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1 Departamento de Formação Profissional - Centro Nacional de Qualificação de Formadores

Outros ÂngulosAVALNET – Training Evolutionand ROI Network 

Para TrocaMetodologia de Avaliação doRetorno do Investimento Aplicadoao eLearning

Retorno sobre o Investimento emFormação (Modelo ROI). UmEstudo de Caso

Adopção de novos Instrumentosde refrerência na União Europeia

Bloco de NotasAcções, Seminários, Encontros 

Ler & VerRecursos e Notícias

 

É POSSIVEL MEDIR O RETORNO DOINVESTIMENTO NA FORMAÇÃO?

O presente número da newsletter do CNQF é dedicada ao tema do ROI - Return of Investment = Retorno do

Investimento - na Formação. Este tema não é novo, sendo discutido com algum detalhe há mais de uma década

pelos investigadores sociais e pelos profissionais da formação/educação, sendo actualmente possível encontrar

um volume significativo de referências bibliográficas e de sites especializados que permitem o acesso a

instrumentos que facilitam a compreensão do conceito e a aplicação do ROI, disponibilizando inclusivé

calculadoras de fácil utilização (http://www.slideshare.net/  www.businesscase.com;

http://www.12manage.com/methods_roi_pt.html; http://www.fastrak-consulting.co.uk/;

http://resources.bnet.com/).Seleccionámos este tema basicamente por três razões: porque a pressão da actual crise sobre o investimento em

formação tem conduzido a uma maior preocupação com as questões do retorno do mesmo, sendo fundamental

assegurar que num contexto de recursos escassos são produzidos efectivamente os resultados expectáveis;

porque o centramento do processo de educação/formação nos resultados da aprendizagem (“learning

outcomes”), levantou novas preocupações sobre a forma como o conhecimento adquirido é efectivamente

transferido para o posto de trabalho e por último porque o CECOA desenvolve um projecto transnacional com

bastante interesse, do qual damos aqui conta.

 A questão do ROI cruza inevitavelmente com a da avaliação da

formação, matéria ainda mais debatida e sobre a qual bastante se tem

escrito e produzido metodologicamente, radicando ambas nas Teorias

do Capital Humano, (Theodore Schultz 1961 e Gary Becker, 1964), as

quais defendiam que as variações encontradas nos perfis de

remuneração dependiam do investimento em educação e formação, o

qual por seu lado estava directamente relacionado com a produtividade

individual. Jacob Mincer (1974) ampliou o modelo e incluiu como

variável a formação no posto de trabalho, introduzindo várias inovações

que tiveram um profundo impacto na economia do trabalho. De acordo

com esta perspectiva, a formação no posto de trabalho explica as

variações na remuneração de um indivíduo ao longo da sua vida activa,independentemente da idade. São vários os estudos subsequentes dos

economistas do trabalho que demonstram inequivocamente o impacto

significativo do investimento na educação e formação na evolução

salarial, reforçando a teoria do capital humano. Denison (1967) concluiu

que um ano a mais de escolaridade aumentava em 6% a possibilidade de subir um nível na escala salarial e Card

e Kruger (1992) identificaram efeitos de magnitude similar. Mais recentemente, são vários os estudos que

concluem pela existência de uma relação significativa entre o aumento nos ganhos salariais e o investimento na

formação inicial e contínua (http://hal.archives-ouvertes.fr/docs/00/05/87/62/PDF/14_en_beret.pdf ).

 A preocupação com a eficácia e eficiência do investimento na formação conduziu à construção de vários modelos

e teorias que ao longo do tempo foram enquadrando as práticas de avaliação e dos quais destacamos o modelo

de Donald Kikpatrick (1994), que definiu quatro níveis de avaliação – reacção, aprendizagem, comportamento e

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2 Departamento de Formação Profissional - Centro Nacional de Qualificação de Formadores

 Ana Cristina PauloDirectora do [email protected] 

impacto da formação, ao nível dos objectivos organizacionais - o Balanced Scorecard , desenvolvido por Kaplan e

Norton (1996), e que teve um impacto bastante significativo nas metodologias de avaliação dos profissionais das

área financeiras e de planeamento e por último o modelo ROI de Phillips (1997), cuja questão básica é a do

retorno do investimento que uma organização faz na formação dos seus activos, calculando-se o Retorno com

base na seguinte equação: ROI (%) =Value of benefits - cost of training X 100%Cost of Training.

É esta equação que se encontra na base das práticas de avaliação do ROI difundidas, sendo no entanto vários

os obstáculos que se têm colocado à larga difusão das mesmas

(http://www.elcosh.org/docs/d0100/d000132/d000132.html): os esforços para identificar e medir o custo e

benefícios da formação podem não compensar, especialmente se a formação é desenvolvida esporádica e

ocasionalmente; os benefícios da formação são de tal forma “soft” e subjectivos que é difícil quantificar resultados

e sobretudo traduzir os mesmos em euros; enquanto que os custos são relativamente fáceis de calcular e logo

após a formação, os retornos são em contrapartida processos de longo prazo; resultados e retornos negativos

podem afectar a posição do Departamento de Recursos Humanos e o próprio investimento futuro na formação e

no capital humano na organização. Há ainda quem afirme que os resultados obtidos nos estudos desenvolvidos

não são generalizáveis: as amostras não são significativas, os estudos são apenas ao nível da empresa, existe

falta de rigor cientifico, e as ligações à rentabilidade da empresa indiciam falta de credibilidade (Bishop 1994,

p.19-20). São assim fundamentais estudos baseados em amostras amplas, baseados em métodos

econométricos válidos, que permitam nomeadamente isolar os efeitos da formação.

 Apesar das questões levantadas, cremos que é fundamental avaliar o investimento na formação e, mais

especificamente, avaliar o respectivo retorno, surgindo como o mais forte argumento para justificar que a

qualificação é um instrumento fundamental para o aumento da competitividade empresarial, sectorial e mesmo

nacional. Urge assim investir em estudos mais vastos e também na discussão e difusão dos projectos e casos

concretos que se baseiam nas metodologias ROI. Esperamos que este número da newsletter possa de alguma

forma contribuir para este objectivo.

Referências Bibliográficas:

Becker, Gary S. (1964) Human Capital: a theoretical analysis with special reference to education, New

York: Columbia University Press.

Bishop, John (1994), “The incidence of and payoff to employer training”, Working Paper 97, Ithaca,

NY,Cornell University (July)

Barron, JohnM, Dan A. Black e Mark A. Lowenstein (1989), “Job Matching and On the Job Training”,

Journal of Labour Economics, 7, (January) 1:20

Denison, Edward (1967), Why Growth Rates Differ, Washigton DC, The Brookings Institution.

Kirkpatrick, Donald L. (1994) Evaluating Training Programmes: the Four Levels, San Francisco:

Berret-Koehler Publishers

Mincer, Jacob (1974), Schooling, Experience and Earnings, New York: Columbia University Press

Philips, Jack J. (1994), Measuring the Return on Investment: Volume I, Alexandria,VA:American

Society for Training and Development

Philips, Jack J. (1996), “ROI: The search of best practices”, Training and Development 50, (February),

2:42-47

Schultz, Theodore W. (1961) “Investment in Human Capital”; American Economic Review,

51:1-17

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3 Departamento de Formação Profissional - Centro Nacional de Qualificação de Formadores

AVALNET - Training Evaluation and ROINetwork

PROJECTO LEONARDO DA VINCI  

O projecto AVALNET tem como objectivo disponibilizar informações úteis sobre “como fazer”, boas práticas eexemplos de sucesso na área da avaliação e do retorno do investimento em formação. Trata-se de uma redeeuropeia que em Portugal é composta pelos parceiros: CECOA (http://www.cecoa.pt/), CENFIM(http://www.cenfim.pt/), FDTI (http://juventude.gov.pt/Portal/FDTI) e UCP (http://ucp.pt).

Porque criámos a Rede AVALNET?

 Apesar do elevado número de formadores e entidades formadoras acreditadas, segundo dados de Março de2009 da DGERT, em Portugal há apenas 117 entidades formadoras acreditadas no domínio doacompanhamento e avaliação da formação. Estes números revelam um cenário caracterizado por um“desencontro” entre a oferta e a procura (que é idêntico em toda a Europa) e também a pertinência desta redecujo objectivo é responder ao pouco investimento feito na melhoria das competências em avaliação da formaçãoe às necessidades específicas destes públicos-alvo – formadores e entidades formadoras: Necessidades emmatéria de informação sobre exemplos de sucesso e boas práticas na área da avaliação da formação;

necessidades em termos de troca de experiências com “pares” e identificação de tendências emergentes; efinalmente necessidades no que concerne à identificação das competências que o mercado exige aosprofissionais que trabalham na avaliação da formação e do ROI - aspectos que reforçam a importância damelhoria da qualidade no contexto europeu.

O que podemos oferecer

 A Rede AVALNET é uma rede Europeia de pesquisa e prática no domínio da avaliação da formação. A principalfinalidade desta rede é a concepção, apresentação e transferência de produtos com carácter inovador nodomínio da avaliação e do retorno do investimento em formação (ROI) tendo em vista contribuir para a melhoriada qualidade dos sistemas de Educação e Formação Profissional e respectivas práticas, na Europa. Esta redetransnacional reflecte a perspectiva da garantia da qualidade na Educação e Formação Profissional, pelatransferência de inovação.

Os objectivos específicos do projecto são:

•  Reunir conhecimento no domínio da avaliação da formação dirigido a peritos de Formação profissional,consultores de formação e formadores, gestores de empresas e de Recursos Humanos, centros de formaçãoprofissional, parceiros sociais e entidades públicas e privadas que trabalham na área da Educação e FormaçãoProfissional;•  Partilhar experiências e promover inovação no domínio da avaliação da formação e do ROI reunindo,para esse efeito, num mesmo Fórum, especialistas e organizações especializadas;•  Identificar tendências e requisitos de competência na área da avaliação e do ROI da formação;•  Promover maior inovação e cooperação transnacional no domínio da formação profissional;•  Melhorar a qualidade dos sistemas e práticas de Educação e Formação Profissional na Europa,nomeadamente da aprendizagem ao longo da vida, com o objectivo de aumentar a sustentabilidade e ainovação organizacionais.

Produtos

Os produtos desenvolvidos no âmbito do projecto e a que todos os interessados podem ter acesso são:

•  Repositório digital de boas práticas, estudos de caso e exemplos de sucesso de empresas nas áreasda avaliação e do ROI da formação, na Europa Estudos de caso/exemplos de sucesso de empresas nosdomínios da avaliação e do ROI da formação;•  Relatório de Benchmarking sobre Práticas Europeias de Avaliação e Aferição do Retorno doInvestimento na Formação;•  Perfil de Competências Europeu para Consultores de Formação ROI;•  Programa de formação orientado para resultados;•  Newsletters do Projecto;•  Fórum Online;•  Blog do Projecto;

•  Kit para novos membros da rede;•  Repositório dos novos membros da rede

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Para além da participação nos produtos acima mencionados, todos os parceiros organizaram e desenvolveramworkshops e participaram na conferência final que se realizou no dia 12 de Maio em Lisboa. Os workshopsvisaram melhorar as competências e aptidões em matéria de avaliação, medição e retorno do investimento emformação, de formadores/consultores e outros agentes da formação.

O objectivo da conferência final foi a apresentação de vários estudos de caso e exemplos de boas práticas nodomínio da avaliação da formação e a promoção do debate acerca dos resultados e sustentabilidade doprojecto, promovendo a visibilidade e as potencialidades da rede junto de uma audiência alargada de potenciaismembros.

Se é um centro de formação profissional, uma empresa, uma autoridade pública, uma instituição privada deformação ou um profissional individual dedicado à formação e está interessado nos domínios da avaliação,aferição e retorno do investimento em formação, convidamo-lo a tornar-se membro da rede, a enviar-nos um e-mail para [email protected] e/ou a participar nos diversos meios de comunicação disponíveis no site do projectohttp://avalnet.fdti.pt. Convidamo-lo, ainda, a aceder aos conteúdos do projecto e a contribuir com estudos decaso e exemplos de boas práticas no domínio da avaliação da formação. Estes produtos ficarão disponíveis norepositório digital desenvolvido pelo projecto para apresentar boas práticas e exemplos de sucesso, reportartendências emergentes na Europa e partilhar novas teorias e conteúdos diversos no âmbito da avaliação daformação e retorno do investimento.

Carla GanitoUniversidade Católica Portuguesa

[email protected] 

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Metodologia de Avaliação do Retorno doInvestimento aplicada ao eLearning

O valor do eLearningO eLearning é um termo que entrou definitivamente no nosso léxico: o “e” que acrescenta a parte electrónicaao “learning”, o “e” do equilíbrio entre a pedagogia e a tecnologia, o “e” de excelência do “learning”. Sãovariados os enfoques e os campos de aplicação do eLearning.

O valor do eLearning está directamente relacionado com a confiança nesta modalidade formativa, com acapacidade de promover um alinhamento estratégico entre os desígnios das organizações e as necessidadesdo mercado, as expectativas, a motivação e a disponibilidade para aprender ao longo da vida, as experiênciasbem sucedidas, entre outros factores.

Mas qual o valor real do eLearning? Quais os custos das soluções de eLearning? O que temos a ganhar como eLearning?

O eLearning, pelas suas características, é uma mudança de paradigma na forma de aprender e de ensinar. Osformandos tornam-se elementos activos do seu processo de aprendizagem, na medida em que são osconstrutores do seu próprio conhecimento. Os formadores são mediadores cognitivos, organizacionais, sociaise tecnológicos da experiência formativa e facilitadores da aquisição de novas competências. A interacçãoentre formadores e formandos e entre formandos é assegurada por um conjunto de instrumentos multimédiaque, ao longo do percurso formativo, actuam ao nível da motivação, da orientação e do feedback. As

comunidades de prática, por sua vez, promovem o sentido de pertença e de partilha, formal e informal, sendofactor de humanização dos sistemas de gestão da aprendizagem.

No entanto, à semelhança de outros processos de mudança, individual ou organizacional, encontramos osacérrimos defensores, os defensivos e os eternos indecisos. Para todos é necessário apresentar evidências dovalor do eLearning: acrescentar valor, investir em boas práticas, desenvolver business cases; vencerresistências e obstáculos, desmontar mitos; esclarecer, envolver, promover a experimentação.

O modelo de avaliação retorno do investimentoO modelo de avaliação de Donald Kirkpatrick e os contributos de Jack Phillips, entre outros autores,perspectiva o eLearning do ponto de vista da eficácia dos programas formativos, destacando-se os seguintesníveis de avaliação:

 A avaliação das reacções (reacções e satisfação dos formandos) A avaliação das aprendizagens (aprendizagem ou conhecimentos adquiridos)

 A avaliação de transferência (os comportamentos e a sua aplicabilidade no contexto de trabalho) A avaliação de impacto (os resultados da formação)O ROI - retorno do investimento em formação.

O modelo de avaliação ROI articula o diagnóstico de necessidades de formação com os resultados e impactosda formação e permite avaliar o ROI das soluções de eLearning, permitindo-lhe ganhar credibilidade junto dotecido empresarial e contribuir para o reforço da competitividade e melhoria de competências dos recursoshumanos.

 A avaliação ROI é uma excelente ferramenta, sempre que o eLearning seja percepcionado num contexto deinvestimento, tanto pró-activo, como reactivo. O ROI do eLearning é um método que permite comparar osbenefícios e custos da formação e converter esses benefícios e custos em valores monetários, pelaarticulação do diagnóstico de necessidades de formação com o impacto da formação.

O processo de cálculo do ROI requer, assim, o acompanhamento da formação, desde o seu planeamento àsua execução, relaciona os benefícios esperados e reais do eLearning com os objectivos da empresa efocaliza-se na avaliação das competências com impacto no negócio e na melhoria de desempenho dostrabalhadores.

O cálculo do ROI do eLearning define a situação de partida da empresa ou dos seus trabalhadoresrelativamente a um conjunto de indicadores: capacidade financeira, índices de produtividade e eficiência,retenção dos trabalhadores, qualidade dos produtos e serviços, satisfação dos clientes, redução dasreclamações, práticas de investimento nos recursos humanos, etc.

 A metodologia ROI permite uma análise cuidada no que respeita à antecipação de determinadoproblema/oportunidade organizacional, o enquadramento estratégico da empresa e/ou do consórcio deempresas e riscos associados, a análise de custo-benefício; o posicionamento dos stakeholders , do mercadoe o impacto no negócio.

 A metodologia focaliza-se:Na distinção entre benefícios tangíveis e intangíveis e no isolamento dos efeitos decorrentes da formação

(através de técnicas de estimativa de impacto, grupos de controlo e feedback dosclientes)No levantamento das mudanças de desempenho (três, seis meses ou 1 ano após a formação)

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Na tradução das novas competências em unidades de medida; na determinação do valor associado a cadaunidade de medida; no cálculo do valor mensal e/ou anual associado às melhorias.

Em suma, trata-se de aferir a percentagem de melhoria atribuída ao eLearning e converter os benefícios emvalores monetários.

Os custos iniciais com a implementação dos sistemas de eLearning tendem a ser elevados. Na equação doROI (ROI = Benefícios Líquidos da Formação / Custos da Formação) entram, ainda, os custos directos, oscustos indirectos e os custos de manutenção. No entanto, vários estudos têm demonstrado a tendência parauma acentuação dos benefícios e das vantagens reais com o eLearning, nomeadamente, o eLearning poupa

tempo sem deteriorar as aprendizagens, minimiza as despesas em deslocações, minimiza o tempo fora dolocal do trabalho, promove aprendizagens em contextos formais e informais. A aprendizagem informal e aaposta no eLearning interactivo têm vindo a dar lugar ao eLearning focalizado nos conteúdos formais e no dito“e-boring”.

Aplicabilidade da Metodologia ROICientes da importância desta temática, o CECOA – Centro de Formação Profissional para o Comércio e Afinspromotor do Projecto “ROI – Retorno sobre o Investimento em Formação” e os parceiros do projecto,conceberam uma metodologia ROI aplicada à formação presencial (2003-2005). Para mais informação:http://www.cecoa.pt/projectos/transncio/roi.htm.

De 2005 a 2007, o CECOA promoveu novo projecto-piloto “ELearning Quality for SME’s: Guidance andCounselling” (igualmente financiado pelo Programa Leonardo da Vinci) tendo como objectivos avaliar o ROI doeLearning e promover a qualidade do eLearning dirigido às pequenas e médias empresas do sector docomércio e serviços; avaliar os requisitos organizacionais, os critérios de qualidade e as atitudes em relação

ao eLearning; promover a relação entre a oferta e a procura de cursos de eLearning; recolher boas práticas eformar consultores de formação. Para mais informação: http://www.cecoa.pt/projectos/transncio/ELQ.htm

Mais recentemente, entre Janeiro de 2007 e Maio de 2009, o CECOA promoveu o Projecto “AVALNET -Training Evaluation and ROI Network” um Projecto “Redes” com o objectivo de disponibilizar informações úteissobre “como fazer”, boas práticas e exemplos de resultados de sucesso na área da Avaliação e do ROI daFormação; partilhar novas teorias e a sua aplicação; reportar tendências emergentes e apontar para asimplicações mais relevantes das temáticas da avaliação e do ROI da formação.

Tratando-se de uma rede transnacional, a sua principal finalidade é a concepção, apresentação etransferência de produtos com carácter inovador na área da avaliação e do ROI tendo em vista contribuir paraa melhoria da qualidade dos sistemas de Educação e Formação e respectivas práticas por toda a Europa.Para mais informação: http://www.cecoa.pt/projectos/transncio/Avalnet.htm

 A curto prazo, esperamos contribuir para aumentar o nível de conhecimento dos formadores, consultores,promotores de formação e empresários no que respeita, à concepção, desenvolvimento e implementação desoluções formativas pedagógica, técnica e financeiramente sustentáveis.

 A médio e longo-prazo apostamos no alargamento desta rede de conhecimento com o propósito de aumentara qualidade da oferta formativa e de apostar nos serviços de consultoria dirigidos às empresas e aosprofissionais do sector.

Medir o ROI da formação, promover recomendações sobre medidas de qualidade face aos diversos requisitosdos sistemas de gestão da aprendizagem (aspectos técnicos, design, conteúdos, avaliação e feedback),recolocar o enfoque da aprendizagem no local de trabalho, recolher os benefícios tangíveis e intangíveisdestas iniciativas formativas para o sector do comércio e serviços são as nossas metas prioritárias.

Vanda VieiraTécnica de Formação, CECOA - Inovação e [email protected] 

http://elearningportugal.wordpress.com 

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7 Departamento de Formação Profissional - Centro Nacional de Qualificação de Formadores

Retorno Sobre o Investimento em Formação(Modelo ROI).Um estudo de Caso: Evolução

Profissional/Melhoria de Competências

Pessoais1 – Introdução

Os processos de cálculo do Retorno do Investimento (ROI), nomeadamente do ROI em formação, são utilizados

pelas organizações com o objectivo de determinar as mais valias a obter nos investimentos a realizar.

Mais especificamente, o objectivo de qualquer processo ROI é quantificar relações de custo/benefício, em que

os principais factores de avaliação (de forma simplificada), serão:

•  Valor – dinheiro ou outros benefícios atingidos ou a atingir com o investimento realizado.

•  Tempo (Período de Retorno) – momento em que o investimento inicial “retorna” ao investidor.

Estes factores são, numa primeira abordagem, os principais instrumentos de apoio aos orgãos de gestão dasorganizações, nos processos de tomada de decisão.

Sendo de especial importância para as organizações a racionalização de custos e a correcta tomada de

decisão, não só sobre os investimentos a realizar como também a eficácia da sua aplicação, é essencial a

existência de modelos e/ou ferramentas que permitam abordar de forma sistematizada os diferentes processos

inerentes à actividade das organizações, nomeadamente o processo ligado ao Retorno sobre o Investimento em

Formação.

2. Modelo ROI

Neste sentido e nesta óptica de abordagem sistematizada ao processo, sugerimos a aplicação de um Modelo

ROI da Formação, dividido em seis fases (ver fig. 1):

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8 Departamento de Formação Profissional - Centro Nacional de Qualificação de Formadores 

Uma outra visão do Modelo (Fig. 2 ), permite uma abordagem mais pormenorizada das suas diversas etapas e

dos diversos momentos que constituem as fases do processo.

FASE 0 – DADOS INICIAIS: Fase considerada fundamental para um cálculo eficaz do R.O.I., porque é nela que

se estabelecem não só os indicadores a medir, como também os respectivos valores iniciais. Caracteriza-se

pelas seguintes etapas de recolha de informação:

- CONSTATAÇÃ O:  Detecção pela organização ou indivíduo de informação que indicia dois tipos de situações:

- Falhas.

- Oportunidades de Melhoria.

- ANÁLISE DE CAUSAS/ IDENTIFICAÇÃ O DE SOLUÇÕES: É feita a análise das causas que deram origem às

constatações e são identificadas as respectivas soluções.

-INDICADORES:  

Definidos  os indicadores

que permitirão a aferição

dos  benefícios

esperados com aimplementação das

soluções e realizada

(obrigatoriamente) a sua

leitura inicial. A sua

ausência não permite

qualquer termo de

comparação com os

resultados finais,

inviabilizando o cálculo

do R.O.I.

Exemplos: Produtividade;

Lucros; Satisfação dos

clientes; Reclamações;

Nº de Acidentes; Nº de

dias de

baixa/colaborador; etc.

- DIAGNÓSTICO DE NECESSIDADES DE FORMAÇÃ O:

Quando as soluções identificadas indicam a necessidade de Formação Profissional deverá ser produzido o

Diagnóstico de Necessidades de Formação, cujos resultados serão endereçados para as diferentes etapas da

concepção, animação e avaliação da formação (no modelo e por uma questão de modularização de actividades

ligadas ao processo formativo este ponto aparece na fase 2).

FASE 1 – CÁLCULO DO R.O.I. (PREVISÃO):Consiste na previsão de resultados e consequente cálculo do ROI

e do respectivo Período de Retorno do Investimento (PRI), tendo em conta as expectativas de:

BENEFÍCIOS (previsão)  = [2 x 3 x 4 x 5]. Factores a ter em conta:

1 - Valor final do indicador (previsto) a obter no prazo de medição (unidade; €).

2 - Diferença entre valor final do indicador e valor inicial (€) (previsão).

3 – Grau de confiança no valor previsto do indicador (%)

4 – Valores (%) a obter na fase de Avaliação do Impacto da Formação (previsão)

5 – Grau de confiança (%) no valor obtido em 4 

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  e  r   J  u  n   h  o   d  e   2   0   0   9  •   P  a  r  a   t  r  o  c  a

 

9 Departamento de Formação Profissional - Centro Nacional de Qualificação de Formadores

CUSTOS (previsão): Todos os custos envolvidos nas diferentes fases ligadas à implementação da formação.

O cálculo do ROI (previsto) e do respectivo PRI, irá ser utilizado como instrumento de apoio à decisão e, como

tal, do seu resultado dependerá a realização dos investimentos (em formação neste caso).

FASE 2 - IMPLEMENTAÇÃO DA FORMAÇÃO:   A partir do Diagnóstico de Necessidades de Formação, a

implementação da formação consiste em:

Concepção: Definição dos conteúdos

programáticos detalhados, duração, etc. dos

cursos que integram os percursos

formativos diagnosticados.

Planeamento: Calendarização das acções

de formação a realizar.

Animação/Realização: Disponibilização dosmeios necessários à realização da

formação.

Avaliação da Formação (em Contexto de

Fo rm ação): Baseada no modelo de

Kirkpatrick (níveis 1 e 2) irá analisar não só

a satisfação dos clientes relativamente à

organização e execução da formação mas

também o grau de captação pelos

formandos dos conteúdos leccionados.

FASE 3 - IMPACTO DA FORMAÇÃO: 

É também utilizado como referência o Modelo de Kirkpatrick (níveis 3 e 4).

São avaliados não só o impacto/resultados ao nível do posto de trabalho, mas também ao nível da

organização: 

•  Nível 3 (Posto de Trabalho) – avaliada a integração do Formando no Posto de Trabalho de acordo

com, não só os conhecimentos/competências adquiridas e a destreza/segurança na execução das tarefas com

elas relacionadas, mas também as suas alterações comportamentais.

•  Nível 4 (Organização) – avaliadas as alterações registadas na organização causadas pela frequência

da acção/programa de formação.

FASE 4 – DADOS FINAIS:  Após um determinado período (convencionado no início do processo como

adequado) são medidos os indicadores (valores finais efectivos) e calculados os benefícios obtidos (em valores

monetários) e os custos efectivos do processo.

FASE 5 – CÁLCULO DO ROI (FINAL): De acordo com os valores obtidos nas fases 3 e 4 é calculado o ROI de

forma a quantificar e avaliar os ganhos efectivos com o investimento realizado e a precisão das previsões

iniciais, para além de, como em todos os processos, verificar a sua eficiência numa perspectiva de optimização

de resultados e de melhoria contínua.

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10 Departamento de Formação Profissional - Centro Nacional de Qualificação de Formadores 

2. EVOLUÇÃO PROFISSIONAL/MELHORIA DE COMPETÊNCIAS INDIVIDUAIS (APLICAÇÃO DO

MODELO ROI)

FASE 0 – DADOS INICIAIS

Oportunidade de melhoria: Evoluir profissionalmente adquirindo competências como

Operador de Máquinas CNC (Controlo Numérico por Computador).

CONSTATA - 

ÇÃ O

ANÁL I SE DE

CAUSAS

SOLUÇÕES

A empresa onde trabalha irá, previsivelmente, necessitar de mais um Operador de

Má uinas CNC no final do ano.

Adquirir competências como Operador de Máquinas CNC através da frequência deacções Formação Profissional em CNC

INDICADOR   Ordenado Mensal

FASE 1 – CÁLCULO DO ROI (PREVISÃO)

BENEFÍCI OS

( P R EV I SÃ O )

1 – Valor Inicial do Indicador = 600 €; Valor final (previsto) do indicador = 700 € 

2 - Diferença entre valor final do indicador e valor inicial (€) = 700 € - 600 € = 100 €3 – Grau de confiança (%) no valor do indicador = 80%4 – Valores previstos (%) a obter na fase de Avaliação do Impacto da Formação =

85% 

5 – Grau de confiança (%) no valor obtido em 4= 90%

CUSTOS

( P R EV I SÃ O )

• Inscrição em Acções de Formação:

• Introdução à Programação e operação CNC (75 horas – 9semanas) = 210 €

• Execução de Peças com Fresadoras CNC (50 horas - 5semanas) = 110 €

• Gasolina = 100 €

• Alimentação = 200 €

• Diversos = 150 €

Custos Totais (previsão) = 7 7 0 €

P .R. I .

( P R E V I S ÃO )

PRI (Tempo necessário para: benefícios = custos) = (770€/61,2€) = 1 3 m e se s   

Considerando que só em Janeiro de 2010 iniciará as novas funções, teremos o retornodo investimento (em termos de custos) em Fevereiro de 2011

ESTUDO DE CASO: Evolução Profissional – Melhoria de Competências Pessoais 

OBJECTIVOS: Calcular o ROI em Formação de um Formando que pretende evoluirprofissionalmente (em termos de carreira e financeiros) através da melhoria das

suas competências pessoais. 

METODOLOGIA: Aplicação do Modelo ROI

DADOS: • A sua função actual é “Operador de Máquinas Ferramenta (convencional) –

Fresador”

• Pretende adquirir competências como Operador de Máquinas CNC.

• A empresa irá necessitar de mais um operador de máquinas CNC no final do

ano (previsivelmente).

• Como Operador de Máquinas CNC irá ganhar mais e também poderá ser uma

progressão a nível de carreira profissional 

• Levantamento e início do processo em Fevereiro de 2009 

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11 Departamento de Formação Profissional - Centro Nacional de Qualificação de Formadores

Luciano Afonso Marques dos Santos

CENFIM

[email protected] 

CONTROLO ( S I TUAÇÃ O ACTUAL )

MAIO - Situação actual e controlo (previsões):• Ponto inicial - Fevereiro/2009

• Neste momento, encontramo-nos na FASE 2 – IMPLEMENTAÇÃO DA FORMAÇÃO (Modelo ROI). 

• Iniciou a frequência do curso de Programação e Operação CNC em Maio e terminará em final em Julho.

• O curso “Execução de Peças com Fresadoras CNC” iniciará em Outubro e terminará em Novembro.

• Em Janeiro, previsivelmente, iniciará funções como Operador CNC e, consequentemente o seu salárioserá actualizado.

• Em Fevereiro de 2011, atingirá o P.R.I. do processo

Desvios às previsões iniciais: neste momento mantém-se as condições previstas inicialmente, pelo que

não é necessário realizar qualquer alteração.

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12 Departamento de Formação Profissional - Centro Nacional de Qualificação de Formadores 

Adopção de novos instrumentos de referênciana União Europeia

O melhoramento da transparência das qualificações e a aprendizagem ao longo da vida são considerados como

duas peças essenciais dos esforços de ajustar os sistemas de formação e formação contínua na União

Europeia, tanto em termos das necessidades da sociedade do conhecimento como da necessidade de mais e

melhor emprego.

No decurso da Presidência Checa teve lugar uma Conferência em Praga, de 20 a 22 de Maio na qual foi

divulgada pela Comissão Europeia a adopção, de dois novos instrumentos de referência concebidos para

melhorar a mobilidade dos cidadãos e modernizar o ensino e formação profissionais.

Estes instrumentos serão integrados na Recomendação do Parlamento Europeu e do Conselho sobre a criação

do Sistema Europeu de Créditos do Ensino e Formação Profissionais (ECVET)  e na Recomendação do

Parlamento Europeu e do Conselho sobre a criação de um Quadro de Referência Europeu de Garantia da

Qualidade para o Ensino e a Formação Profissionais (QREGQ). Estas Recomendações, de base voluntária para

os Estados-membros, serão em breve publicadas em Jornal Oficial.

 A proposta de criação destas duas Recomendações insere-se num conjunto de iniciativas europeias jáexistentes, que inclui o Sistema Europeu de Transferência e Acumulação de Créditos do Ensino Superior

(ECTS), o Europass, a Carta Europeia de Qualidade da Mobilidade, os princípios comuns europeus de

identificação e de validação da aprendizagem não formal e informal e o Quadro Europeu de Qualificações para

a Aprendizagem ao Longo da Vida (QEQ).

O objectivo da Recomendação do Parlamento Europeu e do Conselho sobre a criação do Sistema Europeu de

Créditos do Ensino e Formação Profissionais  (ECVET)   é facilitar a transferência de créditos de aprendizagem

de um sistema de qualificação para outro.

O ECVET deve levar à compatibilidade dos sistemas e não à sua harmonização, assegurando uma interface

entre as disposições existentes a nível nacional para a acumulação e a transferência de unidades capitalizáveis.

Uma dos principais impedimentos a um maior interesse pela mobilidade transnacional, enquanto factor de

educação e de formação profissional inicial e contínua, é a dificuldade em identificar, validar e reconhecer os

resultados de aprendizagem adquiridos durante um período de formação noutro país. Além disso, a

aprendizagem ao longo da vida tem vindo a adquirir uma importância crescente em diferentes países e numa

grande diversidade de contextos, formais, não formais e informais.

O sistema proposto constitui uma referência metodológica, podendo ser utilizado para descrever as

qualificações em termos de unidades de resultados de aprendizagem e associar essas unidades a um sistema

de pontos ou créditos, tendo em vista a transferência e a acumulação dos resultados de aprendizagem. Não

visa nem requer uma harmonização dos sistemas de qualificações e de ensino e formação profissionais; o seu

objectivo é garantir uma melhor comparabilidade e compatibilidade.

O objectivo do sistema ECVET é apoiar e promover a mobilidade transnacional e o acesso à aprendizagem ao

longo da vida no domínio do ensino e formação profissionais mediante a utilização de um quadro metodológico

comum que facilitará a transferência dos créditos atribuídos aos resultados de aprendizagem de um de sistema

de qualificação para outro, ou de um percurso de aprendizagem para outro.

A Recomendação do Parlamento Europeu e do Conselho sobre a criação de um Quadro de Referência Europeu

de Garantia da Qualidade para o Ensino e a Formação Profissionais (QREGQ) é estabelecer um Quadro de

Referência Europeu de Garantia da Qualidade como um instrumento de referência para ajudar os Estados-

Membros a promover e monitorizar a melhoria contínua dos seus sistemas de ensino e formação profissionais

(EFP), com base em referências europeias comuns. O quadro deve contribuir para a melhoria da qualidade em

matéria de EFP e para a confiança mútua entre os sistemas nacionais de EFP, num verdadeiro espaço semfronteiras de aprendizagem ao longo da vida.

O quadro pretende estimular:

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13 Departamento de Formação Profissional - Centro Nacional de Qualificação de Formadores

- a criação e a melhoria em todos os países de sistemas mais desenvolvidos e coerentes de garantia da

qualidade;

- uma maior transparência dos sistemas de garantia e de melhoria da qualidade e das abordagens em matéria

de EFP, a fim de melhorar a confiança mútua e facilitar a mobilidade;

- a cooperação e a aprendizagem mútua, e a participação das partes interessadas numa cultura de melhoria da

qualidade e de responsabilidade a todos os níveis.

O QREGQ pertence a uma série de iniciativas europeias em prol da mobilidade.

Favorecerá a aplicação do Sistema Europeu de Créditos do EFP (ECVET) e do Quadro Europeu deQualificações (QEQ), cuja recomendação já foi objecto de publicação em Jornal Oficial ( ver Recomendação)

O Quadro Europeu de Qualificações tem por objectivo principal funcionar como instrumento de tradução e ponto

de referência imparcial para efeitos da comparação das qualificações dos diversos sistemas educativos e de

formação, reforçando a colaboração e a confiança mútua entre as partes interessadas pertinentes.

 A sua acção contribuirá não só para aumentar a transparência como também para facilitar a transferência e a

aplicação das qualificações nos diferentes sistemas e níveis educativos e de formação.

Lúcia Mestre

Coordenadora do PNRQ

Coordenadora Nacional de Directiva Comunitária sobre Reconhecimento de Qualificaçõ[email protected] 

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  o   d  e   N  o   t  a  s

 

14 Departamento de Formação Profissional - Centro Nacional de Qualificação de Formadores

Fórum deInvestigaçãoem Ciências daEducação 

Para mais informações consulte: http://fice.ie.ul.pt 

Eventos que vão acontecer  

Irá realizar-se, no próximo dia 22 de Junho,

das 9:30 horas às 17:30 horas, no

 Anfiteatro C da Universidade dos Açores,

um Colóquio subordinado ao tema

Desigualdades no Sistema Educativo:

Percursos, Transições e Contextos. Este

evento é uma organização conjunta do

Centro de Estudos Sociais da Universidade dos Açores e do Observatório das Desigualdades.

Consulte o Programa do evento em www.uac.pt/~cesua-od.

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15 Departamento de Formação Profissional - Centro Nacional de Qualificação de Formadores

Eventos que vão acontecer  

8ª Conferência de Empreendedorismo e Criação de Empresas 2009 doAUDAX/ISCTE – ‘Empreender em Tempos de Crise’, em parceria com a AEMBA, a

APBA e a SEDES.

Com a participação especial de Jerome Engel  da University of Berkeley, Califórnia.Para mais informações sobre o evento em www.audax.iscte.pt Inscrições até ao dia 18 de Junho de 2009.

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7/17/2019 Newsletter Jun Ho 2009

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  o   d  e   N  o   t  a  s

 

16 Departamento de Formação Profissional - Centro Nacional de Qualificação de Formadores

Formação que vai acontecer  Oferta Formativa do CNQF 

Para mais informações e inscrição nas acções consulte o sítio do   IEFP 

Acção Data início Horas Local

Utilização do Powerpoint para o

Desenvolvimento de ProdutosInteractivos para a Formação

15-06-2009 30 Lisboa

Métodos e Estratégias deFormação

15-06-2009 30 Lisboa

Desenvolvimento de CompetênciasEmpreendedoras

15-06-2009 30 Lisboa

Workshop "O Facilitador/a da Aprendizagem – Perfis e

Ferramentas"

18-06-2009 7 Lisboa

Utilização Pedagógica de ImagensDigitais

22-06-2009 30 Lisboa

Seminário Pedagógico - O papel daTutoria na Formação em Contexto

de trabalho

29-06-2009 7 Lisboa

 Animação de Grupos em Formação 29-06-2009 30 LisboaO Formador face às pessoas comdeficiência e incapacidades – gerir

a diversidade

01-07-2009 30 Porto

Encontro Técnico – Arte de Design 02-07-2009 14 LisboaUtilização Pedagógica de Imagens

Digitais06-07-2009 30 Porto

Encontro Técnico Área Automóvel 01-09-2009 14 LisboaDesenvolvimento de Competências

Empreendedoras08-09-2009 30 Porto

Utilização do Powerpoint para oDesenvolvimento de ProdutosInteractivos para a Formação

14-09-2009 30 Èvora

 Aprendizagem Intercultural 16-09-2009 30 Porto

Competências Empreendedoras 12-10-2009 30 LisboaDesenvolvimento de Conteúdos

Formativos para a Internet -WebQuest

12-10-2009 30 Lisboa

Workshop Produtos para as ÁreasTécnicas"

14-10-2009 7 Lisboa

Seminário Pedagógico - Aqualificação e a reconversão

profissional: novos desafios emcontexto de mudança

15-10-2009 7 Lisboa

Recolha, Tratamento de Informaçãoe Trabalho Colaborativo na Internet

26-10-2009 30 Lisboa

O Formador face às pessoas comdeficiência e incapacidades - gerir a

diversidade

28-10-2009 30 Lisboa

O Formador face às pessoas comdeficiência e incapacidades - gerir a

diversidade

25-11-2009 30 Coimbra

Seminário Pedagógico - Inovação eCriatividade na Formação

16-12-2009 7 Lisboa

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   L  e  r   &   V  e

Divulgação de recursose Notícias

17 Departamento de Formação Profissional - Centro Nacional de Qualificação de Formadores

ROI methodology for e-learning courses 

 A Metodologia ROI para cursos de e-Learning foi desenvolvida no âmbito do Projecto

Piloto "ELQ-PME - e-Learning Qualidade para as PME: Orientação e Aconselhamento",

e apoiado pelo Programa Leonardo da Vinci.

Dirigida a consultores e organizações de formação, visa a concepção e prestação de um conjunto de

orientações para a aplicação da Metodologia ROI em ambientes de e-Learning. Também é orientada para

ajudar os empregadores, empregados e prestadores de formação para perceber os resultados em termos do

seu impacto nas PME. Tem provado ser muito útil para as PME, especialmente para as muito pequenas com

departamentos de gestão que não são especializados em formação.

Mais informação na FORMEI e acesso ao texto integral>> 

ROIGuia para consultores de formação: a qualidade do e-Learning e a avaliação ROI 

O Guia para Consultores de Formação: A Qualidade do e-Learning e Avaliação ROI foidesenvolvido no âmbito do Projecto Piloto ELQ-SMEs – Qualidade do e-Learning para

Pequenas e Médias Empresas: Orientação e Aconselhamento, apoiado pelo ProgramaLeonardo da Vinci.Este guia visa guiar e orientar os consultores e os técnicos de formação no seu contacto

com as PMEs, no sentido, também, de levar os empregadores a implementarem soluções de e-Learning a nívelsectorial.Mais informação na FORMEI e acesso ao texto integral>> 

eAvaliar  

O presente guia tem como principal finalidade a disponibilização de instrumentos emetodologias de avaliação das práticas de e-Learning numa perspectivaorganizacional e a explicação de como aplicar a metodologia eAvaliar. Este guia écomplementado com o estudo de caso da Direcção-Geral dos Impostos que ilustraa aplicação da metodologia eAvaliar na avaliação de um curso e-Learning

realizado nesta instituição.Mais informação na FORMEI>> 

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  •   L  e  r   &   V  e

Divulgação de recursose Notícias

18 Departamento de Formação Profissional - Centro Nacional de Qualificação de Formadores

NetBolsa de Formadores e das Ofertas de Formação Pedagógica

O IEFP IP disponibiliza desde Março no seu site a Bolsa de Formadores e das Ofertas de FormaçãoPedagógica, funcionalidade que permitirá aos formadores individuais certificados a disponibilização e

actualização on-line do respectivo curriculum vitae e às entidades formadoras o acesso àquela informação deforma mais útil, completa e actualizada, facilitando-se o processo de selecção e recrutamento dos formadores.

Os formadores poderão assim desde esta data e sempre que o entenderem, inscrever-se “on-line” na Bolsa eactualizar os seus dados pessoais e profissionais e as entidades formadoras, desde que possuidoras decredenciais de acesso, poderão consultar também directamente a informação disponível, facilitando-se aconciliação entre a oferta e a procura daqueles profissionais. Os formadores certificados terão acesso a umlogin e password de forma a poderem proceder à sua inscrição na Bolsa e, no caso de estarem inscritos noNETemprego, haverá mecanismos de importação de dados a partir do curriculum vitae previamente preenchidofacilitando, deste modo, esta tarefa e tirando partido das sinergias entre os dois sistemas.

Esta Bolsa permite ainda a pesquisa dos cursos de formação pedagógica, quer inicial quer contínua,homologados e reconhecidos pelo IEFP IP e necessários para obtenção ou renovação do Certificado de AptidãoPedagógica (CAP) de formador. Neste espaço poderá assim pesquisar por região, área de interesse e data derealização, a acção de formação que procura. A informação relativa aos cursos é também directamentefornecida pelas entidades formadoras que disponham de login e password de acesso.

Caso tenha alguma dúvida ou questão a colocar, sugere-se que contacte os serviços do IEFP IP, através doendereço electrónico [email protected] ou a Delegação Regional do IEFP IP da sua área de residência.

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7/17/2019 Newsletter Jun Ho 2009

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