadernos possuem os projectos/esboços criados na sessão anterior sobre o elefante criativo e a sua casa. - Posteriormente o profissional prepara o barro, nesta fase os alunos demonstram-se entusiasmados e interessados no respectivo processo. O profissional diz qual o nome do

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instrumento que está a utilizar e que corta o barro, o garrote, exemplificando o processo aos alunos, permitindo que também estes o experimentem. - Após a experimentação da preparação do barro o profissional circula pela sala enquanto os alunos trabalham o barro, dando várias explicações e dicas. As explicações desenvolvem-se em torno da necessidade de utilizar lambugem para colar as peças de barro e o que fazer quando este seca durante a moldagem. - Os alunos trabalham entusiasmados nas peças, pedindo a ajuda do profissional em várias fases do trabalho. - Um aluno tem dificuldades na colagem das peças do seu elefante, enquanto outro assume dificuldade em representar os olhos do seu animal. Em ambos o profissional circula pela sala para auxiliar as tarefas. - Um aluno pretende colar dois elementos do seu trabalho, o profissional aproveita o momento para explicar o processo de ocagem na respectiva peça, processo pelo qual todos os trabalhos irão necessitar de passar. - Quatro dos cinco alunos trabalham de acordo com os projectos representados nos diários gráficos. No entanto, uma aluna molda o barro sem objectivo de representar o seu projecto. Por esse motivo o profissional chama à atenção da mesma e esta começa a moldar de novo. - Por falta de tempo o profissional desloca-se à sala de aula dos alunos para questionar se os mesmos poderiam permanecer um pouco mais no ateliê. A docente afirma que uma vez que os alunos irão ter inglês de seguida, sendo outra a docente, é impossível estender o tempo de sessão do ateliê. - Uma vez não existir tempo para estender a sessão o profissional pede aos alunos que parem o trabalho para que as peças por concluir possam ser reservados de parte e não sequem. - Nesta fase os alunos demoram algum tempo, pelo que o profissional necessita de os apressar uma vez que a professora de inglês aguarda a presença destes. - Os alunos são encaminhados até à sala de aula. - Após a sessão, enquanto o profissional limpa a sala, a docente da turma desloca-se ao ateliê para uma breve conversa.

Observações complementares

-

Código da Sessão Data/hora/duração Local Intervenientes

O12-2A

06/01/2016 13h30 1 Hora

Ateliê Criativo Profissional do ateliê, alunos e docente

Materiais/Recursos utilizados

Técnicas desenvolvidas

Articulação das temáticas ateliê/plano curricular

Computador, Quadro Interactivo e materiais relacionados com a produção de mel.

Sessão expositiva Estudo do Meio: Abelhas

Objectivos gerais das actividades desenvolvidas/Conceitos-chave

Apresentação do novo tema de trabalho no ateliê: As abelhas e a produção de mel.

Comportamento da turma ao longo da sessão

(Sobre o) Profissional do ateliê (Atelierista)

(Sobre a/o) Docente que acompanha a turma

Os alunos demonstraram-se interessados no desenvolvimento da sessão.

O atelierista conduziu a sessão apresentando a nova temática de trabalho à turma.

-

Descrição das actividades desenvolvidas durante a sessão

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- Os alunos iniciam a sessão deslocando-se para as mesas de trabalho. - Uma aluna refere que vários alunos provaram mel na hora de almoço, o profissional confirma e refere que também a turma pode provar, basta pedirem no refeitório uma colher depois da hora de almoço. - O profissional inicia o novo tema de trabalho: as abelhas. Para tal pede a atenção da turma. - A conversa inicia-se referindo a importância das abelhas no nosso planeta e na espécie humana. Questiona-se o porquê da sua importância e vários alunos dão respostas na tentativa de explicar. Alguns alunos dizem que são importantes porque o mel é muito saudável, um aluno afirma que estas são importantes porque produzem oxigénio. Outro aluno aproxima-se da resposta referindo que as abelhas transportam “uma coisa” de flor em flor. - Após as várias respostas o profissional explica o processo de polonização e o porquê das abelhas serem fundamentais no planeta terra. - A docente participa referindo que este tema se articula com a temática da agricultura que está a ser trabalhada com a animadora da turma. Reforçando que sem abelhas não existiria agricultura. - De seguida o profissional aborda a dinâmica das colmeias, abordando a figura geométrica existente na colmeia: o hexágono. São abordados os vários aspectos como a reprodução da espécie e a organização de uma colmeia. - Durante a explicação o profissional mostra aos alunos uma parte da colmeia onde se pode observar o hexágono e o qual o aspecto da cera das abelhas. - Posteriormente é apresentada uma colmeia de vespa, abordando as diferenças observadas nas abelhas e como este insecto tão semelhante produz papel que constitui a respectiva colmeia. - É abordada a profissão de apicultor, falando das suas tarefas e utilizando os objectos presentes no ateliê para explicar os vários processos da produção de mel. - Após demonstrar e explicar a utilidade dos vários artefactos o profissional apresenta várias imagens no quadro interactivo. - Uma imagem apresentada representa uma foto de uma abelha em grandes dimensões e com muita qualidade, consistindo na técnica de macrofotografia. Nesta fase o profissional explica de forma breve no que consiste. - É apresentado um insecto que é considerado um dos grandes inimigos da espécie trabalhada na sessão: a traça das abelhas. - Um esquema apresentado ilustra o ciclo da vida das abelhas, desde que é uma larva até ser uma abelha. - Após observar a imagem de um apicultor que cobre o corpo com abelhas são observados variados trabalhos de arte relacionados com as abelhas. - Além das referências artísticas variados é apresentado um conjunto de trabalhos de arte urbana, criado no Reino Unido para alertar a população para a extinção desta espécie devido a factores como a poluição. - Dado que a sessão demorou um pouco mais do que o tempo previsto os alunos saem do ateliê e o profissional pede desculpa pela demora.

Observações complementares

Registos fotográficos:

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Código da Sessão Data/hora/duração Local Intervenientes

O13-2A

13/01/2016 14h20 10 Minutos

Ateliê Criativo Profissional do ateliê, alunos (5 alunos)

Materiais/Recursos utilizados

Técnicas desenvolvidas

Articulação das temáticas ateliê/plano curricular

Diários gráficos e artefactos relacionados com a produção de mel

- Estudo do Meio: Abelhas

Objectivos gerais das actividades desenvolvidas/Conceitos-chave

Estimulação os alunos para a criação de projectos variados para a modelação em barro.

Comportamento da turma ao longo da sessão

(Sobre o) Profissional do ateliê (Atelierista)

(Sobre a/o) Docente que acompanha a turma

Os alunos apresentaram os projectos criados e receberam referências visuais com o objectivo de estimular a realização de novos trabalhos.

O profissional reforça a importância de serem desenvolvidos trabalhos diversificados sobre o tema das abelhas, estimulando os alunos nesse sentido.

-

Descrição das actividades desenvolvidas durante a sessão

- Breve conversa sobre o que aconteceu com as peças de barro iniciadas no ateliê por alguns alunos. Várias peças, por não terem sido terminadas e terem secado foram depositadas no lixo e a única peça terminada acabou por rebentar no forno.

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- Posteriormente o profissional reúne os alunos nas mesas com os respectivos diários gráficos. - O atelierista conversa com os alunos sobre os trabalhos realizados, referindo que todos os projectos estão muito bons graficamente. No entanto, todos os alunos realizaram desenhos de abelhas e seria interessante ver projectos criativos ao invés de 20 abelhas criadas em barro. - No sentido de estimular os alunos a criar novos projectos que possam espelhar vários conhecimentos sobre o tema das abelhas e da produção de mel o profissional coloca de novo em cima da mesa vários objectos existentes no ateliê. - Considerando que os alunos ainda não teriam provado o mel do ateliê, foi aproveitado o momento para essa experimentação. - Por fim o profissional volta a reforçar a importância dos alunos criarem projectos novos com algumas das ideias abordadas na sessão e outras que possam surgir associadas ao tema. - Os alunos saem do ateliê após as várias observações realizadas com as lupas aos favos com e sem mel.

Observações complementares

-

Código da Sessão Data/hora/duração Local Intervenientes

O14-2A

20/01/2015 13h30 1 Hora

Ateliê Criativo e Ateliê do Barro

Profissional do ateliê e alunos (6 no total)

Materiais/Recursos utilizados

Técnicas desenvolvidas

Articulação das temáticas ateliê/plano curricular

Barro, papel, fita-cola e lã

Modelação Cerâmica Estudo do Meio: Animais

Objectivos gerais das actividades desenvolvidas/Conceitos-chave

Desenvolvimento de abelhas em barro.

Comportamento da turma ao longo da sessão

(Sobre o) Profissional do ateliê (Atelierista)

(Sobre a/o) Docente que acompanha a turma

Os alunos do ateliê do barro trabalham entusiasmados com os respectivos trabalhos.

O atelierista dinamiza a sessão auxiliando pontualmente os alunos.

-

Descrição das actividades desenvolvidas durante a sessão

- Os alunos dividem-se nas duas salas de trabalho: O ateliê criativo e o ateliê do barro. No ateliê criativo dois alunos trabalham de forma autónoma, trabalhando num projecto iniciado anteriormente nas equipas educativas. - No ateliê do barro os quatro alunos sentam-se em torno da mesa de trabalho com o objectivo de trabalhar com o barro que o profissional corta. - Dois alunos trabalham com barro branco, enquanto os restantes usam barro vermelho. Este processo causou alguma confusão inicial uma vez que todos os alunos queriam utilizar barro branco. O profissional refere que todo o barro será utilizado, portanto todos terão oportunidade de trabalhar com os diferentes tipos de barro. - Os alunos iniciam o trabalho de modo entusiasmado e moldam o barro de acordo com os projectos das abelhas já criados. - O profissional ensina os alunos sobre o processo de lambugem, para colar os vários elementos das peças e também sobre a importância da ocagem, para que as peças não rebentem no forno. - Os alunos trabalham nas suas peças, pedindo várias vezes o apoio do atelierista. No entanto

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este refere que apenas irá dar pequenas ajudas, não irá trabalhar no projecto de cada aluno. - Os alunos continuam a moldar os seus projectos de forma entusiasmada. - Uma aluna que estava no ateliê criativo desloca-se ao ateliê de barro para pedir material ao profissional. - Um aluno termina a sua peça, colocando-a a secar junto da janela, lavando posteriormente os materiais utilizados. Um segundo aluno termina também, repetindo o processo. - As restantes alunas desenvolvem projectos e o profissional alerta as mesmas para o tempo da sessão que está a terminar, tendo de concluir as peças. - Um das alunas termina e repete o processo dos colegas anteriores, seguindo-se a última aluna. De seguidas todos os alunos limpam a sala, considerando que já de seguida chegará outra turma.

Observações complementares

-

Código da Sessão Data/hora/duração Local Intervenientes

O15-2A

27/01/2016 13h30 1 Hora

Ateliê do Barro Profissional do ateliê e alunos (5 no total)

Materiais/Recursos utilizados

Técnicas desenvolvidas

Articulação das temáticas ateliê/plano curricular

Barro branco Modelação Cerâmica Estudo do meio: Animais (Abelha)

Objectivos gerais das actividades desenvolvidas/Conceitos-chave

Desenvolvimento de abelhas em barro.

Comportamento da turma ao longo da sessão

(Sobre o) Profissional do ateliê (Atelierista)

(Sobre a/o) Docente que acompanha a turma

Os alunos demonstram estar calmos e realizam trabalho de forma autónoma.

O atelierista orienta inicialmente a sessão, ausentando-se brevemente e auxiliando os alunos de forma faseada.

-

Descrição das actividades desenvolvidas durante a sessão

- Os alunos deslocam-se para as mesas de trabalho no ateliê do barro. - O profissional distribui a cada aluno um pedaço de barro. - Após distribuído o barro é pedido que os alunos se organizem e pensem nos projectos sobre as abelhas que pretendem desenvolver, considerando que só tem a presente sessão para moldar o projecto em barro. - O profissional ausenta-se do ateliê e os alunos trabalham de forma autónoma nos seus projectos. - Os alunos apresentam algumas dúvidas sobre os projectos em barro que estão a desenvolver, conversando entre si sobre os temas possíveis de trabalho, decidindo alguns realizar abelhas e outros colmeias. - O profissional regressa ao ateliê e auxilia os alunos de forma faseada. Exemplificando e explicando a importância do processo de ocagem, mas também da colagem adequada dos vários elementos através do recurso da lambugem. - Dois alunos afirmam ter terminado as suas peças, saindo do ateliê após a limpeza dos materiais utilizados.

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- Uma aluna apresenta alguma agitação, demonstrando estar desconcentrada ao longo da sessão, obrigando nesta fase à intervenção do profissional com o objectivo de acalmar a mesma, pedindo que esta realize o seu trabalho. - O profissional apoia os três alunos que restam no ateliê, avisando os mesmos que o tempo da sessão está a terminar, sendo importante terminar as peças e limpar as mesas de trabalho. - Os alunos demonstram algumas dificuldades na fase inicial e na necessidade de terminar o trabalho. O profissional reforça várias vezes a mensagem em relação à urgência de terminarem o trabalho, uma vez que têm uma aula a começar na sala de aula. Por este motivo o profissional é obrigado a intervir no sentido de concluir na sessão. - Todas as peças são concluídas e os alunos saem do ateliê.

Observações complementares

-

Código da Sessão Data/hora/duração Local Intervenientes

O16-2A

03/02/2016 13h30 1 Hora

Ateliê do Barro Profissional do ateliê e alunos (5 no total)

Materiais/Recursos utilizados

Técnicas desenvolvidas

Articulação das temáticas ateliê/plano curricular

Barro branco e vidrados de várias cores

Modelação cerâmica e aplicação de vidrados

Estudo do meio: Animais (Abelha)

Objectivos gerais das actividades desenvolvidas/Conceitos-chave

Desenvolvimento de abelhas em barro.

Comportamento da turma ao longo da sessão

(Sobre o) Profissional do ateliê (Atelierista)

(Sobre a/o) Docente que acompanha a turma

Vários alunos brincam com o barro apesar das repetidas chamadas de atenção do atelierista. No entanto não são observados momentos de mau comportamento que dificuldade o trabalho dos cinco alunos.

O profissional auxilia os alunos no desenvolvimento do trabalho com importantes indicações.

-

Descrição das actividades desenvolvidas durante a sessão

- Os alunos deslocam-se para as mesas de trabalho, considerando os dois grupos de trabalho: moldagem e vidrar de peças. - O profissional distribui barro por 3 alunos, referindo que estes devem avançar no trabalho, considerando o pouco tempo de sessão. - O profissional alerta os alunos para a necessidade de utilizar lambugem para colagem das peças que estes estão a moldar. - Enquanto os alunos moldam o barro o profissional questiona os dois alunos que pretendem vidrar ou aplicar corante. Decidido que querem aplicar vidrado o profissional prepara o material para essa fase. - O profissional auxilia os alunos no processo de ocagem de uma peça. - Posteriormente o profissional auxilia os dois alunos que estão a vidrar peças, exemplificando o processo numa peça. Auxiliando de seguida nesse mesmo processo, uma vez que este processo é complicado.

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- Em relação aos três alunos que estão a moldar barro branco, dois destes terminam as peças, considerando que um aluno esteve durante toda a sessão apenas a amassar barro, sem objectivo. O profissional alerta o aluno para a necessidade de concluir o trabalho. Apesar disso o aluno continua a moldar pedaços de barro, por esse motivo o profissional pressiona o aluno no sentido de alertar para que este saiba o que está a moldar. Este afirma serem poças de mel e em conjunto é atribuída uma solução. - Concluídas todas as peças os alunos deslocam-se para a sala, uma vez já estarem atrasados. Apesar disso uma aluna protesta por querer terminar uma parte da sua abelha com uma cor branca. O profissional não autoriza e afirma que ele próprio conclui o pequeno elemento em falta com a cor pretendida, uma vez que a aluna estava já atrasada.

Observações complementares

-

Código da Sessão Data/hora/duração Local Intervenientes

O17-2A

17/02/2016 13h30 (13h50) 40 Minutos

Ateliê do Barro Profissional do ateliê e alunos (4 no total)

Materiais/Recursos utilizados

Técnicas desenvolvidas

Articulação das temáticas ateliê/plano curricular

Barro branco Modelação cerâmica Estudo do Meio – Animais (Abelhas)

Objectivos gerais das actividades desenvolvidas/Conceitos-chave

Desenvolvimento de abelhas em barro.

Comportamento da turma ao longo da sessão

(Sobre o) Profissional do ateliê (Atelierista)

(Sobre a/o) Docente que acompanha a turma

São observadas algumas dificuldades ao longo da sessão, no entanto observa-se que todos os alunos desenvolvem os respectivos trabalhos. Apenas uma aluna não conclui o respectivo trabalho por necessidade de se ausentar.

O atelierista dinamiza a sessão e avisa os alunos de algumas considerações importantes no trabalho com barro.

-

Descrição das actividades desenvolvidas durante a sessão

- As alunas deslocam-se para o ateliê do barro, sentando-se na mesa enquanto o profissional distribui o barro. - Após distribuir o barro o profissional ausenta-se do ateliê. - Todas as alunas moldam o barro, observando os esboços presentes nos diários gráficos sobre a abelha. - As alunas apresentam algumas dificuldades em moldar as abelhas de acordo com os desenhos realizados. Acabando por moldar o barro sem grande objectivo, brincando com o mesmo. - O profissional regressa ao ateliê. - O atelierista circula pelos vários trabalhos, alertando as alunas para o tempo que têm para desenvolver o trabalho. - Alerta também as alunas para o tempo excessivo que estiveram a brincar com o barro,

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acabando por não respeitar os projectos desenvolvidos. - O profissional ajuda as alunas no processo de ocagem das peças, após reforçar a importância de utilizar lambugem. - Uma aluna apresenta algumas dificuldades motoras que influenciam a moldagem de barro, nesse sentido o profissional auxilia a mesma na sua peça. - Uma aluna termina o seu trabalho, o atelierista dá algumas dicas de como aperfeiçoar a peça. Posteriormente a aluna limpa o seu espaço de trabalho. - As restantes alunas trabalham nos respectivos projectos, concluindo de forma faseada. - Na fase de conclusão as alunas identificam os respectivos trabalhos. - A aluna que o profissional ajuda tem de se ausentar do ateliê para uma outra actividade de fisioterapia. A aluna sai e o profissional conclui o seu trabalho. - As restantes alunas limpam o espaço de trabalho, gerando alguma confusão. - O profissional pede que as alunas se acalmem, enquanto este termina o trabalho da aluna que teve de sair mais cedo. - Concluído o tempo de sessão as alunas saem do ateliê do barro.

Observações complementares

-

Código da Sessão Data/hora/duração Local Intervenientes

O18-2A

24/02/2016 13h30 1 Hora

Ateliê do Barro Profissional do ateliê e alunos (4 no total)

Materiais/Recursos utilizados

Técnicas desenvolvidas

Articulação das temáticas ateliê/plano curricular

Barro branco Modelação Cerâmica Estudo do Meio: Animais (Abelha)

Objectivos gerais das actividades desenvolvidas/Conceitos-chave

Desenvolvimento de abelhas em barro.

Comportamento da turma ao longo da sessão

(Sobre o) Profissional do ateliê (Atelierista)

(Sobre a/o) Docente que acompanha a turma

São observadas algumas dificuldades ao longo da sessão, no entanto observa-se que todos os alunos desenvolvem os respectivos trabalhos.

O atelierista dinamiza a sessão e avisa os alunos de algumas considerações importantes no trabalho com barro.

-

Descrição das actividades desenvolvidas durante a sessão

- Os alunos deslocam-se para o ateliê do barro, o profissional pede que estes se sentem enquanto prepara o barro. - Enquanto o profissional prepara os materiais os alunos geram alguma confusão, o profissional alerta os alunos para a brincadeira desnecessária. - O barro é entregue aos alunos e o profissional alerta para o tempo de duração da sessão, sendo importante que os alunos não amassem barro sem objectivo e que desenvolvam os projectos. - Os alunos iniciam o trabalho e desenvolvem as abelhas, enquanto o profissional auxilia em alguns projectos. - O profissional alerta um aluno para a necessidade de utilizar lambugem para colar os vários

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elementos das peças. - O atelierista questiona um aluno sobre o que este está a fazer, considerando que molda o barro sem objectivo. - Uma aluna afirma que acabou, o profissional questiona a mesma sobre se esta não pretende melhorar o trabalho e se utilizou lambugem. A mesma refere que irá melhorar a sua peça. - Dois alunos desenvolvem a moldagem do barro sem objectivo. O profissional volta a alertar os alunos para a situação, referindo que não irá repetir o aviso e quem não terminar a peça não terá oportunidade de o fazer na semana seguinte. - Os alunos desenvolvem vários projectos, enquanto o profissional circula pelos trabalhos, ajudando os mesmos. - Uma aluna conclui a sua peça e o profissional desloca-se junto desta para que a mesma identifique o projecto e posteriormente limpe os materiais. Deslocando-se posteriormente para a sala de aula. - O profissional alerta os alunos para o tempo que falta para a conclusão da sessão, sendo importante que estes concluam o trabalho. - Um aluno termina, identificando também a sua peça, querendo no entanto acrescentar posteriormente um pequeno elemento no seu trabalho. - O profissional auxilia um aluno que está com algumas dificuldades em concluir o trabalho. - Todos concluem os trabalhos, limpando por fim os materiais utilizados.

Observações complementares

-

Código da Sessão Data/hora/duração Local Intervenientes

O19-2A

02/03/2016 13h30 40 Minutos

Ateliê do Barro Profissional do ateliê e alunos (4 no total)

Materiais/Recursos utilizados

Técnicas desenvolvidas

Articulação das temáticas ateliê/plano curricular

Vidrados e tintas Pintura de peças criadas em barro

Estudo do Meio: Animais (Abelha)

Objectivos gerais das actividades desenvolvidas/Conceitos-chave

Conclusão das peças desenvolvidas em barro anteriormente.

Comportamento da turma ao longo da sessão

(Sobre o) Profissional do ateliê (Atelierista)

(Sobre a/o) Docente que acompanha a turma

Os alunos desenvolveram a proposta de trabalho com as indicações do atelierista.

O atelierista acompanha o trabalho dos alunos orientando os mesmos.

-

Descrição das actividades desenvolvidas durante a sessão

- Os alunos deslocam-se para o ateliê do barro, escolhendo quais das peças cozidas são as suas. - De seguida o profissional analisa as características das várias peças, propondo a uma aluna que vidre a sua peça, considerando as dimensões da mesma. A aluna concorda. - Durante a preparação do vidrado o profissional questiona os restantes alunos sobre quais as cores que estes pretendem utilizar. Os alunos geram alguma confusão enquanto dizem quais as cores que pretendem. - As duas profissionais do gabinete de educação entram no ateliê do barro, observando um pouco a sessão.

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- O profissional termina a preparação dos dois vidrados que a aluna irá necessitar, exemplificando o processo de vidragem por mergulho da própria peça. - A aluna realizada a vidragem. - As profissionais do gabinete de educação saem do ateliê. - A aluna conclui a vidragem, limpando posteriormente os materiais utilizados, saindo de seguida do ateliê voltando para a sala de aula. - O profissional prepara as tintas para os alunos, estes demonstram-se curiosos em relação a estes materiais. - Se seguida os alunos iniciam a pintura das suas peças, enquanto o profissional prepara as tintas em falta. - O profissional está atento ao trabalho dos alunos, intervindo apenas com alguns conselhos sobre os mesmos. - Os três alunos continuam a pintar as suas peças, utilizando várias cores e estando motivados com o desafio. - Concluídas as pinturas o profissional prepara vidrado transparente onde os alunos mergulham as peças já pintadas. - Concluído o trabalho os alunos saem da sala após a limpeza dos materiais utilizados.

Observações complementares

-

Código da Sessão Data/hora/duração Local Intervenientes

O20-2A

9/03/2016 13h30 1 Hora

Ateliê do Barro Profissional do ateliê e alunos (4 no total)

Materiais/Recursos utilizados

Técnicas desenvolvidas

Articulação das temáticas ateliê/plano curricular

Vidrado, tinta e pincéis Pintura de peças criadas em barro

Estudo do Meio: Animais (Abelha)

Objectivos gerais das actividades desenvolvidas/Conceitos-chave

Conclusão das peças desenvolvidas em barro anteriormente.

Comportamento da turma ao longo da sessão

(Sobre o) Profissional do ateliê (Atelierista)

(Sobre a/o) Docente que acompanha a turma

Os alunos desenvolveram a proposta de trabalho com as indicações do atelierista.

O atelierista acompanha o trabalho dos alunos orientando os mesmos.

-

Descrição das actividades desenvolvidas durante a sessão

- Os alunos chegam e auxiliam o profissional na colocação de um trabalho, desenvolvido no ateliê, no átrio da escola. - De seguida é realizada a deslocação para o ateliê do barro. - Um aluno encontra a sua peça de barro e o profissional questiona quais as cores que este pretende utilizar. - As cores são preparadas pelo atelierista enquanto os restantes alunos procuram as suas peças. Um aluno não encontra a sua peça e o profissional refere que esta poderá ter rebentado no forno, como aconteceu com outros trabalhos e ocorre por vezes na cozedura de peças em barro. - Por não ter peça para vidrar o aluno volta para a sala de aula. - Todos os alunos deslocam para junto de si as cores que necessitam de utilizar.

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- Os alunos trabalham na pintura das peças de modo autónomo, o profissional auxilia os alunos em alguns aspectos breves, relacionados com os pincéis utilizados. - Um aluno termina a pintura da sua peça, o atelierista pede que este limpe o material utilizado aguardando posteriormente pela conclusão dos colegas. - Dois alunos, ex-estudantes no complexo escolar, deslocam-se ao ateliê de barro para visitar o profissional. - Os mesmos jovens saem da sala após a visita e os alunos continuam o desenvolvimento do trabalho. - Todos os alunos concluem o trabalho e o profissional inicia a preparação do vidrado transparente. - Durante a preparação do vidrado o profissional apresenta as principais características de uma peça vidrada, questionando previamente os alunos sobre o que estes sabem sobre a vidragem. Enquanto é dada a explicação o profissional mexe o vidrado transparente para a sua utilização. - Cada aluno mergulha a respectiva peça no balde com o vidrado, de forma calma e de acordo com as indicações do atelierista. - Um aluno da turma vem ao ateliê chamar os colegas para a aula seguinte. Os alunos limpam a mesa de trabalho e saem.

Observações complementares

-

Código da Sessão Data/hora/duração Local Intervenientes

O21-2A

06/04/2016 13h30 1 Hora

Ateliê Criativo Profissional do ateliê e alunos (4 no total)

Materiais/Recursos utilizados

Técnicas desenvolvidas

Articulação das temáticas ateliê/plano curricular

Quadro Interactivo, computador e candeeiro

Sessão experimental Estudo do Meio: Sombras

Objectivos gerais das actividades desenvolvidas/Conceitos-chave

Início de um novo tema: As sombras. Observação de vários vídeos sobre o tema.

Comportamento da turma ao longo da sessão

(Sobre o) Profissional do ateliê (Atelierista)

(Sobre a/o) Docente que acompanha a turma

No geral a turma demonstrou-se entusiasmada perante o novo tema desenvolvido na sessão.

O atelierista dinamizou a sessão apresentado a temática de trabalho sugerida pela docente.

A docente acompanhou a sessão participando na respectiva dinâmica.

Descrição das actividades desenvolvidas durante a sessão

- Os alunos iniciam a sessão sentando-se no centro da sala em torno do quadro interactivo. - Breve conversa sobre a Rainha D. Catarina da Áustria que viveu em Óbidos, aproveitando o facto de estar uma tela representativa da mesma em frente ao quadro interactivo. Após arrumada a tela é iniciada a sessão sobre o tema das sombras, temática proposta pela docente. - O profissional questiona os alunos sobre o porquê de existirem sombras. Uma aluna refere que “É quando estamos de pé e depois vê-se.”, outro aluno afirma “há sombra porque há sol.”. - De seguida é questionado se a sombra só é provocada pelo sol, os alunos dizem que não afirmando que a luz também produz sombra. Um aluno refere: “Quando estamos na sombra não se vê a nossa sombra.”.

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- O profissional tenta reproduzir sombras no chão, não conseguindo resolve a situação utilizando um cadeeiro para simular a sombra numa mesa. - Nesta experiência o atelierista explica aos alunos vários fenómenos observáveis nas sombras, como a distância da luz que se relaciona com o tamanho da sombra e o facto de se criar sombra porque a luz não consegue passar os objectos. - Todos os alunos experimentam a criação de sombras com as mãos, simulando animais e objectos. - Os alunos demonstram-se entusiasmados na realização da experiência, criando alguma confusão e barulho. Sendo acalmados posteriormente pelo atelierista e pela docente. - Concluída a experimentação o profissional pede aos alunos que não se distraiam com desenhos descontextualizados do tema de trabalho nos seus diários gráficos. - Retomando o tema das sombras o profissional aborda as sombras chinesas, apresentando um vídeo que aborda um espectáculo realizado com sombras. - Os alunos observam o vídeo em silêncio. - Após a conclusão do vídeo o atelierista realiza com a turma uma reflexão sobre o que foi visualizado, questionando aspectos observados. Uma aluna refere que a criança que aparece na história foi criada com um adulto mais afastado da luz que os outros. - De seguida o profissional apresenta um novo vídeo relacionado com o mesmo tema. Uma vez mais os alunos fazem silêncio e observam o filme. - Concluída a visualização dos filmes o profissional pede aos alunos que durante a semana treinem sombras chinesas e pensem numa história possível de criar com sombras. - Os alunos saem do ateliê após a reflexão sobre o trabalho que será realizado na próxima semana.

Observações complementares

-

Código da Sessão Data/hora/duração Local Intervenientes

O22-2A

13/04/2016 13h30 (13h50) 40 Minutos

Ateliê Criativo Profissional do ateliê, alunos e docente

Materiais/Recursos utilizados

Técnicas desenvolvidas

Articulação das temáticas ateliê/plano curricular

Retroprojector Sessão experimental Estudo do Meio: Sombras

Objectivos gerais das actividades desenvolvidas/Conceitos-chave

Sessão experimental de criação de sombras para a realização de uma possível história.

Comportamento da turma ao longo da sessão

(Sobre o) Profissional do ateliê (Atelierista)

(Sobre a/o) Docente que acompanha a turma

Os alunos observaram-se entusiasmados no desenvolvimento da sessão e da actividade proposta.

- -

Descrição das actividades desenvolvidas durante a sessão

- Os alunos iniciam a sessão com alguma agitação, circulando por baixo das mesas. O profissional alerta os alunos para a confusão estes acalmam-se. A docente entra na sala acompanhada pelos restantes alunos. - O profissional questiona qual o tema trabalhado na sessão anterior, uma aluna responde: “As

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sombras”. - O profissional qual ou quais os trabalhos desenvolvidos ao longo desta semana para criar uma história com sombras. Nenhum aluno apresenta ideias para a respectiva história, pesquisando apenas formas de animais possíveis de criar. - O profissional realça a falta de trabalho dos alunos, referindo que apesar disso a docente apresentou um tema: transformação das árvores. - A docente relembra o tema junto dos alunos, utilizando uma coreografia que desenvolve o tema. - Posteriormente o profissional questiona a turma sobre o interesse perante o tema e todos os alunos concordam com a temática. - Estabelecido o tema da turma, o profissional e a docente deslocam-se para junto do retroprojector para experimentar a possibilidade de criar a história com recurso ao respectivo material. - Um aluno refere: “Precisamos de uma fonte de luz!”. - Apesar de não ser o material adequado a sessão irá contar com uma experiência com os alunos e a luz projectada pelo retroprojector. - O profissional pede aleatoriamente a dois alunos para que estes se desloquem junto do retroprojector para tentarem reproduzir uma planta com sombras. - Estes alunos não participam na actividade proposta pelo profissional, após vários pedidos do atelierista para que tentem alguma sombra. Nesse sentido o profissional pede que dois alunos troquem com os primeiros. - Estes dois alunos tentar realiza uma planta utilizado sombras criadas com as mãos, após algumas dúvidas iniciais. - São realizadas várias experiências nesta fase, todas elas relacionadas com o tema da natureza e transformação das árvores. - São colocados cinco alunos em frente ao retroprojector, simulando árvores. - O atelierista regista com fotografias o momento, enquanto a docente auxilia tanto no desenvolvimento da actividade como no controlo do comportamento dos alunos. - Ao simular árvores com a sombra de cinco alunos a restante turma simula o barulho do vento. Alternando o som conforme a intensidade do vento, um aluno refere: “Ele (o vento) às vezes assobia.”. - Alguns alunos demonstram-se desconcentrados enquanto as colegas simulam uma árvore, obrigando a docente e o profissional a algumas chamadas de atenção, chamando os mesmos para junto da actividade, considerando que alguns se deslocam para junto das lagartixas e das mesas do ateliê. - Todos os alunos têm a oportunidade de experimentar a actividade de forma faseada e em pequenos grupos. - Ao longo da actividade surgem algumas ideias de trabalho futuras, tais como a mistura dos alunos com formas em papel a simular folhas de árvores, por exemplo. - Na fase de conclusão da actividade gera-se alguma confusão, considerando o entusiasmo dos alunos. - Antes da saída dos alunos o profissional pede que estes se sentem no centro do ateliê para uma breve conversa de reflexão. - O profissional realça o carácter experimental de sessão, referindo que preferia não ter dado tantas sugestões durante a actividade, no entanto a percepção de quem observava de fora da actividade teria uma visão mais adequada do que os próprios alunos. - É sugerido que durante os intervalos com sol os alunos experimentem possíveis sombras, para enriquecer a história. - Concluído o tempo de sessão os alunos saem do ateliê.

Observações complementares

-

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Código da Sessão Data/hora/duração Local Intervenientes

O23-2A

20/04/2016 13h30 1 Hora

Ateliê Criativo Profissional do ateliê, alunos e docente

Materiais/Recursos utilizados

Técnicas desenvolvidas

Articulação das temáticas ateliê/plano curricular

Projector de luz e lençol branco

Sessão experimental Estudo do Meio: As sombras

Objectivos gerais das actividades desenvolvidas/Conceitos-chave

Sessão experimental de criação de uma história com sombras.

Comportamento da turma ao longo da sessão

(Sobre o) Profissional do ateliê (Atelierista)

(Sobre a/o) Docente que acompanha a turma

A turma iniciou a sessão bastante agitada, comportamento que foi melhorando ao longo da sessão.

O profissional do ateliê desenvolve a sessão, procurando potencializar as condições de trabalho no decorrer da experimentação.

A docente acompanha a turma no desenvolvimento das actividades e dando sugestões aos alunos.

Descrição das actividades desenvolvidas durante a sessão

- A sessão inicia um pouco depois da hora estipulada devido a um problema ocorrido no intervalo da hora de almoço. - Iniciando o tema da sessão o profissional questiona se os alunos treinaram ao longo da semana ou fizeram registos sobre sombras e possíveis ideias para inserir na história que será criada pela turma. - Considerando que não existem treino/sombras/ideias específicas o profissional propõe que a sessão seja novamente experimental, para que os alunos tenham hipótese de treinar. - No entanto, pede novamente que os alunos desenvolvem ideias durante a semana. - Os alunos ficam um pouco agitados na fase de deslocação para junto do cenário criado pelo profissional, com o foco de luz e um lençol branco. Gerando bastante barulho o profissional acalma os alunos para iniciar a actividade, considerando que a docente se ausentou. - O atelierista coloca uma aluna fora do ateliê por mau comportamento. - Posteriormente o atelierista pede a uma aluna que se desloque para a parte de trás do lençol para que se inicie a actividade. Com a primeira experimentação o profissional analisa quais as possíveis melhorias a realizar na sala para que a actividade se desenvolva com as melhores condições possíveis, considerando o excesso de luz existente na sala. - Face à inexistência de cortinas o profissional coloca telas junto das janelas de forma a tapar a luz. - Nesta fase um outro aluno é colocado fora do ateliê por mau comportamento. - A actividade experimental continua, com vários alunos a simular possíveis sombras. - A docente regressa e o aluno que ainda estaria fora do ateliê volta para a sala. - A actividade continua e a docente assume a orientação da experimentação, sugerindo a colocação de música ambiente enquanto auxilia os alunos. - O atelierista coloca música e a actividade continua, existindo várias trocas entre os alunos para que todos tenham a oportunidade de experimentar. - Considerando o tempo escasso da sessão a actividade é terminada e os alunos saem da sala, demonstrando um comportamento agitado.

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Observações complementares

-

Código da Sessão Data/hora/duração Local Intervenientes

O24-2A

27/04/2016 13h45 1 Hora

Ateliê do Barro Profissional do ateliê e alunos (14 no total)

Materiais/Recursos utilizados

Técnicas desenvolvidas

Articulação das temáticas ateliê/plano curricular

Barro branco, forma redonda, diários gráficos, lápis 2B e lápis de cor

Modelação Cerâmica -

Objectivos gerais das actividades desenvolvidas/Conceitos-chave

Desenvolver um projecto para o dia da mãe.

Comportamento da turma ao longo da sessão

(Sobre o) Profissional do ateliê (Atelierista)

(Sobre a/o) Docente que acompanha a turma

São registados vários momentos de comportamentos agitados, no entanto todos os trabalhos são desenvolvidos de forma breve.

O profissional é essencial no decorrer da sessão, auxiliando os alunos em relação às melhores soluções a aplicar nos projectos desenvolvidos.

-

Descrição das actividades desenvolvidas durante a sessão

- Quatro alunos entram no Ateliê Criativo, considerando a ausência do profissional que estaria num espaço anexo ao ateliê para no seu exterior, uma profissional do Gabinete de Educação pede aos alunos que estes aguardem calmamente pelo atelierista. - Enquanto os alunos aguardam pelo atelierista e pelo início de sessão, sentam-se no chão jogando ao “Rei Manda”. Observando-se bastante agitação, que aumenta ao longo da espera, numa fase em que os alunos correm na sala. - O profissional chega ao ateliê, deslocando-se posteriormente para o ateliê do barro. Na respectiva sala o profissional pede desculpa pelo atraso e pede também a atenção dos alunos. No entanto observa-se alguma agitação, já registada enquanto os alunos aguardaram pelo atelierista. - Conseguindo a atenção dos alunos o profissional observa os vários trabalhos de cada aluno, medalhas que serão alfinetes de peito para o dia da mãe. Esta análise dos vários projectos tem o objectivo de verificar quais os materiais que os alunos devem utilizar para pintar os trabalhos, segundo o profissional alguns alunos devem utilizar corantes e outros vidrados. - Preparando as cores que os alunos pretendem o profissional dá várias indicações aos alunos. - Com a preparação das cores estas vão sendo distribuídas pelos alunos para que estes iniciem a tarefa. - Um aluno afirma ter-se enganado no desenvolvimento da sua pintura, aguardando pelo auxílio do profissional. - Uma aluna afirma ter terminado a sua peça, nesse sentido o profissional auxilia a mesma no aperfeiçoamento do respectivo trabalho. De seguida esta aluna sai do ateliê deslocando-se para a sala de aula. - Posteriormente o profissional auxilia os alunos que irão pintar com vidrados, dando dicas sobre a melhor forma de aplicar este material. Estes dois alunos desenvolvem os respectivos trabalhos.

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- O aluno que se teria enganado na sua peça é auxiliado pelo atelierista, que tenta melhorar o trabalho. Solucionando o problema o profissional exemplifica a melhor solução e o aluno inicia o contorno do seu desenho com um traço preto. - De seguida o profissional auxilia os dois alunos que se encontram a vidrar as respectivas peças, preparando de seguida vidrado vermelho em falta. - O aluno que corrigia o trabalho conclui o processo, vidrando de seguida a peça com vidrado transparente e saindo do ateliê concluída a peça. - Por fim, os dois alunos ainda no ateliê concluem os trabalhos e uma aluna sai do espaço deslocando-se para a sala de aula. O último aluno presente no ateliê questiona o profissional sobre a importância de levar as peças de novo ao forno. O atelierista aproveita o momento para explicar ao aluno o que é vidrado e a importância e diferença visível em peças existentes no ateliê. - Posteriormente o profissional fotografa o aluno enquanto este conclui a aplicação de vidrado na sua peça. Concluindo o trabalho o aluno sai do ateliê. - O atelierista desloca-se à sala para chamar mais quatro alunos ao ateliê do barro. - Por volta das 14h30 chegam os quatro alunos, enquanto o profissional limpa as mesas de trabalho. - Após pedir silêncio por parte dos alunos o profissional questiona quais as cores que estes pretendem utilizar. Atribuindo posteriormente vidrados e corantes consoante os trabalhos observados. - Duas alunas entram no ateliê para desenvolver um breve projecto, também para o dia da mãe. O profissional dá atenção a estas duas alunas, considerando não fazerem parte da sessão em dinamização, organizando os materiais que serão necessários. - Posteriormente auxilia os vários alunos que desenvolvem o projecto dos alfinetes de peito. - Todos os alunos desenvolvem os respectivos trabalhos. - Após a ajuda do profissional as duas alunas presentes excepcionalmente no ateliê concluem os trabalhos, deslocando-se de seguida para o ateliê criativo para desenvolver uma tela que está a ser realizada pela turma. - A docente da turma da respectiva sessão entra no ateliê, observando os vários trabalhos. - Um aluno termina e é encaminhado para a sala de aula onde a restante turma está a ter inglês. - Aperfeiçoando a peça concluída de uma aluna o profissional identifica o trabalho com o nome da aluna. De seguida esta sai da sala. - O processo anterior é parcialmente repetido com uma aluna que vidra a sua peça e esta aperfeiçoada pelo atelierista que de seguida encaminha a aluna para a sala de aula. - Restando apenas uma aluna o profissional auxilia a conclusão da peça e a mesma sai da sala. - A docente entra no ateliê de novo, conversando com o profissional para realizar um ponto de situação em relação aos respectivos trabalhos. - Por volta das 15h30 entram mais quatro alunos na sala para continuar o desenvolvimento do trabalho. - De modo semelhante ao que tem ocorrido o profissional observa os trabalhos existentes e quais as soluções adequadas para cada peça. - Começando por uma aluna o profissional questiona quais as cores de vidrados que esta pretende utilizar. - Existindo algum barulho e confusão no ateliê o profissional por enviar de volta três dos quatro alunos para a sala de aula. - Após a conclusão da vidragem do trabalho da aluna presente no ateliê esta ausenta-se, chamando o aluno que deverá vir de seguida. - O aluno entra no ateliê iniciando o trabalho, sendo acompanhado pelo atelierista. - Utilizando as várias cores já preparadas ao longo da sessão o aluno conclui a sua peça saindo posteriormente do ateliê. - Chega um outro aluno, que por não ter a peça que deveria pintar cozida irá pintar a inicial do

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nome da sua mãe que servirá também de alfinete de peito. - Utilizando apenas duas cores este aluno pinta a sua peça, vidrando o mesmo posteriormente e saindo de seguida. - Chegando ao ateliê mais um aluno o profissional repete o processo, auxiliando o mesmo. - Após pintada a peça e vidrado um elemento transparente o aluno sai do ateliê. - É realizada uma pausa na sessão que acaba por ditar a conclusão da mesma, considerando que os alunos se encontram numa outra actividade.

Observações complementares

-

Código da Sessão Data/hora/duração Local Intervenientes

O25-2A

04/05/2016 13h45 1 Hora

Ateliê Criativo Profissional do ateliê, alunos e docente

Materiais/Recursos utilizados

Técnicas desenvolvidas

Articulação das temáticas ateliê/plano curricular

Retroprojector, videoprojector, computador, carolinas, papel celofane, tesoura, pionés e esponja

Sessão experimental Estudo do Meio: Sombras

Objectivos gerais das actividades desenvolvidas/Conceitos-chave

Criação de sombras em papel sobre uma história trabalhada na sala de aula, posterior projecção da imagem num retroprojector.

Comportamento da turma ao longo da sessão

(Sobre o) Profissional do ateliê (Atelierista)

(Sobre a/o) Docente que acompanha a turma

Os alunos demonstraram-se entusiasmados com a actividade proposta pelo atelierista. Ao longo da sessão são registados vários momentos de muita agitação.

O profissional orienta os alunos no desenvolvimento da sessão, auxiliando os mesmos em tarefas complexas.

A docente intervém ao longo da sessão, auxiliando a turma e controlando alguns comportamentos desadequados observados.

Descrição das actividades desenvolvidas durante a sessão

- Os alunos entram no ateliê de forma agitada, o atelierista que se ausenta brevemente pede que os alunos se coloquem em torno da mesa. - Durante a ausência do profissional a docente pede que os alunos se acalmem e se desloquem para as mesas de trabalho ao invés de circular pelo ateliê. - O profissional regressa e os alunos ainda com registo de alguma agitação deslocam-se para as mesas de trabalho. - Um aluno entorna água na sua mesa e o profissional adia o início da sessão para limpar o espaço. - Alguns alunos referem não possuir diário gráfico, nesse sentido o profissional alerta de novo para a necessidade de os alunos trazerem sempre consigo os materiais pedidos ao longo do ano: diário gráfico e lápis 2B. - Posteriormente a sessão avança iniciando-se o tema que será desenvolvido em torno da história do “Menino e a sombra”. Continuando o tema já iniciado anteriormente sobre as sombras. - O profissional do ateliê e a respectiva docente conversam sobre a respectiva história com a turma. Os alunos identificam vários elementos da história trabalhada na sala de aula.

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- O profissional coloca no quadro interactivo imagens de silhuetas, para que os alunos observem o que é uma silhueta. - Referindo que a tarefa a desenvolver na sessão será o desenho de silhuetas inspiradas na história trabalhada na sala de aula. Posteriormente as silhuetas criadas serão recortadas e colocadas no retroprojector. < - O profissional desloca-se para a arrecadação para trazer consigo cartolinas que recorta para os alunos. Nesta fase de espera gera-se algum barulho. A docente intervém pedindo que os alunos façam menos barulho. - As cartolinas são distribuídas e os alunos iniciam o desenho de silhuetas. - Nesta fase o barulho aumenta novamente, com os alunos a circular pela sala, pedindo feedback ao atelierista e à docente. - O profissional pede que os alunos não se desloquem das mesas de trabalho, devendo colocar o dedo no ar para que seja o atelierista a deslocar-se. - Uma aluna desloca-se várias vezes junto do profissional, referindo erros no seu desenho e afirmando precisar de borracha (material não autorizado no ateliê). Por serem realizadas várias chamadas de atenção à respectiva aluna o atelierista realiza uma intervenção mais séria. É afirmado que não existe a necessidade de utilizar borracha, podendo corrigir o erro utilizando uma parte diferente da folha com mais espaço para repetir o desenho. - Circulando pelos vários alunos o atelierista utiliza o trabalho de uma aluna para exemplificar o resultado final pretendido no retroprojector. - Gera-se algum barulho na fase de observar a imagem projectada. - Voltando às mesas de trabalho os alunos recortam os desenhos realizados, nesta fase o profissional auxilia os alunos em alguns recortes mais complexos. - A docente, observando a dificuldade em recortar elementos pequenos nos desenhos (como olhos, por exemplo), desloca-se à sala de aula para trazer um material auxiliar: uma esponja e um pionés. - No geral o comportamento da turma regista-se bastante agitado, sendo fundamental a intervenção da docente em vários momentos. Sendo importante no apoio dado aos alunos, mas também no controlo do comportamento da turma. - Posteriormente e recortadas várias silhuetas os alunos avançam para a fase de criação de sombras no retroprojector. - De seguida alguns alunos continuam a recortar novos elementos para o trabalho. No entanto, o profissional pede a atenção da turma, sendo importante que os alunos interrompam o desenvolvimento dos desenhos, sentando-se no chão no centro do ateliê. - Gera-se de novo bastante confusão, sendo complicado reunir todos os alunos para iniciar a reflexão sobre a sessão. - Conseguindo os alunos reunidos e calmos o atelierista inicia a conversa com os alunos. - A docente é chamada por uma funcionária para resolver um assunto relacionado com uma aluna da turma que se encontra indisposta. - O profissional aborda a importância de conseguir reunir os alunos, considerando que estes não devem ter pressa para acabar os desenhos, uma vez que o trabalho irá continuar nas futuras sessões. Além de que será criada uma nova história com a quantidade de silhuetas criadas. - O profissional reúne os recortes dos vários alunos para que estes sejam utilizados na próxima semana. - Posteriormente a sala é limpa e organizada pelos alunos e os dois profissionais. - Os alunos saem do ateliê após a organização do espaço.

Observações complementares

-

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Anexo 2: As observações do 3.º Ano do CEB

Código da Sessão Data/hora/duração Local Intervenientes

O1-3A

23/09/2015 14h30 (14h40) 50 Minutos

Ateliê Criativo Profissional do ateliê, Alunos e Docente

Materiais/Recursos utilizados

Técnicas desenvolvidas

Articulação das temáticas ateliê/plano curricular

Computador, Quadro Interactivo

Sessão Expositiva Estudo do Meio – Animais (Formigas)

Objectivos gerais das actividades desenvolvidas/Conceitos-chave

Apresentação do novo tema de trabalho no ateliê.

Comportamento da turma ao longo da sessão

(Sobre o) Profissional do ateliê (Atelierista)

(Sobre a/o) Docente que acompanha a turma

Turma calma e interessada perante a apresentação do ateliê.

O atelierista desenvolve o tema principal de trabalho no ateliê no ano lectivo, bem como o primeiro sub-tema.

Participante e atenta.

Descrição das actividades desenvolvidas durante a sessão

- Os alunos entram calmos e bastante curiosos em relação ao espaço que os rodeia. - A sessão inicia-se com o profissional do ateliê a questionar os alunos sobre o que foi realizado no ano anterior. - Os alunos realçam várias actividades realizadas no ano passado e relembram exemplos concretos que surpreendem a docente o atelierista, tais como: Função da melanina. - A docente demonstra-se participante na sessão e entusiasmada com os conhecimentos que os alunos demonstram. - O atelierista apresenta os animais existentes na sala e quais as regras para os observar. Os alunos encontram-se em silêncio durante esta explicação. - É escolhida uma aluna (a mais bem comportada durante o dia de aulas) para alimentar os peixes. Os alunos deslocam-se para perto do aquário entusiasmados, enquanto outros optam por continuar sentados e alguns vão procurar as lagartixas no reptilário. - O profissional apresenta o tema que será trabalhado: As formigas. Os alunos ficam bastante interessados a ouvir as características deste insecto. - São apresentadas imagens de formigas no quadro interactivo, um aluno responde a uma questão colocando a hipótese: “As formigas ganham asas para voar para formigueiros mais altos.” O profissional sugere que aluno registe a ideia no diário gráfico para mais tarde a poder utilizar um trabalho. - Apresentação de referências/artistas sobre a temática: Instalações e esculturas. - A sessão termina com o balanço daquilo que irá ser realizado no próximo ano. - Alguns alunos circulam pela sala no final da sessão. Um aluno mostra antes de sair a aranha gigante de plástico que trouxe a propósito da temática dos insectos. - Os alunos saem e a sessão termina.

Observações complementares

-

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Código da Sessão Data/hora/duração Local Intervenientes

O2- 3A

30/09/2015 14h30 1 Hora

Ateliê Criativo Profissional do ateliê, alunos e docente

Materiais/Recursos utilizados

Técnicas desenvolvidas

Articulação das temáticas ateliê/plano curricular

Computador, Quadro Interactivo, Diários Gráficos, Papel

Desenho por observação

Estudo do Meio – Animais (Formigas)

Objectivos gerais das actividades desenvolvidas/Conceitos-chave

Desenvolvimento de conhecimentos sobre a formiga e posterior desenho por observação deste insecto.

Comportamento da turma ao longo da sessão

(Sobre o) Profissional do ateliê (Atelierista)

(Sobre a/o) Docente que acompanha a turma

A generalidade dos alunos recorre frequentemente aos dois profissionais: atelierista e docente para receber o feedback do trabalho desenvolvido.

-

Papel importante ao nível do feedback pedido pelos alunos.

Descrição das actividades desenvolvidas durante a sessão

- Início da sessão com pequeno debate sobre os assuntos abordados na semana passada: Instalação com formigas gigantes que aborda a temática da emigração na Colômbia. - Visualização de um filme sobre a força das formigas (quando comparadas com um escorpião em contexto real). - Visualização de um filme “Minúsculos”. Devido à agitação da turma o filme é retirado, passando-se à actividade planeada para a sessão. - É pedido pelo atelierista que os alunos se desloquem até às mesas do ateliê para iniciar a tarefa. A tarefa proposta é a do desenho por observação, antes de iniciar o profissional dá algumas explicações sobre os aspectos mais importantes na técnica de desenho por observação. - Ao longo do desenvolvimento da tarefa muitos alunos pedem opinião ao profissional e à docente, repetindo várias vezes o desenho por demonstrarem dificuldades em relação às dimensões do desenho e o que se observa no quadro interactivo. - É realizada pelo profissional do ateliê uma explicação sobre o conceito de valor gráfico através do trabalho de um aluno. - O profissional circula pela sala para ajudar no desenvolvimento dos trabalhos. Durante este processo os alunos ficam um pouco agitados. - No final da sessão o profissional conversa com os alunos sobre os trabalhos realizados: Pontos a melhorar e aspectos fundamentais no desenvolvimento do desenho por observação.

Observações complementares

-

Código da Sessão Data/hora/duração Local Intervenientes

O3- 3A

12/10/2015 13h30 1 Hora

Ateliê Criativo Profissional do ateliê, alunos e docente

Materiais/Recursos Técnicas Articulação das temáticas ateliê/plano

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utilizados desenvolvidas curricular

Computador, Quadro Interactivo, Diários Gráficos, Papel

Desenho por observação

Estudo do Meio – Animais (Formigas)

Objectivos gerais das actividades desenvolvidas/Conceitos-chave

Continuação do desenvolvimento de desenhos por observação de formigas.

Comportamento da turma ao longo da sessão

(Sobre o) Profissional do ateliê (Atelierista)

(Sobre a/o) Docente que acompanha a turma

Registo de alguma agitação que condicionou o desenvolvimento da tarefa proposta.

O atelierista exemplifica a técnica de desenho por observação, considerando as dificuldades observadas. No final da sessão conversa com a turma sobre a importância de alterar comportamentos observados.

Importante no controlo do comportamento da turma.

Descrição das actividades desenvolvidas durante a sessão

- Os alunos iniciam a sessão com alguma agitação, distribuindo-se pela sala para iniciar a tarefa de desenho por observação. - São utilizados alguns trabalhos realizados na última sessão para exemplificar a aspectos positivos e aspectos a melhorar. - Após distribuídos os alunos e apresentada a tarefa o profissional desloca-se a todas as mesas para demonstrar como se traça uma linha sem carregar no lápis. - A generalidade dos alunos apresenta dificuldades em conseguir respeitar a proporção da imagem observada. Para conseguir explicar como desenhar a formiga por observação o profissional reproduz a tarefa que deve ser realizada pelos alunos. - Como a turma se encontra bastante agitada a docente intervém de modo a tentar acalmar os alunos. - Durante a explicação o profissional aborda a importância desta tarefa para se poder avançar para a técnica seguinte: a aquarela. - A sessão termina com os alunos um pouco agitados. Para terminar o profissional utiliza alguns dos trabalhos mais bem conseguidos que espelham o esforço e a concentração desses alunos durante a sessão. - Antes de saírem os alunos recebem do profissional um conjunto de regras fundamentais para que as próximas sessões possam ser mais organizadas e os trabalhos avancem a um ritmo mais adequado.

Observações complementares

-

Código da Sessão Data/hora/duração Local Intervenientes

O4- 3A

19/10/2015 13h30 1 Hora

Ateliê Criativo Profissional do ateliê, alunos e docente

Materiais/Recursos utilizados

Técnicas desenvolvidas

Articulação das temáticas ateliê/plano curricular

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Computador, Quadro Interactivo, Papel de aguarela, Lápis de Grafite, Aguarela e Pincéis

Desenho por observação e pintura com aguarela

Estudo do Meio – Animais (Formigas)

Objectivos gerais das actividades desenvolvidas/Conceitos-chave

Início da aplicação da técnica de aguarela em desenhos por observação de formigas.

Comportamento da turma ao longo da sessão

(Sobre o) Profissional do ateliê (Atelierista)

(Sobre a/o) Docente que acompanha a turma

Alguma agitação no início e final da sessão.

O atelierista apresenta aos alunos uma nova técnica que decorre dos trabalhos realizados anteriormente por observação: pintura com aguarela.

Participativa na tarefa de fornecer aos alunos feedback sobre os respectivos trabalhos.

Descrição das actividades desenvolvidas durante a sessão

- Os alunos iniciam a sessão um pouco agitados mas rapidamente se deslocam para as mesas de trabalho, acalmando o ambiente inicial. - Após uma explicação inicial sobre o que será realizado na sessão por parte do atelierista, os alunos iniciam os desenhos por observação da formiga para posteriormente pintar com aguarela. - Ao longo da tarefa de desenho os alunos circulam pela sala de modo a mostrar os trabalhos ao profissional do ateliê e à docente, procurando um feedback sobre os mesmos. As principais dificuldades observadas têm que ver com a força exercida no lápis a desenhar, desenhando um traço demasiado forte para pintar com aguarela. - Após a conclusão dos desenhos o profissional exemplifica a técnica de aguarela numa folha, sentado no chão com a turma em seu redor. - Concluída a explicação são os alunos que se deslocam para as mesas para colorir os desenhos realizados. - Durante o desenvolvimento da tarefa os alunos circulam pela sala novamente, com o objectivo de mostrar o trabalho já realizado, uma vez mais ao profissional e à docente. - Quando os trabalhos são concluídos gera-se alguma confusão na sala, com os alunos um pouco agitados. Enquanto alguns alunos esperam, outros auxiliam o profissional na limpeza das mesas. - No final da sessão, tal como ocorre na generalidade das sessões, é realizado um breve momento de conversa sobre os trabalhos realizados e sobre alguns aspectos a melhorar. A conversa não se pode alongar muito, uma vez que não existe intervalo entre a sessão concluída e a que se segue.

Observações complementares

-

Código da Sessão Data/hora/duração Local Intervenientes

O5- 3A

26/10/2015 13h30 1 Hora

Ateliê Criativo Profissional do ateliê, alunos e docente

Materiais/Recursos utilizados

Técnicas desenvolvidas

Articulação das temáticas ateliê/plano curricular

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Trabalhos de aguarela realizados na última sessão, Lápis de Cor, Cartolina preta

Melhoria de pinturas em aguarela

Estudo do Meio – Animais (Formigas)

Objectivos gerais das actividades desenvolvidas/Conceitos-chave

Aperfeiçoamento dos trabalhos desenvolvidos na sessão anterior com a técnica de aguarela.

Comportamento da turma ao longo da sessão

(Sobre o) Profissional do ateliê (Atelierista)

(Sobre a/o) Docente que acompanha a turma

Observa-se bastante conversa na turma e um aluno é colocado fora do ateliê por comportamentos desadequados.

O atelierista exemplifica os melhoramentos possíveis de realizar em trabalhos de aguarela com o recurso de lápis de cor.

Considerando a agitação da turma a docente intervém para controlar o barulho observado.

Descrição das actividades desenvolvidas durante a sessão

- Conversa inicial sobre os trabalhos realizados na sessão anterior e a possibilidade do seu melhoramento. - Durante a conversa são abordadas duas técnicas que possibilitam a melhoria dos trabalhos: Lápis de cor ou lápis de cera aguareláveis. De seguida são distribuídos os trabalhos realizados na sessão anterior. - Parte dos alunos estão bastante agitados durante o início da sessão. Um aluno é convidada a sair do ateliê por repetir várias vezes o mau comportamento (de conversa e agitação). - De seguida o profissional exemplifica como realizar o trabalho proposto, utilizando lápis de cor para melhorar os trabalhos realizados. - São distribuídos poucos lápis por cada mesa, obrigando os alunos a partilhar e gerir os materiais da melhor forma. Ouve-se uma aluna que diz: “Professora, ela não me dá o castanho!”. - Durante a tarefa os alunos estão um pouco agitados, aproveitando para conversar quando consideram os trabalhos concluídos. Sendo necessária a intervenção do profissional do ateliê e da docente. - Um aluno questiona em voz alta: “Alguém precisa de castanho?”. Entretanto todos os alunos vão concluindo os trabalhos. - Após a conclusão da tarefa é realizada uma legenda do trabalho realizado para expor os trabalhos. O profissional questiona a turma sobre o que colocar na mesma, a turma sugere que este escreva: “As formigas”. - Posteriormente o profissional questiona quais as técnicas utilizadas no trabalho, tratando-se de mais do que uma técnica o profissional pergunta que nome se utiliza em casos como este. Uma aluna coloca o dedo no ar e responde: “Técnica Mística!”, O profissional corrige a aluna dizendo que se diz “Técnica Mista”, no entanto reforça que a sua resposta foi muito próxima da correcta. - Após a realização da legenda com ajuda da turma o profissional reúne um conjunto de alunos com melhor comportamento durante a sessão para a deslocação ao átrio da escola com o objectivo de expor os trabalhos. - A restante turma fica no ateliê a observar os vários animais e alguns livros. Entretanto, por já passar da hora de saída e o profissional não ter voltado com os alunos, a docente sugere ir para a sala com alunos que estão no ateliê.

Observações complementares

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Código da Sessão Data/hora/duração Local Intervenientes

O6- 3A

02/11/2015 13h30 1 Hora

Ateliê Criativo Profissional do ateliê, alunos e docente

Materiais/Recursos utilizados

Técnicas desenvolvidas

Articulação das temáticas ateliê/plano curricular

Computador, Quadro Interactivo

Sessão Expositiva Estudo do Meio – Animais (Louva-a-deus)

Objectivos gerais das actividades desenvolvidas/Conceitos-chave

Apresentação do novo insecto que será trabalhado no ateliê.

Comportamento da turma ao longo da sessão

(Sobre o) Profissional do ateliê (Atelierista)

(Sobre a/o) Docente que acompanha a turma

Observou-se alguma agitação na turma.

O atelierista apresenta aos alunos o novo insecto que será trabalhado.

A docente concorda com o atelierista quando este avisa a turma para o mau comportamento propondo a realização de fichas de avaliação sobre os temas trabalhados.

Descrição das actividades desenvolvidas durante a sessão

- Os alunos entram na sessão de modo agitado e sem pedir para entrar no ateliê. - Breve conversa sobre os trabalhos já realizados no ateliê e sobre a pequena exposição criada no bar com alguns trabalhos. - O atelierista apresenta o novo insecto a trabalhar no ateliê: O Louva-a-deus, explicando algumas das características principais deste animal. Durante esta explicação a turma está um pouco agitada, com o profissional a propor a realização de uma ficha de avaliação sobre cada tema trabalhado e apenas posteriormente seguirem para a realização de um projecto artístico. - São visualizadas imagens do insecto no quadro interactivo, em relação a diferentes espécies de louva-a-deus. - Análise do significado da palavra “louvar”. - Visualização de vídeos sobre o insecto trabalhado, observando algumas das características abordadas anteriormente. - Conversa no final da sessão sobre os próximos momentos de ateliê e quais os possíveis trabalhos a desenvolverem futuramente.

Observações complementares

-

Código da Sessão Data/hora/duração Local Intervenientes

O7- 3A

09/11/2015 13h30 1 Hora

Ateliê Criativo Profissional do ateliê, alunos e docente

Materiais/Recursos utilizados

Técnicas desenvolvidas

Articulação das temáticas ateliê/plano curricular

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Computador, Quadro Interactivo, Papel com grão e Pasteis Secos

Desenho por observação

Estudo do Meio: Animais (Louva-a-deus) Português: Análise do significado de várias palavras.

Objectivos gerais das actividades desenvolvidas/Conceitos-chave

Desenho por observação de um louva-a-deus utilizando pasteis secos.

Comportamento da turma ao longo da sessão

(Sobre o) Profissional do ateliê (Atelierista)

(Sobre a/o) Docente que acompanha a turma

Alguma agitação no comportamento da turma no geral.

O profissional apresenta aos alunos um material novo para a turma, explicando a sua utilização e potencialidades.

A docente intervém no sentido de acalmar os comportamentos da turma.

Descrição das actividades desenvolvidas durante a sessão

- Entrada dos alunos na sessão e posterior deslocação para as mesas de trabalho. - Conversa sobre o trabalho realizado na sessão passada e sobre a importância de registar os animais trabalhados para posteriormente relembrar os mesmos, além da possibilidade dos alunos trazerem uma pen para o ateliê para guardar informações transmitidas pelo profissional. - Conversa sobre as principais características do insecto Louva-a-deus. Durante este momento são trabalhadas algumas palavras consideradas complicadas pelos alunos, o profissional alerta para a importância de conseguir explicar esses termos por palavras próprias, tais como o termo “predador”, por exemplo. - Apresentação do papel no qual irá ser realizada a tarefa da presente sessão. Explicação sobre o porquê de se chamar “papel com grão”. - As folhas A3 são dobradas ao meio, identificando as mesmas com o nome, no canto inferior direito e a turma, no canto inferior esquerdo. - Debate sobre as várias espécies de louva-a-deus, algumas delas exóticas, conversando sobre o significado desta palavra. - Uma profissional entra no ateliê para entregar um insecto. Enquanto isso a turma fica um pouco agitada, obrigando à intervenção do profissional do ateliê, com o objectivo de acalmar os alunos. - Explicação sobre o desenho a realizar por observação, abordando vários pormenores sobre o corpo do insecto. - Por existir alguma agitação a explicação é interrompida. A docente presente na sala pede a uma aluna que estava desatenta que reproduza ou explique o que o atelierista estava a dizer. A aluna não consegue explicar e o profissional repete a explicação, agora com a turma mais calma. - São distribuídos dois pastéis secos a cada aluno, pedindo que analisem qual das cores irá corresponder à parte mais escura e a parte mais clara do desenho. - Durante o desenvolvimento da tarefa o profissional circula pelas várias mesas de modo a auxiliar os alunos. Nesta sessão as mesas apresentam uma nova disposição, em “U”/meia-lua, facilitando claramente a deslocação do profissional às mesas. - Alguns alunos demonstram sentir dificuldades em dominar a técnica de desenho com pastel seco. O profissional tranquiliza os alunos, dizendo que é um material novo, sendo normal algumas dificuldades iniciais. - Durante a tarefa a docente circula pela sala auxiliando também alguns alunos. - Conclusão da tarefa com alguma agitação, com alguns alunos a pintar as caras com as mãos sujas de pastel. - O atelierista conversa com os alunos no final da sessão sobre o spray fixador de pastel seco que deveria ser utilizado após a conclusão da tarefa. Será utilizada laca (que produz um efeito

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semelhante) na próxima sessão, considerando que nem todos os alunos terminaram a tarefa. Durante a sessão o profissional apresenta dois trabalhos realizados com pastel seco.

Observações complementares

-

Código da Sessão Data/hora/duração Local Intervenientes

O8- 3A

16/11/2015 13h30 1 Hora

Ateliê Criativo Profissional do ateliê, alunos e docente

Materiais/Recursos utilizados

Técnicas desenvolvidas

Articulação das temáticas ateliê/plano curricular

Computador, Quadro Interactivo, Pastéis secos e pastéis de óleo

Desenho com pastel de óleo

Estudo do Meio: Animais (Louva-a-deus)

Objectivos gerais das actividades desenvolvidas/Conceitos-chave

Conclusão do desenho iniciado na sessão anterior desenvolvido com pastel seco. Nesta sessão são realizados desenhos com pastel de óleo na metade restante da folha.

Comportamento da turma ao longo da sessão

(Sobre o) Profissional do ateliê (Atelierista)

(Sobre a/o) Docente que acompanha a turma

Observam-se vários momentos de agitação ao longo da sessão.

O profissional conduz a sessão, preparando os materiais e apresentando a tarefa que estes devem realizar.

A docente utiliza o tempo da sessão para realizar a correcção de trabalhos da turma. No entanto, observa que esta tem alguma atenção em relação à sessão e ao trabalho que os alunos desenvolvem.

Descrição das actividades desenvolvidas durante a sessão

- Os alunos entram na sessão e aguardam pela chegada do profissional. - Após a sua chegada o profissional questiona os alunos sobre o trabalho realizado na sessão anterior. - Durante esta conversa o atelierista distribui os desenhos realizados pela turma. Durante este processo a conversa e o barulho aumentam, obrigando o profissional a repetir para que os alunos não mexam nos desenhos feitos anteriormente em pastel seco, uma vez que este material sai facilmente. - Durante a distribuição dos trabalhos o profissional pede aos alunos que ainda não terminaram para o fazerem, indo buscar o material necessário. - O profissional pede o auxílio breve da docente para a resolução de um problema em relação à orientação da folha de desenho. - Um aluno auxilia o colega na conclusão do seu trabalho e o profissional realça que é uma boa ideia desde que um não substitua o outro na realização do desenho. - Enquanto o profissional cola folhas velhas por cima dos desenhos realizados com pastel seco, que se encontravam na metade de baixo da folha A3, uma aluno distribui pastéis de óleo. - Os alunos iniciam a tarefa de desenho por observação com pastéis de óleo. - A docente aproveita para realizar a correcção de alguns trabalhos escritos realizados pelos alunos. Enquanto isso um aluno desloca-se junto da mesma e diz: “Professora, o meu parece uma girafa ciclope.”. - São vários os alunos que se queixam de se terem engando no desenho, o profissional por

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sentir que são várias as dúvidas neste material reúne a turma em torno de uma mesa exemplificando possíveis soluções. - Apesar da explicação um aluno desloca-se até junto do profissional para afirmar que está descontente com o resultado final. - Durante o desenvolvimento dos desenhos o profissional circula pelo ateliê para auxiliar os alunos. - Um aluno pede ao profissional do ateliê para lavar as mãos sujas de pastel de óleo. O profissional diz que não uma vez que vai explicar um aspecto importante no desenvolvimento dos desenhos. Apesar do profissional ter já dito que não, o aluno desloca-se até à docente e questiona a mesma, a professora por não ter ouvido o profissional diz que sim. No entanto, um aluno alerta a docente que o profissional teria já sido questionado e dado resposta negativa. A professora chama o aluno e repreende o mesmo. - De seguida os alunos terminam a sessão com a limpeza das mesas. - Por fim o profissional pede para que os alunos se sentem no chão em torno do quadro para realizar a avaliação da sessão. - O profissional questiona qual o material que os alunos preferiram utilizar, as opiniões dividem-se entre o pastel de óleo e o pastel seco. - A sessão é concluída com um breve conversa sobre o próximo animal a ser trabalhado no ateliê: As abelhas.

Observações complementares

-

Código da Sessão Data/hora/duração Local Intervenientes

O9- 3A

23/11/2015 13h30 1 Hora

Ateliê Criativo Profissional do ateliê, alunos e docente

Materiais/Recursos utilizados

Técnicas desenvolvidas

Articulação das temáticas ateliê/plano curricular

Computador, Quadro Interactivo, pastel seco e pastel de óleo

Desenho com pastel de óleo ou pastel seco preto

Estudo do Meio: Animais

Objectivos gerais das actividades desenvolvidas/Conceitos-chave

Criação de misturas de espécies de insectos após a observação de referências artísticas.

Comportamento da turma ao longo da sessão

(Sobre o) Profissional do ateliê (Atelierista)

(Sobre a/o) Docente que acompanha a turma

Após alguma receptividade inicial os alunos demonstram-se empenhados no desenvolvimento da tarefa.

O profissional orienta a sessão, dando indicações ao longo da criação de espécies de insectos.

A profissional demonstra-se atenta ao desenvolvimento da sessão e da tarefa proposta pelo atelierista.

Descrição das actividades desenvolvidas durante a sessão

- Os alunos sentam-se no chão em torno do quadro interactivo. - O profissional conversa de forma breve com a docente sobre o trabalho que dois alunos realizaram no ateliê nas equipas educativas. Pedindo à docente que estes voltem para continuar o trabalho iniciado. - Conversa sobre as próximas sessões, o profissional afirma estar à espera de alguns materiais e na presente sessão ainda não será trabalhada a abelha. - É apresentado o trabalho de um fotógrafo francês: Laurent Seroussi, com obras relacionadas com animais.

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- Apresentação de outro artista: Gyyp que cria imagens de animais criando novas espécies/espécies não existentes. - Após a apresentação o profissional pede aos alunos que se desloquem para as mesas de trabalho. - O profissional apresenta a tarefa para a presente sessão: Criação de novas espécies através da mistura de quatro insectos: Joaninha, Libelinha, Abelha e Escaravelho. - São distribuídas folhas A3 e o desenho é iniciado com lápis 2B, para posteriormente ser pintado com pastel de óleo ou pastel seco preto. - Os alunos desenvolvem os trabalhos e profissional circula pela sala de modo a auxiliar os mesmos. - Um aluno utiliza a cor amarela para pintar, o profissional observa e aproveita para referir que a liberdade neste trabalho estava relacionada com a mistura de insectos e não com escolha das cores. Uma vez que é pretendido que os alunos explorem o material utilizado através da utilização de várias tonalidades. - Os alunos circulam pela sala para mostrar os trabalhos à professora. - Os trabalhos são concluídos e colocados no chão lado a lado. - Na fase de conclusão da sessão o profissional pretendia realizar uma breve reflexão sobre o exercício, no entanto, o comportamento da turma dificultou esse momento, - Após a chamada de atenção a reflexão é realizada, abordando o objectivo da actividade, os trabalhos, a importância de utilizar apenas uma cor, a escolha das imagens. - Conversa-se também sobre a próxima sessão, sobre a possibilidade de realizar futuramente um trabalho semelhante e a conclusão dos trabalhos iniciados.

Observações complementares

-

Código da Sessão Data/hora/duração Local Intervenientes

O10- 3A

25/11/2015 13h30 1 Hora

Ateliê Criativo Profissional do ateliê, alunos e docente

Materiais/Recursos utilizados

Técnicas desenvolvidas

Articulação das temáticas ateliê/plano curricular

Pastéis secos e pastéis de óleo pretos, água, tinto guache preto e pincéis

Pintura de fundos Estudo do Meio: Animais (Louva-a-deus)

Objectivos gerais das actividades desenvolvidas/Conceitos-chave

Conclusão dos desenhos iniciados na sessão passada relacionados com invenção de espécies de insectos, trabalho de pintura de fundos a cor preta.

Comportamento da turma ao longo da sessão

(Sobre o) Profissional do ateliê (Atelierista)

(Sobre a/o) Docente que acompanha a turma

Gera-se confusão em vários momentos da sessão, realidade que atrasado o desenvolvimento da sessão.

O profissional auxilia os alunos na pintura dos fundos dos trabalhos, considerando que a técnica é uma novidade para a turma.

A docente desenvolveu trabalho autónomo na sessão, no entanto demonstrou-se atenta ao comportamento na turma.

Descrição das actividades desenvolvidas durante a sessão

- Antes de iniciar a sessão o profissional dispõem em cima das mesas os trabalhos realizados na sessão anterior, à chegada ao ateliê os alunos deslocam-se para os respectivos trabalhos. - O profissional circula pelas mesas para ver quais os trabalhos concluídos e quais os que

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precisam de ser terminados. - De seguida o profissional desloca-se até um grupo de alunos com trabalhos já concluídos para sugerir a possibilidade de pintar os fundos dos trabalhos. Enquanto alguns terminam o profissional circula pela sala colocando os materiais necessários em cima das mesas: um suporte para a tinta guache preto e um copo com água. - Antes de iniciar a tarefa o profissional explica a importância de pintar os fundos, uma vez que a técnica poderá realçar os trabalhos realizados. - Na fase de explicação da tarefa o profissional tem algumas dificuldades em acalmar os alunos, considerando que alguns teriam ido à casa de banho lavar as mãos e demoraram mais tempo que o necessário. - Após explicar o porquê da pintura em guache preto o profissional distribui os pincéis pelos alunos. Durante esta fase a turma fica um pouco agitada, obrigando várias vezes à paragem da sessão. - Após a distribuição dos materiais o profissional tem intenções de exemplificar a tarefa para mais fácil compreensão dos alunos, no entanto, o mau comportamento dificulta a realização da exemplificação. Nesta fase a professora que até então estava a corrigir ditados intervém na sessão, relembrando os alunos que o registo do comportamento é realizado e enviado para os encarregados de educação. Após a participação da docente os alunos ficam mais calmos e o profissional explica a tarefa. - Após a explicação inicial os alunos iniciam os trabalhos. - O profissional circula pelas mesas de trabalho de todos os alunos, um a um, para auxiliar a tarefa de pintura dos fundos com a técnica do “x”. - No geral os alunos demonstram dificuldades na pintura dos fundos dos trabalhos e alguns deles não respeitam mesmo todas as indicações do atelierista. - À medida que os alunos terminam a tarefa colocam os desenhos no chão a secar e deslocam-se à casa de banho para limpar os materiais utilizados. - Na fase de conclusão dos trabalhos gera alguma confusão, com alunos demasiado barulhentos a correr na fase de limpeza dos materiais. - Por fim é realizada uma reflexão, como habitual, sobre a sessão ocorrida e os resultados conseguidos pelos alunos. Abordando o porquê de alguns trabalhos terem corrido menos bem e que na próxima semana os mesmos trabalhos poderão ser melhorados.

Observações complementares

-

Código da Sessão Data/hora/duração Local Intervenientes

O11- 3A

07/12/2015 13h30 1 Hora

Ateliê Criativo Profissional do ateliê, alunos e docente

Materiais/Recursos utilizados

Técnicas desenvolvidas

Articulação das temáticas ateliê/plano curricular

Pastel de óleo branco, cartolina preta e lápis de cor preto

Aperfeiçoamento de trabalhos com recurso a pastel de óleo branco

Estudo do Meio: Animais (Mistura de animais)

Objectivos gerais das actividades desenvolvidas/Conceitos-chave

Conclusão do trabalho que tem vindo a ser desenvolvido com misturas de espécies e preparação da exposição dos mesmos.

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Comportamento da turma ao longo da sessão

(Sobre o) Profissional do ateliê (Atelierista)

(Sobre a/o) Docente que acompanha a turma

Os alunos melhoraram os trabalhos com o apoio do atelierista, trabalhando sem registo de agitação.

O atelierista apoia os alunos na conclusão dos respectivos trabalhos.

A docente observa a sessão não intervindo na mesma.

Descrição das actividades desenvolvidas durante a sessão

- Os alunos entram e deslocam-se para as mesas de trabalho. Enquanto os alunos se organizam e acalmam o profissional conversa brevemente com a docente. Neste momento dois alunos mais velhos pedem para entrar, o profissional afirma que a sessão irá iniciar e no máximo estes poderão assistir. A docente concorda e estes ficam na sala. - O profissional inicia a sessão abordando quais as tarefas que serão realizadas: Melhoria dos trabalhos que têm vindo a ser desenvolvidos. - Após a explicação o profissional vai buscar os trabalhos em causa, e realiza a avaliação dos mesmos à medida que os entrega aos alunos. Abordando aspectos positivos e aspectos a melhorar. - Após a entrega dos trabalhos dois alunos brincam com o pastel seco que existe nos trabalhos dos mesmos, sujando as mãos e estragando em parte os desenhos. Uma aluna alerta o profissional e este faz uma paragem na sessão para esclarecer a situação, pedindo de seguida que os alunos lavem as mãos. - Posteriormente é explicada a técnica possível de aplicar para melhorar os trabalhos, utilizando pastel de óleo branco. De seguida o profissional circula pela sala auxiliando todos os alunos cujos trabalhos precisavam de melhorias. - Terminada a fase de melhoria dos trabalhos o profissional aborda que de seguida irá preparar a exposição dos mesmos. Falando com os alunos sobre a importância de criar legendas adequadas e perceptíveis, referindo quais os elementos importantes para o efeito. Nesta fase o profissional pede a uma aluna que leia algumas das legendas existentes no ateliê correspondentes a obras de vários alunos, para que a turma perceba o que importa colocar numa legenda. - De seguida é discutido qual o título possível para os trabalhos, após várias propostas o nome escolhido é: “Novos Insectos”. - Depois de escolhido o título o profissional questiona os alunos sobre qual a técnica utilizada no trabalho, questionando o que deve inserir na legenda, uma vez que na verdade foram utilizadas várias técnicas: Pastel seco, pastel de óleo e tinta de guache preta. Como nenhum dos alunos sabe a resposta o profissional afirma tratar-se de uma técnica mista e deverá ser esse o nome a colocar na legenda. Nesta fase um aluno intervém referindo: “É como as tostas mistas!”. O profissional valoriza confirma e valoriza a resposta do aluno, reforçando que tal como as tostas mistas os trabalhos feitos têm também vários elementos/ingredientes. - Um aluno aborda o profissional para lhe apresentar o nome que inventou para o seu insecto, o atelierista ouve o aluno e por achar a ideia interesse pede que os restantes alunos inventem também nomes para as suas criações. Sendo posteriormente escritos nos desenhos. - Após a preparação de todos os elementos para a exposição dos trabalhos o profissional faz uma pausa antes da deslocação ao átrio. Durante a pausa é explicado qual o tema de trabalho nas próximas sessões: A abelha e a produção de mel. Apelando para os alunos realizem pesquisas em casa sobre o tema. - Por falta de tempo da sessão a deslocação ao átrio para a exposição não se realiza, no entanto o profissional tranquiliza os alunos afirmando que o próprio irá depois montar a exposição.

Observações complementares

-

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Código da Sessão Data/hora/duração Local Intervenientes

O12- 3A

14/12/2015 13h40 50 Minutos

Ateliê Criativo Profissional do ateliê, alunos e docente

Materiais/Recursos utilizados

Técnicas desenvolvidas

Articulação das temáticas ateliê/plano curricular

Computador, Quadro Interactivo e Mel

Sessão Expositiva Estudo do Meio: Animais (Abelhas e produção de mel)

Objectivos gerais das actividades desenvolvidas/Conceitos-chave

Introduzir o tema das abelhas e da produção de mel.

Comportamento da turma ao longo da sessão

(Sobre o) Profissional do ateliê (Atelierista)

(Sobre a/o) Docente que acompanha a turma

Alguma agitação ao longo da sessão.

O profissional introduz o tema das abelhas, possibilitando aos alunos provar mel.

A docente intervém no sentido de acalmar os alunos numa fase específica da sessão

Descrição das actividades desenvolvidas durante a sessão

- A sessão iniciou um pouco depois do horário estabelecido uma vez que ocorreu uma actividade relacionada com a época natalícia no átrio da escola para todos os alunos. - Quando os alunos entram no ateliê o profissional pede que estes se acalmem para que se possa dar início à sessão. - Iniciando a sessão o profissional questiona quais os alunos que realizaram pesquisas sobre as abelhas. Apenas dois alunos trouxeram livros relacionados com o tema, apesar de serem poucos e o profissional afirmar estar triste com a situação inicia-se o debate sobre as abelhas. - Os dois alunos que trouxeram recursos são convidados a ler excertos que considerem importantes. - Após a leitura são abordados vários conceitos e processos relacionados com a polinização, a produção de mel e os vários produtos que este insecto produz. - De seguida são questionados os alunos sobre a possibilidade de provar mel existente no ateliê. Todos os alunos concordam e dois alunos deslocam-se ao refeitório com o objectivo de ir buscar colheres. - Todos os alunos provam o mel e as reacções são diversas, no entanto uma clara maioria da turma gostou. Foi também observado que vários alunos nunca tinham provado mel. - Nesta fase gera-se alguma confusão, sendo necessária a intervenção do profissional do ateliê e da docente para manter a calma. - Posteriormente o profissional apresenta um vídeo sobre uma alternativa que é aplicada na produção de mel/ busca de mel no Nepal. - Por fim é observado o trabalho de um fotógrafo que realiza trabalhos com pessoas e mel. - A sessão é concluída e os alunos saem do ateliê.

Observações complementares

-

Código da Sessão Data/hora/duração Local Intervenientes

O13- 3A

04/01/2016 13h30

Ateliê Criativo Profissional do ateliê, alunos e

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1 Hora docente

Materiais/Recursos utilizados

Técnicas desenvolvidas

Articulação das temáticas ateliê/plano curricular

Computador, Quadro Interactivo

Sessão Expositiva Estudo do Meio: Animais

Objectivos gerais das actividades desenvolvidas/Conceitos-chave

Sessão de aprofundamento de conhecimentos sobre as abelhas.

Comportamento da turma ao longo da sessão

(Sobre o) Profissional do ateliê (Atelierista)

(Sobre a/o) Docente que acompanha a turma

Os alunos observaram interessados na sessão dinamizada.

O atelierista apresenta aos alunos vários recursos encontrados na internet sobre o tema de trabalho.

A docente demonstra-se interessada no decorrer da sessão, auxiliando os alunos por organizar um texto com o trabalho que devem realizar em casa.

Descrição das actividades desenvolvidas durante a sessão

- Início da sessão realizando uma análise a um importante conceito trabalhado na sessão anterior, ocorrida antes das férias de Natal. O conceito de debate relacionou-se com a importância das abelhas no ecossistema e na sobrevivência da espécie humana. Alguns alunos demonstraram saber qual a importância desta espécie e desenvolveu-se então uma breve conversa sobre o assunto. - Abordagem à fase seguinte da sessão por parte do atelierista: Visualização de obras de artistas com o objectivo de inspirar os alunos para a realização de projectos. - São apresentadas no quadro interactivo várias imagens de obras de artistas utilizando elementos relacionados com as abelhas e a produção de mel. De entre as quais alguns exemplos: Um apicultor que se cobre de abelhas, Vários esquemas e imagens sobre este animal (nascimento, organização nas colmeias e a diferença entre abelhas e vespa), Um vídeo sobre as abelhas, A obra de uma artista que coloca pequenas peças dentro de colmeias e expõem os resultados e um artista que cria formas específicas para as abelhas cobrirem de cera, e finalmente, um artista que produz pinturas hiper-realistas com mel no rosto das pessoas que pinta. - Ao longo da sessão são criados vários debates sobre as imagens apresentadas aos alunos. Alguns aproveitam para criar esboços à medida que observam as imagens, enquanto alguns aproveitam também para apontar os nomes dos artistas que são vistos. - A sessão é concluída com uma conversa sobre o que será preciso que os alunos realizem em casa até à próxima sessão. Será necessário que os alunos desenvolvam projectos, esses projectos serão iniciados na próxima sessão, o atelierista deslocar-se-á à sala dos alunos e dirá quais os trabalhos mais adequados para levar ao ateliê, considerando quais os mais avançados. - A docente aponta os pontos-chave para o trabalho que os alunos devem desenvolver em casa, considerando que será assim mais fácil que estes se organizem com a tarefa por escrito nos cadernos. Os principais elementos a destacar: Que projecto querem desenvolver (fazer esboço)? Que tipo de obra pretende (escultura, pintura, …)? Que materiais? Que cores (desenvolver um estudo de cor)? - Antes de saírem da sala os alunos tiram já várias dúvidas junto do profissional do ateliê, principalmente sobre possíveis materiais e projectos a desenvolver.

Observações complementares

-

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Código da Sessão Data/hora/duração Local Intervenientes

O14- 3A

18/01/2016 13h30 1 Hora

Ateliê Criativo Profissional do ateliê e alunos

Materiais/Recursos utilizados

Técnicas desenvolvidas

Articulação das temáticas ateliê/plano curricular

Computador, Quadro Interactivo

Sessão de debate de possíveis temas de trabalho

Estudo do Meio: Animais

Objectivos gerais das actividades desenvolvidas/Conceitos-chave

Sessão experimental de desenvolvimento de novos temas e projectos para trabalhar no ateliê.

Comportamento da turma ao longo da sessão

(Sobre o) Profissional do ateliê (Atelierista)

(Sobre a/o) Docente que acompanha a turma

Os alunos observam-se agitados nesta sessão.

O atelierista assume uma postura diferente na sessão, referindo colocar os alunos no centro do desenvolvimento das sessões, sendo estes a sugerir temas de trabalho, por exemplo.

-

Descrição das actividades desenvolvidas durante a sessão

- Início da sessão com os alunos sentados no chão em torno do quadro interactivo. - Após acalmar os alunos o profissional conversa com a turma sobre a dinâmica que tem sido desenvolvida no ateliê. Referindo que as sessões têm uma dinâmica muito semelhante à sala de aula, sendo importante que o ateliê fosse “mais dos alunos”. Abordando a hipótese de por exemplo os temas serem escolhidos pela turma. - Alguns alunos referem animais e materiais que gostavam de abordar no ateliê. - No geral a turma fica um pouco agitada nesta fase, considerando que o profissional distribui um pequeno papel a cada aluno. - Depois de conseguir acalmar a turma o profissional pede que cada aluno escreva no pedaço de papel recebido um tema e um material que gostassem de trabalhar no ateliê. - Nesta fase o atelierista aborda que é importante que os alunos sejam capazes de gerir a liberdade que a nova dinâmica irá trazer, considerando o comportamento observado na turma. - De seguida todas as propostas são transcritas para um papel, de forma a facilitar a organização dos temas e materiais. Enquanto o profissional organiza as ideias dos alunos gera-se confusão na sala, obrigando novamente à intervenção do profissional. - De seguida e após analisar o resultado é decidido que será trabalhado o tigre. - O profissional questiona os alunos sobre questões que gostassem de saber sobre o tigre. Vários alunos participam referindo os aspectos que mais interesses têm sobre esta espécie (quantas espécies, origem, entre outros) … - Na fase de conclusão gera-se uma vez mais algum barulho, entrado nessa fase a directora da escola no ateliê. Nesse momento era pretendido pelo profissional concluir a sessão, no entanto, devido ao comportamento barulhento da turma a conclusão não é possível. - Uma docente de outra turma entra no ateliê, sem cumprimentar ou pedir licença para entrar, pedindo apenas a uma aluna para que esta se desloque ao corredor para tratar de um assunto. No entanto não aborda o profissional nem questiona o mesmo sobre a pertinência da situação. O profissional encontrava-se a tentar acalmar a turma para concluir a sessão, nesse sentido denota-se algum mau estar no atelirista ao observar esta situação que em nada ajudou no

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momento em questão. - De seguida o profissional aborda o que será realizado até à próxima semana. Aos alunos caberá a tarefa de pesquisar e desenvolver os projectos que pretendem realizar no ateliê. - Posteriormente os alunos saem do ateliê acompanhados da directora, considerando que a docente não esteve presente.

Observações complementares

-

Código da Sessão Data/hora/duração Local Intervenientes

O15- 3A

25/01/2016 13h30 1 Hora

Ateliê Criativo Profissional do ateliê, alunos e docente

Materiais/Recursos utilizados

Técnicas desenvolvidas

Articulação das temáticas ateliê/plano curricular

Computador e pesquisas trazidas pelos alunos

Sessão expositiva Estudo do Meio – Animais (Tigre)

Objectivos gerais das actividades desenvolvidas/Conceitos-chave

Apresentação do novo tema de trabalho: O tigre.

Comportamento da turma ao longo da sessão

(Sobre o) Profissional do ateliê (Atelierista)

(Sobre a/o) Docente que acompanha a turma

Turma bastante agitada ao longo da sessão, considerando três alunos que são colocados fora do ateliê por mau comportamento.

O profissional orienta a sessão e realiza uma reflexão com os alunos perante as dificuldades de concentração e mau comportamento da turma.

A docente acompanha a sessão e auxilia o atelierista no controlo do mau comportamento da turma.

Descrição das actividades desenvolvidas durante a sessão

- Os alunos entram na sessão um pouco agitados, sentando-se em torno do quadro interactivo. - É iniciada uma conversa sobre a sessão anterior, estabelecendo um ponto de situação em relação aos vários temas e trabalhos. - Apesar do novo tema ser o tigre, vários alunos têm ainda projectos sobre o tema anterior (as abelhas) que não foram executados. Nesse sentido o profissional organiza alguns alunos, referindo que estes irão concluir na próxima semana os projectos em barro. - Iniciando o tema do tigre o profissional questiona se existem semelhanças entre este animal e a abelha, trabalhada anteriormente. Existindo, os alunos são questionados sobre quais serão essas semelhanças. São destacados os tons dos animais e o facto de ambos terem um padrão na sua constituição. - Na semana passada foi pedido à turma que realizassem pesquisas sobre o tigre, nesse sentido é iniciado um debate sobre os temas que os alunos abordaram na última sessão como as principais curiosidades sobre a espécie. - A primeira questão desenvolvida tem que ver com o número de espécies de tigres existentes no planeta. São realizadas pesquisas nesse sentido e alguns alunos respondem de acordo com a pesquisa realizada em casa. - Por existirem tigres albinos o profissional relaciona esta característica com a espécie humana, apresentando aos alunos a realidade desconhecida por todos. - De seguida o profissional pesquisa também sobre as várias espécies de tigres, nesta fase a turma fica bastante agitada, obrigando à intervenção da docente no sentido de acalmar os

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alunos. - Após conseguir a atenção da maioria da turma é iniciada uma conversa sobre as várias espécies de tigres e também quais destas estão já extintas. - De seguida é visualizado um vídeo denominado “Maior tigre do mundo”, com várias fotografias. - Por existir alguma confusão e muitos alunos estarem desatentos o profissional faz uma pausa na sessão para afirmar que os alunos cujo maior interesse é desenhar ao invés de participar na sessão podem fazê-lo, contudo não faz sentido perturbarem a turma nesse processo. Nesse sentido é pedido aos alunos que pretendem desenhar que se desloquem para o fundo da sala e estejam nesse espaço em silêncio. Cerca de cinco alunos acabam por aceitar a sugestão do profissional. - Alguns alunos afirmam ter dúvidas em relação ao número de espécies existentes e quais já estão extintas, o profissional repete o que foi referido anteriormente e alguns alunos apontam essas informações nos diários gráficos. - Regista-se ainda alguma confusão no ateliê, nesse sentido três alunas que se encontravam a desenhar no fundo da sala são expulsas, considerando que continuavam com o registo de agitação, mesmo após várias chamadas de atenção. - Avança-se para a próxima questão: Qual a alimentação da espécie? - Gera-se novamente muita confusão na sala e nesse sentido o profissional é uma vez mais obrigado a interromper a sessão. É realizada uma reflexão sobre os aspectos que correram mal ao longo da sessão, considerando que foi bastante complicado encontrar momentos de concentração na turma, uma vez que no geral a turma esteve agitada e sem organização no momento de participar e partilhar conhecimentos. - Após a breve conversa a turma demonstra estar um pouco mais calma, por esse motivo o profissional avança para a questão que estava a ser respondida. - Uma aluna realiza a leitura de um excerto de um livro trazido e que fala sobre a caça nesta espécie. - É estabelecido qual o trabalho na próxima sessão: Terminar as questões sobre os tigres e avançar para algumas experiências sobre o tema. - Concluída a sessão os alunos saem do ateliê.

Observações complementares

-

Código da Sessão Data/hora/duração Local Intervenientes

O16- 3A

01/02/2016 13h30 1 Hora

Ateliê Criativo Profissional do ateliê, alunos e docente

Materiais/Recursos utilizados

Técnicas desenvolvidas

Articulação das temáticas ateliê/plano curricular

Cartolinas variadas, papel vegetal e pastéis secos

Técnica mista Estudo do Meio: Animais (Tigre)

Objectivos gerais das actividades desenvolvidas/Conceitos-chave

Desenvolvimento de projectos sobre o tigre com materiais variados.

Comportamento da turma ao longo da sessão

(Sobre o) Profissional do ateliê (Atelierista)

(Sobre a/o) Docente que acompanha a turma

Algumas limitações no desenvolvimento da tarefa de acordo com as indicações do

O profissional estimulou os alunos para a importância de analisar as possíveis soluções

A docente fornece aos alunos feedback sobre os trabalhos que os mesmos

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atelierista, os alunos demonstraram dificuldade de desenvolver projectos experimentais.

para o desenvolvimento dos trabalhos em técnica mista.

desenvolvem. Reforçando também a motivação da turma quando alguns alunos afirmam não terem capacidades de realizar determinadas tarefas.

Descrição das actividades desenvolvidas durante a sessão

- Os alunos entram no ateliê entusiasmados com os esboços para o projecto das abelhas, mostrando o mesmo ao profissional. Este analisa o número de alunos e questiona se vieram todos ou se parte da turma ficou na sala. Os alunos respondem que alguns ficaram na sala, por não terem desenvolvido projectos. Nesse sentido o profissional pede a uma aluna que se desloque à sala para chamar a restante turma. - Após a chegada toda a turma o profissional alerta a turma para um perigo existente junto da escola: a lagarta do pinheiro. Mostrando imagens do insecto e alertando a turma para o perigo associado a este animal. - Posteriormente o profissional apresenta um outro animal presente no ateliê: O grilo toupeira. Abordando algumas características sobre a espécie em questão. - De seguida são apresentadas à turma, de modo muito breve, várias pesquisas trazidas para o ateliê por uma aluna. Referindo também que as respectivas pesquisas irão permanecer no ateliê, de modo a que todos os alunos as possam consultar. - Passagem para a questão dos projectos realizados pelos alunos sobre as abelhas: o profissional pede que os alunos agrafem os trabalhos nos diários gráficos. Explicando que é importante avançar no tema trabalhado na sessão anterior, considerando que nem todos os alunos têm projectos sobre a abelha, sendo importante que toda a turma avance em simultâneo, além de ter já sido iniciado o tema do tigre. - Posteriormente o atelierista avança para a tarefa da presente sessão: criar um projecto experimental sobre o tigre utilizando apenas os materiais disponíveis em cima das mesas (cartolina preta, papel vegetal, papel amarelo, cola e pasteis secos). - Os alunos colocam várias questões ao profissional e à docente sobre a possibilidade de utilizar vários materiais e cores. - Todos os alunos optam por utilizar apenas dois materiais: a cartolina preta como base e os pastéis. - Analisando a situação o profissional opta por colocar uma regra aos alunos: têm de usar dois materiais além da cartolina preta e os pastéis. - Os alunos ficam um pouco confusos com as novas regras, referindo algumas hipóteses para adicionar os respectivos elementos aos trabalhos iniciados. - Vários alunos deslocam-se junto da docente no sentido de receber feedback dos trabalhos em desenvolvimento. - No geral todos trabalham no sentido de encontrar a melhor solução para acrescentar os elementos em falta nos trabalhos. O profissional desloca-se pelas várias mesas de trabalho, abordando os alunos e estimulando os mesmos para as variadas possibilidades de trabalho. - Um aluno refere que não sabe fazer, enquanto outro afirma ser uma tarefa muito difícil. A docente intervém para motivar os alunos, referindo que o trabalho em desenvolvimento representa um desafio à criatividade dos alunos. - Considerando que o tempo da sessão está a terminar o profissional pede que os alunos terminem os trabalhos e coloquem os mesmos no chão lado a lado. - Nesta fase os alunos geram alguma confusão, com o objectivo de concluir os trabalhos, obrigando o profissional a reforçar o pedido de conclusão dos desenhos. Também a docente intervém com o mesmo objectivo: apelar à conclusão dos trabalhos, arrumando os materiais e organizando as mesas. - Após alguma confusão inicial na fase de conclusão da sessão a turma senta-se em torno do

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quadro interactivo para realizar o balanço do trabalho desenvolvido. - O profissional refere que é notório que a turma não está habituada a criar projectos com a dinâmica vivida, reforçando que deverá ser esta a orientação das sessões a realizar no futuro. Realça também a importância de alguns alunos que fugiram da utilização limitada dos materiais de trabalho. - A docente intervém no sentido de reforçar o discurso do atelirista, referindo que apesar das dificuldades iniciais os alunos conseguiram desenvolver trabalhos com os materiais propostos. - Conversa para conclusão da sessão sobre as várias possibilidades de trabalho a desenvolver nas próximas sessões, relativamente ao tema e materiais.

Observações complementares

Registos Fotográficos

Código da Sessão Data/hora/duração Local Intervenientes

O17- 3A

15/02/2016 13h30 1 Hora

Ateliê Criativo Profissional do ateliê, alunos e docente

Materiais/Recursos utilizados

Técnicas desenvolvidas

Articulação das temáticas ateliê/plano curricular

Cartolina preta, cartolina branca, carvão e pastel seco

Desenho com pastel seco e carvão

Estudo do Meio: Plantas e raízes

Objectivos gerais das actividades desenvolvidas/Conceitos-chave

Desenvolvimento de desenhos com objectos que simulam raízes e de objectos que necessitem de raízes.

Comportamento da turma ao longo da sessão

(Sobre o) Profissional do ateliê (Atelierista)

(Sobre a/o) Docente que acompanha a turma

A turma demonstrou-se desconcentrada no desenvolvimento da tarefa, considerando que o resultado

O profissional desenvolve o tema das plantas e raízes com os alunos e propõe um trabalho relacionado com o

A docente representa um papel importante ao nível do comportamento dos alunos.

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final não espelhou as regras de trabalho propostas pelo atelierista.

tema mas que apela à criatividade dos alunos.

Descrição das actividades desenvolvidas durante a sessão

- Os alunos entram na sessão curiosos com o elemento colocado no centro da sala (uma raiz). - O profissional e a docente alertam a turma para que estes se acalmem e se sentem em torno do quadro interactivo. - Após sentados em torno do quadro o profissional questiona uma aluna sobre um elemento que exista numa planta. - A aluna responde “raiz”, posteriormente o atelierista questiona qual a função da raiz, questionando vários alunos. - Após questionar vários alunos que afirmam que a raiz serve para a planta se alimentar uma aluna refere que a função adicional relaciona-se com a capacidade de segurar/manter as plantas no solo. - Um outro elemento sobre a planta (dito por uma aluna): a folha. - O profissional questiona vários alunos sobre a função das folhas. Um aluno explica que as folhas produzem oxigénio, tornando o ar “melhor”. - Conversa sobre o cale, abordando também a sua função de agregar todos os elementos de uma planta, transportando os nutrientes. - O profissional questiona uma aluna sobre vários tipos de raízes existentes. A aluna refere que existem 5, não sabendo quais são. Uma outra aluna pede para responder, afirmando existirem 3, lembrando-se das raízes tuberculosas (subterrâneas). - A docente intervém referindo que os alunos não estudam, uma vez que o tema da sessão está presente nos cadernos com várias colagens de resumos e também nos livros escolares. - Abordam-se as três raízes existentes: subterrâneas, aéreas e aquáticas. - Uma aluna demonstrou-se bastante desatenta ao longo de toda a sessão, sendo nesse sentido realizada uma intervenção do atelierista para chamar a mesma à atenção. - De seguida é apresentada a tarefa prática que será realizada na sessão: Irão existir dois grupos de trabalho, um grupo irá trabalhar em cartolina preta e irá inventar coisas que podem ser raízes. O outro grupo irá trabalhar em cartolina branca, desenhando coisas que precisem de raízes para se segurarem. Durante a explicação o profissional utiliza possíveis exemplos para o trabalho. - O profissional aborda os materiais a utilizar, passando para a fase de direccionar os alunos para as mesas, um a um. Os alunos questionam algumas escolhas, referindo preferir ficar num grupo diferente de trabalho, nesse sentido o profissional pede que sejam os próprios alunos a escolher a folha em que pretendem desenhar. Gera-se alguma confusão nesta fase. - Após todos os alunos s organizarem nas mesas de trabalho, o profissional circula pelos alunos, pedindo que estes iniciem o trabalho. - Um aluno apresenta dúvidas, nesse sentido o profissional interrompe a sessão para explicar novamente a tarefa. - Vários alunos vão terminando e apresentam ao profissional o trabalho desenvolvido. O atelierista pede aos alunos que aproveitem o tempo restante para melhorarem os respectivos trabalhos. Uma aluna apresenta um desenho igual ao da colega do lado, por esse motivo o profissional pede à aluna que desenhe novamente sem copiar. - Todos os alunos vão terminando, sentando-se no chão em torno do quadro interactivo. - Concluídos os trabalhos todos os alunos se reúnem em círculo para uma conversa sobre a tarefa desenvolvida. - O profissional confessa à professora que muitos dos alunos trocaram as cores dos papéis com as respectivas tarefas. - Análise conjunta dos trabalhos realizados, observando que muitos alunos não respeitaram as regras impostas, apesar de todos terem afirmado ter compreendido qual a tarefa que teriam

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de fazer. - O profissional conclui referindo que na próxima semana a tarefa será repetida e os alunos saem do ateliê.

Observações complementares

Registos fotográfico

Código da Sessão Data/hora/duração Local Intervenientes

O18- 3A

22/02/2016 13h30 1 Hora

Ateliê Criativo Profissional do ateliê, alunos e docente

Materiais/Recursos utilizados

Técnicas desenvolvidas

Articulação das temáticas ateliê/plano curricular

Cartolina preta, cartolina branca, carvão e pastel seco

Desenho com pastel seco e carvão

Plantas e raízes

Objectivos gerais das actividades desenvolvidas/Conceitos-chave

Repetição da tarefa desenvolvida na sessão anterior.

Comportamento da turma ao longo da sessão

(Sobre o) Profissional do ateliê (Atelierista)

(Sobre a/o) Docente que acompanha a turma

Algum barulho ao longo de toda a sessão.

O profissional propõe a repetição do trabalho da semana passada, optando por não realizar muitas intervenções durante o respectivo desenvolvimento.

A docente representa, novamente, um papel importante ao nível do comportamento dos alunos.

Descrição das actividades desenvolvidas durante a sessão

- Os alunos entram no ateliê observando os insectos presentes na sala, deslocando-se posteriormente para as mesas de trabalho enquanto aguardam pelo atelierista. - A docente alerta a turma para o excesso de barulho. - O profissional entra no ateliê criativo pedindo para que os alunos se reúnam no chão em torno do quadro interactivo para uma breve conversa sobre o ponto de situação sobre os

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trabalhos realizados e possíveis de realizar no futuro. - O profissional retoma o tema do tigre (trabalhado anteriormente), questionando os alunos sobre alguns aspectos possíveis de trabalhar como a extinção de alguns espécies de tigres. A docente participa referindo que os alunos têm já alguns conhecimentos sobre a extinção das espécies, concordando com a proposta de tema. - Fica estabelecido que no final da sessão será definido qual o tema sobre o tigre irá ser desenvolvido na próxima semana. - Durante esta fase gera-se algum barulho, uma vez que alguns elementos da turma conversam entre si, obrigando à intervenção do profissional nesse sentido. - Concluindo o tema da próxima é iniciada uma conversa sobre o trabalho da sessão anterior que será repetido de seguida. - Nesta fase gera-se de novo algum barulho, enquanto o profissional explica novamente a tarefa. A docente intervém no sentido de chamar os alunos à atenção. - A explicação continua e o profissional conclui com várias indicações. Deixando ao cargo dos alunos a organização das duas tarefas distintas: Desenhar coisas que precisa de ser agarradas e desenhar coisas que agarrem. - Na fase de organização das tarefas gera-se barulhos e confusão, uma vez mais, no entanto apenas um aluno fica insatisfeito com o seu papel branco, correspondente a uma tarefa. Apesar do descontentamento e confusão existente uma aluna propõe trocar com este e o aluno concorda, voltando posteriormente para a mesa de trabalho. - O profissional distribui os restantes materiais pelos alunos: Carvão, Lápis branco, e pastel seco branco. - Os alunos trabalham nos seus projectos, considerando que foram poucos os alunos a colocar dúvidas aos profissionais. - Vários alunos afirmam ter concluído os respectivos trabalhos. Deslocando-se para junto da docente para mostrar o resultado final. - O profissional circula pelas mesas com o objectivo de unir os trabalhos aos pares, de acordo com as duas tarefas. O barulho aumenta nesta fase. - Agregados os trabalhos são colocados no chão, com os trabalhos da semana passada. Reunida toda a turma o profissional questiona os alunos sobre se consideram ter feito sentido repetir o exercício. Os alunos afirmam que sim: “Há menos repetições”; “Estão menos esborratados.”. - O profissional pede a alguns alunos que escolham os trabalhos que preferem para expor os mesmos no exterior do ateliê, considerando que não podem escolher os próprios trabalhos. - Concluída a sessão o profissional conversa com a turma sobre a lagartixa nova existente no ateliê, abordando cuidados a ter com esta. - Por fim os alunos saem do ateliê.

Observações complementares

-

Código da Sessão Data/hora/duração Local Intervenientes

O19- 3A

29/02/2016 13h30 1 Hora

Ateliê Criativo Profissional do ateliê, alunos e docente

Materiais/Recursos utilizados

Técnicas desenvolvidas

Articulação das temáticas ateliê/plano curricular

Videoprojector e computador

Sessão expositiva Estudo do Meio: Animais (Tigre)

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Objectivos gerais das actividades desenvolvidas/Conceitos-chave

Sessão de pesquisa e debate sobre o tigre.

Comportamento da turma ao longo da sessão

(Sobre o) Profissional do ateliê (Atelierista)

(Sobre a/o) Docente que acompanha a turma

A turma demonstra-se agitada ao longo da sessão, além de desinteressada.

O profissional dinamiza a sessão que deveria ser orientada pelos alunos, considerando que nenhum aluno realizou pesquisas de acordo com o planeado.

A docente intervém ao nível do comportamento e afirmando que relembrou a turma para a importância de realizar a tarefa de pesquisa pedida pelo atelierista.

Descrição das actividades desenvolvidas durante a sessão

- Os alunos entram na sessão, alguns deles com livros, deslocando-se para as mesas de trabalho enquanto outros se sentam no chão. - O profissional inicial a sessão pedindo para que os alunos se sentem no chão, originando alguma confusão. O profissional tenta acalmar os alunos, reforçando o pedido para que estes se sentem no chão. - O profissional questiona um aluno sobre qual será o tema desenvolvido na sessão. O respectivo aluno não sabe, no entanto a restante turma responde que será trabalhado o tigre. - O atelierista inicia o tema da extinção da respectiva espécie, a docente afirma que relembrou os alunos ao longo da semana em relação à pesquisa pedida. - Uma aluna, apesar de não ter pesquisado aborda uma das causas para a extinção do tigre: caça para a utilização da pele dos animais. - Desenvolve-se uma conversa sobre o tema da utilização de peles verdadeiras e artificiais. - São apresentadas no quadro imagens de peles artificiais. Um aluno participa dando uma ideia: Poderia ser possível criar pele artificial com recurso à lã das ovelhas. - A conversa continua e o profissional questiona vários alunos sobre algum aspecto que estes conheçam sobre a extinção do tigre. - Os alunos desconhecem mais aspectos que se relacionem com o tema e nesse sentido uma aluna lê algumas informações sobre esta espécie. - A conversa desenvolve-se em torno do tema abordado. - Durante a sessão a docente realiza algumas colagens, ausentando-se posteriormente da sala para fotocopiar algumas folhas. - A sessão desenvolve-se sobre as características da espécie. O profissional aborda novamente o facto de ninguém ter realizado pesquisas sobre o tema, que foi escolhido por unanimidade. Vários alunos apresentam justificações para a não realização do trabalho pedido, no entanto o atelierista afirma que a escola tem uma biblioteca com vários recursos como computadores, sendo possível a todos pesquisar. - A sessão continua com algumas dificuldades relacionadas com o comportamento da turma, uma vez que vários alunos estão desconcentrados, perdendo a atenção sobre o tema. Estas dificuldades obrigam a que inúmeras vezes a sessão seja interrompida. - A docente regressa, questionando o comportamento da turma. - As duas alunas que trouxeram livros sobre o tigre continuam a realizar leituras, orientando a sessão em várias discussões sobre os respectivos temas. - Posteriormente o profissional desloca-se para o computador, pesquisando sobre a extinção da espécie. Após a pesquisa as principais informações são apresentadas, conversando-se sobre quais os motivos que fomentam a caça do tigre. - De seguida são visualizados alguns vídeos sobre a caça destes animais. - Um aluno teria realizado uma apresentação sobre o lince, no entanto o profissional não o consegue apresentar no computador. O respectivo aluno desloca-se para a frente da turma, apresentando o respectivo tema, de acordo com os aspectos que recorda.

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- Após apresentado este animal conversa-se sobre o mesmo. - Por fim é realizada uma votação para decidir qual o próximo animal a trabalhar: A cobra ou o pinguim. O segundo animal ganhou a votação, ficando a cobra para uma sessão futura. - Conversa final sobre a importância dos alunos realizarem pesquisas e sobre as várias possibilidades de as realizar. - Conclusão da sessão abordando possíveis projectos a realizar.

Observações complementares

-

Código da Sessão Data/hora/duração Local Intervenientes

O20- 3A

7/03/2016 13h30 1 Hora

Ateliê Criativo Profissional do ateliê, alunos e docente

Materiais/Recursos utilizados

Técnicas desenvolvidas

Articulação das temáticas ateliê/plano curricular

Livros trazidos pelos alunos e o computador do ateliê

Sessão expositiva Estudo do Meio: Animais (Pinguim)

Objectivos gerais das actividades desenvolvidas/Conceitos-chave

Trabalho em torno das principais características do pinguim.

Comportamento da turma ao longo da sessão

(Sobre o) Profissional do ateliê (Atelierista)

(Sobre a/o) Docente que acompanha a turma

No geral a turma demonstra dificuldades em respeitar a participação de cada colega da turma, criando agitação e estando desatentos quando alguém fala.

O atelierista apoia o desenvolvimento da sessão enquanto fomenta a participação de todos os alunos.

A docente acompanha a sessão demonstrando-se interessada no tema e participando quando questionada pelo atelierista.

Descrição das actividades desenvolvidas durante a sessão

- Os alunos entram na sessão um pouco agitados, trazendo consigo vários livros. - O atelierista acalma a turma, iniciando o novo tema: “Pinguim”. Para iniciar a temática o profissional pede a participação dos alunos com pesquisas realizadas, considerando que um aluno de cada vez é convidado a deslocar-se ao centro da sala para dar o seu contributo. - Nem todos os alunos têm pesquisas ou aspectos para apresentar sobre este animal, no entanto as pequenas apresentações seguem a ordem dos lugares nas respectivas mesas. - O profissional pede que os alunos não leiam os livros trazidos, nesse sentido os alunos pedem para participar várias vezes, após consultar as informações escritas nos livros. Apesar de existir um número considerável de alunos que ainda não trouxe pesquisas é observado que existem na presente sessão mais alunos com o trabalho desenvolvido. Alguns alunos aproveitam também os recursos dos colegas para participar. - Os vários alunos continuam a apresentar aspectos relacionados com o pinguim. - Um aluno apresenta uma característica da espécie e assume não a ter certeza em relação à veracidade da afirmação. Nesse sentido o profissional do ateliê pesquisa no computador a respectiva informação. - Nesta fase gera-se alguma conversa entre os alunos e a docente intervém, pedindo que estes estejam em silêncio. - De seguida o profissional confirma a informação do aluno, apresentado à turma os dados pesquisados.

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- Um aluno apresenta um aspecto sobre o pinguim: “É uma ave.” O atelierista questiona a turma sobre este animal é, ou não, um mamífero e uma ave. A dúvida é instalada e a docente é também questionada. Nesta fase geram-se algumas dúvidas e nesse sentido a docente desloca-se para junto do profissional e do computador para esclarecer a dúvida. - Durante esta fase a turma gera de novo algum barulho, apesar das intervenções dos dois profissionais para acalmar a turma. - Dois alunos são colocados fora do ateliê por mau comportamento. - Os dois profissionais continuam a pesquisar para averiguar a dúvida colocada. Concluída a pesquisa o profissional interrompe a sessão para fazer uma chamada de atenção em relação ao comportamento observado. - Posteriormente o profissional questiona alguns alunos sobre os aspectos referidos na sessão, realçando a falta de atenção observada uma vez que estes não realizaram pesquisas e estiveram desatentos à participação dos colegas. - A sessão continua, sendo apresentados vários aspectos sobre esta espécie com recurso a livros trazidos de casa pelos alunos. - São exploradas várias características sobre o animal trabalhado na presente sessão, aproveitando as informações presentes nos livros dos alunos. - É debatido uma questão que ameaça a existência de pinguins em concreto: o aquecimento global. Além da produção de delícias do mar, produzidas com várias espécies de peixes, algumas delas correspondentes à alimentação específica de determinadas espécies de pinguins. - A dinâmica de participação faseada, onde um aluno fala de cada vez para a turma gerou bastantes dificuldades ao longo da sessão. Considerando-se esta uma grande dificuldade da turma: o respeito pelo outro quando este participa. - Conclui-se a sessão debatendo possíveis projectos para a próxima sessão onde estarão presentes apenas 5 alunos, considerando a decisão de realizar trabalhos em barro.

Observações complementares

Observa-se novamente a falta de compreensão dos alunos ao nível da realização de pesquisas. Além de existirem comportamentos desadequados em relação à apresentação de pesquisas realizadas, a turma demonstra dificuldades de se respeitar mutuamente.

Código da Sessão Data/hora/duração Local Intervenientes

O21- 3A

14/03/2016 13h30 1 Hora

Ateliê Criativo e exterior da escola

Profissional do ateliê, alunos e docente

Materiais/Recursos utilizados

Técnicas desenvolvidas

Articulação das temáticas ateliê/plano curricular

Pequenas pinhas Dinâmica de grupo Relações interpessoais.

Objectivos gerais das actividades desenvolvidas/Conceitos-chave

Realização de uma dinâmica de grupo com o objectivo de melhorar as relações interpessoais da turma.

Comportamento da turma ao longo da sessão

(Sobre o) Profissional do ateliê (Atelierista)

(Sobre a/o) Docente que acompanha a turma

A turma demonstra-se agitada e perante as dinâmicas realizadas são observadas as principais lacunas da turma

O profissional do ateliê conduz as actividades definidas para a sessão e realiza no fim da mesma uma reflexão sobre os

A docente acompanha a actividade, intervém ao nível do comportamento dos alunos e realiza alguns

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em aspectos comportamentais.

comportamentos observados. registos sobre o observado.

Descrição das actividades desenvolvidas durante a sessão

- Início da sessão com breve momento para acalmar os alunos. Considerando que vários alunos trouxeram novamente livros sobre o pinguim, o profissional estimula os alunos para que estes realizem pesquisas durante a semana, apontando aspectos para apresentar, sem o recurso à leitura. - O profissional realça que os livros são importantes recursos para a segunda fase de trabalho com os pinguins, considerando a realização de um projecto artístico sobre o tema. Nesta fase, considerando a vontade dos alunos de trabalhar no ateliê do barro o profissional sugere várias possibilidades de trabalho, além da moldagem, podendo ser realizada a pintura de pratos, ou mesmo o trabalho em azulejaria. - De seguida uma aluna questiona se pode apresentar uma curiosidade sobre o pinguim. O profissional concorda e esta apresenta o aspecto em questão. - Posteriormente é apresentada a tarefa para a sessão: Realização de duas dinâmicas. - A dinâmica será realizada no exterior, aproveitando o bom tempo e nesse sentido a turma desloca-se para a rua. - No exterior é iniciada a explicação da primeira dinâmica. São criadas duas filas com a turma dividida ao meio, 10 alunos em cada lado. O objectivo da actividade é simular o transporte dos ovos dos pinguins. Os alunos devem percorrer uma distância com o objecto que simula o ovo nos pés e entregar o mesmo ao colega que está à sua frente. - A docente auxilia o atelierista no desenvolvimento da dinâmica, acalmando os alunos e controlando alguns comportamentos. - A actividade desenvolve-se de forma consideravelmente rápida e sem sinais de grandes dificuldades por parte dos alunos. - A dinâmica termina e são observados as principais dificuldades: considerando que um dos ovos termina em mau estado. Este, por estar mal tratado, significa que alguns alunos não executaram a actividade da melhor forma, existindo alguma falta de cuidado. - É preparada a segunda dinâmica: os alunos são colocados em círculo com toda a turma no meio. O objectivo é contar até 20, sem que exista repetição de números ditos em voz alta. Obrigando a uma grande capacidade de organização. - Decorrem inúmeras tentativas, não se avançando na contagem além do número três, registando-se também que os alunos discutem de forma agressiva todos os erros. - Após várias tentativas o profissional pede que os alunos fechem os olhos e se concentrem na dinâmica. Decorrem mais tentativas falhadas de contagem. - O profissional e os alunos sentam-se no chão para novas tentativas. O máximo conseguido é o número 4. - É realizada uma reflexão com os alunos sobre as semelhanças encontradas com as dificuldades da dinâmica e os comportamentos observados no ateliê e na sala de aula. É referido que os alunos têm dificuldade em ouvir e em manter a calma para falar. - A actividade é repetida e observam-se algumas melhorias. No entanto a dinâmica não é desenvolvida até ao fim, ficando com o máximo de número atingido, o 5 ao invés de 20. - É concluída a dinâmica após várias reflexões e dificuldades em falar por parte do profissional do ateliê. - A docente observa e regista aspectos relacionados com as dinâmicas. - De seguida é realizado um pequeno jogo denominado “jogo do zombie”. Um aluno inicia sendo ele o zombie, podendo apanhar colegas, fazendo com que estes saiam do jogo, outra possibilidade é o aluno que está prestes a ser apanhado referir o nome de um colega em jogo, passando esse aluno a ser o novo zombie. - Este jogo demonstra também algumas dificuldades entre a turma, primeiro na fase de explicação, onde o profissional tenta apresentar as regras e alguns alunos as dizem em

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simultâneo, por já terem jogado este jogo. - Posteriormente, durante o jogo os alunos demonstram algumas dificuldades de concentração, por não estarem atentos quando o seu nome é referido. A docente e o profissional são elementos importantes durante o jogo, controlando alguns alunos que não recordam as regras e observando toda a turma. - O jogo continua com alguma confusão no seu final. Durante esta fase o profissional conversa com a docente sobre as dinâmicas escolhidas e alguns aspectos observados na presente sessão. - Durante esta fase os alunos fora do jogo demonstram querer iniciar um novo jogo entre eles, no entanto saem da zona próxima da escola, obrigando à intervenção do atelierista que encerra a actividade. Os alunos são chamados à atenção, posteriormente o profissional pede à turma para que se desloquem para o ateliê criativo e se sentem no centro da sala. - No ateliê é iniciada a reflexão sobre todas as dinâmicas realizadas. São debatidos de novo variados aspectos: As dificuldades de concentração, as dificuldades em ouvir o outro e em manter a calma e esperar para falar e também o comportamento observado no final do jogo. - O profissional questiona os alunos sobre o porquê de se afastarem da zona onde ocorria a sessão, questionando também quem foi o primeiro a descer o relvado em direcção à estrada. Os alunos voltam a falar de forma desorganizada, acusando-se entre si. - O atelirista pede silêncio, subindo o tom de voz e referindo que a turma está de novo a falar sem consciência e sem calma em relação a quem está a falar em primeiro lugar. Reforçando ao dizer que não questionou a turma para ouvir acusações, pretendia apenas que o/a aluno/a em causa se identifica-se, referindo a importância positiva de assumir um erro. - A docente intervém, referindo que concorda com o atelirista e que a própria turma já realizou uma actividade no sentido da compreensão da importância de assumir erros e actos próprios. - Enquanto a docente fala um aluno começa a falar em simultâneo, obrigando o atelierista a pedir que este aluno se cale, considerando a falta de respeito cometida. Ainda quando o profissional chama este aluno à atenção um outro começa a falar, subindo o tom de voz. - É realizada uma vez mais uma pausa na sessão, considerando duas faltas de respeito observadas de forma sequencial. É referido que estes comportamentos espelham precisamente as principais dificuldades da turma e que comprometem fortemente as dinâmicas da sessão e também o processo de aprendizagem. - Observa-se que nesta fase os alunos se acalmam, quando comparados com o restante período da sessão. - Após a reflexão é referido pelo atelierista qual o trabalho a desenvolver na próxima semana. Os alunos virão ainda em turma ao ateliê para desenvolver possíveis projectos sobre o pinguim, em barro ou não. Apenas posteriormente as sessões irão contar com pequenos grupos de trabalho, sendo que a meio destas sessões haverá uma sessão com todos os alunos no sentido de desenvolver dinâmicas de grupo. - Os alunos saem do ateliê acompanhados da docente que concorda com a proposta, assumindo também a sua pertinência, uma vez que no 3º período a turma tem actividades de natação que consomem bastante tempo.

Observações complementares

-

Código da Sessão Data/hora/duração Local Intervenientes

O22- 3A

04/04/2016 13h30 1 Hora

Ateliê Criativo Profissional do ateliê, alunos e docente

Materiais/Recursos Técnicas Articulação das temáticas ateliê/plano

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utilizados desenvolvidas curricular

Quadro Interactivo, diários gráficos, lápis de graffite e lápis de cor

Desenvolvimento de projectos

Estudo do Meio: Animais (Pinguim)

Objectivos gerais das actividades desenvolvidas/Conceitos-chave

Realização de projectos para elaborar em barro.

Comportamento da turma ao longo da sessão

(Sobre o) Profissional do ateliê (Atelierista)

(Sobre a/o) Docente que acompanha a turma

Turma bastante agitada no desenvolvimento da tarefa.

O profissional auxilia os alunos com pormenores e dicas de como desenhar pinguins, além de controlar o comportamento agitado da turma.

A docente intervém no comportamento dos alunos e dá feedback sobre os trabalhos observados.

Descrição das actividades desenvolvidas durante a sessão

- Início da sessão com o profissional a chamar os alunos para a importância de se acalmarem na fase inicial da respectiva sessão. - Conversa sobre o tema em desenvolvimento na última sessão do ateliê: O pinguim. O atelierista refere que os alunos deverão desenvolver um projecto de trabalho sobre o tema em questão. Após o lançamento da proposta o profissional refere linhas de orientação para o projecto de cada aluno. - Uma aluna questiona o profissional sobre a tarefa que deverá ser realizada na presente sessão. O atelirista, por ter estado a explicar a respectiva questão anteriormente pede à turma para que alguém elucide a colega. Uma aluna explica o que deverá ser realizado. - Posteriormente o atelierista pede que os alunos iniciem a tarefa. - Gera-se alguma confusão na fase inicial do trabalho, muitos alunos afirmarem não saber desenhar um pinguim. O profissional intervém, acalmando os alunos e reforçando aspectos importantes no desenvolvimento dos projectos individuais. - Os alunos continuam o trabalho nas mesas de trabalho com alguma conversa e agitação. - São vários alunos que se deslocam pela sala para mostrar os trabalhos realizados ao atelierista e à docente. Um aluno apresenta um desenho realizado num pedaço de folha rasgado. O profissional pede que o aluno coloque o respectivo trabalho no lixo, ficando surpreendido com o facto de ter oferecido um diário gráfico a este mesmo aluno no início do ano lectivo e este apresentar um trabalho em fracas condições de apresentação. A docente afirma que o respectivo aluno não possui também caderneta desde o início do ano. - Os alunos continuam o trabalho em desenvolvimento, deslocando-se várias vezes junto da docente para receber o feedback da mesma e colocar algumas dúvidas de língua portuguesa. O atelierista circula pelas mesas de trabalho, analisando os trabalhos. - O profissional interrompe a sessão, chamando os alunos para o centro da sala para uma conversa sobre o ponto de situação da sessão. É abordado o barulho exagerado sentido ao longo da sessão e a importância da concentração no desenvolvimento de projectos. - Nesta fase a turma apresenta-se calma, ouvindo as explicações do atelierista em relação às melhores soluções para os respectivos trabalhos. - São utilizados alguns trabalhos para analisar os pontos a melhorar cada projecto. Nesta fase os alunos ouvem as indicações do profissional, considerando aspectos como a necessidade de escolher medidas realistas para cada projecto. - Concluída a conversa o atelierista pede aos alunos que retomem as mesas de trabalho. - Os alunos continuam o trabalho e o profissional circula pelas mesas observando o trabalho dos alunos. Alguns alunos deslocam-se também junto da docente para que esta veja os

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trabalhos. - O profissional coloca algumas imagens de pinguins no quadro interactivo e aguarda que os alunos façam algum silêncio para explicar alguns aspectos relacionados com a anatomia do pinguim. Afirmando que conhecer a anatomia deste animal auxiliará a turma no desenvolvimento dos projectos. - A docente auxilia um aluno no desenvolvimento do seu desenho do pinguim, considerando que repetidas vezes o aluno se deslocou junto desta afirmando não conseguir desenhar. - O atelierista auxilia também um aluno no desenvolvimento do seu desenho. - Concluindo a sessão o profissional dá indicações sobre como o trabalho irá ser realizado na próxima semana, deslocando-se ao ateliê pequenos grupos de 4 alunos apenas. - Posteriormente os alunos saem do ateliê.

Observações complementares

-

Código da Sessão Data/hora/duração Local Intervenientes

O23- 3A

11/04/2016 13h30 1 Hora

Ateliê do barro Profissional do ateliê e alunos

Materiais/Recursos utilizados

Técnicas desenvolvidas

Articulação das temáticas ateliê/plano curricular

Barro branco, tecos e pincéis

Modelação cerâmica Estudo do Meio: Animais (Pinguim)

Objectivos gerais das actividades desenvolvidas/Conceitos-chave

Desenvolvimento em barro dos projectos criados sobre os pinguins.

Comportamento da turma ao longo da sessão

(Sobre o) Profissional do ateliê (Atelierista)

(Sobre a/o) Docente que acompanha a turma

Após alguma agitação inicial dos quatro alunos, estes iniciam o trabalho de modelação. Surgem vários comentários em relação às dificuldades sentidas no desenvolvimento dos projectos.

O docente apoia bastante o desenvolvimento do trabalho por parte dos alunos.

-

Descrição das actividades desenvolvidas durante a sessão

- Os alunos entram no ateliê criativo agitados e a correr, aguardando de seguida pelo profissional. Considerando que são apenas quatros alunos e que irão trabalhar os projectos criados em cerâmica. - Após a chegada do atelierista é realizada a deslocação para a sala do lado, o ateliê do barro. - Chegados ao ateliê o profissional sugere que os alunos preparem a mesa de trabalho, considerando que terão apenas uma hora para desenvolver o projecto. - Enquanto os alunos se sentam o profissional corta o barro e distribui posteriormente por cada um. - Antes de iniciarem os projectos o profissional demonstra uma técnica possível que os alnos poderão utilizar na moldagem, dando também várias dicas para os projectos. Algumas das dicas estão relacionadas com a moldagem adequada de modo a evitar bolhas de ar, motivo que leva a que muitas peças explodam no momento da cozedura no forno.

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- Os alunos iniciam o trabalho, pedindo ajuda ao profissional após as dificuldades iniciais encontradas. - O profissional circula pelo trabalho dos alunos, auxiliando os mesmos mas reforçando que não irá participar na moldagem das peças. - Os quatro alunos demonstram dificuldades na execução dos projectos, considerando a falta de experiência na utilização de barro, onde apenas dois teriam já experimentado este material. - Na fase inicial os alunos demonstram-se entusiasmados com o contacto com o barro, brincando um pouco com o mesmo. Apenas posteriormente avançam para a moldagem da peça. - O profissional ao circular pelos trabalhos relembra conceitos importantes: moldagem com recurso à lambugem para colar elementos das peças e a importância de ocar também as peças para que estas não rebentem no forno. - Um aluno, cujo pedaço de barro foi inicialmente utilizado como exemplo para a moldagem demonstra dificuldades em avançar no trabalho, pedindo de forma recorrente ajuda ao profissional. Inicialmente o atelierista auxilia o aluno, no entanto pede que este trabalhe quando observa algum medo em modelar o seu projecto. Este comportamento é observado ao longo da sessão. - Um outro aluno é chamado à atenção pelo profissional para que este desenvolva o respectivo projecto, considerando que se observa alguma desconcentração por parte do mesmo. - Considerando a fase avançada de sessão o profissional alerta os alunos para que estes concluam as respectivas peças. - Enquanto os alunos desenvolvem os trabalhos o profissional oca a peça de um aluno, para que todos observem a técnica. - Concluída a ocagem o profissional circula pelos restantes alunos analisando qual a próxima peça a ocar. - Dois profissionais que irão estar presentes na próxima sessão entram no ateliê aguardando pela conclusão da presente sessão para realizar filmagens. Estes circulam pelos vários trabalhos, questionando os projectos em desenvolvimento. - Os alunos concluem os respectivos trabalhos, enquanto o profissional oca as peças. - Concluído o tempo de sessão o profissional demonstra-se atento aos alunos que concluem brevemente os trabalhos. - Antes de colocar as peças a secar o profissional pede aos alunos que escrevem os respectivos nome e turma nas peças. - Na fase de conclusão os alunos limpam o material utilizado e a sala, com alguma agitação. Posteriormente os quatro alunos saem do ateliê.

Observações complementares

- O profissional do ateliê afirma ter sido demasiado participativo no trabalho de um aluno que ao longo da sessão afirmou estar com dificuldades no desenvolvimento do trabalho. Nesse sentido o atelierista refere ter intenções de chamar novamente o aluno ao ateliê do barro para repetir a peça.

Código da Sessão Data/hora/duração Local Intervenientes

O24- 3A

18/04/2016 13h45 45 Minutos

Ateliê do Barro Profissional do ateliê e alunos

Materiais/Recursos utilizados

Técnicas desenvolvidas

Articulação das temáticas ateliê/plano curricular

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Barro branco, tecos, facas e pincéis

Modelação cerâmica Estudo do Meio: Animais (Pinguim)

Objectivos gerais das actividades desenvolvidas/Conceitos-chave

Desenvolvimento em barro dos projectos criados sobre os pinguins.

Comportamento da turma ao longo da sessão

(Sobre o) Profissional do ateliê (Atelierista)

(Sobre a/o) Docente que acompanha a turma

Os quatro alunos presentes trabalharam de forma calma e questionando o atelierista perante as várias dificuldades encontradas.

O profissional acompanha o trabalho desenvolvido pelos alunos, realizando menos intervenções nos respectivos trabalhos em relação à sessão anterior.

-

Descrição das actividades desenvolvidas durante a sessão

- Os alunos entram no ateliê criativo, aguardando pelo profissional que ausenta quando estes chegam para uma breve deslocação ao exterior da sala. - Durante os breves minutos de espera os alunos fazem algum barulho, brincando entre si e circulando pela sala. - O profissional regressa e é realizada a deslocação para o ateliê do barro para iniciar a sessão. - No ateliê do barro o profissional corta barro branco que distribui posteriormente pelos alunos. - Após distribuir o barro o profissional alerta os alunos para o tempo de sessão e para o trabalho que tem que ser desenvolvido. Este apelo serve para que os alunos não percam muito tempo a brincar com o barro, perdendo tempo e criando bolhas de ar no material. - Os alunos colocam dúvidas sobre os projectos e a melhor forma de trabalhar, considerando alguns elementos complicados de executar em barro. - Um aluno questiona as colegas sobre se estas vão realizar o projecto na vertical ou na horizontal. Todas afirmam que vão fazer na vertical e o aluno assume que fará da mesma forma. - Um aluno cola dois elementos da sua peça sem recorrer a lambugem, atelierista observa e alerta o aluno. - As restantes alunas colocam várias dúvidas ao profissional que apoia as mesmas. - Posteriormente o profissional oca a peça de uma das alunas. - Um aluno pede ao profissional para que este ocar a sua peça. Considerando que a sua peça necessitava de ser melhorada o atelierista pede para que o aluno aperfeiçoe o respectivo pinguim. - Todos os alunos desenvolvem as respectivas peças, recebendo indicações do profissional. - Uma aluna brinca com o seu pedaço de barro, sendo chamada à atenção pelo atelierista que refere que esta corre o risco de ficar sem tempo e não concluir a peça. - Os alunos trabalham de forma autónoma, concluindo as respectivas peças. Um aluno conclui a sua peça, identificando a mesma após aperfeiçoar as colagens realizadas com lambugem. - As restantes alunas concluem as peças, recorrendo ao apoio do profissional para que este analise os respectivos trabalhos. Nesta fase é analisado que alguns elementos estariam mal fixados com lambugem, sendo repetido o processo. - Concluídas todas as peças e identificadas as mesmas, a mesa de trabalho é limpa bem como o material utilizado. - Na fase limpeza da sala gera-se alguma agitação entre os alunos, que saem posteriormente do ateliê.

Observações complementares

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Registos Fotográficos

Código da Sessão Data/hora/duração Local Intervenientes

O25- 3A

02/05/2016 13h50 40 Minutos

Ateliê do Barro Profissional do ateliê e alunos

Materiais/Recursos utilizados

Técnicas desenvolvidas

Articulação das temáticas ateliê/plano curricular

Barro branco, tecos, facas e pincéis

Modelação cerâmica Estudo do Meio: Animais (Pinguim)

Objectivos gerais das actividades desenvolvidas/Conceitos-chave

Desenvolvimento em barro dos projectos criados sobre os pinguins.

Comportamento da turma ao longo da sessão

(Sobre o) Profissional do ateliê (Atelierista)

(Sobre a/o) Docente que acompanha a turma

O comportamento dos quatro alunos no geral é calmo e concentrado ao longo de toda a sessão. Uma aluna ao terminar o respectivo trabalho auxilia uma colega que demonstra dificuldades de execução de um elemento do seu projecto.

O atelierista auxilia os alunos ao longo da sessão em aspectos pontuais como a lambugem para colar peças ou o processo de ocagem dos trabalhos.

-

Descrição das actividades desenvolvidas durante a sessão

- Os alunos entram no ateliê criativo e considerando o atraso observado em relação à hora estipulada para o início da sessão o profissional realça que não será suficiente para criar as peças dos pinguins. - Os alunos referem que a culpa não é deles e reforçam que gostariam mesmo de desenvolver o projecto. - O profissional refere que irão então desenvolver o trabalho mas que terão apenas o tempo restante da sessão. - Deslocando-se para o ateliê do barro os alunos preparam a mesa de trabalho. - O profissional retira da arrumação um pedaço de barro e distribui vários pedaços pelos alunos para que estes iniciem o trabalho. - Com consciência do pouco tempo de sessão os alunos iniciam o trabalho.

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- Desenvolvendo o respectivo trabalho um aluno refere: “Estou a ter um dejavu”, pelo que uma aluna questiona: “O que é isso?”. Explicando aos colegas o aluno refere o que é um dejavu. - Os alunos trabalham nos respectivos projectos enquanto o profissional prepara lambugem para que estes possam colar vários elementos em barro. - O atelierista circula pelos vários trabalhos, auxiliando uma aluna que apresenta algumas dificuldades no desenvolvimento do tronco do pinguim. - De seguida é auxiliada uma segunda aluna que esteve preocupada em desenvolver o máximo de trabalho possível, sabendo que possui pouco tempo. No entanto, o profissional tranquiliza a aluna, pedindo que esta melhore o respectivo trabalho. - A aluna que anteriormente demonstrou algumas dificuldades no tronco do seu pinguim pede de novo ajuda ao atelierista, este auxilia a mesma. Posteriormente é observado que a aluna trabalha de forma autónoma. - O atelierista circula pelos restantes trabalhos, auxiliando duas alunas. - O profissional alerta um aluno para o tempo que resta na sessão e o estado do respectivo projecto. - O comportamento dos alunos no geral é calmo e concentrado ao longo de toda a sessão. - O aluno mais atrasado no desenvolvimento do projecto pede ajuda ao profissional. - O profissional refere que o irá ajudar, no entanto encontra-se a ocar uma peça de uma aluna. - Uma aluna refere: “Estamos a perder muita matéria.”. O profissional responde que no Ateliê do Barro também se realizam aprendizagens. - Um aluno concorda, referindo “A matemática pode mesmo ajudar no barro.”. O atelierista questiona o porquê, ao que o aluno responde “Pode ajudar nas medidas e assim.”. - Após ajudar a aluna, desloca-se junto do aluno que anteriormente teria pedido ajuda para analisar o ponto de situação do trabalho em função do tempo restante da sessão. - De seguida o profissional auxilia uma aluna que conclui a respectiva peça. - Ao observar que o aluno com o trabalho menos desenvolvido, o atelierista desloca-se junto deste para que este conclua o seu trabalho. - Uma aluna que termina a sua peça apresenta algumas dificuldades, pelo que uma aluna com o trabalho concluído auxilia a mesma. Esta atitude é valorizada pelo atelierista. - Apesar de valorizar a postura de entreajuda o atelierista acalma as três alunas que por estarem a trabalhar em simultâneo na mesma peça causam alguma confusão. - Todos os alunos concluem os respectivos trabalhos, após a ocagem e aperfeiçoamento das peças é realizada uma conversa sobre os vários trabalhos.

Observações complementares

Registos Fotográficos

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Anexo 3: As observações do 4.º Ano do CEB

Código da Sessão Data/hora/duração Local Intervenientes

O1-4A O – Observação A – Ano de escolaridade

21/09/2015 16h 1 Hora

Ateliê Criativo Profissional do ateliê; Alunos; e Docente

Materiais/Recursos utilizados

Técnicas desenvolvidas

Articulação das temáticas ateliê/plano curricular

Computador, Quadro Interactivo

Sessão expositiva O tema dos animais articulação com o Estudo do Meio, introduzindo neste caso específico a formiga aos alunos, fomentando também os alunos para a importância de todas as espécies animais para o equilíbrio do planeta terra.

Objectivos gerais das actividades desenvolvidas/Conceitos-chave

Apresentação do novo tema de trabalho no ateliê.

Comportamento da turma ao longo da sessão

(Sobre o) Profissional do ateliê (Atelierista)

(Sobre a/o) Docente que acompanha a turma

Os alunos observam-se calmos ao longo da sessão.

O atelierista desenvolve a sessão de acordo com os temas e recursos a apresentar.

A docente observa a sessão em silêncio.

Descrição das actividades desenvolvidas durante a sessão

- Antes das 16h, breve preparação da organização da sala para a dinamização do ateliê. - Os alunos entram entusiasmados na sala mas em silêncio (o atelierista antes de os alunos entrarem na sala deslocou-se ao corredor e disse aos alunos para entrarem em silêncio na sala para poderem ver as lagartixas existentes no reptilário). - Com os alunos sentados em meia-lua no chão (assim como o atelierista) desenvolve-se uma breve conversa sobre o que foi desenvolvido o ano passado no ateliê e sobre o que será este ano feito. É atribuída uma tarefa à turma: Alimentar os peixes, considerando que todas as semanas será uma criança diferente a realizar a tarefa. - Visualização de um filme para iniciar a sessão, os alunos observam em silêncio. O tema do filme relaciona-se com a sessão uma vez tratar-se de um filme sobre a vida dos insectos. - Justificação da escolha do vídeo juntos dos alunos, uma vez que este articula várias técnicas: Cenários reais e desenhos 3D. Ao mesmo tempo que a história conta os primeiros passos da vida de vários insectos, com a interacção com outras espécies. - Apresentação do tema a trabalhar: As formigas. Com a apresentação de factos relacionados com esta espécie. - Apresentação das diferentes características de diferentes espécies de formigas. Alunos participam e colocam várias questões. - Apresentação de várias referências a artistas. Alunos estão bastante interessados nas diferentes obras. - São feitos bastante paralelos entre exemplos apresentados: Exemplos de artista que coloca formigas gigantes de ferro em edifícios públicos, para alertar para a problemática do tema da migração (Neste ponto o profissional articula o tema dos refugiados). - É proposto aos alunos partilhar em sessões futuras várias pesquisas desenvolvidas pelos próprios. Podendo também pedir ao atelierista pesquisas para levar para casa. - Alunos observam formigas existentes na sala com recurso a lupas. Enquanto alguns observam

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as formigas outros alimentam os peixes, e tentam também encontrar as lagartixas da sala. Nesta fase os alunos estão bastante exaltados e criam alguma confusão. - Existe uma deslocação à rua para observar um formigueiro existente perto do ateliê. Este contexto fomenta também a explicação de várias curiosidades sobre a espécie. - A sessão termina por volta das 17h e os alunos ausentam-se do ateliê com a docente.

Observações complementares

-

Código da Sessão Data/hora/duração Local Intervenientes

O2-4A

28/09/2015 16h 1 Hora

Ateliê Criativo Profissional do ateliê, alunos e docente

Materiais/Recursos utilizados

Técnicas desenvolvidas

Articulação das temáticas ateliê/plano curricular

Computador, Quadro Interactivo, Pasteis de Óleo, Papel, Pincéis, Tinta Guache e Água

Desenho com pastel de óleo e aguada

Estudo do Meio: Animais (Formigas)

Objectivos gerais das actividades desenvolvidas/Conceitos-chave

Desenvolvimento de desenhos de formigas com pastel de óleo.

Comportamento da turma ao longo da sessão

(Sobre o) Profissional do ateliê (Atelierista)

(Sobre a/o) Docente que acompanha a turma

Os alunos demonstram diferentes estratégias de trabalho: Alguns trabalham de forma mais autónoma enquanto outro desenham conversando em simultâneo e trocando cores.

O atelierista observa os alunos e orienta os mesmos quando estes apresentam dúvidas no trabalho em desenvolvimento.

A docente acompanha a sessão e dá feedback sobre os trabalhos observados.

Descrição das actividades desenvolvidas durante a sessão

- Os alunos entram na sala do ateliê e são distribuídos pelas mesas, em pares e em grupos de três elementos. - O profissional do ateliê estabelece um breve diálogo sobre a sessão da semana passada, relembrando as principais ideias apresentadas. Alunos participam e falam de alguns aspectos que recordam da sessão. - É apresentado um filme sobre o animal papa-formigas, ao mesmo tempo que este é visualizado são abordados aspectos sobre o animal. - Passando à realização da tarefa da respectiva sessão o profissional coloca duas imagens de formigas no quadro para os alunos observarem. Apresentando o que será realizado o profissional explica que serão desenvolvidos desenhos em pastel de óleo com posterior aguada. - Após a apresentação da actividade um aluno afirma: “Mas eu não sei desenhar formigas…”, o profissional tranquiliza o aluno e este volta para a mesa de trabalho. - Como é proposto que os alunos desenhem as formigas em cores diferentes do comum é pedido que cada aluno escolha cores para desenvolver o trabalho, não sendo possível escolher nem verde nem amarelo: pois essa será a cor da aguada a pincelar por cima dos desenhos. - Durante o desenvolvimento do trabalho os alunos vão circulando pela sala, falando com os colegas trocando cores e analisando as imagens mais perto do quadro. - Vários alunos pedem a opinião do profissional e da docente, afirmando várias vezes que só

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estes podem observar o trabalho, escondendo os mesmos dos colegas. - Alguns alunos optam por trabalhar de forma mais autónoma e individual, enquanto outros desenham trocando bastantes opiniões e cores. - Antes de passar à última fase do trabalho o profissional explica à turma as várias regras a seguir na assinatura de um trabalho: Utilizar sempre o material com que se desenhou para assinar, assinar em pequeno num canto da folha. - Os alunos criam alguma confusão na segunda fase do trabalho, atrasando a tarefa. - A sala é reorganizada para a tarefa e as mesas são colocadas em fila. Para a aguada os alunos precisam de água, tintas guache e pincéis. Como não é colocado material para todos desenvolverem a tarefa em simultâneo estes são obrigados a aguardar e a esperar para partilhar o material, organizando-se entre si. - Após alguma confusão inicial os alunos conseguem desenvolver os trabalhos pretendidos de forma faseada. - Os trabalhos são colocados a secar e os alunos acabam por sair da sala à medida que terminam.

Observações complementares

-

Código da Sessão Data/hora/duração Local Intervenientes

O3-4A

05/10/2015 16h 1 Hora

Ateliê Criativo Profissional do ateliê e alunos

Materiais/Recursos utilizados

Técnicas desenvolvidas

Articulação das temáticas ateliê/plano curricular

Computador, Quadro Interactivo, Diários Gráficos, Papel

Desenho por observação

Estudo do Meio: Animais (Formigas)

Objectivos gerais das actividades desenvolvidas/Conceitos-chave

Desenvolvimento de desenho por observação após a visualização de um vídeo que apresentou aos alunos várias características do animal em estudo.

Comportamento da turma ao longo da sessão

(Sobre o) Profissional do ateliê (Atelierista)

(Sobre a/o) Docente que acompanha a turma

A generalidade dos alunos desenvolve a proposta de trabalho de modo concentrado apesar de existirem momentos de algum barulho.

O atelierista orienta a sessão, dando aos alunos conselhos para melhorar a técnica de desenho por observação. No fim da sessão o profissional reflecte com os alunos sobre o trabalho desenvolvido.

-

Descrição das actividades desenvolvidas durante a sessão

- Os alunos entram no ateliê à hora estabelecida mas sem a docente a acompanhar. - Antes de iniciar a sessão é apresentado o trabalho que será realizado e é estabelecido um ponto de situação sobre os trabalhos de ilustração desenvolvidos na última semana. - De seguida é visualizado um filme “O incrível mundo das formigas”, ao longo do filme o profissional realiza pausas para questionar os alunos em relação a algumas palavras utilizadas. Uma vez que teria sido já referida a possibilidade de colocar questões sobre palavras, termos ou várias questões que não tivessem sido entendidas pelos alunos. - Após a visualização do filme o profissional coloca questões aos alunos sobre os principais

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aspectos abordados. Como a maioria dos alunos estavam visivelmente distraídos durante o filme as várias questões não foram respondidas. Após apresentar a resposta às questões colocadas, o profissional utiliza o vídeo, colocando excertos de aspectos-chave correspondentes às perguntas colocadas. - De seguida a tarefa proposta aos alunos é a de desenvolver desenhos por observação. Para esta técnica o profissional explica quais os pontos essenciais para o desenho por observação. - Após alguma confusão inicial os alunos iniciam a tarefa, uns desenhando nas mesas e outros no chão. - Durante o desenvolvimento da tarefa o atelierista apresenta novamente aspectos fundamentais para o desenho por observação. Tais como: Desenhar a realidade em vez de fantasiar com elementos de estilo de desenho animado. Respeitar a forma do objecto e desenhar as formas antes de desenhar pormenores. - Antes de sair da sala o profissional reúne com os alunos para falar sobre as principais dificuldades sentidas durante a tarefa, gerais pela turma. - Devido às dificuldades da turma os alunos irão repetir a actividade, com o objectivo de melhorar o desenho e para futuramente poderem evoluir para outras técnicas e materiais.

Observações complementares

- Os alunos foram evoluindo ao longo da sessão, apesar da confusão inicial e de alguma falta de atenção na realização da tarefa. No final da sessão são utilizados desenhos realizados para exemplificar pontos positivos e aspectos a melhorar.

Código da Sessão Data/hora/duração Local Intervenientes

O4-4A

12/10/2015 16h 1 Hora

Ateliê Criativo Profissional do ateliê, alunos e docente

Materiais/Recursos utilizados

Técnicas desenvolvidas

Articulação das temáticas ateliê/plano curricular

Computador, Quadro Interactivo, Diários Gráficos, Papel

Desenho por observação

Estudo do Meio: Animais (Formigas)

Objectivos gerais das actividades desenvolvidas/Conceitos-chave

Continuação do desenvolvimento de desenhos por observação, procurando melhorar os resultados obtidos e reforçar as especificidades necessárias para esta técnica de trabalho.

Comportamento da turma ao longo da sessão

(Sobre o) Profissional do ateliê (Atelierista)

(Sobre a/o) Docente que acompanha a turma

Os alunos continuam a demonstrar dificuldades no desenvolvimento dos desenhos por observação, no entanto, alguns demonstram estar atentos às sugestões de trabalho dadas pelo profissional do ateliê.

O atelierista orienta a sessão e fornece aos alunos várias explicações sobre a técnica do desenho por observação.

A docente observa a sessão sem intervir na mesma, apenas em situações de excesso de barulho ou mau comportamento.

Descrição das actividades desenvolvidas durante a sessão

- A sessão é iniciada apresentando os trabalhos realizados na sessão anterior, demonstrando pontos fortes e pontos a melhorar. O profissional aborda o facto de alguns alunos não terem concluído os desenhos enquanto outros alunos realizam vários trabalhos tendo conseguido evoluir ao longo da tarefa.

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- É apresentado através do microscópio a imagem em computador a asa de uma formiga. - O atelierista refere que serão realizados desenhos por observação. O profissional questiona os alunos em relação à necessidade de apresentar (de novo) as regras para desenhar, os alunos respondem que não. Após a resposta o profissional propõe a uma aluna que explique as respectivas regras. - Após a explicação completada pelo profissional são apresentadas imagens de pinturas de aquarela (explicando aspectos que irão ser úteis na próxima tarefa). - Os alunos iniciam a tarefa enquanto o profissional circula pela sala para auxiliar o desenvolvimento dos desenhos. A sessão é várias vezes interrompida para esclarecer aspectos relacionados com o desenho por observação. - Alguns alunos compreendem a importância de respeitar a proporção começando já a calcular as distâncias da fotografia observada. No entanto, são vários os alunos que desenham sem colocar marcas guia, resultando em trabalhos que espelham a pouca observação realizada. - Fecho da sessão com um ponto de situação dos trabalhos realizados e das próximas sessões.

Observações complementares

-

Código da Sessão Data/hora/duração Local Intervenientes

O5-4A

19/10/2015 16h 1 Hora

Ateliê Criativo Profissional do ateliê e alunos

Materiais/Recursos utilizados

Técnicas desenvolvidas

Articulação das temáticas ateliê/plano curricular

Computador, Quadro Interactivo, Papel, Pastéis de Óleo

Desenho por observação com pastéis de óleo

Estudo do Meio – Animais (Louva-a-Deus)

Objectivos gerais das actividades desenvolvidas/Conceitos-chave

Apresentação de um novo insecto à turma, continuação o treino do desenho. Nesta sessão os desenhos foram realizados com pastel de óleo.

Comportamento da turma ao longo da sessão

(Sobre o) Profissional do ateliê (Atelierista)

(Sobre a/o) Docente que acompanha a turma

Bastante agitada e barulhenta.

O atelierista dinamiza a sessão e tenta controlar os maus comportamentos observados na turma.

-

Descrição das actividades desenvolvidas durante a sessão

- A turma inicia a sessão de modo bastante agitado, não estando acompanhados pela docente. - Um dos alunos é convidado a sair do ateliê por mau comportamento. - É colocada a imagem de um louva-a-deus no quadro interactivo, pedindo aos alunos que analisassem de que animal se trata. Após algum entusiasmo em tentar adivinhar, as principais tentativas são: Um gafanhoto ou um louva-a-deus. Um aluno, que durante a sessão (apesar da sua curta duração por ainda ser o início da mesma) demonstrou repetidos comportamentos desadequados diz: “É uma libelinha!” (chamando a atenção de toda a turma), sem seriedade e após todos os alunos terem já respondido em torno das duas opções descritas em cima. O profissional, por considerar que o aluno apenas teve o objectivo de perturbar a turma (situação recorrente), acaba por interromper a sessão, falando sobre este tipo de comportamentos e necessidade uma postura diferente no ateliê. - De seguida é realizada uma análise do significado da palavra “louvar”.

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- Apresentação das características do insecto, através da apresentação de várias imagens e explicações em simultâneo. - O profissional apresenta a tarefa da sessão: Desenho do insecto louva-a-deus com pastéis de óleo. - Durante o desenvolvimento da tarefa alguns alunos estão concentrados nos desenhos que realizam. Apesar disso, existem bastantes alunos que apresentam um comportamento oposto, demonstrando agitação e mau comportamento. - Conversa no final da sessão sobre o mau comportamento observado neste dia e o impacto desse factor nos trabalhos realizados.

Observações complementares

- O mau comportamento da turma foi observado ao longo de toda a sessão, não sendo observado em toda a turma muitos dos alunos não se esforçaram devido à agitação e conversa.

Código da Sessão Data/hora/duração Local Intervenientes

O6-4A

26/10/2015 16h 1 Hora

Ateliê Criativo Profissional do ateliê, alunos e docente

Materiais/Recursos utilizados

Técnicas desenvolvidas

Articulação das temáticas ateliê/plano curricular

Computador, Quadro Interactivo, Papel, Pastéis de Óleo

Desenho por observação com pastéis de óleo

Estudo do Meio – Animais (Louva-a-deus)

Objectivos gerais das actividades desenvolvidas/Conceitos-chave

Desenvolvimento de desenhos de louva-a-deus por observação com pastel de óleo

Comportamento da turma ao longo da sessão

(Sobre o) Profissional do ateliê (Atelierista)

(Sobre a/o) Docente que acompanha a turma

São observadas melhorias no comportamento dos alunos bem como na concentração ao longo do desenvolvimento da tarefa proposta.

O profissional orienta a sessão de acordo com o objectivo de trabalho proposto.

Importante papel no controlo do comportamento dos alunos ao longo da sessão.

Descrição das actividades desenvolvidas durante a sessão

- Os alunos iniciam a sessão abordando o que foi realizado na sessão anterior, relembrando que foi trabalhado o significado de “louvar”. Abordando características variadas sobre o insecto e a palavra. - A tarefa proposta a realizar será o desenho por observação com recurso aos pastéis de óleo. - Durante o desenvolvimento da tarefa o profissional relembra aspectos essenciais na técnica de desenho por observação e que representam dificuldades sentidas frequentemente pelos alunos. - Os alunos trabalham na tarefa proposta. - Alguns alunos demonstram evoluções nos trabalhos realizados, principalmente em relação à proporção da imagem mostrada. - O profissional afirma que o pastel de óleo preto poderá auxiliar na correcção de eventuais erros cometidos nos desenhos. No entanto uma solução adicional será virar a folha ao contrário e desenhar de novo. - A docente circula pela sala e tem um papel interventivo junto da turma. - Após a conclusão das tarefas os trabalhos são assinados por cada aluno, sendo

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posteriormente realizada uma legenda para a exposição dos mesmos. - No final da sessão é realizado um balanço do trabalho desenvolvido, mas também de possibilidades de trabalho das semanas seguintes.

Observações complementares

- No geral o comportamento da turma está bastante melhor do que o observado na sessão anterior.

Código da Sessão Data/hora/duração Local Intervenientes

O7-4A

02/11/2015 16h 1 Hora

Ateliê Criativo Profissional do ateliê, alunos e docente

Materiais/Recursos utilizados

Técnicas desenvolvidas

Articulação das temáticas ateliê/plano curricular

Materiais Variados e Reutilizáveis

Escultura Estudo do Meio – Animais (Louva-a-Deus)

Objectivos gerais das actividades desenvolvidas/Conceitos-chave

Construção de um louva-a-deus em três dimensões com recurso ao uso de materiais reutilizáveis.

Comportamento da turma ao longo da sessão

(Sobre o) Profissional do ateliê (Atelierista)

(Sobre a/o) Docente que acompanha a turma

A turma demonstrou-se barulhenta ao longo da sessão, considerando o trabalho em grupo e as várias divergências observadas. Foi visível que a capacidade dos alunos ao nível do trabalho em equipa não é uniforme.

O atelierista representou um elemento de apoio aos alunos, em simultâneo teve um papel chave no controlo dos comportamentos desadequados observados e do barulho excessivo que se observou.

A docente optou por circular pelos vários grupos, observando o trabalho dos mesmos. Não participando no desenvolvimento dos projectos deu várias sugestões e auxiliou os alunos quando necessário.

Descrição das actividades desenvolvidas durante a sessão

- Breve conversa sobre a existência de várias espécies de louva-a-deus, através da observação de imagens. - Visualização de imagens de esculturas com insectos e outros animais. - Proposta de tarefa para a sessão: Reprodução de um louva-a-deus com materiais variados e reutilizáveis. - São criados grupos de trabalho e estes deslocam-se para a mesa dos materiais, um grupo de cada vez, de modo a não criar demasiada confusão. - Durante esta fase os alunos ficam entusiasmados e acabam por criar algum barulho com a conversa que é observável nos grupos. A docente acaba por intervir de forma a gerir/controlar o barulho causado pela turma. - Os alunos demonstram-se bastante entusiasmados com a tarefa proposta, no entanto o entusiasmo espelha alguma confusão e bastante barulho. - A turma trabalha em grupo (5 grupos de 3 a 4 elementos), debatendo entre si as técnicas de construção do insecto. A maioria opta pela experimentação dos materiais, enquanto alguns optam por esboçar em papel o que pretendem realizar. - O profissional do ateliê intervém na sessão para acalmar os alunos, apelando para a importância de realizar o respectivo trabalho de modo organizado, dialogando em grupo sobre

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o que os vários elementos realizam, ao invés de circular pelas mesas e pela sala sem necessidade. Considerando também que é segunda vez que a turma realiza uma tarefa desta natureza, tendo realizado a primeira experiência no ano passado. - A docente circula pela sala auxiliando alguns grupos nas tarefas que estão a realizar. À semelhança da professora o atelierista circula também pela sala com o objectivo de fornecer indicações aos alunos. - São visíveis as diferenças entre a comunicação e formas de trabalho nos vários grupos. Alguns tentam criar formas com os objectos escolhidos, explorando várias opções. Outros grupos trabalham de forma menos organizada e acabam por não conseguir definir uma estratégia concreta de trabalho. - No final da sessão cada grupo de trabalho guarda os materiais escolhidos para a tarefa numa caixa com o nome dos diferentes elementos. - Realiza-se uma conversa no final da sessão sobre o trabalho que a turma está a realizar, salientando a importância de um comportamento mais calmo. Importando também que os diferentes elementos do grupo comuniquem.

Observações complementares

-

Código da Sessão Data/hora/duração Local Intervenientes

O8-4A

09/11/2015 16h 1 Hora

Ateliê Criativo Profissional do ateliê, alunos e docente

Materiais/Recursos utilizados

Técnicas desenvolvidas

Articulação das temáticas ateliê/plano curricular

Materiais Variados e Reutilizáveis

Escultura Estudo do Meio – Animais (Louva-a-Deus)

Objectivos gerais das actividades desenvolvidas/Conceitos-chave

Continuação da construção de um louva-a-deus em três dimensões com recurso ao uso de materiais reutilizáveis.

Comportamento da turma ao longo da sessão

(Sobre o) Profissional do ateliê (Atelierista)

(Sobre a/o) Docente que acompanha a turma

A turma encontra-se mais calma quando comparados com a semana anterior. No entanto é possível registar momentos de alguma brincadeira.

O atelierista acompanha os alunos alertando os mesmos para o tempo restante de trabalho e para as variadas possibilidades de resolução de problemas encontrados.

A docente acompanha o desenvolvimento dos trabalhos.

Descrição das actividades desenvolvidas durante a sessão

- Os alunos iniciam a sessão com alguma confusão e sem cumprimentar o profissional ou pedir permissão para entrar. O atelierista aborda esse facto e os alunos cumprimentam o mesmo. - Um aluno não esteve presente na semana passada pelo que é integrado num grupo com 3 elementos apenas. - O profissional refere a importância do entusiasmo dos alunos no desenvolvimento da tarefa, no entanto alerta os alunos para o mau comportamento observado em alguns momentos. - Os alunos iniciam os projectos, aproveitando para observar o louva-a-deus presente na sala. - A docente circula pela sala auxiliando os alunos em algumas tarefas, observando o ponto de situação de cada grupo.

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- O profissional alerta os alunos para a conclusão da tarefa que será na presente sessão. Enquanto isso circula pela sala tirando fotografias. - Os alunos demonstram-se entusiasmados com as tarefas, trabalhando nos vários projectos. - Um grupo está com dificuldades em equilibrar o corpo do louva-a-deus criado. O profissional auxilia os alunos através da colocação de possíveis hipóteses de resolver o problema. Os alunos acabam por conseguir equilibrar o elemento em causa. - Durante o desenvolvimento dos insectos louva-a-deus são vários os alunos que se deslocam para ver o insecto. - O profissional circula pela sala e auxilia alguns alunos. - Durante a sessão alguns alunos criam confusão com a brincadeira com os materiais. - O primeiro grupo termina a tarefa e após mostrar a peça ao profissional do ateliê iniciam a arrumação dos materiais não utilizados. - Um grupo demonstra-se preocupado com o facto de ainda não ter uma cabeça para o louva-a-deus. A docente desloca-se para junto destes alunos para os auxiliar, no entanto o grupo não termina a tarefa. - Apesar de nem todos os grupos terem terminado o trabalho a sessão termina com uma conversa sobre o trabalho. - Reflexão sobre os trabalhos realizados e a importância da tarefa que desenvolveu junto dos grupos a necessidade de resolver problemas de forma criativa e a necessidade de realizar trabalho em equipa para concluir as várias obras.

Observações complementares

-

Código da Sessão Data/hora/duração Local Intervenientes

O9-4A

16/11/2015 16h 1 Hora

Ateliê Criativo Profissional do ateliê, alunos e docente

Materiais/Recursos utilizados

Técnicas desenvolvidas

Articulação das temáticas ateliê/plano curricular

Computador, Quadro Interactivo, Materiais Reutilizáveis

Estudo do Meio: Animais (Louva-a-deus)

Objectivos gerais das actividades desenvolvidas/Conceitos-chave

-

Comportamento da turma ao longo da sessão

(Sobre o) Profissional do ateliê (Atelierista)

(Sobre a/o) Docente que acompanha a turma

Gera-se alguma confusão e barulho no ateliê, considerando a natureza das actividades desenvolvidas que envolveram alguns momentos sem trabalho específico.

O atelierista dinamiza a sessão iniciando a mesma com gravações. Posteriormente é preparada a exposição dos trabalhos realizados pelos alunos.

A docente acompanha a sessão e gere o comportamento dos alunos.

Descrição das actividades desenvolvidas durante a sessão

- A sessão inicia com a filmagem de dois alunos para o filme do ateliê. - Posteriormente o profissional reúne os grupos de trabalho da sessão anterior com o objectivo de organizar o trabalho que será realizado, considerando que alguns alunos ainda não concluíram a representação em 3D do louva-a-deus com materiais reutilizáveis. - Enquanto dois grupos terminam o resto da turma observa o “louva-a-deus pau”, ajudam o

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profissional na arrumação dos materiais e na limpeza da sala. - Durante esta fase os alunos geram alguma confusão, sendo sugerido pelo profissional que estes escolham um livro e se sentem para a sua leitura. - A exposição dos trabalhos já concluídos é preparada com a ajuda dos alunos. Nesta fase o profissional reforça a importância de que os grupos que ainda não o fizeram, que concluam os trabalhos. - À medida que os grupos terminam é realizada a legenda com o nome dos alunos. - Por fim é realizada uma deslocação ao exterior até ao átrio da escola, onde toda a turma ajuda na montagem da exposição com os trabalhos realizados.

Observações complementares

-

Código da Sessão Data/hora/duração Local Intervenientes

O10-4A

23/11/2015 16h20 40 Minutos

Ateliê Criativo Profissional do ateliê, alunos e docente

Materiais/Recursos utilizados

Técnicas desenvolvidas

Articulação das temáticas ateliê/plano curricular

Computador, Quadro Interactivo, Lápis Grafite, Folha A3

Desenho criativo Estudo do Meio: Animais

Objectivos gerais das actividades desenvolvidas/Conceitos-chave

Criação de insectos “não espécie”.

Comportamento da turma ao longo da sessão

(Sobre o) Profissional do ateliê (Atelierista)

(Sobre a/o) Docente que acompanha a turma

Os alunos demonstram-se entusiasmados no desenvolvimento da tarefa proposta.

O profissional dinamiza a sessão e acompanha o desenvolvimento dos desenhos.

A docente acompanha, também, o desenvolvimento dos desenhos dando o seu feedback.

Descrição das actividades desenvolvidas durante a sessão

- Captação de imagens para o filme do ateliê. - Conversa sobre o ponto de situação da presente sessão. Abordagem muito breve sobre o próximo insecto a ser trabalhado: A abelha. - Observação de dois fotógrafos com trabalhos que criam “não espécies”. - Apresentação da tarefa proposta para a sessão: Criação de um insecto “não espécie” com os 4 insectos apresentados no quadro interactivo. - Os alunos iniciam a tarefa criando esboços com lápis grafite. - Durante o desenvolvimento da tarefa os alunos pedem várias vezes o apoio do profissional do ateliê, principalmente quando erram e sentem a necessidade de utilizar a borracha e não ser permitida nos desenhos. - Como a turma se atrasou na chegada ao ateliê a 2ª parte da tarefa não será realizada na presente sessão. - À medida que os alunos terminam a tarefa o profissional sugere que os alunos escolham um livro para ler, enquanto os restantes acabam os desenhos. - Antes da conclusão da sessão o profissional pede aos alunos que escrevam nas folhas de desenho quais os insectos utilizados. - Posteriormente é realizada uma breve conversa sobre a segunda parte do trabalho que será realizado na próxima semana.

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Observações complementares

- Atraso no início da sessão devido a problema ocorrido no intervalo – um aluno deslocou-se ao ateliê para avisar.

Código da Sessão Data/hora/duração Local Intervenientes

O11-4A

30/11/2015 16h 1 Hora

Ateliê Criativo Profissional do ateliê, alunos e docente

Materiais/Recursos utilizados

Técnicas desenvolvidas

Articulação das temáticas ateliê/plano curricular

Lápis de cor Pintura com lápis de cor

Estudo do Meio: Animais

Objectivos gerais das actividades desenvolvidas/Conceitos-chave

Pintura dos desenhos a lápis de cor dos desenhos realizados anteriormente.

Comportamento da turma ao longo da sessão

(Sobre o) Profissional do ateliê (Atelierista)

(Sobre a/o) Docente que acompanha a turma

Observa-se alguma falta de concentração em grande parte da turma no desenvolvimento da tarefa proposta, realizando inicialmente os trabalhos de forma apressada.

O profissional auxilia os alunos, observando o trabalho destes e realizando no fim da sessão uma reflexão sobre o trabalho desenvolvido.

A docente acompanha os alunos no desenvolvimento dos trabalhos. Reforça também a importância de se saber lidar com os erros, considerando uma situação em questão.

Descrição das actividades desenvolvidas durante a sessão

- Os alunos entram no ateliê de modo barulhento, deslocando-se para junto dos trabalhos já concluídos na sessão anterior. Um aluno por demonstra repetidamente mau comportamento, ainda no início da sessão é expulso temporariamente do ateliê. - Passado algum tempo a docente chega ao ateliê o aluno expulso volta a entrar e inicia-se a sessão. - O profissional inicia a apresentação do material que será utilizado na sessão para colorir os trabalhos já desenhados: O lápis de cor. - Ao longo da apresentação do material já conhecido pelos alunos o profissional expõe alguns exemplos retirados na internet. - O atelierista realça a importância de pintar com o lápis de cor de lado, não utilizando o bico do mesmo. - Os alunos iniciam a tarefa, como inicialmente um aluno apresenta várias dificuldades a colorir o desenho o profissional decide interromper a tarefa para demonstrar como se deve realizar a técnica de pintura com lápis de cor. - O aluno em causa, que motivou a interrupção mas não seria o único com um trabalho menos bem conseguido, demonstra dificuldades em lidar com a crítica feita pelo profissional e também pela docente. Nesta fase a professora participa na sessão, dizendo ao aluno que as críticas são importantes no processo de aprendizagem e na melhoria do trabalho de cada um. Abordando vários pontos fundamentais para a compreensão da importância de perceber as críticas recebidas. - De seguida o profissional exemplifica várias possibilidades de melhoria e de colorir com lápis de cor. - Depois da explicação através da demonstração os alunos deslocam-se para as mesas de

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trabalho. Durante o desenvolvimento da tarefa tanto a docente como o profissional circulam pelas mesas com o objectivo de auxiliar os alunos. - No geral os alunos demonstram alguma pressa na conclusão da pintura dos trabalhos, o que espelha posteriormente os resultados obtidos e a fraca qualidade dos trabalhos. - Um aluno termina e por indicações do profissional este desloca-se para a zona dos livros para a leitura de uma obra. Apesar de ter a oportunidade de escolher um livro para ler o aluno prefere circular pela sala, perturbando alguns colegas. A docente é obrigada a intervir para controlar esse comportamento e acalmar o aluno. - No restante período da sessão os alunos vão mostrando os trabalhos ao profissional e este circula pela sala para ajudar os mesmos. - O profissional afirma que não permitirá a leitura de mais nenhum livro a quem termine a tarefa, uma vez que muitos alunos estão a trabalhar à pressa para escolher um livro. - Quando faltam cerca de 5 minutos para a conclusão da sessão o profissional junta os alunos para explicar técnica a possível de utilizar com lápis de cor, de modo a dar volume aos trabalhos. - Por fim é realizada uma breve conversa sobre os trabalhos realizados e sobre as possibilidades de trabalho no futuro de melhoria da técnica utilizada. Realçando que este é um material frequentemente utilizado mas que é complicado na sua execução e exige concentração.

Observações complementares

-

Código da Sessão Data/hora/duração Local Intervenientes

O12-4A

14/12/2015 16h 1 Hora

Ateliê Criativo Profissional do ateliê, alunos e docente

Materiais/Recursos utilizados

Técnicas desenvolvidas

Articulação das temáticas ateliê/plano curricular

Computador, Quadro Interactivo e Artefactos relacionados com a apicultura

Sessão Expositiva Estudo do Meio: Animais (Abelhas)

Objectivos gerais das actividades desenvolvidas/Conceitos-chave

Apresentação do novo tema de trabalho: As abelhas e a produção de mel.

Comportamento da turma ao longo da sessão

(Sobre o) Profissional do ateliê (Atelierista)

(Sobre a/o) Docente que acompanha a turma

Os alunos são elementos fundamentais na dinamização da sessão, considerando o debate e apresentação de pesquisas realizadas.

O profissional dinamiza a sessão e organiza a participação dos alunos.

A docente observa a sessão e intervém em momentos relacionados com a exposição de conhecimentos sobre as abelhas.

Descrição das actividades desenvolvidas durante a sessão

- A sessão é iniciada com os alunos um pouco agitados, por esse motivo a docente afirma que na presente sessão será o atelierista a registar o comportamento dos alunos. - De seguida a professora afirma que as pesquisas pedidas foram organizadas em grupos, no entanto pouco alunos executaram a tarefa. Nesta fase a docente repreende a turma, uma vez que apenas quatro alunos realizaram o trabalho pedido. - Uma aluna lê a sua pesquisa sobre os produtos que é possível produzir através das abelhas. Após a leitura o profissional debate um pouco sobre a informação apresentada pela aluna com

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a turma. - Seguidamente o profissional auxilia uma aluna a ler, seguindo-se a leitura de um aluno, concluindo-se a leitura das pesquisas com uma aluna a apresenta o trabalho realizado sobre como se organizam as abelhas. - É iniciado um debate sobre a importância das abelhas para o funcionamento do ecossistema. Questionando-se os alunos sobre o porquê da sua importância no nosso planeta. Uma vez que os alunos não conseguem explicar esta importância é desenvolvida uma explicação prolongada por parte do profissional e também com a participação da docente. - Concluído o tema anterior é debatido o modo de reprodução das abelhas. - Posteriormente é abordado o tema da apicultura, aproveitando para abordar uma questão proposta para a pesquisa: a vacina das abelhas. Esta explicação foi apresentada por uma aluna, neta de um apicultor e que facultou os vários materiais existentes na sala. - De seguida são apresentados os vários objectos existentes no ateliê sobre a produção de mel, com a apresentação no quadro interactivo de algumas imagens relacionadas. Nesta fase a docente intervém e explica o antes e depois das colmeias. - Continuação da explicação da função dos vários objectos existentes no ateliê. Todos os objectos são explicados e mostrados aos alunos, caracterizando uma explicação prolongada. Em algumas fases estas explicações foram complementadas tanto pela aluna que tem o avô apicultor, como por uma aluna que pesquisou sobre o tema, bem como pela própria docente. - Por fim é realizado um ponto de situação sobre o trabalho desenvolvido e as sessões que se seguem. Antes da conclusão da sessão é apresentado um artista que trabalha a fotografia com pessoas e mel.

Observações complementares

-

Código da Sessão Data/hora/duração Local Intervenientes

O13-4A

18/01/2016 16h 1 Hora

Ateliê Criativo Profissional do ateliê, alunos e docente

Materiais/Recursos utilizados

Técnicas desenvolvidas

Articulação das temáticas ateliê/plano curricular

Papel, tinta, tesoura e lã Sessão experimental Estudo do Meio: Animais (Abelhas)

Objectivos gerais das actividades desenvolvidas/Conceitos-chave

Desenvolvimento de um projecto sobre as abelhas e a produção de mel com recurso aos materiais disponibilizados.

Comportamento da turma ao longo da sessão

(Sobre o) Profissional do ateliê (Atelierista)

(Sobre a/o) Docente que acompanha a turma

Os alunos demonstram dificuldades em executar a tarefa de experimentação sem receios de cometer erros. Existem também grupos de alunos com dificuldades de organização de estratégias de trabalho.

O profissional estimula os alunos para a tarefa proposta, reforçando o carácter experimental do trabalho.

Papel muito positivo da docente que estimulou os alunos e compreendeu a necessidade de não os conduzir durante a sessão.

Descrição das actividades desenvolvidas durante a sessão

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- Os alunos chegam à sala e ficam entusiasmados com a organização da mesma, diferente do habitual. - O profissional apresenta os materiais que irão ter disponíveis na presente sessão: papel, tinta, lã e tesouras. Considerando que devem experimentar e utilizar os materiais disponíveis para criar um projecto experimental sobre o tema das abelhas e a produção de mel. - Um aluno questiona: “Não faltam pincéis?” O profissional responde que não. - São referidas de novo as regras para o trabalho e os alunos continuam sem grande avanços ou discussões. - Existindo a necessidade de dividir a turma em dois grupos é pedido que a turma faça essa divisão. No entanto os alunos demonstram dificuldades e acaba por ser o profissional a dividir a turma em dois grupos de trabalho. - Após a divisão da turma os alunos demonstram dificuldades em avançar no trabalho para a fase de experimentação. Alguns discutem questões associadas à organização do trabalho e outros discutem em relação à estratégia escolhida para realizar o trabalho. - Os profissionais circulam pelas mesas e observa-se que no geral os alunos optam por utilizar os dedos para pintar. Alguns alunos dos grupos não trabalham por se considerar que apenas um pode pintar. O profissional reforça que há vários materiais em cima das mesas e que as folhas são grandes, todos devem experimentar. - Algum tempo antes da hora de conclusão da sessão o profissional interrompe os alunos para que estes vão lavar as mãos e a sala ser limpa. - Conversa sobre o balanço da sessão, começando por questionar os alunos sobre a actividade, se gostaram ou não e porquê. Todos os alunos afirmam terem gostado da tarefa “por terem aprendido a utilizar tinta de forma diferente” e “por terem tido a possibilidade de descobrir coisas novas”. - Em relação às opiniões menos positivas estas foram relacionadas com as dinâmicas vividas no grupo de trabalho. - Relativamente ao trabalho da próxima semana, o profissional atribui aos alunos a tarefa de reflectir sobre temas e materiais que gostassem de trabalhar no ateliê. Assumindo que apesar do tema do ateliê ser este ano os animais, os alunos têm a liberdade de propor um novo tema para trabalhar.

Observações complementares

-

Código da Sessão Data/hora/duração Local Intervenientes

O14-4A

15/02/2016 16h 1 Hora

Ateliê Criativo Profissional do ateliê, alunos e docente

Materiais/Recursos utilizados

Técnicas desenvolvidas

Articulação das temáticas ateliê/plano curricular

Papel A4, papel cenário, lápis 2B e marcador preto

Sessão de reflexão -

Objectivos gerais das actividades desenvolvidas/Conceitos-chave

Sessão de reflexão e debate de possíveis temas de trabalho.

Comportamento da turma ao longo da sessão

(Sobre o) Profissional do ateliê (Atelierista)

(Sobre a/o) Docente que acompanha a turma

Os alunos desenvolvem a tarefa de forma entusiasmada mas colocando várias dúvidas

O profissional apresenta a proposta de trabalho, dando aos alunos feedback e

A docente acompanha a sessão dando feedback aos alunos e auxiliando em

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ao profissional e à docente. reforçando os elementos que os alunos devem considerar para apresentar propostas de trabalho.

questões ortográficas.

Descrição das actividades desenvolvidas durante a sessão

- Os alunos entram na sala e deslocam-se para as mesas de trabalho. - O profissional distribui pela turma folhas A4 brancas. - Posteriormente o profissional apresenta o tema da sessão: reflectir e desenvolver qual o tema e projectos que cada aluno pretende desenvolver. - Concluída a explicação os alunos iniciam a tarefa, conversando entre si de forma entusiasmada. - O barulho aumenta um pouco nesta fase, pelo que a docente intervém no sentido de acalmar os alunos. - São vários os alunos que colocam várias dúvidas, tanto ao profissional do ateliê como à docente. - Uma aluna questiona a docente sobre a possibilidade de se deslocar à casa de banho, esta refere que a aluna deve questionar o profissional do ateliê. - No geral todos os alunos continuam o desenvolvimento dos trabalhos. - Uma aluna desloca-se junto da docente, pedindo para que esta lhe desenhe um elemento do trabalho. A docente responde que não e que a aluna deve trabalhar de forma autónoma no seu projecto. - São vários os alunos que se deslocam junto do atelierista e da docente, pedindo feedback e retirando dúvidas. Nesta fase o profissional do ateliê realiza uma paragem na sessão para reforçar a explicação sobre quais os elementos que devem estar presentes no trabalho: Qual o tema, o que querem descobrir e o que pretendem fazer com a respectiva temática. - Concluída a explicação do atelierista duas alunas deslocam-se junto da docente que assinala alguns erros ortográficos nos seus trabalhos. - Ao longo da sessão os alunos deslocam-se junto do atelierista variadas vezes, este refere algumas questões sobre os respectivos trabalhos, como melhorias possíveis ou pontos a acrescentar. - Considerando que a generalidade da turma terminou a tarefa o profissional reúne os alunos no chão em torno do quadro interactivo. Inicia-se a apresentação dos trabalhos que os vários alunos desenvolveram ao longo da sessão. - O profissional aponta os temas num papel de cenário colado na porta do ateliê. Também a docente apresenta a sua proposta de trabalho. - Conclusão da sessão com alguns trabalhos que serão apresentados na próxima semana.

Observações complementares

-

Código da Sessão Data/hora/duração Local Intervenientes

O15-4A

22/02/2016 16h 1 Hora

Ateliê Criativo Profissional do ateliê, alunos e docente

Materiais/Recursos utilizados

Técnicas desenvolvidas

Articulação das temáticas ateliê/plano curricular

Diários Gráficos, papel cenário, lápis 2B e marcador preto

Desenho por memória

-

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Objectivos gerais das actividades desenvolvidas/Conceitos-chave

Sessão de reflexão e debate de possíveis temas de trabalho.

Comportamento da turma ao longo da sessão

(Sobre o) Profissional do ateliê (Atelierista)

(Sobre a/o) Docente que acompanha a turma

A turma apresenta-se um pouco agitada no início da sessão, no entanto a participação destes é positiva.

O profissional dinamiza a sessão e organiza, com os alunos, o trabalho a desenvolver futuramente considerando as propostas dos alunos.

A docente acompanha a sessão e intervém em fases onde se observa o mau comportamento de alguns alunos.

Descrição das actividades desenvolvidas durante a sessão

- Os alunos entram no ateliê e sentam-se em torno do quadro interactivo no chão, mostrando estar um pouco agitados. - O profissional inicia a sessão retomando o ponto da semana passada: apresentação das ideias/temas. Durante esta fase o profissional apresenta várias possibilidades de trabalho, utilizando exemplos de técnicas e materiais nunca explorados. Utiliza trabalhos em linóleo para exemplificar esta possibilidade. - Os alunos apresentam vários temas. Nesta fase há algum barulho, impedindo que seja possível ouvir uma aluna que participa. A docente intervém e desloca-se para junto dos alunos. É possível observar que o comportamento da turma se acalma nesta fase e após a intervenção da docente. - Algumas propostas são possíveis de articular com visitas a museus, nesse sentido desenvolve-se uma conversa sobre a possibilidade de realizar deslocações, reflectindo sobre a necessidade de preparação prévia que tais actividades envolvem. - O profissional avança na sessão após concluídas as apresentações, referindo um exemplo de uma turma que está a desenvolver uma actividade específica. O exemplo em questão tem que ver com um grupo de alunos de uma turma de 3º ano que pesquisou de forma autónoma e futuramente irá apresentar o respectivo tema aos restantes colegas no ateliê. - Não existindo consenso sobre o tema a trabalhar na próxima semana o profissional escolhe aleatoriamente um mesmo tema para a turma. É escolhido o cavalo. Desta forma o profissional pede ao aluno que propôs o tema que questione o seu pai sobre a possibilidade de este se deslocar ao ateliê para uma breve explicação sobre o animal, considerando que este tem um negócio na área. - De seguida é referida a importância de estabelecer quais os alunos que irão desenvolver pesquisas. Nesta fase poucos alunos se demonstram entusiasmados. O profissional chama os alunos à atenção para a importâncias das pesquisas serem realizadas por alunos, tentando fomentar a participação dos mesmos, conseguindo alguns voluntários. Além dos voluntários o profissional conversa com o aluno que escolheu o cavalo, referindo que este e os colegas interessados no tema devem também pesquisar, por terem sido livres na escolha do tema. - Concluída a fase de organização da próxima sessão o profissional coloca uma tarefa final aos alunos: desenho por observação ou por memória de um cavalo. - Os alunos deslocam-se para as mesas de trabalho e desenvolvem a proposta do atelierista. - Durante a tarefa a docente e o profissional do ateliê conversam sobre as principais dificuldades dos alunos, relacionadas com a experimentação e a capacidade de desenvolver ideias e projectos além da sua zona de conforto, demonstrando muito o medo de errar. - A sessão é concluída e os alunos saem do ateliê.

Observações complementares

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Código da Sessão Data/hora/duração Local Intervenientes

O16-4A

29/02/2016 16h10 50 Minutos

Ateliê Criativo Profissional do ateliê, alunos, docente e convidado

Materiais/Recursos utilizados

Técnicas desenvolvidas

Articulação das temáticas ateliê/plano curricular

Videoprojector e computador

Sessão expositiva Estudo do Meio: Animais (Cavalo)

Objectivos gerais das actividades desenvolvidas/Conceitos-chave

Apresentação do tema escolhido: Os cavalos.

Comportamento da turma ao longo da sessão

(Sobre o) Profissional do ateliê (Atelierista)

(Sobre a/o) Docente que acompanha a turma

No início da sessão os alunos observaram-se pouco participativos perante o convidado, realidade que se dissipou posteriormente.

O profissional demonstra-se interessado na sessão e coloca o convidado à vontade para o desenvolvimento da sessão.

A docente demonstra-se bastante interessada na sessão, colocando questões ao convidado.

Descrição das actividades desenvolvidas durante a sessão

- Os alunos iniciam a sessão de forma um pouco agitada, deslocando-se para as mesas de trabalho, conversando entre si. O profissional aproveita um livro trazido por um aluno para um momento menos formal questionando os alunos com aspectos que estão presentes no respectivo livro. Este momento desenvolve-se enquanto se aguarda pela docente e pelo convidado. - A docente entra então na sessão acompanhada pelo convidado. - Iniciando a sessão o convidado estimula os alunos, pedindo para que estes coloquem questões sobre o cavalo. - Um aluno questiona sobre quais as raças de cavalos existentes, o convidado responde abordando as várias raças e as respectivas funções. - Posteriormente aborda-se qual a esperança média de vida de um cavalo. - De seguida é explicado o processo e materiais necessários para montar um cavalo. - A docente intervém questionando o convidado sobre a não existência de cavalos brancos, nascendo sempre pretos. Explicando-se também em que idade se identifica a pelagem destes animais. - Uma aluna questiona o convidado sobre quanto tempo um cavalo aguenta em pé. É explicado que estes estão 24h por dia em pé. Deitando-se em situações concretas e em liberdade. - Uma aluna questiona o convidado sobre quais os “cavalos maus”. O convidado afirma que não existem cavalos maus, quem os faz maus eventualmente são os donos, sendo tudo uma questão de treino. Uma curiosidade apresentada surpreende a turma: as éguas não são tão treináveis como os cavalos. - Um aluno questiona o convidado sobre a utilidade das ferraduras, este explica esta questão ilustrando todo o processo, com recurso a algumas imagens. - Um aluno questiona se os cavalos têm sentidos mais apurados que os humanos, este responde que estes animais sentem muitas coisas que nós não sentimos e essa questão é fundamental quando se monta um cavalo. - Conversa sobre mordeduras de cavalo e de burro, sendo dadas algumas dicas e conselhos. - Uma aluna questiona sobre como se inicia a equitação. Conversa sobre o tema com

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acréscimo de conversa sobre a terapia com cavalos. - Uma aluna questiona o preço de um cavalo, o convidado apresenta o preço mínimo e o preço máximo já praticado em Portugal. - Um aluno questiona sobre qual o pior inimigo desta espécie, é respondido que o maior inimigo do cavalo é o ser humano. - O atelierista questiona o convidado sobre a alimentação do cavalo. É referido pelo convido que estes comem ração e os seus comem também sêmea, não devendo nunca ser dada comida à boca. - Uma aluna questiona sobre se os cavalos devem ou não estar na rua e se sentem frio. O convidado responde à aluna questionando posteriormente a turma para saber que os alunos sabem o que é um pónei. - Os alunos afirmam que um pónei é um cavalo pequeno, o convidado refere que não, considerando que a origem dos póneis vem de um cruzamento de espécies. Conversa final sobre esta espécie. - Conclusão da sessão por falta de tempo restante.

Observações complementares

-

Código da Sessão Data/hora/duração Local Intervenientes

O17-4A

07/03/2016 16h 1 Hora

Ateliê Criativo Profissional do ateliê, alunos e docente

Materiais/Recursos utilizados

Técnicas desenvolvidas

Articulação das temáticas ateliê/plano curricular

Quadro interactivo, computador, diários gráficos e lápis grafite

Desenvolvimento de projectos

Estudo do Meio: Animais (Cavalo)

Objectivos gerais das actividades desenvolvidas/Conceitos-chave

Desenvolvimento de projectos para posterior modelação em barro sobre o tema: Cavalos.

Comportamento da turma ao longo da sessão

(Sobre o) Profissional do ateliê (Atelierista)

(Sobre a/o) Docente que acompanha a turma

Os alunos desenvolveram projectos para posterior modelação em barro, são identificadas várias dificuldades no desenho dos cavalos. Uma aluna apresenta um trabalho desenvolvido sobre o cavalo lusitano.

O profissional orienta a sessão e auxilia os alunos com dificuldades em desenhar cavalos, dando dicas para que estes melhorem a respectiva técnica.

A docente intervém no comportamento dos alunos, no desenvolvimento da sessão com a colocação de questões e dá feedback aos alunos sobre os trabalhos desenvolvidos.

Descrição das actividades desenvolvidas durante a sessão

- Os alunos entram na sessão, a docente entra em simultâneo, colocando os alunos nas mesas de trabalho, de acordo com as suas indicações. - Conversa inicial sobre possíveis futuros trabalhos a realizar sobre o cavalo. O profissional questiona os alunos sobre quais os suportes que estes pretendem utilizar. - Um aluno refere que gostaria de trabalhar em barro. - A restante turma afirma que também pretende trabalhar em barro. - Considerando a opinião dos alunos o profissional aborda as várias possibilidades a

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desenvolver: Não sendo necessário realizar apenas cavalos, os alunos podem desenvolver vários elementos relacionados com este animal e a equitação, por exemplo. - O profissional realça também que os alunos têm de se empenhar no projecto que é realizado antes da moldagem, considerando que é complexa a tarefa de moldagem de um cavalo. - O profissional questiona uma aluna que não estava presente na sala sobre qual o trabalho que pretende desenvolver sobre a temática. A aluna refere que gostaria de trabalhar com materiais reutilizáveis e criar uma escultura. O atelierista afirma que existe também essa possibilidade, apesar da restante turma pretender barro, esta poderá trabalhar de forma autónoma no ateliê criativo com os materiais que pretende. - De seguida a mesma aluna, que realizou pesquisas em casa sobre o tema do cavalo por iniciativa própria, uma vez que não esteve presente na sessão anterior. - O atelierista propõe que a aluna apresente as respectivas informações à turma. - A aluna realiza uma apresentação vasta sobre as características do cavalo lusitano, abordando aspectos sobre o seu aspectos físico, mas também as características principais que fazem deste cavalo um excelente animal para ser treinado. - Durante a apresentação dos trabalhos a aluna refere uma palavra desconhecida pela própria docente e a turma. No entanto a dúvida é esclarecida pela docente, uma vez que a aluna apenas dizia adestramento de forma incorrecta. Contudo a turma não sabia o significado, que é desmistificado pela professora. A docente participa novamente realçando a importância de procurar o significado das palavras que são desconhecidas, aproveitando também para questionar as características da respectiva palavra em termos gramaticais. - Concluída a apresentação da pesquisa os alunos iniciam o desenvolvimento de projectos e esboços que futuramente pretendem moldar em barro e com materiais reutilizáveis. - Nesta fase a turma fica um pouco agitada, acalmando-se após a intervenção da docente. - O atelierista coloca no quadro interactivo várias imagens de cavalos para que os alunos possam ter referências visuais. - Os alunos desenvolvem os respectivos esboços, deslocando-se pelo ateliê para pedir feedback à docente e ao atelierista. - Após alguns minutos de desenho o profissional interrompe a sessão para ajudar os alunos com várias indicações sobre como iniciar o desenho do cavalo por elementos. - Após as várias indicações os alunos voltam ao desenvolvimento de esboços, enquanto o profissional circula pela sala auxiliando a turma. - Ao deslocar-se junto de um aluno, exemplificando o desenho de um cavalo este aborda o atelerista dizendo: “O João é poeta, desenha bueda coisas!”. - O profissional reforça novamente a dificuldade presente na representação da anatomia do cavalo, dando algumas dicas aos alunos. - Na fase de conclusão da sessão o profissional refere que na próxima semana a actividade continuará a ser o desenho do cavalo, considerando as dificuldades sentidas. - Os alunos saem do ateliê.

Observações complementares

-

Código da Sessão Data/hora/duração Local Intervenientes

O18-4A

04/04/2016 16h 1 Hora

Ateliê Criativo Profissional do ateliê, alunos e docente

Materiais/Recursos utilizados

Técnicas desenvolvidas

Articulação das temáticas ateliê/plano curricular

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Quadro Interactivo, diários gráficos, lápis de graffite e lápis de cor

Desenvolvimento de projectos

Estudo do Meio: Animais (Cavalo)

Objectivos gerais das actividades desenvolvidas/Conceitos-chave

Continuação do desenvolvimento de projectos para posterior modelação em barro sobre o tema: Cavalos.

Comportamento da turma ao longo da sessão

(Sobre o) Profissional do ateliê (Atelierista)

(Sobre a/o) Docente que acompanha a turma

Na generalidade toda a turma apresenta dificuldades no desenho dos respectivos projectos. Alguns alunos afirmam de forma repetida não conseguir realizar o trabalho.

O profissional além de dar feedback aos alunos dá dicas para que os alunos possam evoluir nos respectivos desenhos.

A docente dá aos alunos feedback ao longo da sessão, reforçando as capacidades dos mesmos e motivando-os para que estes se esforcem.

Descrição das actividades desenvolvidas durante a sessão

- Realização de um ponto de situação da sessão anterior, relembrando o trabalho desenvolvido. Alguns alunos afirmam ter realizado desenhos por observação. - O profissional questiona qual a utilidade do trabalho realizado e uma aluna refere que a actividade foi “construtiva para conhecer melhor o corpo do cavalo”. - De seguida o atelierista pede aos alunos para observar os desenhos realizados na sessão anterior. O mesmo circula pelas mesas observando os desenhos. - A docente observa a sessão junto a uma das mesas dos alunos. - Analisando os trabalhos o profissional faz um ponto de situação dos vários projectos. Alguns alunos optam por desenhar cavalos de corpo inteiro, enquanto outros desenham apenas bustos ou mesmo objectos relacionados com o tema. - O atelierista interrompe a sessão para alguns esclarecimentos, considerando que no caso da generalidades dos alunos preferirem utilizar barro no desenvolvimento do projecto final o desenho do cavalo dificulta o trabalho e o processo de modelação. - Nesta reflexão o profissional reforça novamente que desenvolver um trabalho no ateliê de barro pode envolver a criação de projectos de azulejaria. É pedido a uma aluna que se desloque ao átrio da escola para ir buscar um azulejo com relevo, para apresentação à turma. - De seguida o profissional pede aos alunos que estes considerem as várias indicações e sugestões abordadas para melhorar aspectos nos projectos realizados. - Nesta fase o profissional desloca-se para junto do computador, pesquisando imagens de cavalos, gerando-se bastante barulho e alguma confusão na sala. - Concluída a pesquisa das várias imagens para auxiliar os alunos o profissional chama a turma à atenção para o comportamento desadequado registado. Após acalmar a turma o atelierista apresenta o azulejo com relevo que poderá ser uma possibilidade de trabalho. - O profissional chama novamente a turma à atenção para o barulho, apelando para que se concentrem no trabalho em desenvolvimento para que o projecto final seja realizado de forma adequada. - É abordado o trabalho da próxima semana onde estarão apenas 4 alunos presentes no ateliê a trabalhar no barro. - Os alunos desenvolvem os respectivos trabalhos, enquanto o profissional circula pela sala fotografando projectos e dando feedback aos alunos. - Uma aluna questiona o atelierista sobre a possibilidade de realizar o projecto em grupo utilizando materiais reutilizáveis. O atelierista refere que sim. - A docente ausenta-se da sala.

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- Algum tempo após a sua saída o profissional questiona a sua ausência, referindo não ser habitual que esta se ausente sem avisar. - A docente regressa e o atelierista aborda a mesma referindo que os alunos estão a registar melhorias ao repetir os desenhos realizados na sessão anterior. Nesta fase vários alunos apresentam os respectivos resultados ao atelierista e à docente. - Posteriormente o profissional circula pelas mesas observando os trabalhos e auxiliando os alunos no desenvolvimento dos desenhos. Gera-se alguma confusão na turma, com vários alunos a afirmar não conseguir desenhar, deslocando-se junto da docente referindo não conseguir desenhar cavalos. A docente não concorda com os alunos, referindo que não existe “não consigo”, pedindo para que os alunos se esforcem e não desistam às primeiras tentativas. - A sessão é concluída dado o avançar da hora e os alunos saem do ateliê num clima de confusão.

Observações complementares

-

Código da Sessão Data/hora/duração Local Intervenientes

O19-4A

11/04/2016 16h20 40 Minutos

Ateliê Criativo Profissional do ateliê e alunos (3 alunos)

Materiais/Recursos utilizados

Técnicas desenvolvidas

Articulação das temáticas ateliê/plano curricular

Diários gráficos, lápis 2B, computador e videoprojector

Desenvolvimento de projectos

Estudo do Meio: Animais (Cavalo)

Objectivos gerais das actividades desenvolvidas/Conceitos-chave

Continuação do desenvolvimento de projectos para posterior modelação em barro sobre o tema: Cavalos.

Comportamento da turma ao longo da sessão

(Sobre o) Profissional do ateliê (Atelierista)

(Sobre a/o) Docente que acompanha a turma

Os alunos trabalham no geral de forma calma e concentrada. Excepto uma aluna, que demonstra dificuldades e falta de concentração.

O atelierista apresenta recursos aos alunos para que estes possam melhorar os trabalhos e dá também feedback sobre os mesmos.

-

Descrição das actividades desenvolvidas durante a sessão

- Um aluno entra no ateliê trazendo um recado da professora que questiona quais os alunos que devem vir ao ateliê. - O atelirista afirma que deverão vir três alunos e que já deveriam estar presentes considerando a hora e o trabalho que iria ser desenvolvido no ateliê do barro. - Minutos depois os alunos chegam ao ateliê, no entanto o profissional questiona o porquê de estes não trazerem consigo o diário gráfico com o respectivo projecto. - Os alunos voltam à sala de aula e regressam com o material necessário. - O profissional reflecte com os alunos sobre o tempo restante da sessão, considerando que trabalhar em barro exige algum tempo e a sessão só terá metade do tempo estabelecido. - Nesse sentido é decidido que a presente sessão será utilizada para melhorar os projectos desenvolvidos anteriormente. - Antes de iniciarem a melhoria dos respectivos desenhos o profissional observa os desenhos

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dos vários alunos, analisando as possíveis melhorias e adaptações que estes devem realizar, considerando a natureza do projecto final, modelação em barro. - De seguida o profissional coloca algumas imagens no quadro interactivo com cavalos e bustos deste animal, com o objectivo de auxiliar o desenvolvimento dos desenhos. - Uma aluna demonstra algumas dificuldades no desenvolvimento do seu desenho, considerando este ser um comportamento já observado na sessão anterior. O ateliesrista intervém referindo que a aluna deve desenhar, treinando para melhorar, considerando que deve desenhar com o diário gráfico pousado na mesa e sem medo ou vergonha que o seu desenho seja visto. - Os alunos assumem dificuldades no desenvolvimento dos desenhos, o profissional confirma que é uma tarefa complicada. - O atelierista auxilia os vários alunos, dando dicas para que estes melhorem os desenhos. Procurando imagens de novo, para que os alunos observem a anatomia do cavalo, reforçando que a repetição deste exercício irá ser útil na próxima fase do trabalho. - Os alunos apresentam ao atelierista os desenhos desenvolvidos, este aperfeiçoa alguns aspectos e trabalha vários pormenores com cada aluno. - Posteriormente a sessão é concluída e os alunos saem do ateliê.

Observações complementares

-

Código da Sessão Data/hora/duração Local Intervenientes

O21-4A

18/04/2016 16h 1 Hora

Ateliê do Barro Profissional do ateliê e alunos (4 Alunos)

Materiais/Recursos utilizados

Técnicas desenvolvidas

Articulação das temáticas ateliê/plano curricular

Barro branco, tecos e pincéis

Modelação cerâmica Estudo do Meio: Animais (Cavalo)

Objectivos gerais das actividades desenvolvidas/Conceitos-chave

Desenvolvimento, em barro, dos projectos realizados sobre o tema “Cavalos”.

Comportamento da turma ao longo da sessão

(Sobre o) Profissional do ateliê (Atelierista)

(Sobre a/o) Docente que acompanha a turma

Todos os alunos trabalham empenhados no desenvolvimento das respectivas peças. Excepto uma aluna que por não realizar o trabalho suposto regressa para a sala de aula.

O atelierista desempenha um papel fundamental no acompanhamento do desenvolvimento dos trabalhos.

-

Descrição das actividades desenvolvidas durante a sessão

- É iniciada a sessão no ateliê do barro, com uma aluna a referir não ter esboço para o trabalho em barro. Neste sentido o profissional sugere que a aluna realize o projecto para o trabalho em barro. Nesse sentido o profissional sugere que a aluna realize o projecto no momento. - Posteriormente o profissional inicia a distribuição de barro para que os alunos iniciem o trabalho. - Distribuindo pelos alunos o barro o profissional exemplifica o processo inicial para modelar o busto do cavalo.

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- Os três alunos desenvolvem o trabalho, enquanto a aluna que realizava o projecto não desenhou qualquer esboço. Por esse motivo o profissional pede que esta regresse para a sala e volte noutra sessão quando tiver desenhado um projecto. - Os alunos trabalham de forma calma, sendo auxiliados pelo profissional na moldagem inicial dos bustos. - Uma aluna necessita de barro, pelo que o atelierista oca um pouco a peça da própria para que a aluna utilize este barro em excesso. - O profissional alerta um aluno para a necessidade de molhar as mãos para humedecer o barro. - Um aluno desenvolve alguns pormenores da respectiva peça, nesse sentido o atelirista alerta o aluno para a necessidade de realizar primeiro a forma do cavalo e só depois os detalhes. - Após algumas tentativas o mesmo aluno refere: “Não consigo!”. - Um colega responde: “É mais fácil dizer que não sabes do que fazer.” - O profissional desloca-se junto do aluno com dificuldades auxiliando o mesmo, dando dicas sobre a peça. - Um aluno conclui a peça, pelo que o profissional oca a peça do mesmo. - Uma aluna oca a sua própria peça por possuir mais experiência com trabalhos em barro. - Na fase de conclusão das peças, ao secar, o profissional coloca jornal para que o barro não se deforme. - Os restantes dois alunos que ainda não colocaram as peças a secar concluem os trabalhos. - Todas as peças são concluídas, limpando-se posteriormente os materiais utilizados. Por fim os alunos saem do ateliê.

Observações complementares

-

Código da Sessão Data/hora/duração Local Intervenientes

O22-4A

02/05/2016 16h10 50 Minutos

Ateliê do Barro Profissional do ateliê e alunos (5 alunos)

Materiais/Recursos utilizados

Técnicas desenvolvidas

Articulação das temáticas ateliê/plano curricular

Barro branco, tecos e pincéis

Modelação cerâmica Estudo do Meio: Animais (Cavalo)

Objectivos gerais das actividades desenvolvidas/Conceitos-chave

Desenvolvimento, em barro, dos projectos realizados sobre o tema “Cavalos”.

Comportamento da turma ao longo da sessão

(Sobre o) Profissional do ateliê (Atelierista)

(Sobre a/o) Docente que acompanha a turma

Observa-se alguma agitação no início da sessão, considerando que os alunos trabalham de forma mais concentrada após uma chamada de atenção do atelierista.

O atelierista apoia o trabalho dos alunos ao longo dos vários processos e inicialmente alerta a turma para a importância de comportamentos calmos para a realização das peças.

-

Descrição das actividades desenvolvidas durante a sessão

- Uma aluna desloca-se à sala para saber como ocorrer a sessão, o profissional refere que devem vir quatro alunos à sessão para trabalhar no barro. Devendo vir o mais rápido possível

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considerando o tempo de sessão. - Por volta das 16h10 chegam quatro alunos que aguardam pelo início da sessão, considerando que o atelierista conversa com uma profissional do GED. - Enquanto aguardam pelo profissional os alunos circulam pela sala, observando os vários objectos existentes e conversando entre si. - Por volta das 16h20 é realizada a deslocação para o ateliê do barro. - O profissional corta o barro e distribui pelos alunos pedaços para que os alunos iniciem a tarefa. - Dirigindo-se a um dos alunos, o profissional pede que este vá à sala de aula da turma pedir à docente se um colega poderá estar também presente na sessão para concluir a peça de barro já iniciada. - Os dois alunos entram no ateliê do barro e todos desenvolvem os respectivos projectos, observando-se alguma confusão e barulho. - O atelierista oca a peça do aluno que chegou em último ao ateliê, considerando o estado avançado da sua peça. - São vários os alunos que brincam com o barro, ao invés de trabalhar o mesmo de acordo com o projecto. Nesse sentido o profissional alerta os alunos para a necessidade de trabalharem de forma concentrada e com objectivos. - Observa-se alguma agitação entre os alunos, nesse sentido o profissional interrompe a sessão por forma a acalmar os mesmos. - Já num registo mais calmo os alunos desenvolvem os trabalhos. O profissional circula pelo trabalho dos vários alunos, auxiliando alguns deles. - Uma aluna, que possuiu ao longo da sessão um registo pouco concentrado não apresenta a sua peça num estado avançado de desenvolvimento, considerando a fase avançada da sessão. - O profissional auxilia o aluno com a peça já iniciada anteriormente, aperfeiçoando o busto concluído. - Todos os alunos desenvolvem os trabalhos, considerando que todos pedem a ajuda do atelierista em vários pormenores. - Nesse sentido o profissional inicia uma nova ronda pelos vários trabalhos, auxiliando os alunos. - O atelierista auxilia os alunos em processos pontuais, tais como a ocagem ou colagem de elementos das peças que não ficaram bem colados. - A aluna que se encontra mais atrasada tem um registo de pouca motivação, assumindo que possui falta de capacidades para o trabalho. O profissional ouvindo o discurso conversa com a aluna sobre a postura em causa, que tem sido registada ao longo da sessão. - Posteriormente o profissional circula pelos alunos que vão concluindo os trabalhos e limpando os materiais utilizados. - O tempo de sessão chega ao fim, no entanto, o profissional apressa-se para ajudar os restantes alunos a concluir o trabalho. - Todos os alunos auxiliam o profissional na limpeza dos vários materiais, considerando o avançar do tempo de sessão. - Todos os alunos saem da sessão após a limpeza dos materiais.

Observações complementares

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Anexo 4: As observações do 6.º Ano do CEB

Código da Sessão Data/hora/duração Local Intervenientes

O1-6A O – Observação A – Ano de escolaridade

30/09/201 9h15 45 Minutos

Ateliê Criativo Profissional do ateliê, alunos e docente

Materiais/Recursos utilizados

Técnicas desenvolvidas

Articulação das temáticas ateliê/plano curricular

Computador, Quadro Interactivo

Sessão expositiva Ciências Naturais – Alimentação Saudável

Objectivos gerais das actividades desenvolvidas/Conceitos-chave

Apresentação de uma temática sugerida pela docente: A alimentação saudável.

Comportamento da turma ao longo da sessão

(Sobre o) Profissional do ateliê (Atelierista)

(Sobre a/o) Docente que acompanha a turma

Turma calma e atenta ao longo da sessão.

O atelierista dinamiza a sessão apresentando ideias-chave e fomentado a participação dos alunos.

A docente acompanha a sessão e participa na mesma.

Descrição das actividades desenvolvidas durante a sessão

- Os alunos entram no ateliê entusiasmados e apesar de alguma confusão inicial acabam por se sentar em redor do quadro interactivo. - É apresentado o novo tema que será desenvolvido, sobre a alimentação saudável e a origem dos alimentos. O profissional fala da possibilidade de facultar os recursos utilizados na sessão por pen ou mail. - O profissional conversa sobre a origem dos alimentos, abordando a riqueza de contexto envolvente no qual a escola está situada: Um meio rural. Afirmando que é fundamental que os alunos desenvolvam interesse e curiosidade sobre a temática, uma vez que o meio onde se encontra fomenta esses mesmos conhecimentos sobre a origem dos alimentos. - É abordada na sessão a importância de educar o paladar em relação aos vegetais e a vários alimentos importantes na alimentação. - A professora participa na sessão explicando o papel de vários alimentos na alimentação saudável, bem como quais as melhores dicas para educar o paladar e aprender a gostar de alimentos benéficos para a saúde. - É explicado o impacto do uso de produtos químicos nas plantações e a importância de utilizar produtos/meios naturais para proteger as plantações ou combater pragas. - Um aluno afirma: ”O meu avô diz que uma maçã com minhoca é doce.”. - São criados paralelos entre os objectos utilizados no dia-a-dia e alguns dos elementos presentes na natureza. - Visualização de imagens de legumes em contexto de plantação com explicações sobre as funções das plantas das quais nascem e variadas características. - Observação de referências artísticas sobre a alimentação. - Papel da alimentação e das refeições nas diferentes culturas do mundo, criando paralelos com a realidade portuguesa. - Conclusão da sessão com uma conversa sobre projectos futuros a realizar no ateliê.

Observações complementares

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Código da Sessão Data/hora/duração Local Intervenientes

O2-6A

30/09/2015 11h 1 Hora

Ateliê Criativo Profissional do ateliê, alunos e docente

Materiais/Recursos utilizados

Técnicas desenvolvidas

Articulação das temáticas ateliê/plano curricular

Computador, Quadro Interactivo, Papel, Lápis

Escrita Criativa Português: Escrita criativa

Objectivos gerais das actividades desenvolvidas/Conceitos-chave

Início da criação de uma história de escrita criativa relacionada com a temática dos animais.

Comportamento da turma ao longo da sessão

(Sobre o) Profissional do ateliê (Atelierista)

(Sobre a/o) Docente que acompanha a turma

Observa-se alguma agitação no desenvolvimento da tarefa proposta pelo profissional.

O atelierista apresenta a proposta de trabalho e orienta os alunos.

A docente observa os alunos e acompanha os mesmos em relação a algumas dúvidas relacionadas com a construção de histórias.

Descrição das actividades desenvolvidas durante a sessão

- Apresentação da nova tarefa a realizar na sessão: Que articulará a temática dos animais com a escrita criativa. - Distribuição da turma em grupos para o desenvolvimento de uma história sobre os animais do ateliê: duas lagartixas, dois peixes e um caracol. - Após alguma movimentação inicial os alunos acabam por se organizar em torno das mesas para debater vários aspectos sobre o trabalho a realizar. - Enquanto os alunos trabalham em grupo o profissional aborda a turma no sentido de apelar para a importância de identificar características-chave dos animais. - Durante o desenvolvimento dos trabalhos o profissional coloca música ambiente. - Alunos organizam os trabalhos de formas bastante distintas: Escrita tradicional, Esquemas e Desenhos. Vão trabalhando de modo igualmente divergente entre eles. - Sessão termina com um ponto de situação sobre o trabalho a desenvolver na próxima sessão.

Observações complementares

-

Código da Sessão Data/hora/duração Local Intervenientes

O3-6A

07/10/2015 9h30 45 Minutos

Ateliê Criativo Profissional do ateliê, alunos e docente

Materiais/Recursos utilizados

Técnicas desenvolvidas

Articulação das temáticas ateliê/plano curricular

Computador, Quadro Interactivo

Sessão Expositiva Ciências Naturais: Alimentação Saudável

Objectivos gerais das actividades desenvolvidas/Conceitos-chave

Continuação do desenvolvimento da temática relacionada com a alimentação saudável.

Comportamento da turma ao (Sobre o) Profissional do (Sobre a/o) Docente que

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longo da sessão ateliê (Atelierista) acompanha a turma

Turma interessada ao longo da sessão.

O atelierista dinamiza a sessão apresentando ideias-chave e fomentado a participação dos alunos. No final da sessão o atelierista propõe possíveis trabalhos criativos a desenvolver sobre a temática.

A docente acompanha a sessão e participa na mesma.

Descrição das actividades desenvolvidas durante a sessão

- Início da sessão abordando a temática das plantas espontâneas comestíveis. Apresentação do exemplo das beldroegas e da capuchinha (flor comestível). - Comparação sobre os alimentos ricos em cálcio do senso comum (como o leite) e os alimentos em cálcio não tão conhecidos como possuidores dessa característica, como é o caso do brócolo. - Conversa sobre a importância dos vegetais na alimentação. - Sobre as ortigas: Quais as suas possíveis utilizações. - Conclusão da sessão falando sobre os possíveis trabalhos a realizar em sessões futuras ou na escola, articulando o ateliê com a cantina e cozinhando uma refeição diferente. Ou a criação de um espaço com algumas das plantas abordadas.

Observações complementares

-

Código da Sessão Data/hora/duração Local Intervenientes

O4-6A

07/10/2015 10h30 80 Minutos

Ateliê Criativo Profissional do ateliê, alunos e docente

Materiais/Recursos utilizados

Técnicas desenvolvidas

Articulação das temáticas ateliê/plano curricular

Computador, Quadro Interactivo, Diários Gráficos, Papel

Escrita Criativa Português: Escrita Criativa/ Ilustração de histórias

Objectivos gerais das actividades desenvolvidas/Conceitos-chave

Continuação do desenvolvimento das histórias em desenvolvimento e apresentação das mesmas.

Comportamento da turma ao longo da sessão

(Sobre o) Profissional do ateliê (Atelierista)

(Sobre a/o) Docente que acompanha a turma

Os alunos trabalham na conclusão das diversas histórias, sendo observável as diferentes organizações de cada grupo de trabalho.

O atelierista acompanha o desenvolvimento dos trabalhos, fotocopiando os mesmos.

A docente acompanha também os alunos no decorrer da sessão.

Descrição das actividades desenvolvidas durante a sessão

- A sessão inicia-se com o contar de uma das histórias elaboradas na sessão anterior. Após a leitura da história e abordados os pontos a melhorar todos continuam a desenvolver os trabalhos. O grupo com a tarefa concluída realizará melhorias de acordo com o indicado. - Durante a apresentação de aspectos a melhorar, a docente de português, alerta para a importância de caracterizar as personagens da história de modo físico mas também

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psicológico. - Os alunos trabalham em grupos (4 grupos de 5 e 3 elementos). Os métodos de trabalho são divergentes nos vários grupos, alguns optam por trabalhar no chão e outros nas mesas. Alguns optam por ter todo o grupo a desenvolver a mesma tarefa e outros dividem o grupo e enquanto uns escrevem outros desenham personagens. - Durante o desenvolvimento da tarefa um grupo tem dúvidas em relação à grafia correcta de uma palavra e utilizam o computador para pesquisar. - Posteriormente os alunos pesquisam no computador imagens de peixes. - Após a conclusão da tarefa os alunos circulam pelo ateliê e observam vários livros, objectos e o microscópio. - A docente auxilia um grupo enquanto o profissional fotocopia os trabalhos. - É realizada a leitura dos trabalhos concluídos durante a sessão. Apensas um grupo não consegue concluir a tarefa, mas realizam também a leitura do trabalho feito. - Apresentação de exemplos de ilustrações pertinentes para a realização da tarefa das próximas sessões, considerando exemplos de anos anteriores. - Apresentação de 3 trabalhos realizados no ateliê no âmbito das equipas educativas sobre as histórias criativas.

Observações complementares

-

Código da Sessão Data/hora/duração Local Intervenientes

O5-6A

14/10/2015 10h30 80 Minutos

Ateliê Criativo Profissional do ateliê, alunos e docente

Materiais/Recursos utilizados

Técnicas desenvolvidas

Articulação das temáticas ateliê/plano curricular

Computador, Quadro Interactivo, Papel, Lápis, Recortes, Tecidos

Desenvolvimento de projectos criativos

Português: Ilustração de histórias criativas

Objectivos gerais das actividades desenvolvidas/Conceitos-chave

Início do desenvolvimento dos projectos criativos criados através do trabalho realizado em escrita criativa.

Comportamento da turma ao longo da sessão

(Sobre o) Profissional do ateliê (Atelierista)

(Sobre a/o) Docente que acompanha a turma

São observadas diferentes dinâmicas nos grupos de trabalho.

O atelierista orienta a sessão apoiando o trabalho que os diferentes grupos de trabalho realizam.

A docente acompanha a turma, dando apoio nas questões relacionadas com o português.

Descrição das actividades desenvolvidas durante a sessão

- Os alunos entram na sala e distribuem-se de acordo com os grupos. - São apresentados os dois trabalhos mais avançados (que foram desenvolvidos no dia anterior nas equipas educativas). São os alunos (um de cada grupo) que apresentam os trabalhos desenvolvidos à turma. - De seguida é realizada uma conversa com os alunos sobre as próximas sessões, uma vez que será fundamental que turma venha em grupos ao ateliê. Considerando as especificidades de cada projecto. - De seguida todos os alunos começam a trabalhar em grupo adoptando diferentes estratégias: Alguns utilizam a pesquisa de imagens no computador; Outros optam por desenhar; Outros

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escrevem; e um outro grupo reúne com a docente. - Todos os grupos avançam a bom ritmo, apenas um dos grupos ainda não tem qualquer projecto para ilustrar a história criada. - Um dos grupos (grupo de 6 rapazes que irá desenvolver a história com figuras de barro) desenvolve estudos de cor e desenhos para posteriormente desenvolver o projecto no ateliê de barro. - Outro grupo (grupo de 3 raparigas e 2 rapazes irão desenvolver uma instalação) finaliza o projecto criando uma personagem com restos de papel, um peixe, que é depois aplicado na estrutura já existente. - Outro grupo (grupo de 3 raparigas que irá criar um livro de ilustração) escolhe em revistas imagens para recortes. - Outro grupo (grupo de 3 raparigas e 2 rapazes que irá criar azulejaria) recebe junto do profissional um conjunto de informações sobre as técnicas que irão ser desenvolvidas. - Conclusão com um ponto de situação sobre a sessão e sobre os próximos passos no desenvolvimento dos trabalhos: Deslocações em grupo ao ateliê.

Observações complementares

-

Código da Sessão Data/hora/duração Local Intervenientes

O6-6A

21/10/2015 10h45 75 Minutos

Ateliê Criativo e Vila de Óbidos

Profissional do ateliê e alunos (8 alunos)

Materiais/Recursos utilizados

Técnicas desenvolvidas

Articulação das temáticas ateliê/plano curricular

Canetas, embalagens vazias de mortalhas marca águia, fita-cola

Criação de Instalação Português – Instalação com palavras de língua portuguesa

Objectivos gerais das actividades desenvolvidas/Conceitos-chave

Criação de uma instalação na vila de Óbidos aproveitando o decorrer do Folio – Festival Literário Internacional.

Comportamento da turma ao longo da sessão

(Sobre o) Profissional do ateliê (Atelierista)

(Sobre a/o) Docente que acompanha a turma

Os oito alunos presentes na sessão desenvolveram a actividade e a deslocação ao exterior de forma calma e num registo de bom comportamento.

O profissional orientou a actividade e os alunos no desenvolvimento da mesma.

-

Descrição das actividades desenvolvidas durante a sessão

- Antes da deslocação ao exterior é explicado aos alunos quais os objectivos da actividade: criar uma instalação através da colocação de embalagens de mortalhas, marca águia, com várias palavras nas ruas da vila. Considerando que está a acontecer o Fólio – Feira Internacional da Literatura. - O profissional pede aos alunos que também estes escrevam uma palavra nas embalagens. Uma vez que a caixa possui várias palavras escritas por alunos do ano anterior. - A deslocação do complexo escolar até à Vila de Óbidos é realizada a pé e corre bem. Durante o caminho os alunos cruzam-se com outra turma de alunos mais novos, também eles a caminho da vila.

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- À chegada o profissional faz uma para relembrar algumas regras: Não responder às pessoas que questionem a actividade e não criam confusão durante as colagens. Uma vez que é importante despertar a curiosidade de quem observa os alunos. - Na vila os alunos colocam as embalagens, dividindo-se entre si de modo organizado e calmo. - Após a conclusão da instalação é aproveitado o restante tempo para visitar uma exposição de ilustração. - De seguida é realizada a deslocação para a escola, considerando que não podem haver atrasos uma vez que os alunos irão realizar teste de matemática de seguida.

Observações complementares

-

Código da Sessão Data/hora/duração Local Intervenientes

O7-6A

28/10/2015 10h20 (hora prevista) 11h40 (hora de chegada dos alunos) 15 Minutos

Ateliê do Barro Profissional do ateliê e alunos (4 alunos)

Materiais/Recursos utilizados

Técnicas desenvolvidas

Articulação das temáticas ateliê/plano curricular

Tecos, barro, água e pincel Modelação cerâmica Português: Ilustração de histórias criativas

Objectivos gerais das actividades desenvolvidas/Conceitos-chave

Sessão muito breve de colagem de dois elementos em barro.

Comportamento da turma ao longo da sessão

(Sobre o) Profissional do ateliê (Atelierista)

(Sobre a/o) Docente que acompanha a turma

Os alunos desenvolvem uma pequena tarefa no ateliê do barro.

Considerando a dificuldade da tarefa que os alunos desenvolvem o atelierista auxilia o seu desenvolvimento.

-

Descrição das actividades desenvolvidas durante a sessão

- Inicialmente a informação que o profissional consegue recolher é de que não haverá ateliê porque a turma se encontra a fazer teste da respectiva disciplina. No entanto, a docente não se lembrou de avisar o atelierista. - No final do teste alguns alunos (correspondente ao grupo de trabalho que integra 6 rapazes) deslocam-se até ao ateliê no sentido de avançar no trabalho iniciado nas equipas educativas. A tarefa é muito breve e consiste em colar uma peça no elemento base da peça geral em barro. - Durante o desenvolvimento do trabalho são distribuídas tarefas entre os elementos do grupo presentes (apenas 4). - Apesar de breve a tarefa de colagem é complexa e a intervenção do profissional é forte neste processo. - Concluída a tarefa os alunos ajudam na limpeza de alguns objectos utilizados e saem da sala.

Observações complementares

-

Código da Sessão Data/hora/duração Local Intervenientes

O8-6A 04/11/2015 Ateliê Criativo e Profissional do

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10h30 80 Minutos

Ateliê do Barro ateliê e alunos (4 alunos)

Materiais/Recursos utilizados

Técnicas desenvolvidas

Articulação das temáticas ateliê/plano curricular

Computador, Papel, Lápis Grafite, Lápis de Carvão, Papel Vegetal, Azulejos

Ilustração e azulejaria Português: Ilustração de histórias criativas

Objectivos gerais das actividades desenvolvidas/Conceitos-chave

Desenvolvimento de um projecto de azulejaria.

Comportamento da turma ao longo da sessão

(Sobre o) Profissional do ateliê (Atelierista)

(Sobre a/o) Docente que acompanha a turma

Os alunos demonstram vários comportamentos desadequados ao longo da sessão, contudo o projecto em desenvolvimento avança.

Além de apresentar a técnica de azulejaria aos alunos o profissional do ateliê é fundamental no controlo do comportamento desadequado do grupo.

-

Descrição das actividades desenvolvidas durante a sessão

- A docente da turma não teria chegado, no entanto uma animadora da escola encaminha um grupo da turma para o ateliê e informa o atelierista sobre a ausência da professora. Apesar disso o grupo de trabalho encaminhado não é o correcto e realiza-se uma troca de alunos. - Dois alunos de uma outra turma entram no ateliê, sendo encaminhados pela docente, pensando ser o momento de equipas educativas. O profissional desloca-se até à sala e esclarece a situação. - Os alunos da turma de 6.ºAno, entram no ateliê ainda sem o profissional, de forma desorganizada, barulhenta e sem cumprimentar ou pedir permissão para entrar. - O profissional chega e pede que os alunos mostrem os esboços já realizados em relação às ilustrações. Em conjunto com os alunos o profissional debate sobre os esboços existentes. O profissional sugere que os alunos melhorem os desenhos, com esta sugestão os alunos mostram algumas expressões de descontentamento. - Entretanto os alunos deslocam-se para os lugares com o objectivo de melhorar os desenhos já realizados. No entanto, uma das alunas, como ainda não realizou nenhum desenho está um pouco perdida em relação ao que desenhar. O profissional dá uma ajuda com várias sugestões. - Enquanto os alunos realizam os desenhos o profissional desloca-se até ao ateliê do barro para preparar os materiais. - Assim que o profissional se ausenta os alunos alteram bastante o comportamento e conversam entre si, parando de trabalhar. - O profissional regressa ao ateliê criativo e é proposta a realização do trabalho de azulejaria com o estilo clássico (do século XVIII). Durante a apresentação desta ideia os alunos estão um pouco agitados, obrigando o profissional a parar para alertar os mesmos para a necessidade de um comportamento mais calmo, de silêncio e de trabalho em equipa para que se consiga avançar no projecto. - Após a conclusão da explicação alguns alunos melhoram e terminam os desenhos. De seguida os alunos passam os respectivos desenhos para papel vegetal. Posteriormente, utilizando a mesa de luz, os alunos passam lápis de carvão na parte de trás da folha de papel vegetal. - Consoante os alunos vão terminando estes deslocam-se para a sala ao lado: o ateliê de barro. - No ateliê do barro o profissional explica aos grupos a técnica de passagem dos desenhos para os respectivos azulejos.

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- Enquanto alguns alunos executam a tarefa os restantes têm brincadeiras entre si, obrigando a uma nova intervenção do profissional. - Após a colocação dos desenhos em azulejo acaba por existir um painel 3x3 com 9 azulejos correspondentes aos 5 alunos. - Os trabalhos não são pintados na sessão em questão por falta de tempo. - É realizada uma deslocação para o ateliê criativo, para a arrumação e limpeza da sala. Durante este processo 2 alunos correm pela sala obrigando à intervenção do profissional. - De seguida os alunos saem do ateliê.

Observações complementares

-

Código da Sessão Data/hora/duração Local Intervenientes

O9-6A

11/11/2015 10h30 80 Minutos

Ateliê do Barro Profissional do ateliê e alunos (4 alunos)

Materiais/Recursos utilizados

Técnicas desenvolvidas

Articulação das temáticas ateliê/plano curricular

Azulejos, tinta e pincéis Azulejaria Português: Ilustração de histórias criativas

Objectivos gerais das actividades desenvolvidas/Conceitos-chave

Continuação do desenvolvimento de um projecto de azulejaria.

Comportamento da turma ao longo da sessão

(Sobre o) Profissional do ateliê (Atelierista)

(Sobre a/o) Docente que acompanha a turma

Os alunos demonstram alguma agitação, no entanto observam-se melhorias do comportamento em relação ao mesmo grupo na semana anterior.

O profissional continua o trabalho de apresentação da técnica de azulejaria clássica, auxiliando os alunos no desenvolvimento dos trabalhos.

-

Descrição das actividades desenvolvidas durante a sessão

- Os alunos entram no ateliê a correr e sem qualquer pedido para entrar e sem cumprimentar quem se encontrava na sala. O profissional repreende o grupo pelo comportamento desadequado. - Os alunos deslocam-se para o ateliê de barro, continuando com alguma conversa. O profissional pede aos alunos que se sentem e coloquem os azulejos nas mesas de trabalho. Depois sentados os alunos demonstram estar mais calmos e concentrados. - O profissional inicia a explicação da técnica de azulejaria clássica, exemplificando a técnica utilizando um outro azulejo. São explicados os vários aspectos essenciais para o trabalho. - Os alunos trabalham um de cada vez no desenvolvimento dos azulejos. Uma aluna apresenta algumas dificuldades e o profissional auxilia a tarefa com algumas dicas. - Enquanto a primeira aluna vai terminando, uma segunda aluna inicia a pintura do seu desenho. Esta aluna apresenta também dificuldades e alguns colegas ajudam a mesma, considerando que o profissional ainda se encontrava a ajudar a primeira aluna que iniciou a tarefa. - Os alunos vão iniciando a pintura dos azulejos de forma faseada, no geral todos sentem dificuldades no controlo da quantidade de água e tinta que os pincéis transportam. Mas também na diferença entre os vários contornos, as aguadas e na direcção da luz que fica

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representada nas pinturas de azulejaria clássica (que vem de cima e da esquerda). - Uma aluna termina a tarefa e o profissional questiona o grupo sobre a hipótese de serem escritas palavras nos azulejos, relacionadas com a história, exemplificando com o nome de uma personagem. - À medida que os alunos vão terminando o profissional auxilia no aperfeiçoamento dos azulejos. Pedindo a atenção dos alunos nesta fase, uma vez que estes se encontravam a conversar e a não tomar atenção. - A sessão termina, no entanto, os alunos têm de aguardar para concluir os desenhos, No final da sessão o profissional pede a uma aluna que limpe os pincéis utilizados. - Alguns alunos dizem em tom de brincadeira: “Posso ficar aqui? Não quero ir para matemática.”. - O profissional ajudar o último aluno no desenvolvimento da pintura do seu desenho. - Os alunos que não estavam a trabalhar acabam por sair da sala por estarem a perturbar o trabalho na sua fase de conclusão. Ficando apenas um aluno a trabalhar no ateliê.

Observações complementares

-

Código da Sessão Data/hora/duração Local Intervenientes

O10-6A

18/11/2015 10h30 80 Minutos

Ateliê Criativo Profissional do ateliê e alunos (4 Alunas)

Materiais/Recursos utilizados

Técnicas desenvolvidas

Articulação das temáticas ateliê/plano curricular

Computador, Quadro Interactivo, Recortes, Lápis de Cor e Cola

Ilustração com técnica mista

Português: Ilustração de histórias criativas

Objectivos gerais das actividades desenvolvidas/Conceitos-chave

Desenvolvimento de um trabalho de ilustração sobre o trabalho de escrita criativo utilizando técnica mista.

Comportamento da turma ao longo da sessão

(Sobre o) Profissional do ateliê (Atelierista)

(Sobre a/o) Docente que acompanha a turma

As alunas trabalham de forma organizada e concentrada, preocupadas com a conclusão do respectivo trabalho.

O atelierista faz um balanço do trabalho realizado pelas alunas e posteriormente sai do ateliê regressando apenas no fim da sessão.

-

Descrição das actividades desenvolvidas durante a sessão

- As alunas entram no ateliê afirmando ter reflectido sobre o projecto que estão a fazer, preferindo realizar o trabalho utilizando barro. O profissional explica que nesta fase do trabalho isso já não será possível uma vez que todos os outros trabalhos estão bastante adiantados e alguns concluídos. - De seguida o profissional e as alunas conversam sobre os esboços e o ponto de situação do trabalho, apresentando ao profissional os vários desenhos das ilustrações. - O profissional do ateliê alerta as alunas para que estas avancem no trabalho, considerando que são as últimas para a turma expor os trabalhos. - As alunas deslocam-se para a mesa de trabalho com o objectivo de desenvolver o projecto. Antes de iniciar o trabalho o grupo discute sobre alguns elementos a acrescentar e a divisão de tarefas.

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- O grupo trabalha em silêncio e de modo organizado: Uma aluna escreve a história, outa aluna realiza recortes enquanto outra pinta a capa da ilustração. - Um profissional animador na escola entra na sala e conversa com as alunas sobre o trabalho que estão a desenvolver. - As alunas desenvolvem o trabalho, conversando entre si de modo breve sobre assuntos que se relacionam o projecto. - Uma aluna afirma necessitar de uma revista com comida saudável para a lagartixa da história. Encontra um folheto com frutas e legumes e começa a recortar. - O grupo demonstra entre ajuda, mesmo realizando tarefas distintas. Uma aluna questiona outra se esta pode segurar o pincel que a mesma estava a utilizar para que esta consiga tirar mais tinta do recipiente. - Enquanto trabalham as alunas conversam um pouco sobre a disciplina de língua portuguesa e sobre uma tarefa realizada em casa. A conversa não se alonga e o trabalho continua em silêncio. - A aluna que se encontrava a transcrever a história realiza também recortes após concluir a transcrição. - Uma aluna pergunta se alguém quer trocar de tarefa com ela, uma das alunas troca e o trabalho continua a ser desenvolvido. - A aluna que se encontrava a realizar recortes questiona após terminar: “O que é que eu faço agora?”. Uma aluna sugere que esta procure nas revistas um elemento que necessita de ser recortado e está em falta. - Uma aluna que está a trabalhar nas páginas da história suja uma folha com tinta, em conjunto o grupo encontra uma solução para a solucionar o problema. - A aluna que procuraria recortes em falta circula pela sala observando as lagartixas. Uma aluna que se encontrava a pintar a capa do livro de ilustração questiona a mesma sobre a possibilidade de esta a ajudar na limpeza dos materiais de pintura utilizados. Saem as duas do ateliê para realizar a tarefa. - De seguida as alunas continuam o trabalho mas já com alguma preocupação em relação ao tempo que falta para concluir a sessão. - No final da sessão as duas alunas terminam o trabalho enquanto outra organiza a sala limpando o lixo feito. - Considerando que o trabalho não está concluído o grupo aproveita o intervalo para trabalhar. De seguida saem do ateliê.

Observações complementares

-

Código da Sessão Data/hora/duração Local Intervenientes

O11-6A

25/11/2015 10h20 90 Minutos

Ateliê Criativo Profissional do ateliê, alunos e docente

Materiais/Recursos utilizados

Técnicas desenvolvidas

Articulação das temáticas ateliê/plano curricular

Trabalhos realizados pela turma e cartolina preta

- Português: Ilustração de histórias criativas

Objectivos gerais das actividades desenvolvidas/Conceitos-chave

Avaliação dos projectos desenvolvidos em grupo, balanço de futuros temas e materiais para a turma trabalhar futuramente. Conclusão da sessão com a exposição dos trabalhos realizados no átrio da escola.

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Comportamento da turma ao longo da sessão

(Sobre o) Profissional do ateliê (Atelierista)

(Sobre a/o) Docente que acompanha a turma

Os alunos abordaram os trabalhos realizados realizados para uma avaliação geral dos mesmos. Votação entre os alunos sobre os materiais a utilizar no próximo tema a desenvolver no ateliê.

O profissional conduz a sessão, orientando a turma numa fase de escolha de temas de trabalho no ateliê.

A docente acompanha toda a sessão, apresentando um tema de trabalho possível e auxiliando os alunos que concluem trabalhos.

Descrição das actividades desenvolvidas durante a sessão

- Os alunos iniciam a sessão colocando-se em torno das mesas que têm já os trabalhos realizados. - O profissional afirma que a presente sessão será destinada à avaliação dos trabalhos concluídos. Enquanto o profissional conduz a avaliação dos trabalhos realizados um grupo conclui o trabalho (colagens para um livro de ilustração com técnica mista). - São abordados os vários trabalhos realizados, relembrando as diferentes obras realizadas: Instalação, Barro (Faiança), Azulejaria, e ilustração. Relembrando com os alunos as principais características de cada obra. - Durante a avaliação são vários os alunos que participam, abordando os trabalhos realizados. - Após a conclusão da avaliação realizada o profissional reúne os alunos para conversar sobre as várias possibilidades de trabalho futuro a explorar. - Uma aluna sugere trabalhar algo relacionado com o natal. A professora participa e considera que o tema proposto é limitador em termos de continuidade após as férias. - Uma outra aluna sugere que se trabalhem as estações do ano, enquanto um aluno lança a ideia de fazer coisas para vender. O profissional afirma que o aluno pode sempre vender as coisas realizadas no ateliê, uma vez que são suas. - O atelierista sugere também uma ideia de trabalho: trabalhar em torno de um livro trazido pela docente para o ateliê sobre a história da lebre e da tartaruga. Explorando a ilustração de variadas formas. - A professora sugere uma obra possível de ser trabalhada no ateliê: O livro “Ulisses” de Maria Alberta Meneres, que será trabalhado no 2º período. - No geral a turma e o atelierista parecem agradados com o tema e são debatidas várias possibilidades de realizar os trabalhos: Telas, cerâmica, colagens, instalações, performances, entre inúmeras outras. - Um aluno diz estar interessado em pintar uma tela por já ter trabalho em barro no projecto anterior. - Um outro aluno afirma ter interesse em trabalhar a técnica do grafitti. O profissional alerta para a necessidade de ter em atenção que o grafitti não poderá ser utilizado em qualquer parede ou espaço, representando por isso uma técnica limitadora. - São abordadas várias possibilidades de trabalho nesta área, considerando que colocar em hipótese pintar uma parede terá que ser algo muito bem planeado e que será precisa autorização. - O profissional afirma que também seria interessante a turma realizar um projecto global (mesmo suporte para todos) para que o trabalho tivesse um impacto maior. - As possibilidades apontadas são: Telas (pintura), barro vermelho (cerâmica), e o grafitti (sendo uma possibilidade complicada pelo material necessário que não existem em quantidade suficiente no ateliê). - Os alunos propõem realizar votações para decidir qual o material a utilizar. - A turma fica entusiasmada nesta fase de votação, com a turma dividida entre o barro e o grafitti. Por existirem dois interesses distintos são criados dois grupos. - O profissional regista os vários correspondentes a cada grupo de trabalho.

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- Após esta fase o profissional do ateliê propõem realizar as legendas dos trabalhos concluídos e colocar os mesmos em exposição. - O profissional reúne com cada grupo para a preparação da exposição e das respectivas legendas. - Enquanto alguns alunos reúnem com o profissional os restantes circulam pelo ateliê, observando os animais e diversos objectos. - A docente auxilia o grupo que esteve a trabalhar durante a sessão na conclusão do trabalho, realizado a correcção ortográfica do texto presente na ilustração. - Após a conclusão das legendas é realizada uma deslocação ao exterior do ateliê e no átrio da escola é montada uma exposição com os trabalhos realizados.

Observações complementares

-

Código da Sessão Data/hora/duração Local Intervenientes

O12-6A

6/01/2016 10h20 (hora programada) 11h25 (hora de chegada dos alunos) 30 Minutos

Ateliê Criativo Profissional do ateliê, alunos e docente

Materiais/Recursos utilizados

Técnicas desenvolvidas

Articulação das temáticas ateliê/plano curricular

Computador, Quadro Interactivo, Papel e Lápis de grafite

Sessão de desenho e observação de imagens

Português: Ulisses

Objectivos gerais das actividades desenvolvidas/Conceitos-chave

Início do desenvolvimento de projectos sobre o tema “Ulisses”.

Comportamento da turma ao longo da sessão

(Sobre o) Profissional do ateliê (Atelierista)

(Sobre a/o) Docente que acompanha a turma

Alguma agitação na turma. O atelierista desenvolveu a sessão no sentido de iniciar o trabalho de criação de projectos sobre o tema escolhido.

-

Descrição das actividades desenvolvidas durante a sessão

- Por volta das 10h30 um aluno desloca-se ao ateliê, a pedido da docente, para saber se haverá sessão. O profissional diz que sim e que poderão vir para o ateliê em grupos de trabalho, de acordo com o que ficou organizado na última sessão, ou caso a docente prefira, poderá vir toda a turma. Após esta conversa o aluno desloca-se para a sua sala de aula. Após alguns minutos o mesmo aluno regressa ao ateliê dizendo que a docente irá ler um texto na aula, por ser o dia de reis, e questiona se a turma poderá vir ao ateliê por volta das 11h15. O profissional concorda e a sessão fica marcada para a respectiva hora. - Por volta das 11h25 os alunos entram no ateliê, sem a presença da docente e no ateliê não se encontrava também o profissional. - Alguns minutos depois a docente chega e posteriormente o atelierista. - Inicia-se uma conversa sobre o trabalho que alguns alunos desenvolveram no dia anterior ao nível das equipas educativas. - Posteriormente inicia-se a conversa sobre as possibilidades de trabalho para o projecto que

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se segue: a articulação da obra Ulisses de Maria Alberta Meneres no trabalho do ateliê, através de cerâmica, grafiti e tela. - A docente ausenta-se da sala. - O profissional distribui folhas brancas nas mesas de trabalho, enquanto os alunos vão buscar lápis para desenhar. - Nesta fase observa-se alguma confusão, enquanto alguns alunos se encontram junto das mesas de trabalho o profissional auxilia alguns alunos a afiar os lápis disponíveis. - De seguida e após conseguir a atenção dos alunos, o profissional pede que estes escrevam na folha disponibilizada o nome, grupo de trabalho e “Ulisses” (nome do projecto). - Por não restar tempo para desenhar o profissional propõem visualizar as imagens seleccionadas e apenas na próxima sessão ser iniciado o trabalho de desenho de projectos (por grupos de trabalho e visitando o ateliê de forma faseada). - A visualização das imagens é breve e ao longo deste processo o profissional debate as possibilidades de trabalho e aspectos a considerar.

Observações complementares

-

Código da Sessão Data/hora/duração Local Intervenientes

O13-6A

13/01/2016 10h50 1 Hora

Ateliê Criativo Profissional do ateliê e alunos (5 Alunas)

Materiais/Recursos utilizados

Técnicas desenvolvidas

Articulação das temáticas ateliê/plano curricular

Computador, Quadro Interactivo, Papel e lápis grafite

Trabalho de pesquisa e desenvolvimento de esboços

Português: Ulisses

Objectivos gerais das actividades desenvolvidas/Conceitos-chave

Início do desenvolvimento do projecto a realizar em tela. São observadas imagens e desenvolvidos esboços.

Comportamento da turma ao longo da sessão

(Sobre o) Profissional do ateliê (Atelierista)

(Sobre a/o) Docente que acompanha a turma

As alunas trabalham de forma calma ao longo da sessão.

O atelierista orienta as alunas numa fase inicial para as principais ideias de trabalho: As alunas devem utilizar a pesquisa como recurso para desenvolver ideias e não para copiar.

-

Descrição das actividades desenvolvidas durante a sessão

- As cinco alunas entram na sessão depois da hora marcada, após a sua entrada o profissional questiona as alunas em relação a que grupo de trabalho correspondem. Estas afirmam fazerem parte do grupo da tela. - De seguida o profissional questiona qual o tema de trabalho, as alunas falam de Ulisses que irão trabalhar em português. - Apesar de ainda não ter sido uma obra estudada, o profissional afirma ser interessante que as alunas realizem projectos com o recurso a imagens encontradas na internet. Será importante no entanto que as alunas não se limitem a reproduzir imagens. - A visualização de imagens relacionadas com o tema é iniciada com a apresentação de uma

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instalação, passando posteriormente para a apresentação de variadas fotografias e trabalhos. Ao longo destas apresentações o profissional procura criar a ligação com a história de Ulisses, uma vez que o grupo ainda não tomou contacto com a história. - É reforçada novamente a importância das alunas conseguirem realizar um trabalho através das imagens observadas, ao invés de este trabalho ser realizado com as referências observadas. - Posteriormente à visualização das imagens o profissional refere que seria importante que as alunas conversassem sobre o projecto, considerando elementos da história. Nesta fase as alunas em torno das mesas de trabalho, não tendo ainda ideias ou esboços iniciados. - O profissional do ateliê apercebe-se que as alunas demonstram algumas dificuldades em debater ideias de projecto. Nesse sentido o atelierista pede às alunas que refiram uma palavra ou elemento que realçam da observação das imagens. - Ao longo deste processo as alunas registam os elementos abordados. Apesar das dificuldades de alguns elementos todo o grupo contribui para a discussão, tendo sido destacados: Roupa (Tempo), O manto (Bordado), O cavalo de Tróia (Estratégia), Os Deuses e as Sereias (Tentação). - Após o momento de reflexão e partilha de ideias as alunas são deixadas a trabalhar, conversando entre si para debater o projecto. - As alunas vão debatendo em grupo, abordando hipóteses e pesquisando posteriormente imagens para ilustrar elementos da história. Uma aluna demonstra não participar na discussão criada sobre o projecto, acabando por circular pela sala ou estar em silêncio. - Quando as alunas estão no computador a visualizar imagens de cavalos o profissional regressa ao ateliê questionando o ponto de situação do trabalho. As alunas apresentam parte da ideia já desenvolvida do projecto: Criar uma sereia com cara de cavalo e os deuses em torno da sua cabeça. O profissional pede que estas expliquem o porquê da ideia e após a explicação o atelierista assume gostar da proposta. Dirigindo de seguida dicas de trabalho às alunas para que o grupo vá trabalhando também nos tempos livres, trazendo na próxima sessão um trabalho mais estruturado. - O tempo da sessão termina e o grupo sai do ateliê.

Observações complementares

-

Código da Sessão Data/hora/duração Local Intervenientes

O14-6A

20/01/2016 10h30 80 Minutos

Ateliê Criativo Profissional do ateliê e alunos

Materiais/Recursos utilizados

Técnicas desenvolvidas

Articulação das temáticas ateliê/plano curricular

Retroprojector, Lápis, Papel acetato e Tela

Desenho em papel e desenho em tela com projecção

Português: Ulisses

Objectivos gerais das actividades desenvolvidas/Conceitos-chave

Desenvolvimento do projecto em tela sobre Ulisses.

Comportamento da turma ao longo da sessão

(Sobre o) Profissional do ateliê (Atelierista)

(Sobre a/o) Docente que acompanha a turma

As alunas trabalham de forma calma e organizada.

O atelierista apoia as alunas fornecendo indicações no desenvolvimento do trabalho em tela.

-

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Descrição das actividades desenvolvidas durante a sessão

- Por volta das 10h30 duas alunas entram no ateliê e questionam se haverá sessão e quem deve vir. O profissional afirma que sim e que deverá ser o mesmo grupo de trabalho da semana passada. - As alunas, que correspondem ao grupo de trabalho da tela, entram ateliê por volta das10h35. No entanto duas voltam à sala de aula por não terem trazido consigo o projecto de trabalho. - O profissional questiona as alunas sobre o ponto de situação do projecto. O grupo refere que não está totalmente pronto e nesse sentido o profissional refere que será importante que estas o terminem para avançar do esboço para a tela. - As alunas concordam com a proposta do profissional e vão buscar lápis para iniciar o trabalho. - Na mesa de trabalho o grupo discute de modo calmo e organizado as várias ideias, avançando no respectivo projecto. - Em simultâneo o profissional trabalha também num outro projecto, relacionado com um concurso da escola. - As alunas vão trabalhando, debatendo entre si enquanto duas alunas desenvolvem desenhos. - O profissional sugere que as duas alunas que não se encontram a desenhar pudessem realizar uma tarefa adicional: desmontar a exposição de escrita criativa realizada com trabalhos da turma. As duas alunas concordam e deslocam-se ao átrio da escola. - O restante grupo continua no ateliê a desenvolver o trabalho de projecto debatendo aspectos relacionadas com os desenhos criados. - Após transportadas a maioria das peças da exposição para o ateliê as alunas voltam para junto do grupo de trabalho, analisando o mesmo. - O profissional desloca-se para junto do grupo para fazer um ponto de situação do projecto. Após analisar o trabalho o profissional partilha a sua opinião, considerando que as alunas podem estar a criar um excesso de elementos na tela. - Debatendo os esboços o grupo conclui o projecto e está pronto para passar para a tela. Para tal as alunas necessitam de fotocopiar o esboço em papel acetato. Nesse sentido deslocam-se ao átrio para realizar a respectiva fotocópia. - O profissional desloca-se também ao átrio para retirar da exposição algumas peças de cerâmica da turma. - De volta ao ateliê as alunas trazem consigo o acetato com o desenho e a tela na qual irão pintar. - Para realizar o trabalho é utilizado o retroprojector e como a tela e a projecção da imagem fica muito alta em relação ao chão o profissional realiza a passagem do desenho das alunas para a tela. - De seguida as alunas realizam algumas experiências com o seu desenho e os materiais em torno do retroprojector. - De seguida é analisada a melhor forma de colocar a tela para pintar, considerando que esta é demasiado grande para o cavalete existente no ateliê. - A tela é colocada num canto do ateliê, num espaço iluminado. De seguida o profissional pede às alunas que estas molhem a parte de trás da tela para esticar o algodão. - De seguida o tempo da termina e as alunas arrumam o material utilizado.

Observações complementares

-

Código da Sessão Data/hora/duração Local Intervenientes

O15-6A

20/01/2016 10h30 80 Minutos

Ateliê Criativo Profissional do ateliê e alunos (5 Alunos)

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Materiais/Recursos utilizados

Técnicas desenvolvidas

Articulação das temáticas ateliê/plano curricular

Telas, tintas, trinchas, pincéis e t-shirt velhas para sujar

Pintura em tela Português: Ulisses

Objectivos gerais das actividades desenvolvidas/Conceitos-chave

Pintura de telas sobre vários temas, apenas uma destas se relaciona com a temática do livro “Ulisses”.

Comportamento da turma ao longo da sessão

(Sobre o) Profissional do ateliê (Atelierista)

(Sobre a/o) Docente que acompanha a turma

Os alunos trabalham concentrados e em silêncio.

O profissional apoia os alunos no processo de pintura em tela.

-

Descrição das actividades desenvolvidas durante a sessão

- Entram cinco alunos no ateliê, enquanto o profissional faz uma breve deslocação ao ateliê do barro com uma docente para tratar de um assunto. Enquanto isso os alunos aguardam pelo profissional no ateliê criativo. - Ao chegar ao ateliê o profissional afirma que os alunos podem deslocar-se até à arrecadação para escolher as cores e materiais necessários para iniciar o trabalho. Nesta fase o atelierista dá conselhos aos alunos sobre o elemento que irão pintar: o fundo da tela. Considerando que este não deverá ser muito complexo tendo em conta os restantes elementos do quadro que podem ficar confusos. - O profissional aborda os alunos referindo que não devem ficar os 5 a pintar a tela, propondo que os alunos se dediquem também a telas iniciadas anteriormente. - A decisão perante a questão colocada é de que serão pintadas três telas pelos alunos e estes iniciam a preparação dos materiais que irão ser necessários. - Os alunos colocam várias questões ao profissional, sobre o trabalho em cada tela. Deste modo o profissional desloca-se de modo organizado às três áreas de trabalho. - Para explicar o processo de pintura do fundo da tela iniciada na sessão anterior o profissional exemplifica a técnica adequada. - Posteriormente o atelierista desloca-se para junto de outro grupo exemplificando também a melhor técnica para pintar um elemento em concreto do trabalho. - Uma aluna trabalha sozinha e de forma mais autónoma, no entanto o profissional desloca-se junto da mesma para algumas referir algumas dicas sobre o trabalho que esta desenvolve. - Todos os alunos trabalham em silêncio e de forma concentrada, mostrando-se motivados com o trabalho que desenvolvem. - O profissional circula pela sala fotografando os trabalhos em desenvolvimento. - Os vários alunos trabalham de modo autónomo, no entanto o profissional desloca-se para junto de um grupo de trabalho, ajudando o mesmo. - Todos os alunos continuam os trabalhos de forma autónoma, permitindo que o profissional aproveite para organizar vários materiais para criar uma exposição na escola. - Concluído o tempo de sessão o profissional pede que os alunos limpem os materiais utilizados no ateliê, saindo posteriormente.

Observações complementares

-

Código da Sessão Data/hora/duração Local Intervenientes

O16-6A 03/02/2016 Ateliê Criativo Profissional do

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10h30 80 Minutos

ateliê e alunos (12 alunos/ 2 grupos de trabalho: tela e graffiti)

Materiais/Recursos utilizados

Técnicas desenvolvidas

Articulação das temáticas ateliê/plano curricular

Papel, lápis, telas, tintas, trinchas, pincéis e t-shirt velhas

Pintura em tela e desenvolvimento de esboços

Português: Ulisses

Objectivos gerais das actividades desenvolvidas/Conceitos-chave

Desenvolvimento de projectos diversificados relacionados com o tema Ulisses: Pintura em tela e elaboração de esboços para trabalho em graffiti.

Comportamento da turma ao longo da sessão

(Sobre o) Profissional do ateliê (Atelierista)

(Sobre a/o) Docente que acompanha a turma

No geral observaram-se comportamentos de concentração e motivação pelo trabalho em desenvolvimento.

O atelierista orientou os vários trabalhos optando por dar autonomia aos alunos no desenvolvimento dos projectos.

-

Descrição das actividades desenvolvidas durante a sessão

- Os alunos chegam ao ateliê em dois grupos de trabalho, um correspondente ao trabalho em tela e outro com trabalho de graffiti. - O grupo com o trabalho iniciado desloca-se para junto das telas que irão continuar a desenvolver. - O profissional reúne com o grupo que pretende desenvolver um projecto em graffiti, alertando o grupo para o tema de trabalho e as várias possibilidades de desenvolver com o projecto. Após a conversa este grupo reúne e desenvolve esboços. - Um aluno deste grupo pede ao profissional para observar letras de graffiti, contudo o profissional não autoriza e pede ao aluno para utilizar as referências que tem para desenhar, ao invés de copiar uma imagem consultada. - A restante turma desenvolve os respectivos trabalhos de forma organizada, considerando que em relação da tela o profissional desloca-se pontualmente para dar algumas dicas sobre como desenvolver o fundo da tela. - O profissional desloca-se junto do grupo de graffiti, afirmando gostar do ponto de situação dos trabalhos, no entanto afirma que a história de Ulisses tem muitos elementos, não fazendo sentido que todo o grupo desenhe cavalos de Tróia, mesmo que considerem esse elemento interessante. - O profissional ausenta-se do ateliê com o objectivo de montar uma exposição com trabalhos de uma outra turma, pedindo ajuda a uma aluna do grupo da tela que não se encontrava a trabalhar. - Nesta fase o grupo dos graffiti gera algum barulho, existindo dois alunos que interrompem o trabalho para alguma brincadeira. Um aluno provoca o outro circulando em seu redor. Apesar da confusão um dos alunos envolvidos volta ao trabalho, existindo apenas um aluno que ao não trabalhar acaba por destabilizar o grupo de trabalho. - Por volta das 11h15 a docente da disciplina (Português) entra no ateliê com parte da restante turma. Circula pelos vários alunos, questionando os vários grupos sobre o trabalho que estão a desenvolver. - Após observar os trabalhos despede-se dos alunos e deseja um bom trabalho aos mesmos, deslocando-se para a sala de aula.

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- Todos os alunos desenvolvem os trabalhos sem confusão significativa. No entanto, o grupo de trabalho em graffiti conversa inúmeras vezes sobre temas não relacionados com o trabalho de forma oposta ao outro grupo. - Um aluno do grupo de trabalho dos graffiti aborda um colega, que tem vindo a destabilizar o grupo, dizendo para este trabalhar, referindo que este é o que menos trabalhou durante a sessão. - Posteriormente o profissional chega ao ateliê, circulando pelos vários trabalhos, junto do grupo que irá fazer graffiti dá algumas dicas aos alunos, considerando os vários desenhos apresentados. - De seguida desloca-se para junto do grupo da tela, dando dicas sobre qual a melhor solução para pintar o fundo do trabalho. - Após a conversa com os vários grupos o profissional alerta a turma para o tempo de sessão que está a chegar ao fim. Nesse sentido o atelierista pede aos alunos que terminem os trabalhos para limpar os materiais utilizados. - Concluída a limpeza da sala os alunos saem do ateliê.

Observações complementares

-

Código da Sessão Data/hora/duração Local Intervenientes

O16-6A

24/02/2016 10h30 80 Minutos

Ateliê Criativo Profissional do ateliê e alunos (12 alunos/ 2 grupos de trabalho: tela e graffiti)

Materiais/Recursos utilizados

Técnicas desenvolvidas

Articulação das temáticas ateliê/plano curricular

Papel, lápis, telas, tintas, trinchas, pincéis e t-shirt velhas

Pintura em tela e desenvolvimento de esboços

Português: Ulisses

Objectivos gerais das actividades desenvolvidas/Conceitos-chave

Continuação do desenvolvimento de projectos diversificados relacionados com o tema Ulisses: Pintura em tela e elaboração de esboços para trabalho em graffiti.

Comportamento da turma ao longo da sessão

(Sobre o) Profissional do ateliê (Atelierista)

(Sobre a/o) Docente que acompanha a turma

Os alunos trabalham no desenvolvimento dos projectos de forma empenhada.

O profissional apoia os alunos em situações pontuais.

-

Descrição das actividades desenvolvidas durante a sessão

- Entram na sessão vários alunos, correspondentes a dois grupos de trabalho distintos: tela e graffiti. - Os alunos começam a organizar os respectivos espaços de trabalho e materiais necessários. - O profissional alerta o grupo que trabalha em tela para que os materiais utilizados sejam limpos correctamente, algo que não ocorreu na semana passada. - As alunas preparam as tintas que estão a utilizar na tela de trabalho. O profissional alerta uma aluna em específico para que esta vista uma t-shirt de trabalho para participar na tela do grupo, considerando que esta aluna é muitas vezes deixada de lado pelo grupo e não tem também iniciativa.

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- O grupo da tela inicia o trabalho com a preparação das tintas a utilizar. - O profissional alerta o grupo dos graffiti que os desenhos que estes estão a desenvolver deverão ser agregados. - De seguida o profissional desloca-se para junto do grupo que desenvolve tela, com o objectivo de auxiliar as alunas em alguns aspectos. Durante esta fase um aluno do outro grupo questiona o docente, este não responde por estar a explicar alguns aspectos a melhorar numa das telas. O aluno volta a chamar o profissional, desta vez subindo o tom de voz. O profissional pede para que este se acalme, considerando ter ouvido o aluno, mas, no entanto, está a explicar um assunto a uma aluna. - De seguida o profissional alerta as duas alunas que pintam tela para a técnica de pintura do fundo em x, pedindo para que estas não pintem a direito. - Posteriormente o profissional auxilia a aluna que sozinha conclui a tela com o aqueduto de Óbidos. Enquanto auxilia a aluna o atelierista questiona o aluno que anteriormente o chamava e este afirma que já encontrou o que procurava. - Depois o profissional desloca-se para a sua mesa de trabalho, alertando o grupo do graffiti de que os esboços têm de ser concluídos na presente sessão para fotocopiar o desenho para papel acetato. - Todos os alunos continuam a desenvolver os respectivos trabalhos, considerando que o grupo da tela trabalha em silêncio e de forma mais concentrada que o outro grupo. Este segundo grupo conversa sobre vários assuntos não relacionados com o trabalho. - Durante o trabalho dois alunos do grupo de graffiti desloca-se junto do profissional do ateliê para receber feedback dos desenhos realizados. - O profissional auxilia um aluno no desenvolvimento do seu desenho, deslocando-se posteriormente para o grupo da tela, alertando duas alunas para a necessidade de utilizarem trinchas mais grossas para a pintura do fundo. - O profissional desloca-se de novo para a sua mesa de trabalho, recebendo um aluno com dúvidas no trabalho que este desenvolve. - São vários os alunos que se deslocam para junto do profissional para receber feedback dos desenhos realizados. - Os alunos continuam a desenvolver os trabalhos. - Considerando a hora o profissional alerta os alunos para a conclusão da sessão, sendo necessária a limpeza dos materiais utilizados. Ao grupo dos graffiti o atelierista pede para que estes escolham os desenhos que pretendem utilizar. - Arrumados e limpos os materiais os alunos saem do ateliê.

Observações complementares

-

Código da Sessão Data/hora/duração Local Intervenientes

O17-6A

02/03/2016 11h45 45 Minutos

Ateliê Criativo Profissional do ateliê e alunos (10 alunos/ 2 grupos de trabalho: tela e graffiti)

Materiais/Recursos utilizados

Técnicas desenvolvidas

Articulação das temáticas ateliê/plano curricular

Papel, lápis, telas, tintas, trinchas, pincéis e t-shirt velhas

Pintura em tela e desenvolvimento de esboços

Português: Ulisses

Objectivos gerais das actividades desenvolvidas/Conceitos-chave

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Continuação do desenvolvimento de projectos diversificados relacionados com o tema Ulisses: Pintura em tela e elaboração de esboços para trabalho em graffiti.

Comportamento da turma ao longo da sessão

(Sobre o) Profissional do ateliê (Atelierista)

(Sobre a/o) Docente que acompanha a turma

A turma observou-se agitada e com pouca concentração nos trabalhos desenvolvidos.

O atelierista não esteve presente no Ateliê Criativo, estando no Ateliê do Barro com um aluno.

-

Descrição das actividades desenvolvidas durante a sessão

- Os alunos entram na sessão, deslocando-se para a dispensa onde os seus desenhos estão guardados. Entram cerca de 4 alunos, alguns minutos depois são vários os alunos que entram no espaço a correr, originando alguma confusão na sala. Estão presentes dois grupos de trabalho, à semelhança do que tem acontecido: o grupo da tela e o grupo de graffiti. - Alguns alunos organizam o espaço com o objectivo de começar a trabalhar, no entanto alguns alunos continuam a circular pelo ateliê, conversando e originando um ambiente desestabilizador. - Após alguma confusão inicial os alunos iniciam os trabalhos em dois pontos distintos, correspondentes aos respectivos grupos. - O atelierista não está presente no ateliê criativo, estando na sala do lado: no ateliê do barro, concluindo uma peça de cerâmica desenvolvida por um aluno da presente turma. Com esta ausência é observada alguma confusão no ateliê criativo. - No grupo da tela são demasiados os alunos que se encontram em torno do trabalho: seis no total. No grupo dos graffiti apenas uma aluna se encontram junto dos esboços, considerando que os restantes circulam pelo ateliê e utilizam mesmo os telemóveis com propósitos não relacionados com os trabalhos em desenvolvimento nem com o espaço do ateliê. - Posteriormente o grupo de graffiti desloca-se para o ateliê do barro para trabalhar com o apoio do profissional. - No ateliê criativo encontra-se o grupo da tela, que continua a desenvolver o respectivo trabalho, registando-se alguma brincadeira, factor que atrasa a pintura que é realizada. - Ouve-se o toque da escola que assinala a hora de saída, uma aluna exclama a surpresa para como “o tempo passou demasiado depressa”. Referindo posteriormente que o melhor é iniciar a arrumação e limpeza dos materiais. Apesar disso o restante grupo continua a pintar. - O toque de entrada é dado e os alunos continuam no ateliê, preocupando-se nesta fase com a conclusão do trabalho. - Os alunos ausentam-se da sessão, o atelierista regressa realçando a agitação dos alunos e o descontentamento perante a situação que resultou em materiais mal limpos e o atraso em relação aos trabalhos que estão a desenvolver.

Observações complementares

-

Código da Sessão Data/hora/duração Local Intervenientes

O18-6A

09/03/2016 10h40 70 Minutos

Ateliê Criativo Profissional do ateliê e alunos (4 alunos/ 2 grupos de trabalho: tela e graffiti)

Materiais/Recursos utilizados

Técnicas desenvolvidas

Articulação das temáticas ateliê/plano curricular

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Papel acetato, papel de cenário, lápis, telas, tintas, trinchas, t-shirt velhas e o retroprojector

Pintura em tela e desenho em papel de cenário

Português: Ulisses

Objectivos gerais das actividades desenvolvidas/Conceitos-chave

Continuação do desenvolvimento de projectos diversificados relacionados com o tema Ulisses: Pintura em tela e elaboração de esboços para trabalho em graffiti.

Comportamento da turma ao longo da sessão

(Sobre o) Profissional do ateliê (Atelierista)

(Sobre a/o) Docente que acompanha a turma

No geral os alunos trabalham concentrados no respectivo trabalho, apenas uma aluna se demonstra pouco motivada e desinteressada na pintura de uma tela.

O profissional tem um papel bastante activo ao longo da sessão auxiliando vários alunos

-

Descrição das actividades desenvolvidas durante a sessão

- A sessão inicia-se com os alunos a entrar no ateliê de modo agitado e a correr. - O profissional pede para que os alunos se sentem, antes do início da sessão, para uma conversa sobre os comportamentos observados na semana passada. Observou-se muito barulho e confusão e pouco trabalho, nesse sentido ficarão apenas dois alunos de cada grupo no ateliê para trabalhar. - Os restantes alunos saem do ateliê, deslocando-se para a sala de aula. - Uma aluna recebe a tarefa de desenvolver a tela, considerando que foi das alunas que menos participou no trabalho. Outra aluna do mesmo grupo termina uma tela iniciada anteriormente relacionada com outra temática da escola. - O atelierista desloca-se para junto dos dois alunos do grupo dos graffiti, com o objectivo de realizar um ponto de situação e avançar no respectivo trabalho. - A aluna que deveria estar a pintar a tela do grupo circula pela sala, sem iniciar o respectivo trabalho. - Uma animadora entra na sessão, os dois profissionais conversam sobre alguns trabalhos relacionados com projectos da escola. - Posteriormente a animadora sai do ateliê e o profissional volta de novo para junto do grupo dos graffiti para discutir os elementos que necessitam de ser digitalizados para papel de acetato. - O profissional observa a aluna que deveria estar a pintar ainda não iniciou o trabalho, chamando esta à atenção para a necessidade de iniciar o desenvolvimento da pintura. - Após colocar várias questões ao profissional, a respectiva aluna desloca-se para junto da tela para iniciar o trabalho. - As duas alunas desenvolvem os trabalhos propostos, enquanto os dois alunos se ausentam do ateliê para fotocopiar os desenhos escolhidos. - A aluna que iniciou a pintura da tela chama de novo o profissional, pedindo a sua ajuda. - De seguida o profissional volta para a sua mesa de trabalho e as duas alunas continuam a pintura das telas em silêncio. - Os dois alunos do grupo dos graffiti regressam, justificando a demora com alguns problemas na digitalização. O profissional analisa os acetatos, preparando os alunos para a fase seguinte do trabalho. - Os alunos preparam o retroprojector que irão utilizar. - Enquanto isso, o profissional dá algumas dicas à aluna que ainda não teria dado apoio, que termina a tela com o aqueduto de Óbidos. A aluna que pinta a tela do tema Ulisses pede de novo apoio ao profissional e este desloca-se para junto desta, aperfeiçoando um elemento da

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pintura e dando dicas de como melhorar a técnica. Durante a explicação do profissional a aluna demonstrou-se desatenta, não observando o mesmo durante o aperfeiçoamento de um elemento específico. - O profissional desloca-se para junto do grupo dos graffiti, ajudando na organização do retroprojector. - A aluna que anteriormente pediu ajuda ao atelierista circula pela sala sem trabalhar. - O profissional e os dois alunos preparam a imagem projectada e posteriormente o papel de cenário onde o desenho será projectado e passado para grandes dimensões. - As duas alunas que trabalham as telas limpam os materiais utilizados. - É observável que a tela de grupo, do tema Ulisses, regista poucos avanços, enquanto a outra tela foi terminada. - Os alunos do grupo dos graffiti concluem a transição do desenho para papel de cenário.

Observações complementares

-

Código da Sessão Data/hora/duração Local Intervenientes

O19-6A

09/03/2016 11h 1 Hora

Ateliê Criativo Profissional do ateliê e alunos (4 alunos/ 2 grupos de trabalho: tela e graffiti)

Materiais/Recursos utilizados

Técnicas desenvolvidas

Articulação das temáticas ateliê/plano curricular

Papel acetato, papel de cenário, lápis, telas, tintas, trinchas, t-shirt velhas e o retroprojector

Pintura em tela e desenho em papel de cenário

Português: Ulisses

Objectivos gerais das actividades desenvolvidas/Conceitos-chave

Continuação do desenvolvimento de projectos diversificados relacionados com o tema Ulisses: Pintura em tela e elaboração de esboços para trabalho em graffiti.

Comportamento da turma ao longo da sessão

(Sobre o) Profissional do ateliê (Atelierista)

(Sobre a/o) Docente que acompanha a turma

Uma aluna desenvolve trabalho de forma autónoma após algumas indicações do profissional. Os restantes alunos trabalham com as indicações e ajudas dadas pelo atelierista.

Inicialmente o atelierista faz um balanço dos trabalhos em desenvolvimento, posteriormente auxilia os alunos no desenvolvimento dos projectos.

-

Descrição das actividades desenvolvidas durante a sessão

- Entram 4 alunos no ateliê, dois para o grupo dos graffiti e duas alunas para o grupo da tela, tal como na sessão anterior. - O profissional inicia a sessão abordando a tela do tema “Ulisses”, considerando as falhas analisadas do trabalho. Todos os alunos se deslocam para junto da respectiva tela, ouvindo as várias indicações do atelierista. - De seguida são iniciadas as preparações para o desenvolvimento dos trabalhos, o profissional dá indicações à aluna que irá continuar o desenvolvimento de uma tela de grandes dimensões. - Posteriormente o profissional dá indicações aos alunos do grupo dos graffiti, referindo os passos necessários para a passagem dos desenhos para papel de cenário.

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- O profissional repara na trincha que uma aluna escolheu para pintar a tela do Ulisses e aborda a mesma para que esta troque a trincha por uma de dimensão superior. A outra aluna que pinta em tela pede também indicações e o profissional auxilia ambas enquanto os restantes alunos aguardam pelo profissional. - O atelierista dá várias indicações para que a aluna da tela de Ulisses melhore o fundo do trabalho. - De seguida o profissional auxilia os alunos dos graffiti na organização do papel de cenário e dos desenhos colocados no retroprojector que serão delineados em grandes dimensões. São calculadas medidas de modo a rentabilizar o uso do papel de cenário. - A aluna que deveria estar a pintar a tela de grandes dimensões auxilia o profissional e os colegas de turma no desenvolvimento do trabalho. - A aluna que pinta a tela de Ulisses trabalha de forma autónoma, concentrada e em silêncio. - No outro grupo de trabalho observa-se que o atelierista auxilia os alunos no aperfeiçoamento de várias letras criadas para um título, com o objectivo de uniformizar o tamanho das mesmas. - Continuando a transição dos desenhos para grandes dimensões o profissional continua a auxiliar o grupo na tarefa em questão, considerando algumas dificuldades relacionadas com as dimensões dos esboços. - A aluna que deveria estar a desenvolver a tela de grandes dimensões continua à espera do apoio do profissional, deslocando-se posteriormente para junto da respectiva tela. - São transpostos dois desenhos para papel de cenário de grandes dimensões, o profissional pede aos alunos que realcem os traços feitos a lápis com um marcador preto. - De seguida o atelierista auxilia a aluna que aguardava pela sua ajuda. O profissional exemplifica a técnica de pintura de pormenores da tela, no entanto toca para a saída e o trabalho não avança. A aluna desloca-se para o ateliê do barro para limpar os materiais utilizados. - Os dois alunos do grupo dos graffiti limpam a mesa arrumam os desenhos do grupo. - A aluna da tela do Ulisses continua a pintar. Uma colega auxilia esta aluna limpando os materiais da mesma. - Todos saem da sala.

Observações complementares

-

Código da Sessão Data/hora/duração Local Intervenientes

O20-6A

06/04/2016 11h 1 Hora

Ateliê Criativo Profissional do ateliê e alunos (4 alunos/ 2 grupos de trabalho: tela e graffiti)

Materiais/Recursos utilizados

Técnicas desenvolvidas

Articulação das temáticas ateliê/plano curricular

Papel acetato, papel de cenário, lápis, telas, tintas, trinchas, t-shirt velhas e o retroprojector

Pintura em tela e desenho em papel de cenário

Português: Ulisses

Objectivos gerais das actividades desenvolvidas/Conceitos-chave

Continuação do desenvolvimento de projectos diversificados relacionados com o tema Ulisses: Pintura em tela e elaboração de esboços para trabalho em graffiti.

Comportamento da turma ao longo da sessão

(Sobre o) Profissional do ateliê (Atelierista)

(Sobre a/o) Docente que acompanha a turma

Observaram-se O atelierista auxilia vários -

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comportamentos significativamente diferentes nos dois grupos de trabalho. Duas alunas pintam telas em silêncio, concentradas e de forma autónoma. Já os dois alunos do grupo dos graffiti causam alguma confusão na sala e trabalham com bastante dependência da ajuda do atelierista.

alunos no desenvolvimento dos trabalhos, considerando a presença de algumas alunos no ateliê a título excepcional, uma vez que pediram ajuda ao profissional para desenvolver um projecto de ciências.

Descrição das actividades desenvolvidas durante a sessão

- Os 4 alunos entram no ateliê bastante tempo depois do horário estipulado para o início da sessão sem saber justificar o atraso. - O profissional pede às duas alunas do grupo da tela que comecem o desenvolvimento do respectivo trabalho, considerando o avançar da hora e o facto de já não estar à espera de receber os alunos. - As duas alunas deslocam-se para a arrecadação onde se encontram as telas e as tintas para iniciar o trabalho. O profissional alerta as alunas para a necessidade de avançarem no desenvolvimento dos trabalhos, considerando que as telas já deveriam estar mais avançadas. - Posteriormente auxilia os dois alunos no grupo dos graffiti para que estes iniciem também o trabalho, realçando com marcador preto o desenho já projectado em grandes dimensões. - De seguida auxilia o grupo de 4 alunas que se encontram no ateliê a título excepcional para realizar um projecto de ciências na realização do sistema urinário em 3 dimensões. - Uma das alunas do grupo da tela aguarda pela ajuda do atelierista. Deslocando-se para junto da colega que prepara as tintas para a tela do tema “Ulisses”. - Os alunos do grupo dos graffiti trabalham com algumas discussões. O profissional questiona o motivo da discussão e os alunos melhoram o respectivo comportamento. - Continuando a ajudar as alunas que estão no ateliê num contexto não relacionado com a sessão o profissional observa que a aluna do grupo da tela aguarda pelas suas orientações, pedindo desculpa à mesma e deslocando-se para junto da tela que esta irá pintar. - Junto da tela o profissional exemplifica o processo de pintura correcto. - De seguida o profissional desloca-se junto do grupo dos graffiti questionando os alunos em relação ao atraso do trabalho, considerando que deveriam realçar os traços de lápis com um marcador preto e o processo não deverá ser demorado. Para exemplificar o profissional realiza alguns traços. - As duas alunas do grupo da tela trabalham de forma concentrada e autónoma. Pelo contrário os dois alunos do grupo dos graffiti trabalham colocando várias questões ao atelierista que auxilia as alunas presente no ateliê para realizar o projecto de ciências. O grupo em questão, de dois alunos, demonstra alguma agitação, obrigando a uma chamada de atenção para que o trabalho seja encarado de forma séria, caso contrário a respectiva presença será repensada em futuras sessões. - O profissional continua a auxiliar as 4 alunos do projecto de ciências com o objectivo de permitir que estas continuem o respectivo trabalho de forma autónoma. - Os alunos do grupo dos graffiti continuam num registo de agitação e alguma brincadeira, interrompendo o profissional e pedindo a sua ajuda. - O atelierista auxilia os alunos no corte do papel de cenário onde será reproduzido o desenho de grandes dimensões. Posteriormente os alunos trabalham de forma autónoma. - Considerando a fase de conclusão da sessão as duas alunas do grupo da tela terminam o trabalho para realizar a limpeza dos pincéis utilizados. Enquanto os dois alunos do grupo dos graffiti saem da sala aproveitando uma breve ausência do atelierista, não arrumando todos os

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materiais utilizados. O profissional chama os alunos e estes concluem o trabalho, arrumando posteriormente o mesmo. - Concluindo a sessão o profissional auxilia as alunas no projecto de ciências e por fim todos os alunos saem do ateliê.

Observações complementares

Quatro alunas de uma turma de 6.ºAno deslocam-se ao ateliê pedindo o apoio do atelierista no desenvolvimento de um projecto criativo relacionado com o sistema urinário da disciplina de Ciências.

Código da Sessão Data/hora/duração Local Intervenientes

O21-6A

18/04/2016 10h40 70 Minutos

Ateliê Criativo Profissional do ateliê e alunos (4 alunos/ 2 grupos de trabalho: tela e graffiti)

Materiais/Recursos utilizados

Técnicas desenvolvidas

Articulação das temáticas ateliê/plano curricular

Papel acetato, papel de cenário, lápis, telas, tintas, trinchas, t-shirt velhas e o retroprojector

Pintura em tela e desenho em papel de cenário

Português: Ulisses

Objectivos gerais das actividades desenvolvidas/Conceitos-chave

Continuação do desenvolvimento de projectos diversificados relacionados com o tema Ulisses: Pintura em tela e elaboração de esboços para trabalho em graffiti.

Comportamento da turma ao longo da sessão

(Sobre o) Profissional do ateliê (Atelierista)

(Sobre a/o) Docente que acompanha a turma

Observou-se alguma agitação em todos os alunos o que dificultou o avanço significativo nos trabalhos.

O profissional, apesar deter estado ausente numa fase da sessão, deu bastante apoio ao desenvolvimento dos trabalhos.

-

Descrição das actividades desenvolvidas durante a sessão

- Três alunas entram no ateliê, aguardando pela chegada do profissional. - O atelierista chega de seguida e afirma que as alunas poderiam iniciar o desenvolvimento do trabalho, mesmo antes da sua chegada por forma a adiantar os trabalhos. - Estão presentes alunas de dois grupos de trabalho, duas alunas do grupo da tela e uma aluna dos graffiti. O atelierista dá algumas orientações às alunas da tela para que estas iniciem o trabalho. - Posteriormente o profissional desloca-se junto da aluna do outro grupo, afirmando que aguarda a autorização para a pintura dos alunos de uma parede da escolha para o projecto dos graffiti. De seguida ambos avaliam os desenhos já ampliados, considerando que faltam apenas dois elementos. A aluna deverá cortar papel de cenário para iniciar o processo e nesta fase o atelierista refere que seria importante ter dois alunos para desenvolver o trabalho. Nesse sentido pede à aluna que se desloque à sala e que peça à docente se pode vir mais um aluno. - As duas alunas da tela preparam os materiais necessários, deslocando-se ao ateliê do barro para ir buscar água. - O aluno que irá trabalhar com a aluna do grupo dos graffiti chega à sala e o profissional dá aos alunos indicações do trabalho que devem desenvolver para ampliar desenhos. - O atelierista ausenta-se.

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- Os alunos dos graffiti demonstram algumas dificuldades no processo de ampliação dos desenhos, pelo que as colegas do outro grupo os auxiliam na utilização do retroprojector e colagem de papel de cenário na parede. - O profissional regressa e dá algumas indicações em relação ao trabalho que os alunos desenvolvem. - De seguida o atelierista desloca-se para o ateliê do barro com uma animadora. - Uma funcionária chega ateliê criativo e pede para que uma aluna do grupo da tela a acompanhe, saindo as duas sem justificar a ausência. - A outra aluna, do grupo da tela, ainda não iniciou a pintura da respectiva tela sobre as rainhas. Posteriormente inicia o trabalho. - Em relação ao grupo dos graffiti estes alunos interrompem o trabalho, colocando uma dúvida ao profissional que está na sala ao lado (ateliê do barro). Colocada a dúvida regressam ao ateliê e concluem a ampliação, no entanto após este momento circulam pela sala sem avançar no respectivo trabalho. - A aluna que se ausentou anteriormente com a funcionária regressa, avançando para o trabalho que deveria estar a desenvolver, a tela sobre o tema Ulisses. - Enquanto esta aluna inica o trabalho, a colega do mesmo grupo conversa com esta de forma entusiasmada. - As duas alunas conversam bastante, sempre num tom baixo, acabando por não avançar no trabalho. - Os dois alunos do grupo dos graffiti circulam pela sala, conversando e observando os objectos existentes. - As duas alunas param de conversar e trabalham nas telas. No entanto o momento de concentração não se mantém e as alunas registam vários momentos de conversa onde o trabalho é interrompido, observando-se alguma agitação. - O profissional regressa e auxilia uma das alunas do grupo da tela, dando orientações relativamente ao trabalho em desenvolvimento. - Posteriormente o profissional desloca-se para o outro grupo de trabalho, que afirma estar a aguardar pelo feedback do atelierista para avançar para a última ampliação. - O profissional observa o trabalho e confirma que podem avançar para o próximo desenho. - De seguida o atelierista desloca-se de novo para o grupo das telas, abordando a aluna que desenvolve a tela das rainhas. Nesta fase o aluno do grupo dos graffiti pede novamente o apoio do profissional. - O atelierista auxilia os alunos dos graffiti na fase de corte de papel de cenário. Posteriormente o profissional desloca-se para a sua mesa de trabalho, deixando os alunos a trabalhar de forma autónoma. - Observando que os alunos do grupo dos graffiti apresentam dificuldades o profissional desloca-se junto destes para que consigam trabalhar. - Posteriormente o profissional regressa para a sua mesa de trabalho enquanto os alunos se encontram a desenvolver os respectivos projectos. - As duas alunas do grupo da tela interrompem o trabalho, limpando os materiais utilizados e saindo posteriormente do ateliê. - Os alunos do grupo dos graffiti demonstram dificuldades e nesse sentido o atelierista auxilia os mesmos no traçar do último desenho. - Por fim os alunos saem do ateliê.

Observações complementares

-

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Anexo 5: As observações das Equipas Educativas do 2.º Ano do CEB

Código da Sessão Data/hora/duração Local Intervenientes

O1-2A (Equipas Educativas)

19/10/2015 14h30 1 Hora

Ateliê Criativo Profissional do ateliê e alunos (Quatro Alunos de duas turmas diferentes)

Materiais/Recursos utilizados

Técnicas desenvolvidas

Articulação das temáticas ateliê/plano curricular

Computador, Quadro Interactivo, Diários Gráficos, Papel, Lápis Grafite

Desenho por observação

Estudo do Meio – Trabalho em torno do conceito de “Material Orgânico”

Objectivos gerais das actividades desenvolvidas/Conceitos-chave

Introdução do conceito de material orgânico através de observação de diversas obras e posterior desenho por observação de elementos orgânicos presentes no ateliê.

Comportamento da turma ao longo da sessão

(Sobre o) Profissional do ateliê (Atelierista)

(Sobre a/o) Docente que acompanha a turma

Os alunos estiveram atentos durante o desenvolvimento da sessão. Na fase de desenho por observação foram observadas algumas dificuldades na execução da tarefa.

O profissional além de desenvolver a sessão motiva os alunos na fase de desenho por observação.

-

Descrição das actividades desenvolvidas durante a sessão

- Após reunir os alunos nas mesas o profissional apresenta no quadro interactivo obras de vários artistas com trabalhos relacionados com a natureza. Os alunos mostraram-se interessados nas imagens visualizadas e participam na sessão. - Apresentação do significado de “Material Orgânico”, com exemplos concretos existentes no ateliê. Ao longo desta explicação são colocadas questões aos alunos precisamente sobre o tema, de forma a reforçar o entendimento sobre o que é, ou não, um material orgânico. - De seguida o profissional apresenta o trabalho de um artista que introduz troncos de árvores em edifícios, com o objectivo de alertar para a destruição das florestas no desenvolvimento das sociedades. Conversa sobre as várias imagens observadas, sobre o seu significado (objectivo do artista), mas também como foram desenvolvidas as obras (instalações). - Continuação da observação de várias obras de artistas onde se observam elementos da natureza. Interpretação dos vários trabalhos ao longo da sua visualização. - De seguida o profissional distribui elementos orgânicos existentes no ateliê pelas várias mesas. - É pedido que os alunos desenhem esses elementos, por observação. - Alguns dos alunos dizem ser uma tarefa muito complicada, no entanto o profissional reforça a ideia de tentar e estes seguem a tarefa. - Por fim a sessão é concluída.

Observações complementares

Espaço de descrição de observações complementares consideradas pertinentes sobre a sessão observada.

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Código da Sessão Data/hora/duração Local Intervenientes

O2-2A (Equipas Educativas)

26/10/2015 14h45 45 Minutos

Ateliê Criativo Profissional do ateliê e alunos (Quatro Alunos de duas turmas diferentes)

Materiais/Recursos utilizados

Técnicas desenvolvidas

Articulação das temáticas ateliê/plano curricular

Computador, Quadro Interactivo, Diários Gráficos, Papel, Lápis de cor, Lápis de cera e Pastéis Secos

Desenho com lápis de cera e pastéis secos

Estudo do Meio – A natureza: Materiais orgânicos

Objectivos gerais das actividades desenvolvidas/Conceitos-chave

Desenvolvimento do conceito de material orgânico e posterior trabalho de desenho sobre o tema com diferentes materiais.

Comportamento da turma ao longo da sessão

(Sobre o) Profissional do ateliê (Atelierista)

(Sobre a/o) Docente que acompanha a turma

Os alunos encontram-se atentos e concentrados ao longo da sessão.

O profissional do ateliê desenvolve a sessão e acompanha os alunos no desenvolvimento dos trabalhos.

-

Descrição das actividades desenvolvidas durante a sessão

- Surgem quatro crianças no ateliê: duas delas de cada turma. - A sessão inicia-se em torno da temática da natureza, com o profissional a questionar: “O que significa ser orgânico?”. São apresentados exemplos e explicações em torno do conceito. - Uma aluna refere que “Orgânico é o que dá para fazer coisas.”. De seguida o profissional questiona se uma tesoura é orgânica e todos os alunos respondem que sim porque “dá para fazer coisas”. - De seguida o profissional explica o conceito de orgânico novamente com exemplos. Depois da explicação o profissional pede que todos escrevam nos diários gráficos: “Orgânico é tudo o que é produzido pela natureza”. - Após a correcção das frases o profissional pede que os alunos desenhem a natureza. Cada aluno desenhará diferentes elementos: florestas; mar; animais; insectos. - Os alunos utilizam vários materiais para ilustrar os desenhos: Lápis de cor, Lápis de cera e Pastéis Secos. - No final era pretendido experimentar lápis de cor aguareláveis no desenho de uma das alunas, no entanto a técnica não foi conseguida uma vez que o material não era o adequado. - Os alunos limpam as mesas e saem do ateliê.

Observações complementares

-

Código da Sessão Data/hora/duração Local Intervenientes

O3-2A (Equipas Educativas)

02/11/2015 14h30 1 Hora

Ateliê Criativo Profissional do ateliê e alunos (Quatro Alunos de duas turmas diferentes)

Materiais/Recursos Técnicas Articulação das temáticas ateliê/plano

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utilizados desenvolvidas curricular

Diários Gráficos, Papel, Pastéis de Óleo

Desenho criativo e desenho por observação

Estudo do Meio – Animais (Louva-a-deus)

Objectivos gerais das actividades desenvolvidas/Conceitos-chave

Desenvolvimento de desenhados relacionados com o tema “Louva-a-deus”

Comportamento da turma ao longo da sessão

(Sobre o) Profissional do ateliê (Atelierista)

(Sobre a/o) Docente que acompanha a turma

No geral os alunos demonstram comportamentos calmos ao longo da sessão, à excepção de uma aluna que acaba expulsa da sessão por mau comportamento.

O profissional orienta a sessão de acordo com as tarefas de trabalho que apresenta.

-

Descrição das actividades desenvolvidas durante a sessão

- Início da sessão com um breve diálogo com os alunos sobre quem já trabalhou o insecto “louva-a-deus”. - Proposta de desenho de um louva-a-deus através daquilo que os alunos sabem ou imaginam sobre o insecto. - Dois alunos desenvolvem o trabalho, outro aluno começa a trabalhar e uma aluna apresenta algumas dificuldades na tarefa (sendo necessária a intervenção do profissional do ateliê para que esta inicie). - Após o desenho concluído os alunos pintam os mesmos, enquanto outros preferem repetir a tarefa por não estarem satisfeitos com o resultado. Apenas uma aluna não termina a tarefa, obrigando o grupo a esperar que termine. - De seguida é proposta a tarefa de desenho por observação de um louva-a-deus através de uma fotografia exposta no quadro interactivo. - A aluna que anteriormente não conclui a tarefa está visivelmente agitada. Demorando bastante até iniciar a 2ª tarefa proposta, circulando pela sala e criando alguma confusão. Sendo necessário que o profissional a chame à atenção para a situação. Após várias chamadas de atenção o profissional acaba por retirar a aluna do ateliê por mau comportamento, levando-a para a sala, junto da docente. - Enquanto isso os alunos terminam os últimos desenhos e aguardam que o atelierista regresse. De seguida o profissional explica uma técnica possível de realizar com o pastel seco. Concluindo com a inclusão dos trabalhos realizados na sebenta/diário gráfico dos alunos, introduzindo também uma descrição do que foi realizado. - Já na fase de conclusão da sessão um aluno de outra turma entra no ateliê com o objectivo de mostrar desenhos realizados.

Observações complementares

-

Código da Sessão Data/hora/duração Local Intervenientes

O3-2A (Equipas Educativas)

09/11/2015 14h40 50 Minutos

Ateliê Criativo Profissional do ateliê e alunos (Quatro Alunos de duas turmas diferentes)

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Materiais/Recursos utilizados

Técnicas desenvolvidas

Articulação das temáticas ateliê/plano curricular

Computador, Quadro Interactivo, Materiais orgânicos existentes no ateliê

Sessão expositiva Estudo do Meio – A natureza: Materiais Orgânicos

Objectivos gerais das actividades desenvolvidas/Conceitos-chave

Desenvolvimento do conceito de materiais orgânicos.

Comportamento da turma ao longo da sessão

(Sobre o) Profissional do ateliê (Atelierista)

(Sobre a/o) Docente que acompanha a turma

Os alunos demonstram-se entusiasmados com os temas trabalhados.

O atelierista conduz a sessão, fomentando à participação dos alunos.

-

Descrição das actividades desenvolvidas durante a sessão

- Início da sessão com os alunos a auxiliar na limpeza das mesas. - Abordagem ao conceito de material orgânico, com uma conversa inicial sobre o tema. Após a observação de algumas dificuldades em assimilar o conceito e identificar elementos que são ou não orgânicos, o profissional utiliza recursos do ateliê para exemplificar concretamente os tipos de materiais. - O primeiro elemento a analisar é um lagarto de plástico. O profissional questiona a aluna que tem demonstrado mais dificuldades sobre qual o material de que é feito o mesmo, a aluna não se demonstra participativa e não responde. Passado algum tempo de espera pela resposta, o profissional afirma que na sua opinião considera que o animal poderá ser de plástico, a aluna concorda, participando e dizem que sim. - Após esta explicação o profissional explica e demonstra as principais diferenças entre os materiais. - Os alunos circulam pela sala para identificar quais os elementos orgânicos e não orgânicos. - No seguimento do tema um aluno questiona o profissional sobre a origem do planeta e dos animais, visto a temática dos materiais orgânicos se relacionar com elementos encontrados na natureza. - Para esta explicação o profissional utiliza recursos online como vídeos. - Durante a observação de um dos vídeos dois alunos de outra turma pedem permissão para entrar no ateliê e entregam um louva-a-deus ao profissional. - Os alunos demonstram-se bastante entusiasmados e interessados no vídeo apresentado sobre a origem da terra. - Por conclusão do tempo destinado à sessão esta termina e os alunos saem do ateliê.

Observações complementares

-

Código da Sessão Data/hora/duração Local Intervenientes

O4-2A (Equipas Educativas)

16/11/2015 14h45 45 Minutos

Ateliê Criativo Profissional do ateliê e alunos (Quatro Alunos de duas turmas diferentes)

Materiais/Recursos utilizados

Técnicas desenvolvidas

Articulação das temáticas ateliê/plano curricular

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Computador, Quadro Interactivo, Pesquisas trazidas pelos alunos, Máquina fotográfica

Sessão expositiva e de filmagens

Estudo do Meio: Animais (Louva-a-deus) e Formigas

Objectivos gerais das actividades desenvolvidas/Conceitos-chave

Apresentação de pesquisas realizadas sobre o louva-a-deus e realização de filmagens sobre as formigas.

Comportamento da turma ao longo da sessão

(Sobre o) Profissional do ateliê (Atelierista)

(Sobre a/o) Docente que acompanha a turma

Os alunos demonstram alguma agitação em diversas fases da sessão, no entanto este comportamento mais agitado não comprometeu o desenvolvimento da sessão.

O atelierista desenvolve a sessão e realiza filmagens com os alunos para a criação de um filme para apresentar no Óbidos Anima.

-

Descrição das actividades desenvolvidas durante a sessão

- Os alunos entram um pouco mais tarde no ateliê, uma vez que a sessão anterior se atrasou na sua conclusão. - Após a sua entrada na sala os alunos circulam no ateliê e observam o “louva-a-deus pau”. - Enquanto um aluno ajuda o profissional a tratar de umas fotocópias, os restantes alunos criam alguma confusão. - De seguida 2 alunos pedem para ler as pesquisas que realizaram. Por estarem num ambiente de alguma confusão, a primeira aluna a ler demonstra muitas dificuldades na leitura. O profissional pede que esta leia o texto para si antes de apresentar em voz alta, enquanto o outro aluno lê a sua pesquisa. - A primeira aluna que iniciou a leitura tem uma dúvida em relação a uma palavra do seu texto, neste sentido o profissional pesquisa na internet pelo seu significado. - De seguida a aluna lê a sua pesquisa. - Por repetidas chamadas de atenção o profissional pede a um aluno que saia do ateliê e que se desloque para a sala de aula. - Posteriormente o profissional explica aos alunos que serão realizadas filmagens para apresentar numa actividade de cinema de animação, abordando que os alunos irão ser filmados a falar sobre os vários animais trabalhados no ateliê. - Uma aluna começa por tentar gravar, como não sabe o que dizer o profissional pede para que sejam outros alunos a falar. - No final da sessão o profissional pede a ajuda dos alunos no desenvolvimento de uma tarefa relacionada com a sessão anterior: colocação de spray/laca nos desenhos realizados com pastel seco.

Observações complementares

-

Código da Sessão Data/hora/duração Local Intervenientes

O5-2A (Equipas Educativas)

23/11/2015 - 13h30

Ateliê Criativo Profissional do ateliê e alunos (Quatro Alunos de duas turmas diferentes)

Materiais/Recursos utilizados

Técnicas desenvolvidas

Articulação das temáticas ateliê/plano curricular

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Câmara fotográfica, Diários Gráficos e lápis de grafite 2B

Realização de filmagens e desenhos criativos

Estudo do Meio: Animais

Objectivos gerais das actividades desenvolvidas/Conceitos-chave

Realização de filmagens para o Óbidos Anima e criação de desenhos com insectos não-espécie.

Comportamento da turma ao longo da sessão

(Sobre o) Profissional do ateliê (Atelierista)

(Sobre a/o) Docente que acompanha a turma

Os alunos desenvolvem a sessão entusiasmados com os trabalhos propostos pelo atelierista.

O atelierista desenvolve a sessão em torno das duas actividades propostas aos alunos.

-

Descrição das actividades desenvolvidas durante a sessão

- O profissional prepara a sala para realizar filmagens sobre as formigas com os alunos. - Enquanto o atelierista prepara a sala os alunos circulam pela sala observando os animais presentes. - Três dos quatro alunos presentes realizam as filmagens. - Após a realização breve das filmagens é realizada uma deslocação ao exterior. - No exterior do ateliê o profissional pede que os alunos se sentem na relva, propondo a seguinte tarefa: Criação de um animal com a mistura de quatro espécies (Pinguim, Macaco, Cão e Gato). - Após a conclusão dos desenhos os alunos escrevem quais as espécies desenhadas. - Posteriormente o profissional pede apenas a mistura de duas espécies e o processo de desenho a lápis nos diários gráficos repete-se. - Após a conclusão dos desenhos pedidos a sessão termina e os alunos saem do ateliê.

Observações complementares

-

Código da Sessão Data/hora/duração Local Intervenientes

O6-2A (Equipas Educativas)

30/11/2015 14h30 1 Hora

Ateliê Criativo Profissional do ateliê e alunos (Duas alunas)

Materiais/Recursos utilizados

Técnicas desenvolvidas

Articulação das temáticas ateliê/plano curricular

Barro vermelho Modelação cerâmica Português: História dos Gigões e Anantes

Objectivos gerais das actividades desenvolvidas/Conceitos-chave

Modelação cerâmica sobre a história trabalhada na sala de aula e proposta pela docente.

Comportamento da turma ao longo da sessão

(Sobre o) Profissional do ateliê (Atelierista)

(Sobre a/o) Docente que acompanha a turma

As alunas demonstram-se entusiasmadas durante o desenvolvimento da tarefa.

O profissional apresenta a actividade e auxilia as alunas no processo de modelação das peças de barro, não interferindo com o trabalho das mesmas.

-

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Descrição das actividades desenvolvidas durante a sessão

- Duas alunas entram no ateliê, como a sessão anterior se prolongou um pouco mais depois do horário, as alunas ajudam na organização da sala (indo entregar diários gráficos esquecidos e ajudando na limpeza das mesas). - De seguida o profissional questiona as alunas sobre a possibilidade de trabalhar no ateliê do barro a história sugerida pela docente: “Gigões e Anantes” de Manuel António Pina. - As alunas demonstram-se entusiasmadas com a ideia proposta. Deslocam-se para o ateliê do barro e começam o trabalho realizando a moldagem de barro vermelho. - A tarefa proposta tinha como objectivo a representação de um gigão e um anante, as alunas moldam o barro sem a intervenção do profissional, concluindo os gigões e anantes de forma bastante rápida. - À medida que as alunas terminam as peças o profissional oca as mesmas, para que estas não rebentem no forno. As duas observam o processo e continuam depois o trabalho. Sendo pedido que as duas assinem os trabalhos realizados. - Posteriormente à conclusão das peças o profissional questiona as alunas sobre “Uma coisa que achem importante para a vida dos anantes e gigões.” Acrescentando, para estas pensarem numa coisa que exista no planeta dos anantes e gigões e que queiram fazer em barro. - Uma aluna sugere que “Eles precisam de amigos.”, Colocando as peças já realizadas de frente uma para a outra, dando um beijo. - A mesma aluna sugere que pode moldar a água, como elemento importante na terra desta espécie. A outra aluna diz que quer fazer plantas. - A aluna que molda a água termina a sua peça, coloca-a a secar e auxilia a colega. Juntas fazem as flores em barro da terra dos gigões e anantes. - Nesta fase o tempo da sessão termina e ambas as alunas saem do ateliê com as peças concluídas que ficam a secar.

Observações complementares

-

Código da Sessão Data/hora/duração Local Intervenientes

O7-2A (Equipas Educativas)

7/12/2015 14h30 1 Hora

Ateliê Criativo Profissional do ateliê e alunos (Dois Alunos)

Materiais/Recursos utilizados

Técnicas desenvolvidas

Articulação das temáticas ateliê/plano curricular

Computador, Quadro Interactivo, Livros presentes no ateliê e pasteis de óleo

Desenho por observação

Estudo do Meio: Animais

Objectivos gerais das actividades desenvolvidas/Conceitos-chave

Desenho por observação com pastel de óleo.

Comportamento da turma ao longo da sessão

(Sobre o) Profissional do ateliê (Atelierista)

(Sobre a/o) Docente que acompanha a turma

Comportamento calmo e concentrado ao longo de toda a sessão.

O profissional apresenta a tarefa a desenvolver e deixa as alunas a trabalhar de forma autónoma.

-

Descrição das actividades desenvolvidas durante a sessão

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- As duas alunas entram no ateliê, o profissional diz que como as alunas não têm vindo ao ateliê nas equipas educativas será boa ideia iniciar uma tarefa nova, fugindo ao tema dos insectos. - Propondo a seguinte tarefa às alunas: Escolher um livro do ateliê e escolher um animal para desenhar com pastel de óleo. - Ambas escolhem os animais que pretendem e iniciam a tarefa. O profissional coloca a imagem de um cavalo no quadro interactivo para uma das alunas desenhar, uma vez não existirem imagens de qualidade deste animal. A outra aluna desenha um golfinho encontrado. - Enquanto as alunas desenham o profissional fotografa os trabalhos realizados pela turma da sessão anterior e posteriormente desloca-se ao átrio para expor os mesmos. - As alunas desenham os animais de forma calma e concentrada, mesmo sem a presença do atelierista na sala. Ambas se queixam de algumas dificuldades no desenho por observação. - A aluna que desenha o golfinho termina a sua tarefa, arrumando os vários materiais e limpando de seguida a mesa de trabalho. Pedindo depois para sair e ir à casa de banho lavar as mãos. - A aluna que desenha o cavalo continua o seu trabalho, observando a imagem, deslocando-se mesmo ao computador para analisar vários pormenores. - De seguida o profissional chega e analisa os trabalhos das alunas, dando algumas sugestões de melhoria dos mesmos. Um das alunas realça pontos no seu desenho e termina de seguida. - Por fim as duas alunas assinam os desenhos que são depois expostos em exposição.

Observações complementares

-

Código da Sessão Data/hora/duração Local Intervenientes

O8-2A (Equipas Educativas)

18/01/2016 14h30 1 Hora

Ateliê Criativo Profissional do ateliê e alunos (Dois alunos)

Materiais/Recursos utilizados

Técnicas desenvolvidas

Articulação das temáticas ateliê/plano curricular

Papel e fita-cola Realização de escultura com técnica mista

Estudo do Meio: Animais

Objectivos gerais das actividades desenvolvidas/Conceitos-chave

Desenvolvimento de projectos em escultura sobre a temática dos animais.

Comportamento da turma ao longo da sessão

(Sobre o) Profissional do ateliê (Atelierista)

(Sobre a/o) Docente que acompanha a turma

Os alunos trabalham entusiasmadas e de forma autónoma nos respectivos projectos.

O profissional conversa com os alunos sobre o tema e propostas de trabalho, orientando os mesmos nas ideias apresentadas.

-

Descrição das actividades desenvolvidas durante a sessão

- Os alunos entram no ateliê e deslocam-se para as mesas de trabalho. O profissional leva os dois alunos para a dispensa e pede que estes escolham materiais para explorar, ou não, a obra trazida da sala de aula, intitulada: “Bichos, bichinhos e bicharocos” de Sidónio Muralha. - Após escolherem materiais como papel e fita-cola ambos se deslocam entusiasmados para

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começar os projectos de trabalho. - O profissional questiona quais os projectos que estes alunos estão a desenvolver, um aluno assume estar a fazer um celeiro, tal como foi falado pela docente na aula. Enquanto a aluna desenvolve um cavalo. O profissional aponta no dossiê de registo de sessão as ideias de projecto dos alunos. - Os alunos trabalham de forma calma, referindo o ponto de situação de cada projecto. - O aluno questiona o porquê da mesa de luz estar ligada, o profissional responde que está ligada uma vez que os alunos podem querer experimentar alguma questão ou ideia na mesma. - Ambos os alunos se deslocam até à mesa de luz com os seus projectos em papel, experimentando quais os efeitos observados. - Depois de voltarem para as respectivas mesas de trabalho, um profissional (animador) entra no ateliê e questiona o que é que os alunos estão a fazer, os dois explicam entusiasmados o trabalho que desenvolvem. - No restante tempo continuam a desenvolver os projectos em papel e fita-cola. - Após concluído o tempo de sessão o profissional pede que estes arrumem os projectos que poderão continuar mais tarde. - Conclusão da sessão valorizando a atitude dos alunos que tiveram a iniciativa de escolher materiais e decidir o trabalho que desenvolveram.

Observações complementares

-

Código da Sessão Data/hora/duração Local Intervenientes

O9-2A (Equipas Educativas)

25/01/2016 14h50 40 Minutos

Ateliê Criativo Profissional do ateliê e alunos (Três alunos de duas turmas diferentes)

Materiais/Recursos utilizados

Técnicas desenvolvidas

Articulação das temáticas ateliê/plano curricular

Papel, lápis de cera, água e pincéis

Desenho com lápis aguareláveis

Estudo do Meio – Animais (Piolho)

Objectivos gerais das actividades desenvolvidas/Conceitos-chave

Desenho de piolhos sem referências visuais.

Comportamento da turma ao longo da sessão

(Sobre o) Profissional do ateliê (Atelierista)

(Sobre a/o) Docente que acompanha a turma

Os alunos desenvolvem os trabalhos de forma calma e entusiasmados com o tema proposto.

O atelierista orienta a sessão de acordo com o tema e propostas de trabalho.

-

Descrição das actividades desenvolvidas durante a sessão

- A professora de uma das turmas desloca-se ao ateliê, trazendo consigo dois alunos, referindo posteriormente que iria deslocar-se até à sala da outra turma de 2º ano no sentido de saber se o profissional pretende enviar algum aluno para o momento das equipas educativas. - Entra mais um aluno na sala que rapidamente se desloca para a mesa de trabalho. - O tema escolhido para a sessão será o piolho, nesse sentido os alunos desenham este animal sem qualquer referência visual do mesmo. - O profissional, estando sentado na sua secretária junto ao computador pesquisa imagens

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sobre este animal, no entanto o quadro interactivo está desligado, impossibilitando a visualização dos alunos. Nesta fase os alunos demonstram estar curiosos para ver imagens sobre o piolho, uma vez não se recordarem da anatomia do mesmo. Apesar da curiosidade demonstrada o profissional não permite que os alunos visualizem as imagens, pretendo que estes desenhem sem referências. - Utilizando lápis de cera aguareláveis os três alunos desenham em silêncio, falando pontualmente de aspectos que conhecem sobre o piolho. - Um aluno termina e o profissional vai buscar água para a segunda fase do trabalho: aguarelar os desenhos com a ajuda de um pincel. - Após a conclusão do primeiro desenho o profissional propõe uma segunda tarefa: Desenhar uma família de piolhos. - Um aluno afirma: “Vou começar, vou fazer um piolho tetra tetra avô!” - Todos os alunos trabalham em silêncio no seu desenho, à semelhança do que ocorre ao longo de toda a sessão. - Terminados os dois trabalhos o profissional pede que os alunos identifiquem os trabalhos com título e nomes. - Concluída a sessão o profissional pede que os alunos arrumem e limpem os materiais utilizados, posteriormente os alunos saem do ateliê.

Observações complementares

-

Código da Sessão Data/hora/duração Local Intervenientes

O10-2A (Equipas Educativas)

15/02/2016 14h30 1 Hora

Ateliê Criativo Profissional do ateliê e alunos (Quatro alunos de duas turmas diferentes)

Materiais/Recursos utilizados

Técnicas desenvolvidas

Articulação das temáticas ateliê/plano curricular

Papel, lápis grafite e lápis de cera

Desenho com lápis de cera

Matemática: Rectas, semi-rectas e segmentos de rectas

Objectivos gerais das actividades desenvolvidas/Conceitos-chave

Desenvolvimento de desenhos com o tema proposto pela docente como estratégia de assimilar os diferentes tipos de rectas existentes.

Comportamento da turma ao longo da sessão

(Sobre o) Profissional do ateliê (Atelierista)

(Sobre a/o) Docente que acompanha a turma

Alunos calmos e concentrados ao longo da sessão.

O profissional orienta a sessão e esclarece os diferentes tipos de rectas existentes com a participação dos alunos.

-

Descrição das actividades desenvolvidas durante a sessão

- Dois alunos entram na sessão, o profissional recebeu anteriormente indicações da docente para desenvolver um tema específico inicia a sessão. - Conversa sobre: Rectas, Semi-rectas e segmentos de recta. O profissional explica o tema questionando os alunos e utilizando exemplos. - O aluno presente na sala explica à sua colega o tema em questão. - Concluídas as explicações sobre o tema o profissional propõem uma actividade: Realizar um

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desenho utilizando os vários tipos de rectas abordadas. - Por volta das 15h duas alunas de uma outra turma de 2.º Ano entram no ateliê, o profissional repete a conversa anterior sobre o tema, propondo também às alunas que estas iniciam o trabalho que os colegas desenvolvem. - Todos trabalham em silêncio, o profissional desloca-se para junto dos alunos, auxiliando os mesmos no desenvolvimento das tarefas e reforçando os conceitos abordados. - Concluídos os desenhos o profissional pede que os alunos indiquem e escrevam no trabalho onde estão os tipo de recta abordados. - Por fim, o profissional pede que os alunos pintem os desenhos, escolhendo qual o material que pretendem. Todos escolhem o lápis de cera. - Todos os trabalhos são coloridos à excepção de um, uma vez que a aluna em questão apresentou inúmeros momentos de desconcentração na sessão. - Terminados os trabalhos os alunos saem do ateliê.

Observações complementares

-

Código da Sessão Data/hora/duração Local Intervenientes

O11-2A (Equipas Educativas)

22/02/2016 14h50 50 Minutos

Ateliê Criativo Profissional do ateliê e alunos (Quatro alunos de duas turmas diferentes)

Materiais/Recursos utilizados

Técnicas desenvolvidas

Articulação das temáticas ateliê/plano curricular

Papel de cenário e pastel seco

Desenho com pastel seco

Matemática: Linhas poligonais e linhas não poligonais

Objectivos gerais das actividades desenvolvidas/Conceitos-chave

Desenho de linhas poligonais com pastel seco num papel de cenário de grandes dimensões.

Comportamento da turma ao longo da sessão

(Sobre o) Profissional do ateliê (Atelierista)

(Sobre a/o) Docente que acompanha a turma

Alunos entusiasmados no desenvolvimento da tarefa ao longo da sessão.

O atelierista apresenta a tarefa e observa os alunos enquanto estes desenvolvem o trabalho, apoiando o grupo ao longo da sessão.

-

Descrição das actividades desenvolvidas durante a sessão

- Dois alunos entram no ateliê. - Conversa sobre linhas poligonais e linhas não poligonais. - Entram mais dois alunos na sala. - O profissional questiona se todos os alunos conhecem o tema. Todos os alunos estão a dar a mesma matéria, nesse sentido a actividade será desenvolvida sobre o assunto. - O profissional coloca uma folha de papel de cenário do tamanho da mesa e todos os alunos se colocam em torno da mesma. - O profissional propõe a tarefa: Desenho de linhas poligonais utilizando pastéis secos. Uma aluna afirma que é imprescindível utilizar régua para desenhar estas rectas. No entanto o profissional refere que é um exercício experimental e a não utilização de régua ajuda os alunos no desenvolvimento da capacidade de realizar rectas sem recurso à ferramenta em questão.

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- Utilizando pastel seco todos os alunos iniciam o desenho de linhas poligonais. - Após algum tempo de desenho o profissional pede aos alunos que estes se desloquem para a direita, continuando o desenho na área de trabalho do colega. - Os alunos continuam a desenhar, experimentando além de simples linhas, criar letras e objectos com linhas poligonais. - O profissional volta a fazer uma pausa na sessão e pede novamente para que os alunos se desloquem um lugar para a direita. - Os alunos continuam as experiências com as linhas e uma aluna desenha uma borboleta com linhas poligonais. - Os alunos trabalham entusiasmados com as experiências que desenvolvem no papel, tentando desenhar um cubo. O profissional aproveita essa questão para desenvolver uma segunda actividade após a conclusão dos desenhos. - A actividade relacionada com o cubo teve como tarefa o desenho por fases de quatro cubos, figuras que depois de unidas a um ponto no centro apresenta várias perspectivas possíveis. - Concluído o tempo de sessão os alunos saem da sala.

Observações complementares

-

Código da Sessão Data/hora/duração Local Intervenientes

O12-2A (Equipas Educativas)

07/03/2016 14h30 1 Hora

Ateliê Criativo Profissional do ateliê e alunos (Dois alunos)

Materiais/Recursos utilizados

Técnicas desenvolvidas

Articulação das temáticas ateliê/plano curricular

Pastel seco e cartolinas Desenho com pastel seco

Matemática: Polígonos

Objectivos gerais das actividades desenvolvidas/Conceitos-chave

Desenvolvimento de polígonos utilizando pastéis secos sobre cartolina.

Comportamento da turma ao longo da sessão

(Sobre o) Profissional do ateliê (Atelierista)

(Sobre a/o) Docente que acompanha a turma

Os dois alunos trabalham de forma calma e sem registos de mau comportamento.

O atelierista apoia os dois alunos ao longo do desenvolvimento da tarefa proposta.

-

Descrição das actividades desenvolvidas durante a sessão

- Entram dois alunos na sessão. - Consultando o livro de matemática o profissional questiona os alunos sobre como se chama a polígono de 4 lados irregulares. - Utilizando uma cartolina azul e pasteis secos o profissional propõe aos alunos que estes que desenhem um polígono irregular com quatro lados. Pintando posteriormente os mesmos com o mesmo material. - O profissional troca as folhas, ficando a aluna com o desenho do seu colega e vice-versa. - O profissional pede aos alunos para que estes desenhem de novo, com uma cor diferente. - Ocorre uma nova troca de folhas e o profissional lança o desafio: Desenhar um polígono irregular com 6 lados. - Um dos alunos apresenta algumas dificuldades, repetindo o exercício, conseguindo por fim realizar a tarefa.

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- A tarefa avança de forma semelhante até ser proposto o desenho de um polígono com oito lados diferentes. - De seguida a tarefa proposta é a de desenhar um polígono irregular com apenas três lados e de seguida com dez lados. - Para concluir a tarefa o profissional pede aos alunos que estes pintem o fundo do trabalho com uma cor que contraste no desenho. - Os dois alunos deslocam-se até ao ateliê do barro para lavar as mãos. - De seguida o profissional pede à aluna que escreva uma legenda para expor os trabalhos. - Por ainda restar tempo de sessão é proposta uma nova tarefa: Desenho individual com vários polígonos a pastel de óleo. - Os dois alunos desenvolvem os respectivos desenhos, a aluna desenha um relvado e uma casa, já o aluno opta por desenhar um robot, recorrendo a polígonos. - Após a conclusão dos trabalhos estes são assinados pelos respectivos alunos de acordo com as orientações do atelierista. - A sessão é concluída e os alunos deslocam-se ao exterior para a exposição dos desenhos no corredor.

Observações complementares

-

Código da Sessão Data/hora/duração Local Intervenientes

O13-2A (Equipas Educativas)

04/04/2016 14h30 1 Hora

Ateliê Criativo Profissional do ateliê e alunos (Três alunos da mesma turma)

Materiais/Recursos utilizados

Técnicas desenvolvidas

Articulação das temáticas ateliê/plano curricular

Barro, vidrados Aplicação de vidrados e criação de alfinetes de peito

Estudo do Meio: Animais (Abelhas) Dia da Mãe

Objectivos gerais das actividades desenvolvidas/Conceitos-chave

Desenvolvimento de dois projectos distintos: Conclusão de uma peça em barro sobre as abelhas e criação de presentes para o dia da mãe em barro.

Comportamento da turma ao longo da sessão

(Sobre o) Profissional do ateliê (Atelierista)

(Sobre a/o) Docente que acompanha a turma

Os alunos desenvolvem os trabalhos de modo calmo e concentrado, colocando apenas questões ao atelierista.

Considerando a natureza das actividades desenvolvida o profissional auxilia os alunos.

-

Descrição das actividades desenvolvidas durante a sessão

- Três alunos iniciam a sessão entrando no ateliê criativo, posteriormente deslocam-se para o ateliê do barro. - Um aluno ainda não teria concluído a vidragem da sua peça em barro sobre as abelhas, nesse sentido o profissional questiona qual a técnica que pretende utilizar para colorir a respectiva peça. - Para explicar as várias possibilidades de trabalho o profissional utiliza trabalhos já concluídos como exemplo. - O aluno refere preferir vidrados e o atelierista prepara os vidrados que o aluno irá utilizar.

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- De seguida o profissional desloca-se junto das duas alunas que irão desenvolver trabalhos sobre o dia da mãe: realização de alfinetes de peito em barro. - A tarefa é explicada e são desenhados círculos com recurso a uma forma redonda. Nestes círculos as alunas deverão realizar projectos do alfinete que pretendem realizar. - O profissional observa os trabalhos das duas alunas dando o seu feedback. - Posteriormente as alunas continuam a desenvolver os seus projectos enquanto o atelierista prepara o barro que posteriormente será utilizado no alfinete. - O aluno que se encontra a vidrar a abelha desloca-se junto do profissional afirmando ter concluído a sua peça. O profissional conversa com o aluno no sentido de compreender se toda a peça está realmente terminada, concluindo-se que apenas falta utilizar vidrado transparente nas asas da abelha. - É preparado o vidrado e o aluno conclui a sua peça. - De seguida o profissional corta o barro de forma circular para que as alunas desenhem o projecto escolhido dos esboços realizados ao longo da sessão. - As duas alunas realizam o trabalho concluindo o mesmo. - Todos os trabalhos são colocados a secar e são limpos os materiais utilizados.

Observações complementares

-

Código da Sessão Data/hora/duração Local Intervenientes

O14-2A (Equipas Educativas)

11/04/2016 14h30 1 Hora

Ateliê Criativo e Ateliê do Barro

Profissional do ateliê e alunas (Duas alunas)

Materiais/Recursos utilizados

Técnicas desenvolvidas

Articulação das temáticas ateliê/plano curricular

Barro branco, forma redonda, diários gráficos, lápis 2B e lápis de cor

Desenvolvimento de alfinetes de peito em barro

Dia da Mãe

Objectivos gerais das actividades desenvolvidas/Conceitos-chave

Criação de prendas em barro para o dia da mãe.

Comportamento da turma ao longo da sessão

(Sobre o) Profissional do ateliê (Atelierista)

(Sobre a/o) Docente que acompanha a turma

As alunas desenvolvem o trabalho de acordo com as orientações do profissional.

O atelierista coordena o trabalho das alunas para que estas trabalhem de forma autónoma.

-

Descrição das actividades desenvolvidas durante a sessão

- As alunas entram na sala do ateliê criativo com os diários gráficos. - Enquanto o profissional auxilia vários alunos, que trabalham em projectos independentes à sessão que irá iniciar, as duas alunas aguardam pelo atelierista. - De seguida o profissional analisa os projectos das duas alunas, que irão ser desenvolvidos no ateliê do barro. - O profissional, as duas alunas e um segundo profissional (que possui consigo uma câmara de filmar), deslocam-se para o ateliê do barro. - O profissional desloca-se para junto do barro já moldado propositadamente para este projecto, pedindo às alunas que cortem as formas que irão utilizar para desenhar o projecto do dia da mãe. - Enquanto as duas alunas cortam o barro, o segundo profissional filma o processo.

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- Posteriormente o profissional do ateliê explica às duas alunas o trabalho que deverá ser feito: desenho no pedaço de barro do projecto para o dia da mãe. - As alunas iniciam o desenho enquanto o profissional observa as mesmas, nesta fase continua a ser filmada a sessão. - A coordenadora do complexo escolar entra no ateliê, observando o trabalho das alunas. As filmagens são interrompidas e o profissional que se encontrava a filmar conversa com a profissional. - Ambos saem do ateliê do barro. - O profissional do ateliê observa os trabalhos das alunas, pedindo que estas identifiquem os respectivos projectos. - De seguida os dois trabalhos são colocados a secar. - Considerando ainda faltar algum tempo para a conclusão da sessão o profissional pede às alunas que desenvolvam estudos de cor para os respectivos trabalhos. - Os estudos de cor serão realizados no ateliê criativo, desse modo o atelierista pede para que as duas alunas se desloquem para o respectivo espaço. - Antes da saída as duas alunas estas observam os vários trabalhos em barro presentes no ateliê, observando os projectos desenvolvidos pela turma sobre a abelha. - De seguida é realizada a deslocação para o ateliê criativo. Neste espaço o atelierista pede às alunas que realizem estudos de cor com o projecto criado em barro, utilizando lápis de cor. - As duas alunas desenvolvem os respectivos estudos com o posterior feedback do profissional. - Concluída a sessão as alunas saem do ateliê.

Observações complementares

-

Código da Sessão Data/hora/duração Local Intervenientes

O15-2A (Equipas Educativas)

18/04/2016 14h47 40 Minutos

Ateliê do Barro Profissional do ateliê e alunos (10 Alunos)

Materiais/Recursos utilizados

Técnicas desenvolvidas

Articulação das temáticas ateliê/plano curricular

Barro branco, forma redonda, diários gráficos, lápis 2B e lápis de cor

Desenvolvimento de alfinetes de peito em barro

Dia da Mãe

Objectivos gerais das actividades desenvolvidas/Conceitos-chave

Criação de prendas em barro para o dia da mãe.

Comportamento da turma ao longo da sessão

(Sobre o) Profissional do ateliê (Atelierista)

(Sobre a/o) Docente que acompanha a turma

Todos os trabalhos são desenvolvidos de modo muito breve sem registo de situações de mau comportamento ou agitação.

O profissional orienta os vários trabalhos de modo a agilizar o desenvolvimento do projecto em questão.

-

Descrição das actividades desenvolvidas durante a sessão

- O atelierista encontra-se no exterior do ateliê com uma profissional do gabinete de educação, pedindo aos alunos que escolham um livro e observem os animais apresentados no mesmo.

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- Antes de iniciarem a tarefa os alunos circulam pelo ateliê, observando as lagartixas e os vários objectos presentes no ateliê, conversando sobre vários assuntos não relacionados com a tarefa proposta pelo profissional. - O atelierista regressa e é realizada a deslocação para o ateliê do barro. - No ateliê o profissional recorta com uma forma circular dois pedaços de barro para que os alunos realizem os respectivos projectos. - Os dois alunos elaboram os desenhos. Nesta fase um profissional da informática desloca-se ao ateliê, pedindo para levar o computador da sala ao lado para arranjar o mesmo. - Quando o profissional se ausenta os dois alunos ficam agitados, acalmando quando este regressa poucos minutos depois. - Os dois alunos concluem o trabalho colocando os respectivos nomes. - Posteriormente os dois alunos saem do ateliê, chamando dois colegas para que possam fazer o mesmo trabalho. - Chegam dois alunos que realizam os desenhos com as formas já cortadas. O trabalho é realizado de modo muito breve e após a identificação dos mesmos os alunos saem do ateliê, chamando dois colegas da sala para a mesma actividade. - De seguida chegam mais dois alunos ao ateliê, o profissional corta barro e dá instruções aos alunos do trabalho que deverá ser feito. Considerando que uma aluna faz uma pequena adaptação no respectivo projecto. - Os dois alunos concluem o respectivo trabalho e saem do ateliê, sendo pedidos mais dois alunos para realizar o alfinete para o dia da mãe. - Chegam duas alunas ao ateliê, novamente são dadas as instruções para o desenvolvimento do trabalho, considerando que uma aluna não teria ainda projecto no diário gráfico. - Concluindo o trabalho os alunos escrevem o nome das mesmas e saem do ateliê.

Observações complementares

-

Código da Sessão Data/hora/duração Local Intervenientes

O16-2A (Equipas Educativas)

02/05/2016 14h45 45 Minutos

Ateliê Criativo Profissional do ateliê e alunos (2 Alunas)

Materiais/Recursos utilizados

Técnicas desenvolvidas

Articulação das temáticas ateliê/plano curricular

Papel reciclado A3, carvão e pastel seco

Desenho com pastel seco e carvão

Português – “Príncipe com orelhas de burro” (Sugestão da docente)

Objectivos gerais das actividades desenvolvidas/Conceitos-chave

Desenvolvimento de trabalhos de ilustração sobre a história proposta pela docente.

Comportamento da turma ao longo da sessão

(Sobre o) Profissional do ateliê (Atelierista)

(Sobre a/o) Docente que acompanha a turma

As duas alunas desenvolveram a tarefa considerando as orientações recebidas e de forma concentrada.

O profissional apresenta a tarefa de trabalho e orienta as alunas perante a utilização de um novo material (carvão).

-

Descrição das actividades desenvolvidas durante a sessão

- As alunas chegam ao ateliê do barro e aguardam que o profissional limpe o respectivo espaço para posteriormente iniciarem a sessão.

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- Enquanto limpa o espaço o atelierista questiona as alunas sobre o tema da sessão, uma história já trabalhada na sala de aula. - As duas alunas contam ao atelierista a história do “Príncipe com orelhas de burro.” Uma aluna, proferindo a sua explicação refere: “O príncipe nasceu com orelhas de burro, porque as fadas fadaram que ele tivesse orelhas de burro porque não se pode ter só coisas boas na vida.”. - Concluída a história é debatido qual o material que será utilizado. Uma aluna sugere barro, no entanto o atelirista refere que não existe tempo suficiente e são lançadas mais propostas pelas alunas: “Aguarela e lápis que borram”. - O profissional refere também qual é a sua sugestão: “Lápis de Carvão”. As alunas concordam com a proposta. - Estabelecido o material de trabalho o profissional apresenta exemplos de trabalhos realizados com este material. Após observar as imagens encontradas na internet as alunas deslocam-se ao átrio para observar um trabalho realizado com a mesma técnica por um aluno do 5º ano. - Regressados ao ateliê criativo as duas alunas deslocam-se para as mesmas de trabalho. O atelierista distribui lápis de carvão, pastel seco e folhas de papel reciclado. - Após identificadas as filhas de trabalho o profissional refere que estas podem escolher a orientação da folha vertical ou horizontal, sendo importante que as alunas desenhem o elemento da história mais marcante para ambas. - Estas iniciam o desenvolvimento dos desenhos, trabalhando de forma autónoma e em silêncio. - O atelierista refere algumas indicações para a utilização dos lápis de carvão. - Uma aluna queixa-se por ter o desenho bastante borrado. Deslocando-se junto do profissional, este refere que é normal que a aluna tenha borrado o desenho, podendo repetir o exercício. - Esta concorda e inicia o novo desenho, desenhando de acordo com as orientações do profissional para que possa melhorar relativamente ao trabalho anterior. - As duas alunas desenham sem a intervenção do profissional. - Uma aluna conclui o trabalho e o profissional sugere que esta faça um segundo desenho irá servir para o título da exposição quando os trabalhos forem expostos. - A aluna aceita o desafio e inicia o desenho. - A segunda aluna conclui também o seu trabalho. - A aluna a desenvolver o desenho que será o título de uma futura exposição termina o trabalho com a ajuda do atelierista. - De seguida as duas alunas saem do ateliê para lavarem as mãos. - Após lavarem as mãos as alunas regressam ao ateliê para limpar as mesas de trabalho, sendo auxiliadas pelo atelierista. Posteriormente as duas saem do ateliê.

Observações complementares

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Anexo 6: As observações de sessões variadas (1.º Ano, 2.º Ano, 3.º Ano e

Jardim de Infância)

Código da Sessão Data/hora/duração Local Intervenientes

O1-1A (Complexo Escolar do Alvito)

18/01/2016 9h30 2 Horas e 30 Minutos

Ateliê Criativo Profissional do ateliê, Alunos, Docente e profissional do ateliê do Complexo Escolar do Alvito

Materiais/Recursos utilizados

Técnicas desenvolvidas

Articulação das temáticas ateliê/plano curricular

Papel e lápis 2B Desenho criativo Livro sobre a saudade

Objectivos gerais das actividades desenvolvidas/Conceitos-chave

Desenvolvimento da capa de um livro que irá participar num concurso.

Comportamento da turma ao longo da sessão

(Sobre o) Profissional do ateliê (Atelierista)

(Sobre a/o) Docente que acompanha a turma

Os alunos apresentam um comportamento calmo e curioso no início da sessão perante o novo espaço que estão a visitar.

O atelierista faz um balanço global do ponto de situação do trabalho que os alunos estão a desenvolver e posteriormente são iniciados os respectivos desenhos.

-

Descrição das actividades desenvolvidas durante a sessão

- Os alunos entram no ateliê e observam o espaço, bem como os diferentes objectos presentes. - Após a apresentação inicial inicia-se uma conversa sobre o trabalho que estão a desenvolver com a atelierista, os alunos afirmam estar a fazer o livro da saudade. - Inicia-se uma conversa sobre o tema “saudade”, quando o profissional questiona: “O que é a saudade?”. Um aluno responde que “É não ver alguém durante muito tempo, como um tio ou um primo que está longe”. - Após a resposta do aluno o profissional questiona se só se sente saudades de pessoas, ou se também sente saudades de coisas. - Após a conversa sobre a saudade o profissional avança para o ponto de situação sobre o trabalho do livro que estão a fazer. Questionando o que já foi realizado, as cores utilizadas e o que falta fazer. - Os alunos afirmam faltar realizar a capa. Nesse sentido o profissional questiona os alunos sobre a utilidade deste elemento do livro. No geral todos os alunos concordam que a capa é um elemento muito importante no livro e que por isso mesmo deve ser bonita. - São debatidos os elementos que devem estar presentes numa capa de livro. Um aluno afirma que seria importante ter um símbolo, outros alunos laçam a ideia de que seria boa ideia inserir o símbolo do Alvito. - Vários alunos dão ideias e são debatidas quais as propostas que os alunos preferem e gostam, ou não.

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- É feita uma pausa na sessão para os alunos lancharem. - De seguida voltam ao ateliê, deslocando-se para as mesas de trabalho. - A todos os alunos é dada uma folha de papel branco em A4. Para recomeçar a sessão o profissional questiona um aluno em específico sobre uma possível ideia para a capa. Apesar de este não ter quaisquer ideias para o desenho o trabalho avança na sessão. - O profissional divide a turma em grupos de trabalho: o grupo que deu a ideia de criar um símbolo, outro que teve a ideia de desenhar pessoas a escrever cartas para alguém de quem se sente saudades e por fim a restante turma que desenha algo que possa ficar na capa relacionado com a saudade. - São distribuídos os alunos pelos vários grupos e estes iniciam o trabalho. - O profissional responde a várias dúvidas dos alunos e dá também várias dicas e conselhos, bem como algumas regras do ateliê. - Os alunos trabalham nos seus desenhos, abordando várias vezes os profissionais com questões. - O profissional debate com a docente algumas ideias e possibilidades para criar a capa. - Os alunos trabalham enquanto o profissional prepara alguns materiais para o trabalho da capa do livro, debatendo com a docente. - O profissional pede a atenção dos alunos, questionando os mesmos sobre as melhores soluções para a capa. Alguns alunos referem que o símbolo deve ser colocado à frente em grande, um aluno diz que este poderia estar atrás. Esta questão é debatida e é considerado que a melhor ideia será colocar o símbolo atrás e dá novas indicações ao grupo responsável por esse elemento. - Em relação aos restantes desenhos o profissional coloca todos os desenhos no chão e pede que os alunos votem em qual consideram ser a melhor opção para a capa. Todos os alunos votam, um a um deslocando-se para os trabalhos. - No final é escolhido o trabalho de uma aluna, por reunir maior número de votos. - Conversa no final da sessão sobre o ponto de situação do trabalho: Abordando o que já foi trabalhado e o que falta fazer. Fica marcado que na próxima semana os alunos irão voltar para terminar a capa e colorir os desenhos.

Observações complementares

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Código da Sessão Data/hora/duração Local Intervenientes

O2-3A (Sessão excepcional a pedido de uma animadora)

20/01/2016 14h30 2 Horas e 30 minutos

Ateliê Criativo Profissional do ateliê, alunos e animadora (4 Alunos)

Materiais/Recursos utilizados

Técnicas desenvolvidas

Articulação das temáticas ateliê/plano curricular

Azulejos em chacota, pincéis e vidrados

Azulejaria Bordados de Óbidos em azulejaria

Objectivos gerais das actividades desenvolvidas/Conceitos-chave

Desenvolvimento de um projecto em azulejaria sobre os bordados tradicionais de Óbidos.

Comportamento da turma ao longo da sessão

(Sobre o) Profissional do ateliê (Atelierista)

(Sobre a/o) Docente que acompanha a turma

Os alunos demonstram-se interessados no trabalho que irão desenvolver e trabalham

O profissional orienta os alunos no domínio da nova técnica de trabalho.

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de forma concentrada.

Descrição das actividades desenvolvidas durante a sessão

- A animadora entra no ateliê e distribui pelos alunos os projectos realizados na sala sobre os bordados de Óbidos. - O profissional questiona os alunos sobre algumas peças existentes no ateliê, para saber a quem pertence alguns dos trabalhos já secos ou cozidos. - O profissional coloca em cima da mesa os azulejos que serão utilizados para o processo de azulejaria. De seguida demonstra aos alunos como verificar se azulejos estão em condições de serem trabalhados, explicando também o porquê destes não estarem vidrados mas sim em chacota (barro cozido uma vez apenas). - De seguida o profissional inicia o processo de explicação de como passar os desenhos para o azulejo. Realçando a importância de não mexer o azulejo e passar o carvão para o mesmo. - O profissional circula pelos vários alunos com o objectivo de os auxiliar e verificar os trabalhos realizados. - A animadora circula pela sala e tira fotografias do trabalho dos alunos, abordando algumas dificuldades sentidas com o profissional. - Os alunos desenham em pastel de óleo os traços que anteriormente estavam apenas com carvão apenas. - Posteriormente o profissional pede que os alunos arrumem os desenhos junto com o papel vegetal. - Colocando os desenhos coloridos em frente aos azulejos o profissional insere o tema da fase seguinte: Vidrar com as respectivas cores. - Uma vez que as peças irão criar um painel em conjunto decide-se que o junto será preto, de forma a realçar o trabalho dos alunos. - O profissional reúne as cores que serão utilizadas. - Nesta fase o profissional aborda os alunos sobre a importância de estes se acalmarem nesta fase do trabalho. Considerando a dificuldade em vidrar os azulejos. - Para exemplificar o profissional pinta um elemento do trabalho de uma aluna. Explicando que os alunos irão partilhar as cores, existindo apenas uma taxa de vidrado para cada cor. - De seguida os alunos iniciam a tarefa, vidrando o azulejo. Considerando que a cor amarela era a única preparada todos vidram os elementos em amarelo dos respectivos trabalhos. - Após uma pausa para o intervalo os alunos voltam para o ateliê para continuar o trabalho. - Nesta fase os alunos ficam um pouco mais agitados, considerando que a animadora se ausentou por não poder estar presente no restante período da sessão. - Os alunos continuam a vidrar os respectivos azulejos, o profissional prepara as restantes cores. - De acordo com os projectos, preparados na sala de aula, os alunos continuam a desenvolver o trabalho. - Após vidrar todos os pormenores dos azulejos com cores específicas é passada à fase de vidrar de preto o fundo. - Enquanto o profissional prepara o vidrado preto os alunos ajudam com a limpeza de alguns materiais necessários. - Posteriormente o profissional auxilia os alunos, demonstrando qual a melhor maneira de aplicar vidrado no fundo. - De seguidas os alunos executam o trabalho em cada azulejo. - Nesta fase os alunos trabalham em silêncio e de forma concentrada. - A primeira aluna conclui e desloca-se para a sala de aula depois de lavar o pincel utilizado. - No geral todos os alunos vão terminando e o profissional auxilia todos na conclusão dos trabalhos e na correcção de alguns aspectos específicos. - No fim da sessão vários alunos auxiliam na limpeza da sala.

Observações complementares

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Código da Sessão Data/hora/duração Local Intervenientes

O3-1A (Complexo Escolar do Alvito)

25/01/2016 10h50 1 Hora

Ateliê Criativo Profissional do ateliê, Alunos, Docente e profissional do ateliê do Complexo Escolar do Alvito

Materiais/Recursos utilizados

Técnicas desenvolvidas

Articulação das temáticas ateliê/plano curricular

Papel e lápis 2B Desenho criativo Livro sobre a saudade

Objectivos gerais das actividades desenvolvidas/Conceitos-chave

Desenvolvimento da capa de um livro que irá participar num concurso.

Comportamento da turma ao longo da sessão

(Sobre o) Profissional do ateliê (Atelierista)

(Sobre a/o) Docente que acompanha a turma

A turma demonstrou-se um pouco agitada à chegada ao ateilê. Ao longo do desenvolvimento dos respectivos trabalhos observa-se uma melhoria do comportamento da turma.

O profissional orienta a sessão no desenvolvimento do projecto que a turma se encontra a realizar.

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Descrição das actividades desenvolvidas durante a sessão

- A sessão estando marcada para as 9h30 contou com a presença do atelierista e da atelierista do complexo escolar do alvito. Até cerca das 10h30 a docente não apresentou qualquer aviso de atraso ou de impossibilidade de estar presente. Por volta respectiva hora a profissional do ateliê do complexo do alvito assume que vai embora por ter bastante trabalho no seu complexo escolar. - Por volta das 10h40 a docente liga a avisar que se a deslocar para o complexo escolar dos arcos e que está atrasado. - Às 10h50 os alunos entram no ateliê e deslocam-se para as mesas de trabalho. - Os três profissionais conversam entre si e nesta fase gera-se algum barulho na turma. - Posteriormente o profissional desloca-se à dispensa para reunir o trabalho dos alunos. Organizando os trabalhos desenvolvidos, um pequeno grupo responsável pela parte de trás da capa, uma aluna que desenhou o trabalho eleito para a frente da capa e os restantes trabalhos. - De seguida todos os trabalhos são distribuídos, sendo importante que todos os desenhos sejam concluídos, mesmo que não sejam considerados elementos a estar presentes na capa do livro. - Um aluno desloca-se para junto da professora com o objectivo de escrever, com o apoio da mesma, alguns elementos que irão fazer parte da capa do livro. - O profissional circula pela sala distribuindo materiais e dando orientações para a conclusão dos desenhos. - A atelierista do alvito circula também pela sala auxiliando os alunos nas várias tarefas. - Todos os alunos pintam os trabalhos com pastel de óleo, apenas um aluno utiliza o lápis de

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cera aguareláveis, uma vez que estava a colorir parte da contracapa. - Os trabalhos desenvolvem-se com os mesmos grupos iniciais, os profissionais circulam pela sala ajudando os alunos, enquanto a docente organiza os vários desenhos já existentes para compor o interior do livro. - Os alunos vão terminando os desenhos, deslocando-se posteriormente à casa de banho para lavar as mãos. - Os alunos com desenhos terminados sentam-se no chão em torno do quadro interactivo, enquanto dois alunos continuam o trabalho do livro. - O profissional apresenta no quadro interactivo imagens do trabalho fotográfico de um artista que utiliza mel sobre pessoas e animais. - Conversa posterior sobre as abelhas e a produção de mel. - Apresentação de um favo de uma colmeia, explicando aos alunos a sua utilidade. - Continuação da conversa sobre as abelhas e os produtos que estas podem produzir. - Conclusão dos trabalhos desenvolvidos e da conversa sobre as abelhas. - Os alunos saem do ateliê.

Observações complementares

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Código da Sessão Data/hora/duração Local Intervenientes

O4-3A (Sessão excepcional a pedido de uma animadora)

27/01/2016 14h30 1 Hora

Ateliê Criativo Profissional do ateliê, alunos e animadora (5 Alunos)

Materiais/Recursos utilizados

Técnicas desenvolvidas

Articulação das temáticas ateliê/plano curricular

Azulejos em chacota, pincéis e vidrados

Azulejaria Bordados de Óbidos em azulejaria

Objectivos gerais das actividades desenvolvidas/Conceitos-chave

Desenvolvimento de um projecto em azulejaria sobre os bordados tradicionais de Óbidos.

Comportamento da turma ao longo da sessão

(Sobre o) Profissional do ateliê (Atelierista)

(Sobre a/o) Docente que acompanha a turma

Os alunos desenvolvem o trabalho proposto pelo docente de acordo com as respectivas indicações enfrentando algumas dificuldades no processo de aplicação de vidrado.

O profissional dinamiza a sessão e é fundamental no desenvolvimento do trabalho, considerando as dificuldades dos alunos.

-

Descrição das actividades desenvolvidas durante a sessão

- Os alunos entram no ateliê e deslocam-se para junto dos projectos que irão trabalhar em azulejaria. - O profissional explica o processo de passagem dos desenhos realizados para os azulejos, fazendo fricção com o papel vegetal contra o azulejo por cima dos traços de carvão. - De seguida o profissional circula pelos trabalhos, uma vez que alguns não têm traços visíveis, propondo aos alunos que completem os traços com lápis para posteriormente passar por cima

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com pastel de óleo. - Todos realizam o processo passar os traços com pastel de óleo. - De seguida os alunos deslocam-se para junto da estante dos vidrados, com o objectivo de escolherem as cores para utilizar. - Depois de escolhidas as cores o profissional mistura os vidrados, exemplificando posteriormente a sua aplicação nos azulejos. - Após a exemplificação todos os alnos iniciam a aplicação de vidrado de acordo com os projectos de cada um. - O profissional circula pelos trabalhos, dando indicações sobre o trabalho e a forma de tratar os pincéis, para que estes não se estraguem. - A animadora circula pela sala, fotografando o trabalho dos alunos e realizando pequenas intervenções em relação ao comportamento e trabalho destes. - A aplicação dos vidrados é um processo complicado, segundo o profissional do ateliê, nesse sentido o atelierista demonstra-se atento ao trabalho dos alunos, fazendo bastante intervenções, para que estes melhorem sempre a técnica em desenvolvimento. - O profissional prepara o vidrado preto que será utilizado em último lugar enquanto os alunos desenvolvem os trabalhos. - Uma outra animadora entra no ateliê do barro para pedir um objecto existente no ateliê criativo, nesse sentido o profissional desloca-se até lá, deixando a animadora com os respectivos alunos. - Considerando que os alunos teriam que terminar a sessão a sala é limpa com a ajuda dos alunos, ficando o fundo dos azulejos por vidrar. - A sessão termina e os alunos que saem do ateliê serão os mesmos que irão voltar na próxima semana para concluir o trabalho.

Observações complementares

-

Código da Sessão Data/hora/duração Local Intervenientes

O5-3A (Sessão excepcional a pedido de uma animadora)

03/02/2016 14h30 30 Minutos

Ateliê Criativo Profissional do ateliê, alunos e animadora (5 Alunos)

Materiais/Recursos utilizados

Técnicas desenvolvidas

Articulação das temáticas ateliê/plano curricular

Azulejos em chacota, pincéis e vidrados

Azulejaria Bordados de Óbidos em azulejaria

Objectivos gerais das actividades desenvolvidas/Conceitos-chave

Desenvolvimento de um projecto em azulejaria sobre os bordados tradicionais de Óbidos.

Comportamento da turma ao longo da sessão

(Sobre o) Profissional do ateliê (Atelierista)

(Sobre a/o) Docente que acompanha a turma

Os alunos desenvolvem a técnica de azulejaria esforçando-se no sentido de melhorar os respectivos trabalhos.

O profissional orienta a sessão e auxilia os alunos no desenvolvimento dos trabalhos.

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Descrição das actividades desenvolvidas durante a sessão

- Os alunos entram na sala enquanto profissional, ainda atarefado, organiza os materiais da sessão anterior. - O profissional pede aos alunos que estes se desloquem para a mesa de trabalho, enquanto este reúne o vidrado preto. - Após organizados vários recipientes de vidrado preto e organizados os pincéis o atelierista demonstra a melhor técnica de aplicar vidrado. - Durante esta fase a animadora dá apoio aos alunos, quando existe essa necessidade. Ao mesmo tempo esta filma o trabalho que os vários desenvolvem. - O profissional do ateliê analisa a aplicação dos vidrados por parte dos alunos, fazendo uma nova intervenção explicando o processo. - Os alunos voltam a desenvolver os trabalhos, esforçando-se no sentido de melhor a técnica. - O profissional circula pelo trabalho dos alunos, reforçando a necessidade de melhorarem a aplicação de vidrado. - Duas alunas terminam o trabalho, oferecendo-se para limpar o espaço do ateliê do barro. - Dois alunos terminam também, limpando os pincéis e restantes materiais. - Concluídos todos os trabalhos o profissional observa os azulejos e aperfeiçoa alguns aspectos. - Os alunos saem do ateliê após a conclusão dos trabalhos e limpeza do espaço utilizado.

Observações complementares

-

Código da Sessão Data/hora/duração Local Intervenientes

O6- JI de Carnaval do Alvito

10/02/2016 10h15 1 Hora

Ateliê Criativo Alunos, atelierista complexo escolar dos arcos, atelierista do complexo escolar do alvito e três educadoras

Materiais/Recursos utilizados

Técnicas desenvolvidas

Articulação das temáticas ateliê/plano curricular

Aquários, água, tinta, cartolinas e pastéis de óleo

Sessão experimental As cores e a água

Objectivos gerais das actividades desenvolvidas/Conceitos-chave

Sessão experimental sobre as cores e a água, desenhos em pastel de óleo “pintar a chuva”.

Comportamento da turma ao longo da sessão

(Sobre o) Profissional do ateliê (Atelierista)

(Sobre a/o) Docente que acompanha a turma

Os alunos observam-se agitados e curiosos no desenvolvimento da sessão experimental.

O profissional dinamiza a sessão dando aos alunos oportunidade de realizarem várias experiências, estimulando também a participação.

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Descrição das actividades desenvolvidas durante a sessão

- Os alunos entram no ateliê e deslocam-se pela sala para observar os vários objectos presentes. Demonstram-se curiosos com a transformação da imagem através da água. - Os alunos sentam-se em torno do quadro interactivo e o profissional do ateliê apresenta dois vídeos abstractos. - Inicia-se uma conversa após a conclusão dos vídeos sobre o que as crianças observaram. Uma aluna afirma serem vídeos sobre cores e inicia-se uma conversa sobre as cores. - Uma aluna refere: “Eu gosto de todas as cores menos do benfica.” O profissional questiona a mesma sobre se o benfica é uma cor, julgando ele que seria um clube de futebol. A aluna responde que não gosta de vermelho. Só gosta de verde. - Uma aluna afirma que existem apenas dois tipos de verde: verde-claro e verde-escuro. Nesse sentido o profissional desenvolve uma conversa sobre a variedade de tons existentes nas cores, observando os quadros existentes no ateliê como ferramenta de comparação. - O profissional levanta-se e questiona os alunos sobre qual a cor da água e as respostas divergem: “A água é azul!”; “A água é branca!”; “A água é transparente!”. - Concluída a conversa sobre as cores o profissional desloca-se para junto do jarro, por forma a iniciar a primeira experiência. Nesta fase os alunos estão bastante atentos e as profissionais registam o momento com fotografias. - Vários alunos tentam colocar pedaços de tinta na água do jarro, no entanto esta está muito espessa e não se dilui na água, obrigando a diluir um pouco as tintas em pequenas taças. - Após diluídas as tintas, alguns alunos colocam pingas de tinta na água com o recurso de um pincel. Todos observam o efeito da tinta a diluir na água mas também o efeito da mistura das cores. - De seguida é realizada uma experiência semelhante com pequenos aquários, todos os alunos são convidados a experiência da diluição e mistura de cores na água. - Concluída a fase da experiência o profissional pede aos alunos que estes se desloquem para as mesas, escolhendo um papel e duas cores de pastel de óleo. - O atelierista apresenta a tarefa: Pintar a chuva. - Uma aluna refere: “Eu fiz uma pinga!” - O profissional pede que os alunos troquem com o colega do lado uma das duas cores que estão a utilizar. Trocadas as cores os alunos continuam a desenhar a chuva. - Concluídos os primeiros desenhos o profissional propõe uma segunda tarefa: desenhar o vento. - São vários os alunos que representam o vendo, existindo apenas alguns com dificuldades, sendo nessa fase necessário o apoio dos profissionais presentes na sala, que reforçam as capacidades das crianças em questão. - Concluídos os desenhos o profissional pede que os alunos se sentem no chão em torno dos trabalhos realizados. - Conversa novamente sobre as cores e a variedade de tons existentes, analisando os trabalhos realizados para desenvolver o tema. - Conclusão da sessão.

Observações complementares

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Código da Sessão Data/hora/duração Local Intervenientes

O7-3A (Sessão excepcional a pedido de uma animadora)

03/02/2016 14h30 30 Minutos

Ateliê Criativo Profissional do ateliê, alunos e animadora (5 Alunos)

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Materiais/Recursos utilizados

Técnicas desenvolvidas

Articulação das temáticas ateliê/plano curricular

Azulejos em chacota, pincéis e vidrados

Azulejaria Bordados de Óbidos em azulejaria

Objectivos gerais das actividades desenvolvidas/Conceitos-chave

Desenvolvimento de um projecto em azulejaria sobre os bordados tradicionais de Óbidos.

Comportamento da turma ao longo da sessão

(Sobre o) Profissional do ateliê (Atelierista)

(Sobre a/o) Docente que acompanha a turma

Os desenvolvem os trabalhos de acordo com as orientações do profissional.

O atelierista apoia os alunos no desenvolvimento dos projectos de azulejaria.

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Descrição das actividades desenvolvidas durante a sessão

- Os alunos entram no ateliê do barro, deslocando-se com a animadora. Em conjunto procuram os projectos em papel vegetal. Como nem todos os projectos têm os desenhos passados a carvão o profissional faz a transição dos desenhos para os azulejos. - O profissional circula por todos os trabalhos, analisando o ponto de situação para avançar no trabalho. - Após passados os desenhos para azulejo os alunos passam os traços com pastel de óleo, de acordo com o processo que tem vindo a ser desenvolvido. Enquanto os alunos utilizam os pastéis de óleo o profissional prepara os vidrados. - Depois de preparadas as cores necessárias o profissional exemplifica o processo, depois disto prepara mais alguns vidrados em falta. - À medida que o profissional prepara os vidrados os alunos começam a vidrar os azulejos de acordo com os respectivos projectos. - Os vários alunos vidram os azulejos, enquanto o profissional circula pelos vários trabalhos, ajudando os alunos. - A animadora circula também pelos lugares, filmando os alunos e dando apoio no desenvolvimento dos trabalhos. - O profissional prepara uma cor em falta de vidrado. - Todos os alunos continuam a desenvolver os projectos de azulejaria. - Concluídos os elementos coloridos dos azulejos os alunos avançam para o fundo a preto. - Nesta fase o profissional apoia bastante mais os alunos, considerando esta uma técnica complicada, por ser uma área grande. - A animadora refere que tem que sair do ateliê por ser necessária no recreio, o profissional tranquiliza a mesma referindo que os alunos podem ficar a concluir os azulejos. - Todos os alunos vão concluindo os trabalhos e o profissional auxilia nesta fase, aperfeiçoando alguns aspectos. - Os alunos saem do ateliê após concluídos os trabalhos uma vez que passaria já da hora de saída.

Observações complementares

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Código da Sessão Data/hora/duração Local Intervenientes

O8-3A (Sessão excepcional a pedido de uma animadora)

24/02/2016 14h30 1 Hora

Ateliê Criativo Profissional do ateliê, alunos e animadora (5 Alunos)

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Materiais/Recursos utilizados

Técnicas desenvolvidas

Articulação das temáticas ateliê/plano curricular

Azulejos em chacota, pincéis e vidrados

Azulejaria Bordados de Óbidos em azulejaria

Objectivos gerais das actividades desenvolvidas/Conceitos-chave

Desenvolvimento de um projecto em azulejaria sobre os bordados tradicionais de Óbidos.

Comportamento da turma ao longo da sessão

(Sobre o) Profissional do ateliê (Atelierista)

(Sobre a/o) Docente que acompanha a turma

Observa-se alguma agitação em situações específicas da sessão, no entanto os alunos desenvolvem os trabalhos considerando as indicações do atelierista.

O atelierista desenvolve a sessão com várias indicações sobre a técnica de azulejaria, ajudando os alunos.

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Descrição das actividades desenvolvidas durante a sessão

- Os alunos entram na sessão e deslocam-se para as mesas de trabalho enquanto o profissional conclui a limpeza da sala. - A animadora reúne o trabalho dos vários alunos. - Concluída a limpeza o profissional distribui os azulejos pelos alunos. - Enquanto os desenhos são passados para os azulejos o profissional é interrompido por um animador que pede algum material. O atelierista desloca-se ao ateliê criativo. - A animadora circula pelos 4 alunos, ajudando os mesmos nesta fase. - O profissional regressa e auxilia também os alunos na passagem dos desenhos de papel vegetal para azulejo. - Posteriormente o profissional exemplifica o processo de delineação dos traços com pastel de óleo. - Nesta fase a animadora circula pelos alunos, fotografando os trabalhos. - Todos os traços são realçados com pastel de óleo. - Posteriormente o profissional ausenta-se do ateliê. - Os alunos concluem os trabalhos com pastel de óleo. A animadora prepara alguns vidrados enquanto o profissional está ausente. - Os alunos conversam entre si, a animadora pede algumas vezes que os alunos conversem mais baixo e que se acalmem. - O profissional regressa, exemplificando o processo de vidragem dos azulejos de acordo com os projectos. - Os alunos observam apesar de alguma conversa. - Todos iniciam a aplicação de vidrado, considerando as cores escolhidas. - Os alunos continuam a desenvolver os trabalhos, o profissional auxilia os vários alunos que concluem os elementos coloridos dos trabalhos. - Considerando que os alunos concluem os elementos coloridos o profissional exemplifica o processo de vidrar o fundo de preto. - A animadora exemplifica também o processo, filmando posteriormente os alunos durante o trabalho. O atelierista fotografa também alguns momentos. - Uma outra profissional do gabinete de educação entra na sessão, observando a mesma. - Dois alunos terminam enquanto a animadora precisa de sair do ateliê para vigiar os alunos no intervalo. - O profissional auxilia um aluno, enquanto os restantes limpam os materiais utilizados após a conclusão dos trabalhos.

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- Considerando que todos os trabalhos estão concluídos o atelierista circula pelos vários azulejos no sentido de aperfeiçoar e limpar os excessos de vidrado. - Todos os alunos vão terminando, limpando os pincéis utilizados, enquanto o profissional aperfeiçoa os trabalhos desenvolvidos. - Concluídas as limpezas o profissional pede que os alunos saiam do ateliê.

Observações complementares

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Código da Sessão Data/hora/duração Local Intervenientes

O9-2A

16/03/2016 13h50 1 Hora

Ateliê do Barro Profissional do ateliê e aluno

Materiais/Recursos utilizados

Técnicas desenvolvidas

Articulação das temáticas ateliê/plano curricular

Barro Reciclado, um rolo, panos e bitolas

Modelação Cerâmica Sessão especial de desenvolvimento de um objecto para o projecto spotmotion a apresentar no Óbidos Anima

Objectivos gerais das actividades desenvolvidas/Conceitos-chave

Desenvolvimento de um poço em barro.

Comportamento da turma ao longo da sessão

(Sobre o) Profissional do ateliê (Atelierista)

(Sobre a/o) Docente que acompanha a turma

O aluno inicia a sessão com um comportamento calmo e concentrado, questão que se altera ao longo do desenvolvimento do trabalho. Considerando que o aluno não termina a respectiva peça por se ausentar da sala.

O atelierista apoia o aluno no desenvolvimento do trabalho, exemplificando vários processos com o objectivo de estimular o trabalho autónomo do aluno.

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Descrição das actividades desenvolvidas durante a sessão

- O aluno entra no ateliê aguardando pelo profissional. - O atelierista entra e questiona o aluno sobre o trabalho que este pretende desenvolver, o aluno explica que fará um poço, apesar de não ter qualquer projecto ou esboço consigo. - O profissional reúne vários materiais para que este possa desenhar o esboço do projecto que irá desenvolver em barro, utilizando lápis grafite e lápis de cor. - Posteriormente o profissional observa o trabalho do aluno, dando algumas dicas sobre como desenhar o seu projecto em 3D. O aluno demonstra-se entusiasmado com a explicação do profissional. - Posteriormente é realizada a deslocação para o ateliê do barro, debatendo o tipo de barro que será utilizado, o aluno concorda com o atelierista e o projecto será criado com barro reciclado. - O aluno recorta o barro que irá utilizar com o apoio do profissional. - De seguida são reunidos alguns materiais para criar uma fina parede com o barro para o poço que o aluno irá realizar. - Com um rolo o aluno faz força contra a mesa para criar uma lastra de barro (barro depois de liso em dimensões simétricas com recurso ao uso de bitolas). O profissional auxilia o aluno, exemplificando este processo. - Concluído o processo o profissional questiona o aluno sobre o tamanho que o poço deverá

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ter. Este não sabe responder e o atelierista sugere que o aluno questione a sua animadora, responsável pelo spotmotion, para que esta empreste um boneco que faça parte do cenário por forma a calcular medidas. - O aluno sai do ateliê para questionar a animadora em questão. - Alguns minutos depois o aluno regressa trazendo consigo o respectivo boneco. - É colocado o boneco em pé e com recurso a uma régua é calculada a medida adequada para o objecto de barro. - As medidas são calculadas na lastra de barro e este é cortado, inicialmente pelo profissional e posteriormente pelo aluno. - De seguida é desenhado no barro o padrão da respectiva parede do poço. - Posteriormente, após o desenho do padrão é criada lambugem para colar a parede do poço de forma circular. Nesta fase o profissional auxilia o aluno, considerando que a entrada de uma aluna no ateliê deixou o respectivo aluno um pouco agitado. O profissional tenta acalmar o aluno, para que este se concentre e tome atenção no trabalho que se desenvolve. O aluno continua o desenvolvimento do trabalho, realçando a textura da parede. - É criado o fundo do poço com restos da lastra de barro, colando de seguida esse elemento na peça com lambugem. Por ser um processo complicado o aluno observa o profissional. - De seguida o ateliesrista pede ao aluno para que este faça o balde do poço, que tem um processo de execução bastante semelhante ao do poço. - O aluno demonstra algumas dificuldades nesta fase, apesar de todo o processo anterior. - Analisando as dificuldades do aluno o profissional sugere que este faça uma pausa na sessão para que o aluno possa ir à casa de banho. - Por estar a demorar demasiado tempo o profissional ausenta-se do ateliê do barro para ir procurar o aluno. - Por estar a decorrer a semana Josefa de Óbidos são vários os alunos pela escola a realizar actividades, nesse sentido o profissional questiona alguns alunos sobre o paradeiro do aluno em questão. A respectiva docente afirma também desconhecer o paradeiro do mesmo. - Passando algum tempo o profissional regressa referindo que o aluno foi jogar um jogo, ao invés de ir à casa de banho, sem avisar. Referindo também que irá concluir a peça sem esperar pelo aluno, considerando que o barro irá começar a secar se a peça for deixada como está. - Passado algum tempo o aluno regressa, o profissional chama o mesmo à atenção para a situação. O aluno discute com o profissional, não compreendendo a situação e o descontentamento do atelierista. - Após esta chamada de atenção, focando a falta de responsabilidade demonstrada pelo aluno, o mesmo sai do ateliê após ser chamado por um colega. - O profissional permanece no ateliê do barro e conclui a respectiva peça.

Observações complementares

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Referências bibliográficas

Wragg, E. C. (1994). An introduction to classroom observation. London: Routledge.