Associação do folhadal

Centro Social, Cultural e Recreativo

FEVEREIRO / 2015 NÚMERO 7

Editorial

Decorria o ano de 1939, quando

os Senhores Abílio Pais Cabral e

Augusto Pais dos Santos juntaram

um grupo de amigos e organiza-

ram a “contradança.”, que era o

nome usado na época para festeja-

rem o Carnaval.

Esta organização passou a desen-

volver algumas actividades,

nomeadamente bailes e festas

populares.

Assim nasceu a ASSOCIAÇÂO

DO FOLHADAL que comemorou

em 2014 o seu 75 aniversário.

Desde o momento da sua origem

que os objectivos têm vindo a

mudar adaptando-se à realidade

dos tempos e as necessidades da

população

Como esta data não se atinge

todos os dias era imperioso que a

data fosse assinalada convenien-

temente.

Assim decidimos que esta publi-

cação que costuma ter uma perio-

dicidade trimestral, desta vez fos-

se anual de forma a agregar toda a

informação e eventos que se rea-

lizaram ao longo do ano.

A Direcção

No dia 28 de Dezembro de

2014, a Dão Pedestre juntou

mais de oito dezenas de pes-

soas que quiseram, de forma

solidária, dar o seu apoio à

Associação do Folhadal num

dos momentos difíceis da sua

existência, constituindo igual-

mente um motivo de interesse

para dar a conhecer a nossa

aldeia, o seu património e os

seus trilhos.

A iniciativa contou com o

apoio da Câmara Municipal

de Nelas e da Junta Freguesia

de Nelas, contando natural-

mente com todo o apoio da

Associação do Folhadal,.

Toda a ajuda é pouca, mas

procurando que este aniversário

fosse uma homenagem aos nossos

antepassados e ficasse na memória

das gerações actuais, influenciando

-as relativamente a outros proces-

sos.

Em 2014, a Associação celebrou o

seu 75.º Aniversário. Tratando-se de

uma data carregada de simbolismo,

precisava ser assinalada com as devi-

das honras. Assim sendo, durante o

ano multiplicaram-se as actividades

Celebração do 75º aniversário

perante tamanha adesão e sim-

patia resta-nos agradecer a

organização da iniciativa e

adesão voluntária de dezenas

de fenianos e amigos.

(cont. p.11)

Caminhada solidária pela

Associação do Folhadal

Em resposta a esta onda soli-

dária gerada ao redor desta ins-

tituição, que tanto nos alegra e

enche de esperança, vimos

publicar o nosso NIB para que

todos os que querem contribuir

possam fazer o seu donativo.

NIB - 0035 0534 00019953431 29

IBAN - PT50 0035 0534

00019953431 29

BIC SWIFT - CGDIPTPL

Ajudar Quem Ajuda

Tal como sucede com as pes-

soas, também com as institui-

ções é nos momentos mais

difíceis que mais necessitamos

do apoio de todos.

Testemunhámos que, desde o

primeiro momento em que a

Associação do Folhadal foi

subtraída do seu património,

gerou-se uma enorme corrente

de solidariedade que juntou

várias pessoas e instituições

em prol da nossa colectividade.

O final do ano de 2014 marcou de

forma negativa a história e dia-a-

dia da nossa Associação, em resul-

tado de um episódio que tão cedo

não se esquecerá.

Na noite de 5 para 6 de Novembro

a nossa colectividade foi vítima de

uma assalto por parte de um bando

de malfeitores, que não se limitan-

do a subtrair alguns bens no inte-

rior do edifício, roubaram igual-

mente uma das nossas viaturas,

com a qual provocaram um apara-

toso acidente quilómetros depois,

junto a localidade de Vilar Seco,

que culminou com a destruição

completa da carrinha.

Em resultado da acção dos gatunos

e de um momento para o outro,

ficámos sem alguns equipamentos,

dinheiro e uma das nossas carri-

nhas de transporte de utentes, um

meio de transporte, imprescindível

para ir buscar e trazer os utentes do

Centro de Dia, colocando-nos difi-

culdades logísticas no apoio que

prestamos às pessoas socialmente

mais vulneráveis. .

Como é do conhecimento público,

esta Associação, sendo também

uma IPSS, ajuda vários idosos e

famílias em situação social precá-

ria, em que por vezes o único ren-

dimento limita-se ao apoio social

prestado pelo Estado.

O caso encontra-se em investiga-

ção por parte da polícia. Caso os

criminosos não sejam identifica-

dos tal poderá significar uma per-

da total da viatura e o consequen-

te gasto de milhares de euros

numa nova.

O problema tem gerado uma onda

de solidariedade sem prescenden-

tes, que agradecemos, e que serve

de estímulo a continuarmos com o

trabalho até hoje desenvolvido,

apesar das enormes dificuldades

que o problema acarreta e conti-

nuará a acarretar.

Página 2

NÚMERO 7

"A Velha e o Lobo" - Espetáculo de Animação

A 12 de Fevereiro, Rui Fonte –

coordenador da Biblioteca da

Fundação Lapa do Lobo – inva-

diu o quotidiano da instituição e,

para agrado dos presentes, con-

tou a história “A velha e o

Lobo”, numa adaptação do conto

“A cabacinha e o lobo”, da auto-

ria de Lígia Brazão.

Fim de ano atribulado

“Educar é Travessia”

e posterior regresso ao Folhadal,

onde o almoço esperava os parti-

cipantes na nossa Associação.

Muitos objectos antigos fazem

agora as delícias das gerações

mais velhas, que assim recor-

dam outros tempos, e são do

agrado das novas gerações. Um

desses exemplos é o das bicicle-

tas pasteleiras, cada vez mais na

moda.

Esta foi a razão para que no pas-

sado dia 14 de Setembro de

2014 tenha sido organizada

mais uma concentração destas

bicicletas. Esta foi a terceira vez

e contou com a participação de

31 ciclistas, orgulhosos das suas

beldades.

O percurso teve início no Largo

da Associação, prosseguiu por

algumas ruas da aldeia com des-

tino a Nelas, Carvalhal Redondo

Página 3 NÚMERO 7

Passeio de Pasteleiras

Foi com grande entusiasmo e

satisfação que, no dia 9 de

Agosto de 2014, a Associação

do Folhadal recebeu no salão de

Festas a nossa conterrânea

Maria Lúcia Abreu para a apre-

sentação do seu livro “Educar é

Travessia”, que relata as suas

experiencias adquiridas em

vários anos a leccionar em esco-

las públicas e privadas no Bra-

sil.

A autora mostrou ser uma

memória viva da nossa terra,

cruzando experiências do Brasil

com as vivências de menina que

nunca esqueceu a sua infância.

Às memórias de pessoas, canti-

gas e acontecimentos juntou a

sua vocação como comunicado-

ra de excelência, que adquiriu

como professora, profissão que

abraçou durante décadas.

Os laços que ainda hoje mantém

com a nossa terra, propondo em

boa hora à Direção da Associação

realizar nas nossas instalações a

apresentação da sua obra que já

havia sido lançada no País irmão

em 2013.

Foi um momento não só para cru-

zar fronteiras, a partir da sua his-

tória de vida em breves momen-

tos cruzamos gerações e contex-

tos socioculturais que nos enri-

quecem e orgulham também de

ser quem somos enquanto fenia-

nos pelo mundo fora.

Foi um momento de festa e de

reencontro que merece o nosso

Bem-haja.

Actividades de Carnaval

salão de festas da nossa Associa-

ção a 3.º edição da “Noite de

Fados”, que este ano contou com

a participação do “Grupo de

Fados de Espinho”.

De ano para ano o evento tem

vindo a multiplicar a presença de

fãs desta música tão portuguesa.

Esta edição superou todas as

expectativas ao ultrapassar 140

pessoas.

Durante o evento foi sorteado um

cabaz que saiu ao Sr. Pinto e para

aconchegar o estômago houve cal-

do verde, enchidos e sangria.

Relembramos que a segunda edi-

ção decorreu no dia 30 de Novem-

bro de 2013 e contou com a pre-

Noite de Fados

Somam-se as iniciativas de vária

índole, designadamente cultural,

tentando cobrir as preferências dos

nossos associados e amigos, mos-

trando que uma colectividade é um

organismo vivo com ligação à

comunidade na qual está inserida.

Foi o que sucedeu na noite de 31-

10-2014, data em que decorreu no

O Carnaval é uma festa que é mar-cada pelo "adeus a carne" que a partir dela se fazia um grande período de abstinência e jejum, . Para a sua preparação havia uma grande concentração de festejos populares. Cada lugar e região brincava a seu modo, geralmente de uma forma propositadamente extravagante, de acordo com seus costumes.

Pensa-se que terá tido a sua ori-gem na Grécia em meados dos anos 600 a 520 A.C,.

Na nossa Associação já é normal a celebração da data, mas este ano e apesar de sair dos nossos objecti-vos, decidimos marcar o 75º Ani-versário com a construção de um carro alegórico que simbolizasse o aniversário e evidenciasse a locali-dade.

Assim com a colaboração de

sócios e amigos contruimos um carro com a replica exacta do pelourinho.

Este carro apesar de simples, mar-cou pela qualidade dos materiais usados e pela diferença dos outros carros.

Devido ao mau tempo os corsos acabaram por não sair no domingo de Carnaval tendo saída na terça e no Domingo seguinte

O carro saiu integrado nos corsos de Nelas tendo saído um dia pelo B. da Igreja e outro no C. do Povo.

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NÚMERO 7

sença do grupo de fados “Alma

Fadista”, enquanto que na primei-

ra edição esteve o grupo de Fados

de Mangualde.

20 Aniversário do Centro de Dia

Página 5 NÚMERO 7

Também para as instituições o

tempo passa rápido e apesar do

longo caminho percorrido, dado

o desejo de se fazer mais e

melhor, fica sempre algo que

gostaríamos de realizar.

No dia 1 de Junho o Centro de

Dia da Associação do Folhadal

celebrou o seu vigésimo aniver-

sário, 20 anos que nos enchem

de orgulho e vontade em prosse-

guir.

Este Centro tem vindo a crescer

na prestação de cuidados a quem

mais precisa, dentro e fora da

nossa aldeia.

Nesse esforço tem contado com

a preciosa entrega de todos os

colaboradores presentes para dar

apoio 365 dias por ano.

Inicialmente o período de fun-

cionamento do Centro de Dia

não englobava os fins-de-

semana, contudo, ao verificar-se

que as necessidades dos utentes

não se coadunam com o funcio-

namento apenas durante a sema-

na, conjugando a necessidade de

se fazer mais e melhor com a

boa vontade daquelas que diaria-

mente tornam possível esse traba-

lho, decidimos prestar apoio

igualmente durante o fim-de-

semana.

Assim, temos razões acrescidas

para celebrar 20 anos ao serviço

da comunidade, sempre na expec-

tativa de se melhorar.

O almoço convívio de festa e

confraternização realizou-se no

passado dia 1 de Junho e juntou

no salão de festas cerca de 160

pessoas

A celebração do nosso aniversá-

rio foi abrilhantada pela presença

do Grupo "Cordas e Cantus da

Nossa Terra", um dos grupos for-

mados na escola de música da

Sociedade Filarmónica de Caba-

nas de Viriato.

Trata-se de um grupo com cerca

de dois anos de existência e de

uma localidade aqui bem perto

que tem dado muita importância

à música, sendo a segunda vez

que nos brindou com a sua pre-

sença.

O Grupo "Cordas e Cantus da

Nossa Terra" é constituído por 28

elementos, com uma extensa fai-

xa etária. Em termos de reportó-

rio, interpretam clássicos da

música portuguesa com guitarras,

cavaquinhos e instrumentos de

percussão.

Assim, tivemos razões de sobra

para festejar de forma merecedo-

ra o nosso 20º aniversário, agra-

decendo a presença de todos,

manifestando desse já o desejo de

em 2015 contar-se de novo com a

presença de todos, numa iniciati-

va que não é apenas nossa mas

também de toda a comunidade.

Campanha do Banco Alimentar

Desde o primeiro momento que a

Associação do Folhadal tem sido

parceira do Banco Alimentar

Contra a Fome de Viseu, tendo

participando ativamente em todas

as campanhas e eventos promovi-

dos por esta instituição.

Este ano não foi diferente, voltá-

mos a participar nas campanhas

de recolha de alimentos nos

supermercados.

Assim decorreram nos fins de

semana de 31 de Maio e 1 de

Junho bem como no dia 29 e 30

de Novembro mais duas campa-

nhas de supermercado nas quais

ficamos responsáveis por dois

supermercados locais.

Resumo das Campanhas

Campanha de 31 de Maio e 1

Junho

Mathias – 434 kg

Lidl – 533 kg

Total no Concelho de Nelas –

3504 kg

Banco Alim. de Viseu - 74 ton

Instituições apoiadas no distrito

de Viseu – 101

Pessoas apoiadas - Cerca de

5600

Campanha de 29 e 30 Novembro

2014

Mathias – 560 kg

Lidl – 637 kg

Total no Concelho de Nelas –

3888 kg

Banco Alim. de Viseu - 80 ton

Instituições apoiadas no distrito

de Viseu – 103

Pessoas apoiadas - Cerca de

5800

Devido à diversidade de activida-

des que existem nem sempre é

fácil a tarefa de recrutar voluntá-

rios, pelo que pedimos ajuda de

outras Instituições.

Queremos agradecer a ajuda de:

Associação Nelas Solidária

Bombeiros Voluntários de

Nelas,

Sport Lisboa e Nelas,

Clube de Caça e Pesca,

Centro Paroquial de Nelas

Todos os voluntários indivi-

duais e todas as pessoas que

contribuíram para a realiza-

ção desta campanha.

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NÚMERO 7

Dia dos Avós

Página 7 NÚMERO 7

pois é um dia que nos deverá

levar a reflectir serve sobre o

papel dos mais velhos na socie-

dade actual, designadamente

enquanto sujeitos dotados de

saber com base no seu passado.

Celebrar o Dia dos Avós signifi-

ca assim celebrar a experiência

de vida, reconhecer o valor da

sabedoria adquirida, não apenas

nos livros, nem nas escolas, mas

no convívio com as pessoas e

com a própria natureza.

Todos sabemos que o papel dos

avós na família vai muito para

além dos mimos dados aos netos,

sem esquecer que muitas vezes

eles são o suporte afetivo e

financeiro de filhos e netos. Os

avós são os nossos educadores e

uma das nossas principais refe-

rências afectivas e pedagógicas.

Por tudo isso e pela maior dispo-

nibilidade em termos de tempo e

dedicação, diz-se que os avós são

pais duas vezes.

No dia 24 de Maio, a partir das

15h00, foi apresentado no Cine-

teatro Municipal de Nelas o espe-

táculo “A Voz do Rock” inserido

nas atividades promovidas pela

Autarquia.

A Associação do Folhadal esteve

presente com 15 dos seus utentes

das valências de Centro de Dia e

Apoio Domiciliário.

Este grupo constituído por avós,

pais, bisavós talvez recrutados

em diversas instituições de Viseu

e que aceitaram, sem hesitar, o

desafio lançado a maiores de ses-

senta anos para cantarem algo

A Associação do Folhadal evo-

cou no dia 26 de Julho a celebra-

ção do Dia dos Avós com um

piquenique no Parque de São

Miguel, em Nelas, no sentido de

promover o encontro de gerações

entre avós filhos e netos.

A data possui um simbolismo

religioso próprio pelo facto de ser

o dia de Santa Ana e São Joa-

quim, pais de Maria e avós de

Jesus Cristo. Conta a história que

Ana e seu marido, Joaquim,

viviam em Nazaré e não tinham

filhos, mas rezavam a pedir ao

Senhor para lhes enviar uma

criança.

Um dia, apesar da idade avança-

da do casal, um anjo apareceu e

comunicou que Ana estava grávi-

da. Tiveram a graça de ter uma

menina abençoada a quem bati-

zaram de Maria. Santa Ana mor-

reu quando a menina tinha ape-

nas 3 anos.

Mas o o Dia dos Avós tem igual-

mente outro tipo de simbolismo,

que lhes pudesse ser menos fami-

liar, mas ainda assim

“tradicionalmente” português.

O reportório do grupo é constituí-

do com base numa lista impor-

tante de musicas, muitas delas

rock português, que fizeram

sucesso no nosso país nas últimas

décadas.

O rock permite entrecruzar tem-

poralidades e gerações, cativando

o interesse dos presentes. A Voz

do Rock é uma performance

musical encenada que, acima de

tudo, celebra o prazer da partilha

musical.

“A Voz do Rock”

75 Anos em Revista - Principais etapas

LOCALIZAÇÃO

FOLHADAL é uma laboriosa

povoação da Freguesia e Concelho

de Nelas, Distrito de Viseu. A julgar

pelos vestígios arqueológicos a sua

origem é muito antiga. A história

moderna remonta a 1286, data em

que o Rei D. Diniz atribuiu Foral a

26 dos seus moradores. A nossa

ASSOCIAÇÃO foi instalada inicial-

mente em instalações alugadas. Nas

últimas décadas construiu a sua sede

e modernizou-se, sempre com o

objectivo do desenvolvimento cultu-

ral, recreativo e social da sua popula-

ção e povoações vizinhas. Actual-

mente, desenvolve várias actividades

em vários domínios, no que conta

com todos os sócios e amigos, sem

os quais não atingia a grandiosa

dimensão que veio a alcançar.

O NASCIMENTO

Decorria o ano de 1939, quando os

Senhores Abílio Pais Cabral e

Augusto Pais dos Santos juntaram

um grupo de amigos e organizaram

uma "contradança", nome usado na

época para festejarem o Carnaval.

Este grupo teve origem num dos

dois ranchos existentes na altura,

conhecido como os “Fenianos”. A

necessidade de se obterem instala-

ções próprias para o efeito, obrigou-

os a alugar um barracão, onde existia

um lagar, que mais tarde, serviu

como suporte de um palco, um cor-

redor envolvente com serventia de

camarim e um pequeno bar, o

conhecido “Salão”, onde durante

décadas se realizaram dezenas de

bailes. O nome do grupo inspirou-se

no movimento feniano com origem

no Brasil, inspirador do actual Car-

naval, razão pela qual o primeiro

nome dado à colectividade foi Asso-

ciação do Folhadal de "Grupo

Recreativos Os Fenianos".

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NÚMERO 7

A HISTÓRIA

A compra de uma televisão, na altura

única na terra, conseguiu reunir

novos elementos, pagando uma quo-

ta mensal, para puderem assistir dia-

riamente à programação, sendo, no

entanto, os jogos de futebol que

enchiam a casa. A Associação cres-

ceu de forma amadora, somente no

dia 20 de Janeiro de 1979 legalizou a

sua situação, com a aprovação dos

estatutos e assinatura da escritura,

passando a designar-se "Associação

Recreativa e Cultural do Folhadal".

DO VELHO SE FEZ NOVO

Estava dado o primeiro passo para o

crescimento e desenvolvimento da

Associação, contando para tal com o

contributo dos vários Corpos Direc-

tivos que durante várias décadas se

sucederam, sempre numa perspecti-

va de continuidade do projecto

desenvolvido. Dez anos mais tarde,

em 1989, um novo Corpo Directivo

entrou, com vontade de fazer do

velho novo. Ao encontrar as instala-

ções em estado bastante degradado,

decidiu demolir, parcialmente, o anti-

go Salão e avançar com a construção

de um edifício sede que dignificasse

toda a povoação do Folhadal, obra

que demorou várias anos a construir,

uma vez que foi necessário manter as

actividades em funcionamento para

obter os fundos necessários para a

sua construção, contando com ines-

timável apoio da população neste

esforço. Um projecto resultante está

actualmente visível.

Em 1994, a Associação redirecionou

os seus objectivos e enveredou por

entrar na área social, abrindo o

segundo Centro de Dia do Concelho

de Nelas. Devido ao aumento dos

pedidos começou a funcionar em

1998 o serviço de Apoio Domiciliá-

rio que começou a ser apoiado pela

Página 9 NÚMERO 7

Segurança Social em 2000.

Em 2001 foi finalizada a construção

do ringue polidesportivo que permite

a prática de vários tipos de desportos

e que é aberto à população em geral.

Ainda em 2000 através de uma can-

didatura ao Ministério da Ciência e

da Tecnologia abrimos o primeiro

Espaço Internet da região que foi

ampliado em 2001 com a oferta de 4

computadores do Instituto da

Juventude.

Em 2005 conseguimos finalmente

acabar os balneários de apoio ao

Ringue Polidesportivo.

Em 2010 pensando no ambiente e

também com alguns apoios estatais

adquirimos um conjunto de painéis

fotovoltaicos que nos trouxe algum

rendimento mensal e painéis solares

térmicos que diminui a nossa depen-

dência energética do gás.

Em 2012 abraçamos um outro tipo

de projecto, a edição de um livro

sobre a nossa localidade. Este pro-

jecto foi muito trabalhoso e demora-

do devido a dificuldade na recolha

de informação e o livro em si aca-

bou por ser editado no último tri-

mestre de 2013 tendo sido um

momento marcante para a localida-

de.

Da criação do livro surgiu também

uma exposição fotográfica sobre a

aldeia, conjugando uma grande parte

das fotografias recolhidas para a edi-

ção do livro.

Em 2014 abraçando um outro pro-

jecto abrimos uma escola de cavaqui-

nhos. Este projecto que começou de

uma forma pouco convincente, mas

tem vindo gradualmente a ganhar

adeptos e formamos um conjunto

denominado de “Fenianos”. Apesar

de ainda estarmos numa fase inicial

já fizemos a nossa primeira aparição

pública no nosso almoço de Natal.

ACTUALIDADE

Com um número de associados pró-

ximo das cinco centenas, a Associa-

ção do Folhadal possui uma área de

ocupação de 3072.00 m2, um vasto

património e instalações funcionais,

onde podem decorrer várias activida-

des em simultâneo, sem interferência

entre si,.

Os tradicionais bailes que tornaram a

Associação famosa acabaram por ser

substituídos por actividades de cariz

cultural, desportivo e sobretudo

social.

O Centro de Dia acaba por já ser

pequeno para as necessidades da

comunidade. Acolhe actualmente 23

utentes, 15 dos quais mediante acor-

do com a Segurança Social. A média

de idades dos utentes nesta valência

é de 84 anos. Prestamos igualmente

Apoio Domiciliário a 25 utentes. A

média de idade neste caso é de 79

anos.

Dia da Criança

A Convenção sobre os Direitos

da Criança foi criada em 1959 e

adotada, por unanimidade, por

todos os países membros das

Nações Unidas (ONU), a 20 de

Novembro de 1989.

Esse documento enuncia um

amplo conjunto de direitos fun-

damentais de todas as crianças,

bem como as respetivas disposi-

ções para que sejam aplicados.

Em Portugal, o Dia da Criança

comemora-se anualmente a 1 de

Junho.

Em 2014, a Associação do

Folhadal e a Junta de Freguesia

de Nelas associaram-se com o

apoio de um parceiro comercial

(a empresa “Bento e Nascimen-

to”) nas comemorações do Dia

Mundial da Criança. Esta parce-

ria permitiu distribuir cerca de

360 gelados, pulseiras e gomas

aos alunos do Centro Escolar de

Nelas e do Jardim de Infância do

Folhadal.

Página 10

NÚMERO 7

Passeio BTT Solidário

No dia 17 de Fevereiro de 2015

realizou-se mais um evento soli-

dário cujos proveitos reverteram

para a Associação do Folhadal.

Coincidindo com a terça-feira de

Carnaval, a Associação BTT Dão

Nelas e APedalar organizaram o

Passeio BTT Solidário e que

contou com a participação de

cerca de quatro dezenas de apai-

xonados pela modalidade com

disponibilidade nesse dia.

O Passeio foi dividido em dois

percursos: um com cerca de

40km para os mais resistentes e

outro ligeiramente mais pequeno

para os que estão menos habitua-

dos, mas que mesmo assim qui-

seram participar.

No final, havia um almoço ofere-

cido pela Associação do Folha-

dal como forma de retribuição e

reconhecimento a todos os atletas

que apesar de ser dia de carnaval

sacrificaram a manha de terça

feira por uma causa solidária.

Caminhada Solidária

Página 11 NÚMERO 7

depois passar o Cruzeiro e a Igre-

ja em direcção ao marco geodési-

co. Haveríamos de descer pelo

caminho da remolha em direcção

à Póvoa da Roçada.

A visita ao Buraco da Moira foi

muito emotiva, recordando velhos

tempos e a lenda da Moira encan-

tada. Seguiu-se o regresso pelo

Picoto, para depois se alcançar a

Rua da Vala e no final se contem-

plar a paisagem da Laje Grande.

Continuámos até alcançar as

sepulturas das Fontainhas e

depois se prosseguir pela Poça da

Lapa, cheia de histórias de outros

tempos. Antes de se regressar ao

Folhadal o percurso incluiu ainda

uma passagem pelo que resta do

casario do Vale do Gato.

A caminhada terminou na Asso-

ciação do Folhadal aonde foi ser-

vido um lanche a todos os partici-

pantes, na expectativa de volta-

rem em próximas iniciativas.

No dia 28 de Dezembro de 2014,

a partir das 09:00 horas, realizou-

se uma caminhada solidária a

favor da nossa Associação e que

percorreu vários pontos de interes-

se da nossa aldeia, num percurso

com cerca de 10 km.

A iniciativa foi promovida pela

Associação BTT-Dão Nelas e

inseriu-se nas caminhadas que esta

associação tem realizado nas

várias freguesias de Nelas, conse-

guindo reunir mais de 80 partici-

pantes. Foi igualmente importante

o apoio da Junta de Freguesia de

Nelas e da Câmara Municipal,

assim como dos donos dos terre-

nos que permitiram a passagem

sendo possível limpar e abrir um

percurso pedonal que apesar da

inclinação do terreno ninguém

quis deixar de visitar.

O trajecto percorreu alguns pontos

que fazem parte da nossa história:

teve início na sede da Associação,

seguiu em direcção à sepultura

antropomórfica do Colóquio, para

Página 12

NÚMERO 7

Desconhecendo-se o dia exacto

da constituição da Associação do

Folhadal, a Direcção escolheu

como data oficial celebração ofi-

cial do 75º Aniversário o dia 15

de Junho de 2014.

O dia começou com a celebração

da missa no período da manhã,

houve desfile de marchas com os

utentes e os alunos do Jardim de

Infância, revivendo uma canção

antiga alusiva ao Folhadal.

Os Bombeiros Voluntários de

Nelas fizeram desfile da Fanfarra,

com coreografias elaboradas, no

ringue da associação, após o qual

desfilaram também pela aldeia.

O Grupo Raio X brindou-nos com

sua atuação, relembrando-nos os

bailes no passado. A população

“bailou” ao som do referido gru-

po.

Como não tem festa sem comida,

houve sardinha, febras e sopa de

peixe servidas aos presentes.

Os mais audazes puderam ainda

mostrar que conseguiam subir ao

pau ensebado

Foram ainda distribuídas lem-

branças pelas entidades convida-

Celebração do 75º Aniversário

Festas da Páscoa 2014

Página 13 NÚMERO 7

"Gigantesca Pequena Coisa" –

Atividades de Animação

Decorreu no passado dia 14 de

Maio de 2014 no salão de festas

da Associação a actividade de

animação denominada de

"Gigantesca Pequena Coisa".

Esta actividade está inserida no

âmbito das atividades promovi-

das pela Camara Municipal de

Nelas para IPSS.

Esta iniciativa proporcionou uma

tarde diferente e animada e con-

tou com a participação de uma

boa parte dos nossos utentes que

neste dia se deslocaram à insti-

tuição para apreciar este teatro.

A celebração da Páscoa é uma

tradição que todos os anos tenta-

mos manter viva, pelo significa-

do que tem para a povoação .

Em 2014, a Pascoa foi celebrada

no dia 20 de Abril e não foi dife-

rente dos outros anos, apesar da

mudança de hábitos da popula-

ção, que obrigam o orientar as

festas noutro sentido.

Ao contrário do que sucedia ante-

riormente, em que as festas ocor-

riam na segunda e terça-feira, os

festejos tiveram início na noite de

Domingo de Páscoa. Nessa noite

a música esteve a cargo do Grupo

Musical Taska Velha, que ani-

mou o salão de festas da Associa-

ção noite dentro, permitindo aos

presentes cantarem e dançarem.

Na segunda-feira os escuteiros

vieram à Associação com o sím-

bolo da cruz para os utentes que

desejassem cumprir as devoções

religiosas.

Nesse mesmo dia, no período da

tarde, a animação esteve a cargo

do Rancho Folclórico de Vilar

Seco. Contando com boas condi-

ções atmosféricas, a actuação foi

no ringue desportivo, o que foi

do agrado do público, que nos

participou de forma activa na ini-

ciativa.

Foi uma outra forma de se revi-

ver a Páscoa, que tudo indica foi

do agrado dos presentes, podendo

pois ser repetida.

Alguns utentes ainda aproveita-

ram a iniciativa para darem uns

passos de dança.

O nosso muito obrigado à Cama-

ra e em particular aos animado-

Página 14

NÚMERO 7

Exposição de Fotografia “Gestos e Rostos”

Mostrada pela Associação do

Folhadal pela primeira vez no

Almoço de Natal, simultanea-

mente integrada no ano em que

comemoramos 75 anos de vida

associativa e 20 dedicados a ser-

vir os mais sábios da comunida-

de, a exposição “Gestos e Ros-

tos” onde os idosos do nosso

Centro de Dia são as personagens

principais.

Foi uma mostra fotográfica onde

cada traço revela uma vida plena

de vivências mais felizes ou tris-

tes, mas sobretudo o sentimento e

postura em relação à idade e a esta

bonita etapa da vida. Uma etapa

que se quer alegre e despreocupa-

da agora que, mais sábios, o tempo

é gasto em atividades mais sim-

ples e despidas de preocupações.

Pela mão da animadora Ana

Machado, a realizar estágio no

nosso Centro de Dia e em parceria

com a fotógrafa Fátima Sampaio,

passaram estes rostos e estas per-

sonalidades e, da forma exposta,

quis que deixassem a sua marca.

Passeio a Fátima A viagem foi do agrado de todos,. Um dos momentos de maior interesse foi o da visita à nova Basílica do Santuário.

No final do dia regressámos ao Folhadal agradados por um dia bem passado e em sã convívio. Dentro das possi-bilidades e por ser do agrado de todos, contamos em 2015, repetir esta visita, que certamente será concorrida.

No passado dia 26 de Setembro de 2014 realizou-se mais uma visita ao San-tuário de Fátima por parte de utentes, familiares e vários outros membros da nossa comunidade.

No período da manhã, cons-tou da visita uma visita ao Santuário. Durante a tarde foi possível aos presentes assistirem ao Terço.

Almoço de Natal

Página 15 NÚMERO 7

O Cantar de Janeiras é uma tradi-

ção em risco de vir a desaparecer.

Esta tradição que já vem do tem-

po em que os Romanos ocupa-

vam a Península e resume-se a

grupos de pessoas que se reúnem

para cantar pelas ruas, para dese-

jar aos seus vizinhos um Feliz

Ano Novo.

Felizmente na nossa aldeia tudo

tem sido feito para se manter esta

linda tradição, ainda que essen-

cialmente remetida às nossas ins-

talações.

No dia 1 de Janeiro de 2014 tinha

-nos visitado o Grupo de Canta-

res “Serões da Beira Alta”, da

Associação do Bairro da Igreja,

de Nelas, para nos presentear

com uma pequena actuação, no

Salão de Convívio do Centro de

Dia

Em 2015 a tradição voltou a

repetir-se, desta vez com a parti-

cularidade de ser com elementos

da “casa”, dado que se tratou da

sua segunda aparição em publico

Grupo “Os Fenianos”.

A actuação aconteceu no dia 11

de Janeiro no bar do nossa Asso-

ciação e contou com a colabora-

ção de sócios e utentes qua aju-

daram nas cantorias, deixando

boas indicações quanto ao futu-

ro.

Como vem sendo hábito, no dia

14 de Dezembro de 2014 realizou

-se no salão de festas da nossa

Associação o tradicional almoço

de Natal, o qual reuniu cerca de

140 pessoas.

O último Almoço de Natal con-

tou não sou com a adesão em

massa da população e de pessoas

de outras localidades, como teve

uma novidade. Para surpresa de

todos, pois não tinha sido previa-

mente anunciado: a animação

esteve a cargo do recém criado

grupo de cavaquinhos “Os Fenia-

nos” que fez neste almoço a sua

aparição publica.

Este grupo resulta da dedicação

de alguns corajosos, miúdos e

graúdos, que às segundas-feiras à

noite vão para a Associação

Aprender a tocar cavaquinho,

merecendo por isso o nosso

aplauso. Estamos certos que no

próximo Almoço de Natal os

seus dotes musicais já vão ser

reconhecidos pelos presentes,

para tal continuam a ensaiar.

Cantares de Janeiras

Breves

Autoria e Produção: José Gomes Ferreira (colaboração voluntária) Associação do Folhadal Coordenação e divulgação: Associação do Folhadal

CONTACTOS

Rua da Associação, nº1

Folhadal

3520-021 Nelas

ASSOCIAÇÃO DO FOLHADAL Página 16

Tels: 232940027

Fax: 232940027

E-mail: info@a-folhadal.com

Webpage: www.a-folhadal.com

Fogueira de São João

Depois das marchas popula-res, sardinhadas bailes entre outras atividades, faltava saltar a tradicional fogueira para encerrar as festividades dos Santos Populares de 2014.

Utentes e colaboradores da Associação, alegraram este dia com a boa disposição e o saltinho da fogueira. As fogueiras joaninas são uma tradição pagã, que celebra o solstício de Verão. A fogueira de S. João remonta à Idade Média, por ser a 24 de Junho celebrada a festa deste santo, mantendo-se até hoje.

Segundo uma lenda cristã,

Isabel ficou de fazer uma

fogueira no cimo do monte

para avisar que estava pres-

tes a nascer o seu filho

(João Baptista) para Maria

ir em seu auxílio.

1º Encontro das IPSS´S do

concelho de Nelas

Realizou-se no dia 27 de

Junho de 2014, no Parque

São Miguel, a tradicional

sardinhada oferecida pela

CMN às IPSS do Concelho,

e que contou com a presen-

ça da nossa Associação.

O uso de balões e fogo-de-artifício está relacionado com o tradicional uso da fogueira joanina e os eus efeitos visuais.

De ano para ano a Associa-ção do Folhadal, para ale-gria de todos, renova esta tradição, reunindo à volta da fogueira de rosmaninho e utentes, funcionário/as e amigos.

Escola de Música –

Cavaquinho

Desde o final de Outubro

de 2014 que o ensino da

música está presente na

nossa Associação, com

ensaios todas as segundas-

feiras à noite.

Como primeiro resultado,

formou-se um grupo de

cavaquinhos que, como

noticiado noutras páginas,

já se apresentou ao público

duas vezes. Doravante

espera-se que o mesmo

grupo venha a animar

alguns serões da nossa

associação.

AGRADECIMENTO

A Associação do Folhadal

vem por este meio agrade-

cer a todas as pessoas, ins-

tituições publicas e priva-

das que se associaram e

contribuíram de alguma

forma na campanha

“Ajudar Quem Ajuda”.

Foi graças a ajuda de todos

que foi possível angariar

um valor financeiro que

apesar de ainda não ser

suficiente para adquirir

uma nova viatura, repre-

senta um bom principio e

uma boa ajuda.

A Direcção continua a

lutar para atingir o seu

objectivo.

O NOSSO MUITO OBRI-

GADO