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A frase de Augusto Cury nos traz
à reflexão de algo tão intensamente
vivido neste semestre, o trabalho em
grupo. Neste texto, abordaremos
diversos momentos em que os alunos se reuniram em equipe e juntos trabalharam,
pensaram, atuaram...
Logo no primeiro dia de aula, fizemos uma dinâmica e juntos elaboramos a frase
que compunha um painel: “Com energia, amizade positividade, luz e alegria temos a
união do 3 º ano...”. E com a união de nossas mãos
fizemos a composição de um energizante sol, que
iluminou nossas aulas neste semestre.
Retornamos das férias com uma proposta
que resgatava o objeto disparador. Propusemos que
os alunos criassem uma lanterna de papel, fizemos
algumas sondagens para verificar como imaginavam
que era possível construir um lanterna. Esse foi um momento muito rico, pois resgatamos
os conceitos trabalhados no semestre anterior, bem como verificamos conhecimentos
prévios. Várias crianças falaram que precisava de pilha, ou bateria e uma criança ampliou
Relatório de grupo – 2º semestre/2018 Turma: 3º ano Professora: Ana Paula Godoy Professora auxiliar: Jade Berzin Coordenadora: Lucy Ramos
“Ninguém conseguirá trabalhar
em equipe se não aprender a
ouvir. Ninguém aprenderá
a ouvir se não aprender a se
colocar no lugar dos outros.”
Augusto Cury
o raciocínio dizendo que precisava, de uma fonte de energia. Outro aluno, logo lembrou-
se do LED. As crianças também perceberam que era necessário um cano e fios para
conectarem.
Assistimos alguns vídeos sobre como construir uma lanterna caseira,
organizamos as equipes de trabalhos e com o material em mãos os grupos buscaram
possibilidades da montagem. Lembravam-se da teoria, mas o difícil era colocar em
prática o que tinham aprendido. Desencapar o fio foi o primeiro desafio, conectar bem o
fio também foi difícil, além disso tinham que observar as polaridades da pilha e recortar
o papel do tamanho exato para unir toda a lanterna. No entanto, uma das coisas mais
complicadas foi trabalhar em equipe, ouvir o outro, fazer valer sua opinião, aceitar ideias
diferentes da sua e realizar a proposta com a contribuição de todos.
Realizamos este trabalho em várias etapas e a conclusão da proposta para
algumas equipes não teve o resultado esperado inicialmente. Alguma lanternas
funcionaram muito bem, outras ficaram com mau contato e funcionavam algumas vezes,
outras não acenderam nas primeiras vezes e os alunos precisaram fazer diversos testes.
Nestes momentos trabalhamos com a expectativa, a ansiedade, a frustração, a alegria,
enfim com um misto de emoções significativas e
como lidar com elas, em um contexto de respeito ao
próximo e a si mesmo.
A partir de nossas discussões sobre a lanterna, um aluno trouxe uma lamparina
e a querosene para acendê-la, foi um momento muito bacana, entrar em contato com
um objeto tão antigo e significativo. Os alunos começaram a se motivar e trazerem mais
contribuições como outras lamparinas e até mesmo invenções (resgatando o projeto do
semestre anterior). Ficaram curiosos em saber de quando surgiu a lanterna e qual era a
história da iluminação, fomos pesquisar, descobrimos diversos objetos interessantes.
Logo, surgiu a ideia de montarmos um museu, com as nossas contribuições e
apresentarmos o que descobrimos para as outras turmas.
Vários objetos interessantes e antigos foram chegando em nossa sala, juntos
fomos construindo e pesquisando a linha do tempo da iluminação. Percebemos que tudo
começou há muitos anos atrás, onde a única fonte de luz era a natural, com o Sol e a
Lua. A crianças se lembraram da descoberta do fogo, que haviam estudado no Jardim 2
e sobre o filme “Os Croods”, foi o momento de socializar o que sabiam sobre os homens
da caverna. Fomos enriquecendo os conhecimentos prévios, trazendo mais informações
e ampliando os olhares para a história.
Com as informações organizadas e as peças arrumados montamos o nosso
museu, que contava em sua trajetória a linha do tempo da iluminação. Cada criança
escolheu um objeto que mais se interessou e se preparou para apresentar aos colegas.
Durante os ensaios os alunos assistiam empolgados a fala de cada um e depois faziam
contribuições. Também conversamos sobre a vergonha, ansiedade e o “frio na barriga”
que antecedia uma apresentação.
Foi muito gratificante receber os colegas de outras turmas para apreciarem
nosso museu. Durante a proposta a uma aluna teve a ideia de coletar as impressões dos
colegas, cortou diversos papéis e entregava para os visitantes. Ficamos bastante
surpresos e orgulhosos ao ler frases como: “foi uma ideia iluminada”.
Pensando nas ideias iluminadas,
resolvemos confeccionar velas caseiras.
Logo recebemos a ajuda da Li, mãe da Sofia,
que se propôs a participar de nossa aula de
artes contribuindo com suas habilidades.
Durante a confecção da vela
acompanhamos as mudanças de estado da
parafina e do giz de cera, que através do
calor do fogo mudaram de sólido, para
líquido e para sólido novamente.
Junto com as cores, brilho e aromas
personalizamos e construímos as velas do
nosso jeitinho.
Aguardamos ansiosos o dia seguinte, para desinformar as velas e ver o resultado final.
Tempos depois, ao ler a receita da vela, escrita com letra cursiva, um aluno,
muito envolvido, resolveu fazer o artesanato novamente e presenteou todos do grupo
com velinhas decoradas e coloridas.
Com relação a letra cursiva, a maioria das crianças, iniciaram o semestre
sabendo os movimentos de cada letra e já utilizando em seu dia a dia. Assim, as
atividades no caderno de caligrafia passaram a ser de leitura da letra manuscrita e
execução de algumas atividades envolvendo habilidades de coordenação motora fina,
tal como dobradura e trama.
Buscamos proporcionar a compreensão da natureza do sistema de escrita ao
mesmo tempo em que se apropriavam das práticas sociais de linguagem, lendo e
escrevendo diferentes gêneros literários e informativos.
Pensando que neste semestre encerramos o primeiro ciclo, voltamos o nosso
trabalho para a “lapidação” da alfabetização, com a estruturação de textos. Nas revisões
das produções, focamos na a análise e reflexão da língua, na pontuação no final de
frases e diálogos; também, refletimos sobre a utilização do parágrafo e letra maiúscula
nos locais apropriados; bem como, na substituição de palavras repetitivas.
A partir dos textos produzidos, iniciamos as correções e reescritas trazendo
indagações e em alguns casos promovendo conflitos cognitivos, fazendo com que
revisassem suas hipóteses.
Para ampliar a estruturação de textos, introduzimos algumas classes
gramaticais, como: substantivos, adjetivos e verbos. Com os substantivos próprios
trouxemos a reflexão sobre como utilizar a letra maiúscula nos locais apropriados e com
os adjetivos a caracterização dos personagens.
Para ilustrar o conhecimento de substantivos fizemos uma investigação pela
escola separando os comuns e próprios, também brincamos do jogo do Stop. A partir de
nossos estudos várias crianças passaram a aplicar seus conhecimentos em seus textos.
Ampliando as questões gramaticais passamos a usar os adjetivos em nosso dia
a dia, valorizando as atitudes dos colegas e usando as qualidades para fazer elogios.
Fizemos uma pesquisa de novos adjetivos para ampliar aquele “legal”, que tanto usamos.
Relembramos o significado de palavras significativas, como: honesto, leal, divertido,
solidário...
Fizemos uma dinâmica reflexiva, em que cada criança ganhava 3 etiquetas e
deveria escrever qualidades, que retratavam seus colegas. Andando pela sala, as
etiquetas eram coladas nas costas dos colegas, de forma que cada um recebesse 3
qualidades. No final da dinâmica, nos sentamos em roda e cada pessoa leu as palavras
que estavam fixadas nas costas da pessoa em sua frente. Foi um momento emocionante
em que víamos a alegria de cada um ao ser percebido no que tem de melhor.
Também trabalhamos com sinônimos e antônimos. Em uma das dinâmicas,
sugerimos que as crianças olhassem para si e escolhessem um adjetivo que achassem
que poderiam melhorar, a fim de transformá-lo em uma qualidade. Nesta proposta cada
um deveria ter o cuidado de escolher algo que achava que não estava tão legal, por
exemplo: distraído- atencioso e grosseiro- amigável.
Percebemos que várias crianças usavam inadequadamente os verbos
terminados em AM e ÃO, foi o momento de trabalhar com tempos verbais e ampliar o
repertório dos alunos. Além disso, observamos outras regularidades ortográficas da
língua e buscamos compreensão.
Com todos esses estudos as crianças foram estruturando melhor seus textos e
elaborando pequenos livrinhos, a partir da reescrita de suas criações. Contar histórias é
uma atividade privilegiada na transmissão de conhecimentos e valores humanos.
E foi através de uma lenda contada de geração em geração, que começamos a
conhecer mais sobre a história de Barão Geraldo. Pesquisando curiosidades sobre o
distrito, várias crianças falaram sobre a lenda do “Boi Falô”, Heitor apresentou um
teatrinho sobre a lenda, também assistimos vídeos sobre o assunto.
O grupo ficou muito sensibilizado com a diferença dada na época da escravidão
aos negros, percebendo a injustiça social. Em nossas rodas conversamos que embora
os negros atualmente sejam livres, ainda existe muita diferenciação e racismo,
fortalecendo a criticidade dos alunos. Os alunos da capoeira, enriqueceram nossas
discussões, trazendo informações obtidas nas aulas, sobre o Zumbi dos Palmares,
fizemos algumas leituras.
Fomos ampliar nosso estudo na Fazenda Tozan, vendo na prática o cafezal que
fez parte de nossas discussões e até uma senzala.
Conhecemos melhor as etapas da produção do café, desde o plantio em ruas, formando os
talhões, a maturação, a colheita, a separação dos grãos, secagem no terreiro até o armazenamento
na tulha.
Passamos uma manhã muito, agradável em que fizemos a ponte com o que tínhamos
estudado na sala e a prática.
Ao retornar para a escola, continuamos com nossas discussões, conversamos sobre os
trabalhadores ao longo da história na fazenda. Desde as condições em que viviam os escravos, a
chegada dos imigrantes, com condições de trabalho análoga à escravidão. Desenvolvendo a
criticidade nos alunos, comparamos com a realidade dos trabalhadores na atualidade com o uso
do maquinário, com os funcionários e os trabalhadores itinerantes da fazenda.
Para registrar a história de Barão Geraldo combinamos de fazer um livro que
contasse todo o percurso. Pensamos em ilustrar nas aulas de Artes, usando técnicas
artísticas e nas aulas de Português criar os textos, aproveitamos para trabalhar a
estrutura textual.
Precisamos nos organizar bastante com as ordens das páginas, juntando textos
e ilustrações. Para algumas crianças este era um movimento tranquilo e fácil. Para
outros, demandava um esforço grande, pois trabalhava elementos de organização que
a criança ainda precisava desenvolver. Foi um bom momento para exercitar a autonomia.
Falando em autonomia, esse foi um aspecto bastante trabalhado neste
semestre. Pensando que as crianças nesta idade já estão maduras para contribuir com
uma gama de tarefas. Pensamos que precisam ser estimuladas para executarem tarefas
mais complexas do que já vinham executando, para isso começamos com uma
autonomia monitorada, na qual, ocorre a orientação das ações e depois da execução, a
conferência.
Segundo Paulo Freire, “A autonomia, enquanto amadurecimento do ser para si,
é processo, é vir a ser. Não ocorre em data marcada. É nesse sentido que uma
pedagogia da autonomia tem de estar centrada em experiências estimuladoras da
decisão e da responsabilidade, vale dizer, em experiências respeitosas da liberdade.”
Este é o processo que ocorre com as correções das lições. Iniciamos o processo
da correção coletiva, as crianças apelidaram de “CC”. Nesta situação a lição é corrigida
coletivamente, no qual ouvimos as contribuições das crianças e anotamos na lousa. Em
outros momentos, a lição é socializada no grupo, trabalhando o intercâmbio de ideias e
a aceitação de pensamentos diferentes do seu, trabalhamos a escuta atenta e o respeito
para com o próximo.
O aluno verifica se o que fez está correto, arrumando de acordo com as
necessidades. Nestes momentos eles são estimulados a participação, mas temos alunos
que tem pouco envolvimento com estas propostas, precisando ser cobrado, de sua
conduta de estudante e seu compromisso com o trabalho. Em situações como estas
conversamos individualmente com a criança, mostrando a importância de sua
participação para o seu desenvolvimento e em outros momentos conversamos com o
grupo ressaltando as condutas de estudante de alunos de 3 º ano.
Além da correção coletiva, temos vários momentos de correções
individualizadas, em que junto com os alunos mostramos que a proposta tem algum erro,
ou pode ser complementada e pedimos que a criança faça a correção, ou as adequações
necessárias. Nestes momentos, nos atentamos para um trabalho individualizado
verificando as necessidades de desenvolvimento de cada um fazendo as intervenções
de acordo com cada criança.
Observamos, por exemplo, que alguns alunos estavam sentando de forma
inadequada na cadeira, conversamos sobre o assunto mostrando que a postura correta
ajuda no capricho da letra, não força a coluna, deixar o aluno mais concentrado. Enfim
conversas como estas permearam o semestre ajudando no desenvolvimento e
entendimento.
Pensando no desenvolvimento emocional de cada um, bem como na
convivência social do grupo, iniciamos um projeto que oportunizasse que os alunos
refletissem sobre seus sentimentos e se desejassem externalizassem para os colegas.
Como desencadeador, assistimos o filme “Divertida Mente” e iniciamos a reflexão
baseada nas emoções que são vividas pela personagem central. Discutimos em que
situações elas aparecem em nossas vidas e que em alguns momentos é importante
sentir medo, ou mesmo a tristeza. Contatamos que, muitas vezes, essas emoções nos
ajudam a nos proteger de situações perigosas.
Foram momentos em que olhamos para dentro de nós mesmos e identificamos
nossas emoções e algumas “ilhas das personalidades”, que mostravam nossos gostos
e nos formavam em nossas individualidades. Em nossas discussões, uma criança, trouxe
que, assim como a personagem do filme, ele tinha uma ilha da personalidade que já tinha
afundado. Vários alunos também comentaram que algumas ilhas tinham afundado,
quando pararam de fazer a natação, ou se mudaram de cidade, ou mesmo mudaram de
gostos. Discussões como estas trazem a oportunidade de nos rever enquanto indivíduo
e ajudam na construção da identidade.
Falamos de nossos sentimentos em diversas situações, como no dia seguinte à
eleição. Nesta segunda-feira, as crianças chegaram a sala bastante agitadas e queriam
falar sobre o que pensavam e o que estavam sentindo. Propusemos uma roda de
conversa diferente, em que ao final da explanação, todos coletariam e anotariam na folha
um sentimento, ou uma palavra significativa da fala do colega. Partimos do termo
democracia e aos poucos, palavras com formas e cores compuseram uma cena.
É muito comum exercemos a democracia em nossas aulas, trazemos os
assuntos para discussão e quando ocorre um impasse propomos a “votação.
Aproveitando a atualidade, conversamos bastante sobre o uso da democracia e também
fizemos a eleição em nossa sala. Neste caso,
votamos na escolha da ordem dos ajudantes do dia,
bem como se faríamos um móbile com fotos, ou não.
Tivemos a oportunidade de trabalhar em grupos e construir uma esquete, sobre
alguma situação de nosso dia a dia escolar, que mexe com as emoções. Os temas foram
levantados coletivamente e de acordo com o interesse temático, os grupos foram
montados. As ideias foram sendo levantadas e partilhadas pelos membros. A construção
coletiva de um enredo desenvolveu, mais uma vez, a aceitação das ideias dos colegas
manifestando e acolhendo opiniões.
Fizemos alguns ensaios, de forma que o enredo fosse tomando forma e
adequássemos os fantoches as sombras, bem como os ajustes de narração e os
diálogos dos personagens. Após alguns ensaios, chegou o momento de gravar as cenas
e juntar as imagens.
Neste semestre foi muito frequente o trabalho com grupos em que pudéssemos
trocar ideias, ampliar o raciocínio e trabalhar com a aceitação. Este também foi o tema
trabalhado na semana cultural.
Começamos a semana trabalhando individualmente com a criação de um
personagem a partir das orientações. Depois ampliamos para duplas, onde junto com
um colega criamos um animal híbrido. Na quarta-feira nos juntamos em trios e criamos
uma figura humana. E junto com nove crianças, criamos uma historinha em que
aparecesse este personagem. Assim, relembrando o tema do ano “ampliamos a nossa
esfera”.
As discussões sobre os
personagens e diálogos nos levaram
também para a criação de um gibi na
informática. Cada aluno criou um
personagem na sala, deu nome,
características, inventou quais eram
suas habilidades e dificuldades que
ele passava.
As atividades em grupos
também ocorreram nas aulas de
matemática, especialmente na
gincana da multiplicação (com os
jogos: “Spinner da tabuada”, “Corrida
Pô- na versão tabuada” e “Stop”, além
dos jogos de divisão da “Caixa” e
desafios em grupos). Estas propostas
tiveram o intuito de estimular o estudo
das tabuadas.
Ao longo do ano, fomos desenvolvendo com os alunos o raciocínio lógico, de
forma que houvesse a compreensão da multiplicação. Retomamos o conceito,
relacionado a ideia aditiva trabalhado no primeiro semestre, também relembramos as
estratégias pessoais para calcular resultados e identificamos as regularidades. Como
fechamento do semestre, com o intuito de incentivar a memorização (já que isso agiliza
os cálculos), promovemos a gincana, as crianças tiveram diferentes reações, algumas
ficaram insegurança, outras acharam divertido, ficaram empolgadas com este momento,
assim estudaram e memorizaram a maioria das tabuadas.
Ao estudar a tabuada do 5, ampliamos para o estudo das horas, observando a
abstração da sequência de 5 em 5, comparando relógios digitais e de ponteiros. Cada
aluno construiu o seu relógio de ponteiro para as vivências e desafios.
No final do semestre, quando os alunos já estavam familiarizados com a
tabuada, introduzimos a noção de divisão, relacionando com a multiplicação e a
distribuição. Utilizamos material concreto e a calculadora, descobrimos algumas
regularidades que permitiram tiramos algumas conclusões.
Além disso, frequentemente eram a estimulados a analisar, interpretar e resolver
situações-problema envolvendo as quatro operações. Após elaborar o raciocínio as
crianças eram convidadas a socializar suas estratégias, mostrando as operações,
esquemas, decomposições das escritas numéricas. Trabalhando assim, com a
organização e socialização do pensamento. Ao explicar para os colegas, ou colocar no
papel a forma que pensou em resolver o problema as crianças estruturam o raciocínio
mental.
Em outros momentos, fazíamos
vivências com materiais concretos, como
objetos pequenos e material dourado,
trabalhamos com estimativas, criando
subsídios para que eles pudessem
avaliar a adequação do resultado e por
fim ensinamos as contas armadas.
Durante o semestre, também, teve
muito divertimento e integração entre as
crianças. Percebemos que nesta sala as
crianças eram muito fechadas nas mesmas
amizades e as brincadeiras ocorriam sempre
nos mesmos grupos, com pouca circulação.
Amizades tão fortemente enraizadas que
quando estavam juntas suas ideias, desenhos
e comportamentos eram muito semelhantes, sem de fato mostrar sus identidade.
Buscamos promover diversas situações em que ocorresse o intercâmbio dos
alunos entre os grupos. Além disso, conversávamos com eles a importância de cada um
mostrar o que pensa, mesmo que fossem ideias bem diferentes. Fizemos leituras de
histórias que abordassem o assunto, levando a uma reflexão e para alguns alunos novas
perspectivas.
Momentos como a baladinha, brincadeiras na cabana e acantonamento foram
ricos para que ocorresse essa integração. Também conversamos com algumas famílias
e crianças durante as entrevistas,
sugerindo que houvesse mais inclusões
de amigos e ainda que circulassem entre
os vários grupos. Aos poucos
começamos a acompanhar mudanças
nas posturas e maior integração entre o
grupo.
Foi um ano extremamente rico, repleto de
descobertas, desafios, superações. Vários
desafios enfrentados em grupo, ampliando a
esfera dos limites de cada um. Tanto para as
crianças, quanto para nós professores. Foi de
fato muito especial!
E já de olho em novos desafios para o
próximo ano letivo, pensando em um novo ciclo
repleto de novas descobertas e novos olhares.
Ano de mais amadurecimento... tempo de
desenvolver ainda mais a autonomia e de consolidar os desafios vividos no 3 ano...
Com carinho, Paula, Jade e Lucy.
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
LÍNGUA PORTUGUESA LINGUAGEM ORAL • Ouvir com atenção; • Falar sem sair do assunto tratado; • Formular e responder perguntas; • Explicar e ouvir explicações; • Manifestar e acolher opiniões; • Narrar fatos considerando a temporalidade e a causalidade; • Manifestar experiências, sentimentos, ideias e opiniões de forma clara e ordenada.
PRÁTICA DE LEITURA • Apreciar textos; • Ler, por si mesmo, textos cujo assunto e gêneros sejam familiares, conseguindo resgatar o seu significado
e compreender a ideia geral; • Ler, com ajuda do professor, textos de enciclopédias, informações veiculadas pela internet e revistas; • Expor o assunto principal da leitura utilizando a língua oral e escrita; • Estabelecer relações entre o texto escrito e as imagens nele contidas; • Organizar-se no texto, ouvir com atenção a leitura do par, desenvolver o ritmo e a entonação da
pontuação.
LÍNGUA ESCRITA • Conhecer as representações das letras cursiva (ler e escrever); • Utilizar adequadamente a separabilidades e aglutinações das palavras; • Reescrever, histórias conhecidas, considerando as ideias principais do texto-fonte; • Produzir textos de autoria, utilizando recursos da linguagem escrita; • Utilizar estratégias de escrita: planejar o texto, redigir rascunhos, revisar e cuidar da apresentação, com
orientação; • Revisar o próprio texto, com ajuda, trabalhando sobre o rascunho para aprimorá-lo; • Considerar gradativamente: adequação ao gênero, coerência e coesão textual, pontuação e ortografia.
ANÁLISE E REFLEXÃO SOBRE A LÍNGUA • Conhecer os sinais de pontuação e gradativamente pontuar corretamente final de frase; • Pontuar os trechos que exprimem diálogos; • Usar letra maiúscula no início de frase; • Separar adequadamente a sílabas no texto; • Perceber algumas das regularidades ortográficas; • Reduzir erros em finais de palavras por interferência da fala; • Representar marcas de nasalidade; • Utilizar procedimentos de consulta para conhecer a escrita correta de uma palavra (dicionário); • Substituir o uso excessivo de marcas da oralidade: “e”, “aí”, “daí”, “então”, etc. pelos sinais de
pontuação e pela introdução de conectivos mais adequados; • Conhecer e analisar alguns aspectos gramaticais, substantivos, adjetivos e verbos.
MATEMÁTICA
NÚMEROS NATURAIS E SISTEMA DE NUMERAÇÃO DECIMAL • Ler, escrever, comparar e ordenar números pela compreensão das características do sistema de
numeração decimal (base, valor posicional); • Contar em escalas crescente e decrescente a partir de qualquer número (até centena); • Utilizar diferentes estratégias para quantificar elementos de uma coleção: contagem, pareamento,
estimativa e correspondência de agrupamento; • Utilizar calculadora para produzir e comparar escritas numéricas.
OPERAÇÕES • Analisar, interpretar e resolver situações-problema envolvendo a adição, subtração, multiplicação e
divisão; • Utilizar a decomposição das escritas numéricas para a realização dos cálculos; • Utilizar estimativas para avaliar a adequação do resultado; • Calcular resultados de multiplicação por meio de estratégias pessoais; • Determinar o resultado da multiplicação de números de 0 a 9 em situações-problema e identificar
regularidades que permitam sua memorização;
• Utilizar sinais convencionais na escrita das operações.
ESPAÇO E FORMA • Perceber semelhanças e diferenças entre objetos no espaço, identificando formas bi e tridimensionais; • Reconhecer instruções para se orientar e localizar; • Dimensionar espaços, percebendo relações de tamanho e forma; • Interpretar e representar posição no espaço a partir da análise de mapas e maquetes.
GRANDEZAS E MEDIDAS • Relacionar a ação de medir e comparar; • Usar o sistema monetário brasileiro; • Resolver situações-problema que envolvam a identificação do valor de cédulas e moedas do sistema
monetário; • Ler as horas, comparando relógios digitais e de ponteiros; • Identificar e relacionar unidades de tempo – dia, semana, mês, bimestre, semestre e ano.
TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO • Coletar e organizar informações criando registros pessoais; • Ler e interpretar dados apresentados por meio de tabela simples e gráficos de torres.
CIÊNCIAS NATURAIS
• Construir atitude investigativa sobre o meio ambiente e a relação com a natureza no dia a dia; • Realizar experimentos simples sobre os materiais e objetos do ambiente para investigar características e
propriedades dos materiais e de algumas formas de energia; • Formular perguntas e suposições sobre o assunto em estudo; • Buscar e coletar informações por meio de observação direta e indireta, experimentação, interpretação de
imagens e textos selecionados; • Organizar e registrar informações por meio de desenhos, quadros, esquemas, listas e pequenos textos,
sob orientação do professor; • Comunicar de modo oral, escrito e por meio de desenhos, perguntas, suposições, dados e conclusões,
respeitando as diferentes opiniões e utilizando as informações obtidas para justificar suas ideias; • Valorizar atitudes e comportamentos favoráveis à saúde, em relação à alimentação e à higiene pessoal,
desenvolvendo a responsabilidade no cuidado com o próprio corpo e com os espaços que habita.
HISTÓRIA E GEOGRAFIA • Comparar acontecimentos e objetos no tempo; • Reconhecer algumas semelhanças e diferenças sociais, econômicas e culturais de Barão Geraldo; • Estabelecer relações entre o presente e o passado. A partir dos dados do presente, desenvolver estudos
do passado, identificando mudanças e permanências; • Conhecer alguns documentos históricos e fontes de informações; • Conhecer histórias pertencentes ao distrito de Barão Geraldo, dimensionadas em diferentes tempos; • Reconhecer na paisagem local e no lugar em que se encontram inseridas, as diferentes manifestações
da natureza e a apropriação e transformação dela pela ação de sua coletividade, de seu grupo social; • Reconhecer a importância de uma atitude responsável de cuidado com o meio em que vivem, evitando o
desperdício e percebendo os cuidados que se deve ter na preservação e na manutenção da natureza; • Conhecer as relações entre as pessoas e o lugar: as condições de vida, as histórias, as relações afetivas
e de identidade com o lugar onde vivem; • Explorar mapas e globo terrestre considerando características da linguagem cartográfica; • Leitura inicial de mapas políticos, atlas e globo terrestre; • Ampliar a capacidade de observar o seu entorno saindo do micro para o macro (escola, rua, bairro, distrito,
cidade...).
ARTES • Expressar suas ideias e sentimentos através da arte, ampliando assim sua capacidade de olhar sensível; • Experimentar materiais diversos combinados de diferentes formas relacionados às linguagens pintura,
desenho e colagem; • Experimentar percursos de trabalho individual e coletivo, promovendo reflexões sobre o processo criativo; • Dialogar sobre descobertas estéticas relacionadas ao projeto; • Construir formas plásticas e visuais (perspectivas: bidimensional e tridimensionais – maquetes); • Utilizar as cores primárias, secundárias e descobrir as terciárias, nas suas composições; • Ampliar o vocabulário e enriquecer experiências.