Nextel - Prest Adequada Do Serviço

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  • 5/21/2018 Nextel - Prest Adequada Do Servi o

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    EXMO SR. DR. JUIZ DE DIREITO DA ____ VARA EMPRESARIAL DA COMARCA DA

    CAPITAL - RJ.

    COMISSO DE DEFESA DO CONSUMIDOR DA ASSEMBLIA LEGISLATIVA DO ESTADO

    DO RIO DE JANEIRO, rgo vinculado Assemblia Legislativa (CNPJ n. !.""#$%&'!!!)%*+,sem ersonalidade -urdica, esecialmente constituda ara de/esa dos interesses e direitos dos

    consumidores, estabelecida 0ua 1om 2anoel s'n, Pra3a 45, 0io de Janeiro 6 0J vem, or

    seus rocuradores, roor a resente7

    AO COLETIVA DE CONSUMO

    COM PEDIDO DE ANTECIPAO DE TUTELA

    8m /ace NEXTEL TELECOMUNICAES LTDA, inscrita no CNPJ sob o n. %%.#*!.&'!!)

    #, estabelecida Avenida Presidente Vargas, 3131, Salas 1101 a 1106, Cidade Nova, Rio

    de Janeiro, RJ,CEP: 20.210-030,com /undamento nos artigos %, 99, 999, 95 e 59, &!, 99, : &, &&,

    !, ;, 999, #, 95 e 5, "&, ar

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    Bendo em vista @ue o C1C , con/orme acima mencionado, norma esecial, de ordem

    =blica e interesse social, e or tratar de matria rocessual, mais recisamente, e de /orma

    integral em seu artigo $&, 999, sobre a legitimidade ativa ad causamdos rgos da administra3o

    =blica ara de/ender os direitos e interesses dos consumidores atravs de a3?es -udiciais

    coletivas de consumo, deve ser alicado rioritariamente em rela3o s demais legisla3?es

    alic

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    JN9E0, Nelson. Cdigo brasileiro de de/esa do consumidor

    comentado elos autores do antero-eto. Ho Paulo7 Forense

    niversit

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    449 6 Comisso de Defesa do Consumidor, com cinco mem)ros. ...?

    Art. &%. 0egimento 9nterno da Assemblia Legislativa do 8stado do

    0io de Janeiro. Compete $s comiss!es permanentes< ...?

    9 Comisso de Defesa do Consumidor compete, e ior, cobra elo servi3o como

    se o mesmo estivesse sendo /ornecido de /orma indubitavelmente ade@uada.

    W certo @ue a inade@ua3o do servi3o ode ocorrer em um momento de emergMncia,

    @ual se-a, a@uele momento @ue ode ser tornar a di/eren3a entre a vida e a morte de uma

    essoa, ou at mesmo do consumidor, como, or eemlo, a@uele tele/onema ou transmisso

    de r

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    Z rela3o contratual estabelecida entre a r e os usu

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    K5 ordenamento ur#dico, que desde a 0evoluo Jrancesa, graas

    ao princ#pio da igualdade formal, p_de assegurar a todos tratamento

    indistinto perante a lei, passa a preocuparFse, no direito

    contemporMneo, com as diferenas que inferiori6am a pessoa,

    tornandoFo vulner+vel. 'ara o *ipossuficiente, com efeito, a igualdade

    formal mostraFse cruel, sendoFl*e motivo de su)misso ao dom#nio

    da parte preponderante. (B8P819NE, Tustavo. Normas

    Constitucionais e 1ireito Civil na Constru3o nita3o do direito7 /undamentos

    tericos e alica3?es esec/icos' Cla Neto, 1aniel

    Harmento, coordenadores. 0io de Janeiro7 L=men J=ris, &!!*, . *+

    E rincio da boa)/ ob-etiva, segundo a doutrina, ossui trMs /un3?es ber @ue no resta d=vida de @ue a doutrina

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    mel*or lin*a de interpretao de um contrato ou de uma relao de

    consumo deve ser a do princ#pio da )oaFf", o qual permite uma viso

    total e real do contrato so) exame. RoaFf" " cooperao e respeito, "

    conduta esperada e leal, tutelada em todas as rela!es sociais. &

    proteo da )oaFf" e da confiana despertada formam, segundo

    Couto e ;ilva, a )ase do tr+fico ur#dico, a )ase de todas as

    vincula!es ur#dicas, o princ#pio m+ximo das rela!es contratuais. &

    )oaFf" o)etiva e a funo social do contrato so, na expresso de

    ald#rio Rulgarelli, como salvaguardas das inun!es do ogo do

    poder negocial-. (2ar@ues, Cl

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    deveres secund

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    constata3o, diversos ases, esecialmente a artir da dcada de

    *!, editaram normas de tutela dos interesses dos consumidores.

    Como re/leo dessa reocua3o, a EN, em #$;, or meio da

    0esolu3o #'"&$, recomendou @ue os governos desenvolvessem e

    re/or3assem uma oltica /irme de rote3o ao consumidor ara

    atingir os seguintes rositos7 rote3o da sa=de e seguran3aV

    /omento e rote3o dos interesses econYmicos do consumidorV

    /ornecimento de in/orma3?es ade@uadas ara ossibilitar escolas

    acertadasV educa3o do consumidorV ossibilidade e/etiva de

    ressarcimento do consumidor e liberdade de /ormar gruos e

    associa3?es @ue ossam articiar das decis?es olticas @ue a/etem

    os interesses dos consumidores (Q8HHA, Leonardo 0oscoe. Cdigo

    de 1e/esa do Consumidor e o Cdigo Civil de &!!&7 convergMncias e

    assimetrias' coordenadores 0oberto Augusto Castellanos P/ei//er,

    Adalberto Pas@ualotto. Ho Paulo7 0B, &!!;, . &$&'&$+

    KA abrangMncia do dever de elicar uma @uesto de necessidade7

    @uando um esecialista comra uma m

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    sendo correto a/irmar @ue di/icilmente um consumidor, ciente da ossibilidade a@ui aventada,

    contrataria os servi3os restados ela r.

    Pelo contr)/.

    1is?e o Cdigo de 1e/esa do Consumidor, em seu art. , @ue a o/erta (de boa)/+,

    deve assegurar in/orma3?es claras, recisas, ostensivas, etc., com tudo ara @ue no restem

    d=vidas ao consumidor no momento de celebrar seus contratos ou contrair obriga3?es.

    No mesmo asso, o artigo ! do Cdigo de 1e/esa do Consumidor deia claro @ue

    =oda informao ou pu)licidade, suficientemente precisa, veiculada por qualquer forma ou meio

    de comunicao com relao a produtos e servios oferecidos ou apresentados, o)riga o

    fornecedor que a fi6er veicular ou dela se utili6ar e integra o contrato que vier a ser cele)rado.

    No deve ser olvidado o teor do artigo ;, 9, tambm do Cdigo de 1e/esa do

    Consumidor, @ue estatui @ue7

    &rt. YO. ;e o fornecedor de produtos ou servios recusar

    cumprimento $ oferta, apresentao ou pu)licidade, o consumidor

    poder+, alternativamente e $ sua livre escol*a reseito aos disositivos acima transcritos, a doutrina -< se osicionou no

    sentido de @ue as in/orma3?es constantes na roaganda obrigam o /ornecedor de servi3os acumrir tudo o @ue /oi dito no re/erido instrumento ublicit

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    aquela ligadas ao lucro ou a meras atividade de la6er. ;&/=5;,

    Jernando @*eranrdini. Direito do Bar`eting, p. 27?.

    3ma das fun!es mais claras da pu)licidade " criar no esp#rito do

    consumidor a necessidade do consumo, da# porque, no plano ur#dico," a)solutamente salutar que o legislador esta)ela determinadas

    exigncias so)re as formas pelas quais o fornecedor se utili6a pra

    divulgar seus produtos ou servios.

    H pela importMncia que assume o mar`eting que o Cdigo do

    Consumidor consagra na norma so) comento o princ#pio da forma

    vinculante da mensagem pu)licit+ria ou de qualquer informao

    vinculada e voltada ao convencimento do consumidor?, desde quesea (til a ponto de, uma ve6 preenc*ido o atri)uto da suficiente

    preciso assim identificada pela facilidade do consumidor identificar

    a forma cultural?, tornar o fornecedor obrigado a cumprir o

    anunciado pa!!ando como efeito a integrar "o contrato #ue $ier

    a !er ce%ebrado-(Podest

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    5AHCENC8LEH ) Julgamento7 !;'!'&!!; ) 18C92A H8B92A

    CA2A0A C958L+

    &@0&I5 4/=E0/5. &'E%&KL5 CNIE%. /E@&=4I& DE

    ;E@34BE/=5 =&/=5 &5 0EC30;5 D5 &@0&I&/=E V3&/=5

    D5 &@0&I&D5. &KL5 DEC%&0&=Z04& DE I&%4D&DE DE

    /E@ZC45 30ND4C5 CUC 4/DE/4T&KL5. C&/CE%&BE/=5

    3/4%&=E0&% '50 '&0=E D5 0H3U&@0&I&/=E DE C5B'0&

    0E&%4T&D& I4& 4/=E0/E=, ;5R &%E@&KL5 DE E005 /5 '0EK5

    D4I3%@&D5 DEI4D5 & 3B& J&%A& ;4;=]B4C&. C&0^=E0

    I4/C3%&=4I5 D& 5JE0=& DE '0EK5;. 4/IE0;L5 D5 5/3; D&'05I& 5'E/ %E@4;. '04/CN'45 D& C5/J4&/K&. I&%4D&KL5 D5

    /E@ZC45 30ND4C5. =#pica relao de consumo regida pela %ei nX.

    8.7:8U97, uma ve6 que as partes enquadramFse nas defini!es de

    consumidor e fornecedor insculpidas nos artigos 2X e YX do citado

    diploma legal. 'u)licidade veiculada por qualquer meio de

    comunicao, relativa a produtos oferecidos, que o)riga o fornecedor,

    integrando o contrato que vier a ser cele)rado, conforme preceitua o

    artigo Y7 do CDC. Jal*a sistmica na divulgao do preo que seconstitui em risco do empreendimento, o que no pode ser repassado

    ao consumidor. &rtigo Y8 do Estatuto Consumerista que se aplica a

    *iptese em questo, o qual preconi6a a inverso open legis do _nus

    da prova. nus do agravante em demonstrar a inexistncia do fato

    constitutivo do direito do agravado, conforme disposto no artigo YYY, 44

    do C'C. 0ecorrente que se a)steve de carrear aos autos provas

    ro)ustas que corro)orassem suas alega!es, apenas se restringindo a

    aventar argumentos fr+geis, divorciados do suporte ur#dico necess+rio.

    Configurao de fal*a na estrutura funcional do r"u, eis que, al"m de

    anunciar a venda do produto pelo preo pago pelo consumidor em

    diversos sites eletr_nicos, destacou em sua pu)licidade express!es do

    tipo oferta exclusiva, com preos nunca vistos, somente *oe, al"m da

    discriminao de informa!es relativas ao parcelamento e $ quantia

    economi6ada na aquisio do produto. 4no)servMncia do car+ter

    vinculativo da oferta de preo ao inadimplir o contrato, com a

    conseqhente vulnerao do princ#pio da confiana que norteia as

    &!

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    rela!es ur#dicas, o que implica na necess+ria declarao de validade

    do negcio ur#dico em questo. DE;'05I4BE/=5 D5 0EC30;5-

    (P)! ""22&-2.#""..."#" (#""."".2#$ )

    AP8LACAE ) 18H. 9H28N9E P80890A 18 CAHB0E ) Julgamento7

    "'!'&!!# ) 18C92A XA0BA CA2A0A C958L+

    5M)se, ortanto, @ue a in/orma3o ublicit

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    anunciante, fica caracteri6ada a ilicitude da pu)licidade independente

    de se configurar dolo ou culpa *+ ferimento da )oaFf" o)etiva. Iale

    lem)rar que a pu)licidade " negcio ur#dico unilateral, ve6 que " uma

    declarao de vontade que no necessita de outra vontade para

    completar seu suporte f+tico.

    5s casos mais comuns de pu)licidade enganosa ou a)usiva so

    gerados por falcas afirma!es ou por ausncia de informa!es

    essenciais so)re o produto e o servio. JeremFse, nesse caso, o

    princ#pio da transparncia e do direito $ informao arts. WX, 444, Y,

    YW, par+grafo (nico, e >W do CDC?, pois se a pu)licidade omitir dado

    essencial, entendido como aquele capa6 de evitar a concluso do

    negcio ur#dico )ilateral pelo consumidor, caso este o con*ecesse,

    fica configurada a pu)licidade enganosa por omisso. & omisso,

    nessa *iptese, por si s, no tem o condo de configurar como

    enganosa uma pu)licidade, " necess+rio que o consumidor sea

    indu6ido a erro.

    5 =ri)unal de ustia de Binas @erais decidiu questo semel*ante ao

    dispor que " enganosa a pu)licidade que transmite informa!es

    inver#dicas ou omissas capa6es de incutir no consumidor uma falsanoo da realidade. & metragem do apartamento constante do

    ve#culo pu)licit+rio, sem qualquer ressalva, su)entendeFse como

    sendo equivalente $ +rea liquida. ;e o valor encontrado pelo perito

    oficial para a reparao dos v#cios do produto estiver prximo da

    realidade do mercado, deve ser ele considerado ...? =B@, &pCiv

    .772.7O.WY2:7:FOU277Y?, rel. J+)io Baia Iiani, . :7.7W.2778,

    pu)licado em 2.7:.2778?- (o. cit., . #"+.

    Era, se as in/orma3?es veiculadas nas roagandas ublicitem arte do contrato de resta3o de servi3o, e,

    se or @ual@uer motivo a@uelas in/orma3?es acerca da resta3o de servi3o no so cumridas,

    certo @ue aver

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    &rt. 27. 5 fornecedor de servios responde pelos v#cios de qualidade

    que os tornem imprprios ao consumo ou l*es diminuam o valor,

    assim como por aqueles decorrentes da disparidade com as

    indica!es constantes da oferta ou mensagem pu)licit+ria, podendo o

    consumidor exigir, alternativamente e $ sua escol*a(a+ LC9ANA

    TE28H 18 PA95A ) Julgamento7 !;''&!!#+

    =04R3/&% DE 3;=4K& D5 E;=&D5 D5 045 DE &/E405

    ;E@3/D& =30B& 0EC30;&% 0ecurso nX 2779.:77.7:W89OF9

    0ecorrente< /EQ=E% =E%EC5B3/4C&KkE; %=D&. 0ecorrido 8)) )/d/): 4 !+* 3,), *),o ra>o

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    ocorra em todas cidades e entos e @uarenta e cinco reais+.

    0io de Janeiro, &* de abril de &!.

    PALE T90`E QA00EHE

    EAQ'0J !*.&;;

    AN10W L9] 18 HE]A C0]

    EAQ'0J ;!.;"

    JE`E 1EH HANBEH EL95890A F9LGE

    EAQ'0J ##.;$*

    ;

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