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Sawomir Pryc - Fotolia Navipeças: mercado promissor Pólo Metalmecânico do Vale do Aço promove aproximação com Sinaval e estaleiros Como usar o gás natural em sua indústria ENERGIA A importância da gestão de resíduos MEIO AMBIENTE Franco Papini vice-presidente do Sinaval ENTREVISTA BATE-PAPO com Francisco Amerio, superintendente da Usiminas LETRA DE FORMA| P2SA

Negócios Industriais

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Revista produzida pela Letra de Forma Comunicação Empresarial em parceria com o Sindimiva.

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Page 1: Negócios Industriais

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Navipeças:mercadopromissorPólo Metalmecânico do Vale do Aço promove aproximação com Sinaval e estaleiros

Como usar o gás natural em sua

indústria

ENERGIA

A importância da gestão de resíduos

MEIO AMBIENTE

Franco Papini vice-presidente do

Sinaval

ENTREVISTA

BAte-PAPo com Francisco Amerio, superintendente da UsiminasLE

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2 Negócios Industriais | Mar.Abril 2010

TOTVS. Igual, sendo sempre diferente.Conheça as soluções TOTVS para sua empresa.Acesse www.totvs.com ou ligue (31) 3822-5016 (Ipatinga) | (33) 3271-7010 (Gov. Valadares).

Por que um V no lugar do U?

A TOTVS é uma das maiores empresas de software do mundo, mas muita gente se pergunta por que um V no lugar do U?

Bem, porque TOTVS é latim e porque, em latim, TOTVS se escreve assim, com V, e significa tudo, todos. E é exatamente isso que nós fazemos: software que todas as empresas podem ter, soluções para todo mundo.

Tem gente que pensa que trocamos nosso U pelo V só para dizer que nossa missão é ser vitoriosa, é criar valor, é ser verdadeira. Mas no fundo, no fundo, a gente gosta mesmo de ver esse V no lugar do U só para lembrar que, no nosso negócio, tudo pode parecer igual, mas tem sempre um jeito de ser diferente.

Agroindústria | Saúde | Jurídico | Financial Services | Manufatura | Varejo | Educacional | Distribuição e Logística | Construção e Projetos | Serviços | Small Business

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Unidade Leste de Minas

Page 3: Negócios Industriais

Mar.Abril 2010 | Sindimiva Revista 3

TOTVS. Igual, sendo sempre diferente.Conheça as soluções TOTVS para sua empresa.Acesse www.totvs.com ou ligue (31) 3822-5016 (Ipatinga) | (33) 3271-7010 (Gov. Valadares).

Por que um V no lugar do U?

A TOTVS é uma das maiores empresas de software do mundo, mas muita gente se pergunta por que um V no lugar do U?

Bem, porque TOTVS é latim e porque, em latim, TOTVS se escreve assim, com V, e significa tudo, todos. E é exatamente isso que nós fazemos: software que todas as empresas podem ter, soluções para todo mundo.

Tem gente que pensa que trocamos nosso U pelo V só para dizer que nossa missão é ser vitoriosa, é criar valor, é ser verdadeira. Mas no fundo, no fundo, a gente gosta mesmo de ver esse V no lugar do U só para lembrar que, no nosso negócio, tudo pode parecer igual, mas tem sempre um jeito de ser diferente.

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Unidade Leste de Minas

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4 Negócios Industriais | Mar.Abril 2010

DIRETORIAJeferson Bachour Coelho - PresidenteGláucio Luiz Gaze Campelo - Vice-PresidenteCarlos Afonso de Carvalho - Diretor AdministrativoJosé Geraldo da Rocha - Diretor FinanceiroAntônio José Moreira - Diretor de DesenvolvimentoDaniel das Dores Muniz - Diretor Social

Marcília Moreira Silva - Gerente Administrativo/ComercialNilton Diniz - Gerente ExecutivoRonaldo Soares - Analista de Negócios

SEDE DO SINDIMIVARua Cristóvão Colombo, 15, 3º andar | Cidade Nobre | Ipatinga-MG CEP 35162-363 | Telefone: (31) 3824-2710E-mail: [email protected] e [email protected]

carta dopresidente

O Pólo Metalmecânico do Vale do Aço não para de mostrar a sua força e competência para Minas e o Brasil. Desde o final de 2008 intensificamos as ações de relacionamento com mercados até então pouco - ou nada - explorados pelas indústrias regionais associadas ao Sindimiva. Promovemos missões empresariais e eventos que permitiram uma aproximação com a Cadeia de Petróleo e Gás. Em uma segunda etapa estamos incentivando as vendas e a qualificação para a indústria de navipeças. É um mercado que, a reboque dos investimentos do Pré-Sal, está em franca expansão, conforme explica nas próximas páginas o vice-presidente do Sinaval, Franco Papini.

A busca de novos mercados não significa colocar os tradicionais em segundo plano. Pelo contrário. No início de fevereiro o Sindimiva esteve presente na assinatura do contrato entre a Usiminas e fornecedores locais. Em todos os setores, a ação próativa das empresas, apoiadas pelo Sindimiva, está se transformando em novos negócios, construção de parcerias sólidas e desenvolvimento profissional. Claro que os reflexos de momentos difíceis ainda são percebidos. É nesse sentido que o Sindimiva, por meio do Sistema Fiemg, oferece aos seus associados consultoria na área de financiamentos e, numa grande parceria com o Instituto Euvaldo Lodi (IEL) e Sebrae, realizará um curso de Gestão Empresarial focado nas necessidades dos empresários.

Gostaria de aproveitar esse espaço para agradecer o apoio que sempre recebemos do Dr. Robson Braga, presidente do Sistema Fiemg - homenageado em nossa última edição. É uma grande satisfação saber que um empreendedor com suas qualidades assumirá, em breve, a Confederação Nacional da Indústria (CNI). Toda a indústria brasileira sairá ganhando.

Jeferson Bachour Coelho

Jeferson Bachour Coelho

A Revista Sindimiva/Negócios Industriais é produzida e comercializada pela Letra de Forma Comunicação Empresarial através da parceria com o Sindimiva (Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de Ipatinga).

P2SA COMUNICAÇÃO LTDA | CNPJ 07.291.053/0001-58Rua Marília, 33 A, Bela Vista, Ipatinga-MG CEP 35160-194

EDITORPaulo Assis | MG [email protected]

REDAÇÃOAline Alves e Paulo [email protected]

CRIAÇÃOGabriel Tôrres e Paulo [email protected]

PUBLICIDADEDaniele Assis(31) 3823-1316 | [email protected]

CARTAS À REDAÇÃOComentários sobre o conteúdo editorial, sugestões, releases e critícas às matérias - [email protected]

RECEBER A REVISTAA Revista Negócios Industriais é distribuída gratuitamente. Para recebê-la basta enviar um e-mail para [email protected] informando nome de destinatário, empresa, endereço, e-mail e telefone.

TIRAGEM1.730 exemplares

IMPRESSÃOGráfica Damasceno

I N D U S T R I A I Snegócios

SUMÁRIO

06 Giro Sindical 08 Artigo 10 Painel 14 Encontro incentiva fornecedores de navipeças 16 Entrevista com Franco Papini 18 Capital de giro para impulsionar retomada20 Polikini, associada da edição 21 Fiemg realiza curso de Gestão Empresarial 25 Indústrias regionais apostam no gás natural 28 Bate-papo com Francisco Amerio30 Peiex: Sua empresa no padrão internacional

Page 5: Negócios Industriais

Mar.Abril 2010 | Sindimiva Revista 5

MATRÍCULAS ABERTASNO VALE DO AÇO

INFORMAÇÕES:0800 724 4440www.mg.senac.br

Gestão empresarial

Gestão estratéGica de pessoas

Gestão ambiental

Gestão loGística

Gestão de marketinG

Quem faz, faz a diferença.

Um futuro brilhante para quem está ligado no mercado

-GRADUAÇÃOSenac MinasPÓS

Page 6: Negócios Industriais

6 Negócios Industriais | Mar.Abril 2010

hANNover

eStAdodemiNAS

GIROSINDICAL

Três representantes de empresas associadas ao Sindimiva participarão da missão empresarial promovida pelo Centro Internacional de Negó-cios (CIN) da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) à Feira Industrial de Han-nover (Alemanha) entre os dias 19 e 23 de abril.As escolhidas foram Bema Indústria Mecâ-nica, CMI e Indústria Mecânica Líder. “É uma grande oportunidade que a Federação das In-dústrias está oferecen-do”, diz Luciano Araújo,

presidente Regional da Fiemg.A Hannover Messe 2010 – Feira Internacional de Tecnologia para a Indústria - é o maior evento do mundo na Área de tecnologia para o setor produtivo.Durante o evento, os empresários brasileiros receberão apoio de con-sultores e técnicos da Rede CIN, especialmen-te nas visitas técnicas e reuniões de negócios. A Feira conta também com uma programação paralela que inclui, por exemplo, o World Ener-

gy Dialogue, que reúne os mais importantes lançamentos no setor energético, o Energy Eficiency, exposição especial para produtos, soluções e processos inovadores e energe-ticamente eficientes, e a RoboCup German Open, um campeonato de futebol entre robôs, que objetiva testar as possibilidades da inte-ligência artificial e da robótica móvel.Em 2009, cerca de 210 mil visitantes tiveram acesso aos mais de seis mil expositores.

“Minas não tem mar, mas produz navios. Ou, pelo menos, parte deles.” As ações do Sindimiva para que as empresas do Pólo Metalmecânico do Vale do Aço integrem a cadeia produ-tiva naval foram manchete do jornal “Estado de Minas”, edição do dia 15 de março.Com o título “Mar rende expansão de negócios para Minas”, a repor-tagem mostra como indústrias da região, mesmo distantes do mar, passaram a vender para o Estaleiro

STX Europe (o tema foi abordado na edição anterior da Revista Sindimiva/Negócios Industriais). O texto destaca ainda o Seminário para o Desenvolvi-mento de Fornecedores de Navipeças (capa desta edição), realizado com o apoio do Sinaval, Fiemg e Prefeitura de Ipatinga, e os contratos da Viga Caldeiraria com o STX e da Arcon En-genharia de Climatização, que iniciará a fabricação de dutos para ventilação e exaustão de embarcações para o estaleiro Mauá.

Sete empresas associadas ao Sindimiva já aderiram ao projeto de certificação desenvolvido pela entidade. Através da parceria com uma empresa de con-sultoria, o Sindicato está oferecendo às suas associadas a certificação com um investimento até 30% menor que o cobrado no mercado. O valor só é possível por causa da união das empresas do Pólo Metalmecânico do Vale do Aço.

iSo 9001:2008Jorge Vello, diretor da Arcon e da Central de Negócios Metal Mecâni-co, apoiada pelo Sindimiva, viajou para a Alemanha entre os dias 20 e 27 fevereiro com o intuito de co-nhecer uma central de negócios que atua na cidade de Dortmund.

O intercâmbio cultural foi promovi-do pelo Sebrae. Além de Jorge Vello, também foram para a Alemanha dois membros do Sebrae e um consultor.

“Temos muito para aprender. O principal diferencial que vimos é mesmo cultural. É a questão de con-fiança uns nos outros. Isso é muito grande lá e a vontade de trabalhar em conjunto é muito grande.”

Em três anos de existência, a rede MIRU tem 58 empresas afiliadas - todas empresas do setor metalmecâ-nico, em diversas especialidades.

CeNtrAldeNegóCioS

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Mar.Abril 2010 | Sindimiva Revista 7T i m ó t e o - M G | w w w . e m a l t o . c o m . b r

Emalto investe R$ 25 milhões em modernização e nova fábrica

A Emalto Indústria Mecânica, lo-calizada em Timóteo-MG, chega aos seus 36 anos concluindo dois arro-jados projetos: a modernização da fábrica 1 e a construção da unidade de estruturas metálicas. Com investi-mentos de R$ 25 milhões, a empresa – que possui cerca de 500 colaborado-res -, vai gerar 150 novos empregos. As obras serão concluídas no segundo semestre de 2010.

De acordo com Alexandre Torquetti Jr., diretor administrativo da empresa, com os investimentos a empresa vai diversificar sua área de atuação, hoje concentrada na indústria de base, e atender à crescente demanda em obras de infraestrutura, impulsionadas pela Copa do Mundo de 2014, Olimpía-das do Rio de Janeiro em 2016 e os projetos do Pré-Sal.

“O crescimento constante através do reinvestimento dos seus lucros faz parte dos objetivos da Emalto ao longo destes seus 36 anos. Quando iniciamos nossas atividades éramos voltados exclusivamente para a pro-dução de estruturas metálicas. Com o passar do tempo, agregamos valor à produção através da indústria mecâni-ca, pois houve períodos de desaque-cimento deste mercado. Hoje, 80 % do faturamento provêm da indústria mecânica, ou seja, de equipamentos industriais para a siderurgia, minera-ção, papel e celulose, a hidrogeração de energia e 20 % da produção de es-truturas metálicas. Este investimento em curso é para ampliarmos nossa re-ceita nos próximos anos”, detalha.

A nova fábrica, totalmente automa-tizada, terá uma capacidade produtiva de 1 mil toneladas mensais (a fábrica 1 tem, atualmente, 1.500 ton). Uma animação em 3D postada no perfil da Emalto no Youtube (www.youtube.com/emaltoind) apresenta as ações de expansão implementadas pela empre-sa localizada em Timóteo. Na fábrica 1 são 6.800 metros quadrados com modernos equipamentos, enquanto a fábrica 2 (Emalto Estruturas Metáli-cas) é ainda maior: 8.800.

A EmAltoCriada em 1974 a partir de um gal-

pão no fundo do quintal do então re-cém-aposentado Alexandre Torquetti, a Emalto transformou-se num grupo

que conta com Fundação Emalto, com projetos educativos e ações de apoio à cidadania e comunidade em geral, a Emalto Agronegócios para preservação e reflorestamento da re-gião, e a Torque Diesel como diversi-ficação do negócio.

De acordo com sua estratégia de agregar maior valor aos negócios, em 2010 a empresa consolida a quarta grande modernização tecnológica de seu parque industrial, envolvendo par-cerias internacionais para implantação de processos de última geração, tais como nova prensa de 3 mil toneladas, eletroímãs para transporte de chapas, forno para tratamento térmico até 1.150 °C e fabricação automatizada de perfis e estruturas metálicas.

Vídeo com detalhes da expansão está disponível no Youtube

INFORME PUBLICITÁRIOLE

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8 Negócios Industriais | Mar.Abril 2010

Daniele Lima | [email protected] ambiental

RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃOEm 2009, mais de 10 mil pessoas trabalharam com carteira

assinada no setor de construção civil em Ipatinga. O maior setor contratante, segundo dados do Ministério do Trabalho e Empre-

go. O bom momento do setor possui um lado que requer cui-dado por parte dos empreendedores e dos órgãos ambientais:

o que fazer com os resíduos? Uma alternativa interessante para o empreendedor responsável é a Bolsa de Recicláveis (www.

bolsaderecicláveis.com.br), que possui quase 1.500 empresas cadastradas. Ali, elas negociam aquilo que para muitos é lixo:

papel, metal, borracha e resíduos da construção.

IPTU VERDE EM IPATINGAEm Ipatinga já é lei. O cidadão que investe em práticas am-

bientalmente responsáveis em sua residência tem desconto no Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU). Somados, os descon-

tos podem chegar a 13%. “O interessado em obter o benefício tributário deve protocolar requerimento devidamente instruído com as provas de cumprimento das exigências necessárias à sua

concessão, perante a Secretaria Municipal de Serviços Urbanos e Meio Ambiente, a quem compete a análise preliminar do

pedido, estritamente do ponto de vista técnico-ambiental." Até o momento não houve campanha para esclarecer a operacio-nalização, mas já é bom saber que os cidadãos ipatinguenses

possuem esse direito.

Óleo de cozinhaUm resíduo especial

Um litro de óleo vegetal descartado sem o devido manejo e cuidado na pia da cozinha pode chegar a contaminar 20 mil litros de água. Esti-ma-se que cada família gere em torno de 1,5 litro de óleo por mês. Faça as contas e veja o caos!

O óleo de fritura, por exemplo, geralmente é jogado no esgoto ou misturado ao lixo do-méstico. Neste caso, ele impermeabiliza o solo e atrapalha o ciclo das águas. Quando vai para o esgoto, além do mau cheiro, a presença de óleo e gordura na rede causa seu entupimento.

Para retirar o óleo são usados produtos quí-micos, comprometendo a qualidade da água mesmo após um tratamento de esgoto. A quan-tidade de recursos financeiros destinados à sua separação, além de comprometer o tratamento de esgoto, também o encarece, trazendo ao con-sumidor mais um ônus do descarte inadequado de óleo.

Quando jogado a céu aberto, podemos con-tabilizar mais um impacto, a impermeabilização do solo. Ufa!!! Então o que fazer.... abrir mão das frituras? Definitivamente não é a solução. O re-comendável é juntar esse resíduo e entregar em postos de coleta ou mesmo em instituições que dão o destino correto a esse resíduo. Como re-comenda a Agenda 21 Global, a participação da sociedade é prioritária e fundamental para que ocorra êxito na resolução dos grandes e graves problemas socioambientais da região. A partici-pação social baseia-se na sensibilização e a mo-bilização dos mais variados segmentos sociais e assim tem-se o fortalecimento da cidadania.

A mobilização nas campanhas de doações de óleo, quando ativamente realizadas, leva aos ci-dadãos a praticar ações de proteção ao meio am-biente, ou seja, ficarem livres de um resíduo tão incômodo e praticarem também ações sociais (o óleo é vendido e o dinheiro revertido para proje-tos sociais). Então procure um posto de coleta e exerça duas vezes a sua cidadania.

ECO BAGSÉ fato que as sacolas plásticas causam danos ambientais

desde sua produção com o consumo excessivo de água até o seu destino final como a impermealização de aterros, entupimentos

de bueiros - contribuindo para as inundações e retenção de mais lixo, se descartadas em locais incorretos. Quando incinerado, libera toxinas perigosas para a saúde, sem contar no famoso

‘Mar de Plástico’ (sacos plásticos são confundidos por peixes, aves, e tartarugas marinhas com um de seus alimentos e ao consumi-los

morrem por obstrução do seu trato digestivo).Por outro lado também não é fácil ficar trazendo a mão sacos

retornáveis para fazer as compras, mas tudo é uma questão de hábito: padarias e supermercados da nossa região já disponibili-

zam sacolas retornáveis e incentivam seu uso habitual.A produção de sacolas retornáveis cumpre ainda outro papel:

gera emprego e renda para algumas famílias. Mas se você quer sacolas ainda mais bonitas e estampas exclusivas a idéia são as

sacolas feitas com baners e empenas do projeto Eco Bolsa.Quem prestigiou a Cerimônia de Entrega do Prêmio Regional

de Qualidade Vale do Aço, no ínicio de dezembro, teve a oportu-nidade de receber esse agrado de grande utilidade também ao

meio ambiente. (www.projetoecobolsa.com.br)

Page 9: Negócios Industriais

Mar.Abril 2010 | Sindimiva Revista 9

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Tremonhas de Retenção para Alto Fornos

Dutos para precipitador eletrostático

Sistema de Injeção de Óleo nos Fornos de Reaquecimento de Placas

Chutes – Fabricação de Chutes

Silenciador da Válvula Snort – Alto Forno

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10 Negócios Industriais | Mar.Abril 2010

PAINELForNeCedoreS loCAiS

exPoUSiPA

Empresas do Pólo Metalmecânico do Vale do Aço associadas ao Sin-dimiva estão inseridas na Política de Priorização de Fornecedores Locais da Usiminas. Em janeiro, a siderúrgi-ca assinou contrato com oito empre-sas da região e duas de São Paulo/Cubatão. O acordo tem um ano de duração e está focado, nessa primei-ra fase, em empreendimentos dos setores de caldeiraria e usinagem (ca-tegoria “leve”).

Antes realizadas de formas pontuais e de acordo com a demanda da em-presa, agora as compras poderão ser programadas e atendidas de forma mais ágil. O contrato prevê ainda que qualquer oportunidade de melhoria identificada pelo fornecedor – como otimização do processo ou redução de custo – será analisada pela equipe técnica da empresa. Comprovada sua aplicabilidade, o ganho é dividido em 50% com o empreendedor.

De acordo com o diretor de Supri-mentos da Usiminas, Antônio Carlos da Rosa Pereira, o Vale do Aço tem tudo para se desenvolver como um grande pólo metalmecânico, geran-

Com 22 anos de história de su-cesso para os negócios no Vale do Aço, a Expo Usipa já iniciou as vendas dos estandes para a edição de 2010. Neste ano, a ex-posição que está entre as maio-res de Minas Gerais acontecerá entre os dias 21 e 24 de julho. Interessadas em expor seus pro-dutos em Ipatinga, empresas de grandes centros como São Paulo já garantiram o espaço no even-to.

Em uma área de 15 mil metros quadrados na Usipa, a exposição terá oito áreas nas quais serão distribuídos 214 estandes. Além de participarem da exposição aberta ao público em geral, as empresas que confirmarem pre-sença no evento poderão agen-dar reuniões exclusivas com os compradores das grandes indús-trias da região como Usiminas, Usiminas Mecânica, Cenibra, Vale e ArcelorMittal Inox no En-contro de Negócios.

Para reservar um estande ou solicitar mais informações, a em-presa interessada pode entrar em contato com a organização do evento pelo telefone (31) 3801 4351 ou pelo e-mail [email protected] .

do valor e desenvolvendo competên-cias na região. “A Usiminas quer fa-zer parte desse crescimento. Vamos e precisamos valorizar os fornecedores locais – que é o que estamos fazen-do hoje – mas precisamos também deixá-los cada vez mais competitivos. Competitividade gera competência”, afirma.

Para Jeferson Bachour Coelho, presidente do Sindimiva, o contrato proporciona tranquilidade para as empresas. “Agora temos mais condi-ções de programar investimentos em maquinário, qualificação profissional e certificações”.

Lançada no começo de 2009, a iniciativa foi criada com o objetivo de movimentar os negócios locais, minimizando o impacto dos efeitos da recessão econômica. O primeiro passo para efetivar essa ação foi a criação de uma estrutura para aten-dimento e facilitação do processo de cadastramento das novas empresas. Devidamente cadastradas no sistema da Usiminas, as empresas começam agora a colher os primeiros resulta-dos dessa política.

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Page 11: Negócios Industriais

Mar.Abril 2010 | Sindimiva Revista 11

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Page 12: Negócios Industriais

12 Negócios Industriais | Mar.Abril 2010

Ipatinga já começa o ano com uma grande conquista.

Segundo pesquisa* do Ministério do Trabalho e Emprego,

é a cidade que mais emprega com carteira assinada em Minas.

Um crescimento três vezes maior que a média do estado.

O resultado indica uma forte recuperação da atividade econômica em

Ipatinga, fruto de um trabalho sério da nova Prefeitura.

* Pesquisa realizada em janeiro de 2010.

IPATINGA ESTÁ DANDO CERTO: IPATINGA ESTÁ DANDO CERTO: IPATINGA ESTÁ DANDO CERTO: É A CIDADE QUE MAISÉ A CIDADE QUE MAISÉ A CIDADE QUE MAISGERA EMPREGO EM MINAS.GERA EMPREGO EM MINAS.GERA EMPREGO EM MINAS.

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Mar.Abril 2010 | Sindimiva Revista 13

Ipatinga já começa o ano com uma grande conquista.

Segundo pesquisa* do Ministério do Trabalho e Emprego,

é a cidade que mais emprega com carteira assinada em Minas.

Um crescimento três vezes maior que a média do estado.

O resultado indica uma forte recuperação da atividade econômica em

Ipatinga, fruto de um trabalho sério da nova Prefeitura.

* Pesquisa realizada em janeiro de 2010.

IPATINGA ESTÁ DANDO CERTO: IPATINGA ESTÁ DANDO CERTO: IPATINGA ESTÁ DANDO CERTO: É A CIDADE QUE MAISÉ A CIDADE QUE MAISÉ A CIDADE QUE MAISGERA EMPREGO EM MINAS.GERA EMPREGO EM MINAS.GERA EMPREGO EM MINAS.

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Page 14: Negócios Industriais

14 Negócios Industriais | Mar.Abril 2010

O evento foi promovido pelo Sin-dicato Intermunicipal das Indús-trias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico do Vale do Aço (Sindimiva), o Sinaval (Sindicato Nacional da Indústria da Constru-ção e Reparação Naval e Offshore), a Prefeitura Municipal de Ipatinga e o Sistema Fiemg (Federação das Indústrias do Estado de Minas Ge-rais).

De acordo com o Sindimiva, cer-ca de 10 empresas da região já for-necem navipeças, como portas de visitas, escadas, passarelas, blocos de navios e calhas de amarra. “Com essa ação esperamos incentivar os empresários locais a se capacitar para atender às demandas especí-ficas da indústria naval”, detalhou o presidente da entidade, Jeferson Bachour.

Estimativas do Sinaval apontam para investimentos na casa de 5 bilhões de dólares e a construção de mais de 200 navios até 2015 somente através do Programa de Modernização e Expansão da Fro-ta e de Embarcações de Apoio da Petrobras (Promef), uma iniciativa do governo federal com o intuito de suprir as necessidades da Transpe-tro (subsidiária da Petrobras) com fornecedores nacionais.

Apesar de estarem longe do mar, onde geralmente se localizam os grandes estaleiros, o Pólo Metalme-cânico do Vale do Aço se desenvol-veu historicamente para atender se-tores exigentes como o siderúrgico e o de mineração. “Os estaleiros pre-cisam de fornecedores qualificados e nós preenchemos esses requisitos. Um evento como esse abre portas para novos negócios”, disse Jefer-son.

É de olho nesses frutos que as indústrias regionais conquista-

Encontro incentiva fornecedoresde navipeças

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Incluir as indústrias do Pólo Metalmecânico do Vale do Aço no bilionário mercado da indústria naval e offshore brasileiro. Com esse objetivo, o Centro Integrado Sesi/Senai Rinaldo Campos Soares, localizado em Ipatinga, recebeu no dia 23 de fevereiro o “Encontro de Desenvolvimento de Fornecedores de Navipeças do Vale do Aço”.

Page 15: Negócios Industriais

Mar.Abril 2010 | Sindimiva Revista 15

Paulo Assis/Letra de Forma

ram parceiros como a Prefeitura e o Sistema Fiemg para promover o encontro. O secretário de Desen-volvimento Econômico de Ipatin-ga, Marco Aurélio Sena, explica que cerca de 45% das indústrias associadas ao Sindimiva estão loca-lizadas em Ipatinga e a promoção de novos negócios gera emprego e divisas para o município.

“A administração municipal vem apoiando as iniciativas das entida-des de classe para promover o de-senvolvimento do setor produtivo. No ano passado, apoiamos o Semi-nário de Petróleo e Gás e agora so-mos parceiros no Encontro de Na-vipeças. Isso é um investimento no desenvolvimento social e econômi-co do município feito em parceria com a iniciativa privada”, destacou.

Para o presidente da Fiemg Regio-nal Vale do Aço, Luciano Araújo, é essencial para as indústrias regionais a diversificação do mix de clientes. “Quando os setores organizados da indústria do Vale do Aço se unem para buscar novos mercados, isso significa desenvolvimento das pró-prias empresas, menor dependência das oscilações do mercado e, claro, a participação numa fatia importante de um setor que irá gerar divisas para todo o País, como o naval.”

Um exemplo é a Viga Caldeira-ria, empresa localizada no Distrito Industrial de Santana do Paraíso, que acaba de fechar um contrato para fornecer blocos de navios para o estaleiro STX.

Segundo o diretor da empresa, Flaviano Gaggiatto, na década de 90, a indústria fabricou balsas e empurradores para o Rio São Fran-cisco. “Em função da quantidade de navios, plataformas e sondas de perfuração que serão necessários nos próximos anos, a perspectiva de um

enorme crescimento. A experiência que temos nos ajuda, inicialmente, a participar desse mercado”, desta-cou, frisando a parceria com outras empresas do Pólo Metalmecânico.

Gaggiatto acredita que são neces-sárias apenas algumas melhorias na qualificação profissional para que o Pólo torne-se pleno para atender a demanda do setor de navipeças.

“Não são ajustes muito severos

porque as empresas já são certifi-cadas ISO 9001. Temos que fazer algumas adequações de soldadores, mas não é uma coisa complicada. Tem funcionários nossos nos esta-leiros do Rio de Janeiro adquirin-do essa tecnologia e conhecimento para trazer para o Vale do Aço, não só para a Viga, mas para todas as empresas do Sindimiva”, completou o empresário.

Os estaleiros desenvolveram suas próprias unidades de treinamento e qualificação. Com esta rede em operação, um anunciado “apagão” de soldadores qualificados foi evitado. Com as novas encomendas, o número de empregos diretos nos estaleiros pode chegar a 60 mil até 2012. Para cada emprego direto em estaleiro, são gerados aproximadamente 5 empregos indiretos na cadeia produtiva da Indústria Naval, atingindo 300 mil nos próximos anos.

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16 Negócios Industriais | Mar.Abril 2010

FrancoPapini

entrevista

Como está o Pólo Metalmecânico para fazer uma parceria com o Sinaval?

É obrigação do Sinaval desenvolver a cadeia de fornecedores. A tendência hoje dos estaleiros é se tornarem empresas montadoras e hoje o Brasil tem um grande potencial em áreas como siderurgia, máquinas e equipamentos, mobiliário. Queremos mostrar a imensidão que esse mercado tem para os próximos 30 anos. Outras gerações vão poder usufruir das benécifies que esse mercado vai criar a nível de emprego, renda, qualidade de vida para

O vice-presidente executivo do Sindicato Nacional da Indústria de Construção e Reparação Naval e Offshore (Sinaval), Franco Papini, que lidera ainda o Comitê de Navipeças da instituição, participou do Encontro de Desenvolvimento de Fornece-dores de Navipeças, realizado em Ipatinga.

Numa entrevista à Revista Sindimiva/Negócios Industriais, ele falou sobre o potencial do mercado nacional, das oportu-nidades para o Vale do Aço.

“Nós sabemos que temos 40 sondas para fazer, 12 no exterior e 28 no Brasil; e já ouvimos que não são mais 40, são 80. A cada sonda tem uma plataforma, a cada plataforma tem 4 ou 5 barcos de apoio, para cada plataforma tem dois navios ali-viadores. Tudo isso que eu mostrei prova-velmente pode dobrar. Esse é o tamanho da coisa.”

toda a população.

O senhor falou em imensidão. De quantos na-vios, de quantos bilhões em investimentos es-tamos falando?

A Petrobras anuncia hoje, oficialmente, 174,4 bi-lhões de dólares até 2017. Agora a gente sabe que a camada de Pré-Sal tem uma reserva muito maior do que a demanda proporcionalmente estimada. Sabemos que temos 40 sondas para fazer, 12 no exterior e 28 no Brasil; e já ouvimos que não são mais 40, são 80. A cada sonda tem uma platafor-ma, a cada plataforma tem 4 ou 5 barcos de apoio, para cada plataforma tem dois navios aliviadores. Tudo isso provavelmente pode dobrar. Esse é o ta-manho da coisa.

Paulo Assis/Letra de Forma

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Mar.Abril 2010 | Sindimiva Revista 17

Como o Sinaval pretende estar presente na vida da comunidade do Vale do Aço já que é uma novidade para a maioria e também uma forma de geração de emprego e renda?

O Sinaval tem parceria com as Federações das In-dústrias e nós agora estamos firmando uma parce-ria também com o Pólo Metalmecânico do Vale do Aço. Estamos com as portas abertas para os fornecedores, para as empresas e, toda vez que for necessário, estaremos presentes porque é do nosso interesse desenvolver cada vez mais essa cadeia de fornecedores brasileira.

Existe alguma regra para a indústria do Pólo Metalmecânico participar desse mercado?

Uma empresa que queira oferecer blocos para o estaleiro deve estar dentro de todas as práticas certificadas inerentes à construção naval. Não é uma mera solda, uma mera montagem; um navio tem que precipitar a certificações internacionais da IMO (International Maritime Organization), da Solas (International Convention for the Safety of Life at Sea), tem que ter sociedade classificadora.

Não é ter uma instalação, poder comprar chapas e meramente soldar. Tem todo um procedimento que precisa ser acompanhado. Agora, como inicia-tiva, é extremamente positivo e vamos fazer todo o esforço possível para que as indústrias do Vale do Aço se insiram nesse processo da indústria da construção naval, que tem muita obra até 2030, no mínimo. A região tem potencial para isso.

Já foi estimado pelo Sinaval quanto essas de-mandas vão envolver em termos de mão-de-obra?

Nós saímos do ano de 2000 de 1.900 funcioná-rios diretos e estamos com 46.300 no começo de

INDÚSTRIA PUJANTEEssa é uma

2010. Em 2012, devemos chegar a 60 mil funcio-nários diretos e, em 2015, provavelmente, a 100 mil quando o Pré-Sal estiver já quente. Eu acredi-to que na cadeia de fornecedores diretos aos esta-leiros você pode ter um multiplicador de cinco, ou seja, se falamos de 100 são 500 mil; e nos subfor-necedores você pode multiplicar por 15, ou seja, é um novo País. Portanto, é um potencial que since-ramente não tenho nem pulmão para falar porque é muito grande, é muito interessante. A empresa que se equipar, estiver junto, ela vai ter o seu lugar ao Sol e vai aumentar seu faturamento e seu nível de emprego. Enfim, essa indústria é pujante.

O que o Pólo Metalmecânico do Vale do Aço pode oferecer para a cadeia de navipeças?

Vai desde o casco, onde você pode fornecer blo-cos. A Usiminas está presente aqui, é uma antiga fornecedora de chapas, e sabemos que vai montar uma nova unidade para fornecer blocos, já mon-tados. Isso é um grande avanço porque para os estaleiros vai ser ótimo, pois reduz até o tempo de investimento. Tendo o bloco pronto, você chega lá e acopla, a velocidade em que esse navio será construído é outra. Se o estaleiro não precisar cor-tar a chapa dentro do estaleiro e já receber blocos prontos imagina a velocidade que isso dá.

Além do Vale do Aço, que tenta entrar nessa cadeia, quais são as regiões que fornecem para as indústrias do setor?

Tem um fornecimento forte em São Paulo, no Rio de Janeiro e Pernambuco. Não tem muito obstá-culo, é querer fornecer, ter qualidade, ter preço, ter prazo.

Essa distância do Vale do Aço, é um impedi-tivo? Acredito que não.

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18 Negócios Industriais | Mar.Abril 2010

FiNANCiAmeNto

Uma linha de crédito oferecida pelo BDMG auxiliará as empresas do Pólo Metalmecânico do Vale do Aço e associa-das ao Sindimiva a obter capital de giro nesse momento de recuperação: o Empre-sa Mineira Competitiva com recursos do FUNDESE.

De acordo com Francisleila Melo San-tos, consultora financeira da Fiemg Re-gional Vale do Aço, a linha é direcionada para empresas não optantes pelo Simples Nacional e com faturamento superior a R$ 2,4 milhões anuais.

“É um produto com o perfil das em-presas associadas ao Sindimiva, que estão precisando de capital de giro para retomar a produção nesse momento de retomada da economia. Por ser uma linha de finan-ciamento baseada no faturamento bruto, as empresas poderão solicitar até 20% do mesmo como capital de giro puro. Vale ressaltar que no Empresa Mineira Com-petitiva não há incidência de IOF.”

O acesso ao crédito ainda é um gargalo para a indústria mineira, segundo o Son-dagem Industrial divulgada pela Fiemg. De acordo com o estudo, no quarto tri-mestre de 2009, o grau de satisfação atin-giu 42,6 pontos (somente valores acima de 50 pontos são considerados positivos).

O Programa Empresa Mineira Com-petitiva financia até R$ 3 milhões, com prazo de 24 meses, carência de 3 meses, e juros de (aproximadamente) 0,87% men-sais. De acordo com Francisleila, a libera-ção é feita em 20 dias. O empresário pre-cisa apresentar como garantia a alienação fiduciária de um bem e para valores até R$200.000,00 é aceito o aval dos sócios.

Outra opção semelhante é o Progeren, do BNDES, cuja taxa é de 1,1%. Mais informações 31 3822-1414 com Francis-leila.

Capital de giro para impulsionar retomada

O BNDES ampliou para R$ 1 milhão o limite de crédito que pode ser oferecido aos clientes do Cartão BNDES. Anteriormente, o limite era de R$ 500 mil. O pra-zo máximo de amortização não foi alterado, permanecendo em 48 meses.

As operações do Cartão BNDES são realizadas por meio dos bancos que operam o produto, uma linha de crédito rotativo automática. As instituições financeiras são Banco do Brasil, Caixa Econômica Fede-ral, Bradesco e Nossa Caixa.

Os clientes do Cartão podem ter acesso, por meio da Internet

(www.cartaobndes.gov.br), a 18 mil fornecedores credenciados, en-tre fabricantes, distribuidores au-torizados e prestadores de serviços, que disponibilizam em seus catálo-gos de produtos e serviços cerca de 125 mil itens autorizados.

Atualmente, já são mais de 230 mil empresas (97% micro e pequenas) que possuem o Cartão BNDES, perfazendo um limite de crédito total de R$ 9 bilhões para a aquisição financiada de máquinas, equipamentos, móveis e utensílios, insumos industriais autorizados e, mais recentemente, serviços tecno-lógicos voltados à inovação.

Ampliado o limitedo Cartão BNDES

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20 Negócios Industriais | Mar.Abril 2010

ASSoCiAdA dA edição

No final da década de 1980, o Brasil engatinhava o período de democracia, após décadas sob o regime de ditadura. Dono de estatais, o governo ainda não sabia o que era negociar com os operários. Foi uma década de greves por todo o País. Um desses episódios contribuiu para a criação da Polikini Indústria e Comércio Ltda, localizada na cidade de Itabira.

Em 1989, um grupo de 45 funcionários da então Com-panhia Vale do Rio Doce participaram de uma greve que mobilizou milhares de operários na mineradora. Te-merosos de uma reação da estatal, os funcionários – que atuavam no setor de usinagem da Vale - decidiram criar uma empresa como uma alternativa preventiva.

Numa área de 100 metros quadrados, no Caminho Novo, onde funcionava a oficina mecânica de Braz Isi-doro da Silva, pai de três sócios, nasceu a Polikini.

No início, a empresa foi tratada como um “bico”, pois a maioria dos “sócios fundadores” continuou atuando na Vale do Rio Doce após o encerramento da greve. Com o tempo, alguns aposentaram, outros aproveitaram planos de incentivo de desligamento e passaram a se dedicar

exclusivamente à Polikini.Em 1995 a empresa deixou o bairro Caminho Novo e

foi para o Distrito Industrial, onde hoje ocupa uma área de 23 mil metros quadrados, sendo 6 mil destinados ao parque produtivo. Hoje, a empresa conta com um qua-dro fixo de 176 colaboradores – eram quase 250 antes da crise – e 35 sócios (23 deles ainda atuam diariamente na Polikini).

O conhecimento técnico, adquirido com anos de ex-periência na CVRD, e a rede de contatos contribuíram para a conquista dos primeiros clientes, inclusive a pró-pria Vale. O portifólio inclui ainda CSN, Votorantim, Demag, Albras, Gerdau, Fermag, Arcelor Mittal, Sa-marco, Ciafal, ThyssenKrupp, entre outros.

Especialista em usinagem e caldeiraria pesada, a em-presa, que possui a certificação ISO 9001:2008, aten-de os setores de mineração, hidromecânica, siderurgia, montagem eletromecânica e já produziu até barcos.

A Polikini conta com uma capacidade produtiva de 200 toneladas na área de caldeiraria e 10 mil horas men-sais de usinagem.

Vários sonhos;uma empresa

Paulo Assis/Letra de Forma

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Mar.Abril 2010 | Sindimiva Revista 21

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A falta de conhecimento gerencial, aliada à ele-vada carga tributária, são as principais causas do fechamento precoce de negócios em Minas Ge-rais. “O espírito empreendedor é importante, mas é fundamental que o empresário tenha conheci-mentos, mesmo que superficial, de gestão, tribu-tos, finanças empresariais, marketing, logística”, pondera o analista de negócios da Fiemg Regional Vale do Aço, Luiz Sérgio Martins Júnior.

Com o intuito de auxiliar os empresários, o Ins-tituto Euvaldo Lodi, o Sebrae e a Regional Vale do Aço da Federação das Indústrias do Estado de Mi-nas Gerais, em parceria com a Fundação Mineira de Educação e Cultura (Fumec), vão promover o curso “Capacitação Empresarial para Micro e Pe-quenas Empresas”. As aulas são coordenadas pelo Núcleo de Gestão Empresarial do IEL.

Com uma carga de 94 horas, divididos em seis módulos (Estratégia Empresarial, Finanças Em-presariais, Operações I, Operações II, Conheci-mento Empresarial e Workshop) , com aulas às sextas (18h30 às 22h30) e sábados (8h às 12h e 13h às 17h). Os encontros serão mensais e acon-tecerão no Centro Integrado Sesi/Senai Rinaldo Campos Soares, no bairro Veneza, em Ipatinga.

De acordo com a Fiemg, o curso não é uma pós-graduação, mas ao final do curso, que dura cinco meses, os participantes com uma frequência míni-ma de 70% receberão o certificado. “Antes de dar um título, o nosso objetivo é capacitar o empre-sário para os desafios de gerenciar uma empresa”, completa Luiz Sérgio.

Informações sobre valores e inscrições pelo tele-fone 31 3822-1414.

Fiemg realiza curso de Capacitação Empresarial

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22 Negócios Industriais | Mar.Abril 2010

Novas áreas atraem empresários em busca de expansão

Divulgação/PMI

Uma nova área de 224 lotes em um espaço de 587 mil metros quadrados. Estas são apenas algumas características do projeto de expansão do Distrito Industrial apresentado pela Prefeitura de Ipatinga. O estudo foi detalhado para empresários e o projeto executivo para expansão do Distrito Industrial está sendo preparado.

INFORME PUBLICITÁRIO

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Mar.Abril 2010 | Sindimiva Revista 23

deSeNvolvimeNto

O modelo de gerenciamento da nova área será discutido junta-mente com a Associação dos Em-presários do Distrito Industrial e entidades como a Federação das Indústrias de Minas Gerais (FIEMG); Agência de Desenvol-vimento Industrial (ADI); Sindi-cato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico (Sindimiva).

O estudo da expansão do Dis-trito Industrial é coordenado pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SEMDE) da Prefei-tura de Ipatinga. A área estudada fica atrás do Distrito Industrial, próximo ao aeroporto, e terá acesso próprio por meio da BR 458. O espaço terá uma área de 200 mil metros para construção de lotes; 302 mil metros de área de preservação ambiental; 70 mil de área de rua e 15 mil de área institucional. O atual Distrito Industrial possui 351 mil metros quadrados dos quais 156,6 são para lotes.

O prefeito Robson Gomes re-força o compromisso de ouvir as demandas dos empresários e construir um modelo de expan-são do Distrito Industrial que atenda ao coletivo. “Fico feliz quando as pessoas se organizam para colocar em prática os seus sonhos. Compactuo com a ansie-dade de vocês que querem não só fazer negócios, mas gerar empre-go e renda para a nossa cidade”.

Mais de 100 empresas interes-sadas em se instalarem ou expan-direm no Distrito Industrial já fizeram o cadastro. “Temos que investir no desenvolvimento re-gional e Ipatinga deve ser indu-tora e líder deste processo. Ainda vamos discutir como será o geren-ciamento dessa área e como será o processo”, reforça o secretário de Desenvolvimento Econômico, Marco Sena.

Divulgação/PMI

“TEMOS qUE INVESTIR NO DESENVOLVIMENTO REGIONAL E IPATINGA DEVE SER INDUTORA E LíDER DESTE PROCESSO. AINDA VAMOS DISCUTIR COMO SERá O GERENCIAMENTO DESSA áREA E COMO SERá O PROCESSO”

MARCO SENA, Secretário de Desenvolvimento Econômico de Ipatinga

Administração debate projeto do Distrito Industrial com entidades e empresários

Divulgação/PMI

Page 24: Negócios Industriais

24 Negócios Industriais | Mar.Abril 2010

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Page 25: Negócios Industriais

Mar.Abril 2010 | Sindimiva Revista 25

Cinco indústrias do Vale do Aço já assinaram contrato para a utiliza-ção do gás natural que será forneci-do pela Gasmig a partir do segundo semestre de 2010, com a conclusão do lote 3 da obra, orçada em R$ 635 milhões. Cipalam, Lamina-ção Paraíso, Vamtec, ArcelorMittal Inox Brasil e Cenibra.

Maior cliente regional até o mo-mento, com um consumo diário de 200 mil metros cúbicos, a Arcelor-Mittal estima uma redução de 30% com a substituição do GLP para o gás natural. Outra vantagem pre-vista pela siderúrgica é a redução das emissões do dióxido de carbono (CO2) em 37 mil toneladas anuais.

De acordo com o gerente de No-vos Negócios da Gasmig, Décio

Indústrias regionaisapostam no gás natural

Abreu, o gás natural é mais vanta-joso do ponto de vista econômico e ambiental. “Ele possui um melhor rendimento térmico, facilita o con-trole do processo industrial, contri-bui para maior vida útil dos equi-pamentos, não emite particulados, nem enxofre e reduz a emissão de CO2”, disse.

A questão da segurança também é ressaltada pela empresa, pois não é preciso estocar o produto – que chega através da tubulação -, redu-zindo, inclusive, o prêmio dos se-guros pagos pelas empresas. Décio explica que o investimento varia conforme o porte da empresa, mas, em geral, o valor já se paga entre 5 e 10 meses.

Associada ao Sindimiva, a Cipa-

lam, localizada no bairro Iguaçu, também assinou o contrato. Con-forme a Gasmig, a empresa vai consumir 310 mil metros cúbicos mensais. A mesma quantidade está prevista para a Laminação Paraíso, localizada em Santana do Paraíso, que pertence ao mesmo grupo.

Para as empresas do Pólo Metal-mecânico, o gás natural pode ser utilizado em caldeiras, fornos de reaquecimento, de tratamento tér-mico e no corte de chapas. As in-dústrias associadas podem entrar em contato através dos telefones disponibilizados no site www.gas-mig.com.br.

Devido à legislação em vigor, ain-da não é permitida a contratação conjunta do serviço.

Divulgação/Gasmig

eNergiA

Page 26: Negócios Industriais

26 Negócios Industriais | Mar.Abril 2010

Ipatinga é a cidade com a maior variação positiva de admissões e desligamentos em Minas Gerais. Esta é a constatação da última pesquisa realizada em janeiro pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Os nú-meros foram apresentados em feve-reiro pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). De acordo com o estudo, Ipatinga registrou no pri-meiro mês do ano 4.157 admissões contra 2.895 demissões, gerando um saldo positivo de 1.262 empre-gos (+ 1,94%).

A informação foi comemorada pelo prefeito Robson Gomes. “Es-tamos realizando ações importan-tes para impulsionar a geração de

Prefeitura induz geração de emprego e renda

1262

- 1646

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554

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138

emprego e renda no nosso municí-pio. Apoiamos grandes eventos de promoção de negócios importantes para a cidade, além do investimen-to em capacitação. Outra ação de destaque é a ampliação do Distrito Industrial de Ipatinga, com previ-são de dobrar os mais de dois mil empregos já existentes no local”, destaca.

Entre as ações citadas pelo prefei-to Robson Gomes está a realização do Encontro de Desenvolvimento de Fornecedores de Navipeças. O evento foi promovido, no final de fevereiro, pela Prefeitura de Ipatinga juntamente com o Sindicato Inter-municipal das Indústrias Metalúr-gicas, Mecânicas e de Material Elé-

trico do Vale do Aço (Sindimiva), o Sindicato Nacional da Indústria da Construção e Reparação Naval e Offshore (Sinaval) e a Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg).

“Já temos empresas na região que produzem peças para navios e esta-leiros. São indústrias com certifi-cação e que irão levar a produção regional para além das fronteiras do estado. No ano passado também apoiamos o Seminário de Petróleo e Gás. Nesta ocasião trouxemos re-presentantes de outros estados para Ipatinga. Isso mostra que a cidade tem potencial para atender as de-mandas e necessidades das indús-trias do País e do mundo”, reforça.

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O gráfico apresenta o saldo da geração de emprego, por setor de atividade econômica, em janeiro de 2010. Os setores de Administração Pública, Agropecuária e Outros não tiveram saldo.

FONTE: Cadastro Geral de Empregados e Desempregados do Ministério do Trabalho e Emprego (Caged)

INFORME PUBLICITÁRIO

Page 27: Negócios Industriais

Mar.Abril 2010 | Sindimiva Revista 27

deSeNvolvimeNto

QuAlIfICAçãO PROfISSIONAlA capacitação profissional é um sonho de muitos

cidadãos e necessidade de empresas que não encon-tram no mercado mão-de-obra qualificada. Para atender esta demanda que gera renda e emprego, a Prefeitura de Ipatinga tem realizado uma série de ações de capacitação de mão de obra no município.

Uma delas é a parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) que, em mar-ço, forma 90 novos profissionais qualificados nos setores de panificação, corte e costura e construção civil. Os sindicatos patronais identificaram quais eram as áreas de maior demanda.

Por meio da parceria serão realizados outros cur-sos profissionalizantes. O deputado federal, Alexan-dre Silveira, um entusiasta da geração de emprego e renda, irá destinar R$1,5 milhão para a capacitação profissional na região por meio de emenda parla-mentar já aprovada. “O índice positivo no Caged em janeiro é fruto das ações conjuntas do poder público e da iniciativa privada. Quem ganha é a po-pulação”, opina.

A emenda parlamentar tem como objetivo fazer com que o setor metalmecânico de Ipatinga e re-gião tenha maior participação na fatia de produção

industrial no setor de Navipeças. Os números apon-tam um ‘boom’ no setor. Durante o Encontro de Desenvolvimento de Fornecedores de Navipeças do Vale do Aço, realizado em Ipatinga, no final de fe-vereiro, estimativas prevêem investimentos na casa de 5 bilhões de dólares e a construção de mais de 200 navios até 2015, somente por meio do Progra-ma de Modernização e Expansão da Frota e de Em-barcações de Apoio da Petrobras (Promef).

A geração de empregos é outro ponto forte dos investimentos em estaleiros. De acordo com o Sindicato Nacional da Indústria da Construção e Reparação Naval e Offshore (Sinaval), a entidade saiu da casa de 1.900 funcionários em 2000 para 46 mil funcionários em 2010. A estimativa é chegar a 60 mil postos de trabalho em 2012 e 100 mil em 2017.

“O setor público pode ser incentivador e dani-nho. Maligno se não houver visão e incentivador se houver o mínimo de fome e o máximo de visão. A desoneração dos impostos desta cadeia produtiva é tão importante para a geração de renda, empre-gos diretos e indiretos, além de postos de consu-mo”, aponta o vice-presidente executivo do Sinaval, Franco Papini.

Divulgação/PMI

Page 28: Negócios Industriais

28 Negócios Industriais | Mar.Abril 2010

Quais as perspectivas da usiminas para os próximos anos?

Hoje podemos falar que já passamos pelo ápice da crise. Vencidos os principais obstáculos, somos uma empresa mais ágil, moderna e preparada para enfrentar novos desafios e capturar novas opor-tunidades. Temos boas perspectivas para 2010, dadas as expectativas de mercado para o cresci-mento do PIB superior a 5% e de cerca de 12% na produção industrial, ao mesmo tempo em que se espera uma retomada, ainda que parcial, das principais economias do mundo e, nesse sentido, as perspectivas são de crescimento das vendas aos diversos segmentos do mercado, prevendo-se um crescimento da demanda por aços planos no mer-cado interno, da ordem de 20%, segundo dados preliminares do Instituto Aço Brasil – IABr. No médio e longo prazo haverá impactos favoráveis decorrentes dos investimentos necessários para a realização dos mega eventos esportivos e dos in-vestimentos para exploração dos campos de pe-tróleo do pré-sal. Este cenário deverá representar para a indústria siderúrgica um aumento contí-nuo no consumo de aço.

Quais investimentos estão previstos?

Mesmo em meio a crise, prosseguimos com in-vestimentos que consideramos estratégicos, para os quais cerca de R$2,1 bilhões foram desembol-sados em 2009, a fim de assegurar nossa presença nos segmentos de maior potencial de desenvolvi-mento. Na Usina de Ipatinga estão em curso três grandes investimentos: Coqueria: com capacidade produção de 750 mil ton/ano de coque. A previsão de inauguração é

BAte-PAPo Com FrANCiSCo Amerio

Num bate-papo com a Revista Sindimiva/Negócios Industriais, o superintendente geral da Usina de Ipatinga, Francisco Américo, fala sobre as perspectivas da siderúrgica neste momento pós-crise, dos investimentos em andamento, sobre o debate da nova usina de Santana do Paraíso e sobre a parceria com os fornecedores locais. Confira a íntegra da conversa.

Nilmar Lage

Page 29: Negócios Industriais

Mar.Abril 2010 | Sindimiva Revista 29

ainda no primeiro semestre deste ano.- Nova linha de galvanização da Unigal: produ-ção de 550 mil ton/ano de galvanizados a quente. Essa nova unidade deve entrar em operação no começo de 2011.- Expansão da Laminação de Chapas Grossas: tecnologia do resfriamento acelerado, em atendi-mento aos requisitos dos projetos de exploração do pré-sal. Esse investimento vai proporcionar um acréscimo na produção de 350 mil ton/ano.Em Cubatão está em desenvolvimento a Linha de Tiras a Quente nº2 (produção de 2,3 milhões de ton/ano).

Temos ainda outros importantes investimentos previstos na Usiminas Mecânica (instalação de uma nova unidade de fundição até o 4º trimes-tre de 2011), na Soluções Usiminas (ampliação da planta de Taubaté) e na Automotiva Usiminas (ampliação da linha de armação/soldagem).

Existe alguma previsão de início das obras do aeroporto? E a nova usina?

O projeto da usina de placas em Santana do Pa-raíso – anunciado em julho de 2008 e suspenso em julho de 2009 em função da crise – vai voltar a ser discutido pelo Conselho de Administração da Usiminas em agosto deste ano. A definição de um novo cronograma vai depender da retomada sustentável por aços planos. Em relação ao aero-porto, estamos em contato permanente com o Governo de Minas Gerais, estudando novas áreas que possam receber o empreendimento.

Como os investimentos do pré-sal estão in-fluenciando a visão de mercado da usiminas?

A Usiminas acredita que o pré-sal é um impor-tante mercado e por isso temos voltado nossa atenção para esse tema. Estamos instalando aqui em Ipatinga o “Resfriamento Acelerado de Cha-pas Grossas”, uma tecnologia que vai possibilitar a produção de aços de alta resistência para forne-cimento aos setores ligados à cadeia produtiva do pré-sal. Essa tecnologia vai ampliar nosso atendi-mento aos setores naval, de plataformas offshore e de tubos de grande diâmetro. Isso tudo faz par-te da nossa estratégia de agregar valor ao aço. A previsão é que o equipamento entre em operação no 3º trimestre de 2010, com capacidade de pro-dução de 300 mil a 500 mil toneladas por ano. Além disso, a Usiminas Mecânica está investindo US$ 200 milhões na construção de uma fábrica de módulos para plataformas marítimas, também mirando os investimentos previstos para a explo-ração da camada pré-sal.

De que forma os fornecedores locais podem auxiliar a siderúrgica nesse novo momento?

A Usiminas tem buscado uma aproximação cada vez maior com os fornecedores das cidades onde está localizada. Prova disso é que no ano passado criamos a Política de Priorização dos Fornecedo-res Locais, uma iniciativa que tem como objetivo fomentar os negócios regionais. O primeiro fruto dessa ação nós colhemos no começo deste ano, quando assinamos contrato com oito empresas do Vale do Aço, voltado para o setor de calderaria e usinagem (categoria leve). Para estreitar ainda mais esse laço, este mês eu recebi também repre-sentantes de entidades comerciais e da prefeitura de Ipatinga. Foi um momento importante para falarmos sobre as perspectivas de 2010 e vislum-brarmos futuras parcerias.

MAIS ágIl E MoDERNA”“Somos uma empresa

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30 Negócios Industriais | Mar.Abril 2010

Em 1994, Avani Caldeira Ju-nior criou uma empresa para fornecedor modelos industriais em madeira para siderúrgicas do Vale do Aço. Seis anos depois, desenvolveu a técnica de fundi-ção. No ano passado, começou a atuar com usinagem. A empresa localizada em Timóteo, hoje com 14 funcionários, pretende alçar vôos mais altos: atingir o merca-do nacional e internacional.

Em fevereiro, a Moldam Mo-delagem e Fundição, empresa as-sociada ao Sindimiva, aderiu ao Peiex, Programa de Extensão In-dustrial Exportadora, e se juntou a outras 120 empresas que con-tam com consultorias gratuitas em áreas como marketing, recur-sos humanos, gestão e produção.

“Quando soube do programa, entrei em contato e logo aceitei participar. Contar com uma con-sultoria que identifica os pontos negativos, oportunidades de me-lhorias e ainda auxilia na solução dessas dificuldades é muito bem vindo”, atesta Avani. “E ainda tem o benefício de não ter cus-tos. O investimento será com a própria adequação”, completa.

A pequena empresa, com uma produção mensal de 2 toneladas e uma carteira que inclui siderúr-gicas, mineradoras, produtoras de celulose e indústrias metal-mecânicas, espera que a partici-pação no projeto contribua para uma meta antiga. “Sempre pen-sei em exportar, mas não era o objetivo principal. Se chegarmos a um ponto que dê para exportar, vamos exportar”, destaca Avani.

Por enquanto, a equipe do Peiex já apresentou o diagnóstico com medidas que precisam ser implantadas. O monitor exten-sionista do Peiex Vale do Aço, Fá-bio Jabour, explica que além das

visitas, o programa também ofe-rece uma série de palestras onde são abordados assuntos relevantes para a gestão de uma empresa.

“É uma oportunidade ímpar para os empreendedores do Vale do Aço. O projeto foi lançado no segundo semestre de 2009 e já temos a participação de quase 120 empresas. Ainda temos va-gas para mais 100 empresas, mas é importante que os interessados entrem em contato o quanto an-tes, pois a adesão deve ser feita até o mês de abril”, explica Fábio.

Hoje, as indústrias do vestuá-

rio e metalmecânico lideram a participação no projeto. “Mes-mo aquelas empresas que não vendem para o exterior poderão ser capacitadas e colocarem seus produtos e serviços num nível internacional, tornando-se mais competitivas”, reforça o presiden-te da Fiemg Vale do Aço, Lucia-no Araújo.

SERVIçOEm Ipatinga, o Peiex está loca-

lizado na rua Cristóvão Colom-bo, 15, Cidade Nobre. Mais in-formações (31) 3821-2102.

Paulo Assis/Letra de Forma

Padrão Internacional

Peiex

Avani, ao lado do espectômetro: qualificaçãopara atingir o mercado externo

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