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NECESSIDADE E PREVENÇÃO DE SAÚDE BUCAL EM PACIENTES PORTADORES DE HANSENIASE Kátia Cristina Salvi de Abreu Lopes 1 AlannaSchuster 2 Maysa BossatoAzzalin RESUMO A Hanseníase uma doença avaliada como infectocontagiosa crônica, causada pelo Mycobacterium leprae,que provoca lesões na pele, nervos periféricos e mucosas. Associada com focos de infecções bucais como Periodontite, Cárie, Gengivite e Língua Saburrosa, podemlevar os pacientes a desenvolverem reações hansênicas tais como: nódulos dolorosos, eritematosos, precedidos muitas vezes por febre, mal-estar geral e adenopatia dolorosa e alguma vezes a pioria do grau de incapacidade. A pesquisa realizada de forma quantitativa transversal, durante procedimento técnicode campo envolvendo trinta pacientes de ambos os sexos, sem faixa de idade definida,objetivou demonstrar as condições bucaisdos pacientes portadores de hanseníase, em tratamento ou de alta,que participaram do projeto Integrahans Norte/Nordeste, no município de Cacoal-RO.Evidenciamos a importância da participação ativa do profissional odontólogo, na avaliação bucal dos pacientes,na atuaçãopreventiva e curativa das infecções bucais que podem predispor estados reacionais. Palavras-chave: Hanseníase. Infecções. Prevenção. Reações Hansênicas. INTRODUÇÃO A história revela que Hanseníase é uma das enfermidades mais antigasda humanidade. O mal vem comprometendo o ser humano há mais de três ou quatro mil anos, (MENEZES et al ,2008). [...]É uma doença bastante estigmatizada, contagiosa, mutilante e que provoca rejeição e preconceito ao paciente portador, este fato é gerado principalmente pela falta de informação da população, o que pode gerar sua exclusão da sociedade[...].(ALMEIDA et al., 2011, p. 2). No que tange no início do ano de 2012, foram detectados 232.857novos casos de hanseníasee a prevalência registrada foi de 189.018 casos no mundo (WHO, 2013). Para Abreu et al, (2006), a Hanseníase é uma doença diagnosticada como infectocontagiosa e dermatoneurológica crônica, causada por infecções produzida pelo bacilo Mycobacterium leprae, onde sua transmissão pode ser obtida através de pessoa a pessoa com contato prolongado, que compromete principalmente a pele, nervos periféricos, mas também órgãos internos e mucosas conforme esclarece: 1 Professora Doutora do curso de Odontologia, Farmácia e Enfermagem da FACIMED. Pesquisadora do CNPq do Grupo de Pesquisa Epidemiologia e Controle de Processos Infecciosos e Parasitários no Brasil, da Universidade Federal do Ceará. Pesquisadora do CNPq do Grupo de Pesquisa Doenças Psicossomáticas em Odontologia. Membro do Conselho Curador da Fundação Rondônia de Amparo ao Desenvolvimento das Ações Científicas e Tecnológicas e a Pesquisa do Estado de Rondônia FAPERO. Email: [email protected] 2 Bacharelandas em Odontologia pela Faculdade de Ciências Biomédicas de Cacoal FACIMED. Email: [email protected]

NECESSIDADE E PREVENÇÃO DE SAÚDE BUCAL EM … · 6 6 Bomfim et al, (2008) descreve que o não tratamento dos focos de infecções como cárie, gengivite e periodontite podem levará

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NECESSIDADE E PREVENÇÃO DE SAÚDE BUCAL EM PACIENTES

PORTADORES DE HANSENIASE

Kátia Cristina Salvi de Abreu Lopes1

AlannaSchuster2

Maysa BossatoAzzalin

RESUMO

A Hanseníase uma doença avaliada como infectocontagiosa crônica, causada pelo Mycobacterium leprae,que

provoca lesões na pele, nervos periféricos e mucosas. Associada com focos de infecções bucais como

Periodontite, Cárie, Gengivite e Língua Saburrosa, podemlevar os pacientes a desenvolverem reações hansênicas

tais como: nódulos dolorosos, eritematosos, precedidos muitas vezes por febre, mal-estar geral e adenopatia

dolorosa e alguma vezes a pioria do grau de incapacidade. A pesquisa realizada de forma quantitativa

transversal, durante procedimento técnicode campo envolvendo trinta pacientes de ambos os sexos, sem faixa de

idade definida,objetivou demonstrar as condições bucaisdos pacientes portadores de hanseníase, em tratamento

ou de alta,que participaram do projeto Integrahans Norte/Nordeste, no município de Cacoal-RO.Evidenciamos a

importância da participação ativa do profissional odontólogo, na avaliação bucal dos pacientes,na

atuaçãopreventiva e curativa das infecções bucais que podem predispor estados reacionais.

Palavras-chave: Hanseníase. Infecções. Prevenção. Reações Hansênicas.

INTRODUÇÃO

A história revela que Hanseníase é uma das enfermidades mais antigasda humanidade. O

mal vem comprometendo o ser humano há mais de três ou quatro mil anos, (MENEZES et

al,2008). “[...]É uma doença bastante estigmatizada, contagiosa, mutilante e que provoca

rejeição e preconceito ao paciente portador, este fato é gerado principalmente pela falta de

informação da população, o que pode gerar sua exclusão da sociedade[...].” (ALMEIDA et

al., 2011, p. 2).

No que tange no início do ano de 2012, foram detectados 232.857novos casos de

hanseníasee a prevalência registrada foi de 189.018 casos no mundo (WHO, 2013).

Para Abreu et al, (2006), a Hanseníase é uma doença diagnosticada como

infectocontagiosa e dermatoneurológica crônica, causada por infecções produzida pelo bacilo

Mycobacterium leprae, onde sua transmissão pode ser obtida através de pessoa a pessoa com

contato prolongado, que compromete principalmente a pele, nervos periféricos, mas também

órgãos internos e mucosas conforme esclarece:

1Professora Doutora do curso de Odontologia, Farmácia e Enfermagem da FACIMED. Pesquisadora do CNPq

do Grupo de Pesquisa Epidemiologia e Controle de Processos Infecciosos e Parasitários no Brasil, da

Universidade Federal do Ceará. Pesquisadora do CNPq do Grupo de Pesquisa Doenças Psicossomáticas em

Odontologia. Membro do Conselho Curador da Fundação Rondônia de Amparo ao Desenvolvimento das Ações

Científicas e Tecnológicas e a Pesquisa do Estado de Rondônia FAPERO. Email: [email protected] 2Bacharelandas em Odontologia pela Faculdade de Ciências Biomédicas de Cacoal – FACIMED. Email:

[email protected]

2

2

A forma inicial da doença é a indeterminada, a qualpode resolver espontaneamente

ou evoluir para um espectro extremamente amplo de manifestações. Esses são

reflexos de diferentes respostas imunocelulares ao M. Leprae, pré-determinadas pela

capacidade inata do hospedeiro em resistir ou não à infecção. Desse modo, podemos

permanecer limitada, no polotuberculóide (TT), evoluir para formas disseminadas, o

polovirchowiano (VV), ou tomar uma posição intermediária entre esses dois polos, o

grupo dimorfo. Conforme a proximidade maior a um dos dois tipos polares, o grupo

dimorfo subdivide-se em dimorfo-tuberculóide (DT), dimorfo-dimorfo (DD) ou

dimorfo-virchowiano (DV)1. [...] Os pacientes da forma I, TT e DT são

Paucibacilares e os pacientes das formas, DD, DV e VV são Multibacilares.

Uma das sequelas da Hanseníase é a mão em garra e amputações dos dedos, é uma

deformidade física que pode se tornar permanente, uma vez que a mão lesada ou deformada

pode dificultar a realização de suas funções, prejudicando assim o indivíduo (SOUZA et al,

2010; RUSSO et al, 2005).

A participação do Cirurgião Dentista-CD no tratamento da Hanseníase é de suma

importância, com o papel de orientador e cuidador dos pacientes portadores do bacilo de

Hansen, pois as várias alterações bucais como a Cárie, Gengivite, Periodontite entre outras,

podem agravar o quadro da Hanseníase, podendo levá-los a desenvolver as reações hansênicas

(ALMEIDA, 2010).

Segundo Almeida et al, (2011) são poucos os estudos a respeito da saúde bucal dos

pacientes com hanseníase;no entanto, mais rara é a percepção destes pacientes com a mesma,

conforme esclarece:

A auto percepção é a interpretação que uma pessoa faz do seu estado de saúde,

contribuindo para isso os mais diversos fatores sejam eles [...] características

demográficas, como idade, sexo, raça e fatores de predisposição, como escolaridade

e acesso a informação sobre cuidados preventivos, que podem influenciar na

predisposição para uso de serviços odontológicos e, consequentemente, na auto

percepção da saúde bucal.

No enfoque, as reações hansênicas são consideradas um dos maiores problemas no

manejo de tratamento dos pacientes portadores de Hanseníase. No entanto, muitos pacientes,

durante o tratamento ou mesmo após a alta, buscam a unidade de saúde com complicações

clínicas caracterizadas por processo inflamatório, acompanhado de dor e geralmente são

pápulas ou nódulos dolorosos, eritematosos, precedidos muitas vezes por febre, mal-estar

geral e adenopatia dolorosa, algumas vezes piora do grau de incapacidade (SILVA et al,

2008).

A portaria 3.125 de 7 de outubro de 2010 preconiza o controle da hanseníase no Brasil e

propõe que seu controle seja baseado no diagnóstico precoce, tratamento oportuno de todos os

casos diagnosticados, prevenção e tratamento de incapacidades e vigilância dos contatos

domiciliares (BRASIL, 2010).

3

3

O presente artigo tem por objetivo demonstrar um estudo realizado com pacientes portadores

de Hanseníase no período de 2001 á 2012 registrados no ambulatório especializado do

município de Cacoal, estado de Rondônia, sendo os mesmos participantes do projeto

Integrahans Norte/Nordeste, em tratamento ou de alta. Avaliar e investigar as condições das

cavidades orais e problemas bucais, pois focos de infecções podem levar ao desenvolvimento

das reações hansênicas, bem como orientar os modos de prevenções dos pacientes

comprometidos por Cárie, Gengivite, Periodontite e língua saburrosa, ressaltando que muitos

podem apresentar essas condições orais devido à hanseníase ser uma doença mutilante, os

mesmos podem apresentar incapacidades e sequelas da doença, como dificuldade motora para

utilização da escova e fio dental.

MATERIAL E MÉTODOS

A presente pesquisa foi realizada no município de Cacoal-RO, que está localizado a

476 km de distância da capital de Porto Velho-RO. Conforme os dados do Instituto Brasileiro

de Geografia e Estatística (IBGE, 2010), tem uma população de 78.574 habitantes e sua área

geográfica é de 3.792,80 km², sua história é vinculada ao processo de expansão da fronteira

agrícola nacional, culminando com convergência de fluxo migratório para o estado de

Rondônia e sua principal movimentação se dá pelas grandes indústrias do setor madeireiro,

agropecuário e comércio (IBGE, 2010).

Realizou-se um estudo quantitativo, transversal e descritivo durante procedimento

técnico de campo com trinta pacientes adultos, de ambos os sexos, sem faixa etária

definida,diagnosticados com Hanseníase do período 2001 a 2012 em tratamento ou de alta,

sendo autorizada pelo Comitê de Ética e Pesquisa da Universidade Federal do Ceará-UFC

(protocolo 544.962).

As coletas de dados e os exames dos pacientes foram realizados durante o mês de

setembro, do ano de 2014, na Unidade I, Faculdade de Ciências Biomédicas de Cacoal –

FACIMED, no município de Cacoal do estado de Rondônia, como também, foram

realizadosem âmbito Domiciliar,dos pacientes com dificuldades de locomoção. O contato

realizado através de ligações telefônicas ou visitas, a fim de agendar uma data que não

interferisse na rotina dos pacientes, para ser realizada a pesquisa in loco. Todos os pacientes

que se submeteram a pesquisa assinaram um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido.

A pesquisa realizada é uma extensão do macro projeto chamado Integrahans-

norte\nordeste que atua juntamente em parceira com uma ONG holandesa - NETHERLANDS

4

4

HANSENIASIS RELIEF (organização não governamental holandesa, fundada em 1967 para

combater a hanseníase de 14 países ao redor do mundo) e financiada pelo CNPq (Conselho

Nacional Cientifico e Tecnológico), em parceria com a Faculdade de Ciências Biomédicas de

Cacoal-FACIMED, com a supervisão da orientadora desta pesquisa, Professora, Doutora

Kátia Cristina Salvi de Abreu Lopes, pesquisadora do CNPq do Grupo de Pesquisa

Epidemiologia e Controle de Processos Infecciosos e Parasitários no Brasil, da Universidade

Federal do Ceará.

Nas coletas de dados realizadas naClínica Odontológica II da FACIMED, reservada

para pesquisa, tambémfoi realizado o Exame Clínico detalhado, através da avaliação da

condição de saúde bucal dos pacientes, dos focos de infecção como cárie, gengivite,

periodontite, língua saburrosa e possíveis alterações orais e faciais relacionadas à Hanseníase.

Em prosseguimento, foi realizado a aplicação de um Questionário (APÊNDICE 1), com

perguntas semelhantes às do projeto Integrahans Norte/Nordeste, do qual objetivava avaliar o

conhecimento sobre saúde bucal e focos de infecções que podem levar ao agravamento da

doença. Após a aplicação do questionário foi realizado a Promoção e Prevenção, no

Escovódromo anexo á Clínica Odontológica II, com orientação de escovação e motivação de

higienização oral dos pacientes. (APÊNDICE 6,7,8 e 9).A clínica utilizada ficou com portas e

janelas fechadas durante o exame para preservar a integridade dos pacientes.

Para ascoletas Domiciliares (APÊNDICE 10), foram realizados os mesmos

procedimentos utilizados na ClínicaOdontológica II- da FACIMED, onde foiaplicado o

mesmo questionário, porém com a diferença de não ter o equipo odontológico, sendo

realizado o exame intra-oral em um local da residência com iluminação adequada, uma

cadeira comum, uma lanterna e espelho.

Os pacientes participantes desta pesquisa fazem parte do projeto Integrahans

Norte/Nordeste. Ao todo são 900 (novecentos) pacientes que estavam separados por unidade

de saúde. No entanto, destes 900 (novecentos) foram recomendados 30 (trinta),utilizando o

critério de possuírem maiores problemas bucais, de acordo com os seus prontuários. Através

de telefonemas e/ou visita domiciliar no endereço cadastrado nos prontuários, os pacientes

foraminformados sobre a pesquisa. Nas visitas domiciliares, constatou-se que 20(vinte)

pacientes não tinham condições de locomoção, sendoatendidos no próprio domicilio. Somente

10(dez) pacientes receberam atendimento na Instituição supracitada.

A coleta de dados dos pacientes selecionados pelos pesquisadores ocorreu no período

de três semanas, durante o mês de setembro. Foramrealizadas as visitas domiciliares de20

5

5

(vinte) pacientes,nas segundas e quartas-feiras, em período integral matutino e vespertino.

Nassextas-feiras,os 10 (dez) pacientes com condição de locomoção foram avaliados na

Clínica Odontológica II da FACIMED.

Todos os pacientes que participaram tanto desta pesquisa, como do Projeto

Integrahans Norte/Nordeste,receberam atendimento odontológico, de acordo com as

necessidades específicas, na Clínica Odontológica (APÊNDICE11),acima mencionada,

ressaltando que os pacientes com dificuldade de locomoção, foram buscados em suas

residências acompanhados por familiares até a instituição.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

De acordo com os dados emitidos pelo Ministério da Saúde (BRASIL, 2013) a

Hanseníase está com um alarmante índice de portadores da doença, no ano de 2013 foram

detectados quase 29.311 mil de registros ativos de casos de Hanseníase no país, conforme

esclarece os dados na Tabela 1 representada abaixo:

TABELA 1: Registros ativos de casos de Hanseníase coletado pelo Ministério da Saúde

no ano de 2013.

Brasil Registros ativos de

Hanseníase no Brasil Novos casos menores de 15 anos Novos casos no total geral

29.311 2.246 33.303

Região Norte Registros ativos de

Hanseníase no Brasil Novos casos menores de 15 anos Novos casos no total geral

5.614 615 6.906

Estado de Rondônia Registros ativos de

Hanseníase no Brasil Novos casos menores de 15 anos Novos casos no total geral

639 45 813 Fonte: Ministério da Saúde (BRASIL, 2013).

A Literatura relata a discussão sobre os pacientes acometidos pela Hanseníase, pelo fato

da Hanseníase ser um importante problema de Saúde Pública no Brasil, é de grande relevância

a integração do Cirurgião-Dentista (CD) em todas as atividades de controle à doença. Além

disso, o CD deve possuir conhecimento sobre a hanseníase, pois, alguns pacientes, poderão

apresentar lesões bucais, mais raras ou alterações faciais, e o profissional poderá participar do

diagnóstico e encaminhamento do paciente para o tratamento (ALMEIDA et al, 2011).

6

6

Bomfim et al, (2008) descreve que o não tratamento dos focos de infecções como cárie,

gengivite e periodontite podem levará desenvolver ás reações hansênicas que se dividem em

dois tipos:

A reação tipo 1 ou reversa se caracteriza por apresentar novas lesões

dermatoneurológicas (manchas ou placas), infiltração, alteração de cor e edema nas

lesões antigas, bem como dor ou espessamento dos nervos (neurites) e a reação tipo

2 ou Eritema Nodoso Hansênicose caracteriza por apresentar nódulos vermelhos e

dolorosos, febre, dores articulares, dor, espessamento dos nervos e mal estar

generalizado.

Denota-se ainda segundo o autor supracitado, que um paciente com Hanseníase pode

ter reações antes, ao princípio do tratamento, durante e depois que tiver sido concluído o

tratamento.

De acordo com SESAU MG(Secretaria do Estado de Saúde de Minas Gerais, 2007) a

Hanseníase étratada de maneira eficaz com a Poliquimioterapia (PQT), porém os pacientes

ainda assim podem desenvolver as reações hansênicas, necessitando de um tratamento

adicional que irá ter variação de acordo com a gravidade da reação, com uso dos

Corticosteróides e Antiinflamatórios.

Desse modo, a pesquisa demonstrou que dos 30 (trinta) pacientes que participaram do

estudo, 22 (vinte e dois) eram Multibacilares e 8 (oito) Paucibacilares conforme demonstra o

gráfico 1 abaixo:

GRÁFICO 1: Classificação operacional da Hanseníase para fins de tratamento (PQT).

Fonte: Autoras(2014).

As reações hansênicas podem ocorrer tanto em pacientes Multibacilares quanto

Paucibacilares, porém a reação tipo 1 ocorre somente em pacientes Paucibacilares, já os

pacientes Multibacilares podem ter reação Tipo 1 e Tipo 2 sendo essa mais rara. Notando-se

que as reações ocorrerem com maior frequência em pacientes Multibacilares em relação aos

Paucibacilares, (SESAU MG, 2007).

Ressalta-se que a maioria das reações ocorrem durante o primeiro ano após o

diagnóstico tanto em pacientes Multibacilares como Paucibacilares. Todavia, os pacientes

Pacientes queapresentam

muitos bacilos(Multibacilar)

Pacientes queapresentam

poucos bacilos(Paucibacilar)

7

7

diagnosticados com a Hanseníase do tipo Multibacilar, as reações podem ocorrer por muitos

anos após o tratamento ter sido concluído.

No enfoque, a pesquisa realizada obteve os seguintes resultados: Dos 30

(trinta)pacientes escolhidos para análise dos dados, 3% apresentaram focos de cárie, 23%

apresentaramLíngua Saburrosa, 10% apresentaram Periodontite e Cárie,7% apresentaram

Língua Saburrosa e Cárie, 7% apresentaram Cárie e Gengivite, 7% apresentaram

Periodontite,13% Língua Saburrosa, Cárie e Gengivite,3% Língua Saburrosa e Gengivite,

27% apresentaram Língua Saburrosa, Cárie e Periodontite,totalizando 100%, onde todos os

pacientes apresentaram um foco de infecção, conforme demonstram os gráficos 2 e 3 abaixo:

GRÁFICO2: Situação Bucal dos pacientes examinados.

Fonte: Autoras (2014).

GRÁFICO3: Situação Bucal dos pacientes examinados.

Fonte: Autoras (2014)

GRÁFICO 4: Comparação da Prevalência dos Focos de Infecções

3%23%

10% 7%

Pacientes queapresentaram

Cárie.

Pacientes queapresentaram

Língua Saburrosa.

Pacientes queapresentaramPeriodontite e

Cárie.

Pacientes queapresentaram

Língua Saburrosa eCárie.

7% 7% 13% 3%

27%

Pacientes queapresentaram

Cárie eGengivite.

Pacientes queapresentaramPeriodontite.

Pacientes queapresentaramCárie, LínguaSaburrosa eGengivite.

Pacientes queapresentaram

LinguaSaburrosa e

Gegivite.

Pacientes queapresentaramCárie, LínguaSaburrosa ePeriodonte.

8

8

Fonte: Autoras (2014)

O gráfico 4, demonstra a maior prevalênciados focos de infecções,de acordo com o exame

clinico intra-oral,a Cárie, Língua Saburrosa e Periodontite (27%) e a Língua Saburrosa

(23%).E a menor prevalência (3%) Cárie e (3%) Língua saburrosa e Gengivite.

De acordo com Manso & Modenesi, (2010)A Cárie é considerada um “gatilho”para o

desenvolvimento das reações hansênicas, sendo de suma importância seu tratamento e

prevenção.

Belmonte et al, (2007) descreve em seu artigo que os vários problemas bucais, inclusive

periodontal, devido a não correta higienização, pode ter relação com a incapacidade motora,

que pode ser sequela da hanseníase, porém essa correlação não pode ser afirmada.

No entanto verifica-se que há uma alta prevalência de problemas bucais, considerados

focos de infecção, dos pacientes pesquisado totalizando 100% ou seja, dos 30 pesquisados

todos tinham pelo menos um tipo de foco de infecção bucal, que podem ser fatores

desencadeantes de episódios de reações hansênicas, as quais são períodos de inflamação

aguda no curso de uma doença crônica que podem afetar os nervos.

Dessa forma vale salientar, que as doenças gengivais e periodontais estão entre os fatores

bucais mais prováveis na ocorrência dos episódios reacionais(CORTELA et al, 2008).

De acordo com Opromolla et al,(2003) as alterações bucais e faciais podem ocorrer em

todos os tipos de Hanseníase, exceto na indeterminada, sendo mais frequentes no polo

virchowiano, podendo não apresentar lesões clínicas aparentes, necessitando então de exame

histopatológico para confirmação da presença do bacilo de Hansen.

Neville et al, ( 2009,p. 200) descreve áspossíveis lesões orais da Hanseníasecomo

sendo pápulas firmes que ulceram e necrosam, podendo ser localizadas em palato duro,

mole,úvula, gengiva e mucosa jugal, já as alterações faciais ocorrem muitas vezes devido á

infecção, criam uma destruição facial denominada de fácies leonina que é caracterizada pela

atrofia da espinha nasal anterior.

27%

23%

3% 3%

Cárie, Lingua Saburrosa ePeriodontite.

9

9

O Ministério da Saúde (2008, p.22)relata:

Na hanseníase, o acometimento da face é muito frequente, principalmente nas

formas Multibacilares. Nesse sentido, qualquer esforço para a prevenção e o

tratamento das incapacidades e das deformidades físicas tem importante papel na

manutenção, na inserção e na reabilitação social da pessoa.

Todavia, dos 30 (trinta) pacientes nenhum apresentou possíveis alterações orais e faciais

relacionadas à Hanseníase, acredita-se que o uso da poliquimioterapia possa ser a razão da

ausência de lesões bucais específicas da hanseníase.

A portaria 3.125 de 7 de outubro de 2010 normatiza o controle da hanseníase no Brasil

e propõe que seu controle seja baseado no diagnóstico precoce, tratamento oportuno de todos

os casos diagnosticados, prevenção e tratamento de incapacidades e vigilância dos contatos

domiciliares (BRASIL, 2010).

No que tange a pesquisa, em relação ao questionário aplicado, os seguintes

resultadosestão relatados na tabela 2.

TABELA 2: Resultado dos questionários aplicados aos pacientes.

Como você considera sua saúde

bucal N° %

Boa 6 20

Regular 9 30

Ruim 11 36.5

Péssima 4 13.5

Total 30 100

Recebeu informações de que a

Hanseníase pode afetar

cavidadeoral

Sim 7 23.5

Não 23 76.5

Total 30 100 De qual profissional recebeu a Informação

Odontólogos 0 0

Enfermeiros 6 20

Médicos 2 6.5

Não se Aplica 22 73.5

Total 30 100

Sentiu-se discriminado

Sim 0 100

Não 30 100

Total 30 100 Tem conhecimento que os focos de

infecções podem agravar seu

10

10

Fonte: Autoras (2014).

De acordo com Santiago, (2009) a maioria dos pacientes hansenianos não tem acesso a

serviços odontológicos, nem instrução de higiene oral, devido a ser uma população que tem

grande necessidade,a falta da integração dos cirurgiões dentistas, ou seja, integração das

políticas públicasde saúde bucal para hansenianos.

Diante do resultado da pesquisa supracitada, 30 (trinta) pacientes portadores de Hanseníase

que participaram da pesquisa,100% continham pelo menos um foco de infecção (gráfico 2 e

3). E 53,5% não tinham conhecimento de que focos de infecções podem agravar oseu estado

clínico, demonstrando também como é evidente a falta de conhecimento dos pacientes em

relação a sua saúde bucal (tabela 2), necessitando assim da intervenção do Cirurgião Dentista

para atuar de maneira preventiva, através da orientaçãoda forma correta de escovação,do uso

do fio dental e de maneira curativa ou reabilitadora, através do tratamento dos focos de

infecções, a fim de evitar o desencadeamento ou diminuir a intensidade de possíveis estados

reacionais, auxiliando na qualidade de vida do doente.

De acordo com a (tabela 2),os portadores de Hanseníase na sua minoria têm conhecimento

sobre as possíveis reações hansênicas,bem como á falta de orientação e informação pelos

profissionais da odontologia para com os pacientesportadores de Hanseníase.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A pesquisa demonstrou que os pacientes com Hanseníase, em tratamento ou de alta,

necessitam de um atendimento multiprofissional, incluindo a participação ativa do

CirurgiãoDentista.

Há insuficiência de informação para os pacientes, de que a Hanseníase pode afetar a

cavidade bucal e de que focos de infecções podem agravar o estado atual do paciente,podendo

levá-lo a desenvolver a reação hansênica.

Os focos de infecções estão presentes de uma forma ou de outra, seja ela como Periodontite,

Gengivite, Cárie, Língua Saburrosa ou ambos.

NECESSITY AND PREVENTION OF ORAL HEALTH IN LEPROSY PATIENTS

ABSTRACT

estadode saúde atual

Sim 14 46.5

Não 16 53.5

Total 30 100

11

11

Leprosy is a disease assessed as chronic infectious, caused by Mycobacterium lepra e, which causes

lesions on the skin, peripheral nerves and mucosa. Associated with foci of oral infections such as

periodontitis, carious lesions, gingivitis and coated tongue, may be able to lead patients to develop

leprosy reactions like: painful nodules, erythematous, most of the times preceded by fever, general

malaise and painful adenopathy and at times it increases the degree of disability. This is a cross

quantitative work, during the technical field procedure which involved thirty patients of both gender,

without a defined age range, aimed to show the oral conditions of leprosy patients, in treatment or

already discharged, who took part on the Integrahans North/Northeastern project, in the city of Cacoal-

RO. We demonstrated the importance of effective involvement from the dentist in the oral assessment

of patients, preventive and curative measures of oral infections that can predispose reactional states.

Keywords: Leprosy. Infections. Prevention. Leprosy reactions.

REFERÊNCIAS

ABREU, Marilda Aparecida Milanez Morgado de; MICHALANY,NilceoSchwery; WECKX,

Luc Louis Maurice. et al. A Mucosa Oral na Hanseníase: Um Estudo Clínico e

Histopatológico. Revista Bras. Otorrinolaringol, São Paulo, v. 72, n.3,maio./jun.

2006.Disponível:<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-

72992006000300004>. Acessado em: 19 out. 2014, às 12h 30min.

ALMEIDA, J. R. de S. Atenção a Saúde Bucal dos Portadores de Hanseníase no Município

de Fortaleza-CE, Brasil. 2010. 74 f.Dissertação Submetida ao Programa de Pós- Graduação

(Requisito Parcial para Título de Mestre em Odontologia)- Faculdade de Farmácia,

Odontologia e Enfermagem, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2010.

Dísponivel:http://www.repositorio.ufc.br/bitstream/riufc/1778/1/2010_dis_jrsalmeida.pdfAce

ssado em: 20 out. 2014, às 11h 01 min.

ALMEIDA, J. R. de S. et al. Auto Percepção de Pessoas Acometidas pela Hanseníase Sobre

sua Saúde Bucal e Necessidade de Tratamento. 2011. Revista Redalyc.org,Rio de Janeiro, v.

18, n. 3,2013. Disponível: <http://www.redalyc.org/articulo.oa?id=63025680023>Acessado

em: 20 out. 2014, às 13h 30 min.

BRASIL, Ministério da Saúde. Portaria nº 3.125, De 7 de Outubro de 2010, Aprova as

Diretrizes, para Vigilância, Atenção e Controle da Hanseníase.Disponível:

http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2010/prt3125_07_10_2010.html Acessado em:

21 out. 2014, às 21h 23min.

BRASIL, Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Coordenação Geral de

Hanseníase e Doenças em Eliminação.Situação Epidemiológica da Hanseníase no Brasil-

Análise de Indicadores Selecionados na Última Década e Desafios para Eliminação. Boletim

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min.

APÊNDICES

APÊNDICE 1- Questionário aplicado aos pacientes da pesquisa

14

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Nome:_________________________________________ IDADE_________ SEXO________

CLASSIFICAÇÃO DA HANSENIASE_____________________

Questionário

1.Orientação:

a) Você recebeu informação sobre a possibilidade da hanseníase afetar a cavidade oral ?

( ) Sim ( ) Não

b) De quem você recebeu estas informações? ( )Enfermeiro ( )Médico ( ) Dentista ( )Amigos/parentes ( ) outros ( ) Não se Aplica

C) Já sofreu algum tipo de discriminação por ser portador de hanseníase por profissionais da

área da odontologia?

( ) Sim ( )Não

d) Tem conhecimento que focos de infecção como carie, gengivite e periodontite podem

agravar seu estado clinico atual?

( ) Sim ( ) Não

e) Como você considera sua saúde bucal:

( ) ótima ( ) boa ( ) regular ( ) ruim ( ) péssima

2.Exame Clínico

a) Lesões orais /focos de infecções:

( ) cárie

( ) gengivite

( ) periodontite

( ) Língua Saburrosa

( ) N.D.A

b) Possíveis lesões orais e faciais relacionadas à hanseníase:( ) úvula ( ) palato mole ( ) palato

duro ( ) mucosa jugal ( ) língua ( ) gengiva ( ) alargamento nasal( ) fáceis leonina ( ) colapso

da ponte nasal ( ) N.D.A

Fonte: Autoras (2014)

APÊNDICE 2-Paciente com Lesões cariosas e Gengivite

Fonte: Autoras (2014)

APÊNDICE 3- Paciente com Problema periodontal

15

15

Fonte: Autoras (2014)

APÊNDICE 4- Paciente com Língua Saburrosa

Fonte: Autoras (2014)

APÊNDICE 5- Condição de má higiene de uma prótese total superior, com a presença de

fungos

Fonte: Autoras (2014)

APÊNDICE 6- Motivação e orientação de escovação

Fonte: Autoras (2014)

APÊNDICE 7- Motivação e orientação do uso do fio dental

16

16

Fonte: Autoras (2014)

APÊNDICE 8- Orientação e motivação de escovação

Fonte: Autoras (2014)

APÊDICE 9- Orientação de higienização da Prótese

Fonte: Autoras (2014)