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CENFOCALCentro de Formação Contínua de Professores dos Concelhos de Ourique, Castro Verde, Aljustrel e
Almodôvar
Necessidades Educativas Especiais de Carácter Permanente/Prolongado no
contexto da Escola Inclusiva
Síndrome de
Asperger
Trabalho elaborado por: Ana Cristina Duarte Clara Aguilar José Carlos Gil Rui Costa Salomé Henriques
Ano Lectivo 2006/07
CENFOCAL - Necessidades Educativas Especiais de Carácter Permanente/Prolongado no contexto da Escola Inclusiva
____________________________________________________________________________________________________________________ Ana Cristina Duarte, Clara Aguilar, José Carlos Gil, Rui Costa, Salomé Henriques Ano Lectivo 2006/07 2
Índice
Introdução. . . 3
Plano Educativo Individual. . 5
Programa educativo. . . 16
Guia Orientador para Professores. . 25
Guia Orientador para Alunos e Pais. . 34
CENFOCAL - Necessidades Educativas Especiais de Carácter Permanente/Prolongado no contexto da Escola Inclusiva
____________________________________________________________________________________________________________________ Ana Cristina Duarte, Clara Aguilar, José Carlos Gil, Rui Costa, Salomé Henriques Ano Lectivo 2006/07 3
Introdução
Na sequência da acção de formação “Necessidades Educativas Especiais de
Carácter Permanente/Prolongado no contexto da Escola Inclusiva” foi solicitado
aos formandos a elaboração de um trabalho sobre o tema.
Considerando o Síndroma de Asperger como um obstáculo à aprendizagem sem
necessariamente significar dificuldades cognitivas, este grupo “inventou” um aluno1
com características concretas e especificas da doença baseadas na realidade que se foi
conhecendo nas várias salas de aula por onde passaram, ao longo dos vários anos, cada
um dos elementos.
Assim sendo, aproveitando os trabalhos práticos elaborados no decorrer da
referida acção, este grupo, com base nas características desse aluno, optou pela
elaboração um Programa Educativo, com o respectivo Plano Educativo Individual,
assim como de dois Guias Orientadores para alunos, Encarregados de Educação e
Professores que, teoricamente, se iriam distribuir pelos destinatários com vista a
melhorar quer a integração quer a interacção social do aluno na respectiva turma.
1 Obviamente que os nomes utilizados são irreais mas reflexo da nossa escola real.
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Ministério da Educação
Direcção Regional de Educação do Alentejo Centro de Área Educativa do Baixo Alentejo e Alentejo Litoral
PLANO EDUCATIVO INDIVIDUAL
Escola EB 2,3/S Dr. Carlos Filipe Mendes Soares Prazeres Ano Lectivo 2006/2007
Nome do aluno
]Éá° eâ| Tzâ|ÄtÜ WâtÜàx [xÇÜ|Öâxá Data de início rrrrrB fxàA B ECCI Data de conclusão tà° y|ÇtÄ wx v|vÄÉ
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Ministério da Educação Direcção Regional de Educação do Alentejo
Centro de Área Educativa do Baixo Alentejo e Alentejo Litoral
PLANO EDUCATIVO INDIVIDUAL
1. E
SCO
LA
Escola EB 2,3/S Dr. Carlos Filipe Mendes Soares Prazeres
Ano Lectivo 2006/2007 Data de início deste plano ____/fxàABECCI Data de conclusão tà° y|ÇtÄ wx v|vÄÉ Data de avaliação ____/____/____
2. F
AM
ILIA
2.1 Identificação do Aluno Nome ]Éá° eâ| Tzâ|ÄtÜ WâtÜàx [xÇÜ|Öâxá Data de nascimento CDAaÉäADLLC BI nº DEFGHIJK@L
Ano de escolaridade Jœ tÇÉ 2.2 Dados Familiares dos Pais Nome da Mãe `tÜ|t TÇà™Ç|t Tzâ|ÄtÜ WâtÜàx idade FE
Nome do Pai XáÅxÜtÄw|ÇÉ XÅ|Ä|tÇÉ [xÇÜ|Öâxá idade FG
Habilitação literárias: mãe Iœ tÇÉ pai Gœ tÇÉ 2.3 Situação Familiar 2.3.1 Condições socio-económicas a) Número de elementos do agregado familiar áxàx b) Composição do agregado Parentesco Nome Pai XáÅxÜtÄw|ÇÉ XÅ|Ä|tÇÉ [xÇÜ|Öâxá Mãe `tÜ|t TÇà™Ç|t Tzâ|ÄtÜ WâtÜàx Aluno ]Éá° eâ| Tzâ|ÄtÜ WâtÜàx [xÇÜ|Öâxá Irmão TáwÜØutÄ TÇà™Ç|É Tzâ|ÄtÜ WâtÜàx [xÇÜ|Öâxá Irmão UxÜÇtÜw|ÇÉ ]ÉtÖâ|Å Tzâ|ÄtÜ WâtÜàx [xÇÜ|Öâxá Irmã \ÇÉv£Çv|t `tÜ|t Tzâ|ÄtÜ WâtÜàx [xÇÜ|Öâxá Avó paterna [xÜÅxÇztÜwt wx ]xáâá
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_____________ ______________________________________________________________________________________________________ Ana Cristina Duarte, Clara Aguilar, José Carlos Gil, Rui Costa, Salomé Henriques Ano Lectivo 2006/07 7_
2. F
AM
ILIA
c) Nível de instrução dos elementos Parentesco Instrução
Pai Gœ tÇÉ Mãe Iœ tÇÉ
Irmão Gœ tÇÉ Irmão Eœ tÇÉ Irmã cÜ°@xávÉÄtÜ
Avó paterna
d) Situação profissional
Parentesco Actividade Fixo / Sazonal Pai fxÜäxÇàx wx ÑxwÜx|ÜÉ Y|åÉ ;áxÅ vÉÇàÜtàÉ< Mãe WxáxÅÑÜxztwt
2.3.2 Aspectos Relacionais
TÄzâÅt ä|ÉÄ£Çv|t äxÜutÄ ÇÉ áx|É ytÅ|Ä|tÜA exÄt†ûÉ vÉÇyÄ|àâÉát vÉÅ Éá ÜÅûÉáA
WxáÉÜztÇ|ét†ûÉ xÅ vtát xÅ àxÜÅÉá wx {|z|xÇxA 2.3.3 Expectativas da família em relação ao aluno b Ñt| tÑÜxáxÇàt ÑÉâvtá xåÑxvàtà|ätá xÅ ÜxÄt†ûÉ tÉá xáàâwÉá wÉ y|Ä{ÉN ÑÜxàxÇwx Öâx äö
àÜtutÄ{tÜ vÉÅ xÄxA
2.4 Percurso Escolar do aluno 2.4.1 Frequência do pré-escolar á|Å
2.4.2 Idade de início da escolaridade I tÇÉá 2.4.3 Número de repetências wâtá ;FœtÇÉ x IœtÇÉ<
2.4.4 Em que ciclo de escolaridade foi sinalizado o problema DœtÇÉ
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_____________ ____________________________________________________________________________________________________ Ana Cristina Duarte, Clara Aguilar, José Carlos Gil, Rui Costa, Salomé Henriques Ano Lectivo 2006/07 8___
3. P
RO
BLE
MA
2.4.5 Problema Sinalizado
3.1 Caracterização do problema
VÉÅÑÉÜàtÅxÇàÉ xáàxÜxÉà|ÑtwÉ? Åâ|àÉ tâàÉvÜ•à|vÉ W|y|vâÄwtwx vÉÅ Åâwtdžtá x ÖâxuÜtá wx ÜÉà|ÇtáN W|y|vâÄwtwx wx |ÇàxÜtv†ûÉ áÉv|tÄ x xáàtuxÄxvxÜ Ät†Éá wx xÅÑtà|t vÉÅ Éá ÑtÜxáN W|y|vâÄwtwxá wx vÉÇvxÇàÜt†ûÉ xÅ tááâÇàÉá Öâx ÇûÉ Ä{x |ÇàxÜxáátÅN
Y|vt tÇá|ÉáÉ ÑxÜtÇàx tÄàxÜt†Æxá áØu|àtá tá áâtá ÜÉà|Çtá \ÇàxÜÑÜxàt t Ä|ÇzâtzxÅ wx yÉÜÅt Åâ|àÉ Ä|àxÜtÄ exäxÄt âÅt vÉÅâÇ|vt†ûÉ ÑÉuÜxN
`tÇ|yxáàt |ÇàxÜxááx vÉÇáàtÇàx ÑÉÜ vÉÅÑâàtwÉÜxá â|àÉ wxáÉÜztÇ|étwÉN â|àÉ |Çz°ÇâÉN
aûÉ tÑÜxáxÇàt w|y|vâÄwtwxá vÉzÇ|à|ätá tÑtÜxÇàxá aûÉ zÉáàt wx vÉÇàtvàÉá y•á|vÉáN aûÉ |Ç|v|t Éâ ÅtÇà°Å vÉÇäxÜátá Éâ ÖâtÄÖâxÜ ÜxÄt†ûÉ áÉv|tÄ cÉÜ äxéxá ÜxäxÄt@áx xåàÜxÅtÅxÇàx xzÉv£ÇàÜ|vÉN
cÉâvt vÉÇvxÇàÜt†ûÉ Çtá àtÜxytá xávÉÄtÜxá cÜÉuÄxÅtá t Ç•äxÄ wt ÅÉàÜ|v|wtwx y|Çt Öâx vtâát ÑÜÉuÄxÅtá wx vtÄ|zÜty|t? ut|åt äxÄÉv|wtwx wx xávÜ|àt x tyxvàt t áât ÑÉàxÇv|tÄ|wtwxá t Ç•äxÄ wtá xåÑÜxááÆxá ÑÄöáà|vtáN exäxÄt |ÇàxÜxááx Éuáxáá|äÉ ÑÉÜ wxàxÜÅ|ÇtwÉá àxÅtá? ÇÉá Öât|á áx ÜxäxÄt xåvxÄxÇàx? Åtá àtÅu°Å ÇûÉ |Çäxáàx xÅ àxÅtá Öâx áx wxáä|tÅ wÉ áxâ vtÅÑÉ wx |ÇàxÜxááxN
fxzâx ÜÉà|Çtá Åâ|àÉ vÉÇvÜxàtáA gxÇw£Çv|t tÉ |áÉÄtÅxÇàÉ
.2 D omendações
fxzâÇwÉ É ÜxÄtà™Ü|É Å°w|vÉ tÇxåÉ tÉ cX\? É tÄâÇÉ tÑÜxáxÇàt f•ÇwÜÉÅx wx
3 iagnóstico Médico e rec
TáÑxÜzxÜA
f•ÇwÜÉÅx wx TáÑxÜzxÜA ut|åt tâàÉ@xáà|Åt
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3. P
RO
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MA
3.3 Diagnóstico Psicológico e recomendações fxzâÇwÉ É ÜxÄtà™Ü|É vÉÇáàtÇàx ÇÉ c\T? É tÄâÇÉ àxÅ ÑÜÉuÄxÅtá wx vÉÅâÇ|vt†ûÉ x |ÇàxÜtv†ûÉ áÉv|tÄ? Tá áâtá w|y|vâÄwtwxá wx tÑÜxÇw|étzxÅ wxäxÅ@áx õá w|y|vâÄwtwxá t Ç•äxÄ wt |ÇàxÜÑÜxàt†ûÉ wt Ä|ÇzâtzxÅ? wt |ÇàxÜtv†ûÉ áÉv|tÄ? wt ÅtÇâàxdžûÉ wt tàxdžûÉ B ÑxÜáxäxÜtdžt xÅ tvà|ä|wtwxá B àxÅtá Öâx ÇûÉ áâáv|àtÅ É áxâ |ÇàxÜxááxA TÑÜxáxÇàt àtÅu°Å âÅt ut|åt tâàÉ@xáà|ÅtA
3.4 Diagnóstico do Professor
W|y|vâÄwtwx t |ÇàxÜtz|Ü vÉÅ É ÑÜÉyxááÉÜ Éâ vÉÅ Éá vÉÄxztá W|y|vâÄwtwxá Çt ÅÉàÜ|v|wtwx y|Çt? vÉÅ àÜt†É |ÅÑxÜyx|àÉ ñ Åâ|àÉ wxáÉÜztÇ|étwÉ Çtá áâtá àtÜxytá x ÑÉÜ äxéxá xáÑtÄ{t Éá ÅtàxÜ|t|á Çt áât Åxát \áÉÄt@áx wÉ zÜâÑÉ? àxÅ w|y|vâÄwtwxá xÅ ytéxÜ tÅ|zÉáN _£ x xávÜxäx Åâ|àÉ uxÅ aûÉ x xávÉÄ{|wÉ ÑxÄÉá vÉÄxztá ÑtÜt âÅ àÜtutÄ{É wx zÜâÑÉ aûÉ áx vÉÇáxzâx vÉÇvxÇàÜtÜ ÇâÅt àtÜxyt? v{xztÇwÉ ÅxáÅÉ t ÜxvâátÜ@áx t àÜtutÄ{tÜ ÖâtÇwÉ t tvà|ä|wtwx ÑÜÉÑÉáàt ÇûÉ Ä{x |ÇàxÜxáát cÉÜ äxéxá ÜxÑxàx áÉÇá Éâ ÑtÄtäÜtá? Ü|ÇwÉA cÉÜ äxéxá àxÅ vÉÅÑÉÜàtÅxÇàÉá tzÜxáá|äÉá xÅ ÜxÄt†ûÉ tÉá vÉÄxztá? Éâ ÅxáÅÉ ÑÜÉyxááÉÜxáN exäxÄt tÄzâÇá |ÇàxÜxááxá Éuáxáá|äÉá? àÉÜÇtÇwÉ@áx? ÑÉÜ äxéxá? |ÅÑÉáá•äxÄ wxáä|tÜ t áât tàxdžûÉ ÑtÜt É vÉÇàxØwÉ wt tâÄtN gxÅ w|y|vâÄwtwx xÅ xÅÑxÇ{tÜ@áx ÇâÅt tvà|ä|wtwx ÜxvÜxtà|ätN gxÅ âÅt ÅxÅ™Ü|t xåvxÄxÇàx
Principais dificuldades diagnosticadas
ÅtÇàxÜ âÅ w|ávâÜáÉ vÉxÜxÇàx x áxÖâxÇv|tÄN
(cont.)
3
.5
3.5.1 Linguagem Oral
W|y|vâÄwtwx xÅ
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4. E
STR
ATÉ
GIA
S D
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ESO
LUÇ
ÃO
(cont.) W|y|vâÄwtwx wx xåÑÜxááûÉ wx áxÇà|ÅxÇàÉá x xÅɆÆxáN W|y|vâÄwtwx xÅ xåàxÜ|ÉÜ|étÜ t áât vÜ|tà|ä|wtwx ÉÜtÄ \ÇàxÜÑÜxàt†ûÉ Ä|àxÜtÄ wx |ÇáàÜâ†Æxá B Ä|ÇzâtzxÅN aûÉ vÉÇáxzâx y|ÄàÜtÜ É Öâx ° ÜxÄxätÇàx
3.5.2 Linguagem Escrita
TuâÇwúÇv|t wx xÜÜÉá ÉÜàÉzÜöy|vÉá W|y|vâÄwtwxá Çt vÉÇáàÜâ†ûÉ yÜöá|vtN W|ávâÜáÉ xávÜ|àÉ ÑÉâvÉ vÉxÜxÇàxN \wx|tá wxáÉÜztÇ|étwtá aûÉ vÉÇáxzâx y|ÄàÜtÜ É Öâx ° ÜxÄxätÇàx aûÉ yté ÑÉÇàât†ûÉN
3.5.3 Cálculo
aûÉ ÜxäxÄt zÜtÇwxá w|y|vâÄwtwxá t Ç•äxÄ wÉ vöÄvâÄÉA
3.5.4 Aptidões físicas e motoras
WxávÉÉÜwxÇt†ûÉ ÅÉàÉÜtN W|y|vâÄwtwx xÅ áxzâ|Ü |ÇáàÜâ†ÆxáN XÇäÉÄäx@áx xÅ tvà|ä|wtwxá ÑxÜ|zÉátá õ áât |ÇàxzÜ|wtwx y•á|vt ÉàÜ|v|wtwx y|Çt |ÅÑxÜyx|àtN aûÉ ÜxáÑx|àt ÜxzÜtá wx w|áv|ÑÄ|Çt ÇÉá }ÉzÉá vÉÄxvà|äÉáA cÉÜ äxéxá ÇûÉ ÑtÜà|v|Ñt? |áÉÄtÇwÉ@áx wÉ zÜâÑÉ B àâÜÅt
3.5.5 Aptidões artísticas
exäxÄt ÑÉÜ äxéxá âÅ áxÇà|wÉ ÑxÜyxvv|ÉÇ|áàt xåtzxÜtwÉ? Åtá wxáxÇÖâtwÜtwÉ wtá tvà|ä|wtwxá? Éâ wx táÑxvàÉá Öâx ÜxtÄÅxÇàx áûÉ |ÅÑÉÜàtÇàxáN exäxÄt ÑÉâvt vÜ|tà|ä|wtwx x xåxvâ†ûÉ |ÅÑxÜyx|àt wtá tvà|ä|wtwxáA
3.5.6 Autonomia pessoal
cÉâvÉ Tâà™ÇÉÅÉ
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. EST
RA
TÉG
IAS
DE
RES
OLU
ÇÃ
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3.6 Medidas já tomadas pela família, pela escola e os resultados obtidos Família
cÉâvÉ tÑÉ|twÉ xÅ vtát tÑxátÜ wÉ xáyÉÜ†É wt Åûx Öâx É ÄxäÉâ tÉ Ñá|v™ÄÉzÉ ÑxÄt ÑÜ|Åx|Üt äxéA b Ñt| wxÅÉÇáàÜt tÄzâÅ wxá|ÇàxÜxááx ÑxÄt ÑÜÉuÄxÅöà|vt wÉ tÄâÇÉ x ÑxÄÉ áxâ ÑxÜvâÜáÉ xávÉÄtÜA
Escola
TvÉÅÑtÇ{twÉ ÑxÄÉ fxÜä|†É wx cá|vÉÄÉz|t x bÜ|xÇàt†ûÉ x |ÇàxzÜtwÉ ÇÉ exz|Åx Xwâvtà|äÉ XáÑxv|tÄ ÇÉ EœtÇÉ t uxÇxy|v|tÜ wtá tÄ•Çxtá z<? {< x |<A ]ö âáâyÜâ| wx àâà™Ü|t x tÑÉ|É xwâvtà|äÉA
3.7 Principais capacidades diagnosticadas 3.7.1 Linguagem Oral
VÉÅ ÜxÄtà|ät vÉxÜ£Çv|t x vÄtÜxét? ÜxÄtàt âÅ tvÉÇàxv|ÅxÇàÉ fx vÉÇwâé|wÉ? áxÖâxÇv|t É w|ávâÜáÉ ÉÜtÄ
(cont.)
atá tvà|ä|wtwxá xåàÜt@xávÉÄtÜxá? É tÄâÇÉ ÜxÖâxÜ |ÇáàÜâ†Æxá vâÜàtá? vÄtÜtá x ÑÜxv|átáA
3.5.7 Autonomia Social W|y|vâÄwtwx xÅ ty|ÜÅtÜ tá áâtá |wx|tá? aûÉ áx ÜxÄtv|ÉÇt wx yÉÜÅt xáÑÉÇàúÇxt
3.5.8 Ajustamento sócio-emocional
ñ ä•à|Åt wx uâÄÄç|Çz? âÅt äxé Öâx àxÅ w|y|vâÄwtwxá xÅ áx ty|ÜÅtÜ áÉv|tÄÅxÇàxN xÄ{ÉÜ ÜxÄtv|ÉÇtÅxÇàÉ x tyxvà|ä|wtwx }âÇàÉ wt Åûx? àxÇwÉ vÉÅ xÄt Åt|á ty|Ç|wtwx x tÑÉ|É? exÄtv|ÉÇtÅxÇàÉ w|y•v|Ä vÉÅ É Ñt| x |ÜÅûÉá
3.5.9 Comportamento
cÜÉuÄxÅöà|vÉ |ÇáàöäxÄ ÑÉÜ äxéxá vÉÇyÄ|àâÉáÉ vÉÅ ÑÜÉyxááÉÜxá x vÉÄxztá? gxÇw£Çv|t ÑtÜt áx |áÉÄtÜN
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4. E
STR
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VÉÅ vÜ|tà|ä|wtwx
3.7.2 Linguagem Escrita
fx ÉÜ|xÇàtwÉ? vÉÄÅtàt tÄzâÅtá wtá áâtá w|y|vâÄwtwxá ÇÉ Öâx ÜxáÑx|àt õ vÉxÜ£Çv|t
3.7.3 Cálculo
exäxÄt utáàtÇàxá ÑÉàxÇv|tÄ|wtwxá t Ç•äxÄ wÉ vöÄvâÄÉA 3.7.4 Aptidões físicas e motoras
gÜtutÄ{t ÅxÄ{ÉÜ xÅ tvà|ä|wtwxá wx ÑtÜxá Éâ ÑxÖâxÇÉ zÜâÑÉ wÉ Öâx xÅ }ÉzÉá vÉÄxvà|äÉá
3.7.5 Aptidões artísticas
exäxÄt vÜ|tà|ä|wtwx xÅ tááâÇàÉá Öâx Ä{x wxáÑxÜàtÅ É |ÇàxÜxááxN 3.7.6 Autonomia pessoal
VÉÇáxzâx tâàÉÇÉÅ|t Çt áât ÜÉà|Çt w|öÜ|t ÜxáÑx|àtÇàx õ áât {|z|xÇx ÑxááÉtÄ x tÄ|ÅxÇàt†ûÉ
it| áÉé|Ç{É ÑtÜt t xávÉÄt 3.7.7 Autonomia Social
ñ ÑÉâvÉ tâà™ÇÉÅÉ? xÅuÉÜt? ÑÉÜ äxéxá ÑÜÉvâÜx |ÇáxÜ|Ü@áx xÅ vÉÇäxÜátá vÉÅ Éá vÉÄxztá? Åtá wxá|áàx vÉÅ Åâ|àt ytv|Ä|wtwxN
3.7.8 Ajustamento sócio-emocional
gxÅ ÑÉâvt vtÑtv|wtwx wx áx ÜxÄtv|ÉÇtÜ vÉÅ Éá ÉâàÜÉá 3.7.9 Comportamento
VâÅÑÜx ÜxzÜtá wx ÜÉà|Çt Éâ w|Ü|z|wtá x Åâ|àÉ vÄtÜtá wâÜtÇàx âÅ vâÜàÉ xáÑt†É wx àxÅÑÉ
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4.1 Medidas de REE a aplicar
TÄ•Çxtá z<? {< x |<
4.2 Áreas intervenientes no Plano
gÉwtá tá öÜxtá w|áv|ÑÄ|ÇtÜxá vâÜÜ|vâÄtÜxá x ÇûÉ vâÜÜ|vâÄtÜxá wx tvÉÜwÉ vÉÅ É ÑÜÉyxááÉÜ wÉ tÇÉ? É zÜtâ x É à|ÑÉ wx vtÑtv|wtwxáA
Üxtá xáÑxv|t|á ÑÜÉÑÉáàtáM fÉv|tÄ|ét†ûÉ B vÉÅâÇ|vt†ûÉ TâàÉ@xáà|Åt TâàÉÇÉÅ|t B |ÇwxÑxÇw£Çv|t áÉv|tÄ
4.3 Medidas não disciplinares / Áreas especiais a contemplar no Programa Educativo
X Reforço de auto-estima X Reforço de autonomia/ Independência social X Socialização / Comunicação X Outros
Quais? WxäxÜö âáâyÜâ|Ü wx àâàÉÜ|t x B Éâ tÑÉ|É xwâvtà|äÉ |Çw|ä|wâtÄ|étwÉ cÜÉzÜtÅt wx cÜÉÅɆûÉ wx VÉÅÑxà£Çv|tá fÉv|t|á ;t xÄtuÉÜtÜ ÑxÄÉ VÉÇáxÄ{É wx gâÜÅt<
4.4 Modalidades e procedimentos de avaliação das medidas
TätÄ|t†ûÉ yÉÜÅtÄ x ÇûÉ yÉÜÅtÄ yx|àt Çtá w|áv|ÑÄ|Çtá
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Declaro que concordo com a aplicação das medidas do REE estipulados neste Plano Educativo Individual ao meu educando. Assinatura: _____________________________________________________________ Data: ______/___________/______
Ass
inat
uras
Assinaturas dos Intervenientes
Aluno _________________________________________________________________
Director de Turma _______________________________________________________
Prof. Apoio Educativo ____________________________________________________
Coordenador do ECAE ___________________________________________________
Órgão de Gestão ________________________________________________________
Psicólogo ______________________________________________________________
Data ____/______/_____
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Ministério da Educação Direcção Regional de Educação do Alentejo
Centro de Área Educativa do Baixo Alentejo e Alentejo Litoral
PROGRAMA EDUCATIVO
Escola EB 2,3/S Dr. Carlos Filipe Mendes Soares Prazeres Ano Lectivo 2006/2007
Nome do aluno
]Éá° eâ| Tzâ|ÄtÜ WâtÜàx [xÇÜ|Öâxá Data de início rrrrrB fxàA B ECCI Data de conclusão tà° y|ÇtÄ wx v|vÄÉ
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____________________________________________________________________________________________________________________ Ana Cristina Duarte, Clara Aguilar, José Carlos Gil, Rui Costa, Salomé Henriques Ano Lectivo 2006/07 17
Ministério da Educação Direcção Regional de Educação do Alentejo
Centro de Área Educativa do Baixo Alentejo e Alentejo Litoral
PROGRAMA EDUCATIVO
1. IDENTIFICAÇÃO
Nome: José Rui Aguilar Duarte Henriques
Data de Nascimento: 01-11-90 Ano de Escolaridade/Turma: 7º D
Necessidades educativas especiais decorrentes de: Síndrome de Asperger
Data do Plano Educativo Individual: 21-09-2006
2. ÁREAS CURRICULARES DEFINIDAS NO PEI:
CURRÍCULO PRÓPRIO/ALTERNATIVO ÁREAS / DISCIPLINAS CURRICULARES REGULARES: Programa do 7º ano adaptado e individualizado ao aluno com Necessidades Educativas Especiais. ÁREAS / DISCIPLINAS CURRICULARES ESPECIAIS:
Socialização / comunicação Auto-estima Autonomia / independência social
3. ÁREAS / COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS ÁREAS CURRICULARES NÃO DISCIPLINARES:
Área Projecto Estudo Acompanhado Formação Cívica
ÁREAS CURRICULARES DISCIPLINARES: Língua Portuguesa Ciências Físico-Químicas Inglês Educação Visual Francês Ciências Naturais História TIC Geografia Educação Física Matemática
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ÁREAS ESPECIAIS
AVALIAÇÃO
REFORÇO DA AUTO-ESTIMA
NS SP S SB
Estabelecer objectivos pessoais significativos; Desenvolver a capacidade de auto-avaliação; Desenvolver a auto-estima e a confiança nas suas capacidades;
AVALIAÇÃO
SSOOCCIIAALLIIZZAAÇÇÃÃOO//CCOOMMUUNNIICCAAÇÇÃÃOO
NS SP S SB
Cooperar com os outros e de trabalhar em grupo; Respeitar regras relativas à comunidade educativa; Criar empatia na sala de aula; Utilização do diálogo como meio de resolver conflitos; Predisposição para participar em jogos de grupo; Exprimir opiniões fundamentadas. Prestar atenção a situações e problemas manifestando envolvimento e curiosidade;
Comunicar, discutir e defender ideias próprias; Falar espontaneamente sobre um acontecimento; Manter o contacto visual com o adulto quando numa situação de comunicação dual;
Exprimir oralmente e por escrito de uma forma clara, confiante, autónoma e criativa;
AVALIAÇÃO
REFORÇO DE AUTONOMIA/ INDEPENDÊNCIA SOCIAL
NS SP S SB
Realizar tarefas por iniciativa própria; Participar na elaboração de regras; Adequar o comportamento social às situações (respeitar as regras implícitas numa conversa, usar uma linguagem adequada);
Adoptar estratégias adequadas à resolução de problemas e à tomada de decisões;
Capacidade de assumir a responsabilidade pelos seus actos dentro e fora da sala de aula;
Questionar a realidade observada;
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ÁREAS CURRICULARES NÃO-DISCIPLINARES
AVALIAÇÃO
1º Período 2º Período 3º Período ÁREA DE PROJECTO
NS
SP
S SB
NS
SP
S SB
NS
SP
S SB
Aceitar as regras de trabalho cooperativo Executar tarefas simples, de acordo com os temas seleccionados pelo grupo de trabalho Cooperar com o grupo de trabalho Demonstrar empenho e motivação na execução das tarefas propostas
AVALIAÇÃO
1º Período 2º Período 3º Período FORMAÇÃO CÍVICA
NS
SP
S SB
NS
SP
S SB
NS
SP
S SB
Distinguir direitos e deveres Demonstrar interesse nos temas discutidos na aula Identificar atitudes de cidadão Desenvolver uma postura de cidadão
AVALIAÇÃO
1º Período 2º Período 3º Período ESTUDO ACOMPANHADO
NS
SP
S SB
NS
SP
S SB
NS
SP
S SB
Compreender regras de trabalho (estabelecimento de compromissos) Compreender minimamente, métodos de estudo: Copiar correctamente textos Sublinhar textos Copiar pequenos esquemas Utilizar correctamente o caderno diário Relacionar imagens com os assuntos abordados Utilizar correctamente as letras maiúsculas e minúsculas numa frase Colaborar com as professoras na realização de pequenas tarefas
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4. ÁREAS CURRICULARES DISCIPLINARES
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5. ESTRATÉGIAS GLOBAIS E RECURSOS
Criar um ambiente previsível e seguro;
Apoio individualizado; Valorizar os conhecimentos do aluno; Promover o envolvimento da família na aplicação do programa Educativo; Fomentar a interdisciplinaridade; Relacionar as actividades com os interesses do aluno; Diversificar as actividades; Promover a vertente lúdica da aprendizagem; Valorizar pequenas conquistas; Desenvolver actividades que fomentem a autonomia e desenvolvam a responsabilidade e
aumentem a auto-estima; Sistematizar frequentemente as aprendizagens; Auto-avaliação e avaliação frequente das tarefas realizadas; Promover o trabalho cooperativo entre os docentes das disciplinas e o professor de Apoio
Educativo; Supervisionar frequentemente as tarefas do aluno; Dar informação suficiente quanto ao trabalho que faz, para que possa estar consciente da
adequação ou não das suas respostas. Realizar tarefas curtas, bem definidas e sequencializadas. Utilizar as vivências diárias do aluno, sempre que possível; Manter as rotinas da sala de aula tão consistentes, estruturadas e previsíveis quanto possível; Promover a vertente prática da aprendizagem sempre que possível; Recorrer aos estímulos visuais, esquemas, mapas, listas, figuras, etc.; Recorrer ao computador, sempre que possível e se justifique, como instrumento de motivação para
a aprendizagem dos conteúdos; 6. PROCESSO E CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
Tendo em conta as dificuldades cognitivas e emocionais do José Rui, a avaliação deverá promover, acima de tudo, a sua evolução e valorizar a sua auto-estima, bem como o seu interesse pelas actividades propostas quer dentro e fora da sala de aula.
A avaliação é contínua e baseada na observação sistemática de todas as atitudes/ saberes do aluno: Assiduidade, pontualidade, comportamento, responsabilidade, interesse, participação oral e
aquisição de conhecimentos; Dever-se-á privilegiar o meio de expressão onde o aluno manifesta melhor desempenho; Dever-se-á ter em conta o progresso na socialização, integração, autonomia, auto-estima; Observação directa; Fichas de avaliação adaptadas; Fichas de trabalho; Organização do caderno diário; Aquisição e aplicação dos conhecimentos propostos; Colaboração com os colegas; Respeito pelos colegas e professores; Apresentação do material; Participação na aula;
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Observações:
7. CARGA HORÁRIA SEMANAL O aluno cumpre o horário do 7º ano de escolaridade: Língua Portuguesa - 4 tempos lectivos
Inglês - 3 tempos lectivos
Francês - 2 tempos lectivos
História - 3 tempos lectivos
Geografia - 2 tempos lectivos
Matemática - 4 tempos lectivos
Ciências Naturais - 3 tempos lectivos
Ciências Físico-Químicas - 3 tempos lectivos
Educação Visual - 3 tempos lectivos
TIC - 2 tempos lectivos
Educação Física - 3 tempos lectivos
Área Projecto - 2 tempos lectivos
Formação Cívica - 1 tempo lectivo
Estudo Acompanhado - 2 tempos lectivos
As áreas de Socialização / comunicação, Auto-estima; Autonomia / Independência social, serão tratadas sempre que se justifique, por todos os professores intervenientes.
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8. ELABORAÇÃO DO PE DATA DO INÍCIO DO PROGRAMA: Início do ano lectivo 2006/2007 DATA DA CONCLUSÃO: Final do ano lectivo 2006/2007 DATA DA AVALIAÇÃO: As previstas nos períodos oficialmente marcados.
NOME ASSINATURA _______________________ Director de Turma _______________________ _______________________ Área de Projecto _______________________ _______________________ C. Físico-Químicas _______________________ _______________________ Ciências Naturais _______________________ _______________________ Educação Física _______________________ _______________________ Educação Visual _______________________ _______________________ Estudo Acompanhado _______________________ _______________________ Formação Cívica _______________________ _______________________ Francês _______________________ _______________________ Geografia _______________________ _______________________ História _______________________ _______________________ Inglês _______________________ _______________________ Língua Portuguesa _______________________ _______________________ Matemática _______________________ _______________________ TIC _______________________ _______________________ Prof. Educação Especial _______________________ 7. CONCORDÂNCIA DOS PAIS / ENCARREGADOS DE EDUCAÇÃO Data: ____/____/____ _________________________ __________________________ Nome Assinatura
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Ministério da Educação Direcção Regional de Educação do Alentejo
Centro de Área Educativa do Baixo Alentejo e Alentejo Litoral
Guia Orientador
para Professores
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Insistência em semelhanças
Crianças com ASPERGER são facilmente afectadas pelas mudanças por mais pequenas que sejam, e às
vezes são atraídas por rituais. São frequentemente ansiosos. Stress, fadiga e sobrecarga emocional facilmente
os afecta quando não sabem o que esperar.
Sugestões:
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• Fornecer ambiente previsível e seguro;
• Prepará-los para as transições;
• Oferecer rotinas diárias consistentes
• Evitar surpresas: preparar a criança previamente para actividades
especiais, mudanças de horários ou qualquer outra mudança de rotina, independente de quão mínima
seja;
• Afastar o medo do desconhecido, mostrando à criança as novas actividades com antecedência para
prevenir medo obsessivo
Dificuldades em interacções sociais
Crianças com Asperger não conseguem entender regras complexas de interacção social; são
ingénuas; são extremamente egocêntricas; podem não gostar de contactos físicos; não entendem brincadeiras,
ironias ou metáforas; usam tom de voz monótono ou estridente, uso inapropriado de olhar fixo e linguagem
corporal; são insensíveis e com o sentido do tacto deficiente; não conseguem julgar as “distâncias sociais”
exibindo pouca habilidade para iniciar e sustentar conversas; tem discurso bem desenvolvido mas comunicação
pobre; normalmente desejam ser parte do mundo social.
Sugestões
• Proteger a criança de ser importunada
• Elogiar os colegas quando o tratam com jeito
• Enfatizar as habilidades académicas da criança com ASPERGER, criando situações cooperativas onde
as suas habilidades sejam vistas como vantajosas pelos colegas, aumentando a sua aceitação;
• Ensinar as crianças o que dizer e como dizer. O julgamento social dessas crianças desenvolve-se
somente depois que lhes são ensinadas regras que os outros entendem intuitivamente.
• Quando insultam sem querer, por imprudência ou insensibilidade, precisa ser-lhe explicado a eles
porque a resposta foi inapropriada e qual teria sido a resposta correcta
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• Estudantes mais velhos com ASPERGER podem beneficiar do “sistema amigo”. O professor pode
educar um colega sensível e hábil quanto à situação da criança com ASPERGER e sentá-los próximos
para que o colega cuide e inclua a criança ASPERGER nas actividades;
• Incentivar o envolvimento com outros. Encorajar actividades sociais e limitar o
tempo gasto em interesses isolados.
Gama restrita de interesses
Crianças com ASPERGER têm preocupações excêntricas ou ímpares, fixações
intensas. Eles lêem e perguntam insistentemente sobre os seus interesses; seguem as próprias inclinações e às
vezes recusam-se a aprender qualquer coisa fora do seu limitado campo de interesses.
Sugestões
• Não admitir que a criança com ASPERGER discuta perseverantemente ou faça perguntas sobre
interesses isolados. Limitar esse comportamento designando um tempo específico do dia.
• Uso de reforço positivo selectivo, direccionado a formar um comportamento desejado, é uma
estratégia crítica para ajudar crianças com ASPERGER. Essas crianças respondem a elogios e devem
ser premiadas por comportamentos simples e esperados que absorva de outras crianças;
• Exigência firme deve ser feita para completar o trabalho de classe. Deve ficar muito claro para a
criança ASPERGER que ela não está no controle e tem que seguir regras específicas. Ao mesmo
tempo, no entanto, encontrar um meio-termo, dando-lhe a oportunidade de perseguir o seus próprios
interesses;
• Para crianças particularmente obstinadas, pode ser necessário inicialmente individualizar todos os
conteúdos em redor de a sua área de interesse (por exemplo, se o interesse é dinossauros, oferecer
sentenças de gramática, problemas de matemática, leitura e escrita sobre dinossauros).
Gradualmente introduzir outros tópicos.
• Usar as fixações da criança como um caminho para abrir o seu repertório de
interesses.
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Concentração fraca
Crianças com ASPERGER são frequentemente distraídas por estímulos internos;
são muito desorganizados; os indivíduos com ASPERGER não conseguem filtrar o que é relevante, de modo que a
sua atenção é focada em estímulos irrelevantes; tendência a mergulhar num complexo mundo interno de uma
maneira mais intensa que o típico “sonhar acordado” e tem dificuldade para aprender em situações de grupo.
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Sugestões
• Conteúdos devem ser divididos em pequenas unidades e o professor deve oferecer frequentes
feedbacks.
• Crianças com problemas severos de concentração se beneficiam de sessões de trabalho com tempo
definido. Isso as ajuda a se organizar. Eles precisam de convicção e programa estruturado que os
ensine que agir conforme as regras
• No caso de estudantes de ensino regular, fraca concentração, baixa velocidade e desorganização
severa podem tornar necessário diminuir a sua carga de tarefas de casa/classe e/ou arranjar tempo
numa sala de recuperação onde um professor especial possa dar-lhe a estrutura adicional que
precisa para completar as tarefas de classe e casa
• Sentar a criança com ASPERGER na frente da classe e fazer-lhe frequentes perguntas directas, para
ajudá-lo a prestar atenção à lição;
• Trabalhar uma sinalização não-verbal com a criança (por exemplo, um gentil toque no ombro) quando
não estiver atenta;
• Se o “sistema amigo” for usado, sentar o amigo junto a ele, de modo que este possa lembrá-lo a voltar
à tarefa ou prestar atenção à lição;
• O professor precisa encorajar activamente a criança com ASPERGER a deixar a suas ideias e fantasias
para trás e se focar no mundo real. Encorajando a criança com ASPERGER a brincar com uma ou duas
outras crianças, com supervisão, não somente estrutura os jogos como oferece a oportunidade de
praticar habilidades sociais.
Fraca coordenação motora
Crianças com ASPERGER são fisicamente desajeitadas e rudes; têm andar
duro e desarticulado; são mal sucedidos em jogos envolvendo habilidades motoras; e
experimentam défice em motricidade fina que causa problemas de caligrafia, baixa
velocidade de escrita e afecta a sua habilidade para desenhar.
Sugestões
• Encaminhar a criança com ASPERGER para um programa de educação física adaptado, se os
problemas motores grossos forem severos;
• Envolver a criança com ASPERGER num currículo de saúde e forma física, ao invés de em desportos
competitivos;
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• Não empurrar a criança a participar em desportos competitivos, uma vez que a sua fraca
coordenação motora só pode levar a frustração e rejeição dos membros da equipa. À criança com
ASPERGER falta a compreensão social da coordenação das acções de cada um sobre os outros da
equipa;
• Quando aplicando tarefas com tempo definido, certificar-se que a menor velocidade de escrita da
criança esteja sendo levada em conta;
• Indivíduos com ASPERGER podem precisar de mais tempo que o seus colegas para completar as
provas (fazer as provas na sala de apoio não somente oferece mais tempo mas também fornece a
estrutura adicional e o redireccionamento do professor que essas crianças precisam para se focar
na tarefa em mãos).
Dificuldades académicas
Crianças com ASPERGER usualmente têm inteligência média ou acima da
média (especialmente na esfera verbal) mas falham em pensamentos de alto nível e
habilidades de compreensão. Tendem a ser muito literais: as suas imagens são
concretas, a abstracção é pobre. O seu estilo pedante de falar e impressionante vo
impressão de que entendem daquilo que estão falando, quando em verdade estão meramente papagueando o
que leram ou ouviram. A criança com ASPERGER frequentemente tem excelente memória, mas isso é de
natureza mecânica, ou seja, a criança pode responder como um vídeo que toca em sequência. As habilidades de
solução de problemas são fracas.
cabulário dão a falsa
Sugestões
• Providenciar um programa académico altamente individualizado, organizado de forma a oferecer
sucessos consistentes. A criança com ASPERGER precisa de grande motivação para não seguir o seus
próprios impulsos. Aprender precisa ser gratificante e não um motivo de ansiedade;
• Não assumir que a criança com ASPERGER aprendeu alguma coisa só porque ela papagueou o que
ouviu;
• Oferecer explicação adicional e tentar simplificar quando os conceitos da lição são
abstractos;
• Capitalizar a sua memória excepcional: reter informações factuais é
frequentemente o seu forte;
• As colocações escritas de indivíduos com ASPERGER são frequentemente
repetitivas, fogem de um objecto para outro e contém incorrectas conotações para as palavras. Essas
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crianças frequentemente não sabem a diferença entre conhecimento geral e ideias pessoais e, então,
assumem que o professor irá entender a suas expressões às vezes sem sentido;
• Crianças com ASPERGER frequentemente tem excelentes habilidades de reconhecimento de leitura,
mas a compreensão da linguagem é fraca. Não assumir que entenderam aquilo que leram com tanta
fluência;
• O trabalho académico pode ser de baixa qualidade porque a criança com ASPERGER não é motivada a
aplicar esforço em áreas nas quais não se interessa. Expectativas muito firmes devem ser levantadas
sobre a qualidade do trabalho produzido. O trabalho executado dentro do tempo previsto deve ser não
somente completo, mas feito com cuidado. A criança com ASPERGER deve corrigir tarefas de classe
mal feitas durante o recreio ou durante o tempo que normalmente usa para o seus interesses
particulares.
Vulnerabilidade emocional
Crianças com Síndrome de Asperger tem a inteligência para cursar o ensino regular,
mas elas frequentemente não tem a estrutura emocional para enfrentar as exigências de sala
de aula. Essas crianças são facilmente ansiosas devido à a sua inflexibilidade. A auto-estima é
pequena, e eles frequentemente são muito autocríticos e inábeis para tolerar erros. Indivíduos
com ASPERGER, especialmente adolescentes, podem ser inclinados à depressão. Reacções de
raiva são comuns em resposta a stress/frustração. Crianças com ASPERGER raramente relaxam e são
facilmente acabrunhados quando as coisas não são como a sua forma rígida diz que devem ser. Interagir com
pessoas e copiar as demandas do dia-a-dia lhes exige um enorme esforço.
Sugestões
• Prevenir explosões oferecendo um alto nível de consistência. Preparar a criança para mudanças na
rotina diária, para diminuir o stress. Crianças com ASPERGER frequentemente se tornam
amedrontadas, raivosas e inquietas em face a mudanças forçadas ou não esperadas;
• Ensinar à criança como lidar quando o stress a sobrecarrega, para prevenir explosões. Ajudar a
criança a escrever uma lista de passos bem concretos que possam ser seguidos quando estiver
confusa. Incluir na lista um comportamento ritualizado que a criança ache reconfortante na lista.
Escrever esses passos num cartão que vá no bolso da criança de modo que sempre esteja disponível
para ler;
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• Efeitos reflectidos na voz do professor devem ser reduzidos ao mínimo. Seja calmo, previsível, e
senhor dos factos nas interacções com crianças com ASPERGER, indique claramente compreensão e
paciência.
• Professores devem estar alertas para mudanças no comportamento que possam indicar depressão,
como níveis excepcionais de desorganização, apatia ou isolamento; limiar de stress diminuído; fadiga
crónica; choro; anotações suicidas, etc. Não aceitar a afirmação da criança,
nesses casos, de que está “OK”;
• Esteja consciente que adolescentes com ASPERGER são especialmente
sujeitos a depressão. Habilidades sociais são altamente valiosas na
adolescência e o estudante com ASPERGER é diferente e tem dificuldades para formar
relacionamentos normais. O trabalho académico frequentemente se torna mais abstracto e o
adolescente com ASPERGER encontra tarefas mais difíceis e complexas. Num caso, o professor notou
que um adolescente com ASPERGER parou de reclamar das tarefas de matemática e então acreditou
que ele estava copiando muito melhor. Na realidade, a sua subsequente organização e produtividade
decaiu em matemática. Ele escapou para o seu mundo interior para esquecer de matemática, e então
simplesmente parou de copiar;
• É crítico que adolescentes com ASPERGER que estejam no ensino regular tenham um membro do staff
de suporte com quem possam fazer uma verificação pelo menos uma vez por dia. Essa pessoa pode
ver como ele está copiar as aulas diariamente e encaminhar observações para os outros professores;
• Crianças com ASPERGER precisam receber assistência académica assim que dificuldades numa área
em particular sejam notadas. Essas crianças são rapidamente sobrecarregadas e reagem muito mais
severamente a falhas que outras crianças;
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Ministério da Educação Direcção Regional de Educação do Alentejo
Centro de Área Educativa do Baixo Alentejo e Alentejo Litoral
Guia Orientador
para Alunos e
Encarregados de
Educação
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Síndroma de Asperger
Guia para alunos e Encarregados de Educação Introdução
O José Rui entrou para o 7º ano de escolaridade na E.B. 2,3/S da Granja em 2001 e
era visto como “esquisito” pelos colegas. As suas competências sociais eram
escassas. O José Rui era capaz de falar sobre um assunto (por exemplo, dinossauros)
durante horas, incapaz de perceber que as pessoas já não estavam a prestar atenção.
Ele também não consegue compreender quando é que alguém está a contar uma
anedota ou simplesmente a brincar. Um certo dia, no centro comercial, um amigo
mandou-o “chamar o elevador”. Inicialmente não o queria fazer, mas depois
chamou-o, literalmente, pondo toda a gente a olhar para ele. O Zé não distingue entre
o que é para levar à letra e o que não é. Apesar desta dificuldade, consegue ser um
óptimo aluno a Matemática e Ciências e saber muita coisa sobre dinossauros e
aranhas, não devendo ser considerado “esquisito”, mas sim alguém com Síndroma de
Asperger.
O que é o Síndroma de Asperger?
O Síndroma de Asperger está incluído naquilo que é conhecido pelo “espectro
do autismo”. As pessoas com autismo têm um tipo especial de dificuldade que afecta
a maneira como comunicam e se relacionam com as pessoas à sua volta. Podem
também ter uma maneira muito própria de fazer as coisas. O José Rui tem de pôr as
coisas na sua mochila da mesma forma, todos os dias.
Poderás conhecer alguém com uma deficiência, por exemplo, alguém que é
surdo-mudo ou cego, alguém que precisa de uma cadeira de rodas ou ainda com
dificuldades de aprendizagem. O autismo é uma desordem muito difícil de entender.
As crianças e os adultos com autismo têm uma aparência perfeitamente igual à das
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pessoas sem este tipo de problema (embora se possam comportar de forma diferente).
O Síndroma de Asperger é uma forma de autismo, assim chamado em homenagem
ao médico austríaco que descreveu esta desordem pela primeira vez. Estando situado
no extremo do espectro autista, implica que pessoas com esta síndroma
apresentem níveis de inteligência médios ou mesmo elevados. Pelo contrário,
pessoas situadas no extremo oposto do espectro têm dificuldades de aprendizagem e,
por vezes, dificuldades na comunicação.
Poderá acontecer que na tua turma tenhas alguém com Síndroma de Asperger.
Essa pessoa poderá ter talentos e problemas parecidos aos do José Rui. O mais
importante será perceber que as pessoas com Asperger são diferentes, tal como tu és
diferente dos teus amigos.
Características do Síndroma de Asperger.
As pessoas com Síndroma de Asperger poderão querer que as coisas sejam
sempre iguais e aconteçam sempre da mesma maneira. Por exemplo, poderão ter
dificuldades em lidar com mudanças de horários ou de professores. O José Rui
insiste que os atacadores dos seus sapatos sejam atados sempre da mesma maneira,
alinha o seu material escolar de forma rigorosa e zanga-se quando um dos seus
irmãos desarruma alguma coisa. Da última vez que os seus pais mencionaram a
possibilidade de mudar de casa, o Zé ficou extremamente perturbado, não
percebendo as vantagens que daí viriam.
Alguém com Síndroma de Asperger poderá ter dificuldade em perceber o que os
outros estarão a sentir ou a pensar. Poderás ter de dizer ao teu colega José Rui aquilo
que estás a sentir. O José Rui poderá também ter dificuldades em dizer o que sente e
o que pensa. Também poderás ouvir o teu colega falar durante horas e horas sobre o
seu assunto favorito. Por vezes, terás de lhe dizer que ele já te contou o suficiente
sobre esse assunto. Uma forma de o fazeres é sugerir-lhe que só fale disso nos
intervalos das aulas.
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As pessoas com Asperger têm, por vezes, dificuldades em compreender a
linguagem verbal. Poderão entender as coisas demasiadamente à letra. No outro dia,
o José Rui ouviu a mãe dizer ao pai: “Uma mão lava a outra e as duas lavam o
rosto”. O José Rui respondeu logo: “Mãe, mas a minha cara não precisa de ser
lavada!”
Como é que os médicos detectam o Síndroma de Asperger?
Por vezes, quando não estás bem e vais ao médico, tens de fazer exames como,
por exemplo, análises ao sangue. Os exames servem para descobrir o que é que se
passa de errado contigo. Hoje em dia, ainda não é possível fazer testes deste tipo para
detectar o autismo ou o Síndroma de Asperger, embora esteja a ser feita pesquisa no
sentido de se conseguir fazer exames de forma mais simples. Em vez de fazer
análises ao sangue, um pediatra (um médico das crianças) ou outro profissional
qualificado na área da Saúde irá levar a cabo uma avaliação. Esta avaliação poderá
implicar observar a criança na clínica ou hospital, em casa, ou na escola. A avaliação
irá incluir testes de inteligência e de linguagem.
Causas
Pensa-se que o Síndroma de Asperger é causado por diferenças no cérebro. Isto
não significa que as pessoas com esta condição sejam “estúpidas”. Como podes ver
pelo exemplo do José Rui, embora ele tenha dificuldades a Português, é
extremamente bom a Matemática e a Ciências. Ele também sabe muitas coisas acerca
de alguns assuntos, tais como, aranhas e dinossauros.
Fazer amigos
As crianças e os adultos com Síndroma de Asperger têm muita dificuldade em
fazer amigos. Contudo, isto não significa que eles não queiram fazer amigos. O José
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Rui diz aos seus irmãos o quanto gostaria de fazer amigos, mas também diz que eles
não o compreendem e ele não os compreende. Aqui é onde TU o podes ajudar
mais.
O mais importante é tentares conhecê-lo. Descobre quais são os seus interesses e
deixa que ele os utilize (por exemplo, os conhecimentos do José Rui sobre aranhas e
dinossauros poderão ser importantes numa aula ou num trabalho de Ciências). Fala
com o José Rui como se falasses com qualquer outro dos teus colegas. Poderás ter de
ser muito paciente. Poderás ter de lhe explicar determinadas coisas e ele, por vezes,
demorará mais tempo a fazer certas coisas ou a responder.
Às vezes poderás ficar um pouco frustrado com o José Rui, ou com qualquer outra
pessoa com Síndroma de Asperger. Tudo bem. Mas, lembra-te que, por vezes, isso
também acontece com os teus irmãos, irmãs e outros amigos. Lembra-te também
que, tal como tu, haverá momentos em que o José Rui quererá estar sozinho. Se não
souberes aquilo que ele quer em determinado momento, pergunta-lhe! Noutras
ocasiões, o José Rui ficará chateado contigo. Isso pode acontecer quando o Zé não
consegue compreender que uma determinada palavra pode ser um nome, um
adjectivo ou um verbo. Ele poderá exprimir essa frustração atirando ao ar as batatas
fritas que estava a comer no intervalo. Também é importante tentares não ficar
chateado por o José Rui ter feito algo que te incomoda ou, pelo contrário, não ter
feito algo que tu achavas que ele deveria ter feito. As pessoas com Síndroma de
Asperger, por vezes não conseguem compreender aquilo que os outros esperam
deles. Lembra-te daquilo que sentes quando tentas fazer uma coisa que achas muito
difícil.
Sê um bom amigo
As crianças e os adultos com Síndroma de Asperger podem ser alvos fáceis para os
colegas mais rufias. Muitas crianças com Asperger contam como choravam várias
horas à noite por serem o alvo dos rufias das suas escolas. Pior ainda, alguns dos
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____________________________________________________________________________________________________________________ Ana Cristina Duarte, Clara Aguilar, José Carlos Gil, Rui Costa, Salomé Henriques Ano Lectivo 2006/07 40
colegas que exerciam violência ou troçavam deles tinham sido considerados por eles
como amigos.
Um dos motivos para serem alvos tão fáceis da crueldade dos outros é a sua
dificuldade em comunicarem e relacionarem-se com as outras pessoas. Por exemplo,
quando não conseguem compreender uma anedota, poderão ser gozados por causa
disso. O que é mesmo necessário é que estas pessoas tenham verdadeiros amigos.
Um verdadeiro amigo explica ao José Rui quando é que alguém está a brincar ou a
contar uma anedota e acalma-o, se for necessário. Para seres um bom amigo basta
estares atento. Podes ajudar o José Rui ou qualquer outra pessoa com esta condição
explicando-lhe anedotas, ensinar-lhe as regras de um jogo, ou ajudar quando está a
ser o alvo de rufias. Poderás falar com um dos teus professores acerca disso.
As pessoas com Síndroma de Asperger podem ser extremamente sensíveis a certos
sons, sabores, cheiros, toques, etc. Um bom exemplo disto é quando o José Rui fica
perturbado quando um colega o toca inadvertidamente. Poderás ter de o acalmar e
dizer que o colega fez aquilo sem querer. É importante perceberes que esse toque
poderá ser, na verdade, doloroso para alguém com a condição do José Rui. Ele
poderá também considerar o barulho de um martelo pneumático, de um berbequim
ou dos alunos no recreio como insuportável. Tem cuidado para não troçares de
alguém que tapa os ouvidos na presença desses sons.
Algumas crianças e jovens com Asperger acham mais confortável estar com um
colega de cada vez. Pode ser-lhes difícil estar num grupo. Isto poderá ser
extremamente difícil durante os intervalos das aulas, quando há muitas crianças a
correr e a fazer barulho. Em algumas escolas poderá ser permitido a estas crianças
que possam estar na biblioteca na companhia de um ou dois colegas antes de
voltarem às aulas.
Esperamos que tenhas ficado a conhecer e a compreender melhor o José Rui e outros
colegas como ele.
Para mais informações fala com o teu Director de Turma.
CENFOCAL - Necessidades Educativas Especiais de Carácter Permanente/Prolongado no contexto da Escola Inclusiva
____________________________________________________________________________________________________________________ Ana Cristina Duarte, Clara Aguilar, José Carlos Gil, Rui Costa, Salomé Henriques Ano Lectivo 2006/07 41
Bibliografia
ATTWOOD, T., 2006, A Síndrome de Asperger, pp.45-48, Editorial Verbo, Lisboa
OZONOFF, S., 1999, A Parent’s guide to Asperger Syndro, pp. 115-125, Guilford
Editions, London
WILLIAMS, K., 1995, Understanding the student with Asperger Syndrome:
Guidelines for Teachers, Focus on Autistic Behaviour, vol. 10, nº 2, Pro-Ed, Inc.