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A G O S T O 2 0 1 4 ANO 11 : NÚMERO 115 BOLETIM INFORMATIVO DA ESCOLA DE DIREITO DE SÃO PAULO DA FUNDAÇÃO GETULIO VARGAS : DESTAQUES DO MÊS : SEÇÕES : 01 : 02 : 03 : 04 : 05 : 06: 07 : 08 : 09 : 10 : 11 : 12 : IMPRIMIR : INSTITUCIONAL P 01 : PARTICIPAÇÃO EM EVENTOS P 04 : FGV DIREITO SP NA MÍDIA P 10 : PUBLICAÇÕES P 11 : REVISTA DIREITO GV INDICA P 11 : FGV DIREITO SP VISITOU ETECS PARA DIVULGAR O VESTIBULAR 2015 : O AUMENTO DE LITÍGIOS NO BRASIL E O EXEMPLO DA SUPREMA CORTE AMERICANA FORAM TEMA DE DEBATE NA FGV DIREITO SP : EVENTO DISCUTE RELATÓRIO SOBRE LIBERDADE DE EXPRESSÃO E INTERNET DA COMISSÃO INTERAMERICANA DE DIREITOS HUMANOS RUA ROCHA, 233 SÃO PAULO SP BRASIL TEL (11) 3799.2233 (11) 3799.2231 DIREITOSP.FGV.BR

NÚMERO 115 A G O S T O 2 0 1 4 - Escola de Direito de ...direitosp.fgv.br/sites/direitosp.fgv.br/files/... · tema de bolsas de estudos integrais e parciais que viabi-lizam não

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A G O S T O 2 0 1 4

ANO 11 : NÚMERO 115

B O L E T I M I N F O R M A T I V O D A E S C O L A D E D I R E I T O D E S Ã O P A U L O D A F U N D A Ç Ã O G E T U L I O V A R G A S

: DESTAQUES DO MÊS : SEÇÕES

: 01 : 02 : 03 : 04 : 05 : 06: 07 : 08 : 09 : 10 : 11 : 12

: IMPRIMIR

: INSTITUCIONAL P 01

: PARTICIPAÇÃO EM EVENTOS P 04

: FGV DIREITO SP NA MÍDIA P 10

: PUBLICAÇÕES P 11

: REVISTA DIREITO GV INDICA P 11

: FGV DIREITO SP VISITOU ETECS PARA DIVULGAR O VESTIBULAR 2015

: O AUMENTO DE LITÍGIOS NO BRASIL E O EXEMPLO DA SUPREMA CORTE AMERICANA FORAM TEMA DE DEBATE NA FGV DIREITO SP

: EVENTO DISCUTE RELATÓRIO SOBRE LIBERDADE DE EXPRESSÃO E INTERNET DA COMISSÃO INTERAMERICANA DE DIREITOS HUMANOS

RUA ROCHA, 233

SÃO PAULO SP BRASIL

TEL (11) 3799.2233(11) 3799.2231

DIREITOSP.FGV.BR

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: 01A N O 1 1 : N Ú M E R O 1 1 5 : A G O S T O 2 0 1 4

: EX-ALUNA DA FGV DIREITO SP E INTERCAMBISTA,

CAROLINA VAN MOORSEL COORDENA PROJETO PRO

BONO DA NATIONAL IMMIGRANT J. CENTER NOS EUA

Foi como quem não quer nada que a carreira de Carolina

Ramazzina Van Moorsel, ex-aluna da graduação da FGV

DIREITO SP, foi tomando forma. Carolina foi estudar LL.M

na Universidade de Illinois in Champaing Urbana, dentro

de programa de intercâmbio, mantido pela FGV DIREITO

SP, e, ao tomar contato com a dura realidade de uma imi-

grante mexicana nos Estados Unidos, começou a se en-

volver com projetos de advocacia de interesse público.

Atualmente, é a responsável pela Coordenação do Proje-

to Pro Bono da National Immigrant J. Center. Confira abai-

xo trechos da entrevista concedida à FGV DIREITO SP.

FGV DIREITO SP - COMO SURGIU ESSA OPORTUNIDADE DE

TRABALHAR JUNTO A NICJ?

CAROLINA VAN MOORSEL - A OPORTUNIDADE DE TRABALHAR

NO NIJC SURGIU QUANDO COMECEI O LL.M NO COLLEGE OF LAW

DA UNIVERSITY OF ILLINOIS IN CHAMPAIGN URBANA, DENTRO DO

PROGRAMA DE INTERCÂMBIO OFERECIDO PELA FGV DIREITO SP.

PARALELAMENTE, ME ENVOLVI COM UMA ONG QUE ASSISTE IMI-

GRANTES SEM DOCUMENTOS NOS ESTADOS UNIDOS CHAMADA LA

LÍNEA. BASICAMENTE, ESSA ONG DISPONIBILIZA UMA LINHA TELE-

FÔNICA PARA ATENDER IMIGRANTES QUE PRECISEM DE SUPORTE

PARA AS MAIS VARIADAS QUESTÕES. ME INSCREVI COMO VOLUN-

TÁRIA EM SETEMBRO DE 2012, LOGO APÓS UMA PALESTRA DE UM

DOS REPRESENTANTES DA ORGANIZAÇÃO, E, COMO VOLUNTÁRIA,

ENTREI EM CONTATO DIRETAMENTE COM OS CLIENTES QUE TELEFO-

NAVAM PARA PEDIR AJUDA.

UM DESSES “CLIENTES” FOI A ILYANA. ELA ESTAVA NA PRISÃO POR

TER TENTADO ENTRAR NO PAÍS SEM DOCUMENTOS PELA SEGUNDA

VEZ, O QUE É UM CRIME FEDERAL NOS ESTADOS UNIDOS E, NA

PRISÃO, DESCOBRIU QUE ESTAVA GRÁVIDA. A BARREIRA LINGUÍS-

TICA PROVOCOU UMA SÉRIE DE ABUSOS AOS DIREITOS HUMANOS

DE ILYANA E, COMO EU FALO ESPANHOL E INGLÊS, O MEU TRABA-

LHO FOI GARANTIR QUE ELA TIVESSE ACESSO A SERVIÇOS BÁSICOS

DE SAÚDE E A REPRESENTAÇÃO LEGAL DE QUALIDADE. EU IA À PRI-

SÃO TODA SEMANA PARA CONVERSAR COM ELA. CHEGOU A UM

PONTO EM QUE A META DA ORGANIZAÇÃO ERA SIMPLESMENTE LEM-

BRAR A ILYANA DE QUE ELA NÃO ESTAVA SOZINHA. ILYANA ACABOU

SENDO DEPORTADA PARA O MÉXICO, O BEBÊ NASCEU SAUDÁVEL E

RECEBEU O NOME DE CAROLINA COMO UM AGRADECIMENTO DE

ILYANA E DE SEU MARIDO PELO MEU TRABALHO.

EM MAIO DE 2013, COMECEI OUTRO TRABALHO PARA UMA ONG

CHAMPAIGN COUNTY HEALTH CARE CONSUMERS, AUXILIANDO IMI-

GRANTES COM OU SEM DOCUMENTOS A SE INSERIR E CONHECER

AS REGRAS DO AFFORDABLE CARE ACT, CONHECIDO POR MUITOS

COMO O “OBAMACARE”. A NOVA LEI EXIGE QUE MUITOS IMIGRAN-

TES COMPREM SEGURO DE SAÚDE. ALGUNS PODEM TER ASSISTÊN-

CIA MONETÁRIA PARA OBTER O SEGURO MÉDICO, OUTROS PODE-

RÃO RECEBER O SEGURO MEDICO DO ESTADO – MEDICAID. MEU

TRABALHO ERA INFORMAR A RESPEITO DESSES DIREITOS E AJUDAR

OS IMIGRANTES A TER ACESSO AO SISTEMA. PARA ISSO, MEUS CO-

NHECIMENTOS EM ESPANHOL E FRANCÊS ME AJUDARAM BASTANTE

NA COMUNICAÇÃO. TRABALHEI COM MUITOS ... continua >>

A G O S T O 2 0 1 4

• SOBRE A DIREITO GV

• CURSOS

• PROFESSORES

• PESQUISA

• METODOLOGIA DE ENSINO

• GRUPOS DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO

• PUBLICAÇÕES

• GLOBAL

• PROCESSOS SELETIVOS

• CENTRO DE PESQUISA JURÍDICA APLICADA

• EVENTOS

• NOTÍCIAS

• GALERIA DE VÍDEOS

: LINKS : INSTITUCIONAL

INÍCIO INSTITUCIONAL PARTICIPAÇÃO EM EVENTOS FGV DIREITO SP NA MÍDIA PUBLICAÇÕES REVISTA DIREITO GV INDICA

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: 02A N O 1 1 : N Ú M E R O 1 1 5 : A G O S T O 2 0 1 4 A G O S T O 2 0 1 4

DE ASILO (QUE NO BRASIL MUITOS CONHECEM COMO ASILO PO-

LÍTICO). ESTOU MAIS FOCADA NESSE PROJETO.

- QUE TIPOS DE CASOS VOCÊ COSTUMA RECEBER NA ONG?

HÁ ALGUM EM ESPECIAL QUE VOCÊ POSSA COMPARTILHAR?

A GENTE RECEBE TODO TIPO DE CASO QUE SE POSSA IMAGINAR.

ATUALMENTE, RECEBEMOS MUITOS PEDIDOS DE AJUDA PARA CRIAN-

ÇAS DA AMÉRICA CENTRAL QUE ESTÃO FUGINDO DA VIOLÊNCIA CAU-

SADA POR GANGUES OU POR VIOLÊNCIA DOMÉSTICA NOS SEUS PAÍ-

SES DE ORIGEM. TEMOS OUVIDO MUITOS CASOS, NÃO APENAS DE

CRIANÇAS, MAS TAMBÉM DE ADULTOS QUE VEM PARA OS ESTADOS

UNIDOS PARA ESCAPAR DESSE TIPO DE VIOLÊNCIA.

É INTERESSANTE FAZER UM PARÊNTESES AQUI, QUE A MAIOR PARTE

DE MEXICANOS QUE VEM PARA CÁ PROCURANDO ASILO POR CONTA

DE VIOLÊNCIA DE GANGUES É NORMALMENTE NEGADO. O NIJC CON-

SEGUIU EM ALGUNS CASOS REVERTER ESSA SITUAÇÃO E GARANTIR

QUE A PESSOA TIVESSE ACESSO AO ASILO. ISSO É INIMAGINÁVEL NA

MAIORIA DOS OUTROS LUGARES DOS ESTADOS UNIDOS E TEM A VER

COM OS ESFORÇOS DE FAZER ARGUMENTOS MUITO BEM CONSTRUÍ-

DOS DO NIJC E TAMBÉM COM A QUALIDADE DOS JUÍZES DO 7º CIR-

CUITO QUE SÃO OS QUE ATUAM AQUI EM CHICAGO.

ALÉM DISSO, TEMOS MUITOS CASOS DA ERITREIA RELACIONADOS

À RESISTÊNCIA AO GOVERNO, MUITAS MULHERES QUE FOGEM DE

PAÍSES DA ÁFRICA COMO MALI E CONGO POR CONTA DE MUTI-

LAÇÃO GENITAL OU DE CASAMENTOS FORÇADOS. OUTRO TRABA-

LHO QUE TEMOS FEITO MUITO SÃO CASOS GLBT. TEMOS MUI-

TOS CLIENTES QUE NÃO PODEM VOLTAR PARA SEUS PAÍSES DE ORI-

GEM PORQUE LEIS PROÍBEM QUE ELES FAÇAM UMA OPÇÃO SEXUAL

QUE NÃO SEJA A DE HETEROSSEXUALIDADE.

É INTERESSANTE NOTAR TAMBÉM QUE ASILO É ALGO QUE REFLETE

A SITUAÇÃO POLÍTICA ATUAL DO MUNDO, OU SEJA, AS PESSOAS QUE

PROCURAM ASILO AQUI MUDAM MUITO DEPENDENDO DAS MUDAN-

ÇAS NO CENÁRIO POLÍTICO DOS PAÍSES DE ORIGEM. AGORA, POR

EXEMPLO, ESTAMOS VENDO UM AUMENTO NO NÚMERO DE SÍRIOS

QUE ESTÃO PROCURANDO AJUDA. OU SEJA, SIMPLIFICANDO A HIS-

TÓRIA, TEM GENTE DE TODAS AS PARTES DO MUNDO QUE NOS PRO-

CURA PARA AJUDA COM ASILO.

- POR QUE VOCÊ DECIDIU TRABALHAR NESSA ÁREA?

PARA SER MUITO SINCERA, QUANDO EU CHEGUEI AOS ESTADOS

UNIDOS EU ESTAVA COMPLETAMENTE PERDIDA, PROFISSIONALMEN-

TE FALANDO. EU ACHAVA QUE EU QUERIA TRABALHAR COM DIREI-

TO DA CONCORRÊNCIA – OLHANDO PRA TRÁS AGORA VEJO QUE NÃO

TINHA NADA A VER. EU VIM PRA CÁ FAZER O LL.M EM GRANDE

PARTE PORQUE NÃO SABIA MUITO BEM O QUE QUERIA FAZER E EU

SENTIA QUE PRECISAVA DE MAIS TEMPO ESTUDANDO PARA TENTAR

ME ENTENDER MELHOR. QUANDO CHEGUEI AQUI E FUI ESCOLHER

MINHAS AULAS NA FACULDADE TENHO QUE CONFESSAR QUE PAS-

SEI DIRETO DA AULA DE DIREITO DA IMIGRAÇÃO.

EU SEMPRE ME INTERESSEI MUITO POR DIREITOS HUMANOS, MINHA

PRIMEIRA AULA NA FGV DIREITO SP FOI COM PROFESSOR

OSCAR VILHENA, SOBRE DIREITOS DA PESSOA HUMANA, MAS EU

NÃO SABIA MUITO BEM QUAL ÁREA ME DARIA A OPORTUNIDADE

DE TRABALHAR COM DIREITOS HUMANOS. SEMPRE ACHEI UMA

COISA TÃO ABSTRATA.

PORÉM, QUANDO EU OUVI A PALESTRA DO FRANCISCO BAIRES,

COORDENADOR DA LA LÍNEA, A ÚNICA COISA QUE EU CONSEGUIA

PENSAR É QUE EU NÃO ENTENDIA PORQUE AS ... continua >>

<< volta ... IMIGRANTES LATINOS E ORIUNDOS DA REPÚBLICA

DEMOCRÁTICA DO CONGO. ESSE TRABALHO ME DEU UMA NOTO-

RIEDADE LOCAL, O QUE LEVOU AO CONVITE DA NIJC.

- QUAL É O TRABALHO QUE VOCÊ REALIZA NA ONG?

MEU TRABALHO NA NATIONAL IMMIGRANT JC (NIJC) É COORDE-

NAR O FUNCIONAMENTO DE TODOS OS PROJETOS DE PRO BONO,

COM FOCO ESPECIAL NOS PROJETOS DE ASILO. TENHO ALGUMAS

FUNÇÕES ADMINISTRATIVAS E UMA PARTE MUITO IMPORTANTE DE

ESTAR EM CONTATO DIRETO COM O CLIENTE PARA AUXILIÁ-LO NA OB-

TENÇÃO DE DOCUMENTOS.

NÓS AGENDAMOS ENTREVISTAS PESSOAIS COM TODOS OS QUE

ENTRAM EM CONTATO CONOSCO POR TELEFONE E REPASSAMOS

AS INFORMAÇÕES PARA A ADVOGADA QUE SUPERVISIONA O PRO-

JETO. ESSA ADVOGADA É A PESSOA QUE DECIDE SE VAMOS RE-

PRESENTAR O CLIENTE OU NÃO. QUANDO NÓS ACEITAMOS UM

CASO, ESCREVEMOS UM RESUMO E PUBLICAMOS EM NOSSA NEWS-

LETTER, ENVIADA PARA OS ADVOGADOS PARCEIROS.

O NIJC TEM DIVERSOS PROGRAMAS PRO BONO: DACA (OU OS

DREAMERS COMO MUITOS CONHECEM), VAWA (LEI QUE GARANTE

POSSIBILIDADE DE ACESSO A DOCUMENTOS PARA MULHERES IMI-

GRANTES QUE FORAM VÍTIMAS DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA NOS ES-

TADOS UNIDOS), U-VISA (LEI QUE GARANTE ACESSO A DOCUMEN-

TOS PARA IMIGRANTES QUE AUXILIARAM A POLÍCIA NOS ESTADOS

UNIDOS COM A INVESTIGAÇÃO DE UM CRIME), PETIÇÕES DE IMIGRA-

ÇÃO BASEADAS EM FAMÍLIA (OS FAMOSOS GREEN CARDS POR CA-

SAMENTO OU ENTÃO PEDIDOS DE CIDADÃOS QUE QUEREM TRAZER

OS PAIS OU OUTROS PARENTES PARA OS ESTADOS UNIDOS) E, POR

ÚLTIMO, O PROJETO EM QUE EU TRABALHO MAIS INTENSIVAMENTE

INÍCIO INSTITUCIONAL PARTICIPAÇÃO EM EVENTOS FGV DIREITO SP NA MÍDIA PUBLICAÇÕES REVISTA DIREITO GV INDICA

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: 03A N O 1 1 : N Ú M E R O 1 1 5 : A G O S T O 2 0 1 4 A G O S T O 2 0 1 4

<< volta ... PESSOAS QUE NÃO TINHAM DOCUMENTOS AQUI ERAM

TRATADAS DE MANEIRA TÃO DIFERENTE, TÃO COMPLETAMENTE DES-

RESPEITOSA. E A MINHA EXPERIÊNCIA COM A ILYANA TORNOU ESTE

SENTIMENTO AINDA MAIS FORTE

- A SUA FORMAÇÃO NA FGV DIREITO SP TEM INFLUENCIADO

A SUA ATUAÇÃO PROFISSIONAL ATUALMENTE?

MINHA FORMAÇÃO NA FGV DIREITO SP ME DEU UMA PERSPEC-

TIVA DE MUNDO QUE INFLUENCIA MEU TRABALHO DIÁRIO. QUANDO

EU OLHO PARA UM PROBLEMA NO MEU TRABALHO EU ESTOU PEN-

SANDO NO CONTEXTO MACRO SOCIAL. EU ESTOU PENSANDO EM

PROBLEMAS SISTÊMICOS E EM SOLUÇÕES IGUALMENTE SISTÊMICAS.

NA MINHA OPINIÃO, ESSA É A ÚNICA MANEIRA DE SE ENCONTRAR

SOLUÇÕES DURADOURAS. ESSE OLHAR SISTÊMICO PARA PROBLE-

MAS INDIVIDUAIS VEM DIRETAMENTE DA MINHA FORMAÇÃO NA FGV

DIREITO SP. VEM DE PROFESSORES COMO DIMITRI DIMOULIS,

OSCAR VILHENA, LUCIANA GROSS E SIDNEI AMENDOEIRA. SEM A

CONTRIBUIÇÃO DESSES PROFISSIONAIS, EU NUNCA TERIA A QUALI-

DADE ACADÊMICA E PROFISSIONAL QUE ME TROUXE ONDE ESTOU

AGORA E, MAIS IMPORTANTE, EU NÃO TERIA DESENVOLVIDO O OLHAR

QUE É NECESSÁRIO PARA ATUAR EM IMIGRAÇÃO.

: FGV DIREITO SP VISITOU ETECS

PARA DIVULGAR O VESTIBULAR 2015

A FGV DIREITO SP está cada vez mais empenhada em ga-

rantir a diversidade social e cultural dos seus alunos, de

modo a enriquecer o debate em sala de aula. A meta para

o vestibular 2015 é atrair os melhores estudantes das es-

colas públicas ou que estudaram com bolsa em colégios

particulares. Para isso, organizou uma agenda de visitas

e de participação em feiras de profissões em Escolas Téc-

nicas Estaduais (ETECs) e outros colégios públicos, com

o objetivo de apresentar o curso de graduação, as opções

de carreira, os diferenciais do vestibular e, principalmen-

te, apresentar os diversos programas de bolsas de estu-

dos que a FGV DIREITO SP oferece.

A DIREITO SP visitou as ETEC’s Getulio Vargas, Profes-

sor Camargo Aranha, Guaracy Silveira, Basilides de Godoy

e Jaraguá.

A fim de garantir o ingresso e a permanência de alunos que

não têm condições financeiras de arcar com a mensalida-

de e outros custos de manutenção, a Escola oferece di-

versos programas de bolsas de estudos, entre elas a Bolsa

da Presidência, que garante a isenção de 100% ou 50%

da mensalidade e leva em consideração o histórico edu-

cacional e as condições socioeconômicas do aluno. A cada

vestibular são concedidas até 10 bolsas, pelo período de

5 anos do curso.

Para ajudar a cobrir os gastos com custos de transporte,

moradia e livros, a Associação Endowment FGV DIREITO

SP fornece o valor de R$ 850,00 por mês, pagos até o final

do terceiro ano, para os alunos que comprovem necessi-

dade financeira. A Associação Endowment é uma institui-

ção privada, fundada por ex-alunos, seus pais e pessoas

interessadas em fornecer meios de subsistência a alunos

sem recursos.

“Nenhum aluno com mérito deixa de estudar na FGV por

questões financeiras, pois a escola oferece um amplo sis-

tema de bolsas de estudos integrais e parciais que viabi-

lizam não somente o ingresso, mas também a permanên-

cia do aluno que necessitar de ajuda para arcar com des-

pesas como moradia, alimentação, transporte, compra de

materiais e livros”, explicou Camila Martines, assistente de

Comunicação e Marketing da FGV DIREITO SP.

Ainda há uma modalidade de bolsa reembolsável: a FGV

mantém um fundo de bolsas, que pode custear de 20% a

100% da mensalidade e o aluno poderá restituir o valor des-

pendido, com correção do IGP-M, após o período de graça.

: FGV DIREITO SP ABRIU INSCRIÇÕES PARA CURSO

GRATUITO DE APRIMORAMENTO DOCENTE DO

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU (GVlaw)

O Programa de Pós Graduação Lato Sensu (GVlaw), em

parceria com o Núcleo de Ensino de Metodologia de En-

sino da FGV DIREITO SP, abriu as inscrições para o

Curso de Aprimoramento Docente.

O curso é gratuito e voltado para profissionais das di-

versas carreiras jurídicas, interessados no exercício da

docência na pós-graduação, especialmente candidatos

nas áreas de Direito Societário, Contratos Cíveis Empre-

sariais, Direito Tributário e Direito Público.

O curso valoriza formas participativas de ensino e coloca

o docente em contato com diferentes técnicas de ensi-

no, como método do caso, diálogo socrático, simulação,

problem-based learning, dentre outras. ... continua >>

INÍCIO INSTITUCIONAL PARTICIPAÇÃO EM EVENTOS FGV DIREITO SP NA MÍDIA PUBLICAÇÕES REVISTA DIREITO GV INDICA

Page 5: NÚMERO 115 A G O S T O 2 0 1 4 - Escola de Direito de ...direitosp.fgv.br/sites/direitosp.fgv.br/files/... · tema de bolsas de estudos integrais e parciais que viabi-lizam não

: 04A N O 1 1 : N Ú M E R O 1 1 5 : A G O S T O 2 0 1 4 A G O S T O 2 0 1 4

<< volta ... O curso também buscará discutir criticamen-

te a aplicação de cada uma delas, tendo em vista dife-

rentes perfis de alunos e de turmas, o instrumental

didático disponível e outros aspectos.

Além de fomentar novos talentos no âmbito do ensino ju-

rídico, este curso busca oferecer um bem público para o

ensino jurídico no Brasil, difundindo a reflexão sobre mé-

todos e técnicas de ensino e desenvolvimento de discipli-

nas para outras instituições de ensino superior no país.

As aulas do Curso de Aprimoramento Docente foram rea-

lizadas às sextas-feiras pela manhã, com início em 29 de

agosto e término em 10 de outubro de 2014.

Durante o encontro, o professor da graduação e do

curso de especialização em Direito Administrativo

da FGV DIREITO SP, Carlos Ari Sundfeld, também

presidente da Sociedade Brasileira de Direito

Público (SBDP), falou sobre as tendências para

o aperfeiçoamento do controle sobre as parcerias

e identificou semelhanças entre a nova legislação

que regula as parcerias e a Lei nº 8.666, que

estabelece as regras dos contratos entre a

administração pública e o setor privado. Segundo

ele, a lei é claramente influenciada pela Lei de

Licitações. “A terminologia é a mesma”, disse.

A assessora da Secretaria Geral da Presidência

da República, Laís de Figueiredo Lopes, afirmou

durante o encontro que a nova legislação é

resultado de duas CPIs das ONGs e de dez anos

de processo legislativo. “A lei precisou falar muito

para deixar as coisas claras”, explicou. “Ela é o

reconhecimento do papel importante das

organizações.”

O corregedor-geral da Administração do Estado de

São Paulo, Gustavo Ungaro, afirmou que o evento

na FGV DIREITO SP é o primeiro encontro público

desde a aprovação da nova lei. Também presidente

do Conselho Nacional de Controle Interno (Conaci),

Ungaro destacou alguns pontos ... continua >>

: PARTICIPAÇÃO EM EVENTOS

: WORKSHOP REUNIU ESPECIALISTAS PARA

DEBATER PARCERIAS ENTRE A ADMINISTRAÇÃO

PÚBLICA E A SOCIEDADE CIVIL

A FGV DIREITO SP recebeu o “1º Diálogo

Paulista entre Órgãos de Controle e Organizações

da Sociedade Civil (OSCs)”. O workshop,

promovido pela Associação Paulista de

Fundações (APF), reuniu representantes de

órgãos de controle, das OSCs e da academia.

O objetivo foi ampliar o conhecimento recíproco

entre as instituições, identificar problemas no

controle de parcerias e estruturar diálogos para

aperfeiçoar a fiscalização.

O professor Oscar Vilhena Vieira, diretor da FGV

DIREITO SP, abriu o diálogo afirmando que o

momento para debater o tema é oportuno, já

que a Escola está debruçada sobre a nova Lei

nº 13.019, de 31 de julho, que estabelece o

regime jurídico das parcerias entre a administração

pública e as organizações da sociedade civil.

“A Escola entendeu, há dois anos, que era

necessário criar um centro de pesquisa de temas

estruturantes da sociedade brasileira, e um deles

é a sociedade civil”, afirmou. O tema é uma das

linhas de pesquisa do Centro de Pesquisa Jurídica

Aplicada (CPJA) da DIREITO SP.

“Há uma crescente controvérsia no Brasil sobre

o controle das parcerias da administração

pública com as organizações da sociedade civil.

Com esta iniciativa, pretende-se criar condições

para que ambos possam compartilhar problemas

e trabalhar juntos para a elaboração de soluções

que atendam o interesse comum, dando início a

um conjunto de diálogos abertos e construtivos”,

explicou Eduardo Pannunzio, pesquisador do

CPJA e coordenador da linha de pesquisa

“Estado de Direito e Sociedade Civil”.

INÍCIO INSTITUCIONAL PARTICIPAÇÃO EM EVENTOS FGV DIREITO SP NA MÍDIA PUBLICAÇÕES REVISTA DIREITO GV INDICA

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: 05A N O 1 1 : N Ú M E R O 1 1 5 : A G O S T O 2 0 1 4 A G O S T O 2 0 1 4

<< volta ... importantes da legislação, como a

exigência de experiência de 3 anos para a

realização de parcerias com o poder público e

a seleção pública de organizações para atuarem

em projetos em igualdade de condições.

O “1º Diálogo Paulista entre Órgãos de Controle

e Organizações da Sociedade Civil (OSCs)”

contou com o apoio do CPJA, do CONACI e da

Corregedoria Geral da Administração do Estado

de São Paulo.

: GVlaw DEBATEU APERFEIÇOAMENTO

DO ENSINO PROFISSIONAL

O Programa de Pós-Graduação Lato Sensu da

FGV DIREITO SP (GVlaw) iniciou o semestre com o

desafio de aperfeiçoar o processo de aprendizagem

profissional dos cursos que oferece. Durante um

encontro entre os professores do GVlaw, realizado

no dia 1º de agosto no Hotel Renaissance, o grupo

docente discutiu formas de aumentar o convívio e

a troca de conhecimento em sala de aula e de

tornar o aluno o sujeito central na produção do

conhecimento.

De acordo com Catarina Barbieri, coordenadora

acadêmica do Programa de Pós-Graduação Lato

Sensu da FGV DIREITO SP, o GVlaw tem o

objetivo de impulsionar o diálogo entre a

“Nós três estudamos juntos em Berlim, no

Mestrado em Políticas Públicas da Hertie School

of Governance, uma das parceiras da FGV. Lá

percebemos uma inquietação comum,

relacionada ao reduzido impacto e audiência da

maior parte das pesquisas acadêmicas no campo

das políticas públicas. Nossa inspiração para

realizar este workshop nasceu daí e de nossa

experiência com conceitos e ferramentas mais

colaborativas. Um exemplo é o design thinking,

método em que é comum dividir os participantes

em grupos interdisciplinares, em atividades mais

‘mão na massa’. O que fizemos aqui foi uma

adaptação disso”, explicou Caio Werneck.

O evento foi dividido em duas partes. Na primeira,

os grupos exploraram a diversidade da audiência

discutindo as características e os modos de

comunicação de perfis inventados pelos

organizadores, representativos de potenciais

interlocutores relevantes para uma pesquisa. Na

segunda parte, o trabalho foi voltado à multimídia.

O exercício buscou estimular o uso de novas

linguagens, a serem consideradas tanto na coleta

de dados, quanto na disseminação dos resultados,

tendo sempre em vista os interlocutores.

Para os organizadores, o saldo final do evento foi

positivo, com discussões de alto nível. ... continua >>

academia, o mercado e as instituições por meio

de cursos intensivos, com duração de 18 meses

e 432 horas-aula, estruturados por um conjunto

de disciplinas complementares. Voltados para

profissionais de mercado, os cursos do GVlaw

utilizam métodos participativos de ensino que

incluem experiências internacionais e de outros

campos de conhecimento.

: WORKSHOP NA FGV DIREITO SP DEBATEU

PESQUISA ACADÊMICA MULTIMÍDIA

A FGV DIREITO SP recebeu o workshop

“Pesquisa multimídia e interativa, por que não?”

para discutir maneiras em que as pesquisas

acadêmicas podem atingir audiências mais

amplas.

Segundo os organizadores do evento Bruno

Paschoal, Caio Werneck e Javier Guillot,

pesquisadores visitantes do Núcleo de Estudos

do Crime e a Pena da FGV DIREITO SP, o objetivo

foi criar um workshop no qual o público pudesse

desenvolver e expressar ativamente suas próprias

ideias. Para isso, os participantes foram divididos

em equipes que trabalharam em temas de sua

escolha, com a missão de debater assuntos

como audiência e uso de meios multimídia na

execução e na divulgação da pesquisa.

INÍCIO INSTITUCIONAL PARTICIPAÇÃO EM EVENTOS FGV DIREITO SP NA MÍDIA PUBLICAÇÕES REVISTA DIREITO GV INDICA

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: 06A N O 1 1 : N Ú M E R O 1 1 5 : A G O S T O 2 0 1 4 A G O S T O 2 0 1 4

<< volta ... “Vieram pessoas de muitas instituições,

como a FGV DIREITO SP, USP, Instituto Sou da

Paz, Conectas, dentre outras. Isso gerou um

debate muito interessante. Agora queremos criar

uma rede que nos ajude a dar continuidade ao

trabalho”, acrescentou Javier Guillot.

O segundo encontro foi realizado no dia 3 de

setembro, com um foco maior em interatividade

e dados abertos.

: NÚCLEO DE ESTUDOS EM

MERCADOS E INVESTIMENTOS

DEBATEU FUNDOS DE PENSÃO

A professora de Economia Política Internacional

da Universidade Virginia Tech, Giselle Datz, foi a

convidada do Núcleo de Estudos em Mercados e

Investimentos da FGV DIREITO SP, no último dia

8 de agosto, para participar do “Encontros do

Mercado”, série de eventos criada para permitir

a troca de experiências entre participantes do

mercado de capitais e professores e

pesquisadores que acompanham o tema.

Giselle Datz esteve na FGV DIREITO SP para

apresentar parte de seus estudos sobre

financiamento de longo prazo e o mercado de

capitais no Brasil. A professora iniciou sua

apresentação abordando o potencial da

indústria de fundos de pensão nacional que,

mesmo com uma elevada capacidade financeira

e uma considerável porção dos investimentos

em renda variável, ainda não alavanca o mercado

de capitais como seria esperado. Segundo ela,

as expectativas sobre o impacto da privatização

da previdência nos países latino-americanos

nos seus respectivos mercados de capitais, em

regra, não foram correspondidas. Diante disso,

a professora apontou alguns cenários decorrentes

de aspectos conjunturais, bem como projetos

de reforma regulatória voltados a intensificar os

investimentos mais no longo prazo dos fundos

de pensão brasileiros, os quais podem ou não

alterar o cenário da atuação dos fundos de

pensão no Brasil. De qualquer maneira, as

expectativas da professora são positivas.

Este foi o quarto evento da série “Encontros

do Mercado”. O primeiro evento aconteceu

no dia 22 de maio e trouxe à Escola a diretora

da Comissão de Valores Mobiliários (CVM)

Ana Novaes. Também já participaram a diretora

comercial e de desenvolvimento de empresas da

BMF&Bovespa, Cristiana Pereira, e a advogada

Mariana Magalhães Santos, especialista em

mercado de capitais e fundos de investimentos

do escritório Mattos Filho.

: O AUMENTO DE LITÍGIOS NO BRASIL E O

EXEMPLO DA SUPREMA CORTE AMERICANA

FORAM TEMA DE DEBATE NA FGV DIREITO SP

A FGV DIREITO SP foi sede do evento “Desafios

Supremos: Diálogo entre o STF e a Suprema Corte

Americana”. A Escola recebeu representantes da

mais alta Corte dos Estados Unidos para detalhar

o funcionamento do tribunal constitucional que

recebe cerca de 8 mil processos ao ano, mas

seleciona apenas 80 ações para serem julgadas

no período.

O encontro contou com a participação do

representante da secretaria geral da Suprema

Corte Scott Harris, do juiz federal Peter Messitte,

e do assessor técnico de gabinete do Tribunal de

Justiça de São Paulo, Sávio Viana, representando

o presidente da Corte paulista, José Renato

Nalini. O professor da FGV DIREITO SP Oscar

Vilhena Vieira e o presidente da Harvard Law

School Association of Brasil, Max Fontes,

presidiram o evento.

O debate teve início com a constatação de que,

embora os Estados Unidos tenha um número

maior de litígios, o Brasil vem seguindo o mesmo

caminho, já que o número de processos tem

crescido ao longo dos anos, chegando hoje a 93

milhões de ações judiciais em ... continua >>

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: 07A N O 1 1 : N Ú M E R O 1 1 5 : A G O S T O 2 0 1 4 A G O S T O 2 0 1 4

<< volta ... andamento. “A situação é um pouco

alarmante, pois, após a Constituição de 1988,

houve uma explosão na litigiosidade no Brasil“,

afirmou Max Fontes. Neste sentido, o professor

Oscar Vilhena Vieira disse ser relevante conhecer

quem tem a função de organizar a Suprema

Corte americana.

O juiz federal Peter Messitte apontou uma

diferença essencial para que se tenha Cortes

constitucionais tão diversas como a brasileira

e a americana: enquanto no Brasil a lei federal

é a mais utilizada, nos Estados Unidos, criada

a partir de Estados soberanos, a legislação

estadual é a base do sistema federativo. Além

disso, outras diferenças essenciais acabam por

fazer com que o Supremo Tribunal Federal

receba um número imensamente maior de

processos do que a Suprema Corte anualmente.

Uma delas é a própria Constituição, que nos

Estados Unidos data de 1787 e tem apenas 7

artigos, enquanto no Brasil a versão original,

de 1988, tem mais de 200 artigos, seguindo

o modelo típico de constituições mais recentes,

elaboradas em um mundo muito mais complexo.

A grande quantidade de recursos possíveis

também é um dos fatores apontados como

causa do congestionamento da Justiça.

contou com a presença de Guilherme Canela,

assessor regional de Informação e Comunicação

da Unesco, e de Luiz Fernando Moncau,

coordenador do Centro de Tecnologia e

Sociedade (CTS) da FGV DIREITO RIO, com a

moderação de Alexandre Pacheco, coordenador

do Grupo de Ensino e Pesquisa em Inovação

(GEPI) da FGV DIREITO SP. Abriram o evento a

também coordenadora do GEPI e professora

Mônica Steffen Guise Rosina e o diretor da FGV

DIREITO SP, Oscar Vilhena Vieira.

De acordo com Catalina Botero, o relatório não

se trata de simples doutrina, mas de um direito.

“Tem um valor adicional, pois é um relatório

aprovado pela Comissão Interamericana de

Direitos Humanos, criada pelos Estados das

Américas para aplicar e fazer cumprir um tratado

internacional”, afirmou, referindo-se à Convenção

Americana sobre Direitos Humanos, documento

assinado por membros da OEA e também

conhecido como Pacto de São José da Costa Rica.

O relatório da CIDH aponta os avanços obtidos

no direito internacional, no direito nacional e na

doutrina especializada em relação à liberdade

de expressão na rede. Entre essas experiências,

destaca a aprovação de um projeto de reforma

da Constituição Política do México em ... continua >>

Outra questão que foi levantada é a quantidade

enorme de recursos nos processos brasileiros,

que foi apontada como um dos fatores para o

emperramento da Justiça. “O Supremo tem que

deixar de ser uma terceira instância, onde muitas

pessoas tem o objetivo de não ter o caso

julgado”, disse Oscar Vilhena Vieira.

: EVENTO DISCUTE RELATÓRIO SOBRE LIBERDADE

DE EXPRESSÃO E INTERNET DA COMISSÃO

INTERAMERICANA DE DIREITOS HUMANOS

A Comissão Interamericana de Direitos Humanos

(CIDH) da Organização dos Estados Americanos

(OEA) lançou, em 20 de agosto, na FGV DIREITO

SP, o relatório “Liberdade de Expressão e

Internet”, que contém princípios gerais de

proteção do direito à liberdade de pensamento

e expressão no meio digital. O relatório oferece

diretrizes para que governos, órgãos legislativos e

administrativos, tribunais e a sociedade civil abram

caminho para promover a revisão e a adoção de

leis e práticas que tenham como objetivo garantir

o pleno exercício do direito à liberdade de

pensamento e expressão na internet.

O relatório foi apresentado pela relatora especial

para liberdade de expressão da CIDH-OEA,

Catalina Botero, e foi seguido de um debate que

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: 08A N O 1 1 : N Ú M E R O 1 1 5 : A G O S T O 2 0 1 4 A G O S T O 2 0 1 4

<< volta ... matéria de telecomunicações, que inclui o

princípio da inviolabilidade da liberdade de difundir

opiniões, informações e ideias em qualquer meio e

a proibição de restrição desses direitos; a adoção

de leis que protegem a liberdade de expressão na

internet pelo Chile, incluindo a reforma da Lei de

Propriedade Intelectual; a promulgação da Lei de

Serviços da Internet na Argentina, que consagra

a garantia de amparo à liberdade de expressão;

a aprovação da Lei de Modernização de Direitos

Autorais do Canadá; e o Marco Civil da Internet

no Brasil.

Catalina Botero explicou um a um os princípios

do relatório que devem orientar a internet: o

acesso universal, o pluralismo de vozes, a não

discriminação e a privacidade. Para Guilherme

Canela, da Unesco, o desafio está em transformar

esses princípios em políticas públicas republicanas.

O debate sobre o relatório da CIDH foi realizado

em parceria pela FGV DIREITO SP e pela FGV

DIREITO RIO.

: EQUIPES DE COMPETIÇÕES INTERNACIONAIS

FORAM HOMENAGEADAS NA FGV DIREITO SP

A FGV DIREITO SP promoveu um evento para

homenagear alunos, treinadores e patrocinadores

que participaram do ciclo 2013/2014 de

competições internacionais. Nessa temporada,

a Escola participou de seis grandes competições,

alcançando ótimos resultados inéditos.

Na “Competição Brasileira de Arbitragem”,

representaram a escola os alunos Edoardo

Mattevi, Bruna Maluf Sanseverino, Taís Sofia

Cunha de Barros, Thais Helena Teixeira Tenani,

Fernanda Furtado Haddad, Sofia Natali Juarez

Carbonell e Yumi Sato Alves (que recebeu

menção honrosa como oradora). Os treinadores

foram Pedro Felipe Gomes da Silva e Daniel

Tavela, aluno e ex-aluno da Escola.

Da “ELSA Moot Court Competition on WTO Law”,

participaram os alunos Bruno Dissenha Pigatto,

Carol Sayeg, Julia Rodrigues Casella, Natalia Fava

de Almeida, Rafael Chaves Fonseca e Roberto

Kerr Cavalcante Bonometti, que foram treinados

por Lucas Queiroz Pires, Milena da Fonseca

Azevedo e Nathalie Suemi Tiba Sato. Eles foram

os vencedores da etapa regional e chegaram à

rodada final, em Genebra, na Suíça.

Da “ICC International Commercial Mediation

Competition”, participaram os alunos Felipe

Guerra Acosta, Luiz Felipe Franco Neves, Marina

Siqueira Xandó Baptista e Victor Hugo Marcão

Crespo. A equipe foi treinada pelo professor

Diego Faleck e pelo aluno Ivo Bari Ferreira.

Da “Pace/ICLN International Criminal Court Mood

Competition” participaram os alunos Beatriz

Antunes Piazza, Brunna Padovan Ortega de

Almeida, Carolina Destailleur Gomes Battistella

Bueno, Giovana Martin Baptista, Guilherme de

Toledo Góes, Joel Zein Telles e Marjorie Lima

Pereira. A equipe foi treinada pela professora

Heloisa Estellita, pelo aluno Pedro Mendonça e

pela ex-aluna Mariana Tumbiolo Tosi.

Na “Philipi C. Jessup International Law Moot

Court Competition”, os participantes foram

Carolina Pedroso Meneghin, Guilherme Dimovci

Maria, Guilherme Santiago Nanni Bologna

Carvalho, João Guilherme Thiesi da Silva e

Pamela Vieira de Souza Ramagnoli. Os

treinadores dessa equipe foram a pesquisadora

Adriane Sanctis de Brito e o professor Salem

Hikmat Nasser.

Os alunos Klaus Rilke Pachel Ribeiro, Bruno

Pellegrini Venosa, Higor Borges Lima, José Victor

Palazzi Zakia, Lucas Marinho, Luiz Otavio de Melo

Gomes, Melanie von Staa Toledo, Thais Helena

Teixeira Tenani e Yumi Sato Alves foram os

representantes da FGV DIREITO SP na “Willem C.

Vis International Commercial Arbitration Moot”. Os

treinadores foram os ex-alunos Daniel Tavela Luís

e Luisa Galliez. Eles chegaram à fase final.

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: 09A N O 1 1 : N Ú M E R O 1 1 5 : A G O S T O 2 0 1 4 A G O S T O 2 0 1 4

“A escola incentiva os alunos a buscarem

autonomia para se organizar e participar desses

encontros, que são uma excelente experiência de

aprendizado e integração”, declarou o professor

Oscar Vilhena Vieira durante a cerimônia de

premiação.

Para Cassia Nakano, coordenadora-adjunta

de prática jurídica e atividades complementares,

esse trabalho constante vem sendo feito a fim de

reconhecer o valor pedagógico e metodológico

das competições.

Entre os alunos-bolsitas, participaram das

competições Higor Borges Lima, Lucas Marinho

e Guilherme Santiago Nanni Bologna, alunos

que recebem bolsa da presidência, que financia

integralmente o curso de graduação para alunos

de baixa renda, oriundos de colégios públicos

ou que receberam bolsas de estudo em colégios

particulares.

Os patrocinadores, que exerceram papel essencial

para possibilitar a participação dos alunos foram:

Tozzini Freire Advogados; Barbosa, Müssnich &

Aragão Advogados; Costa, Waisberg, Tavares Paes

Sociedade de Advogados; Demarest Advogados;

GO Associados; Lemme Naidin Gadelha e Mainiere

Economistas Associadas Ltda; Machado, Meyer,

Sendacz e Opice Advogados; Mattos Filho, Veiga

Filho, Marrey Jr e Quiroga Advogados; Barral M

Jorge Consultores Associados e NASSER

Sociedade de Advogados; Engler e Associados;

Faleck & Associados; TAM Linhas Aéreas; Centro

de Arbitragem e Mediação da Câmara de Comércio

e Arbitragem Brasil Canadá (CAM-CCBC); AASP -

Associação dos Advogados de São Paulo; Godoi

Aprigliano Zambo Advogados Associados, Pinheiro

Neto Advogados, França Ribeiro Advocacia e

Manuel Luís Advogados Associados.

: ENCONTROS DO MERCADO DEBATEU

REGIME ESPECIAL PARA SOCIEDADES

ANÔNIMAS DE PEQUENO PORTE

O “Encontros do Mercado”, ciclo de conversas

organizado pelo Núcleo de Estudos em Mercados

e Investimentos, recebeu os advogados Walfrido

Warde e Rodrigo Castro para debater alternativas

de simplificação do regime societário para

sociedades de menor porte.

Para Warde, a criação do novo regime surge

da necessidade experimentada por diversos

advogados em tornar as regras relacionadas à

regulação das sociedades anônimas acessíveis

a micros, pequenas e médias empresas, com

o objetivo, a longo prazo, de tornar atrativas a

estas empresas a constituição sob a forma de

sociedades anônimas e, consequentemente,

a possibilidade de financiamento via mercado

de capitais.

“Tais dificuldades são advindas do Código Civil

promulgado em 2002, que melhorou a organização

da macroempresa, mas não deu o mesmo

tratamento às empresas de menor porte”,

apontou Walfrido.

Os advogados insistiram no ponto de que não

adiantaria criar uma nova figura jurídica ou alterar

o Código Civil, dado o alto custo político. Por isso,

o projeto de lei se dedicou a racionalizar o artigo

294 da Lei das Sociedades Anônimas, revogando

a redação atual e incluindo 10 sub-artigos, que

buscam simplificar os processos e diminuir os

custos regulatórios, sem criar novas complexidades.

Entre as mudanças, segundo os autores, as que

mais suscitaram debates foram a introdução dos

conceitos de unipessoalidade e também os critérios

de publicidade de resultados. Rodrigo Castro

relatou a dificuldade de explicar o conceito de único

sócio para os reguladores, mesmo recorrendo a

exemplos no direito comparado e na legislação de

outros países.

Para Viviane Muller Prado, coordenadora do Núcleo

de Estudos em Mercados e Investimentos, o

importante é mostrar quais benefícios ...continua >>

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: 10

<< volta ... o empresário teria ao adotar o regime

especial e não constituir uma sociedade limitada.

Segundo os advogados, há pelos menos duas

possibilidades atrativas: o primeiro é a

possibilidade de se publicar informações apenas

pela internet, o que é vedado às sociedades

anônimas; e a possibilidade de distribuição de

dividendos proporcionais, o que pode ser um

importante instrumento de acomodação de

interesses dos sócios.

: FGV DIREITO SP NA MÍDIA

1º de agosto

: O professor do GVlaw Cleveland Prates escreveu um

artigo sobre os preços praticados em aeroportos geren-

ciados pela Infraero. O artigo chama-se “Infraero e o con-

trole de preços”, e foi publicado no DCI.

02 de agosto

: O professor Salem Nasser fez uma análise sobre o con-

flito entre israelenses e palestinos, em um artigo chama-

do “Por que Israel vai perder a guerra”, publicado na

Carta Capital.

03 de agosto

: Uma matéria publicada pela Revista Isto É mostra dados

da pesquisa realizada com policiais pelo Fórum Brasileiro

de Segurança Pública em parceria com a FGV DIREITO SP.

A pesquisa também foi assunto da revista Carta Capital.

07 de agosto

: O Núcleo de Estudos Fiscais da FGV DIREITO SP escre-

veu um artigo a respeito da decisão sobre juros compos-

tos proferida pelo Supremo Tribunal Federal.

: O professor José Rodrigo Rodriguez escreveu “prosa

sobre poesia” para a portal do Terra.

08 de agosto

: O professor Bruno Salama e o advogado e mestre pela

FGV DIREITO SP Vicente Braga esclareceram dúvidas

sobre o Fundo Garantidor de Crédito em um artigo publi-

cado no Valor Econômico.

09 de agosto

: Em sua coluna quinzenal na Folha de São Paulo, Oscar

Vilhena Vieira analisou as novas metas do milênio e defen-

deu que esses objetivos irão favorecer o império da lei.

10 de agosto

: O professor Adilson José Moreira concedeu uma entre-

vista à Folha de São Paulo, na qual defendeu maior puni-

ção aos autores de atos racistas, pois acredita que há no

Brasil a cultura de “racismo recreativo”.

11 de agosto

: Os professores de direito empresarial Bruno Salama e

Francisco Satiro escreveram um artigo para o Valor Eco-

nômico sobre pena de Advertência após incorporação.

12 de agosto

: O professor Yuri Carajelescov explicou, ao Brasil Post

e ao Última Instância, os procedimentos de escolha de

substituto a serem tomados pelo PSB após a morte de

Eduardo Campos para a candidatura presidencial.

15 de agosto

: Um artigo chamado “O STF e a imunidade tributária:

os extremos entre pecinhas e carros” foi produzido pelo

Supremo em Pauta para o Núcleo de Estudos Fiscais, e

publicado no Conjur.

18 de agosto

: Um artigo do coordenador do Supremo em Pauta Rubens

Glezer, sobre congelamento dos planos econômicos, foi

publicado no Brasil Post.

19 de agosto

: Um evento realizado na FGV DIREITO SP com chefes da

Suprema Corte Americana e representantes dos tribunais

brasileiros foi matéria do Conjur e da Folha de São Paulo.

Entre as principais discussões, estava a necessidade de

desestimular recursos ao STF.

: Uma pesquisa do Grupo de Pesquisas em Direito e

Gênero sobre a diminuição de mulheres entre servidores

públicos foi matéria do DCI.

21 de agosto

: O Núcleo de Estudos Fiscais falou sobre os desafios

da reforma tributária, em artigo publicado no Conjur.

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: 11

22 de agosto

: Em matéria da Folha de São Paulo sobre as revistas de

direito no Brasil, a Revista DIREITO GV foi classificada

como uma das melhores com A1 de avaliação pela

Capes.

23 de agosto

: Oscar Vilhena Vieira, em sua coluna quinzenal na Folha

de São Paulo, falou sobre a efetividade da justiça como

um dos desafios do novo governo.

28 de agosto

: O Conjur publicou um artigo escrito pelo Núcleo de

Justiça e Constituição sobre a saída de Joaquim

Barbosa do STF.

e cumprimento dos normativos e a própria

interpretação das normas de proteção aos

investidores.

O livro pode ser adquirido no site da Springer

Verlag em www.springer.com.

e cumprimento dos normativos e a própria

interpretação das normas de proteção aos

investidores.

O livro pode ser adquirido no site da Springer

Verlag em www.springer.com.

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: PUBLICAÇÕES

: ANGELA DONAGGIO LANÇOU, EM COAUTORIA,

LIVRO SOBRE GOVERNANÇA CORPORATIVA

EM MERCADOS EMERGENTES

A professora e pesquisadora da FGV DIREITO SP

Angela Donaggio é coautora do livro “Corporate

Governance in Emerging Markets – Theories,

Practices and Cases”, lançado em 2014 pela

editora alemã Springer Verlag, e que compõe a

série “Corporate Social Responsability, Corporate

Governance and Sustainability Management”.

O livro é composto por 25 capítulos, nos quais

diferentes autores analisam os resultados de

reformas legais e institucionais promovidas por

países emergentes com o intuito de implementar

práticas de governança corporativa. Editado pelos

professores Sabri Boubaker, da Champagne

School of Management, e Duc Khuong Nguyen,

do IPAG Business School, a obra reúne

experiências de importação de conceitos, normas

e regulamentações internacionais por países

emergentes e os resultados obtidos na proteção

aos investidores e no desenvolvimento do

mercado de capitais.

No capítulo 19 do livro, Angela Donaggio apresenta

a experiência brasileira de reformas legislativas e

regulatórias promovidas no Brasil a partir de 2000,

incluindo a criação do Novo Mercado, o nível mais

alto de governança corporativa da BM&FBovespa.

Por meio de estudos de caso, a professora conclui

que, embora os transplantes jurídicos estejam

relacionados ao período de desenvolvimento de

mecanismos de maior proteção aos investidores,

sua efetividade ficou aquém das expectativas.

Afirma também que as normas que regulam o Novo

Mercado, importadas do mercado de capitais

alemão, não foram suficientes para garantir os

padrões de governança almejados, em especial por

dois principais fatores: insuficiência na fiscalização

: REVISTA DIREITO GV INDICA

: Notas sobre os limites ao exercício do direito

de correção paternal no Antigo RegimeAlan Wruck Garcia Rangel

O objetivo deste artigo é abordar os limites da discipli-

na doméstica no contexto do Antigo Regime. Trabalhamos

com duas questões: em qual medida o direito romano ser-

viu de base para elaboração do conceito de moderação

ao castigo físico aplicado às crianças? E em que medi-

da o controle do encarceramento disciplinar é o resulta-

do de uma política régia para obter o monopólio do direito

de punir? Partimos da ideia de que os conceitos e as cate-

gorias jurídicas do direito romano, especialmente aqueles

elaborados durante o baixo Império, serviram aos juris-

tas, num primeiro momento, de fundamento ao exercí-

cio do direito de correção, mas que, posteriormente, em

razão de implicações políticas, e de transformações de

ordem antropológica, o direito romano foi reinterpreta-

do e adaptado a um novo paradigma disciplinar. O resul-

tado desse estudo é que os limites do direito ...continua >>

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: 12

<< volta ... de correção paternal representam, por um lado,

o processo de controle social realizado pelo Estado e,

por outro, o resquício de uma mentalidade disciplinar de

concepção romano-cristão.

: A audiência judicial em ação: uma etnografia das

interações entre juristas e jurisdicionados na FrançaPedro Heitor Barros Geraldo

Este artigo procura descrever as interações entre juristas

e leigos nos fóruns. As audiências judiciais são um ambien-

te interessante onde podemos observar essas interações

entre profissionais e leigos. A pesquisa de campo é basea-

da na observação de audiências de juízes de proximidade

em fóruns do sudeste da França em cinco fóruns diferen-

tes. O objetivo é compreender as interações através de

uma abordagem etnometodológica. Como resultados, eu

pude descrever uma atividade reflexiva entre juristas e

leigos. Por um lado, juristas explicam o direito utilizando

a linguagem comum, enquanto os jurisdicionados se esfor-

çam para compreender as normas jurídicas em função de

suas finalidades práticas. Essa atividade é possível graças

à capacidade de criar ferramentas cognitivas usando

accounts contextuais. Finalmente, o trabalho nas audiên-

cias judiciais permite observar como o direito é realizado

através das ferramentas cognitivas que são desenvolvidas

nas interações entre juristas e jurisdicionados.

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EXPEDIENTE

CATARINA HELENA CORTADA BARBIERI

COORDENADORA DE PUBLICAÇÕES

BRUNO BORTOLI BRIGATTO

EDIÇÃO

ULTRAVIOLETA DESIGN

PROJETO GRÁFICO

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