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Página 1 $ 2.75 PUBLICAÇÃO OFICIAL DA REPÚBLICA DEMOCRÁTICA DE TIMOR - LESTE Sexta-Feira, 14 de Junho de 2019 Série I, N.° 23 B SUMÁRIO Número Extraordinário GOVERNO : Decreto - Lei N.º 10 /2019 de 14 de Junho Orgânica do Ministério da Justiça ..................................... 1 Decreto - Lei N.º 11 /2019 de 14 de Junho Orgânica do Ministério da Administração Estatal ........ 15 Decreto - Lei N.º 12 /2019 de 14 de Junho Orgânica do Ministério do Turismo, Comércio e Indústria .................................................................................. 35 Decreto - Lei N.º 13 /2019 de 14 de Junho Orgânica do Ministério da Educação, Juventude e Desporto ................................................................................... 49 Resolução do Governo N.º 20 /2019 de 14 de Junho Nomeia a Autoridade Nacional para Expo Dubai 2020 .......................................................................................... 73 DECRETO-LEI N.º 10 /2019 de 14 de Junho ORGÂNICA DO MINISTÉRIO DA JUSTIÇA O Decreto-Lei n.º 14/2018, de 17 de agosto, que aprovou a orgânica do VIII Governo Constitucional, estabeleceu o Ministério da Justiça como o departamento governamental responsável pela concepção, execução, coordenação e avaliação da política, definida e aprovada pelo Conselho de Ministros, para a área da justiça, do direito e dos direitos humanos e das terras e propriedades. A última estrutura orgânica do Ministério da Justiça foi estabelecida pelo Decreto-Lei n.º 26/2015, de 12 de agosto, prevendo-se, na mesma, a existência de apenas uma Direção- Geral responsável por assegurar a orientação geral de todos os serviços do Ministério da Justiça de acordo com o programa do Governo e as orientações superiores. O serviço central então estabelecido compreendia um total de seis direções nacionais, responsáveis pela prática dos atos materiais necessários ao exercício das competências do Ministério da Justiça em áreas tão diversificadas como a assessoria jurídica, a legislação, os direitos humanos, a reinserção social, os serviços prisionais, os registos e notariado, as terras, as propriedades e os serviços cadastrais, a administração e as finanças. A concentração de um número tão elevado e diversificado de áreas funcionais, sob a coordenação de um único diretor-geral, importou maiores dificuldades quer no domínio da especialização do trabalho desenvolvido em cada uma dessas áreas atribuídas ao Ministério da Justiça quer, ainda, na fluidez da prestação de serviços públicos em áreas determinantes para a paz social e para o crescimento da nossa economia, designadamente as áreas dos registos e notariado e das terras, propriedades e serviços cadastrais. Reconhecendo a necessidade de imprimir maior qualidade e maior rapidez aos processos de prestação de serviços que incumbe ao Ministério da Justiça, preconiza-se a reorganização dos serviços administrativos compreendidos neste departamento governamental, apostando na especialização do trabalho realizado nas áreas dos registos e notariado e das terras, propriedades e serviços cadastrais. Através deste decreto-lei, aprova-se, assim, a nova orgânica do Ministério da Justiça na qual se prevê o estabelecimento de cinco serviços centrais, nomeadamente a direção-geral da administração e política da justiça, a direção-geral das terras e propriedades, a direção-geral dos serviços dos registos e notariados, a unidade de aprovisionamento descentralizado e o gabinete de inspeção e auditoria. A direção-geral da administração e política da justiça sucede à anterior “direção-geral”, incumbindo-lhe assegurar a prestação de serviços públicos nos domínios da administração e finanças, da gestão de recursos humanos do ministério, da assessoria

Número Extraordinário - Tourism Timor-Leste · Jornal da República Série I, N.° 23 A Sexta-Feira, 14 de Junho de Página 2019 1 $ 2.75 PUBLICAÇÃO OFICIAL DA REPÚBLICA DEMOCRÁTICA

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Sexta-Feira, 14 de Junho de 2019Série I, N.° 23 A Página 1

$ 2.75 PUBLICAÇÃO OFICIAL DA REPÚBLICA DEMOCRÁTICA DE TIMOR - LESTE

Sexta-Feira, 14 de Junho de 2019 Série I, N.° 23 B

SUMÁRIO

Número Extraordinário

GOVERNO :Decreto - Lei N.º 10 /2019 de 14 de JunhoOrgânica do Ministério da Justiça ..................................... 1

Decreto - Lei N.º 11 /2019 de 14 de JunhoOrgânica do Ministério da Administração Estatal ........ 15

Decreto - Lei N.º 12 /2019 de 14 de JunhoOrgânica do Ministério do Turismo, Comércio eIndústria .................................................................................. 35

Decreto - Lei N.º 13 /2019 de 14 de JunhoOrgânica do Ministério da Educação, Juventude eDesporto ................................................................................... 49

Resolução do Governo N.º 20 /2019 de 14 de JunhoNomeia a Autoridade Nacional para Expo Dubai2020 .......................................................................................... 73

DECRETO-LEI N.º 10 /2019

de 14 de Junho

ORGÂNICA DO MINISTÉRIO DA JUSTIÇA

O Decreto-Lei n.º 14/2018, de 17 de agosto, que aprovou aorgânica do VIII Governo Constitucional, estabeleceu oMinistério da Justiça como o departamento governamentalresponsável pela concepção, execução, coordenação eavaliação da política, definida e aprovada pelo Conselho deMinistros, para a área da justiça, do direito e dos direitoshumanos e das terras e propriedades.

A última estrutura orgânica do Ministério da Justiça foiestabelecida pelo Decreto-Lei n.º 26/2015, de 12 de agosto,prevendo-se, na mesma, a existência de apenas uma Direção-Geral responsável por assegurar a orientação geral de todosos serviços do Ministério da Justiça de acordo com o programado Governo e as orientações superiores.

O serviço central então estabelecido compreendia um total deseis direções nacionais, responsáveis pela prática dos atosmateriais necessários ao exercício das competências doMinistério da Justiça em áreas tão diversificadas como aassessoria jurídica, a legislação, os direitos humanos, areinserção social, os serviços prisionais, os registos enotariado, as terras, as propriedades e os serviços cadastrais,a administração e as finanças.

A concentração de um número tão elevado e diversificado deáreas funcionais, sob a coordenação de um único diretor-geral,importou maiores dificuldades quer no domínio daespecialização do trabalho desenvolvido em cada uma dessasáreas atribuídas ao Ministério da Justiça quer, ainda, na fluidezda prestação de serviços públicos em áreas determinantes paraa paz social e para o crescimento da nossa economia,designadamente as áreas dos registos e notariado e das terras,propriedades e serviços cadastrais.

Reconhecendo a necessidade de imprimir maior qualidade emaior rapidez aos processos de prestação de serviços queincumbe ao Ministério da Justiça, preconiza-se a reorganizaçãodos serviços administrativos compreendidos nestedepartamento governamental, apostando na especialização dotrabalho realizado nas áreas dos registos e notariado e dasterras, propriedades e serviços cadastrais.

Através deste decreto-lei, aprova-se, assim, a nova orgânicado Ministério da Justiça na qual se prevê o estabelecimentode cinco serviços centrais, nomeadamente a direção-geral daadministração e política da justiça, a direção-geral das terras epropriedades, a direção-geral dos serviços dos registos enotariados, a unidade de aprovisionamento descentralizado eo gabinete de inspeção e auditoria.

A direção-geral da administração e política da justiça sucede àanterior “direção-geral”, incumbindo-lhe assegurar a prestaçãode serviços públicos nos domínios da administração e finanças,da gestão de recursos humanos do ministério, da assessoria

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Série I, N.° 23 A Página 2Sexta-Feira, 14 de Junho de 2019

jurídica e legislação, dos direitos humanos e cidadania, dareinserção social e gestão dos estabelecimentos prisionais.

A cada um dos domínios anteriormente enumerados,corresponde uma unidade orgânica, com a natureza de direçãonacional.

A primeira das grande novidades introduzidas na organizaçãodo Ministério da Justiça pelo presente decreto-lei consiste noestabelecimento de uma direção-geral das terras epropriedades.

A criação deste novo serviço central, procura corresponderaos desafios colocados pela aprovação da lei que aprovou oregime especial de titularidade dos bens imóveis, no queconcerne à sua regulamentação e no que se refere à suaaplicação.

Impõe-se recordar que esta lei foi aprovada, apenas, em 2017,ou seja, cerca de dois anos após a aprovação da última leiorgânica do Ministério da Justiça, colocando desafiosimportantes à administração pública em quatro áreasfundamentais, nomeadamente: a administração do patrimónioimobiliário do Estado; o registo e atribuição de títulos depropriedade sobre imóveis privados; a gestão e atualizaçãodo sistema de informação cadastral; e a informação geoespacialrelativa ao nosso território nacional.

O Ministério da Justiça passará, assim, a compreender, noâmbito da direção-geral das terras e propriedades, três serviçosfundamentais para o sucesso da implementação do regimeespecial de titularidade dos bens imóveis, designadamente: adireção nacional de gestão de terras e propriedades, a direçãonacional de serviços cadastrais e a direção nacional deinformação geoespacial.

A direção nacional de gestão de terras e propriedades será oserviço público responsável pela preparação e prática dos atosmateriais necessários para a gestão do património imobiliáriodo Estado, para gestão dos imóveis abandonados sujeitos àadministração do Estado e pela emissão de títulos depropriedade relativos a imóveis privados.

O maior grau de especialização do trabalho realizado ao níveldesta direção nacional permitirá ganhos de eficiência e deeficácia na administração do património imobiliário do Estado,com eventual aumento da rentabilidade do mesmo, e umestímulo à dinamização da economia já que a propriedadeprivada e a certeza sobre a sua titularidade para issocontribuem.

O estabelecimento de uma direção nacional de serviçoscadastrais, além de iniciar um processo de internalização dagestão do cadastro predial nacional, permitirá uma maior emelhor compreensão da nossa realidade fundiária nacional edessa forma contribuir-se-á para a formulação de melhorespolíticas públicas de gestão e de rentabilização do patrimónioimobiliário do Estado, bem como da propriedade fundiáriaprivada e da adequação da mesma para o cumprimento dosobjetivos de desenvolvimento nacional.

A criação da direção nacional de informação geoespacial

pretende assegurar a execução de um programa de criação erequalificação de infraestruturas de posicionamento da redegeodésica nacional e sistemas de referência planimétricos ealtimétricos, pela demarcação administrativa do território e pelaidentificação das finalidades do uso efetivo do solo. Esteprograma entende-se como absolutamente fundamental paraa produção de instrumentos de planeamento espacial e deordenamento do território cada vez mais rigorosos equalificados.

A segunda novidade introduzida pelo presente decreto-lei, emmatéria de organização do Ministério da Justiça, consiste nacriação de uma direção-geral dos serviços de registos enotariado, responsável pela coordenação geral da gestão darede nacional de conservatórias e de notários, a qual sepretende cada vez mais disseminada pelo nosso território pátrioe próxima dos cidadãos.

Visando assegurar o maior acesso de todos os cidadãos aosdocumentos de identificação civil, nomeadamente à certidãoda RDTL, ao bilhete de identidade e ao passaporte, preconiza-se um maior grau de especialização do trabalho desenvolvidopelos serviços públicos para aquele efeito e um maior grau deautonomia.

Para tanto, são estabelecidas, no âmbito da direção-geral dosserviços de registos e notariado, duas direções nacionais,nomeadamente: a direção nacional dos registos e notariado ea direção nacional de identificação civil e registo criminal.

A direção nacional dos registos e notariado constitui o serviçoresponsável pela gestão da rede nacional de conservatórias enotários, em matéria administrativa, patrimonial, financeira ede recursos humanos, incumbindo-lhe, quanto a estes últimos,a sua continuada capacitação e formação para uma progressivamelhoria dos serviços públicos prestados.

O estabelecimento da direção nacional de identificação civil eregisto criminal visa uma maior especialização do trabalhorealizado pela administração pública em matéria de recolha,tratamento, utilização e proteção dos dados individualizadoresda identidade de cada cidadão.

As crescentes exigências de recolha, tratamento e proteçãodos dados necessários para a emissão dos documentos deidentificação civil dos cidadãos, alguns dos quais de carizbiométrico, como é o caso do passaporte eletrónico, cujoregime jurídico foi aprovado mais de um ano após a entrada emvigor do decreto-lei que aprovou a última orgânica do Ministérioda Justiça, exigem a criação de um serviço com elevadacapacidade e especialização técnica, dotado de profissionaiseticamente irrepreensíveis, apto a responder aos riscos eameaças que se colocam, a nível global, aos serviços públicosresponsáveis por este tipo de trabalho.

A última das novidades introduzidas pelo presente decreto-leiem matéria de organização do Ministério da Justiça consistena criação de uma unidade de aprovisionamentodescentralizado que, na dependência direta do Ministro, seráresponsável pela organização e tramitação dos procedimentosde aprovisionamento público que visem satisfazer asnecessidades do ministério neste domínio, bem como a gestão

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Sexta-Feira, 14 de Junho de 2019Série I, N.° 23 A Página 3

dos contratos públicos em que intervenham os órgãos destedepartamento governamental.

Esta alteração orgânica visa acautelar os riscos associados aoaprovisionamento público e à gestão dos contratos públicos,bem como a implementação das recomendações que nestesdomínios foram recentemente produzidas pela Câmara deContas.

No que concerne aos demais serviços do Ministério da Justiça,estabelecidos pelo diploma legal publicado em 2015, o presentedecreto-lei não preconiza alterações significativas quanto aomesmo.

A orgânica do Ministério da Justiça, que pelo presente diplomase aprova, continua a apostar na melhoria da qualidade dosserviços públicos que devem ser assegurados por esteDepartamento Governamental e na otimização e utilizaçãoracional dos recursos que ao mesmo são disponibilizados, comvista à prossecução das importantes atribuições legais quelhe cumpre prosseguir nas áreas do Direito e da Justiça.

Assim, nos termos do n.º 3 do artigo 115.º da Constituição, don.º 1 do artigo 19.º e do n.º 1 do artigo 40.º, ambos do Decreto-Lei n.º 14/2018, de 17 de agosto, para valer como lei, o seguinte:

CAPÍTULO IDISPOSIÇÕES GERAIS

Artigo 1.ºObjeto

O presente diploma tem por objeto a definição da estruturaorgânica do Ministério da Justiça.

Artigo 2.ºDefinição e atribuições

1. O Ministério da Justiça, abreviadamente designado por MJ,é o departamento governamental responsável pelaconceção, execução, coordenação e avaliação da política,definida e aprovada pelo Conselho de Ministros, para aárea da justiça, do direito e dos direitos humanos e dasterras e propriedades.

2. O MJ prossegue as seguintes atribuições:

a) Propor a política e elaborar os projetos de legislação eregulamentação necessários às suas áreas de tutela;

b) Propor medidas sobre a definição dos mecanismos deregulação de justiça tradicional e sua interação com osistema formal, em coordenação com o Ministério daReforma Legislativa e Assuntos Parlamentares;

c) Propor e executar as medidas de alargamento do mapajudiciário, em coordenação com o Ministério da ReformaLegislativa e Assuntos Parlamentares;

d) Propor a definição da política criminal e zelar pela suaimplementação e pela boa administração da justiça;

e) Regular e gerir o Centro de Formação Jurídica e

Judiciária e promover a formação de recursos humanospara as diferentes áreas de atuação do setor da justiça;

f) Promover a coordenação e o diálogo entre todos osatores judiciários, bem como assegurar a participaçãodos mesmos na discussão e elaboração das propostasde legislação e regulamentos do setor judiciário;

g) Regular e gerir o sistema prisional, a execução das penase os serviços de reinserção social;

h) Assegurar mecanismos adequados de acesso ao direitoe aos tribunais, em especial dos cidadãos maisdesfavorecidos, nos domínios da informação jurídica econsulta jurídica e do apoio judiciário, nomeadamenteatravés da Defensoria Pública e outras entidades eestruturas da Justiça;

i) Criar e garantir os mecanismos adequados queassegurem os direitos de cidadania e promover adivulgação das leis e dos regulamentos em vigor;

j) Organizar a cartografia e o cadastro das terras e dosprédios e o registo de bens imóveis;

k) Assegurar, enquanto medida de promoção do acessoao direito pelos cidadãos e em articulação com oMinistério da Reforma Legislativa e AssuntosParlamentares, um serviço especializado de traduçãojurídica responsável pela utilização das línguas oficiaisnas áreas do direito e da justiça;

l) Gerir e fiscalizar o sistema de serviços dos registos enotariado;

m) Administrar e fazer a gestão corrente do patrimónioimobiliário do Estado;

n) Promover e orientar a formação jurídica das carreirasjudiciais e dos restantes funcionário públicos;

o) Assegurar as relações no plano internacional nodomínio da política da Justiça, nomeadamente comoutros governos e organizações internacionais, semprejuízo das competências próprias do Ministério dosNegócios Estrangeiros e da Cooperação;

p) Estabelecer mecanismos de colaboração e decoordenação com outros órgãos do Governo com tutelasobre áreas conexas.

3. Para o desenvolvimento da política definida na alínea j) donúmero anterior, o Ministro da Justiça deve propor epromover a criação de uma comissão interministerial parasupervisionar e monitorizar o cadastro de terras eimplementar um sistema de registo dos bens imóveis.

4. O MJ, no âmbito das suas atribuições, assegura as relaçõesdo Governo com os Tribunais, o Ministério Público, oConselho Superior da Magistratura Judicial, o ConselhoSuperior do Ministério Público, a entidade representativados Advogados, bem como com os demais agentes daárea da justiça e do direito.

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Série I, N.° 23 A Página 4Sexta-Feira, 14 de Junho de 2019

Artigo 3.ºDireção

1. O MJ é superiormente dirigido pelo Ministro da Justiça,que por ele responde perante o Primeiro-Ministro e oConselho de Ministros.

2. O Ministro da Justiça é coadjuvado no exercício das suasfunções pelo Vice-Ministro da Justiça e pelo Secretário deEstado de Terras e Propriedades.

3. O Vice-Ministro da Justiça e o Secretário de Estado deTerras e Propriedades não dispõem de competênciaspróprias, exceto no que se refere aos respetivos gabinetes,e exercem, em cada caso, as competências que neles foremdelegadas pelo Ministro.

CAPÍTULO IIESTRUTURA ORGÂNICA

SEÇÃO I ESTRUTURA GERAL

Artigo 4.°Estrutura Geral

O MJ prossegue as suas atribuições através de órgãos eserviços integrados na administração direta do Estado.

Artigo 5.ºAdministração Direta do Estado

1. Integram a administração direta do Estado, no âmbito doMJ, os seguintes serviços centrais:

a) O Gabinete de Inspeção e Auditoria;

b) A Direção-Geral da Administração e Política da Justiçacomposta pelas seguintes direções nacionais:

i. Direção Nacional de Administração e Finanças;

ii. Direção Nacional de Assessoria Jurídica e Legisla-ção;

iii. Direção Nacional dos Direitos Humanos e Cida-dania;

iv. Direção Nacional dos Serviços Prisionais e de Rein-serção Social;

v. Direção Nacional de Recursos Humanos.

c) A Direção-Geral das Terras e Propriedades compostapelas seguintes direções nacionais:

i. Direção Nacional de Gestão de Terras e Propriedades;

ii. Direção Nacional dos Serviços Cadastrais;

iii. Direção Nacional da Informação Geoespacial.

d) A Direção-Geral dos Serviços dos Registos e Notariadocomposta pelas seguintes direções nacionais:

i. Direção Nacional do Registo e Notariado;

ii. Direção Nacional de Identificação Civil e RegistoCriminal.

e) A Unidade de Aprovisionamento Descentralizado.

2. As Direções Nacionais são dirigidas por um Diretor Nacional,nomeado nos termos do regime de cargos de direcção e dechefia da administração pública e que respondehierarquicamente perante o Diretor-Geral, com competênciasobre a sua área de atuação.

Artigo 6.ºServiços com Autonomia Técnica

Integram também a administração direta do Estado, no âmbitodo MJ, os seguintes serviços com autonomia técnica:

a) O Centro de Formação Jurídica e Judiciária;

b) A Polícia Científica de Investigação Criminal;

c) A Defensoria Pública.

Artigo 7.ºÓrgãos Consultivos

Integram ainda a administração direta do Estado, como órgãosconsultivos do MJ:

a) O Conselho de Coordenação para a Justiça;

b) O Conselho Consultivo do MJ.

Artigo 8.ºArticulação dos Serviços

1. Os serviços do MJ regem-se pelas políticas definidas peloGoverno e pelos objetivos consagrados nos planos deatividades anuais e plurianuais superiormente aprovados.

2. Todos os serviços, enquanto unidades de gestão, partilhamdos objetivos do MJ e colaboram e articulam entre si assuas atividades de modo a garantir procedimentos edecisões equitativas, unitárias e uniformes.

SEÇÃO IISERVIÇOS CENTRAIS DA ADMINISTRAÇÃO DIRETA

DO ESTADO

SUBSEÇÃO IGABINETE DE INSPEÇÃO E AUDITORIA

Artigo 9.ºDefinição e direção

1. O Gabinete de Inspeção e Auditoria, abreviadamente desig-nado GIA, é o serviço central do MJ responsável pelarealização das atividades de auditoria, inspeção efiscalização relativamente a todos os serviços do MJ, deacordo com as orientações do Ministro da Justiça.

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Sexta-Feira, 14 de Junho de 2019Série I, N.° 23 A Página 5

2. O GIA é dirigido por um Inspetor, nomeado nos termos doregime dos cargos de direção e chefia da administraçãopública e diretamente subordinado ao Ministro.

3. O Inspetor é coadjuvado por um Subinspector, nomeadonos termos do regime dos cargos de direção e de chefia daadministração pública e diretamente subordinado aoInspetor.

4. Para efeitos remuneratórios, o cargo de Inspetor é equiparadoao cargo de Diretor-Geral e o cargo de Subinspetor ao cargode Diretor Nacional.

Artigo 10.ºCompetências

Compete ao GIA:

a) Avaliar as atividades de gestão administrativa, financeirae patrimonial de todos os serviços do MJ, nos termos dalei em vigor;

b) Propor a instauração de processos disciplinares e acompa-nhar a sua tramitação sem prejuízo da competência daComissão da Função Pública e de outros órgãos;

c) Realizar inspeções, averiguações, inquéritos e auditorias,sem prejuízo das competências próprias da Inspeção-Geraldo Estado e de outros órgãos;

d) Realizar inspeções com vista a avaliar o cumprimento dasnormas legais e regulamentares e das instruçõesgovernamentais aplicáveis à atividade dos serviços eestruturas do MJ;

e) Propor a instauração e instruir processos de inquérito e deaveriguações que forem determinados pelo Ministro daJustiça e assegurar a realização de outras ações inspetivasou de auditoria que lhe sejam atribuídas por lei ou poraquele determinadas;

f) Apreciar queixas, reclamações, denúncias, participações erealizar ações inspetivas determinadas pelo Ministro daJustiça, na sequência de indícios apurados ou desolicitações de outras entidades do Estado que lhe sejamapresentadas por eventuais violações da legalidade ou porsuspeitas de irregularidade ou deficiência no funciona-mento dos órgãos, serviços ou organismos do MJ;

g) Apresentar propostas de medidas legislativas ou regula-mentares que na sequência da sua atuação se afigurempertinentes, bem como propor a adoção de medidastendentes a assegurar ou restabelecer a legalidade dosatos praticados pelos serviços e organismos do MJ;

h) Participar aos órgãos competentes para a investigaçãocriminal os factos com relevância jurídico-criminal ecolaborar com aqueles órgãos na obtenção dedocumentos;

i) Exercer as demais competências que lhe sejam atribuídaspor lei ou regulamento ou que nele sejam delegadas.

SUBSEÇÃO IIDIREÇÕES-GERAIS E DIREÇÕES NACIONAIS

Artigo 11.o

Competências Comuns das Direção-Gerais

As Direções-Gerais, no âmbito da sua área de intervenção,exercem as seguintes competências comuns:

a) Garantir a execução das políticas e dos programas da justiçaem conformidade com as orientações e instruçõessuperiores;

b) Elaborar as propostas para o plano estratégico, plano eorçamento anual, assegurando a eficiência dos serviçosdo ministério e a implementação da legislação eregulamentação relevantes;

c) Promover uma política de qualidade dos serviços do MJ,fomentando a sua inovação, modernização e eficiência, bemcomo a aplicação de políticas de organização para aAdministração Pública, coordenando e orientando osserviços do MJ na respetiva implementação;

d) Cumprir e fazer cumprir a legislação aplicável à funçãopública, informando o Ministro da Justiça sobre quaisquereventuais irregularidades;

e) Executar as competências próprias atribuídas pelo presentediploma bem como quaisquer outras que lhes sejamatribuídas por lei, regulamento ou que nas mesmas sejamdelegadas.

Artigo 12.o

Direção-Geral da Administração e Política da Justiça

1. A Direção-Geral da Administração e Política da Justiça,abreviadamente designada por DGAPJ, é o serviço centraldo MJ responsável por assegurar a orientação geral ecoordenação de todos os serviços da administração,finanças e logística, bem como assegurar a execução dapolítica no domínio da justiça, do direito, dos direitoshumanos, da produção legislativa, do acesso à justiça, darelação externa e dos serviços prisionais e de reinserçãosocial.

2. Compete à DGAPJ :

a) Promover uma política de qualidade dos serviços doMJ, fomentando a sua inovação, modernização eeficiência, bem como a aplicação de políticas de organi-zação para a Administração Pública, coordenando eorientando os serviços do MJ na respetivaimplementação;

b) Apoiar os membros do Governo responsáveis pela áreada justiça na conceção, planeamento, monitorização eimplementação das políticas e prioridades do MJ;

c) Acompanhar e avaliar a execução do Plano Estratégicodo Setor da Justiça 2011-2030;

d) Assegurar a elaboração do plano de ação anual do MJe dos respetivos relatórios de execução;

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Série I, N.° 23 A Página 6Sexta-Feira, 14 de Junho de 2019

e) Conceber, preparar, analisar e apoiar tecnicamente aexecução de iniciativas, medidas legislativas, políticase programas no âmbito do MJ;

f) Coordenar e supervisionar as atividades relacionadascom a elaboração do plano orçamental e dos respetivosrelatórios financeiros, de atividades de prestação decontas, procedendo ao acompanhamento e avaliaçãoda sua execução, em articulação com as Direções-Geraise os demais serviços e organismos do MJ;

g) Orientar e garantir o bom funcionamento e a eficiênciados serviços do planeamento, finanças, logística,administração, recursos humanos, tecnologias deinformação e comunicação e os serviços protocolaresdo MJ;

h) Zelar pela eficácia, articulação e cooperação entre osórgãos e os serviços do MJ e demais instituições noâmbito da Justiça e do Direito;

i) Coordenar e harmonizar a execução dos planos anuaise dos planos plurianuais e dos respetivos mecanismosde implementação;

j) Emitir parecer em matéria de recursos humanos,designadamente sobre a criação ou alteração de mapasde pessoal, a promoção, substituição e exoneração depessoal e de cargos de direção e de chefia, regime deavaliação e regime disciplinar, em articulação com aComissão da Função Pública;

k) Promover a formação e o desenvolvimento técnico eprofissional dos funcionários do MJ;

l) Promover a boa imagem institucional através dacoordenação das atividades e eventos do MJ;

m) Assegurar e acompanhar a divulgação de informaçãopara o público, imprensa e outras entidades;

n) Acompanhar a implementação do serviço de reinserçãosocial e o processo de concessão de indulto aosreclusos;

o) Coordenar, monitorizar e avaliar a implementação dosprotocolos, contratos de projetos e outros acordos comentidades públicas e privadas, nacionais einternacionais, no âmbito das atribuições do MJ;

p) Coordenar a elaboração dos relatórios decorrentes dostratados internacionais de que a República Democráticade Timor-Leste seja parte em matéria de direitoshumanos;

q) Assegurar a implementação dos programas decooperação bilateral, de assistência técnicainternacional e de apoio à formação no exterior, noâmbito do MJ;

r) Propor ao Conselho de Coordenação para a Justiça ummecanismo de alinhamento e de coordenação entre os

diferentes parceiros no setor da justiça e fornecerinformação financeira fiável sobre os custos deimplementação dos projetos incluindo o apoiofinanceiro dos doadores;

s) Acompanhar, em coordenação com o MNEC, arepresentação do Estado na negociação deconvenções, acordos e tratados internacionais, bemcomo em comissões, reuniões, conferências ouorganizações similares, em matéria de justiça;

t) Apoiar as reuniões do Conselho Consultivo do MJ;

u) Prestar apoio ao Conselho de Coordenação para aJustiça;

v) Prestar informação relevante aos serviços competentespara efeitos de elaboração dos respetivos planos deação anual e de médio prazo e propostas de orçamento.

Artigo 13.ºDireção Nacional de Administração e Finanças

1. A Direção Nacional de Administração e Finanças,abreviadamente designada por DNAF, é o serviço daDGAPJ responsável pelo orçamento, logística e gestão dopatrimónio dos serviços do MJ.

2. Compete à DNAF:

a) Elaborar o projeto de orçamento anual do MJ e osprojetos de orçamento de cada serviço, de acordo coma política do Ministro da Justiça, sob a orientação doDiretor-Geral da DGAPJ;

b) Preparar a execução dos planos anuais e planosplurianuais do MJ;

c) Gerir os recursos financeiros do Estado afetos aosserviços do MJ e zelar pela eficiência da sua execuçãoorçamental;

d) Garantir o inventário, a administração, a manutenção ea preservação do património do Estado afeto ao serviçodo MJ;

e) Elaborar o plano de ação anual do MJ, assim como osrespetivos relatórios de execução em colaboração comos restantes órgãos e serviços do ministério;

f) Desenvolver as estratégias para o aperfeiçoamento dosrecursos informáticos dos serviços do MJ e outrosserviços do setor da Justiça, sem prejuízo dasatribuições da Agência de Tecnologias de Informaçãoe Comunicação I.P. – TIC Timor;

g) Implementar e administrar os sistemas informáticos degestão do MJ;

h) Assegurar a manutenção e segurança de todos osequipamentos do MJ;

i) Assegurar a vigilância das instalações em que se

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encontrem instalados os órgãos ou serviços do MJ,sem prejuízo das atribuições do Ministério do Interior;

j) Colaborar, no âmbito da sua competência, com osrestantes agentes dos serviços da Justiça.

Artigo 14.ºDireção Nacional de Assessoria Jurídica e Legislação

1. A Direção Nacional de Assessoria Jurídica e Legislação,abreviadamente designada por DNAJL, é o serviço daDGAPJ responsável pelo apoio jurídico ao Ministério daJustiça bem como pela realização de estudos de naturezajurídica e pela elaboração de pareceres, projetos e atosnormativos.

2. Compete à DNAJL:

a) Elaborar os projetos legislativos relevantes para asáreas do direito e da justiça;

b) Estudar, dar parecer e prestar as necessáriasinformações técnico-jurídicas sobre os projetoslegislativos, normativos ou outros documentosjurídicos que lhe sejam submetidos e que sejam dacompetência do MJ;

c) Proceder à investigação jurídica, realizar estudos dedireito comparado e acompanhar as inovações e asnecessidades de reforma legislativa;

d) Proceder ao acompanhamento e avaliação das políticaslegislativas nas áreas da justiça e do direito,nomeadamente no que se refere ao enquadramentosocial e económico;

e) Assegurar a harmonização sistemática e material dosatos normativos no âmbito da competência do MJ;

f) Gerir e manter atualizado um arquivo relativo a todosos processos legislativos e regulamentares produzidosno MJ;

g) Assegurar o serviço de tradução e interpretação jurídicapara o exercício das competências do MJ, nomeada-mente com vista a garantir a publicação bilingue dosatos normativos, bem como o desenvolvimento dovocabulário e do tétum jurídico;

h) Publicar os atos normativos no sítio do MJ emcolaboração com o Departamento de Informação eTecnologia;

i) Gerir e manter atualizado um centro de documentaçãojurídica;

j) Promover a discussão pública, a divulgação e asatividades necessárias à implementação da legislaçãoproduzida pelo MJ em articulação com a DireçãoNacional dos Direitos Humanos e Cidadania;

k) Colaborar com as entidades públicas e privadas,nacionais e estrangeiras, da área da Justiça e do Direito.

Artigo 15.ºDireção Nacional dos Direitos Humanos e Cidadania

1. A Direção Nacional dos Direitos Humanos e Cidadania,abreviadamente designada por DNDHC, é o serviço daDGAPJ responsável pela monitorização da aplicação e documprimento dos direitos humanos, pela divulgação dalegislação produzida nesta área pelo MJ e peloesclarecimento público dos direitos e deveres dos cidadãos.

2. Compete à DNDHC :

a) Promover políticas de divulgação dos direitos humanose dos direitos e deveres cívicos dos cidadãos;

b) Promover o respeito pelos tratados e outrosinstrumentos internacionais que em matéria de direitoshumanos vinculem a República Democrática de Timor-Leste;

c) Elaborar e executar o Plano de Ação Nacional para osdireitos humanos;

d) Colaborar com as entidades públicas e privadas,nacionais e estrangeiras, da área da justiça e dos direitoshumanos;

e) Monitorizar a implementação, o desenvolvimento e oprogresso dos direitos humanos;

f) Dar parecer sobre medidas legislativas e políticas doGoverno, em matéria de direitos humanos;

g) Elaborar os relatórios decorrentes dos tratadosinternacionais de que a República Democrática deTimor-Leste seja Estado-Parte, em matéria de direitoshumanos;

h) Propor ao Ministro da Justiça que sejam apresentadosos relatórios referidos na alínea g) para aprovação doConselho de Ministros;

i) Em coordenação com a DNAJL, promover as atividadesnecessárias à divulgação e à implementação dalegislação produzida pelo MJ;

j) Publicar e divulgar as atividades e os programas do MJatravés dos meios de comunicação social.

Artigo 16.ºDireção Nacional dos Serviços Prisionais e de

Reinserção Social

1. A Direção Nacional dos Serviços Prisionais e de ReinserçãoSocial, abreviadamente designada por DNSPRS, é o serviçoda DGAPJ responsável por assegurar a definição, gestão esegurança do sistema prisional e do serviço de reinserçãosocial.

2. Compete à DNSPRS:

a) Garantir a organização e o funcionamento dos serviços

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prisionais e de reinserção social, de modo a assegurara gestão e a segurança dos estabelecimentos prisionais,dos centros de saúde mental e dos centros juvenis queintegram o sistema prisional para aplicação de medidasde segurança;

b) Dirigir, organizar e orientar o funcionamento dosserviços prisionais de execução de penas e medidasprivativas da liberdade nos estabelecimentos prisionaise nos centros juvenis;

c) Dirigir, organizar e orientar o funcionamento dosserviços prisionais de execução de penas e medidasalternativas e não privativas da liberdade;

d) Dirigir, organizar e orientar o funcionamento dosserviços prisionais de execução de penas, bem como aprestação de cuidados de saúde física e mental aosreclusos, em especial aos reclusos inimputáveiscondenados em medida de segurança de internamento;

e) Organizar com instituições relevantes a formaçãoeducacional e profissional dos reclusos e, em especial,dos jovens reclusos;

f) Fomentar o desenvolvimento de atividades económicasprodutivas e o trabalho dos reclusos nos estabeleci-mentos prisionais, nos centros de saúde mental e noscentros juvenis que integram o sistema prisional paraaplicação de medidas de segurança;

g) Elaborar, organizar e executar programas direcionadospara a individualização da pena, redução devulnerabilidades e para a reinserção social dos reclusosno sistema prisional;

h) Promover a dignificação e a humanização das condiçõesde vida nos estabelecimentos prisionais, nos centrosde saúde mental e nos centros juvenis que integram osistema prisional;

i) Promover, desenvolver e coordenar os programas deacompanhamento adequados ao perfil criminológico epsicológico dos reclusos e às necessidades da suareinserção social;

j) Elaborar, executar e avaliar os planos individuais deacompanhamento e de reinserção social dos reclusosno âmbito do sistema prisional;

k) Promover a reinserção social dos reclusos, dos jovensreclusos e dos inimputáveis, assegurando a ligaçãocom o respetivo meio familiar, social e profissional;

l) Auxiliar a preparação de licenças de saída, de liberdadecondicional e de liberdade para prova, bem como oacompanhamento dos condenados durante a respetivaexecução, promovendo a sua reinserção social atravésde mecanismos de natureza social, educativa e laboral;

m) Prestar assessoria técnica aos tribunais, nomeadamenteelaborando relatórios e planos individuais relativos aoindulto, comutação da pena e liberdade condicional;

n) Promover o acompanhamento da execução de penas emedidas não privativas da liberdade, aplicadas nacomunidade, nomeadamente a pena de trabalho a favorda comunidade e a pena de prisão cuja execução hajasido suspensa;

o) Organizar e manter atualizados os processosindividuais e os ficheiros relativos aos presoscondenados, preventivos e aos inimputáveis sujeitosa medidas de segurança;

p) Efetuar a distribuição dos reclusos pelos estabeleci-mentos prisionais, centros juvenis e centros de saúdemental que integram o sistema prisional para aplicaçãode medidas de segurança;

q) Elaborar os planos de segurança geral e específico dasinstalações prisionais, dos centros juvenis e doscentros de saúde mental que integram o sistemaprisional para aplicação de medidas de segurança e demodo a assegurar a sua execução;

r) Colaborar na monitorização e avaliação das políticaspúblicas para o sistema prisional e de reinserção social;

s) Realizar pesquisas sobre o sistema prisional e acriminalidade no país no sentido de promover uma maiorqualidade dos serviços prisionais e contribuir cominformações para as políticas públicas de redução devulnerabilidades sociais;

t) Programar as necessidades das instalações eequipamentos prisionais dos centros juvenis e doscentros de saúde mental que integram o sistemaprisional para aplicação de medidas de segurança;

u) Coordenar e orientar a formação profissional dosguardas prisionais, dos técnicos de reinserção social edo quadro administrativo do sistema prisional;

v) Colaborar, no âmbito da sua competência, com osrestantes agentes dos serviços da Justiça e outrasentidades relevantes.

Artigo 17.ºDireção Nacional de Recursos Humanos

1. A Direção Nacional de Recursos Humanos, abreviadamentedesignada por DNRH, é o serviço da DGAPJ responsávelpela gestão dos recursos humanos, serviços protocolares,relações públicas na área do MJ.

2. Compete à DNRH:

a) Recolher e preparar informação para o Diretor-Geral daDGAPJ em matéria de recursos humanos, designada-mente a criação ou alteração do mapa de pessoal, apromoção, substituição e exoneração de pessoal e decargos de direção e de chefia, regime de avaliação eregime disciplinar;

b) Organizar o processo de planeamento, seleção e

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execução das políticas e estratégias de gestão derecursos humanos do MJ, cooperando com asentidades relevantes, nos termos da lei;

c) Elaborar e preparar o mapa de pessoal do MJ;

d) Promover e desenvolver a estratégia necessária para aformação e o desenvolvimento técnico e profissionaldos funcionários do MJ;

e) Propor as bases gerais da política de recrutamento eseleção, transferência, permuta, requisição oudestacamento para os serviços do MJ, fazendopropostas sobre o mapa de pessoal, as carreiras e asremunerações, em coordenação com os serviçosrespetivos;

f) Manter e preparar processos individuais de cadafuncionário, bem como os respetivos registos depresença, pontualidade, licenças, faltas e registodisciplinar;

g) Coordenar, em articulação com a Comissão da FunçãoPública, as operações de recrutamento e seleção dosrecursos humanos do MJ;

h) Organizar e manter um sistema de registo digitalizadodos ficheiros biográficos dos funcionários do MJ, emparceria com a Comissão da Função Pública;

i) Assegurar a conservação da documentação e doarquivo do MJ, em suporte físico e digital;

j) Propor no âmbito das suas atribuições, medidas decapacitação institucional de funcionários do MJ;

k) Implementar os serviços protocolares e de relaçõespúblicas do MJ;

l) Assegurar os serviços de receção dos visitantes noedifício principal do MJ.

Artigo 18.o

Direção-Geral das Terras e Propriedades

1. A Direção-Geral das Terras e Propriedades, abreviadamentedesignada por DGTP, é o serviço central do MJ responsávelpor executar, coordenar e avaliar a política definida eaprovada para as áreas de Terras, Propriedades eInformação Geoespacial, assegurar a administração egestão de bens imóveis do domínio público e domínioprivado do Estado, propriedades privadas para o efeito deatribuição e registo de títulos de propriedade, criação deum sistema de informação de uso de bens imóveis do Estadoe informação geoespacial do cadastro nacional depropriedade, geodesia, delimitação administrativa einfraestrutura nacional de dados espaciais.

2. Compete à DGTP:

a) Garantir a preservação do património do Estado;

b) Garantir a inventariação e manutenção dos bens eserviços afetos à DGTP;

c) Manter o sistema de arquivo, dados estatísticos esistema informático atualizado sobre os benspatrimoniais afetos à DGTP;

d) Coordenar e acompanhar a elaboração do plano de açãoanual da DGTP e dos respetivos relatórios em conjuntocom as Direções Nacionais subordinadas e outrasDireções-Gerais do MJ;

e) Efetuar e organizar o estudo através de pesquisas epropor projetos legislativos e atos normativos, nas áreasde terras e propriedades, cadastro e informaçãogeoespacial, em colaboração com a DNAJL;

f) Apresentar o relatório anual das suas atividades;

g) Promover a informação e acionar os procedimentosadministrativos que permitam solucionar os conflitosde posse e propriedade de bens imóveis;

h) Apoiar os departamentos governamentais na gestãodos bens imóveis do domínio público e do domínioprivado do Estado;

i) Promover as medidas necessárias, nos termos da lei,para iniciar os processos de recuperação do patrimónioimobiliário do Estado;

j) Colaborar com as entidades judiciais e instituiçõesrelevantes na resolução dos litígios de posse e depropriedade dos bens imóveis em disputa;

k) Administrar os bens imóveis que, nos termos da lei seconsiderem abandonados, perdidos ou revertidos afavor do Estado;

l) Estabelecer o sistema e efetuar o levantamentocadastral sistemático e esporádico;

m) Produzir o boletim de informações cadastrais e fornecerao público, através do sistema geral de atendimentocadastral;

n) Propor a política e elaborar os projetos de atosnormativos nas áreas de Terras, Propriedades eInformação Geoespacial;

o) Fortificar o serviço da Gestão de InformaçãoGeoespacial Nacional, para uma gestão efetiva e eficazda regulamentação cartográfica aplicável a todas asinstituições do Estado;

p) Proceder ao estabelecimento e à densificação da redegeodesica nacional e prestar apoio técnico nasatividades de definição da linha de fronteira e limitesadministrativos, bem como garantir a gestão dasinfraestruturas e dos dados espaciais nacionais.

Artigo 19.ºDireção Nacional de Terras e Propriedades

1. A Direção Nacional de Terras e Propriedades, abreviada-

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mente designada por DNTP, é o serviço da DGTPresponsável pela gestão do património imobiliário doEstado, dos bens imóveis abandonados revertidos para oEstado e pelo registo e atribuição de títulos de propriedaderelativamente a imóveis privados.

2. Compete à DNTP :

a) Proceder ao averbamento do titular do direito depropriedade;

b) Garantir a legitimidade e a idoneidade dos atos de registoe de averbamento das terras, propriedades e demaisbens imóveis;

c) Elaborar e emitir certificados dos títulos de propriedadeprevistos na lei;

d) Elaborar e fornecer ao público as informações e divulgaras leis vigentes sobre os bens imóveis, assim como oscertificados que atestam as informações contidas nabase de dados sobre bens imóveis;

e) Estabelecer um sistema de concessão para períodos decarência ou de ajustamento do valor da renda paracontratos de arrendamento e submetê-las ao Ministroda Justiça;

f) Elaborar informações relevantes para a Comissão deTerras e Propriedades e dar parecer ao Diretor-Geraldas Terras e Propriedades sobre as questões dedisputas, atribuições e registo predial;

g) Promover a mediação entre as partes em conflito sobrebens imóveis;

h) Criar e manter um sistema de informação atualizadosobre a atribuição do título de propriedade de bensimóveis;

i) Prestar atendimento ao público de acordo com asreclamações apresentadas;

j) Elaborar os relatórios periódicos relativamente àsdisputas de bens imóveis submetidos à Comissão deTerras e Propriedades;

k) Exercer a supervisão das atividades de mediação dasDireções Municipais e da Direção Regional;

l) Elaborar, manter e atualizar, em coordenação com asDireções Municipais e a Direção Regional, uma basede dados nacionais que proceda à catalogação de todasas propriedades do Estado;

m) Elaborar os relatórios técnicos sobre as propriedadesdo Estado que sejam objeto de arrendamento;

n) Promover a regularização e realizar o arrendamento debens imóveis do Estado, nos termos da lei;

o) Manter um arquivo sistemático e atualizado que

contenha os dados dos contratos de arrendamento einformações adicionais de bens imóveis do Estado;

p) Proceder à adjudicação de arrendamentos, nos termosda legislação em vigor;

q) Promover a regularização da situação dos cidadãosnacionais que ocupam ilegalmente bens imóveis doEstado, através da celebração de contratos dearrendamento de acordo com a lei;

r) Implementar um sistema de controlo do pagamento dasrendas provenientes dos contratos de arrendamentode bens imóveis do Estado;

s) Supervisionar a cobrança das rendas e das multas sobreas rendas, nos termos da lei;

t) Instruir os processos de atribuição dos primeiros títulosde propriedade de bens imóveis;

u) Executar a ordem de despejo administrativo aosocupantes ilegais de bens imóveis do Estado e elaborarum relatório sobre cada caso nos termos da lei;

v) Informar a DGTP sobre quaisquer intervenções ouconsequências judiciais relativas aos procedimentosde despejo administrativo.

Artigo 20.ºDireção Nacional dos Serviços Cadastrais

1. A Direção Nacional dos Serviços Cadastrais, abreviada-mente designada por DNSC, é o serviço da DGTPresponsável pela criação do Sistema Nacional de Cadastro,pelo estabelecimento de normas de especificação cadastral,manutenção de pontos de referência cadastral eimplementação do Sistema de Informação de Terras (SIT).

2. Compete à DNSC:

a) Criar e gerir o Sistema Nacional do Cadastro depropriedades e informação sobre bens imóveis;

b) Proceder a levantamentos cadastrais;

c) Estabelecer normas e especificações técnicas no âmbitodo cadastro;

d) Criar, atualizar e manter o cadastro de imóveis eadministrar os pontos de referência cadastral dentrodo território nacional para fins de criação do mapa basecadastral;

e) Controlar e certificar a atividade dos cartógrafos;

f) Produzir o boletim de informações cadastrais e fornecercópias ao público através do sistema geral deatendimento dos serviços cadastrais;

g) Certificar a localização geográfica e a configuraçãogeométrica das plantas cadastrais;

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h) Elaborar, atualizar e estabelecer as tabelas técnicas deavaliação do valor das rendas dos terrenos e edifíciosdo Estado;

i) Efetuar a avaliação patrimonial dos terrenos e edifíciosem todo o território nacional;

j) Verificar os dados técnico-jurídicos obtidos por outrasentidades no levantamento cadastral.

Artigo 21.ºDireção Nacional da Informação Geoespacial

1. A Direção Nacional da Informação Geoespacial, abrevia-damente designada por DNIG, é o serviço da DGTPresponsável pelas infraestruturas de posicionamento darede geodésica nacional e sistemas de referênciaplanimétricos e altimétricos, pela demarcação administrativado território e pela identificação das finalidades do usoefectivo do solo, pelo sistema de informação geográfica,de regulamentação e gestão de dados espaciais.

2. Compete à DNIG:

a) Estabelecer o sistema de projeção de datum nacionaise o sistema de projeção de mapas;

b) Criar e estabelecer o Sistema Nacional de RedeGeodésica, incluindo a conservação e manutenção dosmarcos geodésicos e delimitação administrativa;

c) Proceder ao levantamento de nivelamento e gravimetria;

d) Propor tecnicamente o estabelecimento da definiçãode limites administrativos e de demarcação dasfronteiras;

e) Assegurar a conservação e manutenção dos marcosinstalados nas linhas de fronteira e limitesadministrativos e marcos geodésicos instalados;

f) Proceder ao levantamento técnico e monitorização davariação de uso do solo, de forma a determinar a classifi-cação e a localização de cada terreno em específico;

g) Publicar livros geográficos como resultado dolevantamento efetuado;

h) Produzir, processar e assegurar a conservação e oarmazenamento de arquivos, bem como a base de dadosgeográficos na área da sua competência, e disponibilizaraos utentes as informações geográficas através de umSistema de Informação Geográfico Nacional integrado;

i) Organizar as séries cartográficas nacionais, elaborar asnormas técnicas de produção cartográfica eacompanhar os trabalhos de produção cartográfica demapas topográficos;

j) Certificar os profissionais habilitados a desenvolveras atividades de cartografia nacional, incluindo asentidades que atuem nesse âmbito;

k) Adquirir e processar as fotografias aéreas e mapas deorto foto;

l) Adquirir imagens satélite e processá-las para fins decartografia;

m) Coordenar com a DGTP e as demais instituiçõespúblicas ou privadas, na obtenção de dados relevantespara a informação geográfica.

Artigo 22.ºDireção-Geral dos Serviços de Registos e Notariado

1. A Direção-Geral dos Serviço de Registos e Notariado,abreviadamente designada por DGSRN, é o serviço centraldo MJ responsável por executar e coordenar a políticadefinida e aprovada pelo MJ em matéria de registos,notariado, identificação civil e registo criminal.

2. Compete à DGSRN:

a) Coordenar os estudos, propor as medidas, os projetoslegislativos e definir as normas e técnicas de atuaçãoadequadas à realização dos seus objetivos que para amesma sejam estabelecidos nos instrumentos deplaneamento estratégico e operacional;

b) Contribuir para a integração e coordenação dasinstituições dela dependentes, tendo em vista amelhoria da eficácia dos serviços de registos e donotariado, propondo as medidas técnicas e organizacio-nais que se revelem adequadas e garantindo o seucumprimento;

c) Promover e criar as condições para que a prestação deserviços seja eficaz, eficiente, célere e credível, de modoa garantir a segurança jurídica e o acesso de todos oscidadãos a este serviço;

d) Promover as ações necessárias relativas ao aproveita-mento e desenvolvimento dos recursos patrimoniais efinanceiros afetos aos serviços centrais e municipais;

e) Promover a cooperação com os órgãos do Governo eas instituições não governamentais para melhorexecução das suas tarefas;

f) Cooperar com entidades congéneres e afins, públicasou privadas, nacionais ou estrangeiras, bem comoassegurar a representação do Estado em organizaçõesinternacionais no âmbito das suas competências;

g) Promover uma política de qualidade dos serviços daDGSRN, fomentar a sua inovação, modernização eeficiência, bem como a aplicação de políticas deorganização adequadas, e orientar os serviços narespetiva implementação;

h) Coordenar e acompanhar a elaboração do plano de açãoanual da DGSRN e os respetivos relatórios;

i) Assegurar as formações técnico-informáticas para a

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sustentabilidade do sistema de trabalho informatizadoem relação aos sistemas de gestão interna do ministérioque se encontrem, ou venham a ser, estabelecidos;

j) Prosseguir a melhoria da eficácia dos serviços dosregistos e do notariado, propondo as medidas técnicase organizacionais que se revelem adequadas, garantidoo seu cumprimento quando adotadas;

k) Promover a organização de um sistema de arquivoadequado, moderno e informatizado em relação aosdocumentos e outros objetos de valor histórico eeducacional.

Artigo 23.ºDireção Nacional dos Registos e Notariado

1. A Direção Nacional dos Registos e Notariado, abreviada-mente designada por DNRN, é o serviço da DGSRNresponsável pela execução das políticas relativas aosregistos e notariado.

2. Compete à DNRN:

a) Apoiar o processo de formulação e concretização daspolíticas relativas aos registos e notariado eacompanhar a execução das medidas dela decorrentes;

b) Organizar e realizar estudos, propor medidas, projetoslegislativos e definir as normas e técnicas de atuaçãoadequadas à realização dos seus objetivos soborientação do superior hierárquico;

c) Responder às consultas formuladas pelos serviçosmunicipais e por outras entidades públicas relativa-mente à interpretação e aplicação da legislaçãorespeitante aos serviços e à sua atividade;

d) Propor as ações de formação dos recursos humanosafetos aos serviços centrais ou municipais da DNRN,bem como assegurar a sua realização;

e) Incentivar constantemente as ações necessáriasrelativas ao aproveitamento e desenvolvimento dosrecursos patrimoniais e financeiros afetos aos serviçoscentrais e desconcentrados da DNRN;

f) Promover a recolha, o tratamento e a divulgação dadocumentação necessária e da informação técnico-jurídica relevante para os serviços dos registos e donotariado;

g) Promover a formação contínua dos conservadores enotários existentes tendo em vista a melhoria dacapacidade técnica, administrativa e judicial dosmesmos;

h) Propor a abertura dos serviços de registo de bensmóveis;

i) Cooperar com o Serviço de Registo e VerificaçãoEmpresarial em atividades relacionadas com o registocomercial;

j) Promover a implementação do Regime de Emolumentosdos Registos e do Notariado;

k) Colaborar, no âmbito da sua competência, com entida-des públicas e privadas, nacionais ou estrangeiras.

Artigo 24.ºDireção Nacional de Identificação Civil e Registo

Criminal

1. A Direção Nacional de Identificação Civil e Registo Criminal,abreviadamente designada por DNICRC, é o serviço daDGSRN responsável por recolher, tratar e conservar osdados pessoais e individualizadores de cada cidadão como fim de estabelecer a sua identidade civil e criminal.

2. Compete à DNICRC:

a) Recolher, tratar e conservar os extratos das decisões edas comunicações dos fatos sujeitos a registo criminal,provenientes de tribunais timorenses e estrangeiros,que se reportem a cidadãos timorenses;

b) Arquivar as impressões digitais das pessoas singularescondenadas e remetidas a DNICRC pelos tribunaistimorenses, pela ordem da respetiva fórmula, paraefeitos de organização do ficheiro dactiloscópico;

c) Emitir os certificados de registo criminal requisitadospelos particulares ou pelas autoridades públicas, nostermos da lei, bem como fornecer as informações quepelos mesmos sejam solicitadas;

d) Emitir bilhetes de identidade aos cidadãos nacionais;

e) Prestar apoio aos serviços municipais e à direçãoregional dos registos e notariado no exercício das suascompetências em matéria de identificação civil e registocriminal;

f) Responder às consultas formuladas pelos serviçoscentrais e por outras entidades públicas relativamenteà interpretação e aplicação da legislação respeitanteaos serviços e à sua atividade;

g) Recolher, tratar e conservar os dados pessoais eindividualizadores de cada cidadão, a fim de emitir títulosde viagens únicos, passaportes e passes de fronteira;

h) Organizar e manter atualizado o ficheiro central depassaporte, títulos de viagem única e passes defronteira;

i) Assegurar, proteger e garantir a conservação e aconfidencialidade de todos os documentos emitidosou a emitir;

j) Garantir a conservação e a segurança dos equipamentosnecessários à emissão de passaportes, títulos de viagemúnica e passes de fronteira e do respetivo sistema defuncionamento;

k) Desenvolver e modernizar o sistema de PassaporteElectrónico de Timor-Leste;

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Sexta-Feira, 14 de Junho de 2019Série I, N.° 23 A Página 13

l) Garantir a formação dos funcionários especializadosnas áreas de identificação civil e criminal e sistema depassaporte electrónico;

m) Promover a implementação do Regime de Emolumentosdos Registos e do Notariado;

n) Colaborar, no âmbito da sua competência, comentidades públicas e privadas, nacionais e estrangeiras.

Artigo 25.ºUnidade de Aprovisionamento Descentralizado

1. A Unidade de Aprovisionamento Descentralizado, abrevia-damente designada por UAD, é o serviço central do MJresponsável pela realização dos procedimentos deaprovisionamento e de gestão dos contratos públicos emque intervenham os órgãos do ministério.

2. Compete à UAD:

a) Participar na gestão dos ativos, estudar as necessidadesde aquisição de bens e serviços e providenciar a suasatisfação de acordo com o orçamento, o plano anualde atividades e o plano de aprovisionamento do MJ;

b) Elaborar e submeter à aprovação superior a propostado plano de aprovisionamento e respetivos relatóriosde progressos;

c) Gerir e assegurar a tramitação dos processosadministrativos de aquisição de bens ou de serviçospara o MJ, em conformidade com as normas jurídicasem vigor para os procedimentos de aprovisionamento;

d) Avaliar a necessidade de aquisição de bens ou deserviços para o MJ e as estimativas de custos detalhadaspara as mesmas;

e) Garantir a execução e o cumprimento dos contratospúblicos de aquisição de bens e serviços ou deexecução de obras para o MJ, e propor a atualizaçãodos respetivos termos ou a eventual renovação dosmesmos;

f) Cooperar na padronização do equipamento, materiais eserviços do MJ;

g) Estudar, propor e executar as medidas necessárias aodesenvolvimento da política do MJ em matéria deedificações e infraestruturas necessárias para ainstalação dos órgãos ou serviços do MJ ou de serviçosque atuam na área da justiça, coordenando com outrosórgãos ou organismos do Estado quando tal se revelarnecessário;

h) Acompanhar e supervisionar as atividades relacionadascom os projetos de construção de edificações e demaisinfraestruturas do MJ, coordenando com os serviços eas entidades relevantes, sempre que necessário;

i) Manter atualizado um arquivo de todos os processos

de aprovisionamento do MJ, garantindo a conservaçãodos documentos pelo período mínimo de sete anos;

j) Gerir e manter atualizado um ficheiro de fornecedoresdo MJ.

3. A UAD é dirigida por um Chefe de Unidade de Aprovisio-namento, equiparado a Diretor Nacional para efeitos deremuneração, nomeado nos termos do regime de cargos dedireção e de chefia da administração pública e diretamentesubordinado ao Ministro.

4. As unidades orgânicas do MJ que requeiram a abertura deprocedimentos de aprovisionamento fazem-se representarjunto da UAD durante a tramitação e até à conclusão dosmesmos.

SEÇÃO IIISERVIÇOS COM AUTONOMIA TÉCNICA

Artigo 26.ºCentro de Formação Jurídica e Judiciária

1. O Centro de Formação Jurídica e Judiciária, abreviadamentedesignado por CFJJ, é o serviço do MJ responsável porassegurar a formação, investigação e realização de estudosnas áreas da justiça e do direito, tendo em vista não apenasa capacitação dos serviços do setor da justiça, mas tambémo seu desenvolvimento a longo prazo com base nosprincípios e valores constitucionais, promovendo eintegrando a participação da sociedade civil.

2. Mediante solicitação da entidade representativa dosadvogados, o CFJJ pode realizar ações formativasdestinadas a advogados ou a advogados estagiários.

3. O CFJJ pode ainda promover e desenvolver, direta ouindiretamente, atividades de estudo, investigaçãocientífica, organização de seminários e conferências,produção de publicações científicas, fomentar parceriascom diferentes entidades nacionais ou internacionais, nasáreas da justiça e do direito, necessárias à prossecuçãodas suas atribuições.

4. O CFJJ é dirigido por um Diretor, equiparado, para todos osefeitos legais, a Diretor-Geral, diretamente subordinado aoMinistro.

5. O Diretor do CFJJ é coadjuvado por um Diretor Adjuntoequiparado, para todos os efeitos legais, a Diretor Nacional.

6. As normas jurídicas relativas às competências, à organizaçãoe ao funcionamento do CFJJ são aprovadas por decreto-lei.

Artigo 27.o

Polícia Científica e de Investigação Criminal

1. A Polícia Científica e de Investigação Criminal, abrevia-damente designada por PCIC, é o corpo superior de políciacriminal responsável por coadjuvar as autoridadesjudiciárias, desenvolver e promover as ações de prevenção,

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Série I, N.° 23 A Página 14Sexta-Feira, 14 de Junho de 2019

deteção e investigação da sua competência ou que lhesejam cometidas pelas autoridades judiciárias competentes,bem como assegurar a centralização nacional da informaçãocriminal e respetiva coordenação operacional e acooperação policial internacional.

2. A PCIC está hierarquicamente subordinada ao Ministro daJustiça.

3. A PCIC atua no processo penal sob a direção e nadependência funcional do Ministério Público ou do juiz doprocesso, sem prejuízo da respectiva autonomia técnica etática.

4. As normas relativas às competências, à organização e aofuncionamento da PCIC são aprovadas por decreto-lei.

Artigo 28.o

Defensoria Pública

1. A Defensoria Pública é o serviço do MJ dotado de auto-nomia técnica e funcional, que funciona na diretadependência do Ministro da Justiça, e que é responsávelpela prestação de assistência judicial e extrajudicial, demodo integral e gratuito, aos cidadãos que dela necessitemem razão da sua situação económica ou social.

2. As normas relativas às competências, à organização e aofuncionamento da defensoria pública são aprovadas pordecreto-lei.

SEÇÃO IVÓRGÃOS CONSULTIVOS

Artigo 29.o

Conselho de Coordenação para a Justiça

1. O Conselho de Coordenação para a Justiça é o órgão deconsulta e aconselhamento estratégico do Ministro paraos assuntos da Justiça e do Direito, podendo apresentarpropostas e emitir pareceres e recomendações.

2. O Conselho de Coordenação para a Justiça é compostopelo Ministro da Justiça, que preside, pelo Presidente doTribunal de Recurso, pelo Procurador-Geral da República,pelo Defensor Público-Geral, pelo Diretor Nacional daPolícia Científica e de Investigação Criminal e por umrepresentante da entidade representativa dos Advogados.

3. O Conselho de Coordenação para a Justiça é convocadopelo Ministro da Justiça.

4. Enquanto não for criada a entidade representativa dosAdvogados timorenses, a representação dos advogadosno Conselho de Coordenação é assegurada pelo Conselhode Gestão e Disciplina da Advocacia.

5. O Ministro da Justiça, sempre que entender necessário,pode convocar quaisquer outras entidades oupersonalidades, nomeadamente da sociedade civil, que,em razão da matéria, seja tido por conveniente auscultar.

Artigo 30.ºConselho Consultivo do Ministério da Justiça

1. O Conselho Consultivo do MJ é o órgão consultivo doMinistro para os assuntos de organização interna do MJ.

2. O Conselho Consultivo do MJ é composto pelo Ministroda Justiça, que preside, pelo Vice-Ministro da Justiça, peloSecretário de Estado de Terras e Propriedades e por todosos dirigentes do MJ.

3. O Conselho Consultivo do MJ é convocado pelo Ministroda Justiça.

4. O Ministro da Justiça, sempre que entenda necessário,pode convocar quaisquer outras entidades oupersonalidades, nomeadamente da sociedade civil, que,em razão da matéria, seja tido por conveniente auscultar.

5. As normas jurídicas relativas às competências, à organi-zação e ao funcionamento do Conselho Consultivo do MJsão aprovadas pelo Ministro, sob a forma de diplomaministerial.

CAPÍTULO IIIDISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS E FINAIS

Artigo 31.ºEstrutura funcional

A estrutura funcional do MJ é aprovada pelo Ministro, sob aforma de diploma ministerial.

Artigo 32.ºMapa de pessoal

O mapa de pessoal do MJ é aprovado pelo Ministro, sob aforma de diploma ministerial, após parecer da Comissão daFunção Pública.

Artigo 33.ºNorma revogatória

É revogado o Decreto-Lei n.º 26/2015 de 12 de agosto.

Artigo 34.ºEntrada em vigor

O presente diploma entra em vigor no dia seguinte ao da suapublicação.

Aprovado em Conselho de Ministros, em 7 de novembro de2018.

O Primeiro-Ministro,

________________Taur Matan Ruak

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Sexta-Feira, 14 de Junho de 2019Série I, N.° 23 A Página 15

O Ministro da Justiça,

_________________________Dr. Manuel Cárceres da Costa

Promulgado em 10 de 6 de 2019

Publique-se.

O Presidente da República,

__________________________Dr. Francisco Guterres Lú Olo

DECRETO-LEI N.O 11 /2019

de 14 de Junho

ORGÂNICA DO MINISTÉRIO DA ADMINISTRAÇÃOESTATAL

O n.° 1 do artigo 20.o do Decreto-Lei n.° 14/2018, de 17 deagosto, que aprovou a orgânica do VIII GovernoConstitucional, estabeleceu o ministério da administraçãoestatal como o departamento governamental responsável pelaconceção, execução, coordenação e avaliação da política,definida e aprovada pelo conselho de ministros, para as áreasdo poder local, da descentralização administrativa, do apoioàs organizações comunitárias, da promoção do desenvolvi-mento local, da organização e execução dos processoseleitorais e referendários, da promoção da higiene e organizaçãourbana e da classificação e conservação dos documentosoficiais com valor histórico.

Ao definir a estrutura orgânica do ministério da administraçãoestatal, o Governo observou três princípios fundamentais:primeiro, a necessidade de dotar este departamentogovernamental de uma estrutura orgânica que lhe permita ocumprimento dos objetivos que para o mesmo foram definidospelo Decreto-Lei n.° 14/2018, de 17 de agosto; segundo, anecessidade de tomar em consideração o processo dedesconcentração administrativa e a transferência de múltiplascompetências nas autoridades municipais e nas administraçõesmunicipais, cujas competências, organização e funcionamentose encontram aprovadas em diploma legal próprio; terceiro, anecessidade de racionalizar a administração central do Estado.

O respeito pelo primeiro dos princípios supra enunciadosreflete-se no presente decreto-lei através da manutenção dadireção-geral da descentralização administrativa quecontinuará a ser responsável pela condução e peloaprofundamento do processo de descentralizaçãoadministrativa e instalação dos órgãos do poder local e emcuja organização se prevê a existência de uma: direção nacionalde apoio à administração dos sucos, responsável pela prestaçãode apoio às organizações comunitárias; direção nacional parao planeamento integrado municipal, responsável pelacoordenação nacional do único programa nacional dedesenvolvimento local cujas responsabilidades pela respetivaprogramação e execução recaem já sobre a administração local;direção nacional da organização urbana, responsável pelaprestação de assistência técnica às autoridades municipais eàs administrações municipais para o exercício dasresponsabilidades que a estas incumbem em matéria toponímiae manutenção da higiene e salubridade dos espaços de fruiçãocoletiva nos aglomerados populacionais.

O presente decreto-lei mantém os dois institutos públicos jácriados, nomeadamente o secretariado técnico daadministração eleitoral, responsável pela organização eexecução dos processos eleitorais e referendários, e o arquivonacional de Timor-Leste, responsável pela classificação econservação dos documentos oficiais com valor histórico.

A observância do segundo princípio estabelecido para aconceção da estrutura orgânica do ministério da administraçãoestatal encontra-se refletida na extinção de um conjunto deunidades orgânicas, criadas através do Decreto-Lei n.° 12/2015,de 3 de junho, e cuja manutenção, no âmbito da administraçãocentral do Estado, deixou de se justificar, atendendo aoprocesso de transferência de competências para as autoridadesmunicipais e para as administrações municipais nos domíniosda toponímia, da higiene e salubridade dos espaços públicose do ordenamento do parqueamento automóvel no interiordos aglomerados populacionais.

Finalmente, o terceiro princípio retor da definição da estruturaorgânica do MAE encontra-se refletido na redução global donúmero de unidades orgânicas e de subunidades orgânicasestabelecidas para este departamento governamental noâmbito da administração direta central. A par da eliminação deunidades orgânicas cuja existência deixou de se justificar à luzdo programa de desconcentração administrativa iniciado peloV Governo Constitucional e que se encontra em curso,empreenderam-se esforços no sentido de identificar e eliminaras unidades orgânicas que, encontrando-se previstas naestrutura orgânica do ministério da administração estatal, nãoaportam qualquer mais-valia, quer no que concerne aofuncionamento interno deste departamento governamental,quer no que concerne à melhoria da qualidade dos bens eserviços públicos que a este incumbe prestar.

Assim,

O Governo decreta, nos termos do n.º 3 do artigo 115º daConstituição da República, do n.º 3 do artigo 20.º e do n.o 1 doartigo 40. º, ambos, do Decreto-lei n.º 14/2018, de 17 de agosto,para valer como lei, o seguinte:

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Série I, N.° 23 A Página 16Sexta-Feira, 14 de Junho de 2019

CAPÍTULO IDISPOSIÇÕES GERAIS

Artigo 1.o

Objeto

O presente decreto-lei aprova a orgânica do ministério daadministração estatal, abreviadamente referido por MAE.

Artigo 2.o

Definição

O ministério da administração estatal é o departamentogovernamental responsável pela conceção, execução,coordenação e avaliação da política, definida e aprovada peloconselho de ministros, para as áreas do poder local, dadescentralização administrativa, do apoio às organizaçõescomunitárias, da promoção do desenvolvimento local, daorganização e execução dos processos eleitorais ereferendários, da promoção da higiene e organização urbana eda classificação e conservação dos documentos oficiais comvalor histórico.

Artigo 3.o

Atribuições

O ministério da administração estatal prossegue as seguintesatribuições:

a) promover e conduzir o processo de descentralizaçãoadministrativa e instalação dos órgãos e serviços do PoderLocal;

b) propor e implementar a lei do poder local, a lei eleitoralmunicipal e a lei das finanças, património e aprovisiona-mento municipal e demais normativos legais e regulamen-tares necessários à descentralização administrativa e àinstalação dos órgãos representativos do poder local;

c) apoiar a formação e assistência permanente conducente aoprocesso de desconcentração e descentralização adminis-trativa, em coordenação com os Ministérios e demaisentidades relevantes;

d) promover a celebração de acordos de cooperação comautarquias locais de outros Estados, com vista aoaprofundamento do processo de descentralização, emarticulação com o ministério dos negócios estrangeiros ecooperação;

e) coordenar e fiscalizar as atividades dos serviços periféricosdo ministério;

f) estabelecer e operacionalizar mecanismos de colaboraçãoe de coordenação com outros órgãos da administraçãopública com tutela sobre áreas conexas;

g) propor as políticas públicas e iniciativas legislativas relati-vas às suas áreas de tutela;

h) propor e aplicar legislação para a promoção da higiene eordem pública urbana, sem prejuízo das competênciaspróprias da administração local;

i) propor e aplicar as normas jurídicas relativas à toponímia,sem prejuízo das competências próprias dos órgãos daadministração local;

j) garantir o apoio técnico aos processos eleitorais ereferendários;

k) promover políticas de desenvolvimento local e rural, para aredução das desigualdades económicas e sociais, emcooperação com outros organismos governamentais paraa sua execução;

l) estabelecer e operacionalizar mecanismos de colaboraçãoe apoio técnico às lideranças comunitárias;

m) assegurar a coordenação e a implementação do planea-mento de desenvolvimento integrado municipal;

n) assegurar a coordenação e a implementação do programanacional de desenvolvimento dos sucos;

o) desenvolver e implementar políticas e mecanismos de apoioao desenvolvimento comunitário e dos sucos;

p) propor e desenvolver normas e instruções técnicas declassificação, tratamento e arquivo dos documentoshistóricos e documentos do Estado;

q) promover a recuperação, a preservação e a guarda ade-quada dos documentos históricos e dos documentos doEstado.

Artigo 4.o

Estrutura orgânica

O ministério da administração estatal prossegue as atribuiçõesprevistas no artigo anterior através do ministro daadministração estatal, do vice-ministro da administraçãoestatal, de órgãos de consulta e de coordenação, de outrosórgãos e serviços da administração direta e de pessoascoletivas públicas integradas na administração indireta.

CAPÍTULO IIMINISTRO E VICE-MINISTRO

Artigo 5.o

Ministro

1. O ministro da administração estatal é o membro do Governoque superiormente dirige o ministério da administraçãoestatal e por ele responde perante o primeiro-ministro.

2. O ministro da administração estatal pode emitir diretivasdestinadas a qualquer dirigente ou chefia do ministério daadministração estatal ou das pessoas coletivas públicassobre as quais exerça poderes de superintendência e tutela,tomar decisões sobre quaisquer matérias relacionadas comas atribuições previstas no artigo 3.o e criar as comissões eos grupos de trabalho que se revelem necessários paraassegurar a adequada coordenação dos órgãos e serviçosdo ministério da administração estatal para a prestação debens e serviços públicos.

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Sexta-Feira, 14 de Junho de 2019Série I, N.° 23 A Página 17

Artigo 6.o

Vice-Ministro

1. O ministro da administração estatal é coadjuvado no exercí-cio das suas funções pelo vice-ministro da administraçãoestatal.

2. O vice-ministro da administração estatal não dispõe decompetências próprias, exceto no que se refere ao respetivogabinete, e exerce, em cada caso, as competências quenele forem delegadas pelo ministro da administração estatal.

3. O vice-ministro da administração estatal substitui o ministroda administração estatal nas suas ausências eimpedimentos e em caso de vacatura do cargo.

CAPÍTULO IIIÓRGÃOS DE CONSULTA E DE COORDENAÇÃO

Seção IEnumeração

Artigo 7.o

Enumeração

O ministério da administração estatal integra os seguintesórgãos de coordenação e de consulta:

a) o conselho consultivo;

b) o conselho de coordenação territorial.

Seção IIConselho consultivo

Artigo 8.o

Definição

O conselho consultivo é o órgão de consulta do ministro daadministração estatal em matéria de descentralizaçãoadministrativa, de apoio às organizações comunitárias, depromoção do desenvolvimento local, de organização eexecução dos processos eleitorais e referendários, de promoçãoda higiene e organização urbana e de classificação econservação dos documentos oficiais com valor histórico.

Artigo 9.o

Competência

Compete ao conselho consultivo, por solicitação do ministroda administração estatal, dar parecer sobre:

a) os projetos de planos estratégicos setoriais para as áreasde governação relacionadas com as atr ibuiçõesprosseguidas pelo ministério da administração estatal;

b) os projetos de planos anuais, orçamento anual e de planode aprovisionamento do ministério da administraçãoestatal;

c) os projetos de políticas públicas relacionadas com asatribuições do ministério da administração estatal;

d) os projetos de atos normativos relacionados com asatribuições do ministério da administração estatal;

e) as estratégias propostas para a melhoria da organização edo funcionamento do ministério da administração estatal;

f) as estratégias propostas para a otimização da mobilizaçãodos recursos materiais ou humanos do ministério daadministração estatal;

g) as estratégias propostas para o reforço das competênciasprofissionais dos recursos humanos que prestam arespetiva atividade nos serviços do ministério daadministração estatal;

h) quaisquer propostas ou documentos que se relacionemcom a prossecução das atribuições a que alude o artigo 3.o.

Artigo 10.o

Composição

1. O conselho consultivo é composto pelo (s):

a) ministro da administração estatal, que preside aomesmo;

b) vice-ministro da administração estatal;

c) titulares de cargos dirigentes da administração pública,e equiparados, que desempenhem as respetivas funçõesnos serviços do ministério da administração estatal,integrados na administração direta;

d) titulares de cargos dirigentes da administração pública,e equiparados, que desempenhem as respetivas funçõesnas pessoas coletivas públicas, integradas naadministração indireta, no âmbito do ministério daadministração estatal.

2. O ministro da administração estatal convoca, para participarnas reuniões do conselho consultivo, outras individuali-dades cujo contributo considere relevante para os trabalhosdeste órgão, em razão dos assuntos incluídos na ordem detrabalhos das reuniões do mesmo.

Artigo 11.o

Funcionamento

1. O conselho consultivo reúne-se ordinariamente uma vezpor mês e extraordinariamente sempre que for convocadopelo ministro da administração estatal.

2. Das reuniões do conselho consultivo são lavradas atas quedocumentam o que de relevante nelas tiver sido discutido.

3. As reuniões do conselho consultivo são organizadas esecretariadas pelos serviços da direção-geral deadministração e finanças.

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Série I, N.° 23 A Página 18Sexta-Feira, 14 de Junho de 2019

Seção IIIConselho de coordenação territorial

Artigo 12.o

Natureza

O conselho de coordenação territorial é o órgão de apoio aoministro da administração estatal na coordenação dasatividades correntes dos diversos serviços centrais e dosserviços desconcentrados do ministério da administraçãoestatal e na avaliação periódica das atividades por estesrealizadas.

Artigo 13.o

Competência

Compete ao conselho de coordenação territorial :

a) discutir os planos ou estratégias de execução de políticaspúblicas, que visem a prossecução das atribuiçõesprevistas no artigo 3.o e formular as recomendaçõesnecessárias ao seu aperfeiçoamento e exequibilidade;

b) discutir as propostas e formular recomendações sobre aorganização, o funcionamento, o regime orçamental e oregime de pessoal da administração local e as relações destacom a administração central;

c) promover o intercâmbio de experiências e de informaçõesentre os órgãos e serviços locais do ministério da adminis-tração estatal e os órgãos e serviços da administraçãocentral;

d) discutir as propostas e formular recomendações sobre osplanos de desenvolvimento municipal, os planos de açãoanual, orçamentos municipais, planos de aprovisionamentomunicipal e de planos anuais de formação de recursoshumanos municipais;

e) discutir as propostas de atos normativos relacionadas coma desconcentração administrativa territorial e com adescentralização administrativa e formular recomendaçõessobre as mesmas.

Artigo 14.o

Composição

1. O conselho de coordenação territorial é composto pelo (s):

a) ministro da administração estatal, que presidente aomesmo;

b) vice-ministro da administração estatal;

c) titulares de cargos dirigentes da administração pública,e equiparados, que desempenhem as respetivas funçõesnos serviços do ministério da administração estatal,integrados na administração direta;

d) titulares de cargos dirigentes da administração pública,e equiparados, que desempenhem as respetivas funçõesnas pessoas coletivas públicas, integradas na

administração indireta do ministério da administraçãoestatal;

e) presidentes das autoridades municipais e pelosadministradores municipais.

2. O ministro da administração estatal convoca, para participarnas reuniões do conselho de coordenação territorial, outrasindividualidades cujo contributo considere relevante paraos trabalhos deste órgão, em razão dos assuntos incluídosna ordem de trabalhos das reuniões do mesmo.

Artigo 15.o

Funcionamento

1. O conselho de coordenação territorial reúne-se ordinaria-mente uma vez por trimestre e extraordinariamente sempreque for convocado pelo ministro da administração estatal.

2. Das reuniões do conselho de coordenação territorial sãolavradas atas que documentam o que, de relevante,naquelas tiver sido discutido.

3. As reuniões do conselho de coordenação territorial sãoorganizadas e secretariadas pelos serviços da direção-geralda descentralização administrativa.

CAPÍTULO IVSERVIÇOS DA ADMINISTRAÇÃO DIRETA

Seção IEnumeração

Artigo 16.o

Enumeração

1. O ministério da administração estatal integra os seguintesserviços centrais no âmbito da administração direta doEstado:

a) a direção-geral de administração e finanças;

b) a direção-geral da descentralização administrativa;

c) a inspeção-geral da administração estatal;

d) a unidade de aprovisionamento descentralizado;

e) a unidade de assessoria técnica.

2. O ministério da administração estatal integra os seguintesserviços locais no âmbito da administração direta doEstado:

a) a administração municipal de Aileu;

b) a administração municipal de Ainaro;

c) a autoridade municipal de Baucau;

d) a autoridade municipal de Bobonaro;

e) a administração municipal de Covalima;

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Sexta-Feira, 14 de Junho de 2019Série I, N.° 23 A Página 19

f) a autoridade municipal de Díli;

g) a autoridade municipal de Ermera;

h) a administração municipal de Lautém;

i) a administração municipal de Liquiçá;

j) a administração municipal de Manatuto;

k) a administração municipal de Manufahi;

l) a administração municipal de Viqueque.

Seção IIDireção-geral de administração e finanças

Artigo 17.o

Definição

A direção-geral de administração e finanças é o serviço centraldo ministério da administração estatal que, na dependência doministro, assegura apoio técnico e administrativo aos órgãose serviços deste departamento governamental nos domíniosdo expediente geral, gestão documental, gestão de recursoshumanos, programação e execução orçamental, gestão dopatrimónio e logística e arquivo documental.

Artigo 18.o

Competências

Compete à direção-geral de administração e finanças:

a) elaborar a proposta de plano estratégico do ministério;

b) elaborar a proposta de plano de ação anual do ministério,as propostas de alteração ao mesmo e os respetivosrelatórios de execução;

c) elaborar a proposta de orçamento anual do ministério, aspropostas de alteração ao mesmo e os respetivos relatóriosde execução;

d) elaborar a propostas de autorização de realização da despesae zelar pela sua legalidade e regularidade;

e) assegurar a existência de um arquivo contabilístico doministério;

f) elaborar a proposta de plano de aprovisionamento anual,as propostas de alteração ao mesmo e os respetivosrelatórios de execução;

g) assegurar as relações do ministério com a comissão dafunção pública no domínio da gestão dos recursoshumanos;

h) elaborar a proposta de mapa de pessoal do ministério;

i) organizar os processos de destacamento ou de transferênciade funcionários ou de agentes da administração pública,para o preenchimento das vagas existentes no mapa depessoal do ministério;

j) organizar os processos de progressão ou de promoção nacarreira dos funcionários que prestem a respetiva atividadeprofissional nos serviços do ministério;

k) organizar os processos de autorização da contratação detrabalhadores a termo certo e zelar pela legalidade e pelaregularidade dos procedimentos de contratação;

l) elaborar a proposta de mapa anual de férias dos dirigentese das chefias do serviços centrais do ministério;

m) organizar os processos de avaliação do desempenhoprofissional dos recursos humanos do ministério, emcoordenação com a comissão da função pública;

n) promover a integração da perspetiva de género nasestratégias de gestão de recursos humanos do ministério,nomeadamente, nos domínios do recrutamento, progressãoe promoção profissionais dos recursos humanos doministério, no provimento dos cargos de direção e de chefiae no acesso aos programas ou atividades de formação oude capacitação da força de trabalho do ministério;

o) assegurar o estabelecimento e dinamizar o “grupo detrabalho nacional de género” do ministério da administraçãoestatal;

p) velar pela manutenção, conservação e limpeza dos bensimóveis em que se encontrem instalados órgãos ou serviçoscentrais do ministério da administração estatal;

q) assegurar a abertura e o acesso público aos imóveis em quese encontrem instalados órgãos ou serviços centrais doministério, sem prejuízo das limitações que decorram deexigências de segurança;

r) criar, gerir e manter atualizado o inventário de bens móveisdo Estado afetos aos órgãos e serviços do ministério;

s) informar a direção-geral do património do Estado acercados bens móveis adquiridos pelo ministério daadministração estatal;

t) assegurar a ligação do ministério da administração estatalcom a direção-geral do património do Estado para aoperacionalização dos procedimentos de reafetação ou dealienação dos bens móveis do Estado afetos a esteministério;

u) assegurar a criação e gestão de um sistema de gestão dafrota de veículos do Estado afetos ao ministério daadministração estatal com controlo da identidade doutilizador do veículo, do período de utilização dos veículos,das distâncias percorridas pelo veículo, dos consumos decombustível de cada veículo, do estado de conservaçãode cada veículo e do número de horas de manutenção oude reparação de cada veículo;

v) assegurar a gestão documental dos processos que tramitempelos órgãos ou serviços do ministério;

w) assegurar a existência de um sistema de distribuição

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Série I, N.° 23 A Página 20Sexta-Feira, 14 de Junho de 2019

documental interna do ministério e de distribuição postaldas comunicações dos órgãos e serviços deste comterceiros;

x) assegurar a criação, a gestão, a conservação e a segurançado arquivo ativo e do arquivo inativo do ministério;

y) assegurar a transmissão do arquivo morto do ministério aoArquivo Nacional de Timor-Leste;

z) prestar assistência técnica às autoridades municipais e àsadministrações municipais nos procedimentos de:

i. elaboração das propostas de planos de ação anual,suas alterações e relatórios periódicos de execução;

ii. elaboração das propostas de planos de aprovisiona-mento municipal, suas alterações e relatórios periódicosde execução;

iii. organização do inventário de bens móveis do Estadoafetos a cada autoridade municipal e a cada administra-ção municipal;

iv. organização de um sistema de gestão da frota deveículos do Estado afetos a cada autoridade municipale a cada administração municipal;

aa) realizar as demais tarefas ou atividades que lhe sejamcometidas por lei, regulamento ou determinaçãosuperior.

Artigo 19.o

Serviços da direção-geral

A direção-geral de administração e finanças exerce as suascompetências através das seguintes direções nacionais:

a) direção nacional de planeamento, finanças e património;

b) direção nacional de administração e recursos humanos;

c) direção nacional de finanças municipais.

Artigo 20.o

Direção nacional de planeamento, finanças e património

1. A direção nacional de planeamento, finanças e patrimónioé o serviço da direção-geral de administração e finanças,responsável pela prática dos atos materiais necessários aoexercício das competências da direção-geral nos domíniosdo planeamento, das finanças e do património.

2. Compete à direção nacional de planeamento, finanças epatrimónio:

a) proceder à recolha, junto dos órgãos e serviços centraisdo ministério, ao tratamento e ao estudo de informaçõesnecessárias para a elaboração ou alteração do:

i. plano estratégico do ministério;

ii. plano de ação anual dos serviços centrais doministério;

iii. orçamento anual do ministério;

iv. plano de aprovisionamento;

b) proceder à recolha, junto dos órgãos e serviços centraisdo ministério, ao tratamento e ao estudo das informaçõesnecessárias para a elaboração dos relatórios periódicosde execução dos instrumentos de gestão do ministérioenumerados na alínea anterior;

c) organizar e proceder à instrução documental dosprocessos de autorização da realização de despesa cujopagamento tenha contrapartida nos fundos alocadosao título do orçamento geral do Estado relativo aoministério da administração estatal;

d) preparar, instruir documentalmente e processar asalterações ao orçamento anual do ministério daadministração estatal;

e) recolher, registar e arquivar os documentos conta-bilísticos relacionados com a despesa pública executadapelos órgãos centrais do ministério da administraçãoestatal;

f) centralizar a informação relativa à constituição defundos de maneio dos serviços centrais do ministérioda administração estatal, à sua execução e à legalidadeda mesma;

g) apoiar os demais serviços centrais do ministério daadministração estatal na elaboração, na preparação ena verificação dos respetivos relatórios de execuçãodos seus fundos de maneio, bem como do journalvoucher;

h) processar os pedidos de adiantamento, velando pelalegalidade e regularidade dos mesmos, e assegurandoa respetiva suficiência documental;

i) prestar informação rigorosa e atualizada sobre o saldode cada dotação orçamental do ministério daadministração estatal, sempre que solicitada;

j) assegurar a elaboração e o processamento da listamensal de remunerações dos recursos humanos queprestam a sua atividade nos serviços centrais doministério da administração estatal;

k) inventariar, etiquetar e registar os bens móveis doEstado afetos ao ministério da administração estatal,antes de se proceder à sua distribuição pelos órgãos eserviços deste;

l) identificar, registar e informar superiormente acerca dosdanos, da perda ou da obsolescência dos bens doEstado afetos ao ministério da administração estatal;

m) propor superiormente a externalização de trabalhos ouobras de reparação ou de conservação dos bensimóveis, dos veículos de transporte, da maquinaria, domobiliário e dos equipamentos de escritório;

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Sexta-Feira, 14 de Junho de 2019Série I, N.° 23 A Página 21

n) velar pela operacionalidade de todos os bens imóveisdo Estado afetos ao ministério da administração estatale zelar pelo bom funcionamento dos respetivos sistemasde abastecimento de água, de saneamento básico, deenergia elétrica, de acesso à internet e de climatização,sem prejuízo de outros;

o) acompanhar as alterações à situação dos bens do Estadoafetos ao ministério da administração estatal,nomeadamente quando ocorram transferências, abates,reparações ou beneficiações;

p) colaborar com a unidade de aprovisionamentodescentralizado na preparação dos procedimentos deaprovisionamento, dos contratos e de protocolos quetenham incidência patrimonial;

q) instruir os processos de receção de obras ou deconstruções, a integrar no patrimoìnio do Estado, cujaexecução haja sido financiada através de dotaçõesalocadas ao orçamento do ministério da administraçãoestatal;

r) estudar, desenvolver e propor superiormente umsistema de controlo de consumos que promova a gestãomais eficiente dos recursos financeiros do ministérioda administração estatal;

s) identificar, registar e inventariar a frota de veículosmotorizados do Estado, afeta ao ministério daadministração estatal;

t) elaborar o plano de distribuição e de utilização dosveículos motorizados pelos órgãos e serviços centraisdo ministério da administração estatal;

u) receber e registar a requisição de utilização dos veículosdo Estado afetos ao ministério da administração estatal,que não se encontrem expressamente atribuídos aoministro, ao vice-ministro ou aos diretores-gerais ou aoutros dirigentes do ministério a estes equiparados,indeferindo-as com fundamento na sua ilegalidade,inoportunidade ou injustificação face ao fim a que autilização se destina;

v) registar mensalmente a quilometragem e os consumosdos veículos do Estado afetos ao ministério da adminis-tração estatal e elaborar e apresentar superiormente osrelatórios mensais sobre os mesmos;

w) elaborar e propor superiormente o plano de distribuiçãode mobiliário, de máquinas e de quaisquer equipamentospelos órgãos e serviços centrais do ministério daadministração estatal;

x) entregar e registar a entrega, do mobiliário, das máquinase de quaisquer equipamentos afetos ao ministério daadministração estatal, pelos órgãos e serviços damesma, de acordo com o plano de distribuição previstopela alínea anterior;

y) autorizar e registar as transferências de mobiliário, de

máquinas e de quaisquer equipamentos entre órgãos eserviços do ministério da administração estatal;

z) zelar pela conservação e pela reparação dos veículos,das máquinas e dos equipamentos do Estado afetos aoministério da administração estatal, propondo, sempreque se justifique, a externalização daqueles serviços;

aa) registar e informar superiormente acerca dos danose avarias ocorridos nos veículos, nas máquinas eem quaisquer equipamentos do Estado afetos aoministério da administração estatal e identificar osfuncionários ou agentes da administração públicaresponsáveis pelos mesmos;

bb) receber e registar as requisições de combustível ede materiais consumíveis apresentadas pelos órgãose serviços centrais do ministério da administraçãoestatal e indeferir as requisições apresentadassempre que os órgãos e serviços do ministério daadministração estatal excedam os limites deconsumo que para os mesmos hajam sidoestabelecidos;

cc) disponibilizar os veículos, as máquinas, osequipamentos e os materiais necessários para aorganização e realização das cerimónias oficiais, dascomemorações e dos atos oficiais cuja organizaçãoe realização incumbam ao ministério daadministração estatal;

dd) proceder à montagem, assegurar a operacionali-dade, assegurar o bom funcionamento e procederà desmontagem de palcos, stands, sistemas deiluminação, estruturas de suporte de som e deimagem ou de quaisquer outras necessárias para aorganização e realização das cerimónias oficiais, dascomemorações e dos atos oficiais cuja organizaçãoe realização incumba ao ministério da administraçãoestatal;

ee) gerir os armazéns e os parques de veículos, demáquinas, de equipamentos do ministério daadministração estatal;

ff) zelar pela boa conservação de quaisquer bensexistentes nos armazéns e nos parques de veículos,de máquinas ou de equipamentos do ministério daadministração estatal;

gg) elaborar e manter atualizado o registo de stocks dosbens armazenados pelo ministério da administraçãoestatal e propor superiormente a aquisição de benscom vista à substituição dos que sejam utilizados,tenham expirado ou se tenham tornado obsoletos;

hh) elaborar e apresentar superiormente o relatóriosíntese dos movimentos mensais, trimestrais eanuais de armazém e da situação dos stocks;

ii) realizar as demais tarefas ou atividades que lhe sejamcometidas por lei, regulamento ou determinaçãosuperior.

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Jornal da República

Série I, N.° 23 A Página 22Sexta-Feira, 14 de Junho de 2019

Artigo 21.o

Direção nacional de administração e recursos humanos

1. A direção nacional de administração e recursos humanos éo serviço da direção-geral de administração e finanças,responsável pela prática dos atos materiais necessários aoexercício das competências da direção-geral nos domíniosda administração e da gestão dos recursos humanos.

2. Compete à direção nacional de administração e recursoshumanos:

a) organizar e assegurar a tramitação dos processosadministrativos que não sejam competência de outroserviço;

b) divulgar por todos os órgãos e serviços do ministérioda administração estatal a legislação e os regulamentosconformadores da atividade deste departamentogovernamental;

c) registar e arquivar os despachos, as ordens de serviçoe as demais instruções exaradas pelos órgãos doministério da administração estatal;

d) receber, classificar, registar, distribuir e arquivar oexpediente dos órgãos e serviços centrais do ministérioda administração estatal;

e) assegurar a abertura e o encerramento das instalaçõesonde funcionem os órgãos ou serviços do ministérioda administração estatal;

f) velar pela segurança e asseio das instalações ondefuncionem os órgãos ou serviços do ministério daadministração estatal;

g) elaborar informações e dar pareceres sobre questõesrelacionadas com a tramitação do expediente geral ecom a gestão documental no âmbito dos serviços doministério da administração estatal;

h) prestar, com prontidão, os esclarecimentos e asinformações superiormente solicitadas sobre asrespetivas atividades;

i) elaborar a proposta de mapa de pessoal do ministérioda administração estatal e as respetivas atualizações,em coordenação com os demais serviços centrais;

j) organizar, manter atualizados e em segurança osprocessos individuais e os registos biográficos dosfuncionários e agentes da administração pública queexerçam funções nos serviços centrais do ministérioda administração estatal;

k) integrar, acompanhar e supervisionar os funcionáriosque desempenhem funções nos serviços do ministériode acordo com as instruções superiores;

l) executar os procedimentos de registo e aprovação desubstituições, de transferências, de destacamentos, de

controlo de assiduidade e de pontualidade, dejustificação de faltas, de autorização do gozo delicenças, de atribuição e pagamento dos subsídios esuplementos legalmente previstos para os recursoshumanos do Estado;

m) informar a direção nacional de planeamento, finanças epatrimónio acerca das faltas, licenças e férias dosfuncionários e agentes da administração pública quedesempenham funções nos serviços centrais doministério, para efeitos de elaboração da lista mensalde remunerações;

n) preparar o expediente relativo à celebração de contratosde trabalho a termo certo;

o) elaborar o mapa anual de férias dos funcionários eagentes da administração pública que desempenhamfunções nos serviços centrais do ministério daadministração estatal;

p) assegurar a realização do procedimento de avaliaçãode desempenho dos recursos humanos dos serviçoscentrais do ministério da administração estatal;

q) elaborar e submeter à aprovação superior a descriçãodas tarefas a realizar por cada funcionário público ouagente da administração pública que preste a respetivaatividade nos serviços centrais do ministério;

r) organizar e secretariar as reuniões do “grupo detrabalho nacional de género” do ministério daadministração estatal;

s) elaborar, em coordenação com os demais serviçoscentrais do ministério da administração estatal, o planode formação anual dos recursos humanos do ministérioda administração estatal;

t) participar superiormente a ocorrência de factos passíveisde constituírem ilícitos;

u) realizar as demais tarefas ou atividades que lhe sejamcometidas por lei, regulamento ou determinaçãosuperior.

Artigo 22.o

Direção nacional de finanças municipais

1. A direção nacional de finanças municipais é o serviço dadireção-geral de administração e finanças, responsável pelaprática dos atos materiais necessários ao exercício dascompetências da direção-geral nos domínios do apoio eassistência técnica às autoridades municipais e àsadministrações municipais na gestão das finanças e dopatrimónio municipal.

2. Compete à direção nacional de finanças municipais:

a) elaborar e executar um plano nacional de formação dosrecursos humanos e de capacitação dos serviços dasautoridades municipais e das administrações municipaisno domínio da gestão financeira e patrimonial;

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Sexta-Feira, 14 de Junho de 2019Série I, N.° 23 A Página 23

b) assegurar a elaboração de manuais e de outrosdocumentos de informação e de apoio aos serviçosdas autoridades municipais e das administraçõesmunicipais para a elaboração:

i. das propostas de planos de desenvolvimentomunicipal, das propostas para a sua alteração e dosrespetivos relatórios periódicos de execução;

ii. das propostas de planos de ação anual, das pro-postas para a sua alteração e dos respetivosrelatórios periódicos de execução;

iii. das propostas de orçamentos municipais, daspropostas para a sua alteração e dos respetivosrelatórios periódicos de execução;

iv. das propostas de planos de aprovisionamentomunicipais, das propostas para a sua alteração edos respetivos relatórios periódicos de execução;

c) assegurar a elaboração de manuais e de outrosdocumentos de informação e de apoio aos serviçosdas autoridades municipais e das administraçõesmunicipais para a:

i. criação, gestão e atualização do inventário de bensimóveis do Estado afetos às autoridades municipaise às administrações municipais;

ii. criação de um sistema de gestão das frotas de veí-culos do Estado afetos aos serviços das autoridadesmunicipais e das administrações municipais, bemcomo da respetiva manutenção e dos consumos decombustível;

d) apoiar os serviços das autoridades municipais e dasadministrações municipais na elaboração dosinstrumentos de gestão enumerados na alínea b) e nagestão dos sistemas a que alude a alínea c);

e) recolher, tratar, estudar e centralizar a informação relativaà execução dos instrumentos de gestão enumeradosna alínea b) e à eficiência e eficácia das autoridadesmunicipais e das administrações municipais na gestãodos sistemas referidos na alínea c);

f) realizar as demais tarefas ou atividades que lhe sejamcometidas por lei, regulamento ou determinaçãosuperior.

Artigo 23.o

Direção dos serviços

1. A direção-geral de administração e finanças é dirigida porum diretor-geral, nomeado em comissão de serviço, pelacomissão da função pública, nos termos da lei, e diretamentesubordinado ao ministro.

2. As direções nacionais previstas nos artigos anteriores sãodirigidas por diretores nacionais, nomeados em comissãode serviço, pela comissão da função pública, nos termosda lei.

3. Os diretores nacionais a que alude o número anteriorencontram-se hierarquicamente subordinados ao diretor-geral a que se refere o n.° 1.

Seção IIIDireção-geral da descentralização administrativa

Artigo 24.o

Definição

A direção-geral da descentralização administrativa é o serviçocentral do ministério da administração estatal que, nadependência do ministro, assegura apoio técnico eadministrativo aos órgãos e serviços deste departamentogovernamental nos domínios da instalação dos órgãos dopoder local, da descentralização administrativa, da desconcen-tração administrativa, do apoio à gestão administrativa dasautoridades e das administrações municipais, da modernizaçãoda administração local, do apoio às organizações comunitárias,do desenvolvimento local e da promoção da higiene eorganização urbana.

Artigo 25.o

Competências

Compete à direção-geral da descentralização administrativa:

a) formular a proposta de política de descentralizaçãoadministrativa territorial;

b) elaborar as iniciativas legislativas e os projetos deregulamentos administrativos necessários à implementaçãodos programas de desconcentração e de descentralizaçãoadministrativas territoriais;

c) formular propostas de medidas ou de ações que viabilizema atuação coordenada de todos os órgãos e serviços daadministração central na execução dos programas dedesconcentração administrativa territorial e da política dedescentralização administrativa;

d) acompanhar a execução do programa de desconcentraçãoadministrativa territorial e avaliar periodicamente osresultados alcançados;

e) formular as propostas e executar as estratégias decapacitação dos recursos humanos da administração local;

f) formular as propostas de programas de assistência técnicaaos órgãos e serviços da administração local de forma amelhorar a qualidade dos bens e serviços públicos queatravés destes sejam localmente prestados;

g) assegurar a elaboração da “carta administrativa nacional”e a delimitação das fronteiras entre as circunscriçõesadministrativas em coordenação com os órgãos e serviçosda administração local e com as lideranças comunitárias;

h) conceber e promover a execução de programas de melhoriadas instalações em que se encontrem sedeados os órgãose serviços da administração local;

i) conceber e executar programas, medidas ou ações destinados

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Série I, N.° 23 A Página 24Sexta-Feira, 14 de Junho de 2019

a assegurar a desburocratização e simplificação daadministração local e a aproximação dos serviços públicosaos cidadãos, em concertação com outros órgãos eserviços com competências nos domínios da reforma,modernização e inovação administrativa;

j) promover a introdução das tecnologias da informação e dacomunicação nos sistemas, processos e procedimentosadministrativos da administração local;

k) elaborar as iniciativas legislativas e os projetos de regula-mentos administrativos necessários à regulamentação dalei dos sucos;

l) conceber e implementar mecanismos de resolução deconflitos entre sucos;

m) promover a tramitação dos processos relativos à realizaçãodas transferências públicas para os sucos;

n) conceber e executar programas de capacitação dos órgãose serviços dos Sucos;

o) formular as propostas de programas de assistência técnicaaos órgãos e serviços dos sucos de forma a melhorar aqualidade dos bens e serviços que através destes sejamprestados às comunidades;

p) assegurar apoio administrativo aos sucos;

q) formular as propostas de políticas de desenvolvimentolocal e de desenvolvimento rural;

r) elaborar as iniciativas legislativas e os regulamentosadministrativos que se revelem necessários para a execuçãodas políticas de desenvolvimento local e de desenvol-vimento rural;

s) promover e coordenar a elaboração dos planos dedesenvolvimento municipal e prestar aos órgãos e serviçosda administração local a assistência técnica que para estase revele necessária;

t) promover e coordenar a elaboração dos planos deinvestimento municipais e prestar a assistência técnica quepara esta se revele necessário;

u) acompanhar a execução física e financeira dos projetosfinanciados pelo programa de planeamento de desenvolvi-mento integrado municipal;

v) prestar assistência técnica aos órgãos e serviços daadministração local que se revele necessária para aexecução dos projetos financiados através do programade planeamento de desenvolvimento integrado municipal;

w) promover a aplicação, pelos órgãos e serviços daadministração local, da legislação relativa:

i. à higiene e ordem pública;

ii. à toponímia e numeração de polícia;

iii. ao sistema de gestão de resíduos sólidos;

iv. ao regime das zonas de estacionamento de duraçãolimitada;

x) acompanhar e avaliar o grau de aplicação da legislaçãoenumerada na alínea anterior, formulando as propostas dealterações legislativas que se revelem necessárias paraassegurar uma maior eficácia na sua aplicação;

y) realizar as demais tarefas ou atividades que lhe sejamcometidas por lei, regulamento ou determinação superior.

Artigo 26.o

Serviços da direção-geral

A direção-geral de descentralização administrativa exerce assuas competências através das seguintes direções nacionais:

a) secretariado de apoio à instalação dos municípios;

b) direção nacional da administração local;

c) direção nacional da modernização da administração local;

d) direção nacional de apoio à administração dos sucos;

e) direção nacional do planeamento de desenvolvimentointegrado municipal;

f) direção nacional da organização urbana.

Artigo 27.o

Secretariado de apoio à instalação dos municípios

1. O secretariado de apoio à instalação dos municípios é oserviço da direção-geral da descentralização administrativa,responsável pela prática dos atos materiais necessários aoexercício das competências da direção-geral nos domíniosda instalação dos órgãos do poder local e da descentra-lização administrativa.

2. Compete ao secretariado de apoio à instalação dosmunicípios:

a) realizar os estudos e as consultas necessárias para aformulação da política de descentralizaçãoadministrativa territorial;

b) realizar os estudos e as consultas necessárias para aformulação dos projetos de legislação e dos regula-mentos necessários para a execução dos programas dedesconcentração administrativa territorial e da políticade descentralização administrativa territorial;

c) recolher os dados e as informações necessárias àelaboração dos estudos de viabilidade e de capacidadesdos municípios, para a instalação dos órgãos do poderlocal;

d) desenvolver e executar programas de educação cívicacom vista ao esclarecimento e formação dos cidadãos

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Sexta-Feira, 14 de Junho de 2019Série I, N.° 23 A Página 25

para as questões relacionadas com os processos dedesconcentração e de descentralização administrativasterritoriais;

e) desenvolver e executar um plano de comunicação com vista à melhoria da perceção pública dos processos  de desconcentração e de descentralização administrativas territoriais e das alterações que osmesmos  comportam  em  matéria  de  funcionamento da administração pública;

f) produzir  conteúdos  formativos  e  informativos  sobre os processos de desconcentração e descentralizaçãoadministrativas territoriais, assegurando a respetivadivulgação através das novas plataformas decomunicação, designadamente através das redessociais;

g) produzir os materiais informativos e formativosnecessários para a realização de seminários,conferências, oficinas de trabalho, palestras e outroseventos de caráter formativo, apoiando a respetivaorganização, quando os mesmos se subordinem àstemáticas da desconcentração ou da descentralizaçãoadministrativas territoriais;

h) organizar as reuniões de trabalho do grupo técnicointerministerial para a descentralização administrativae do grupo técnico permanente, assegurar adocumentação das mesmas e o controlo da assiduidadedos respetivos membros;

i) elaborar os relatórios periódicos das atividadesrealizadas pelo grupo técnico interministerial para adescentralização administrativa e pelo grupo técnicopermanente;

j) apoiar   os   serviços   desconcentrados   do  MAE   naorganização das reuniões dos conselhos consultivosmunicipais, dos conselhos de coordenação municipale das assembleias dos postos administrativos;

k) gerir e manter atualizada a base de dados com aidentificação dos  conselhos  consultivos municipais,dos conselhos de coordenação municipal e dasassembleias  dos  postos administrativos;

l) receber e compilar as atas das reuniões dos conselhosconsultivos municipais, dos conselhos de coordenaçãomunicipal e das assembleias dos postos adminis-trativos;

m) elaborar relatórios periódicos sobre as atividadesrealizadas pelos conselhos consultivos municipais,pelos conselhos de coordenação municipal e pelasassembleias  dos  postos administrativos;

n) realizar as demais tarefas ou atividades que lhe sejamcometidas por lei, regulamento ou determinaçãosuperior.

Artigo 28.o

Direção nacional da administração local

1. A direção nacional da administração local é o serviço dadireção-geral da descentralização administrativa,responsável pela prática dos atos materiais necessários aoexercício das competências da direção-geral no domíniodo apoio à gestão administrativa das Autoridades e dasAdministrações Municipais.

2. Compete à direção nacional da administração local:

a) promover o cumprimento, por parte das autoridades edas administrações municipais, das normas legaise regulamentares conformadoras da atividade destas,designadamente através de informação atualizada sobreas mesmas e sobre a sua evolução;

b) estudar, desenvolver e implementar sistemas internos de  gestão administrativa,  documental  e  de  recursos humanos das  autoridades  municipais  e  dasadministrações municipais;

c) prestar apoio técnico, sempre que solicitado, àsatividades de expediente geral realizadas pelasautoridades municipais e pelas administraçõesmunicipais;

d) recolher dados e informações para a avaliação daqualidade dos serviços prestados pelas autoridadesmunicipais e pelas administrações municipais, tendopor parâmetros a sua eficiência, eficácia e efetividade e  o  impacto  dos  mesmos  para o desenvolvimento sustentável  e para a  redução  da  pobreza;

e) assegurar a articulação e a comunicação entre osserviços da administração central do Estado e asautoridades municipais e administrações municipais;

f) proceder  à  recolha  e  tratamento  dos  dados socio-económicos recolhidos nos municípios e postosadministrativos;

g) criar, gerir e manter atualizada uma base de dadossocioeconómicos  recolhidos nos municípios e postosadministrativos;

h) produzir e promover a publicação de brochurasinformativas sobre o perfil geográfico, social,económico e administrativo dos municípios e dospostos administrativos;

i) recolher e tratar as informações necessárias sobre odesempenho dos serviços das autoridades municipaise das administrações municipais, bem como sobre osníveis de satisfação das populações relativamente aosserviços que por estas lhes são prestados;

j) recolher os dados e as informações que se afiguremnecessários para a elaboração dos instrumentos degestão das autoridades municipais e das administraçõesmunicipais;

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Série I, N.° 23 A Página 26Sexta-Feira, 14 de Junho de 2019

k) prestar assistência técnica às autoridades municipais eàs administrações municipais para a realização doslevantamentos topográficos que se afiguremnecessários para a delimitação terr itorial dascircunscrições administrativas estabelecidas pela lei dedivisão administrativa do território;

l) mediar   as   disputas   de   demarcação   das   circuns-crições administrativas, em colaboração com os órgãose serviços públicos ou com as lideranças comunitárias, quando tal se revelar útil para o processode mediação;

m) elaborar a carta administrativa nacional, de acordo comas circunscrições administrativas previstas na lei dedivisão administrativa do território;

n) realizar as demais tarefas ou atividades que lhe sejamcometidas por lei, regulamento ou determinaçãosuperior.

Artigo 29.o

Direção nacional da modernização da administraçãolocal

1. A direção nacional da modernização da administração localé o serviço da direção-geral da descentralização adminis-trativa, responsável pela prática dos atos materiais neces-sários ao exercício das competências da direção-geral nodomínio da modernização da administração local.

2. Compete à direção nacional da modernização daadministração local:

a) recolher dados e informações sobre o estado deconservação dos imóveis em que se encontreminstalados serviços das autoridades municipais ou dasadministrações municipais e produzir periodicamenterelatórios sobre esta matéria;

b) organizar os processos de candidatura de obras derequalificação de imóveis degradados, em que seencontrem instalados serviços das autoridadesmunicipais ou das administrações municipais, afinanciamento público;

c) organizar os processos de obtenção de financiamentopúblico para a construção dos edifícios que se revelemnecessários para a instalação dos órgãos ou serviçosda administração local;

d) recolher os dados e as informações necessários paraavaliar a existência, a suficiência ou o estado deconservação do mobiliário e dos equipamentosnecessários para a instalação e o funcionamentoefetivo, eficaz e eficiente dos órgãos e serviços daadministração local;

e) desenvolver e executar programas e medidas depromoção da melhoria das condições de higiene esegurança no trabalho dos serviços das autoridadesmunicipais e das administrações municipais;

f) estudar e realizar as consultas necessárias para adesburocratização dos processos e dos procedimentosadministrativos das autoridades municipais e dasadministrações municipais;

g) desenvolver e executar programas e medidas dedesmaterialização dos processos administrativos quecorram termos pelas autoridades municipais e dasadministrações municipais;

h) desenvolver e executar programas e medidas quepromovam a acessibilidade dos cidadãos aos serviçosdas autoridades e das administrações municipais,nomeadamente através do recurso às tecnologias dainformação e da comunicação;

i) identificar as principais limitações dos recursoshumanos das autoridades municipais e dasadministrações municipais, em matéria de competênciastécnicas;

j) desenvolver estratégias, programas e medidas decapacitação dos recursos humanos das autoridadesmunicipais e das administrações municipais e promovera sua execução em coordenação com o institutonacional da administração pública e sem prejuízo dascompetências de outros órgãos da administraçãopública;

k) promover o estabelecimento de parcerias com órgãos eorganizações, nacionais ou internacionais, para apromoção da progressiva capacitação dos recursoshumanos das autoridades municipais e dasadministrações municipais;

l) realizar as demais tarefas ou atividades que lhe sejamcometidas por lei, regulamento ou determinaçãosuperior.

Artigo 30.o

Direção nacional de apoio à administração dos sucos

1. A direção nacional de apoio à administração dos sucos é oserviço da direção-geral da descentralização administrativa,responsável pela prática dos atos materiais necessários aoexercício das competências da direção-geral no domíniodo apoio à administração dos sucos.

2. Compete à direção nacional de apoio à administração dossucos:

a) realizar os estudos e as consultas necessárias para apreparação de projetos de atos normativos para aregulamentação da lei dos sucos;

b) acompanhar e avaliar a aplicação da lei dos sucos, darespetiva regulamentação e legislação conexa com aatividade das organizações comunitárias;

c) elaborar relatórios periódicos sobre a adequação doquadro jurídico das organizações comunitárias para oseu bom funcionamento e para a prossecução dointeresse público que lhes incumba prosseguir;

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Jornal da República

Sexta-Feira, 14 de Junho de 2019Série I, N.° 23 A Página 27

d) assegurar a distr ibuição pelas organizaçõescomunitárias da legislação e dos regulamentos queconformam a respetiva atividade, bem como as suasatualizações;

e) desenvolver e distr ibuir, pelas organizaçõescomunitárias, materiais de informação pública eelucidários subordinados à temática do enquadramentojurídico da organização e funcionamento dos sucos;

f) estudar e realizar as consultas necessárias para odesenvolvimento e a implementação de mecanismosde resolução de conflitos que surjam entre sucos;

g) acompanhar a atividade desenvolvida pelos sucos eavaliar periodicamente o risco de surgimento de conflitosentre estes;

h) prestar assistência técnica às autoridades municipais eàs administrações municipais, quando solicitado, parao desenvolvimento e implementação de estratégias deprevenção e de resolução de conflitos entre sucos;

i) receber os relatórios de execução dos incentivosfinanceiros às lideranças comunitárias, consolidados anível municipal, e verificar se os mesmos prestam asinformações e cumprem as regras de instruçãodocumental previstas pelo presente diploma;

j) enviar aos presidentes das autoridades municipais eaos administradores municipais os recibos de receçãodos relatórios de execução dos incentivos financeirosàs lideranças comunitárias, consolidados a nívelmunicipal;

k) recusar a receção dos relatórios de execução dosincentivos financeiros às lideranças comunitárias,consolidados a nível municipal, que não prestem ainformação exigida no presente diploma, que não seencontrem documentalmente instruídos nos termos dopresente diploma ou que não hajam sido aprovados ouaprovados “sob reserva” pelo presidente da autoridademunicipal ou pelo administrador municipal, conforme ocaso;

l) proceder ao registo das notificações de recusa dareceção dos relatórios de execução dos incentivosfinanceiros às lideranças comunitárias, consolidados anível municipal;

m) receber e apresentar para decisão superior,devidamente informadas, as reclamações apresentadasà recusa da receção dos relatórios de execução dosincentivos financeiros às lideranças comunitárias,consolidados a nível municipal, que não prestem ainformação legalmente exigida ou que não se encontremdocumentalmente instruídos nos termos do presentediploma;

n) preparar o expediente de envio ao diretor-geral daadministração e finanças, os relatórios de execução dosincentivos financeiros às lideranças comunitárias,consolidados a nível municipal;

o) identificar as principais limitações das liderançascomunitárias e dos recursos humanos que prestam arespetiva atividade profissional nos serviços dossucos, em matéria de competências técnicas;

p) desenvolver estratégias, programas e medidas decapacitação das lideranças comunitárias e dos recursoshumanos que prestam a respetiva atividade profissionalnos serviços dos sucos, e promover a sua execução emcoordenação com outros órgãos da administraçãopública;

q) promover o estabelecimento de parcerias com órgãos eorganizações, nacionais ou internacionais, para apromoção da progressiva capacitação das liderançascomunitárias e dos recursos humanos que prestam arespetiva atividade profissional nos serviços dossucos;

r) desenvolver e executar, em coordenação com asautoridades municipais e as administrações municipais,programas de assistência técnica aos órgãos e serviçosdos sucos;

s) desenvolver e distribuir materiais informativos de apoioà atividade administrativa e financeira dos sucos;

t) realizar as demais tarefas ou atividades que lhe sejamcometidas por lei, regulamento ou determinaçãosuperior.

Artigo 31.o

Direção nacional do planeamento de desenvolvimentointegrado municipal

1. A direção nacional do planeamento de desenvolvimentointegrado municipal é o serviço da direção-geral da descen-tralização administrativa, responsável pela prática dos atosmateriais necessários ao exercício das competências dadireção-geral no domínio do desenvolvimento local.

2. Compete à direção nacional do planeamento dedesenvolvimento integrado municipal:

a) realizar os estudos e as consultas necessários para aformulação das políticas de desenvolvimento local ede desenvolvimento rural;

b) realizar estudos e consultas para a formulação dosprojetos de legislação e dos regulamentos necessáriospara a execução das políticas de desenvolvimento locale de desenvolvimento rural;

c) desenvolver e executar programas de educação cívicacom vista ao esclarecimento e formação dos cidadãospara as questões relacionadas com políticas dedesenvolvimento local ou de desenvolvimento rural;

d) desenvolver e executar um plano de comunicação com vista à melhoria da perceção pública daspolíticas de desenvolvimento local e de desenvolvi-mento rural;

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Série I, N.° 23 A Página 28Sexta-Feira, 14 de Junho de 2019

e) produzir  conteúdos  formativos  e  informativos  sobre as políticas de desenvolvimento local e dedesenvolvimento rural, assegurando a respetivasdivulgação através das novas plataformas decomunicação, designadamente através das redessociais;

f) produzir os materiais informativos e formativosnecessários para a realização de seminários,conferências, oficinas de trabalho, palestras e outroseventos de caráter formativo, apoiando a respetivaorganização, quando os mesmos se subordinem àstemáticas do desenvolvimento local ou dodesenvolvimento rural;

g) desenvolver e implementar estratégias, programas emedidas que visem a instituição das agências deplaneamento municipal, dos serviços municipais deplaneamento integrado e desenvolvimento e dosserviços locais de planeamento e desenvolvimentolocal, bem como a capacitação dos respetivos recursoshumanos;

h) acompanhar e, quando solicitado, prestar assistênciatécnica aos órgãos e serviços das autoridadesmunicipais e das administrações municipais naelaboração, revisão ou execução dos planos dedesenvolvimento municipal ou dos planos deinvestimento municipais;

i) receber e apresentar superiormente para aprovação,devidamente informadas, as propostas de planos dedesenvolvimento municipal e de planos de investimentomunicipais;

j) receber e compilar as atas das reuniões dos conselhosconsultivos municipais, dos conselhos de coordenaçãomunicipal e das assembleias dos postos administra-tivos, nas quais tenham sido aprovados pareceressobre os planos de desenvolvimento municipal ou sobreos planos de investimento municipais;

k) organizar as reuniões de trabalho da comissão derevisão técnica de projetos do planeamento dedesenvolvimento integrado municipal e do programanacional de desenvolvimento dos sucos, assegurar adocumentação das mesmas e o controlo da assiduidadedos respetivos membros;

l) assegurar a assistência técnica à comissão de revisãotécnica de projetos do planeamento de desenvolvimentointegrado municipal e do programa nacional dedesenvolvimento dos sucos;

m) elaborar os relatórios periódicos das atividadesrealizadas comissão de revisão técnica de projetos doplaneamento de desenvolvimento integrado municipale do programa nacional de desenvolvimento dos sucos;

n) desenvolver e distribuir materiais de apoio àsautoridades municipais e às administrações municipaispara a execução das operações de elaboração e de

execução dos planos de investimentos municipaisnomeadamente através de operações deaprovisionamento;

o) assegurar a existência de um serviço de informação àsautoridades municipais e às administrações municipaissobre planeamento e desenvolvimento local;

p) acompanhar e avaliar a execução física e financeira dosplanos de desenvolvimento municipais e dos planosde investimento municipais e formular asrecomendações necessárias para melhorar a eficácia ea eficiência do investimento público a nível municipal;

q) receber e analisar a informação constante dos relatóriosde execução física e financeira dos planos de desenvol-vimento municipais e dos planos de investimentomunicipais;

r) realizar as demais tarefas ou atividades que lhe sejamcometidas por lei, regulamento ou determinaçãosuperior.

Artigo 32.o

Direção nacional da organização urbana

1. A direção nacional da organização urbana é o serviço dadireção-geral da descentralização administrativa,responsável pela prática dos atos materiais necessários aoexercício das competências da direção-geral no domínioda promoção da higiene e organização urbana.

2. Compete à direção nacional da organização urbana:

a) prestar assistência técnica às autoridades municipais eàs administrações municipais, quando solicitado, noestabelecimento e gestão de sistemas de recolha etratamento de resíduos sólidos urbanos;

b) avaliar a eficácia dos sistemas de recolha e tratamentode resíduos sólidos urbanos geridos pelas autoridadesmunicipais e pelas administrações municipais;

c) prestar assistência técnica às autoridades municipais eàs administrações municipais, quando solicitado, naexecução dos procedimentos de licenciamento daafixação de mensagens publicitárias em espaçosurbanos;

d) estudar, desenvolver e realizar as consultas necessáriaspara a introdução de procedimentos de licenciamentodo exercício de atividades de venda ambulante;

e) prestar assistência técnica às autoridades municipais eàs administrações municipais, quando solicitado, paraa execução de planos de criação, requalificação econservação de jardins e parques urbanos;

f) prestar assistência técnica às autoridades municipais eàs administrações municipais, quando solicitado, paraa execução do programa de construção, ampliação erequalificação dos cemitérios públicos;

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Sexta-Feira, 14 de Junho de 2019Série I, N.° 23 A Página 29

g) prestar assistência técnica às autoridades municipais eàs administrações municipais, quando solicitado, paraa atribuição de topónimos às vias públicas;

h) prestar assistência técnica às autoridades municipais eàs administrações municipais, quando solicitado, naatribuição de números de polícia a imóveis;

i) gerir e atualizar um registo nacional de topónimos dasruas dos principais aglomerados populacionais deTimor-Leste, em articulação com as autoridadesmunicipais e administrações municipais;

j) realizar os estudos e as consultas necessárias para odesenvolvimento de propostas legislativas e depropostas de regulamentação para a elaboração,aprovação e execução dos planos de mobilidade urbana,em coordenação com o ministério das obras públicas,com o ministério dos transportes e comunicações, como ministério do interior e o ministério do planeamento einvestimento estratégico;

k) promover a publicação e divulgação de normativostécnicos legais no domínio da mobilidade urbana;

l) prestar assistência técnica às autoridades municipais eàs administrações municipais, quando solicitado, naelaboração e execução dos planos de mobilidadeurbana, em coordenação com o ministério das obraspúblicas, com o ministério dos transportes ecomunicações, com o ministério do interior e com oministério do planeamento e investimento estratégico;

m) assegurar a realização de estudos de organização dotráfego nos principais aglomerados populacionais;

n) prestar assistência técnica às autoridades municipais eàs administrações municipais, quando solicitado, emcoordenação com o ministério das obras públicas, como ministério dos transportes e comunicações, com oministério do interior e com o ministério do planeamentoe investimento estratégico, na execução de medidasque promovam a fluidez e segurança no tráfego urbanoe dos peões;

o) prestar assistência técnica às autoridades municipais eàs administrações municipais, quando solicitado, paraa gestão dos espaços de estacionamento de veículosmotorizados nos principais aglomerados populacionais;

p) realizar as demais tarefas ou atividades que lhe sejamcometidas por lei, regulamento ou determinaçãosuperior.

Artigo 33.o

Direção dos serviços

1. A direção-geral da descentralização administrativa é dirigidapor um diretor-geral, nomeado em comissão de serviço,pela comissão da função pública, nos termos da lei, ediretamente subordinado ao ministro.

2. As direções nacionais previstas nos artigos anteriores sãodirigidas por diretores nacionais, nomeados em comissãode serviço, pela comissão da função pública, nos termosda lei.

3. Os diretores nacionais a que alude o número anteriorencontram-se hierarquicamente subordinados ao diretor-geral a que se refere o n.° 1.

Seção IVInspeção-geral da administração estatal

Artigo 34.o

Definição

A inspeção-geral da administração estatal é o serviço centraldo ministério da administração estatal que, na dependência doministro, assegura o acompanhamento, a fiscalização e aavaliação da regularidade do funcionamento dos serviçoscentrais deste departamento governamental, bem como a boaadministração dos meios humanos, materiais e financeiros quea este são disponibilizados, assim como às pessoas coletivaspúblicas sujeitas à superintendência e ou tutela do ministro.

Artigo 35.o

Competências

1. Compete à inspeção-geral da administração estatal:

a) programar, planear e executar ações de inspeção e deauditoria aos órgãos e serviços centrais do ministério eàs pessoas coletivas públicas sujeitas àsuperintendência e ou tutela do ministro;

b) identificar situações de incumprimento do quadro legalvigente, de irregular funcionamento dos órgãos ou dosserviços centrais do ministério e das pessoas coletivaspúblicas sujeitas à superintendência e ou tutela doministro, bem como de má utilização de recursospúblicos por parte deste;

c) elaborar os relatórios finais das ações de inspeção oude auditoria;

d) estudar, desenvolver e propor ao ministro medidas deprevenção de riscos de corrupção ou de má utilizaçãode recursos públicos;

e) propor ao ministro as medidas necessárias para apromoção do cumprimento do quadro legal vigente,para a normalização do funcionamento dos órgãos oudos serviços auditados ou inspecionados e para aadoção de boas práticas de gestão administrativa,financeira, patrimonial e de recursos humanos públicos;

f) informar o ministro acerca dos factos passíveis deconstituírem ilícito criminal e acerca da identidade dosautores dos mesmos;

g) informar o ministro acerca dos factos passíveis deconstituírem ilícito financeiro e acerca da identidadedos autores dos mesmos;

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Série I, N.° 23 A Página 30Sexta-Feira, 14 de Junho de 2019

h) informar o ministro acerca dos factos passíveis deconstituírem ilícito disciplinar e acerca da identidadedos autores dos mesmos;

i) acompanhar a execução das medidas recomendadaspela própria inspeção-geral da administração estatalpara a promoção do cumprimento do quadro legalvigente, com vista à normalização do funcionamentodos órgãos ou dos serviços auditados ou inspeccio-nados e para a adoção de boas práticas de gestãoadministrativa, financeira, patrimonial e de recursoshumanos públicos e avaliar os resultados alcançados;

j) elaborar pareceres sobre os relatórios de execução doorçamento anual do ministério e das pessoas coletivaspúblicas sujeitas à superintendência e ou tutela doministro, nomeadamente quanto à legalidade dasoperações financeiras realizadas e à eficiência dautilização dos recursos financeiros públicos àquelesdisponibilizados anualmente;

k) executar as demais atividades de fiscalização e auditoriaque se revelem necessárias, que lhe sejamsuperiormente determinadas e que não incumbam aoutro órgão ou serviço da administração pública.

2. A inspeção-geral da administração estatal desenvolve asua atividade em coordenação e colaboração com asagências de fiscalização municipal, com a inspeção-geraldo estado e com a câmara de contas do superior tribunaladministrativo, fiscal e de contas.

Artigo 36.o

Direção dos serviços

1. A inspeção-geral da administração estatal é dirigida por uminspetor-geral, equiparado a diretor-geral, nomeado emcomissão de serviço pela comissão da função pública, nostermos da lei, e diretamente subordinado ao ministro.

2. O inspetor-geral é coadjuvado por dois subinspetores-gerais, equiparados a diretores nacionais, nomeados emcomissão de serviço pela comissão da função pública, nostermos da lei, e diretamente subordinados àquele.

Seção VUnidade de aprovisionamento descentralizado

Artigo 37.o

Definição

A unidade de aprovisionamento descentralizado é o serviçocentral do ministério da administração estatal que, nadependência do ministro, assegura apoio técnico e adminis-trativo aos órgãos e serviços deste departamento governa-mental na programação e execução das operações deaprovisionamento e de contratação pública.

Artigo 38.o

Competências

Compete à unidade de aprovisionamento descentralizado:

a) abrir, instruir e desenvolver os procedimentos de aprovisio-namento, de acordo com o quadro legal vigente, de acordocom o plano anual de aprovisionamento e de acordo comas orientações emanadas do ministro;

b) criar e manter atualizado um registo completo de todos osprocedimentos de aprovisionamento realizados;

c) criar e manter atualizado o ficheiro de fornecedores doministério;

d) recusar a abertura dos procedimentos de aprovisionamentoque não se encontrem previstos pelo plano anual deaprovisionamento, não se encontrem previamenteautorizados pelo ministro, ou pelo órgão que disponha decompetência delegada para o efeito, ou cujo valor exceda oâmbito de competências do ministro;

e) elaborar as minutas dos contratos públicos a assinar, peloministro ou por órgão que disponha de competênciadelegada para o efeito, em representação do Estado;

f) acompanhar a execução dos contratos públicos assinadospelo ministro ou por órgão que disponha de competênciadelegada para o efeito e informar superiormente as situaçõesde cumprimento defeituoso ou incumprimento de que tomeconhecimento;

g) dar parecer sobre a conformidade das obras, dos bens oudos serviços executados ao abrigo dos contratos públicos,assinados pelo ministro ou por órgão que disponha decompetência delegada para o efeito, com as especificaçõestécnicas constantes dos documentos que instruíram oprocedimento de aprovisionamento;

h) prestar assistência técnica às autoridades municipais e àsadministrações municipais, sempre que por estas lhe sejasolicitada, na organização e execução de operações deaprovisionamento ou de preparação e execução decontratos públicos;

i) realizar as demais tarefas ou atividades que lhe sejamcometidas por lei, regulamento ou determinação superior.

Artigo 39.o

Direção dos serviços

A unidade de aprovisionamento descentralizado é dirigida porum diretor, equiparado a Diretor Nacional, nomeado emcomissão de serviço pela comissão da função pública, nostermos da lei, e diretamente subordinado ao ministro.

Seção VIUnidade de assessoria técnica

Artigo 40.o

Definição

A unidade de assessoria técnica é o serviço central doministério da administração estatal que, na dependência doministro, assegura assistência técnica altamente especializadaaos órgãos e serviços centrais do ministério.

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Sexta-Feira, 14 de Junho de 2019Série I, N.° 23 A Página 31

Artigo 41.o

Competências

Compete à unidade de assessoria técnica:

a) garantir o apoio técnico especializado aos membros doGoverno e aos dirigentes da administração pública queexerçam funções no ministério;

b) elaborar estudos técnicos sobre matérias relacionadascom as atribuições do ministério;

c) elaborar pareceres e informações sobre os recursosadministrativos interpostos para ministro ou para órgãoem quem este delegue a decisão dos mesmos;

d) analisar e prestar informação sobre as propostas deminutas de contratos, de protocolos ou de outrosdocumentos que constituam obrigações para o Estado;

e) apoiar os órgãos e serviços centrais do ministério notratamento, na classificação e na organização delegislação, de jurisprudência ou de doutrina comrelevância para a prossecução das atribuições doministério, incluindo os pareceres jurídicos externos, eapoiar a respetiva divulgação;

f) promover junto dos órgãos e serviços centrais doministério, a aplicação uniforme das leis e dosregulamentos, nomeadamente através da divulgaçãodo entendimento jurídico a adotar;

g) apoiar os serviços do ministério na redação deiniciativas legislativas, de projetos de regulamentos oude despachos;

h) estudar, conceber e desenvolver um plano derequalificação dos recursos humanos da AdministraçãoLocal;

i) prestar apoio técnico para a realização de ações deformação ou de divulgação pública das políticas, dosprogramas e da legislação relacionados com asatribuições do ministério;

j) apoiar a elaboração de comunicados sobre a atividadedesenvolvida pelos órgãos e serviços do ministério;

k) apoiar a organização, produção e edição de boletins,newsletters ou quaisquer publicações do ministério;

l) apoiar a gestão e a atualização dos conteúdosdivulgados pelo ministério através da sua página nainternet ou das redes sociais;

m) apoiar as relações protocolares que os membros doGoverno, que exerçam funções no âmbito do ministério,estabeleçam com outros órgãos de soberania, parceirosinternacionais para o desenvolvimento ou comorganizações cívicas, políticas ou religiosas;

n) realizar as demais tarefas ou atividades que lhe sejam

cometidas por lei, regulamento ou determinaçãosuperior.

Artigo 42.o

Direção dos serviços

A unidade de assessoria técnica é dirigida por um diretor,equiparado a Diretor Nacional, nomeado em comissão deserviço pela comissão da função pública, nos termos da lei, ediretamente subordinado ao ministro.

Seção VIIAdministrações municipais e autoridades municipais

Artigo 43.o

Definição

As administrações municipais e as autoridades municipais sãoos serviços da administração local do Estado que visamassegurar a realização das funções administrativas do Estadoao nível dos municípios e ao nível dos postos administrativose que dependem hierárquica e organicamente do ministro daadministração estatal.

Artigo 44.o

Competências, organização e funcionamento

As normas jurídicas relativas às competências, à organizaçãoe ao funcionamento das administrações municipais e dasautoridades municipais são aprovadas por decreto-lei.

Artigo 45.o

Direção dos serviços

As normas jurídicas relativas ao provimento dosadministradores municipais, dos presidentes das autoridadesmunicipais e dos demais dirigentes e chefias das adminis-trações municipais e das autoridades municipais são aprovadaspor decreto-lei.

CAPÍTULO VSERVIÇOS DA ADMINISTRAÇÃO INDIRETA

Artigo 46.o

Enumeração

O ministério da administração estatal integra as seguintespessoas coletivas de direito público, no âmbito da suaadministração indireta:

a) o secretariado técnico da administração eleitoral;

b) o arquivo nacional de Timor-Leste;

c) o secretariado técnico do programa nacional de desenvolvi-mento dos sucos.

Artigo 47.o

Secretaria do técnico da administração eleitoral

1. O secretariado técnico da administração eleitoral,

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Série I, N.° 23 A Página 32Sexta-Feira, 14 de Junho de 2019

abreviadamente denominado STAE, é uma pessoa coletivade direito público, dotada de autonomia administrativa,financeira, técnica e patrimonial, sob a forma de serviçopersonalizado.

2. O STAE está sujeito à superintendência e tutela do ministroda administração estatal.

3. As normas jurídicas que definem as atribuições, a organiza-ção e o funcionamento do STAE são aprovadas pordecreto-lei.

Artigo 48.o

Arquivo nacional de Timor-Leste

1. O arquivo nacional de Timor-Leste, abreviadamentedenominado ANTL, é um instituto público, dotado depersonalidade jurídica, com autonomia administrativa,financeira, técnica e património próprio.

2. O ANTL está sujeito à superintendência e tutela do ministroda administração estatal.

3. As normas jurídicas que definem as atribuições, aorganização e o funcionamento do ANTL são aprovadaspor decreto-lei.

Artigo 49.o

Secretariado técnico do programa nacional dedesenvolvimento dos sucos

1. O secretariado técnico do programa nacional de desen-volvimento dos sucos, abreviadamente denominado ST-PNDS, é uma pessoa coletiva de direito público, sob aforma de serviço personalizado, dotada de autonomiaadministrativa, financeira e técnica e património próprio.

2. O ST-PNDS está sujeito à superintendência e tutela doministro da administração estatal.

3. As normas jurídicas que definem as atribuições, aorganização e o funcionamento do ST-PNDS são aprovadaspor decreto-lei.

CAPÍTULO VIDISPOSIÇÕES FINAIS

Artigo 50.°Transição de serviços

1. Transitam para a direção-geral de administração e finançasdo ministério da administração estatal os processos, osarquivos, os recursos humanos, o mobiliário, os equipa-mentos informáticos e os veículos afetos aos extintosserviços:

a) da direção-geral de serviços corporativos do ministérioda administração estatal;

b) da unidade de tecnologias da informação e dacomunicação do ministério da administração estatal;

c) do gabinete coordenador das relações com a autoridadeda região administrativa especial de Oe-Cusse Ambeno.

2. Transitam para a direção-geral da descentralizaçãoadministrativa os processos, os arquivos, os recursoshumanos, o mobiliário, os equipamentos informáticos e osveículos afetos aos extintos serviços:

a) da direção-geral da organização urbana;

b) da unidade técnica de apoio às comissões de revisãotécnica de projetos do planeamento de desenvolvi-mento integrado municipal e do programa nacional dedesenvolvimento dos sucos.

3. Transitam para as autoridades municipais ou para asadministrações municipais com competência territorialsobre a circunscrição administrativa onde se encontremos recursos humanos, os processos, os arquivos, omobiliário, os equipamentos e os veículos do Estado afetosaos serviços dos secretariados locais de apoio à instalaçãodos municípios.

4. Na eventualidade de o número de funcionários e agentesda administração pública, que transitam dos serviçosextintos, ultrapassar as necessidades de recursos humanosdo serviço recetor, o ministro determina à afetação dosfuncionários e agentes excedentários a outros serviços doministério, em coordenação com a comissão da funçãopública.

5. Os funcionários e os agentes da administração pública quetransitem para os serviços da administração local, nostermos do número anterior, têm direito a receber ossuplementos remuneratórios previstos na lei.

Artigo 51.°Remissões

1. As referências feitas na lei, em regulamento, em contratoou em qualquer acordo, independentemente da designaçãoformal do mesmo, à direção-geral de serviços corporativosdo ministério da administração estatal ou ao diretor-geralde serviços corporativos do ministério da administraçãoestatal consideram-se feitas, respetivamente à direção-geralde administração e finanças do ministério da administraçãoestatal e ao diretor-geral de administração e finanças doministério da administração estatal.

2. As referências feitas na lei, em regulamento, em contratoou em qualquer acordo, independentemente da designaçãoformal do mesmo, à direção-geral da organização urbanaou ao diretor-geral da organização urbana consideram-sefeitas, respetivamente à direção-geral da descentralizaçãoadministrativa e ao diretor-geral da descentralizaçãoadministrativa.

3. Consideram-se feitas à direção nacional da organizaçãourbana e ao diretor nacional da organização urbana asreferências feitas na lei, em regulamento, em contrato ouem qualquer acordo, independentemente da designaçãoformal do mesmo, respetivamente, à:

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Sexta-Feira, 14 de Junho de 2019Série I, N.° 23 A Página 33

a) direção nacional para a higiene e ordem pública ou aodiretor nacional para a higiene e ordem pública;

b) direção nacional de toponímia ou ao diretor nacionalde toponímia;

c) direção nacional para a mobilidade urbana ou ao diretornacional para a mobilidade urbana.

4. As referências feitas na lei, em regulamento, em contratoou em qualquer acordo, independentemente da designaçãoformal do mesmo, à unidade técnica de apoio às comissõesde revisão técnica de projetos do planeamento dedesenvolvimento integrado municipal e do programanacional de desenvolvimento dos sucos consideram-sefeitas, à direção nacional do planeamento dedesenvolvimento integrado municipal.

Artigo 52.°Apresentação de requerimentos à administração pública

1. Os requerimentos dirigidos a órgãos da administraçãopública que não disponham de serviços na área deresidência dos interessados podem ser apresentados naautoridade municipal ou na administração municipal comcompetência territorial sobre a circunscrição administrativaque abranja a área de residência daqueles, que osencaminham aos órgãos com competência decisória emrazão da matéria.

2. Compete ao ministro da administração estatal regulamentar,através de diploma ministerial, o disposto pelo númeroanterior.

Artigo 53.°Contratos administrativos interorgânicos e contratos

interadministrativos

1. O ministro da administração estatal, sem prejuízo daprossecução das atribuições lhe incumbem nos termos dalei, celebra com outros órgãos da administração pública oscontratos administrativos interorgânicos que se revelemnecessários para o aprofundamento do processo dedesconcentração administrativa, com o objetivo deaumentar a acessibilidade das populações locais àprestação de bens e serviços públicos.

2. O Estado, por intermédio do ministro da administraçãoestatal ou de órgão com competência delegada para esseefeito, celebra contratos interadministrativos com outraspessoas coletivas públicas, de âmbito local, com o objetivode lhes delegar a prossecução de atribuições ou o exercíciosde competências que permitam aumentar a acessibilidadedas populações locais à prestação de bens e serviçospúblicos ou a prestação destes de forma mais efetiva, eficazou eficiente.

Artigo 54.°Logótipo do ministério da administração estatal

1. É aprovado o logótipo do ministério da administração estatal,cuja representação gráfica consta do Anexo I ao presentediploma e que deste faz parte para todos os efeitos legais.

2. O logótipo do ministério da administração estatal:

a) tem uma forma circular que se expande do centro para aperiferia, representando a força centrifuga associadaao processo de descentralização administrativaterritorial;

b) a forma circular encontra-se dividida por treze raiosque representam as treze circunscrições administrativasde primeiro escalão;

c) os raios da forma circular encontram-se perpendicu-larmente divididos por circunferências entre si paralelase que representam as sessenta e cinco circunscriçõesadministrativas e segundo escalão;

d) no interior da primeira circunferência encontra-serepresentado o mapa de Timor-Leste;

e) o logótipo é representado nas cores da BandeiraNacional.

3. O logótipo a que alude o n.° 1 é de uso obrigatório nosdocumentos oficiais produzidos pelos órgãos ou serviçosdo ministério da administração estatal, integrados noâmbito da administração direta do Estado.

4. As regras de utilização do logótipo do ministério daadministração estatal são aprovadas por diploma ministerialdo ministro da administração estatal.

Artigo 55.°Regulamentação

A regulamentação do presente decreto-lei e as normas relativasà organização funcional e ao funcionamento do ministério daadministração estatal são aprovadas por diploma ministerialaprovado pelo ministro da administração estatal.

Artigo 56.°Revogação

São revogados:

a) o Decreto-Lei n.° 12/2015, de 3 de junho;

b) o Diploma Ministerial n.° 24/2015, de 14 de outubro.

Artigo 57.°Entrada em vigor

O presente decreto-lei entra em vigor no dia seguinte ao dasua publicação.

Aprovado em Conselho de Ministros em 09 de Janeiro de 2019.

O Primeiro-Ministro,

________________Taur Matan Ruak

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Série I, N.° 23 A Página 34Sexta-Feira, 14 de Junho de 2019

O Vice-Ministro da Administração Estatal e Ministro da Administração Estatal em exercício,

__________________Abílio José Caetano

Promulgado em 11 / 6 / 2019

Publique-se.

O Presidente da República,

_________________________Dr. Francisco Guterres Lú Olo

ANEXO I(artigo 54.o)

LOGÓ TIPO DO MINISTÉRIO DA ADMINISTRAÇÃO ESTATAL

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Sexta-Feira, 14 de Junho de 2019Série I, N.° 23 A Página 35

DECRETO-LEI N.º 12 /2019

de 14 de Junho

ORGÂNICA DO MINISTÉRIO DO TURISMO,COMÉRCIO E INDÚSTRIA

O programa do VIII Governo Constitucional continua a dardestaque à necessidade de prosseguir com o processo dedesenvolvimento das atividades turísticas, comerciais eindustriais implementadas pelos Governos anteriores, ofortalecimento do setor privado da economia e contribuir paraa redução da pobreza, lançando assim as bases para adinamização do processo do desenvolvimento económico dopaís.

O crescimento económico que o país presenciou nos últimosanos, reclama uma estrutura ministerial mais eficiente e efetivano apoio direto às atividades dos setores do turismo, docomércio e da indústria.

O Ministério do Turismo, Comércio e Indústria contempla umaestrutura organizacional assente nos organismos e serviçosque atuam no domínio das atividades económicas dos sectoresdo turismo, comércio e indústria, visando desta forma contribuirpara a implementação do plano estratégico de desenvol-vimento.

Assim,

O Governo decreta, nos termos do n.º 3 do Artigo 115.º daConstituição da República e do do n.º 3 do artigo 29.º e do don.º 1 do artigo 40.º, ambos, do Decreto-Lei n.º 14/2018 de 17 deagosto, para valer como lei, o seguinte:

CAPÍTULO INATUREZA E ATRIBUIÇÕES

Artigo 1.°Objeto

O presente decreto-lei aprova a orgânica do Ministério doTurismo, Comércio e Indústria, abreviadamente designado porMTCI.

Artigo 2.°Natureza e atribuições

1. O Ministério do Turismo, Comércio e Indústria é odepartamento governamental responsável pela conceção,execução, coordenação e avaliação das políticas, definidase aprovadas pelo Conselho de Ministros para as áreas doturismo, das atividades económicas comerciais eindustriais.

2. O Ministério do Turismo, Comércio e Indústria prossegueas seguintes atribuições:

a) Propor políticas e elaborar os projetos de legislação ede regulamentação necessários às suas áreas de tutela;

b) Conceber, executar e avaliar as políticas do turismo, docomércio e da indústria;

c) Contribuir para a dinamização da atividade económica,inclusive no que toca à competitividade nacional einternacional;

d) Apoiar as atividades dos agentes económicos,promovendo as diligências necessárias à valorizaçãode soluções que tornem mais simples e célere atramitação processual;

e) Apreciar e licenciar projetos de instalações e defuncionamento de empreendimentos turísticos,comerciais e industriais;

f) Inspecionar e fiscalizar as atividades e os empreendi-mentos turísticos, comerciais e industriais, nos termosda lei;

g) Manter e administrar um centro de informação edocumentação sobre empresas;

h) Propor a qualificação e a classificação dos empreendi-mentos industriais, nos termos da legislação aplicável;

i) Organizar e administrar o registo da propriedadeindustrial;

j) Promover as regras internas e internacionais denormalização, metrologia e controlo de qualidade,padrões de medida de unidades e de magnitude física;

k) Contribuir para a dinamização do setor do turismo epropor medidas e políticas públicas relevantes para seudesenvolvimento;

l) Estabelecer mecanismos de colaboração e cooperação,com organismos nacionais e internacionais cuja açãovise as áreas de atuação do Ministério, nomeadamentecom a Câmara de Comércio e Indústria de Timor-Leste(CCI-TL), Organização Mundial do Comércio,Organização Mundial do Turismo e “Pacific AsiaTourism Organization”;

m) Apoiar as atividades dos agentes económicos do setorturístico promovendo as diligências necessárias àvalorização de soluções que tornem mais simples ecélere a tramitação processual do respetivo licencia-mento;

n) Dar parecer sobre pedidos de informação prévia para oestabelecimento de empresas turísticas;

o) Apreciar, licenciar os projetos de instalações e fiscalizaro funcionamento dos empreendimentos turísticos emcoordenação com o Ministério das Obras Públicas, bemcomo qualificar e classificar os mesmos;

p) Superintender, inspecionar e fiscalizar os jogos sociaise de diversão, máquinas de jogo e jogos tradicionais;

q) Propor os projetos de legislação e de regulamentaçãonecessários para o exercício da atividade de casino;

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Série I, N.° 23 A Página 36Sexta-Feira, 14 de Junho de 2019

r) Manter e administrar um centro de informação edocumentação sobre empresas e atividades do setorturístico;

s) Suspender e revogar a licença do exercício dasatividades turísticas, nos termos da lei;

t) Elaborar o plano anual de atividades promocionais parao desenvolvimento do turismo com respetiva estimativade custos;

u) Implementar e executar a legislação relativa à instalação,licenciamento e verificação das condições defuncionamento dos equipamentos turísticos;

v) Estabelecer mecanismos de colaboração com outrosserviços e organismos governamentais com tutela sobreáreas conexas, nomeadamente os serviços competentespelo ordenamento e desenvolvimento físico doterritório, com vista à promoção de zonas estratégicasde desenvolvimento turístico, comercial ou industrial;

w) Colaborar, com organismos e institutos públicoscompetentes, na promoção e divulgação de Timor-Leste,junto a investidores e operadores turísticos, assegu-rando a divulgação da informação necessária.

CAPÍTULO IIESTRUTURA ORGÂNICA

Artigo 3.ºDireção, Tutela e Superintendência

1. O MTCI é superiormente dirigido pelo Ministro do Turismo,Comércio e Indústria, que por ele responde perante oPrimeiro-Ministro.

2. O Ministro é coadjuvado no exercício das suas funçõespelo Vice-Ministro do Turismo, Comércio e Indústria, queo substitui nas suas ausências ou impedimentos.

3. O Vice-Ministro não dispõe de competência própria, exceptono que se refere ao respetivo gabinete, e exerce, em cadacaso, a competência que nele for delegada pelo Ministro.

4. Os organismos da Administração indireta do Estado,enumerados no artigo 5.° desta orgânica, sob a tutela esuperintendência do Ministro do Turismo, Comércio eIndústria, prosseguem as suas atribuições de acordo comas orientações superiores do Ministro.

Secção IEstrutura Geral

Artigo 4.ºÓrgãos e Serviços

O MTCI prossegue as suas atribuições através de órgãos eserviços integrados na administração direta do Estado e depessoas coletivas públicas integradas na administração indiretado Estado.

Artigo 5.ºAdministração Direta do Estado

1. Integram a administração direta do Estado, no âmbito doMTCI, os seguintes serviços centrais:

a) A Direção-Geral de Coordenação, Administração,Finanças e Planeamento;

b) A Direção-Geral do Turismo;

c) A Direção-Geral do Comércio;

d) A Direção-Geral da Indústria;

e) O Gabinete de Inspeção e de Auditoria Interna;

f) O Gabinete de Apoio Técnico e Jurídico;

g) A Inspeção-Geral de Jogos.

2. A Direção-Geral de Coordenação, Administração, Finançase Planeamento integra as seguintes Direções Nacionais:

a) A Direção Nacional de Coordenação de Serviços ePlaneamento;

b) A Direção Nacional de Pesquisa e Estatística;

c) A Direção Nacional de Finanças;

d) A Direção Nacional de Recursos Humanos;

e) A Direção Nacional de Aprovisionamento;

f) A Direção Nacional de Logística e Património.

3. A Direção-Geral do Turismo integra as seguintes DireçõesNacionais:

a) A Direção Nacional do Desenvolvimento Turístico;

b) A Direção Nacional de Empreendimentos, Atividades eProdutos Turísticos;

c) A Direção Nacional de Promoção Turística e RelaçõesInternacionais.

4. A Direção-Geral do Comércio integra as seguintes DireçõesNacionais:

a) A Direção Nacional do Comércio Interno;

b) A Direção Nacional do Comércio Externo;

c) A Direção Nacional de Marketing;

d) A Direção Nacional de Regulação Comercial e Proteçãode Consumidores.

5. A Direção-Geral da Indústria integra as seguintes DireçõesNacionais:

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Sexta-Feira, 14 de Junho de 2019Série I, N.° 23 A Página 37

a) A Direção Nacional do Desenvolvimento Industrial;

b) A Direção Nacional da Indústria Manufatureira;

c) A Direção Nacional de Apoio e Desenvolvimento aMicro, Pequenas e Médias Empresas.

6. Integra ainda a estrutura do MTCI, a Inspeção-Geral deJogos, dotada de autonomia técnica e administrativa, massob a tutela funcional e superintendência do Ministro.

7. O MTCI integra, ainda, no âmbito da administração direta,um Conselho Consultivo.

Artigo 6.ºAdministração Indireta do Estado

Prosseguem as atribuições do MTCI, sob a tutela e superinten-dência do respetivo Ministro, os seguintes organismos:

a) O Centro Logístico Nacional, CLN;

b) O Instituto para a Qualidade de Timor-Leste, IQTL, IP;

c) O Centro de Convenções de Díli.

Artigo 7.ºCoordenação dos Serviços

Os serviços do MTCI regem-se pelas políticas definidas peloGoverno e pelos objetivos consagrados nos planos deatividades anuais e plurianuais aprovados pelo Ministro.

SECÇÃO IIADMINISTRAÇÃO DIRETA DO ESTADO

SUBSECÇÃO IDIREÇÃO-GERAL DE COORDENAÇÃO,

ADMINISTRAÇÃO, FINANÇAS E PLANEAMENTO

Artigo 8.ºNatureza e competências

1. A Direção-Geral de Coordenação, Administração, Finançase Planeamento, abreviadamente designada por DGCAFP éo serviço central do MTCI responsável por assegurar aorientação geral e a coordenação integrada de todos osserviços do ministério, nomeadamente nas áreas daadministração e finanças, dos recursos humanos, doaprovisionamento, da logística, da gestão de projetos, darecolha de dados, da pesquisa e da estatística, da formaçãoe do planeamento, de acordo com o programa do Governo,as políticas e os programas do MTCI e as orientaçõessuperiores.

2. Compete à DGCAFP:

a) Assegurar a coordenação dos serviços do ministério,com vista a uma atuação integrada e uniforme dosprocedimentos na elaboração, preparação e execuçãodas atividades anuais e plurianuais, bem como aavaliação dos indicadores de desempenho dos serviçosdo MTCI;

b) Definir, articular e formular os instrumentos deplaneamento estratégico e operacional do MTCI, bemcomo dos organismos sujeitos à superintendência etutela do Ministro;

c) Contribuir para a definição e a formulação de políticaspúblicas relativas à dinamização da atividadeeconómica, em coordenação com as demais direções-gerais do MTCI;

d) Conduzir estudos para a formulação de políticaspúblicas relativamente ao desenvolvimento económico,em coordenação com as direções-gerais do MTCI;

e) Coordenar e elaborar com as demais direções-gerais,os relatórios trimestral e anual das atividades doministério;

f) Elaborar e apoiar a criação de instrumentos deplaneamento e programação financeira para os projetosfinanciados pelo MTCI, designadamente os projetosem regime de parceria público-privadas, sem prejuízodas atribuições do Ministério das Finanças;

g) Zelar pelo eficiente planeamento e execução orçamentaldas direções e demais entidades tuteladas peloministério;

h) Coordenar o processo de planeamento, seleção eexecução das políticas e estratégias de gestão derecursos humanos do ministério, em coordenação coma Comissão da Função Pública;

i) Formular projetos e programas para a formação geral,técnico profissional e especializada dos funcionáriosdo ministério, submetendo-os à aprovação do Ministro;

j) Zelar pela seguranças, manutenção e conservaçãopatr imónio do Estado afeto ao ministério, emcolaboração com outros serviços com competêncialegal neste domínio;

k) Coordenar e articular com os organismos sujeitos àsuperintendência e tutela do Ministro, as atividadesrelacionadas com a elaboração, a execução, o acompa-nhamento e a avaliação dos planos anuais e plurianuais,bem como do aprovisionamento e do orçamento internodo ministério;

l) Coordenar e apoiar a implementação de políticasrelacionadas com os serviços centrais e com osorganismos da administração indireta, no âmbito doministério;

m) Apoiar a definição de critérios e de eventuais medidasfinanceiras de apoio às estruturas empresariais para ossetores do turismo, do comércio e da indústria;

n) Coordenar com outros organismos, legalmentecompetentes para o efeito, os processos de celebraçãode contratos-programa para a eventual afetação deconcessões, arrendamentos ou subvenções públicas;

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Série I, N.° 23 A Página 38Sexta-Feira, 14 de Junho de 2019

o) Assegurar a transparência dos procedimentos deaprovisionamento e de execução orçamental;

p) Formular propostas para a construção, a aquisição oua locação de infraestruturas, de equipamentos e deoutros bens necessários à prossecução das atribuiçõesdo ministério ou à execução das políticas definidas peloMinistro;

q) Manter e atualizar o sítio eletrónico do ministério, apoiara conetividade da rede de comunicação e garantir aconfidencialidade dos dados e registos informáticos,de acordo com a lei;

r) Assegurar a recolha, o arquivo, a conservação e otratamento informático da documentação respeitanteao ministério, com especial relevo para os contratospúblicos, os acordos internacionais, os protocolos, asinformações de empresas e a circulação regular doJornal da República;

s) Prestar o apoio necessário à promoção de atividadesdesenvolvidas no MTCI, através da criação e damanutenção de canais de comunicação que facilitem asua divulgação;

t) Dinamizar o Grupo de Trabalho Nacional de Género doMTCI;

u) Realizar quaisquer outras tarefas que lhe sejamatribuídas por lei, regulamento ou determinaçãosuperior.

Artigo 9.ºDireção Nacional de Coordenação de Serviços e

Planeamento

1. A Direção Nacional de Coordenação de Serviços ePlaneamento, abreviadamente designada por DNCSP, é oserviço da DGCAFP, responsável pela execução dasmedidas superiormente definidas para as áreas decoordenação de serviços, de estudos e formulação depolíticas públicas e de planeamento.

2. Compete à DNCSP:

a) Promover as necessárias interligações entre as direçõesresponsáveis pelo planeamento, pelos estudos e pelasiniciativas que envolvam a participação conjunta dosserviços do ministério;

b) Assegurar o cumprimento das orientações, das normase dos prazos para os trabalhos de preparação ou deexecução de estudos, de projetos e de relatórios doMTCI;

c) Assegurar a execução da política económica do MTCI,através da definição de estratégias e de instrumentosde implementação das políticas do turismo, do comércioe da indústria, potencialmente geradores de ganhos deprodutividade e de competitividade;

d) Avaliar o impacto económico de programas ou projetos

de investimento suscetíveis de serem apoiadas peloEstado através do MTCI ou de organismos sujeitos àsuperintendência e tutela do Ministro;

e) Acompanhar a evolução da economia nacional einternacional e, fazer previsões a curto e médio prazospara os setores do turismo, do comércio e da indústriana perspetiva de especialização e da competitividadeinternacional da economia nacional;

f) Apoiar o Ministro no acompanhamento das atividadesdesenvolvidas pelas pessoas coletivas públicassujeitas à superintendência e tutela do mesmo,nomeadamente através da elaboração de informações,relatórios ou recomendações, especialmente quanto aosprotocolos, aos acordos e às convenções internacio-nais que as mesmas se proponham celebrar;

g) Analisar e dar parecer sobre o estabelecimento deparcerias internacionais no âmbito das atribuiçõesprosseguidas pelo MTCI, analisando a respetivarelação custo-benefício para o país;

h) Coordenar com as outras direções na elaboração doplano estratégico e operacional das atividades doministério;

i) Realizar as demais tarefas que lhe sejam atribuídas porlei, regulamento ou determinação superior.

Artigo 10.ºDireção Nacional de Pesquisa e Estatística

1. A Direção Nacional de Pesquisa e Estatística, abreviada-mente designada por DNPE, é o serviço da DGCAFP,responsável pela execução das medidas superiormentedefinidas para as áreas de pesquisa e da estatística.

2. Compete à DNPE:

a) Promover, coordenar e executar estudos de situação,global e setorial, com vista à formulação de medidas epolíticas relevantes para as áreas de intervenção doministério;

b) Desenvolver programas internos ou em cooperaçãotécnica com outras organizações nacionais ouinternacionais, para a recolha e tratamento de dadosrelativos à atividade económica nas áreas do turismo,do comércio e da indústria, dos agentes económicos esociais;

c) Realizar sondagens e estudo de casos em matériaeconómica;

d) Assegurar a análise de informação estatística relevantepara a esfera de atuação do ministério, em coordenaçãocom os serviços da Direção-Geral de Estatística doMinistério das Finanças;

e) Conceber, implementar e gerir um sistema estruturadode informação económica para uso do MTCI e para adivulgação externa, sempre que apropriado;

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Sexta-Feira, 14 de Junho de 2019Série I, N.° 23 A Página 39

f) Assegurar a resposta a pedidos, internos ou externosde informação;

g) Definir e implementar um sistema integrado deindicadores de estatística na área económica,designadamente dos setores do turismo, do comércioe da indústria, sem prejuízo das atribuições do Ministériodas Finanças;

h) Realizar as demais tarefas que lhe sejam atribuídas porlei, regulamento ou determinação superior.

Artigo 11.ºDireção Nacional de Finanças

1. A Direção Nacional de Finanças, abreviadamente designadapor DNF, é o serviço da DGCAFP, responsável pelaexecução das medidas superiormente definidas para asáreas da programação e execução orçamental e dacontabilidade pública.

2. Compete à DNF:

a) Zelar pela eficiente execução das dotações orçamentaisdo ministério;

b) Assegurar a transparência dos procedimentos deexecução das despesas e de arrecadação das receitaspúblicas a cargo do ministério;

c) Coordenar as atividades relacionadas com aelaboração, a execução, o acompanhamento e a avalia-ção dos planos anuais e plurianuais, na vertentefinanceira e do orçamento anual do ministério;

d) Providenciar os meios necessários para assegurar aparticipação dos dirigentes e dos funcionários doministério nos eventos nacionais e internacionais;

e) Apoiar a definição de critérios e de medidas financeirasde apoio às estruturas empresariais para os setores doturismo, do comércio e da indústria, de acordo com oorçamento e em colaboração com outros serviçospúblicos relevantes;

f) Coordenar o processo de elaboração dos contratos eprogramas que se destinem à eventual concessão desubvenções públicas cujo pagamento tenhacontrapartida nas dotações orçamentais do MTCI;

g) Assegurar o processamento dos vencimentos eabonos relativos ao pessoal, bem como o expedienterelacionado com os benefícios sociais a que o mesmotenha direito;

h) Participar na publicação e na divulgação de informaçõesoficiais relacionadas com as áreas de interesse doministério;

i) Sistematizar e padronizar os procedimentosadministrativos do ministério que estejam relacionadoscom as atividades de programação ou de execuçãoorçamental ou com a contabilidade pública;

j) Realizar as demais tarefas que lhe sejam atribuídas porlei, regulamento ou determinação superior.

Artigo 12.ºDireção Nacional de Recursos Humanos

1. A Direção Nacional de Recursos Humanos, abreviadamentedesignada por DNRH, é o serviço da DGCAFP, responsávelpela execução das medidas superiormente definidas para aadministração, a gestão e a qualificação dos recursoshumanos.

2. Compete à DNRH:

a) Garantir a boa gestão dos recursos humanos do MTCI;

b) Desenvolver e executar as políticas de recursoshumanos definidas superiormente;

c) Estabelecer procedimentos uniformes para o registo ea aprovação de substituições, de transferências, defaltas, de licenças, de subsídios e de pagamento dossuplementos remuneratórios;

d) Assegurar a coordenação das atividades do ministério,em matéria de recursos humanos, com a Comissão daFunção Pública;

e) Coordenar e gerir as avaliações anuais de desempenhodos recursos humanos do ministério;

f) Organizar e gerir o registo individual dos funcionáriosem conformidade com o sistema de gestão de pessoal(PMIS) da Comissão da Função Pública;

g) Submeter mensalmente à Direção Nacional deAdministração e Finanças o mapa de pessoal e do qualconstem todas as alterações à afetação do pessoal;

h) Elaborar os registos estatísticos relativos aos recursoshumanos do ministério;

i) Apoiar o desenvolvimento de estratégias que visem aintegração da perspetiva do género no MTCI;

j) Coordenar a elaboração da proposta do mapa depessoal do MTCI em colaboração com os diretoresnacionais;

k) Gerir e monitorizar o registo e o controlo da assiduidadedos funcionários em coordenação com os demaisserviços do ministério;

l) Gerir as operações de recrutamento e seleção dosrecursos humanos do ministério, sem prejuízo dasatribuições da Comissão da Função Pública;

m) Avaliar as necessidades específicas de cada serviço,em matéria de competência técnica e profissional dosrespetivos recursos humanos, e propor os planos anuaisde formação que se revelem adequados à capacitaçãodos mesmos;

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Série I, N.° 23 A Página 40Sexta-Feira, 14 de Junho de 2019

n) Rever, analisar e ajustar, regularmente e em coordenaçãocom os dirigentes do ministério, os recursos humanosdo MTCI, garantindo que as competências técnicas decada funcionário, agente ou trabalhador se adequamàs funções que pelos mesmos são efetivamentedesempenhadas;

o) Aconselhar os órgãos do ministério em matéria decondições de emprego, de transferências de pessoal ede quaisquer políticas de gestão de recursos humanos,bem como garantir a disseminação das mesmas;

p) Gerir e manter atualizado um arquivo, físico e eletrónico,com a descrição das funções correspondentes a cadauma das posições existentes no MTCI;

q) Apoiar os supervisores durante o período experimentaldos trabalhadores contratados a termo certo, naelaboração do relatório extraordinário de avaliação,garantindo a adequada orientação, supervisão edistribuição de tarefas e o necessário desenvolvimentode aptidões;

r) Cumprir e fazer cumprir a legislação aplicável aostrabalhadores da Função Pública, propondosuperiormente a instauração de processos de inquéritoou disciplinares e proceder à instrução dos mesmos,sem prejuízo das atribuições da Comissão da FunçãoPública;

s) Desenvolver as ações necessárias ao cumprimento dasnormas sobre condições ambientais de higiene esegurança no trabalho;

t) Realizar as demais tarefas que lhe sejam atribuídas porlei, regulamento ou determinação superior.

Artigo 13.ºDireção Nacional de Aprovisionamento

1. A Direção Nacional de Aprovisionamento, adiantedesignada por DNA, é o serviço da DGCAFP, responsávelpela execução dos procedimentos de aprovisionamento epela gestão dos contratos públicos em que intervenhamos órgãos do MTCI.

2. Compete à DNA:

a) Coordenar as atividades relacionadas com a elabora-ção, a execução, o acompanhamento e a avaliação dosplanos anuais e plurianuais, de aprovisionamento doministério, sem prejuízo das competências próprias doCLN;

b) Delinear as estratégias e os instrumentos de política deaprovisionamento setorial, potencialmente geradoresde ganhos de produtividade e de competitividade;

c) Desenvolver e manter um sistema de aprovisionamentoefetivo, transparente e que inclua uma projeção dasfuturas necessidades do ministério;

d) Gerir e manter atualizado um ficheiro de fornecedoresdo ministério;

e) Elaborar e fornecer informações e indicadores, de baseestatística, sobre as atividades de aprovisionamento,em coordenação com a Direção Nacional de Finanças;

f) Executar as demais tarefas que lhe sejam atribuídas porlei, regulamento ou determinação superior.

Artigo 14.ºDireção Nacional de Logística e Património

1. A Direção Nacional de Logística e Património, adiantedesignada por DNLP, é o serviço da DGCAFP, responsávelpelas operações de apoio logístico aos órgãos e serviçosdo MTCI, bem como pela segurança, manutenção econservação das instalações em que se encontreminstalados órgãos ou servicos deste.

2. Compete à DNLP:

a) Zelar pelo património do ministério, em colaboraçãocom os serviços pertinentes, incluindo a gestão dosarmazéns públicos e a respetiva logística, sem prejuízodas competências próprias do CLN;

b) Garantir a boa administração dos recursos materiais epatrimoniais do MTCI, bem como a gestão dopatrimónio do Estado afeto ao ministério, incluindo afrota de veículos;

c) Assegurar, entre outros, o serviço de comunicações,bem como a vigilância, a limpeza e a conservação dasinstalações, sem prejuízo das atribuições do Ministériodo Interior;

d) Executar as atividades relacionadas com a boa gestãodos recursos tecnológicos, de informação e deinformática;

e) Realizar as demais tarefas que lhe sejam atribuídas porlei, regulamento ou determinação superior.

Subsecção IIDireção-Geral do Turismo

Artigo 15.ºNatureza e competências

1. A Direção-Geral do Turismo, abreviadamente designadapor DGT, é o serviço central do MTCI, responsável pelaimplementação e orientação das políticas superiormentedefinidas para o setor do turismo, bem como pela emissãode pareceres técnicos ao Ministro em matéria de políticade turismo, visando a promoção do desenvolvimento deum ambiente institucional mais favorável à competitividadee à inovação empresarial do setor.

2. Compete à DGT:

a) Assegurar a orientação geral dos serviços de turismode acordo com o programa do Governo e com asorientações do Ministro;

b) Conceber, executar e avaliar a política nacional do

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Sexta-Feira, 14 de Junho de 2019Série I, N.° 23 A Página 41

turismo, com vista à criação e à modernização dasestruturas do setor;

c) Participar no desenvolvimento de políticas públicasconexas à área do turismo;

d) Promover a organização de certames promotores dosector do turismo em Timor-Leste, nomeadamente feirase de outros eventos nacionais e internacionais;

e) Acompanhar os processos de negociação e de execuçãode projetos ou de programas de cooperação, de apoiofinanceiro ou de assistência técnica com os parceirosde desenvolvimento, na área do turismo;

f) Promover a eficiência, a coordenação e a cooperaçãoentre órgãos e serviços do ministério e dos organismossujeitos à superintendência e tutela do Ministro, naárea do turismo;

g) Colaborar, com os outros serviços legalmentecompetentes, nomeadamente na aplicação da legislaçãorelativa à instalação, ao licenciamento e à verificaçãodas condições de funcionamento, salubridade e higienedos equipamentos turísticos, designadamente com oMinistério da Saúde;

h) Criar e manter mecanismos de colaboração com órgãose outros serviços públicos com competências sobreáreas conexas ao turismo, designadamente, o ambiente,a agricultura e o ordenamento do território, com vista àpromoção de zonamentos estratégicos e ao oordenamento e desenvolvimento turístico do território;

i) Divulgar Timor-Leste junto dos investidores, dos meiosde comunicação social e dos operadores turísticos,assegurando-lhes informação adequada;

j) Gerir e manter atualizada uma base de dados, deinformação e de documentação turística, e promover adivulgação de informação organizada por áreastemáticas que para esse efeito sejam definidassuperiormente;

k) Apoiar, dentro das possibilidades orçamentais, osestabelecimentos de formação profissional na atividadeturística através de celebração de contratos-programa;

l) Regulamentar, apreciar, licenciar e fiscalizar osempreendimentos turísticos;

m) Coordenar com os serviços municipais e apoiar aimplementação de políticas de planeamento e dedesenvolvimento do setor do turismo a nível municipal;

n) Executar as demais tarefas que lhe sejam atribuídas porlei, regulamento ou determinação superior.

Artigo 16.ºDireção Nacional do Desenvolvimento Turístico

1. A Direção Nacional do Desenvolvimento Turístico,

abreviadamente designada por DNDT, é o serviço da DGT,responsável por conceber, planear em coordenção com adireção responsável pelo planeamento, executar e avaliar apolítica do desenvolvimento do setor turístico, com vistaao fortalecimento, à qualificação e à modernização deste.

2. Compete à DNDT:

a) Preparar e apresentar o plano de atividades doministério, em coordenação com os demais serviços;

b) Coordenar o processo de planeamento, de seleção e deexecução de políticas e estratégias do ministério deapoio e de gestão turística;

c) Identificar as zonas do território com interesse epotencialidade turística;

d) Prestar assessoria técnica na elaboração edesenvolvimento de programas e legislação do sectordo turismo;

e) Acompanhar os trabalhos de atualização do plano dedesenvolvimento turístico e dos planos setoriais;

f) Elaborar e supervisionar toda a informação impressaou eletrónica destinada à promoção do turismonacional;

g) Elaborar os planos e a estratégia de turismo comunitário;

h) Realizar as demais tarefas que lhe sejam atribuídas porlei, regulamento ou determinação superior.

Artigo 17.ºDireção Nacional de Empreendimentos, Atividades e

Produtos Turísticos

1. A Direção Nacional de Empreendimentos, Atividades eProdutos Turísticos, abreviadamente designada porDNEAPT, é o serviço da DGT, responsável por apoiar edinamizar as iniciativas do setor empresarial, público eprivado, com vista à valorização das potencialidadesturísticas.

2. Compete à DNEAPT:

a) Organizar, coordenar e tomar as iniciativas e as medidasnecessárias para a realização dos eventos que incumbaao ministério levar a efeito;

b) Propor medidas de qualificação dos estabelecimentosturísticos e apoiar as suas atividades regionais e locais;

c) Promover e apoiar a divulgação dos produtos locais,designadamente, nos setores do artesanato, dagastronomia, do desporto e do lazer, em cooperaçãocom outros organismos públicos e privados;

d) Regulamentar as atividades de prestação de serviçosturísticos de modo a garantir índices de qualidade, desalubridade e de idoneidade profissional satisfatórios;

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Série I, N.° 23 A Página 42Sexta-Feira, 14 de Junho de 2019

e) Propor critérios para a atribuição de certificados e delouvores de mérito às empresas que operem no setordo turismo, designadamente, nos setores de hotelaria,de restauração e de lazer;

f) Apoiar a gestão e administração dos food courts epousadas do Estado;

g) Realizar as demais tarefas que lhe sejam atribuídas porlei, regulamento ou determinação superior.

Artigo 18.ºDireção Nacional de Promoção Turística e Relações

Internacionais

1. A Direção Nacional de Promoção Turística e RelaçõesInternacionais, abreviadamente designada por DNPTRI, éo serviço da DGT responsável pelo apoio aos órgãos doministério no âmbito de negociações de natureza bilateralou multilateral em que os mesmos intervenham no planointernacional e das decisões que tomem no quadro dasorganizações internacionais nomeadamente para adivulgação e promoção do turismo nacional.

2. Compete à DNPTRI:

a) Assegurar a gestão do Centro de Informação Turística;

b) Propor iniciativas e ações de cooperação internacionalna área do turismo, em coordenação com o MNEC, ecom os adidos do MTCI junto das missões diplomá-ticas;

c) Coordenar a organização de feiras e de exposições emterritório nacional e no estrangeiro, nos termos definidossuperiormente;

d) Propor a adesão a organizações regionais e internacio-nais de turismo;

e) Participar ativamente nos trabalhos das organizaçõesinternacionais de turismo em que Timor-Leste seja parteou observador e reportar superiormente;

f) Apoiar o setor privado na divulgação turística deTimor-Leste no estrangeiro;

g) Executar as demais tarefas que lhes sejam atribuídaspor lei, regulamento ou determinações superior.

Subsecção IIIDireção-Geral do Comércio

Artigo 19.ºNatureza e competências

1. A Direção-Geral do Comércio, abreviadamente designadapor DGC, é o serviço central do MTCI, responsável pelaimplementação e pela gestão das políticas superiormentedefinidas para o comércio, interno e externo, e para osserviços, bem como pelo licenciamento, visando a promo-ção e o desenvolvimento de um ambiente institucional maisfavorável à competitividade e à inovação empresarial.

2. Compete à DGC:

a) Propor, executar e avaliar a política do setor comercial,dos serviços e do respetivo licenciamento;

b) Contribuir para a dinamização da atividade comercial,inclusive no que toca à competitividade interna e àparticipação institucional organizada, dos agenteseconómicos que operam no setor comercial e dosserviços;

c) Coordenar com os outros organismos, designadamentecom a CLN, a execução da política de intervenção nospreços estabelecida no Decreto-Lei n.º 29/2011, de 20de julho, que criou os mecanismos de formação dospreços de produtos considerados essenciais;

d) Dinamizar, em coordenação com o Ministério dasFinanças e as entidades relevantes, o funcionamentoda Comissão Nacional para a Facilitação do Comércio(CONFAC);

e) Propor a elaboração de legislação sobre propriadadeindustrial em coordenação com a Direção-Geral daIndústria e as outras entidades relevantes;

f) Propor a nomeação de adidos comerciais emcoordenação com as entidades relevantes;

g) Monitorizar e vistoriar, em colaboração com os serviçosinspetivos, as atividades comerciais e de serviços,avaliando os efeitos nas políticas do Governo;

h) Prestar apoio técnico na elaboração e no desenvolvi-mento de programas e legislação pertinentes nas áreasdo comércio, dos serviços e do respetivo licenciamento;

i) Propor, em coordenação com os outros organismos,medidas e políticas públicas relevantes para odesenvolvimento económico, incluindo as relativas àregulação do mercado;

j) Apoiar as atividades dos agentes económicos do setorcomercial e de serviços e coordenar com o SERVE asdiligências necessárias à valorização de soluções quetornem mais simples e célere a tramitação processual;

k) Dar parecer sobre pedidos de informação prévia, semprejuízo das competências próprias de outras entidades,para o estabelecimento de empresas comerciais;

l) Analisar, dar parecer e formular recomendações sobreprojetos de instalações e de funcionamento deempreendimentos comerciais;

m) Propor a eventual criação de comissões reguladorasdo mercado com vista à sua regulação, se justificado equando tal intervenção seja fundamentada;

n) Administrar e manter atualizada uma base de dados deinformações e de documentação comercial;

o) Estudar e acompanhar as questões relativas ao

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Sexta-Feira, 14 de Junho de 2019Série I, N.° 23 A Página 43

comércio internacional, no âmbito de organizaçõesinternacionais ou regionais;

p) Apoiar os órgãos do ministério nas negociações edecisões em instâncias internacionais, nas áreas sob asua tutela, de maneira a adequá-las aos interesses dapolítica económica nacional;

q) Emitir certificado de origem dos produtos de exportação,enquanto tal função não for plenamente asseguradapor uma estrutura organizada e reconhecida peloEstado;

r) Propor medidas preventivas para salvaguardar que asmercadorias importadas respeitem os padrões nacionaisdefinidas pelo Governo;

s) Propor a qualificação e a classificação dos empreendi-mentos comerciais, tendo em conta a perigosidade dosmesmos;

t) Realizar as demais tarefas que lhe sejam atribuídas porlei, regulamento ou determinação superior.

Artigo 20.ºDireção Nacional do Comércio Interno

1. A Direção Nacional do Comércio Interno, abreviadamentedesignada por DNCI, é o serviço da DGC, responsávelpela promoção e execução das políticas de desenvolvimentodo setor comercial e dos serviços, bem como por asseguraros procedimentos de licenciamento das atividadeseconómicas no âmbito de atuação do MTCI, emcolaboração com as entidades legalmente competentes nostermos definidos pelo Ministro.

2. Compete à DNCI:

a) Propor, executar e avaliar a política do comércio interno;

b) Fiscalizar e inspecionar as atividades económicas, nostermos da lei;

c) Cadastrar e vistoriar as atividades comerciais objetode licenciamento, nos termos da lei;

d) Prestar assessoria técnica na elaboração e nodesenvolvimento de programas e legislação pertinentes,incluindo a regulamentação de condições específicasde segurança, de higiene e de localização de estabeleci-mentos;

e) Analisar e propor medidas para a regulamentação daatividade comercial, incluindo as relativas aoabastecimento público e à regulação do mercado;

f) Supervisionar, entre outras, as prestadoras de serviçosque exercem atividades publicitárias, aluguer deautomóveis sem condutor, agências de viagem ou dedocumentação, os spas e os cabeleireiros, sem prejuízodas atribuições da Autoridade de Inspeção e Fiscaliza-ção da Atividade Económica, Sanitária e Alimentar, IP;

g) Apoiar as atividades dos agentes económicos do setorcomercial e promover simplificação e celeridade dosprocedimentos e dos processos administrativosrelativos aos licenciamentos setoriais, designadamenteas vistorias prévias aos empreendimentos comerciais eindustriais;

h) Gerir e manter atualizada uma base de dados cominformação sobre a capacidade técnica e financeira dosfornecedores do ministério, em coordenação com aDireção Nacional de Aprovisionamento;

i) Analisar, dar parecer e recomendações sobre osprojetos de instalações e de funcionamento deempreendimentos comerciais;

j) Administrar e manter atualizada uma base de dados, deinformação e de documentação comercial;

k) Realizar as demais tarefas que lhe sejam atribuídas porlei, regulamento ou determinação superior.

Artigo 21.ºDireção Nacional do Comércio Externo

1. A Direção Nacional do Comércio Externo, abreviadamentedesignada por DNCE, é o serviço da DGC, responsávelpela regulamentação e pela execução das políticas dedesenvolvimento do comércio externo e, bem assim,assegurar a coordenação das relações internacionais noâmbito da atuação do MTCI, com as entidadescompetentes, nos termos definidos pelo Ministro.

2. Compete à DNCE:

a) Estudar e acompanhar as questões relativas aocomércio internacional, nomeadamente as propostas eprojetos de normas internacionais em discussão noâmbito de organizações internacionais de âmbito globalou regional;

b) Contribuir para a definição da posição de Timor-Lestenas negociações bilaterais e multilaterais realizadas soba égide da Organização Mundial do Comércio, bem comoa negociação de acordos de comércio livre, articulandoa posição do MTCI, nos termos do n.º 1;

c) Participar nas comissões e grupos de trabalhoconstituídos no quadro das organizações interna-cionais, sempre que tal se revelar útil para a prossecuçãodas atribuições do MTCI em matéria de comércioexterno;

d) Promover a implementação de medidas de simplificaçãoe de desburocratização dos procedimentos adminis-trativos relativos à realização do comércio externo, emcolaboração com a TradeInvest, IP e os ministériosrelevantes;

e) Diligenciar e promover protocolos de cooperação como Banco Central, com os serviços aduaneiros e estatís-ticos, com vista à monitorização da evolução do comér-cio externo;

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Série I, N.° 23 A Página 44Sexta-Feira, 14 de Junho de 2019

f) Emitir certificado de origem dos produtos paraexportação;

g) Administrar e manter atualizada uma base de dados, deinformação e de documentação relacionadas com ocomércio externo e promover a divulgação dos mesmos,de acordo com os temas superiormente definidos;

h) Realizar ações de formação dos recursos humanos doministério em matéria de comércio externo, emcoordenação com a Direção Nacional de RecursosHumanos;

i) Tomar as medidas preventivas necessárias parasalvaguardar que as mercadorias importadas respeitemos padrões nacionais estabelecidos em matéria denormalização e metrologia;

j) Apoiar o Governo nas negociações e decisões eminstâncias internacionais nas áreas da sua responsabili-dade, de maneira a adequá-las aos interesses da políticanacional, quando para isso for solicitada;

k) Realizar as demais tarefas que lhe sejam atribuídas porlei, regulamento ou determinação superior.

Artigo 22.ºDireção Nacional de Marketing

1. A Direção Nacional de Marketing, abreviadamentedesignada por DNM, é o serviço da DGC, responsávelpela promoção, divulgação e valorização dos mercados edos produtos nacionais.

2. Compete à DNM:

a) Contribuir para a dinamização e promoção da atividadede comercialização, de prestação de serviçosempresariais e de participação institucional e organizada,dos agentes económicos que operam no sector,designadamente através da celebração de protocolosde cooperação, ações de formação e da realização deeventos que promovam a troca de experiências nestedomínio;

b) Apoiar as atividades dos agentes económicos navalorização de soluções que tornem os produtosnacionais mais apelativos para os consumidores e maiscompetitivos nos mercados nacional e internacional;

c) Apoiar as atividades e os projetos que contribuam paraa formação de quadros especializados no setor deprestação de serviços privados de apoio à qualidade eà apresentação dos produtos timorenses;

d) Prestar assessoria técnica na elaboração e nodesenvolvimento de programas e de atos normativossobre as condições específicas de certificação,segurança, higiene e localização de estabelecimentoscomerciais e de prestação de serviços;

e) Promover a internacionalização e a qualidade dosserviços prestados à população;

f) Coordenar a organização de feiras e de exposiçõesnacionais e no estrangeiro, nos termos definidossuperiormente;

g) Executar as demais tarefas que lhe sejam atribuídas porlei, regulamento ou determinação superior.

Artigo 23.ºDireção Nacional de Regulação Comercial e Proteção de

Consumidores

1. A Direção Nacional de Regulação Comercial e Proteção deConsumidores, abreviadamente designada por DNRCPC éo serviço da DGC, responsável por colaborar com aAIFAESA. IP. na execução de serviços de inspeção efiscalização, para promover a defesa e proteção dosconsumidores nos termos da lei e assegurar as medidas deintervenção nos preços e a regulação dos mercados, bemcomo assegurar a coordenação destas atribuições com asentidades competentes nos termos definidos pelo presentediploma e nas condições estabelecidas pelo Ministro.

2. Compete à DNRCPC:

a) Propor as medidas de regulação das atividadeseconómicas nos domínios do turismo, comércio eindústria;

b) Assegurar um sistema de indicadores de preços nomercado, designadamente dos bens essenciais sujeitosa regimes de preços ou de abastecimento público eassegurar o arquivo e conservação dos dados reco-lhidos e que se encontrem relacionados com aquelesindicadores;

c) Coordenar com os outros organismos nacionais,designadamente com o CLN, a execução da política deintervenção nos preços de produtos consideradosessenciais em conformidade com o Decreto-lei n.º 29/2011, de 20 de julho;

d) Colaborar com a AIFAESA.IP. e com outras entidadesrelevantes na execução de serviços de inspeção e defiscalização, para promover a defesa dos consumidoresnos termos da lei;

e) Propor as medidas preventivas para salvaguardar queas mercadorias importadas respeitem os padrõesnacionais de consumo legalmente em vigor;

f) Propor medidas para a defesa dos direitos dosconsumidores em coordenação com os institutospúblicos e as associações de defesa dos consumidores;

g) Executar as demais tarefas que lhe sejam atribuídas porlei, regulamento ou determinação superior.

Subsecção IVDireção-Geral da Indústria

Artigo 24.ºNatureza e competência

1. A Direção-Geral da Indústria, abreviadamente designada

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Sexta-Feira, 14 de Junho de 2019Série I, N.° 23 A Página 45

DGI, é o serviço central do MTCI, responsável pelaimplementação e pela gestão das políticas superiormentedefinidas para as áreas industriais, que visam a promoçãoe o desenvolvimento de um ambiente institucional maisfavorável à competitividade e à inovação empresarial,incluindo a proteção da propriedade industrial, bem comopropor, executar e avaliar a política nacional do setor dasmicro, pequenas e médias empresas.

2. Compete à DGI:

a) Propor, executar e avaliar a política industrial;

b) Contribuir para a dinamização do setor industrial,inclusive no que toca à competitividade interna e àparticipação institucional organizada dos agenteseconómicos que operam no setor;

c) Apreciar e licenciar os projetos de instalação e defuncionamento de empreendimentos industriais,incluindo os projetos apresentados ao abrigo dalegislação sobre investimentos;

d) Regulamentar as atividades industriais;

e) Autorizar, cadastrar, monitorizar e inspecionar, emcolaboração com outros serviços legalmentecompetentes, as atividades, as instalações industriaise os centros de procesamento que vierem a ser criados,bem como avaliar os efeitos das políticas do Governo;

f) Estudar e acompanhar as questões relativas aos setoresda indústria, no âmbito das organizações internacionaisou regionais;

g) Apoiar o Governo nas negociações e decisões eminstâncias internacionais, nas áreas sob a suaresponsabilidade, de maneira a adequá-las aosinteresses da política económica nacional;

h) Propor a qualificação e a classificação dos empreendi-mentos industriais tendo em conta a perigosidade dosmesmos;

i) Organizar e gerir os registos de propriedade industrial,designadamente de proteção de marcas e patentes;

j) Acompanhar e apoiar as estratégias de integração doambiente nas políticas industriais;

k) Formular políticas de apoio à promoção e ao desenvol-vimento de micro, pequenas e médias empresas, bemcomo a implementação de incubadoras para esses tiposde empresas em Timor-Leste;

l) Conceber, executar e avaliar a política de apoio aodesenvolvimento das micro, pequenas e médiasempresas, em coordenação com as outras instituiçõesrelevantes;

m) Apoiar a formação e a organização de micro, pequenase médias empresas em coordenação com o Instituto deApoio ao Desenvolvimento Empresarial;

n) Promover o empreendedorismo, a competitividade e ainovação empresarial para o desenvolvimentosustentável de micro, pequenas e médias empresas;

o) Preparar os relatórios anuais sobre as operações daDireção-Geral;

p) Executar as demais tarefas que lhe sejam atribuídas porlei, regulamento ou determinação superior.

Artigo 25.ºDireção Nacional do Desenvolvimento Industrial

1. A Direção Nacional do Desenvolvimento Indústrial, adiantedesignada por DNDI, é o serviço da DGI, responsável pelaelaboração e pela execução dos programas relativos aodesenvolvimento industrial.

2. Compete à DNDI:

a) Propor e implementar os programas de desenvolvi-mento industrial;

b) Identificar as zonas estratégicas de instalação deparques industriais e empresariais;

c) Propor a política industrial e os atos normativos para asua execução;

d) Implementar, em coordenação com os ministériosrelevantes, a construção de infraestruturas necessáriaspara a instalação de parques industriais e empresariais;

e) Promover a criação de empresas, designadamente aconstrução e a gestão de centros de incubação deempresas;

f) Implementar o desenvolvimento de parques industriais,de acordo com o Quadro Nacional de Planeamento;

g) Implementar o projeto do Parque Industrial de Tíbar;

h) Coordenar com as entidades relevantes para aconstrução, a promocão e o desenvolvimento deinfraestruturas e equipamentos dos parques industriais;

i) Realizar as demais tarefas que lhe sejam atribuídas porlei, regulamento ou determinação superior.

Artigo 26.ºDireção Nacional da Indústria Manufatureira

1. A Direção Nacional da Indústria Manufatureira, abreviada-mente designada por DNIM, é o serviço da DGI,responsável pela promoção, pela regulamentação e pelaexecução das políticas de desenvolvimento das indústriasde bens intermédios, de transformação de matéria-primapara a construção de máquinas e de outros bens de capitalpara as indústrias.

2. Compete à DNIM:

a) Apoiar, classificar e regulamentar as indústriasmecânicas;

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Série I, N.° 23 A Página 46Sexta-Feira, 14 de Junho de 2019

b) Promover o desenvolvimento da atividade industrialde apoio à construção civil;

c) Apoiar e regulamentar as agroindústrias, designada-mente as agroalimentares, as cafeeiras e as agroquí-micas, em concertação com o Ministério da Agriculturae Pescas;

d) Apoiar, classificar e regulamentar as indústrias de bensde consumo;

e) Apoiar, classificar e regulamentar a indústria alimentar,em concertação com os serviços do Ministério daSaúde;

f) Regulamentar as atividades de apoio às empresas daindústria manufatureira ou às suas subsisdiárias,através da celebração de protocolos de apoio técnico-financeiro;

g) Realizar as demais tarefas que lhe sejam atribuídas porlei, regulamento ou determinação superior.

Artigo 27.ºDireção Nacional de Apoio e Desenvolvimento a Micro,

Pequenas e Médias Empresas

1. A Direção Nacional de Apoio e Desenvolvimento a Micro,Pequenas e Médias Empresas, abreviadamente designadapor DNADMPME, é o serviço da DGI, responsável pelapesquisa e pelo desenvolvimento da política nacional dosetor das micro, pequenas e médias empresas.

2. Compete à DNADMPME:

a) Programar, organizar e avaliar os resultados de estudoe de inquéritos relacionados com o desenvolvimentode micro, pequenas e médias empresas;

b) Apresentar publicamente e implementar os resultadose recomendações decorrentes dos estudos e inquéritosrealizadas em matéria de desenvolvimento de micro,pequenas e médias empresas;

c) Realizar estudos comparativos nas áreas das micro,pequenas e médias empresas;

d) Proceder à recolha de dados estatísticos relativos àsmicro, pequenas e médias empresas de Timor-Leste,sem prejuízo das atribuições do Ministério dasFinanças;

e) Formular propostas das políticas de apoio à promoçãoe ao desenvolvimento de micro, pequenas e médiasempresas em Timor-Leste;

f) Realizar o acompanhamento e o aconselhamento técnicoàs micro, pequenas e médias empresas;

g) Elaborar os manuais de procedimentos para a criaçãode micro, de pequenas e de médias empresas;

h) Conceber, executar e avaliar a política de apoio ao

desenvolvimento das micro, pequenas e médiasempresas, em coordenação com as outras instituiçõesrelevantes;

i) Apoiar a criação e a organização de micro, pequenas emédias empresas;

j) Promover o empreendedorismo, a competitividade e ainovação empresarial para o desenvolvimentosustentável das micro, pequenas e médias empresas;

k) Promover os programas e as ações de apoio àrecuperação e à revitalização empresarial das micro,pequenas e médias empresas nacionais;

l) Efetuar a monitorização e a avaliação das atividadesdas micro, pequenas e médias empresas;

m) Definir as políticas cadastrais das micro, pequenas emédias empresas;

n) Realizar as demais tarefas que lhe sejam atribuídas porlei, regulamento ou determinação superior.

Subsecção VGabinete de Inspeção e Auditoria Interna

Artigo 28.ºNatureza, competências e direção

1. O Gabinete de Inspeção e Auditoria Interna é o serviçocentral do MTCI responsável pela realização de inspeçõese de auditorias ao funcionamento dos serviços do ministérioe às pessoas coletivas públicas sob a superintendência etutela do Ministro.

2. Compete ao Gabinete de Inspeção e Auditoria Interna:

a) Promover a adoção de boas práticas em matéria degestão dos recursos humanos, financeiros e materiaisdo ministério;

b) Realizar inspeções, averiguações, inquéritos,sindicâncias e auditorias de natureza disciplinar,administrativa e financeira aos serviços do ministério eaos organismos autónomos sujeitos à superintendênciae tutela do Ministro, sem prejuízo das atribuições daComissão da Função Pública;

c) Avaliar a gestão administrativa, financeira e patrimonialrealizada pelos serviços do ministério e dos organismosautónomos sujeitos à superintendência e tutela doMinistro;

d) Fiscalizar e auditar os procedimentos e os processosadministrativos de arrecadação de receita e de execuçãoda despesa pública por parte dos serviços e dos orga-nismos autónomos sujeitos à tutela e superintendênciado Ministro;

e) Propor medidas de correção aos procedimentos eprocessos administrativos e financeiros com do MTCI

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Sexta-Feira, 14 de Junho de 2019Série I, N.° 23 A Página 47

e dos organismos autónomos sujeitos à superinten-dência e tutela do Ministro;

f) Receber, investigar e responder às reclamações doscidadãos, sem prejuízo das competências próprias deoutros órgãos inspetivos ou de provedoria;

g) Propor ao Ministro medidas de prevenção e deinvestigação à má administração, corrupção, conluio enepotismo, incluindo ações de controlo e formação dosrecursos humanos nos serviços do MTCI e nosorganismos autónomos sujeitos ao Ministro;

h) Quaisquer outras tarefas que lhe forem atribuídas porlei, regulamento ou determinação superior.

3. O Gabinete de Inspeção e Auditoria Interna é dirigido porum Inspetor, coadjuvado por um Subinspetor, equiparadospara efeitos salariais, a Diretor-Geral e Diretor Nacional,respetivamente, e nomeados nos termo do regime de cargosde direção e de chefia da administração pública.

4. O Inspetor está diretamente subordinado ao Ministro.

Subsecção VIGabinete de Apoio Técnico e Jurídico

Artigo 29.ºNatureza, competências e direção

1. O Gabinete de Apoio Técnico e Jurídico é uma unidade deapoio aos órgãos e serviços do ministério, para as áreas decoordenação e elaboração de estudos relacionados comas atividades económicas, administração, planeamento,pesquisa e direito.

2. Compete ao Gabinete de Apoio Técnico e Jurídico:

a) Apoiar o processo de desenvolvimento dos instru-mentos de planeamento estratégico e operacional doMTCI bem como os dos organismos autónomossujeitos à superintendência e tutela do Ministro;

b) Apoiar a definição e formulação de políticas públicasrelativas à dinamização da atividade económica;

c) Apoiar e promover a comunicação e a partilha deinformação entre os órgãos e serviços do ministério,no âmbito dos processos de planeamento;

d) Avaliar o impacto económico dos projetos deinvestimento sucetíveis de serem apoiados pelo MTCI;

e) Apoiar o Ministro no acompanhamento das atividadesdos organismos autónomos sujeitos à suasuperintendência e tutela, nomeadamente através daformulação de recomendações relativas a protocolos,a acordos e às convenções internacionais em que oMTCI intervenha ou se proponha intervir;

f) Propor ao Ministro a elaboração de diplomas legais oude instruções, bem como promover sessões de

esclarecimento de matérias relacionadas com asatribuições do MTCI e justificadas pela sua neces-sidade, oportunidade e adequação;

g) Prestar assessoria permanente ao Ministro, verificiar aconformidade de atos, regulamentos e contratos, emque o mesmo intervenha, como quadro jurídico emvigor;

h) Apoiar o processo de formulação de políticas setoriais,garantindo a sua legalidade;

i) Emitir pareceres jurídicos sobre as propostas denatureza jurídica, formuladas por entidades, nacionaise estrangeiras, nomeadamente contratos, protocolos,acordos de adesão ou regulamentos;

j) Outras funções técnicas e jurídicas que lhes sejamsolicitadas pelo Ministro.

3. O Gabinete de Apoio Técnico e Jurídico é chefiado por umCoordenador, equiparado para efeitos salariais a Diretor-Geral, nomeado nos termos do regime de cargos de direçãoe chefia da administração pública e diretamentesubordinado ao Ministro.

Secção VIIInspeção-Geral de Jogos

Artigo 30.ºNatureza, direção e estatuto

1. A Inspeção-Geral de Jogos, abreviadamente designadaspor IGJ, é um serviço dotado de autonomia técnica eadministrativa, responsável por assegurar a execução dapolítica governamental nos domínios da exploração dosjogos sociais e de diversão, de fortuna ou azar e outrosjogos autorizados, incluindo apostas mútuas e lotarias,bem como dos locais afetos à exploração dos mesmos.

2. A IGJ é dirigida por um Inspetor de Jogos, coadjuvado portrês Subinspetores equiparados, para todos os efeitoslegais, respetivamente, a Diretor-Geral e a DiretoresNacionais e nomeados nos termos do regime de cargos dedireção e chefia da administração pública.

3. O Inspetor está diretamente subordinado ao Ministro e osSubinspetores estão diretamente subordinados ao Inspetor.

4. A IGJ rege-se por estatuto próprio aprovado por decreto do

Governo.

SECÇÃO IIIADMINISTRAÇÃO INDIRETA DO ESTADO

Artigo 31.ºCentro Logístico Nacional

1. O Centro Logístico Nacional (CLN), abreviadamentedesignado por CLN, é um estabelecimento público, dotadode personalidade jurídica, com autonomia técnica eadministrativa, responsável por dar resposta às

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Série I, N.° 23 A Página 48Sexta-Feira, 14 de Junho de 2019

necessidades logísticas do Estado, conferindo maioreficácia às operações de abastecimento público e comprado produto local, segurança alimentar, de intervençãointegrada do Estado a nível da regulação dos preços debens essenciais alimentares e de construção de obraspúblicas.

2. O CLN rege-se por Estatuto próprio aprovado por decreto-lei.

Artigo 32.ºInstituto para a Qualidade de Timor-Leste

1. O Instituto para a Qualidade de Timor-Leste, abreviada-mente designado por IQTL, é um instituto público, dotadode personalidade jurídica, com autonomia administrativa efinanceira e património próprio.

2. O IQTL, IP é a entidade reguladora nacional de qualificação,normalização e metrologia e é responsável por implementare gerir o sistema nacional de qualidade e outros sistemasde qualificação regulamentar que lhe forem conferidos porlei, promover e coordenar atividades que visem contribuirpara demonstrar a credibilidade da ação dos agenteseconómicos, bem como desenvolver ações necessárias àsua função de laboratório nacional de metrologia.

3. O IQTL rege-se por Estatuto próprio aprovado por decreto-lei.

Artigo 33.ºCentro de Convenções de Díli

1. O Centro de Convenções de Díli, abreviadamente designadopor CCD, é uma pessoa coletiva de direito público, dotadade autonomia administrativa e financeira e com patrimóniopróprio.

2. O CCD rege-se por Estatuto a aprovar por decreto-lei.

3. Até à entrada em vigor do diploma a que alude o númeroanterior, a organização e o funcionamento do CDDconformam-se com as normas constantes do regulamentoadministrativo que se encontre em vigor na data depublicação do presente decreto-lei.

4. A gestão do CCD incumbe a um Administrador, equiparadoa Diretor Nacional, para todos os efeitos legais, recrutadonos termos do regime de cargos de direção e de chefia daadministração pública.

5. O Administrador do CCD está diretamente subordinado aoMinistro.

Secção VIÓrgão Consultivo

Artigo 34.ºConselho Consultivo

1. O Conselho Consultivo é o órgão colegial de consulta doMinistro responsável pela avaliação periódica dasatividades do MTCI.

2. Compete ao Conselho Consultivo:

a) Apoiar o Ministro na conceção e na coordenação depolíticas e programas a implementar pelo ministério;

b) Analisar, periodicamente, os resultados alcançados epropor medidas para a melhoria dos serviços;

c) Promover o intercâmbio de experiências e deinformações entre todos os órgãos e serviços do MTCIe os organismos autónomos sujeitos à superinten-dência e tutela do Ministro;

d) Analisar os diplomas legislativos de interesse para oMTCI ou quaisquer outros documentos provenientesdos seus serviços ou organismos;

e) Dar parecer sobre os demais assuntos que para o efeitolhe sejam submetidos pelo Ministro.

3. O Conselho Consultivo é composto pelo (s):

a) Ministro, que ao mesmo preside;

b) Vice-Ministro;

c) Diretores-Gerais e equiparados;

d) Auditor;

e) Inspetor.

4. O Ministro, quando entender conveniente, pode convidaroutras entidades a participarem na reunião do ConselhoConsultivo.

5. O Conselho Consultivo reúne-se ordinariamente uma vezpor mês e extraordinariamente, sempre que for convocadopelo Ministro.

6. As normas relativas à organização e ao funcionamento doConselho Consultivo são aprovadas pelo Ministro, sob aforma de diploma ministerial

CAPÍTULO IIDISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS

Artigo 35.ºDiplomas Orgânicos Complementares

A estrutura funcional do ministério é aprovada pelo Ministro,sob a forma de diploma ministerial.

Artigo 36.ºMapa de Pessoal

O mapa de pessoal e o número de quadros de direção e dechefia, são aprovados pelo Ministro, sob a forma de diplomaministerial, após parecer da Comissão da Função Pública.

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Sexta-Feira, 14 de Junho de 2019Série I, N.° 23 A Página 49

Artigo 37.ºServiços desconcentrados

O Ministro pode criar serviços desconcentrados do MTCI,através de diploma ministerial, nos termos da lei.

Artigo 38.ºNorma Revogatória

1. É revogada a Subsecção II da Secção II do Capítulo II doDecreto-Lei n.º 32/2015 de 26 de Agosto relativo aoTurismo.

2. É também revogada a Subsecção III e IV da Secção II doCapítulo II do Decreto-Lei n.º 39/2015 de 4 de novembro,quanto ao Comércio e Indústria, respetivamente.

Artigo 39.ºEntrada em vigor

O presente diploma entra em vigor no dia seguinte ao da suapublicação.

Aprovado em Conselho de Ministros em 29 de novembro de2018.

O Primeiro-Ministro,

________________Taur Matan Ruak

O Ministro do Turismo, Comércio e Indústria, interino,

_____________Agio Pereira

Promulgado em. 11 / 6 / 2019

Publique-se.

O Presidente da República,

__________________________Dr. Francisco Guterres Lú Olo

DECRETO-LEI N.º 13 /2019

de 14 de Junho

ORGÂNICA DO MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO,JUVENTUDE E DESPORTO

O Ministério da Educação, Juventude e Desporto é odepartamento governamental responsável pela conceção,execução, coordenação e avaliação da política, definida eaprovada pelo Conselho de Ministros, para as áreas do ensinoe da qualificação de todos os níveis de ensino, com exclusãodo nível superior, da consolidação e promoção das línguasoficiais, da juventude e do desporto, tal como determinadopelo artigo 22.o do Decreto-Lei n.o 14/2018 de 17 de agosto,que aprova a Orgânica do VIII Governo Constitucional.

O VIII Governo Constitucional dá particular ênfase à remoçãode barreiras ao acesso à educação bem como à qualidade doensino, no respeito pleno pelo princípio da igualdade e nãodiscriminação. A educação é considerada um “instrumentoinclusivo” que deve permitir a promoção de umdesenvolvimento equitativo do país (Programa do VIII GovernoConstitucional). Constituem ainda áreas de relevo para esteGoverno Constitucional a juventude e o desporto, reconhe-cendo-se que se deve apostar na criação de oportunidadesque possibilitem aos jovens executar o seu potencial e nodesporto enquanto forma de fomento de importantes valorese de melhoria da condição dos jovens. Reconhecendo-se ainterligação entre as áreas da educação, juventude e desporto,foi intenção do Governo a de integrar estas importantesmatérias num departamento governamental.

Com a presente orgânica, pretende-se dotar este Ministério deuma estrutura que reflita as alterações introduzidas pelaOrgânica do novo Governo e que seja capaz de dar respostaàs prioridades definidas para o mesmo. Assim, emborareconhecendo que a estrutura organizacional aprovada em2015, pelo Decreto-Lei n.o 42/2015, de 16 de dezembro, se temrevelado essencialmente capaz de dar resposta adequada àsnecessidades do Ministério, introduzem-se pontuais alteraçõesà sua estrutura.

Para além de modificações à estrutura de algumas das suasdireções nacionais, é criado um novo Gabinete, com vista atornar mais eficiente a atuação do Ministério em matéria derelações públicas, protocolo e cooperação. Cria-se tambémum novo órgão consultivo do Ministro, composto pelosdirigentes máximos dos estabelecimentos de educação e ensinopúblicos e pelos dirigentes dos serviços relevantes doministério, com vista a garantir a discussão das questões maisrelevantes para as escolas e a coordenação entre estesorganismos e os serviços centrais do Ministério, permitindo adefinição de respostas coerentes e concertadas.

Com o objetivo de dar especial destaque a questões de inclusão,as Direções Gerais e Nacionais responsáveis pelo planeamentoe pelas parcerias passam a conter menção expressa, na suadesignação, à matéria da inclusão. Por fim, o presente diplomaprevê a aprovação da estrutura orgânica da Secretaria de Estadoda Juventude e Desporto por Decreto-Lei do Governo.

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Série I, N.° 23 A Página 50Sexta-Feira, 14 de Junho de 2019

Assim,

O Governo decreta, nos termos do n.º 3 do artigo 115.º daConstituição da República e no respeito pelo disposto no n.o 3do artigo 22.o e do n.o 1 do artigo 40.º do Decreto-Lei n.º 14/2018, de 17 de agosto, para valer como lei, o seguinte:

CAPÍTULO INATUREZA, ATRIBUIÇÕES E TUTELA

Artigo 1.ºObjeto

O presente diploma tem por objeto a definição da estruturaorgânica do Ministério da Educação, Juventude e Desporto.

Artigo 2.ºDefinição

O Ministério da Educação, Juventude e Desporto é odepartamento governamental responsável pela conceção,execução, coordenação e avaliação da política, definida eaprovada pelo Conselho de Ministros, para as áreas do ensino,com exclusão do nível superior, da consolidação e promoçãodas línguas oficiais, da juventude e do desporto.

Artigo 3.ºAtribuições

Constituem atribuições do Ministério da Educação, Juventudee Desporto:

a) Propor e assegurar as políticas relativas à educação pré-escolar e escolar, compreendendo os ensinos básico esecundário e integrando as modalidades especiais deeducação, para a promoção do ensino recorrente eaprendizagem ao longo da vida;

b) Participar na definição e execução das políticas dequalificação e formação profissional;

c) Garantir o direito à educação e assegurar a escolaridadeobrigatória, de modo a promover a inclusão e a igualdadede oportunidades;

d) Reforçar as condições de ensino e aprendizagem,contribuindo para o desenvolvimento integral do aluno,para a melhoria do sucesso escolar e para a qualificação dapopulação, tendo em vista uma maior empregabilidade;

e) Definir o currículo nacional nos diversos níveis de ensinoe o regime de avaliação dos alunos e aprovar os programasde ensino, bem como as orientações para a suaconcretização;

f) Assegurar e promover o ensino de qualidade das línguasoficiais, nomeadamente o fortalecimento dos resultadosde aprendizagem na língua portuguesa e a consolidação eregularização da língua tétum;

g) Promover a criação de uma entidade responsável pelaconsolidação, uniformização e promoção da língua tétum;

h) Promover e gerir o parque escolar de estabelecimentospúblicos de educação pré-escolar, ensino básico esecundário e fortalecer a sua capacidade de resposta àsnecessidades populacionais, bem como apoiar asiniciativas no âmbito do ensino particular e cooperativo,incluindo comunitário;

i) Promover a gestão e administração escolar eficaz e dequalidade e garantir a avaliação e acreditação do sistemade educação pré-escolar e do sistema de ensino básico esecundário;

j) Promover a formação e a avaliação dos profissionais daeducação e garantir a implementação da legislação relativaà carreira docente;

k) Conceber as medidas de política nas áreas da juventude edo desporto, bem como a sua respetiva organização,financiamento, execução e avaliação, promovendo aintegração com as iniciativas de educação;

l) Promover atividades destinadas à prática do desporto e daeducação física em geral, bem como a prática desportivade alta competição como fator de desenvolvimentodesportivo e de representação do país em competiçõesinternacionais;

m) Assegurar a implementação do quadro legal e regulamentardas atividades relacionadas com o desporto e a altacompetição;

n) Estabelecer mecanismos de colaboração com organizaçõesda sociedade civil que atuam na área do desporto;

o) Criar mecanismos de apoio e financiamento de projetospara a prática da educação física e do desporto;

p) Estabelecer mecanismos de colaboração e de coordenaçãocom outros órgãos do Governo com tutela sobre áreasconexas no âmbito da implementação da política nacionalde educação, juventude e desporto;

q) Promover políticas de inclusão ativas nas áreas da educa-ção, juventude e do desporto, especialmente através demedidas de educação inclusiva e da participação de pessoascom deficiência;

r) Assegurar e promover a igualdade de género no âmbitodas áreas da sua competência, em coordenação com asentidades públicas relevantes;

s) Planear e executar um sistema de análise e monitorização,de modo a avaliar os resultados e o impacto das políticasde educação, juventude e desporto.

Artigo 4.ºÓrgãos superiores de direção

1. O Ministério da Educação, Juventude e Desporto é superior-mente dirigido pelo Ministro da Educação, Juventude eDesporto e que por ele responde perante o Primeiro-Ministro e o Conselho de Ministros.

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Sexta-Feira, 14 de Junho de 2019Série I, N.° 23 A Página 51

2. Na prossecução das suas competências, o Ministro daEducação, Juventude e Desporto é coadjuvado pelo Vice-Ministro da Educação, Juventude e Desporto e peloSecretário de Estado da Juventude e Desporto.

3. O Vice-Ministro da Educação, Juventude e Desporto e oSecretário de Estado da Juventude e Desporto não dispõemde competência própria, exceto no que se refere aosrespetivos gabinetes, e exercem, em cada caso, acompetência que neles for delegada pelo Ministro.

CAPÍTULO IIESTRUTURA ORGÂNICA DO MINISTÉRIO DA

EDUCAÇÃO, JUVENTUDE E DESPORTO

Artigo 5.ºEstrutura geral

O Ministério da Educação, Juventude e Desporto prossegueas suas atribuições através de órgãos e serviços integradosna administração direta do Estado e através de organismosautónomos integrados na administração indireta do Estado.

SECÇÃO IADMINISTRAÇÃO DIRETA

Artigo 6.ºServiços Centrais

Integram a administração direta do Estado, no âmbito doMinistério da Educação, Juventude e Desporto, os seguintesserviços centrais:

a) A Unidade do Currículo Nacional;

b) O Centro de Impressão;

c) O Gabinete Jurídico;

d) A Inspeção-Geral da Educação;

e) A Direção-Geral de Administração e Finanças;

f) A Direção-Geral do Plano, Políticas e Inclusão;

g) A Direção-Geral da Educação Pré-Escolar, Ensino Básico eEnsino Recorrente;

h) A Direção-Geral do Ensino Secundário;

i) O Gabinete do Protocolo, Relações Públicas e Cooperação.

Artigo 7.ºCargos de direção

As nomeações para os cargos de direção previstos no presentediploma são efetuadas em regime de comissão de serviço, pelaComissão da Função Pública, após a realização do processode seleção por mérito nos termos da legislação aplicável.

SECÇÃO IIADMINISTRAÇÃO INDIRETA

Artigo 8.ºOrganismos da Administração Indireta

1. Tendo em vista a prossecução da política educativa, oMinistro da Educação, Juventude e Desporto superintendee tutela pessoas coletivas públicas, integradas naadministração indireta do Estado, no âmbito do Ministérioda Educação, Juventude e Desporto, cujos estatutospróprios são aprovados na forma de Decreto-Lei.

2. São organismos da administração indireta do Ministério daEducação, Juventude e Desporto o Instituto Nacional deFormação de Docentes e Profissionais da Educação,abreviadamente designado por INFORDEPE, bem comoos seguintes estabelecimentos de educação e ensinopúblicos:

a) Estabelecimentos Integrados de Ensino Básico eSecundário e outros estabelecimentos individuais deensino público;

b) Estabelecimentos públicos de educação pré-escolar;

c) Estabelecimentos de educação e ensino estabelecidospelo Ministério da Educação, Juventude e Desportoatravés de mecanismos de cooperação nacional einternacional.

3. Os estabelecimentos de educação e ensino público têm seuestatuto, estrutura ou regimes de administração e gestãoaprovados por Decreto-Lei.

4. O Ministro da Educação, Juventude e Desporto pode aindapropor a criação de outros organismos da administraçãoindireta, que promovam a sua política educativa,designadamente o Centro de Impressão, institutos públicosou outras instituições de educação e ensino.

Artigo 9.ºO Instituto Nacional de Formação de Docentes e

Profissionais da Educação

1. O Instituto Nacional de Formação de Docentes e Pro-fissionais da Educação (INFORDEPE) é uma pessoacoletiva de direito público, sob a forma de instituto público,integrada na administração indireta do Estado, dotada deautonomia administrativa e científica e responsável pelapromoção da formação académica e profissional do pessoaldocente e de profissionais do sistema educativo.

2. Os Estatutos do INFORDEPE são aprovados por decreto-lei.

SECÇÃO IIIÓRGÃOS CONSULTIVOS

Artigo 10.ºÓrgãos Consultivos e de Coordenação

São órgãos consultivos do MEJD e de coordenação :

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Série I, N.° 23 A Página 52Sexta-Feira, 14 de Junho de 2019

a) A Comissão Nacional da Educação;

b) O Conselho de Coordenação;

c) O Conselho dos Diretores Escolares.

Artigo 11.ºComissão Nacional da Educação

1. A Comissão Nacional da Educação é um órgão consultivodo Ministro, que tem por função principal a democratizaçãodo ensino, através da realização de um diálogo de nívelnacional, abrangente e participativo com entidadesrelevantes na área da educação.

2. Compete à Comissão Nacional da Educação:

a) Promover a procura de um consenso alargado sobre osobjetivos da política educativa e seus principais vetoresestratégicos a nível nacional, municipal e local;

b) Apreciar a implementação da política educativa e doseu impacto no seio da comunidade;

c) Recomendar a adoção de políticas relevantes para odesenvolvimento da qualidade do sistema educativo,adequadas à realidade nacional, nomeadamente parareforçar a promoção da igualdade de género e o acessoequitativo a uma educação inclusiva e de qualidade;

d) Recomendar a adoção de boas práticas para a melhoriada qualidade do sistema educativo;

e) Promover o intercâmbio de experiências e informaçõesentre os serviços e organismos do Ministério e entreos respetivos dirigentes e a sociedade civil.

3. Compõem a Comissão Nacional da Educação:

a) O Ministro da Educação, Juventude e Desporto que apreside;

b) O Vice-Ministro da Educação, Juventude e Desporto;

c) O Diretor Geral da Direção-Geral do Plano, Políticas eInclusão, como Secretário da Comissão;

d) Entidades representativas da sociedade civil,nomeadamente organizações e associações que atuamna área da educação, dos direitos das mulheres, criançase pessoas portadoras de deficiência, associações deprofessores e empresários, confissões religiosas, dosmeios de comunicação social, associações empresariaise demais organizações convidadas pelo Ministro;

e) Entidades representativas dos parceiros dedesenvolvimento que atuam na área da educação;

f) Personalidades nacionais de mérito que atuam na áreada educação, nomeadamente embaixadores da Boa-vontade para a educação.

4. Os demais Diretores Gerais, Nacionais e Municipais doministério participam na Comissão quando convocadospelo Ministro para prestar o apoio técnico necessário.

5. O número de vogais da Comissão Nacional da Educaçãogarante uma ampla representação de vários setores dasociedade civil e o Ministro pode determinar acopresidência da Comissão por um membro externo aoMinistério da Educação, Juventude e Desporto em regimede rotatividade.

6. A identificação e a nomeação das entidades representativasidentificadas na alínea d) do número 3 têm por base aconsulta com os organismos representativos ou decoordenação das entidades relevantes e asseguram osprincípios de transparência e participação efetiva.

7. O exercício da função de membro da Comissão é de caráterindividual e não-remunerável, tendo os membros referidosna alínea d) do número 3 direito a receber senha de presençapara fazer face às suas despesas pela participação nasreuniões da Comissão, cujo montante é determinado porDespacho Ministerial.

8. A Comissão Nacional da Educação reúne trimestralmente eextraordinariamente sempre que o Ministro da Educação,Juventude e Desporto o determinar.

9. A Comissão Nacional da Educação estabelece as regras doseu funcionamento através de regulamento próprio.

Artigo 12.ºConselho de Coordenação

1. O Conselho de Coordenação é o órgão interno de consultaalargada do Ministro da Educação, Juventude e Desporto,ao qual cabe velar pela coerência administrativa,coordenação das atividades dos serviços centrais emunicipais, pelo desenvolvimento e aplicação uniforme dosprocedimentos, pela procura de soluções para os problemasregulares na execução das competências do ministério, demaneira colaborativa, bem como pela eficiência natransmissão e execução hierárquica das políticassuperiormente definidas.

2. Compõem o Conselho de Coordenação:

a) O Ministro da Educação, Juventude e Desporto;

b) O Vice-Ministro da Educação, Juventude e Desporto;

c) Os Diretores-Gerais que exerçam as respetivas funçõesno MEJD;

d) Os Diretores Nacionais que exerçam as respetivasfunções no MEJD;

e) Os Diretores dos Serviços Municipais de Educação;

f) O Inspetor-Geral;

g) Os Subinspetores-Gerais e Municipais;

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Sexta-Feira, 14 de Junho de 2019Série I, N.° 23 A Página 53

h) O Presidente do INFORDEPE.

3. São ainda membros do Conselho, para efeitos de discussãode questões relevantes para o desporto escolar, o dirigentemáximo do serviço da Secretaria de Estado da Juventude eDesporto responsável pelo desporto escolar.

4. A fim de assegurar a eficiência dos serviços, o Conselhofunciona através de:

a) Um Conselho Executivo, que reúne mensalmente e tempor membros o Ministro, o Vice-Ministro da Educação,Juventude e Desporto, os Diretores-Gerais, o Inspetor-Geral e o Presidente do INFORDEPE;

b) Um Comité para o Fortalecimento da Coordenação eDescentralização Administrativa, que se reúnetrimestralmente e tem por membros os Diretores-Gerais,os Diretores Nacionais, os Diretores de ServiçosMunicipais da Educação, o Inspetor-Geral e osSubinspetores-Gerais e Municipais e deve submeterrelatórios do seu trabalho ao Conselho Executivo;

c) Um Comité para a Coordenação do Desporto Escolar,que se reúne trimestralmente ou com maior frequência,se assim o determinar previamente o seu coordenador,composto pelos:

i. Diretores-Gerais da Educação Pré-Escolar, EnsinoBásico e Recorrente e do Ensino Secundário;

ii. Diretores Nacionais da educação pré-escolar, ensinobásico e ensino secundário geral e ensinosecundário técnico-vocacional;

iii. Diretor Nacional da Ação Social Escolar que, servede Coordenador;

iv. Diretores dos serviços Municipais;

v. Dirigente máximo nacional do serviço responsávelpelo desporto escolar, da Secretaria de Estado daJuventude e do Desporto, que submete os relatóriosdo seu trabalho ao Conselho Executivo doMinistério e ao Secretário de Estado da Juventudee Desporto.

5. O Conselho de Coordenação pode funcionar através decomissões temporárias de trabalho, nomeadamente para apreparação da proposta orçamental e a elaboração daproposta de planos anual e estratégico, de acordo com asnecessidades, estabelecidas pelo Conselho Executivo,sendo as mesmas responsáveis perante este.

6. O Ministro e o Diretor-Geral do Plano, Políticas e Inclusãoexercem, respetivamente, a função de Presidente doConselho Executivo e do Comité para o Fortalecimento daCoordenação e Descentralização Administrativa.

Artigo 13.ºConselho dos Diretores Escolares

1. O Conselho dos Diretores Escolares é o órgão consultivo

do Ministro e de coordenação, composto pelos diretores edirigentes máximos dos estabelecimentos de educação eensino públicos e pelos dirigentes dos serviços relevantesdo ministério.

2. As normas jurídicas relativas às competências, à organi-zação e ao funcionamento do Conselho dos DiretoresEscolares são aprovadas através de Diploma Ministerialdo Ministro da Educação, Juventude e Desporto.

SECÇÃO IVARTICULAÇÃO INSTITUCIONAL

Artigo 14.ºArticulação entre serviços e organismos

Os serviços da administração direta e organismos daadministração indireta do Ministério da Educação, Juventudee Desporto colaboram entre si e articulam as suas atividades,observando métodos de trabalho e procedimentos internoshierarquizados e congruentes, de modo a garantirem aeficiência, a coerência e a conformidade dos procedimentos edas decisões.

CAPÍTULO IIISERVIÇOS CENTRAIS

SECÇÃO ISERVIÇOS DAS UNIDADES

Artigo 15.ºServiço da Unidade do Currículo Nacional

1. A Unidade do Currículo Nacional, abreviadamente desig-nada por UCN, é o serviço diretamente responsável peranteo Ministro da Educação, Juventude e Desporto pelaexecução das medidas superiormente definidas para aelaboração, implementação e monitorização dos programase conteúdos curriculares e pedagógicos nos estabeleci-mentos de educação pré-escolar e dos ensinos básico,secundário e recorrente, incluindo a promoção de umacultura de leitura junto da população.

2. Compete à UCN:

a) Rever e elaborar os currículos da educação pré-escolar,do ensino básico, do ensino secundário e do ensinorecorrente e assegurar a constante atualização e aadequação dos mesmos ao contexto nacional;

b) Definir os programas curriculares da educação pré-escolar, do ensino básico, do ensino secundário e doensino recorrente, nomeadamente os conteúdoselementares das componentes curriculares de ensino eos resultados mínimos de aprendizagem;

c) Assegurar a sequência do ensino e aprendizagem,dentro de uma articulação harmoniosa dos objetivosdos vários níveis e modalidades educativas e dascapacidades individuais das crianças e dos alunos;

d) Contribuir para a elaboração dos diplomas legislativos

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Série I, N.° 23 A Página 54Sexta-Feira, 14 de Junho de 2019

e reguladores, referentes aos currículos nacionais dosdiversos níveis e modalidades de educação;

e) Preparar e assegurar a permanente adequação dosplanos de estudos das componentes curriculares eassegurar o acesso dos docentes a materiais de apoioàs atividades de ensino de qualidade;

f) Elaborar materiais pedagógicos da educação pré-escolar, ensino básico, secundário e ensino recorrente,incluindo os manuais oficiais das componentescurriculares;

g) Propor medidas que garantam a adequação da tipologiados estabelecimentos de educação e ensino e doscentros de aprendizagem bem como dos materiais eequipamentos didáticos às necessidades do sistemaeducativo, colaborar na atualização permanente dorespetivo inventário e cadastro e apoiar ainda a suadisponibilização;

h) Elaborar normas e critérios de gestão e avaliação doaproveitamento curricular dos alunos e propor medidasadequadas em situações de aproveitamento negativodos alunos;

i) Apoiar os processos de avaliação anual de alunosrealizados ao nível do estabelecimento de ensino emestreita colaboração com a Direção Nacional relevantee, quando necessário, elaborar os métodos de avaliação,nomeadamente os modelos de relatórios individuais,as provas finais anuais e exames nacionais para aconclusão e ingresso nos diversos níveis e modalidadesde educação;

j) Monitorizar a implementação curricular nosestabelecimentos de educação e ensino e nos centrosde aprendizagem, em estreita coordenação com osserviços inspetivos e as instituições ou serviçosresponsáveis pela sua acreditação;

k) Elaborar, coordenar e assegurar a execução de um planode leitura como parte integrante do currículo dosdiversos níveis e modalidades de educação e ensino,identificar a tipologia dos livros, determinar as obras aserem incluídas e assegurar a elaboração, desenvolvi-mento e impressão de livros de leitura, quandonecessário, e garantir a sua disponibilidade nasbibliotecas escolares;

l) Apoiar a conceção, o desenvolvimento e a emissão deprogramas educativos, de caráter didático e cultural,nomeadamente para a alfabetização e educação deadultos, que façam uso dos diversos meios decomunicação, como instrumento de apoio ao ensino eaprendizagem através de meios próprios ou em parceriacom entidades de comunicação social;

m) Promover, assegurar e orientar outras modalidades deensino capazes de expandir o acesso à educação,nomeadamente o ensino à distância;

n) Articular, com as entidades competentes, ações de

formação específica e outros métodos de apoio aofortalecimento das competências técnicas necessáriaspara o pessoal docente e não docente envolvidos naimplementação do currículo, atividades de bibliotecasescolares e programas educativos;

o) Quaisquer outras tarefas que lhe sejam atribuídas porlei, regulamento ou determinação superior.

3. A Unidade do Currículo Nacional articula-se com asDireções-Gerais do Ministério, em razão das respetivasáreas de competência.

4. A Unidade do Currículo Nacional é dirigida por umCoordenador, equiparado para fins de remuneração aDiretor Nacional, nomeado nos termos previstos no artigo7.º e deve integrar técnicos especializados nas áreasdisciplinares do currículo nacional, contratados para oefeito, de acordo com as necessidades do Ministério

Artigo 16.ºServiço do Centro de Impressão

1. O Centro de Impressão, abreviadamente designado por CI,é o serviço diretamente responsável perante o Ministro daEducação, Juventude e Desporto pela edição, desenhográfico e impressão de materiais didáticos necessários paraassegurar a implementação do currículo dos diferentesníveis de ensino e educação e outras publicações.

2. Compete ao CI:

a) Garantir a edição, desenho gráfico e impressão dosmateriais didáticos, incluindo manuais oficiais docurrículo nacional;

b) Garantir a edição, desenho gráfico e impressão depublicações especializadas nas áreas das ciências daeducação e da inovação educacional;

c) Elaborar, em estreita coordenação com a Unidade doCurrículo Nacional, o plano anual de publicações demateriais didáticos e assegurar a sua implementaçãode acordo com as prioridades identificadas;

d) Assegurar o funcionamento efetivo dos equipamentosde impressão através de um plano regular demanutenção e de abastecimento dos materiais neces-sários, em estreita coordenação com o serviçoresponsável pelo aprovisionamento e logística;

e) Assegurar a impressão de materiais adicionais, deacordo com as orientações superiormente determi-nadas;

f) Realizar quaisquer outras tarefas que lhe sejamatribuídas por lei, regulamento ou determinaçãosuperior.

3. O Centro de Impressão articula com a Unidade do CurrículoNacional.

4. A publicação pelo Centro de Impressão de materiais de fins

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não didáticos do Ministério da Educação, Juventude eDesporto e de outros órgãos do Governo é regulada pordiploma ministerial.

5. O Centro de Impressão é dirigido por um Coordenador,equiparado para fins de remuneração a Diretor Nacional,nomeado nos termos previstos no artigo 7.º e pode integrartécnicos especializados, contratados para o efeito, deacordo com as necessidades do ministério.

Artigo 17.ºGabinete Jurídico

1. O Gabinete Jurídico é o serviço técnico de assessoriaespecializada diretamente responsável perante o Ministroda Educação, Juventude e Desporto pelo apoio jurídico atodos os serviços do ministério, por assegurar a harmoniado ordenamento jurídico na área da educação e a análiseda legalidade das atuações do ministério.

2. Compete ao Gabinete Jurídico:

a) Elaborar o quadro legal e regulamentar do setor daeducação, com base num processo participativo dosserviços centrais relevantes e, quando possível, atravésda elaboração prévia de propostas sobre as principaisopções para o quadro legal;

b) Prestar assessoria jurídica em todas as matériaspertinentes de natureza jurídica com base nasorientações do Ministro da Educação, Juventude eDesporto e por iniciativa própria do Gabinete, bem comoapoiar, quando solicitado, a verificação daconformidade legal das atividades do ministério no querespeita aos procedimentos de aprovisionamento edespesas financeiras, através da elaboração depareceres, estudos e informações;

c) Propor os procedimentos necessários para garantir aimplementação do quadro legal vigente para o setor daEducação e prestar apoio jurídico para a elaboraçãodos mesmos pelos serviços centrais relevantes;

d) Assegurar, em estreita coordenação com o Gabinetedo Protocolo, Relações Públicas e Cooperação, aelaboração dos instrumentos de parceria e cooperação;

e) Realizar um levantamento das necessidades jurídicasdo ministério, nomeadamente identificar, emcolaboração com os serviços relevantes, os diplomaslegislativos e outras atividades jurídicas necessárias eelaborar um plano anual a ser submetido à aprovaçãodo Ministro;

f) Acompanhar os processos de reclamação, recursohierárquico e contenciosos em que o Ministério daEducação, Juventude e Desporto intervenha, promoveros atos que considere necessários para a defesa dointeresse público no âmbito dos mesmos, sem prejuízodas competências do Ministério Público;

g) Dar formação pertinente aos quadros do Ministério da

Educação, Juventude e Desporto relativamente aoordenamento jurídico vigente para o setor da educaçãocom o objetivo de assegurar uma compreensão dasnormas relevantes por parte dos serviços centrais;

h) Assegurar a coordenação com os serviços técnicosjurídicos de outros órgãos públicos, quandonecessário;

i) Apoiar o processo de publicação oficial dos diplomaslegais relevantes em coordenação com a ImprensaNacional de Timor-Leste, I.P.;

j) Realizar quaisquer outras tarefas que lhe sejamatribuídas por lei, regulamento ou determinaçãosuperior.

3. O Gabinete Jurídico é dirigido por um jurista sénior, equi-parado para fins de remuneração a Diretor Nacional,nomeado nos termos previstos no artigo 7.º e é compostopor um número de juristas a ser determinado no mapa dopessoal do ministério, concentrando todo o pessoal defunções jurídicas afetos ao mesmo, sem prejuízo decolocação de pessoal de função jurídica no Gabinete dosmembros do Governo de acordo com a legislação sobre oregime dos gabinetes ministeriais.

Artigo 18.ºGabinete do Protocolo, Relações Públicas e Cooperação

1. O Gabinete do Protocolo, Relações Públicas e Cooperaçãoé o serviço técnico de assessoria especializada diretamenteresponsável perante o Ministro da Educação, Juventude eDesporto pelo apoio nas áreas do protocolo, relaçõespúblicas e cooperação.

2. Compete ao Gabinete do Protocolo, Relações Públicas eCooperação:

a) Facilitar a negociação e a celebração de acordos deparceria e cooperação com entidades públicas eprivadas, nacionais e estrangeiras, assegurar a estreitacoordenação com o Gabinete Jurídico e com o membrodo governo responsável pela área dos negóciosestrangeiros, quando relevante, bem como com asDireções Nacionais competentes no que toca aoestabelecimento de parcerias com estabelecimentos deeducação e ensino a serem integrados na rede de ofertasde educação do serviço público;

b) Gerir os projetos de cooperação bilateral e multilateralno setor da educação, cuja gestão não incumba a outrasentidades ou órgãos, assegurar o seu desenvolvimento,a sua coordenação, o seu alinhamento com a políticanacional de educação e a eficiência da sua gestão euma coordenação efetiva com outros serviços doMinistério da Educação, Juventude e Desporto;

c) Apoiar a integração dos projetos e programas deparcerias e cooperação no plano anual e plurianual doministério;

d) Elaborar pareceres sobre a adequação de propostas de

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Série I, N.° 23 A Página 56Sexta-Feira, 14 de Junho de 2019

parcerias e cooperação ao Plano Estratégico daEducação;

e) Servir como ponto de ligação do ministério, no querespeita a todas as questões relacionadas com asparceiras e cooperação, assegurar a concertação comos serviços centrais com competência relevante na áreado projeto ou programa e a prestação de informação aoparceiro ou agente de cooperação;

f) Participar em órgãos de gestão e consulta dos projetose programas de parceria e cooperação, de acordo com asua estrutura executiva e consultiva;

g) Garantir a elaboração de relatórios específicos sobre agestão dos projetos e programas de parceria ecooperação quando necessário, assegurar a inclusãode informação sobre a execução do orçamento afeto aoprojeto ou programa, quando relevante;

h) Realizar estudos e elaborar propostas sobre projetos eparcerias, de acordo com instrução superior e aquandoda identificação de necessidades pendentes de apoiotécnico e/ou financeiro;

i) Conceber, desenvolver e implementar estratégias decomunicação para o ministério e um plano de relaçõespúblicas para promover campanhas públicas parafortalecer o alcance e a qualidade da educação epublicitar os resultados alcançados pelo ministério;

j) Propor regulamentos internos, sujeitos a aprovaçãosuperior pelo Ministro, sobre a relação e o contactocom os meios de comunicação social por parte dosdirigentes do ministério, devendo, para tal, promover aconsulta com o Gabinete Jurídico;

k) Coordenar a atualização regular da página web doministério e de outros instrumentos de comunicação,elaborar as matérias pertinentes e promover aparticipação das unidades e serviços relevantes e acoordenação com os serviços de tecnologia deinformação;

l) Assegurar a cobertura das atividades do ministério epromover a sua ampla divulgação junto da população;

m) Prestar apoio ao ministério no domínio do protocolo eapoiar ainda os Gabinetes dos membros do Governopara assegurar a coordenação e concertação deesforços;

n) Propor regras protocolares e garantir o seu cumprimentodurante os eventos nacionais e celebrações oficiais;

o) Realizar quaisquer outras tarefas que lhe sejamatribuídas por lei, regulamento ou determinaçãosuperior.

3. O Gabinete do Protocolo, Relações Públicas e Cooperaçãoé dirigido por um Coordenador, equiparado para fins deremuneração a Diretor Nacional, nomeado nos termos

previstos no artigo 7.º e pode integrar técnicosespecializados, contratados para o efeito, de acordo comas necessidades do ministério.

CAPÍTULO IVINSPEÇÃO-GERAL

Artigo 19.ºServiço da Inspeção-Geral da Educação

1. A Inspeção-Geral da Educação é o serviço central doMinistério da Educação, Juventude e Desporto responsávelpelo controlo, auditoria, avaliação e fiscalização dofuncionamento do sistema educativo no âmbito daeducação pré-escolar e da educação escolar,compreendendo o ensino básico e secundário, bem comoas modalidades especiais de educação e de educação extra-escolar.

2. A Inspeção-Geral da Educação prossegue as competênciastal como definidas por lei.

CAPÍTULO VDIREÇÕES-GERAIS

SECÇÃO IDISPOSIÇÕES GERAIS

Artigo 20.ºÂmbito e organização

1. As Direções-Gerais do Ministério da Educação, Juventudee Desporto garantem a execução das políticas educativassuperiormente definidas, administram os serviços de suadireta competência e estão organizadas em:

a) Direção-Geral do Plano, Políticas e Inclusão;

b) Direção-Geral da Educação Pré-Escolar, do EnsinoBásico e Ensino Recorrente;

c) Direção-Geral do Ensino Secundário;

d) Direção-Geral de Administração e Finanças.

2. Os Diretores-Gerais exercem poder hierárquico sobre osDiretores Nacionais que dirijam serviços relacionados comas suas áreas de competência.

3. As Direções-Gerais são dirigidas por um Diretor-Geral,nomeado nos termos do regime de cargos de direção echefia da Administração Pública.

4. As Direções Nacionais são dirigidas por um Diretor Nacional,nomeado nos termos do regime de cargos de direção echefia da Administração Pública.

Artigo 21.ºCompetências comuns

As Direções-Gerais, no âmbito da sua área de intervenção,desempenham as seguintes competências comuns:

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a) Executar as orientações e instruções superiormenteemanadas do Ministro da Educação, Juventude e Desportoe do Vice-Ministro que o coadjuva, nos termos dascompetências que para o efeito lhe forem delegadas;

b) Elaborar propostas para o plano estratégico, plano eorçamento anual, assegurar a eficiência dos serviços doministério e a implementação da legislação e regulamentaçãorelevantes;

c) Executar as competências próprias que lhes sejam atribuídaspelo presente diploma e quaisquer outras que lhe sejamatribuídas por lei, regulamento ou determinação superior;

d) Elaborar os relatórios regulares sobre os resultadosalcançados e os desafios encarados na execução das suascompetências;

e) Participar no desenvolvimento de diplomas legislativos eprocedimentos internos relevantes para a sua área decompetência;

f) Assegurar a articulação com os demais serviços doMinistério da Educação, Juventude e Desporto.

SECÇÃO IIDIREÇÃO-GERAL DO PLANO, POLÍTICAS E

INCLUSÃO

Artigo 22.ºÂmbito e competências

1. A Direção-Geral do Plano, Políticas e Inclusão, abreviada-mente designada de DGPPI, é o serviço central do MEJDresponsável pela coordenação, organização e supervisãoda elaboração das políticas relevantes para a educação,com enfoque na educação inclusiva, do processo deplaneamento, monitorização e avaliação do impacto eresultados das políticas e programas de educação edefinição, desenvolvimento e manutenção do parqueescolar, de acordo com as normas legislativas aplicáveis eas políticas superiormente definidas.

2. Compete à DGPPI:

a) Assegurar a coordenação dos serviços do ministério,com vista a uma atuação integrada e uniforme dosprocedimentos na elaboração, preparação e execuçãodos planos de atividades anuais e plurianuais;

b) Definir, articular e formular o planeamento estratégicodo ministério em consonância com as prioridadesdefinidas no plano do Governo;

c) Coordenar a formulação das propostas de políticaspúblicas relativas ao fortalecimento do acesso àeducação de qualidade em todo o território nacional,nomeadamente ao acesso e à conclusão da escolaridadeobrigatória, à racionalização do fluxo escolar dos alunose à promoção de um maior nível de escolaridade, bemcomo assegurar a participação dos serviços centraisdo ministério, que sejam relevantes em razão da matéria,na formulação dessas propostas;

d) Promover a integração de políticas capazes de assegurara educação inclusiva através do fortalecimento daigualdade efetiva de acesso à educação nos planos, daidentificação dos resultados e da implementação dasatividades dos serviços e organismos do ministério;

e) Elaborar estudos e pesquisa relevantes para apoiar aformulação de políticas públicas sobre a educação;

f) Assegurar a disponibilidade de dados estatísticosessenciais para a elaboração do plano e implementaçãode atividades de monitorização e avaliação e para aexecução das competências relevantes dos outrosórgãos centrais do ministério;

g) Assegurar a elaboração dos relatórios regulares sobreos resultados obtidos e atividades implementadas deacordo com os prazos estipulados, garantindo aincorporação da informação relevante sobre a execuçãoorçamental;

h) Orientar e apoiar os outros serviços do ministério naimplementação dos instrumentos de planeamento,monitorização e avaliação estabelecidos pelos órgãosrelevantes do Governo;

i) Assegurar a adequação de propostas para a expansãoe fortalecimento do parque escolar às necessidades dapopulação;

j) Garantir a execução do plano de infraestrutura educativaatravés da estreita coordenação com os serviçosrelevantes do Ministério da Educação, Juventude eDesporto na área de aprovisionamento e logística;

k) Assegurar a colaboração com as autoridades relevantespara o desenvolvimento das infraestruturas, nomeada-mente a Agência de Desenvolvimento Nacional;

l) Prestar o apoio necessário ao funcionamento daComissão Nacional da Educação;

m) Elaborar e implementar programas educativos utilizandorecursos educativos de comunicação multimédia comométodo para expandir o acesso à educação;

n) Promover a criação, a implementação e a manutençãode Bibliotecas nas escolas básicas e secundárias eassegurar a determinação de procedimentos e regrascapazes de assegurar a sua efetiva integração noprocesso educativo, dotando-as de um abrangenteacervo de livros de leitura e pesquisa;

o) Assegurar a representação do ministério em órgãos dogoverno responsáveis pela coordenação de esforçospara a promoção da igualdade de género e a participaçãoem iniciativas de consulta implementadas por parceirosda sociedade civil;

p) Realizar quaisquer outras tarefas que lhe sejamatribuídas por lei, regulamento ou determinaçãosuperior.

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Série I, N.° 23 A Página 58Sexta-Feira, 14 de Junho de 2019

3. A DGPI é composta pelas seguintes direções nacionais:

a) Direção Nacional do Plano e Educação Inclusiva;

b) Direção Nacional de Infraestruturas Educativas;

c) Direção Nacional de Educação Eletrónica e Bibliotecas.

Artigo 23.ºDireção Nacional do Plano e Educação Inclusiva

1. A Direção Nacional do Plano e Educação Inclusiva, abre-viadamente designada por DNPEI, é o serviço da DGPPIresponsável pelo apoio técnico e administrativo na áreado desenvolvimento de políticas da educação, planea-mento, estatística, monitorização e avaliação da políticaeducativa.

2. Compete à DNPEI:

a) Coordenar a elaboração de propostas das políticas naárea da educação, assegurando a participação dosserviços centrais relevantes e promovendo a realizaçãode consultas públicas;

b) Elaborar as propostas de plano estratégico e plano anualde atividades de acordo com as orientações superiores,coordenar e coligir as propostas dos outros serviçoscentrais do ministério;

c) Produzir e desenvolver, de forma consultiva, o quadrode monitorização e avaliação dos programas que, deacordo com os padrões governamentais aplicáveis,defina indicadores-chave de desempenho relacionadoscom o impacto e resultados das políticas educativasrelevantes relativas às Direções-Gerais e demaisserviços do ministério;

d) Elaborar os relatórios regulares de desempenho doministério, em conformidade com os modelos e prazosaplicáveis e assegurar a recolha atempada de informaçãorelevante junto dos demais serviços do ministério;

e) Coordenar e organizar a recolha de informação a nívelmunicipal, com vista ao acompanhamento da políticaeducativa nacional e à avaliação sistemática dos seusresultados, designadamente a informação estatísticasobre o fluxo escolar e outras questões com estarelacionadas, as necessidades e medidas implementa-das para a educação inclusiva, a informação relativa àexecução dos programas de ação social escolar e aadministração e gestão de recursos humanos;

f) Assegurar a adequação do Sistema de Informação eGestão da Educação às necessidades do ministério epolítica educativa relevante;

g) Realizar análises estatísticas para apoiar o trabalho deoutros serviços centrais, nomeadamente análisesrelevantes para o planeamento orçamental, a colocaçãode docentes, a distribuição de materiais didáticos e deoutros materiais e equipamentos;

h) Elaborar e assegurar a partilha com os outros serviçosdo ministério de relatórios analíticos regulares demonitorização sobre os avanços na implementação dapolítica educativa nacional;

i) Realizar estudos diversos necessários para assegurarum planeamento de qualidade e adequado à realidadenacional, nomeadamente de previsão da evolução dosetor educativo, de forma a tornar percetíveis as suastendências e antecipar propostas de solução dasnecessidades iminentes e futuras;

j) Propor, executar e orientar a realização de estudos epesquisas relevantes para a determinação dos planosdo ministério;

k) Apoiar a elaboração dos padrões de qualidade dosdiferentes níveis e modalidades de educação;

l) Apoiar a elaboração de propostas para o fortalecimentoe extensão do parque escolar, em estreita coordenaçãocom a Direção Nacional de Infraestruturas Educativas;

m) Apoiar a elaboração de propostas de colocação depessoal docente pela Direção Nacional dos RecursosHumanos e assegurar o acesso aos dados estatísticosrelevantes para assistir na realização desta atividade;

n) Capacitar os diversos serviços do ministério em práticasde qualidade para o planeamento, monitorização eavaliação;

o) Assegurar a ligação com autoridades públicas comcompetência em matéria de informação estatísticapopulacional, nomeadamente os responsáveis pelorecenseamento e inquéritos nacionais e registo civil denascimento e garantir o uso destes dados como apoioao processo de planeamento;

p) Promover a elaboração de políticas e implementaçãode estudos e programas para assegurar a igualdade noacesso à educação e sucesso escolar, incluindo aigualdade de género e a integração socioeducativa dosindivíduos com necessidades educativas especiais emtodos os níveis e modalidades de educação;

q) Definir práticas de educação inclusiva para responderàs necessidades dos diversos níveis e modalidadeseducativas, incluindo as modalidades de ensinoespecial;

r) Elaborar propostas de políticas e coordenar aimplementação de estudos e programas para fortalecero caráter inclusivo dos ambientes educativos,nomeadamente no que diz respeito à sua administraçãoe gestão, aos equipamentos e ao desenvolvimento dasinfraestruturas;

s) Prover apoio técnico ao desenvolvimento do programacurricular e dos materiais didáticos como instrumentopara assegurar a educação inclusiva em todos os níveise modalidade de educação, nomeadamente a igualdade

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Sexta-Feira, 14 de Junho de 2019Série I, N.° 23 A Página 59

de género e igualdade de oportunidades para os gruposeconomicamente vulneráveis, com necessidadeseducativas especiais e as diversas comunidadesetnolinguísticas;

t) Apoiar os demais serviços centrais do ministério nosesforços que realizem para assegurar a representa-tividade dos grupos vulneráveis na sociedadetimorense nos recursos humanos afetos ao ministério;

u) Apoiar a execução de outras atividades no âmbito dasua competência para assegurar a implementação daPolítica Nacional para a Educação Inclusiva e de outraspolíticas relevantes, bem como a implementação dasobrigações que para o Estado resultem na área daeducação decorrentes de tratados internacionaisrelevantes;

v) Realizar quaisquer outras tarefas que lhe sejamatribuídas por lei, regulamento ou determinaçãosuperior.

Artigo 24.ºDireção Nacional de Infraestruturas Educativas

1. A Direção Nacional de Infraestruturas Educativas, abre-viadamente designada por DNIE, é o serviço central daDGPPI responsável pela execução das medidasrelacionadas com o desenvolvimento e manutenção doParque Escolar.

2. Compete à DNIE:

a) Avaliar o mapa das infraestruturas escolares em funçãoda procura e da distribuição populacional, da divisãoadministrativa e de outros aspetos geográficos eidentificar, em articulação com os serviços centraisrelevantes, as necessidades e prioridades dereabilitação e construção de infraestruturas escolares;

b) Elaborar a proposta sobre prioridades em matéria deinfraestruturas, incluindo propostas relativas aprojetos, anuais e plurianuais, de construção,reabilitação, aquisição ou locação de infraestruturas,equipamentos e outros bens necessários à prossecuçãodas funções e políticas definidas pelo ministério;

c) Assegurar a efetiva coordenação com o fundo dasinfraestruturas afeto à área da educação, nomeada-mente a preparação de propostas do ministério e acoordenação para a implementação das mesmas;

d) Garantir a adoção de padrões específicos sobre asinstalações físicas dos estabelecimentos escolares e asua adequação ao contexto local, a abrangência doserviço prestado, o nível de educação e ensino e a suaeventual urgência;

e) Assegurar a reabilitação, aquisição e manutenção deinfraestruturas destinadas aos estabelecimentospúblicos de educação e ensino e demais serviços doministério, em função das necessidades e perspetivasde desenvolvimento do sistema educativo;

f) Prestar o apoio necessário para assegurar a execuçãodos procedimentos administrativos de aprovisiona-mento relacionados com as infraestruturas educativas,exigidos por lei, sob a orientação da Direção Nacionalde Aprovisionamento;

g) Apoiar a elaboração do plano de aquisição emanutenção dos bens móveis afetos aos estabeleci-mentos escolares, em estreita coordenação com aDireção Nacional de Finanças e Administração;

h) Apoiar o processo para assegurar a disponibilidade dalocalização geográfica para a construção de novosestabelecimentos escolares, nomeadamente através daidentificação da titularidade da terra, ligação com acomunidade local, quando relevante e da coordenaçãocom as autoridades competentes em função destamatéria;

i) Supervisionar, na área das suas competências, aadjudicação e gestão de obras de construção,reabilitação, transformação e benfeitorias;

j) Garantir o controlo de qualidade dos projetos deinfraestruturas, assegurando a coordenação com aAgência de Desenvolvimento Nacional;

k) Realizar estudos e pesquisas de mercado a fim deidentificar as infraestruturas mais adequadas,inclusivamente no que refere ao uso de material local;

l) Assegurar a coordenação com os órgãos relevantesresponsáveis pela construção de estradas,abastecimento de eletricidade e provisão de água esaneamento com o objetivo de garantir as condiçõesnecessárias para o funcionamento dos estabeleci-mentos escolares aquando da conclusão da construçãoou reabilitação da sua infraestrutura;

m) Assegurar a comunicação regular e eficiente com osorganismos públicos que participam nos projetos deinfraestruturas educativas;

n) Apoiar o registo dos dados relacionados com asInfraestruturas Educativas, visando a sua integraçãono Sistema de Informação e Gestão da Educação ediligenciar o devido registo das infraestruturaseducativas, junto das entidades competentes;

o) Realizar quaisquer outras tarefas que lhe sejamatribuídas por lei, regulamento ou determinaçãosuperior.

Artigo 25.ºDireção Nacional de Educação Eletrónica e Bibliotecas

1. A Direção Nacional de Educação Eletrónica e Bibliotecas,abreviadamente designada por DNEEB, é o serviço daDGPPI responsável pela elaboração e execução deprogramas educativos que façam uso de diversas técnicase instrumentos de informação e comunicação multimédiacomo método de apoio ao ensino e aprendizagem e pelo

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Série I, N.° 23 A Página 60Sexta-Feira, 14 de Junho de 2019

estabelecimento e apoio ao funcionamento das bibliotecasescolares.

2. Compete à DNEEB:

a) Conceber, desenvolver e emitir programas educativos,de caráter didático e cultural, nomeadamente para aalfabetização e educação de crianças, jovens e adultos,através de meios próprios ou em parceria com entidadesde comunicação social e assegurar a concordância doconteúdo dos programas com o currículo nacional;

b) Apoiar a implementação de outras modalidades deensino que façam o uso de comunicação multimédiacomo mecanismo para expansão do acesso à educação;

c) Promover a criação, a implementação e a manutençãode Bibliotecas nos estabelecimentos de ensino básicoe secundário e assegurar a determinação de procedi-mentos e regras capazes de garantir a sua efetivaintegração no processo educativo, dotando-as de umabrangente acervo de livros de leitura e pesquisa,nomeadamente os livros relevantes para o currículonacional do ensino básico e secundário;

d) Articular, com as entidades competentes, ações deformação específica e outros métodos de apoio aofortalecimento das habilidades técnicas necessáriaspara o pessoal docente e não docente, envolvidos naimplementação do currículo, atividades de bibliotecasescolares e programas educativos;

e) Realizar quaisquer outras tarefas que lhe sejamatribuídas por lei, regulamento ou determinaçãosuperior.

SECÇÃO IIIDIREÇÃO-GERAL DE EDUCAÇÃO PRÉ-ESCOLAR,

ENSINO BÁSICO E ENSINO RECORRENTE

Artigo 26.ºÂmbito e competências

1. A Direção-Geral de Educação Pré-Escolar, Ensino Básico eEnsino Recorrente, abreviadamente designada deDGEPEBR, é o serviço central do MEJD responsável pelaacreditação, monitorização, administração e gestão dosistema de educação pré-escolar, do ensino básico e doensino recorrente de acordo com as normas legislativasaplicáveis e as políticas superiormente definidas.

2. Compete à DGEPEBR:

a) Assegurar a abertura e funcionamento dosestabelecimentos de educação pré-escolar e ensinobásico dentro de um enquadramento que garanta a suaqualidade, nomeadamente através da realização dolicenciamento, acreditação e avaliação dos mesmos;

b) Apoiar a administração e gestão dos estabelecimentosde educação e ensino de acordo com as normasaplicáveis, coordenar a operacionalização da estrutura

organizacional e a aplicação coerente das regras epromover a definição e implementação de procedi-mentos necessários para uma administração e gestãoeficientes, com a participação dos dirigentes dosestabelecimentos de educação e ensino;

c) Apoiar a real integração dos estabelecimentos deeducação e ensino na rede de ofertas de educação doserviço público e promover o respeito pelas regras eprocedimentos aplicáveis;

d) Apoiar os processos de avaliação anual de alunos e osexames de conclusão dos níveis de ensino, sob acoordenação da Unidade do Currículo Nacional;

e) Propor medidas capazes de dar resposta aos desafiosencarados em relação à racionalização do fluxo escolardas crianças e alunos, de promover o acesso contínuoà educação e a conclusão do nível de escolaridadeobrigatória;

f) Promover um sistema de ensino recorrente para aquelesque abandonaram precocemente o sistema educativoformal, contribuindo para a sua reintegração;

g) Assegurar a implementação de programas que permitameliminar o analfabetismo, literal e funcional;

h) Promover práticas efetivas de educação inclusiva pararesponder às várias necessidades, aos níveis emodalidades educativos da sua área de competênciade acordo com as políticas definidas nesta área;

i) Promover a consideração dos estabelecimentos deeducação e ensino como instituições de apoio aodesenvolvimento de valores democráticos das criançase alunos e a sua integração na comunidade local,nomeadamente através da formulação e coordenaçãoda implementação de programas extracurriculares;

j) Incentivar a participação dos pais e responsáveis dascrianças e alunos na gestão e administração dosestabelecimentos de educação e ensino e a colaboraçãodestes com os docentes no processo de ensino-aprendizagem;

k) Colaborar na promoção de um acesso igualitário àeducação, incluindo da igualdade de género naeducação, e no fortalecimento das capacidades degestão e administração dos estabelecimentos deeducação e ensino, através de programas de ação socialescolar;

l) Apoiar o processo de elaboração da proposta de planoestratégico, plano anual de atividades e respetivosrelatórios de execução;

m) Colaborar no desenvolvimento e revisão dos programascurriculares da educação pré-escolar, ensino básico eensino recorrente;

n) Colaborar na identificação das necessidades dos

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Sexta-Feira, 14 de Junho de 2019Série I, N.° 23 A Página 61

quadros de pessoal docente e pessoal não docentedos estabelecimentos de educação, ensino e centroscomunitários de aprendizagem, nomeadamente oestabelecimento do quadro da organização pedagógica,tendo em vista uma adequada compatibilização dosrecursos humanos disponíveis com a desejável melhoriados níveis e modalidades de educação;

o) Colaborar na identificação das necessidades deinfraestruturas, equipamentos e materiais, tendo emvista uma adequada compatibilização dos recursostécnicos e materiais disponíveis com a desejávelmelhoria dos níveis e modalidades de educação;

p) Assegurar a efetiva execução do programa deconcessão escolar;

q) Realizar quaisquer outras tarefas que lhe sejamatribuídas por lei, regulamento ou determinaçãosuperior.

3. A DGEPEBR é composta pelas seguintes direções nacionais:

a) Direção Nacional de Educação Pré-Escolar;

b) Direção Nacional de Ensino Básico;

c) Direção Nacional do Ensino Recorrente.

Artigo 27.ºDireção Nacional de Educação Pré-Escolar

1. A Direção Nacional de Educação Pré-Escolar, abreviada-mente designada por DNEPE, é o serviço da DGEPEBRresponsável pela promoção e execução das políticassuperiormente definidas para a educação infantil, bem comopela garantia da acreditação, avaliação da qualidade,administração e gestão dos estabelecimentos de educaçãopré-escolar nos termos da Lei de Bases da Educação eregulamentação conexa.

2. Compete à DNEPE:

a) Garantir o licenciamento, acreditação e avaliação dosestabelecimentos de educação pré-escolar e coordenara elaboração e implementação dos procedimentos deacordo com a legislação relevante;

b) Definir os padrões de qualidade para a educação pré-escolar e assegurar ao mesmo tempo a sua adequaçãoà realidade local e à sua função de contribuição paraavanços na educação infantil;

c) Definir métodos para a operacionalização das políticascontidas na Política Nacional da Educação Pré-Escolare coordenar a execução dos mesmos em estreitaconcertação com os serviços competentes doministério;

d) Propor a elaboração de procedimentos para aadministração e gestão dos estabelecimentos deeducação pré-escolar, prover a orientação necessária

para a sua implementação e monitorizar a conformidadedesses procedimentos com as normas legislativas ereguladoras;

e) Desenvolver e apoiar a implementação dos programasde atividades extracurriculares dos estabelecimentosde educação pré-escolar;

f) Apoiar a implementação dos programas de ação socialescolar nos estabelecimentos de educação pré-escolar;

g) Apoiar o processo de avaliação das crianças de acordocom as regras previstas no currículo nacional para aeducação pré-escolar;

h) Elaborar as propostas de plano estratégico, plano eorçamento anuais e os relatórios da sua execução eassegurar a sua adequação aos resultados esperadosna política da educação pré-escolar;

i) Garantir, em articulação com os serviços competentes,a satisfação das necessidades logísticas, didáticas,informáticas e outras dos estabelecimentos deeducação pré-escolar, para a prossecução eficiente dapolítica educativa relevante;

j) Colaborar, de acordo com as orientações da DireçãoNacional do Plano e Educação Inclusiva, nolevantamento de informação relevante para a educaçãopré-escolar, necessária ao desenvolvimento do sistemade informação estatística da educação e à administraçãoe gestão dos recursos humanos relevantes;

k) Apoiar o desenvolvimento e revisão do currículonacional e dos programas curriculares relacionados coma educação pré-escolar;

l) Propor, à Direção Nacional de Recursos Humanos e aoINFORDEPE, medidas de formação do pessoal docentee não docente relacionadas com a educação infantil;

m) Assegurar a efetiva integração de perspetivasrelacionadas com a educação inclusiva em todas assuas competências específicas, apoiando o fortaleci-mento do acesso igualitário, incluindo a igualdade degénero, na educação pré-escolar;

n) Assegurar a execução de outras atividades no âmbitoda sua competência para garantir a implementação daPolítica Nacional da Educação Pré-Escolar;

o) Promover a implementação do programa de concessãoescolar, nomeadamente através da elaboração depropostas de orçamento, elaboração dos instrumentospara a determinação do benefício financeiro do ensinoe, quando relevante, a implementação das atividadesnecessárias para assegurar a transferência atempadade fundos;

p) Assegurar a determinação de procedimentos internospara a efetiva coordenação e implementaçãotransparente do programa de concessão escolar e

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Série I, N.° 23 A Página 62Sexta-Feira, 14 de Junho de 2019

prestar apoio aos estabelecimentos de educação nasua aplicação;

q) Implementar, em estreita coordenação com os serviçosinspetivos do ministério, mecanismos de fiscalizaçãoda execução do programa de concessão escolar;

r) Analisar os relatórios de execução do programa deconcessão escolar, elaborar pareceres sobre a suaadequação aos procedimentos internos aplicáveis;

s) Realizar quaisquer outras tarefas que lhe sejamatribuídas por lei, regulamento ou determinaçãosuperior.

Artigo 28.ºDireção Nacional do Ensino Básico

1. A Direção Nacional do Ensino Básico, abreviadamentedesignada por DNEB, é o serviço da DGEPEBR responsávelpela promoção e execução das políticas superiormentedefinidas para o ensino básico obrigatório, bem como pelagarantia da acreditação, avaliação, qualidade, administraçãoe gestão dos estabelecimentos de ensino básico nos termosda Lei de Bases da Educação e regulamentação conexa.

2. Compete à DNEB:

a) Garantir o licenciamento, acreditação e avaliação dosestabelecimentos de educação básica, coordenar aelaboração e implementação dos procedimentos deacordo com a legislação relevante;

b) Definir os padrões de qualidade para o ensino básico eassegurar ao mesmo tempo a sua adequação à realidadelocal e à sua função de contribuição para avanços noensino básico obrigatório;

c) Definir métodos para a operacionalização das políticassobre o ensino básico e coordenar a execução dosmesmos em estreita concertação com os serviçoscompetentes do ministério;

d) Propor a elaboração de procedimentos para aadministração e gestão dos estabelecimentos de ensinobásico, prover a orientação necessária para a suaimplementação e monitorizar a conformidade dessesprocedimentos com o quadro normativo em vigor;

e) Desenvolver e apoiar a implementação dos programasde atividades extracurriculares dos estabelecimentosde ensino básico;

f) Apoiar a implementação dos programas de ação socialescolar nos estabelecimentos de ensino básico;

g) Apoiar o processo de avaliação dos alunos de acordocom as regras previstas no currículo nacional para oensino básico;

h) Elaborar as propostas de plano estratégico, plano eorçamento anuais e os relatórios da sua execução e

assegurar a sua adequação aos resultados esperadosna política do ensino básico;

i) Garantir, em articulação com os serviços competentes,a satisfação das necessidades logísticas, didáticas,informáticas e outras dos estabelecimentos de ensinobásico, para a prossecução eficiente da políticaeducativa relevante;

j) Colaborar, de acordo com as orientações da DireçãoNacional do Plano e Educação Inclusiva, no levanta-mento de informação relevante para o ensino básico,necessária ao desenvolvimento do sistema deinformação estatística da educação e à administração egestão dos recursos humanos relevantes;

k) Apoiar o desenvolvimento e revisão do currículonacional e dos programas curriculares relacionados como ensino básico;

l) Propor, à Direção Nacional de Recursos Humanos e aoINFORDEPE, medidas de formação do pessoal docentee não docente relacionadas com o ensino básico;

m) Assegurar a efetiva integração de perspetivasrelacionadas com a educação inclusiva em todas assuas competências específicas e apoiar o fortalecimentodo acesso igualitário ao ensino básico, incluindo aigualdade de género;

n) Promover a implementação do programa de concessãoescolar, nomeadamente através da elaboração depropostas de orçamento, elaboração dos instrumentospara a determinação do benefício financeiro e, quandorelevante, a implementação das atividades necessáriaspara assegurar a transferência atempada de fundos;

o) Assegurar a determinação de procedimentos internospara a efetiva coordenação e implementação trans-parente do programa de concessão escolar e prestarapoio aos estabelecimentos de ensino na suaaplicação;

p) Implementar, em estreita coordenação com os serviçosinspetivos do ministério, mecanismos de fiscalizaçãoda execução do programa de concessão escolar;

q) Analisar os relatórios de execução do programa deconcessão escolar e elaborar pareceres sobre a suaadequação aos procedimentos internos aplicáveis;

r) Realizar quaisquer outras tarefas que lhe sejamatribuídas por lei, regulamento ou determinaçãosuperior.

Artigo 29.ºDireção Nacional do Ensino Recorrente

1. A Direção Nacional do Ensino Recorrente, abreviadamentedesignada por DNER, é o serviço DGEPEBR responsávelpela promoção e execução das políticas superiormentedefinidas para os programas de alfabetização e ensino

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Sexta-Feira, 14 de Junho de 2019Série I, N.° 23 A Página 63

recorrente dirigidos à população fora do sistema de ensinoformal nos termos da Lei de Bases da Educação eregulamentação conexa.

2. Compete à DNER:

a) Promover a criação de Centros Comunitários deAprendizagem e assegurar a sua adequação àsnecessidades próprias das comunidades locais;

b) Implementar, monitorizar e avaliar os programasnacionais de alfabetização;

c) Implementar, monitorizar e avaliar o programa deequivalência do ensino recorrente, em cooperação comoutros serviços competentes;

d) Propor os termos de uma política de educação àdistância e implementar esta modalidade de educação;

e) Definir métodos para a operacionalização das políticassobre o ensino recorrente e coordenar a execução dosmesmos em estreita concertação com os serviçoscompetentes do ministério, bem como com as DireçõesMunicipais e as lideranças comunitárias;

f) Promover a articulação dos programas de ensinorecorrente com os cursos técnicos e vocacionais eassegurar a oportunidade de continuação dos estudospelo participante noutras iniciativas de educação;

g) Estabelecer padrões e mecanismos de avaliação dosprogramas e projetos de ensino recorrente, emcolaboração com as Direções Municipais;

h) Apoiar o processo de avaliação dos participantes nosprogramas de ensino recorrente de acordo com as regrasprevistas no currículo nacional para o ensinorecorrente;

i) Coordenar os processos de equivalência aquando daconclusão de etapas do ensino recorrente;

j) Elaborar as propostas de plano estratégico, plano eorçamento anuais e os relatórios da sua execução eassegurar a sua adequação aos resultados esperadosna política do ensino recorrente;

k) Colaborar, de acordo com as orientações da DireçãoNacional do Plano e Educação Inclusiva, nolevantamento de informação relevante para o ensinorecorrente, necessária ao desenvolvimento do sistemade informação estatística da educação e à administraçãoe gestão dos recursos humanos relevantes;

l) Apoiar o desenvolvimento e revisão do currículonacional e dos programas curriculares relacionados como ensino recorrente;

m) Propor, à Direção Nacional de Recursos Humanos e aoINFORDEPE, medidas de formação do pessoal docentee não docente relacionadas com o ensino recorrente;

n) Colaborar na definição das habilitações, competênciase condições profissionais necessárias para o pessoaldocente consignado ao ensino não formal;

o) Assegurar a efetiva integração de perspetivasrelacionadas com a educação inclusiva em todas assuas competências específicas e apoiar o fortalecimentodo acesso igualitário ao ensino recorrente, incluindoda igualdade de género;

p) Realizar quaisquer outras tarefas que lhe sejamatribuídas por lei, regulamento ou determinaçãosuperior.

SECÇÃO IVDIREÇÃO-GERAL DO ENSINO SECUNDÁRIO

Artigo 30.ºÂmbito e competências

1. A Direção-Geral do Ensino Secundário, abreviadamentedesignada de DGES, é o serviço central do MEJDresponsável pela acreditação, monitorização, administraçãoe gestão do sistema de ensino secundário de acordo comas normas legislativas aplicáveis e as políticassuperiormente definidas.

2. Compete à DGES:

a) Assegurar a abertura e funcionamento dosestabelecimentos de ensino secundário dentro de umenquadramento que garanta a sua qualidade,nomeadamente através da realização do licenciamento,acreditação e avaliação dos mesmos;

b) Apoiar a administração e gestão dos estabelecimentosde ensino de acordo com as normas aplicáveis,coordenar a operacionalização da estrutura organiza-cional e a aplicação coerente do quadro jurídico queaos mesmos se refira e promover a definição eimplementação de procedimentos necessários para umaadministração e gestão eficientes, com a participaçãodos dirigentes dos estabelecimentos de ensino;

c) Apoiar a real integração dos estabelecimentos de ensinona rede de ofertas de educação do serviço público epromover o respeito pelas regras e procedimentosaplicáveis;

d) Apoiar os processos de avaliação anual de alunos e osexames de conclusão dos níveis de ensino, sob acoordenação da Unidade do Currículo Nacional;

e) Propor medidas capazes de dar resposta aos desafiosencarados em relação à racionalização do fluxo escolardos alunos, de promover o acesso contínuo à educaçãoe a adequação da oferta no nível secundário deeducação;

f) Assegurar um equilíbrio entre as ofertas dos ensinossecundário geral e técnico-vocacional, capaz de garantira conformação do sistema educativo às necessidades

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Série I, N.° 23 A Página 64Sexta-Feira, 14 de Junho de 2019

de ingresso no ensino superior e no mercado detrabalho;

g) Promover práticas efetivas de educação inclusiva pararesponder às várias necessidades, aos níveis emodalidades educativos da sua área de competênciade acordo com as políticas definidas nesta área;

h) Promover a consideração dos estabelecimentos deensino como instituições de apoio ao desenvolvimentode valores democráticos dos alunos e a sua integraçãona comunidade local, nomeadamente através daformulação e coordenação da implementação deprogramas extracurriculares;

i) Incentivar a participação dos pais e responsáveis dosalunos na gestão e administração dos estabelecimentosde ensino e a colaboração destes com os docentes noprocesso de ensino-aprendizagem;

j) Colaborar na promoção de um acesso igualitário àeducação, incluindo da igualdade de género, e no forta-lecimento das capacidades de gestão e administraçãodos estabelecimentos de ensino, através de programasde ação social escolar;

k) Apoiar o processo de elaboração da proposta de planoestratégico, plano anual de atividades e respetivosrelatórios de execução;

l) Colaborar no desenvolvimento e revisão dos programascurriculares do ensino secundário;

m) Colaborar na identificação das necessidades dosquadros de pessoal docente e pessoal não docentedos estabelecimentos de ensino, nomeadamente oestabelecimento do quadro da organização pedagógica,tendo em vista uma adequada compatibilização dosrecursos humanos disponíveis com a desejável melhoriados níveis de educação;

n) Colaborar na identificação das necessidades deinfraestruturas, equipamentos e materiais, tendo emvista uma adequada compatibilização dos recursostécnicos e materiais disponíveis com a desejávelmelhoria dos níveis e modalidades de educação;

o) Assegurar a efetiva execução do programa deconcessão escolar;

p) Realizar quaisquer outras tarefas que lhe sejamatribuídas por lei, regulamento ou determinaçãosuperior.

3. A DGES é composta pelas seguintes direções nacionais:

a) Direção Nacional do Ensino Secundário Geral;

b) Direção Nacional de Ensino Secundário Técnico-Vocacional.

Artigo 31.ºDireção Nacional do Ensino Secundário Geral

1. A Direção Nacional do Ensino Secundário Geral, abrevia-damente designada por DNESG, é o serviço da DGESresponsável pela promoção e execução das políticassuperiormente definidas para a ensino secundário geral,bem como pela garantia da acreditação, avaliação,qualidade, administração e gestão dos estabelecimentosde ensino secundário geral nos termos da Lei de Bases daEducação e regulamentação conexa.

2. Compete à DNESG:

a) Garantir o licenciamento, acreditação e avaliação dosestabelecimentos de ensino secundário geral ecoordenar a elaboração e implementação dosprocedimentos de acordo com a legislação relevante;

b) Definir os padrões de qualidade para o ensinosecundário geral e assegurar ao mesmo tempo a suaadequação à realidade local e à sua função decontribuição para os avanços no ensino secundário;

c) Definir métodos para a operacionalização das políticassobre o ensino secundário geral e coordenar a execuçãodos mesmos em estreita concertação com os serviçoscompetentes do ministério;

d) Propor a elaboração de procedimentos para aadministração e gestão dos estabelecimentos de ensinosecundário geral, prover a orientação necessária para asua implementação e monitorizar a conformidade dessesprocedimentos com as normas legislativas ereguladoras;

e) Propor a elaboração de procedimentos relacionadoscom o acesso e mobilidade entre as diferentesmodalidades de ensino secundário e assegurar apermeabilidade, a integração e a coordenação entreestes;

f) Apoiar o planeamento e a implementação do processode conversão dos estabelecimentos de ensinosecundário geral para estabelecimentos de ensinosecundário técnico-vocacional;

g) Desenvolver e apoiar a implementação de atividadesextracurriculares dos estabelecimentos de ensinosecundário geral;

h) Apoiar a implementação dos programas de ação socialescolar nos estabelecimentos de ensino secundário;

i) Elaborar as propostas de plano estratégico, plano eorçamento anuais e os relatórios da sua execução eassegurar a sua adequação aos resultados esperadosna política do ensino secundário geral;

j) Garantir, em articulação com os serviços competentes,a satisfação das necessidades logísticas, didáticas,informáticas e outras dos estabelecimentos de ensino

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Sexta-Feira, 14 de Junho de 2019Série I, N.° 23 A Página 65

secundário geral, para a prossecução eficiente dapolítica educativa relevante;

k) Colaborar, de acordo com as orientações da DireçãoNacional do Plano e Educação Inclusiva, no levanta-mento de informação relevante para o ensino secun-dário geral, necessária ao desenvolvimento do sistemade informação estatística da educação e à administraçãoe gestão dos recursos humanos relevantes;

l) Apoiar o desenvolvimento e revisão do currículonacional e programas curriculares relacionados com oensino secundário geral;

m) Propor, à Direção Nacional de Recursos Humanos e aoINFORDEPE, medidas de formação do pessoal docentee não docente relacionadas com o ensino secundáriogeral;

n) Assegurar a efetiva integração de perspetivasrelacionadas com a educação inclusiva em todas assuas competências específicas e apoiar o fortalecimentodo acesso igualitário ao ensino secundário geral,incluindo a igualdade de género;

o) Promover a implementação do programa de concessãoescolar, nomeadamente através da elaboração depropostas de orçamento, elaboração dos instrumentospara a determinação do benefício financeiro e, quandorelevante, a implementação das atividades necessáriaspara assegurar a transferência atempada de fundos;

p) Assegurar a determinação de procedimentos internospara a efetiva coordenação e implementação transpa-rente do programa de concessão escolar e prestar apoioaos estabelecimentos de ensino na sua aplicação;

q) Implementar, em estreita coordenação com os serviçosinspetivos do ministério, mecanismos de fiscalizaçãoda execução do programa de concessão escolar;

r) Analisar os relatórios de execução do programa deconcessão escolar e elaborar pareceres sobre a suaadequação aos procedimentos internos aplicáveis;

s) Realizar quaisquer outras tarefas que lhe sejamatribuídas por lei, regulamento ou determinaçãosuperior.

Artigo 32.ºDireção Nacional do Ensino Secundário Técnico-

Vocacional

1. A Direção Nacional do Ensino Secundário Técnico-Voca-cional, abreviadamente designada por DNESTV, é o serviçoda DGES responsável pela promoção e execução daspolíticas superiormente definidas para a ensino secundáriotécnico-vocacional, bem como pela garantia da acreditação,avaliação, qualidade e administração e gestão dosestabelecimentos de ensino secundário técnico-vocacionalnos termos da Lei de Bases da Educação e regulamentaçãoconexa.

2. Compete à DNESTV:

a) Garantir o licenciamento, acreditação e avaliação dosestabelecimentos de ensino secundário técnico-vocacional e coordenar a elaboração e implementaçãodos procedimentos de acordo com a legislaçãorelevante;

b) Definir os padrões de qualidade para o ensinosecundário técnico-vocacional e assegurar ao mesmotempo a sua adequação à realidade local e à sua funçãode contribuição para a melhoria da qualidade do ensinosecundário;

c) Definir métodos para a operacionalização das políticassobre o ensino secundário técnico-vocacional ecoordenar a execução dos mesmos em estreitaconcertação com os serviços competentes doministério;

d) Propor a elaboração de procedimentos para aadministração e gestão dos estabelecimentos de ensinosecundário técnico-vocacional, prover a orientaçãonecessária para a sua implementação e monitorizar aconformidade desses procedimentos com as normaslegislativas e reguladoras;

e) Coordenar o planeamento e a implementação doprocesso de conversão dos estabelecimentos de ensinosecundário geral para estabelecimentos de ensinosecundário técnico-vocacional, em estreita coordenaçãocom a Direção Nacional do Ensino Secundário Geral e aDireção Nacional do Ensino Básico;

f) Propor a elaboração de procedimentos relacionadoscom o acesso e mobilidade entre as diferentesmodalidades de ensino secundário e assegurar apermeabilidade, a integração e a coordenação entreestes;

g) Desenvolver e apoiar a implementação de atividadesextracurriculares dos estabelecimentos de ensinosecundário técnico-vocacional;

h) Apoiar a implementação dos programas de ação socialescolar nos estabelecimentos de ensino secundáriotécnico-vocacional;

i) Elaborar as propostas de plano estratégico, plano eorçamento anuais e os relatórios da sua execução,assegurando a sua adequação aos resultadosesperados na política do ensino secundário técnico-vocacional e técnico-vocacional;

j) Garantir, em articulação com os serviços competentes,a satisfação das necessidades logísticas, didáticas,informáticas e outras dos estabelecimentos de ensinosecundário técnico-vocacional, para a prossecuçãoeficiente da política educativa relevante;

k) Colaborar, de acordo com as orientações da DireçãoNacional do Plano e Educação Inclusiva, no

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Série I, N.° 23 A Página 66Sexta-Feira, 14 de Junho de 2019

levantamento de informação relevante para o ensinosecundário técnico-vocacional, necessária aodesenvolvimento do sistema de informação estatísticada educação e à administração e gestão dos recursoshumanos relevantes;

l) Apoiar o desenvolvimento e revisão do currículonacional e programas curriculares relacionados com oensino secundário técnico-vocacional;

m) Apoiar o processo de avaliação dos alunos de acordocom as regras previstas no currículo nacional para oensino secundário técnico-vocacional;

n) Propor, à Direção Nacional de Recursos Humanos e aoINFORDEPE, medidas de formação do pessoal docentee não docente relacionadas com o ensino secundáriotécnico-vocacional;

o) Assegurar a efetiva integração de perspetivasrelacionadas com a educação inclusiva em todas assuas competências específicas, apoiando o fortaleci-mento do acesso igualitário ao ensino secundáriotécnico-vocacional, incluindo a igualdade de género;

p) Promover a implementação do programa de concessãoescolar, nomeadamente através da elaboração depropostas de orçamento, elaboração dos instrumentospara a determinação do benefício financeiro e, quandorelevante, a implementação das atividades necessáriaspara assegurar a transferência atempada de fundos;

q) Assegurar a determinação de procedimentos internospara a efetiva coordenação e transparente implemen-tação do programa de concessão escolar, e prestar apoioaos estabelecimentos ensino na sua aplicação;

r) Implementar, em estreita coordenação com os serviçosinspetivos do Ministério, mecanismos de fiscalizaçãoda execução do programa de concessão escolar;

s) Analisar os relatórios de execução do programa deconcessão escolar, elaborando pareceres sobre a suaadequação aos procedimentos internos aplicáveis;

t) Realizar quaisquer outras tarefas que lhe sejamatribuídas por lei, regulamento ou determinaçãosuperior.

SECÇÃO VDIREÇÃO - GERAL DE ADMINISTRAÇÃO E

FINANÇAS

Artigo 33.ºÂmbito e competências

1. A Direção-Geral de Administração e Finanças, abreviada-mente designada por DGAF, é o serviço central do MEJDresponsável por assegurar a gestão e execução dosprocedimentos administrativos, financeiros, de gestão derecursos humanos e patrimoniais, aprovisionamento,logística, infraestruturas tecnológicas de informação ecomunicação e ação social escolar de acordo com as normas

legislativas aplicáveis, o programa do Governo e as políticassuperiormente definidas.

2. Compete à DGAF:

a) Elaborar a proposta de orçamento afeto ao ministério;

b) Velar pelo eficiente plano e execução orçamental dosserviços e organismos tutelados pelo ministério deacordo com as regras orçamentais e de contabilidadepúblicas;

c) Assegurar a transparência dos procedimentos e aexecução orçamental das despesas públicas;

d) Assegurar a efetiva coordenação da eventual afetaçãodas subvenções públicas aos estabelecimentos deeducação e ensino;

e) Coordenar o processo de planeamento, seleção eexecução das políticas e os procedimentos de gestãodos recursos humanos da educação, em particular aspolíticas relativas ao recrutamento, avaliação dedesempenho, seleção e carreiras, designadamente acolocação, mobilidade, ingresso, progressão e acessodos funcionários docentes e não docentes em todo osetor educativo e dos funcionários e cargos de direçãoe chefia do ministério, em colaboração com as outrasentidades legalmente competentes;

f) Propor medidas e planos de gestão, administração eformação contínua do pessoal, docente e não docente,do setor da educação;

g) Velar pelo património afeto aos serviços e organismosdo ministério, nomeadamente definir regras para o seuuso e assegurar a sua manutenção;

h) Garantir a coordenação, controlo, gestão e execuçãodas atividades em matéria de tecnologias e segurançade informação e de comunicação e dos sistemascomplementares de segurança física;

i) Assegurar o procedimento administrativo doaprovisionamento de acordo com as normas e regrasaplicáveis;

j) Assegurar a efetiva execução dos programas dealimentação e transporte escolares;

k) Coordenar a implementação dos programas de horta esaúde escolares;

l) Assegurar a triagem e distribuição da correspondênciadirigida a todos os serviços e organismos do ministério;

m) Realizar quaisquer outras tarefas que lhe sejamatribuídas por lei, regulamento ou determinaçãosuperior.

3. A Direção-Geral de Administração e Finanças, é compostapelas seguintes Direções Nacionais:

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Sexta-Feira, 14 de Junho de 2019Série I, N.° 23 A Página 67

a) Direção Nacional de Finanças e Administração;

b) Direção Nacional de Recursos Humanos;

c) Direção Nacional de Aprovisionamento;

d) Direção Nacional da Ação Social Escolar;

e) Direção Nacional de Patr imónio, Logística eInformática.

Artigo 34.ºDireção Nacional de Finanças e Administração

1. A Direção Nacional de Finanças e Administração, abreviada-mente designada por DNFA, é o serviço central da DGAFresponsável pelo planeamento orçamental, execuçãofinanceira e pela gestão administrativa do ministério.

2. Compete à DNFA:

a) Elaborar, de forma participativa, as propostas deorçamento anual e de orçamento retificativo, de acordocom as orientações superiores e assegurar a suaadequação ao plano anual do ministério;

b) Custear o plano anual de atividades;

c) Elaborar o plano de orçamento plurianual, em coerênciacom o Plano Estratégico da Educação;

d) Assegurar, sem prejuízo da competência dos serviçosdotados de autonomia administrativa e financeira, agestão financeira do ministério;

e) Assegurar a execução do orçamento do ministério, bemcomo a fiscalização do seu cumprimento;

f) Verificar a conformidade legal das despesas e submetero seu pagamento à aprovação do Diretor-Geral deAdministração e Finanças;

g) Assegurar o processamento dos vencimentos, abonos,salários e outras remunerações, devidos aos funcio-nários, bem como o processamento dos descontos, nostermos propostos pela Direção Nacional de RecursosHumanos e aprovados pelo competente Diretor-Geral;

h) Assegurar a gestão e manutenção de um sistema deinformação capaz de dar resposta às necessidades demonitorização da execução orçamental;

i) Assegurar, sem prejuízo da competência dos serviçosdotados de autonomia administrativa e financeira, agestão administrativa do ministério;

j) Estudar, formular e desenvolver programas deaperfeiçoamento organizacional, modernização eracionalização administrativa que promovam a gestãoeficiente dos recursos públicos no âmbito da educação;

k) Elaborar propostas de procedimentos internos capazes

de assegurar a eficiente administração dos serviços doministério e assegurar a participação dos serviçoscentrais no processo;

l) Proceder à triagem e distribuição da correspondênciadirigida a todos os serviços e organismos do ministério;

m) Proceder à gestão da informação administrativa eimplementar os respetivos procedimentos adminis-trativos;

n) Quaisquer outras tarefas que lhe sejam atribuídas porlei, regulamento ou determinação superior.

Artigo 35.o

Direção Nacional de Património, Logística e Informática

1. A Direção Nacional de Património, Logística e Informática,abreviadamente designada por DNPLI, é o serviço da DGAFresponsável pela execução das medidas superiormentedefinidas relativas à gestão logística do património doministério bem como pela implementação eficaz de umsistema informático no âmbito do ministério.

2. Compete à DNPLI:

a) Gerir os recursos materiais e patrimoniais do ministérioe manter atualizada a inventariação dos bens dopatrimónio do Estado afetos ao Ministério;

b) Assegurar a distribuição dos equipamentos e materiaiseducativos a todos os serviços do Ministério daEducação, Juventude e Desporto em articulação com aUnidade Nacional do Currículo;

c) Colaborar, de acordo com as orientações da DireçãoNacional do Plano e Educação Inclusiva, na atualizaçãodo sistema de inventariação dos bens do patrimóniodo Estado afetos ao Sistema de Informação e Gestãoda Educação;

d) Assegurar a operação e sustentação das infraestruturastecnológicas e dos sistemas de informação ecomunicação, assegurando ainda a administração dasinfraestruturas, manutenção dos equipamentos decomunicações e de tecnologias de informação, semprejuízo das atribuições da Agência de Tecnologias deInformação e Comunicação;

e) Velar pela manutenção, operacionalidade e segurançadas instalações e equipamentos afetos ao Ministério;

f) Elaborar e executar uma política de comunicação quegaranta um conhecimento amplo da população sobreos resultados alcançados no setor educativo;

g) Prestar apoio técnico para a promoção do uso dastecnologias de informação no processo de ensino eaprendizagem, bem como na formação de docentes;

h) Criar e gerir um sistema de arquivo físico e digital dadocumentação do Ministério, mantendo-o devidamenteatualizado e organizado;

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Série I, N.° 23 A Página 68Sexta-Feira, 14 de Junho de 2019

i) Realizar quaisquer outras tarefas que lhe sejamatribuídas por lei, regulamento ou determinaçãosuperior.

Artigo 36.ºDireção Nacional de Aprovisionamento

1. A Direção Nacional de Aprovisionamento, abreviadamentedesignada por DNA, é o serviço da DGAF responsávelpela execução de processos de aprovisionamento e pelocontrolo dos processos e procedimentos de aquisição debens, serviços e obras, no âmbito do MEJD nos termosestabelecidos no Regime Jurídico do Aprovisionamento edemais legislação complementar.

2. Compete à DNA:

a) Realizar as atividades relacionadas com a elaboração,execução, acompanhamento e monitorização dos planosanuais e plurianuais de aprovisionamento doministério;

b) Elaborar a proposta de plano de aprovisionamento anualcom base nos planos dos diversos serviços eorganismos do ministério;

c) Elaborar e fornecer informação e indicadores de baseestatística sobre as atividades de aprovisionamento àDireção Nacional do Plano e Educação Inclusiva eassegurar o registo completo e atualizado de todos osprocessos de aprovisionamento;

d) Garantir, dentro dos limites razoáveis, a padronizaçãodos equipamentos, materiais e suprimentos destinadosaos serviços e organismos da educação;

e) Propor a atualização e otimização do sistema deaprovisionamento, segundo as melhores práticas degestão de projetos, consistentes com os padrõesinternacionais e a legislação aplicável;

f) Gerir os contratos de aprovisionamento, nos termosestabelecidos na lei, designadamente nos do RegimeJurídico dos Contratos Públicos;

g) Realizar quaisquer outras tarefas que lhe sejamatribuídas por lei, regulamento ou determinaçãosuperior.

Artigo 37.ºDireção Nacional de Recursos Humanos

1. A Direção Nacional de Recursos Humanos, abreviadamentedesignada por DNRH, é o serviço da DGAF responsávelpela execução das medidas superiormente definidas para aadministração, gestão e qualificação dos recursoshumanos do setor da educação.

2. Compete à DNRH:

a) Assegurar a execução dos procedimentos de seleção,recrutamento, colocação, mobilidade, progressão,

nomeação, exoneração e aposentação do pessoaldocente e não docente do ministério, em colaboraçãocom outras entidades legalmente competentes;

b) Executar o processo de avaliação de desempenho dopessoal docente e não docente, colocado nosestabelecimentos de educação e ensino e funcionáriosdo ministério, em colaboração com as outras entidadescompetentes;

c) Garantir a execução dos procedimentos relativos àdeterminação dos vencimentos, outros complementos,férias, demais licenças e faltas do pessoal docente enão docente, colocado nos estabelecimentos deeducação e ensino e dos funcionários do ministério;

d) Articular com a Direção Nacional do Plano e EducaçãoInclusiva, o acesso aos dados necessários à identifi-cação das necessidades de colocação de pessoaldocente e não docente nos estabelecimentos deeducação e ensino;

e) Organizar e manter atualizados os processosindividuais, o registo biográfico e disciplinar do pessoalafeto ao ministério e colocados nos estabelecimentosde educação e ensino em suporte documental e eletró-nico, assegurando a sua segurança e confidencialidade;

f) Elaborar e implementar procedimentos internos emanuais de procedimentos e conduta para a gestão eadministração dos recursos humanos, em articulaçãocom as entidades competentes;

g) Promover, em articulação com o INFORDEPE e outrasentidades competentes, a formação dos funcionários eagentes dos serviços de administração direta do MEJDe propor modelos de formação adequados àsnecessidades;

h) Cumprir e fazer cumprir a legislação aplicável aostrabalhadores da função pública e propor superior-mente a instauração de processos de inquérito edisciplinares;

i) Desenvolver as ações necessárias ao cumprimento dasnormas sobre condições ambientais de higiene esegurança no trabalho;

j) Elaborar as propostas de plano estratégico, plano eorçamento anuais e os relatórios da sua execução;

k) Realizar quaisquer outras tarefas que lhe sejamatribuídas por lei, regulamento ou determinaçãosuperior.

Artigo 38.ºDireção Nacional da Ação Social Escolar

1. A Direção Nacional da Ação Social Escolar, abreviadamentedesignada por DNASE, é o serviço da DGAF responsávelpela coordenação das medidas de ação social escolar, quevisam o fortalecimento da gestão e administração dos

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Sexta-Feira, 14 de Junho de 2019Série I, N.° 23 A Página 69

estabelecimentos de educação e ensino, apoiando ainda asustentabilidade da sua gestão e a promoção de umaparticipação efetiva dos alunos no processo educativo.

2. Compete à DNASE:

a) Promover a implementação do programa de alimentaçãoescolar, nomeadamente através da elaboração depropostas de orçamento, elaboração dos instrumentospara a determinação do benefício financeiro e, quandorelevante, a implementação das atividades necessáriaspara assegurar a transferência atempada de fundos;

b) Assegurar a determinação de procedimentos internospara a efetiva coordenação e transparente implemen-tação do programa de alimentação escolar e prestarapoio aos estabelecimentos de educação e ensino nasua aplicação;

c) Implementar, em estreita coordenação com os serviçosinspetivos do ministério, mecanismos de fiscalizaçãoda execução do programa de alimentação escolar;

d) Analisar os relatórios de execução do programa dealimentação escolar e elaborar pareceres sobre a suaadequação aos procedimentos internos aplicáveis;

e) Elaborar propostas para a implementação do programade transporte escolar, apoiar na identificação dasnecessidades prioritárias do programa, em estreitacoordenação com a Direção Nacional do Plano eEducação Inclusiva;

f) Assegurar a implementação do programa de transporteescolar, garantir o suporte logístico necessário e aestreita coordenação com a Direção Nacional doPatrimónio, Logística e Informática;

g) Coordenar a implementação das atividadesrelacionadas com os programas de horta e saúde esco-lares e assegurar a estreita concertação com a UnidadeNacional do Currículo e com as Direções Nacionaiscompetentes, com o objetivo de maximizar o uso dosmateriais pedagógicos relevantes e integrar eficazmenteos programas na gestão e administração dosestabelecimentos de educação e ensino;

h) Promover e apoiar a realização de parcerias emecanismos de cooperação com entidades públicascompetentes e entidades privadas nacionais e interna-cionais, para a implementação dos programas de saúdee horta escolares, em coordenação com o Gabinete doProtocolo, Relações Públicas e Cooperação;

i) Apoiar a efetiva coordenação com os órgãos doGoverno competentes na área da saúde e agricultura,em coordenação com o Gabinete do Protocolo,Relações Públicas e Cooperação;

j) Elaborar propostas para a implementação do programade desporto escolar e apoiar a identificação dasnecessidades prioritárias do programa, em estreita

coordenação com a Direção Nacional do Plano eEducação Inclusiva e com a Secretaria de Estado daJuventude e Desporto;

k) Promover a implementação do programa de desportoescolar e apoiar a participação dos alunos em atividadesdesportivas, por meio de eventos desportivosescolares;

l) Elaborar as propostas de plano estratégico, plano eorçamento anuais e os relatórios da sua execução eassegurar a sua adequação aos resultados esperadosnos programas de ação social escolar;

m) Realizar quaisquer outras tarefas que lhe sejamatribuídas por lei, regulamento ou determinaçãosuperior.

3. Os programas de alimentação e transporte escolares sãoobjeto de regulamentação própria, nomeadamente atravésde diplomas ministeriais conjuntos ou de decretos doGoverno.

4. O programa de saúde escolar é objeto de regulamentaçãoprópria, a aprovar por diploma ministerial conjunto doMinistro da Educação, Juventude e Desporto e do Ministroda Saúde.

5. O programa de horta pedagógica é objeto de regulamentaçãoprópria, a aprovar por diploma ministerial conjunto doMinistro da Educação, Juventude e Desporto e Ministroda Agricultura e Pescas.

CAPÍTULO VIDISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS

Artigo 39.ºPeríodo transitório

As estruturas previstas no presente diploma cuja criaçãoimplique orçamento adicional, devem ser constituídas aquandoda entrada em vigor do próximo orçamento e o Ministério daEducação, Juventude e Desporto deve tomar todas as medidasnecessárias para assegurar a sua atempada constituição.

Artigo 40.ºLogótipo

1. Todos os documentos e impressos elaborados e utilizadospelo ministério são identificados com o seu logótipo, àesquerda do logótipo oficial da República Democrática deTimor-Leste.

2. O logótipo do Ministério da Educação, Juventude eDesporto representado por um livro aberto e um diamante,consta do Anexo I e faz parte integrante do presentediploma.

Artigo 41.ºOrganograma

O organograma do Ministério da Educação, Juventude eDesporto consta do Anexo II e faz parte integrante do presentediploma.

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Série I, N.° 23 A Página 70Sexta-Feira, 14 de Junho de 2019

Artigo 42.ºDiplomas complementares

1. A orgânica da Secretaria de Estado da Juventude e Desporto é aprovada por decreto-lei.

2. Sem prejuízo do disposto no presente diploma, compete ao Ministro da Educação, Juventude e Desporto aprovar aregulamentação da estrutura orgânico-funcional dos seus serviços, mediante proposta dos dirigentes dos serviços eorganismos.

3. O Ministro da Educação, Juventude e Desporto aprova ainda, por despacho, a regulamentação do funcionamentoadministrativo do ministério e as delegações de competências, nos termos da lei em vigor.

Artigo 43.ºEntrada em vigor

O presente diploma legal entra em vigor no dia seguinte à data da sua publicação.

Aprovado em Conselho de Ministros em 31 de outubro de 2018

O Primeiro-Ministro,

________________Taur Matan Ruak

A Ministra da Educação, Juventude e Desporto,

___________________Dulce de Jesus Soares

Promulgado em 12 / 06 / 2019

Publique-se.

O Presidente da República,

__________________________Dr. Francisco Guterres Lú Olo

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Anexo I

Logótipo do Ministério da Educação, Juventude e Desporto

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Série I, N.° 23 A Página 72Sexta-Feira, 14 de Junho de 2019

Anexo II

Organograma do Ministério da Educação, Juventude e Desporto

CONSELHO DE DIRETORES ESCOLARES

MINISTROVice-Ministro

CENTRO IMPRESSÃO

DG ADM E FINANÇAS

DG PE, EB E REC

INSPEÇÃO GERAL DA EDUCAÇÃO

DN REC. HUM

DN FINANÇAS, ADMIN

DN APROVISION

DN AÇÃO SOCIAL ESCOLAR

DN INFRA-ESTRUTURAS ED

DN EDUC. PRÉ-ESCOLAR

DN ENSINO BÁSICO

DN ENSINO RECORRENTE

ÓRGÃOS CONSULTIVOS

COMISSÃO NACIONAL DA EDUCAÇÃO

DG ENSINO SECUNDÁRIO

DN ENSINO SEC. GERAL

DN ENSINO SEC. TÉCNICO-VOCAC

GABINETE JURÍDICO

INFORDEPE

ADMINISTRAÇÃO INDIRETA

EST. EDUCAÇÃO E ENSINOEIES – EIEB – PRÉ ESCOLA

CONSELHO DE COORDENAÇÃO

UCN

GAB. PROT., RP E COOPERAÇÃO

DG PLANO, POLÍTICAS E INCLUSÃO

DN PLANO E EDUC INCLUSIVA

DN EDUC ELETRÓNICA E BIBLIOTECAS

Serviços Municipais de Educação

DN PATRI, LOGIS, & IT

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Sexta-Feira, 14 de Junho de 2019Série I, N.° 23 A Página 73

RESOLUÇÃO DO GOVERNO N.º 20 /2019

de 14 de Junho

NOMEIA A AUTORIDADE NACIONAL PARA AEXPO DUBAI 2020

O Governo de Timor-Leste, à semelhança de anteriorespresenças vai estar representado na Expo Dubai 2020, a conviteda respectiva Comissão Organizadora.

Tal certame, embora incida principalmente na área do Turismo,integra igualmente outros importantes sectores e com interessepara o desenvolvimento económico e empresarial do País, taiscomo a agricultura, o comércio, a indústria e a cultura entreoutras.

A presença de Timor-Leste neste tipo de iniciativas é umimportante veículo para nos darmos a conhecer e ao mesmotempo para estreitar relações comerciais e trocar experiênciascom os demais países envolvidos, alguns nossos importantesparceiros.

O trabalho desenvolvido em participações anteriores, coroadasde enorme êxito, como por exemplo a Expo Milão 2015,recomendam a constituição de uma Autoridade Nacional,dirigida por um elemento com experiência, credibilidade econhecimento neste tipo de eventos, que por sua vez criaráuma Comissão Organizadora que deverá incluir ascomponentes de administração, finanças, logística, jurídica,media e protocolo, entre outras.

Esta estrutura deverá igualmente integrar técnicos e pontosfocais de Ministérios relevantes para a Expo Dubai 2020,designadamente os Ministérios do Turismo, Comércio eIndústria, da Agricultura, a Secretaria de Estado da Arte eCultura e outros organismos públicos e privados relevantes.

Assim,

o Governo resolve nos termos da alínea o) do n.º1, do art.º115.º da Constituição da República Democrática de Timor-Lesteo seguinte:

1. É nomeado como Autoridade Nacional para a Expo Dubai2020, adiante designado por Autoridade Nacional, o SenhorFrancisco Kalbuadi Lay, a quem caberá constituir e nomearuma Comissão Organizadora para a representação deTimor-Leste na Expo Dubai 2020, que ficará na sua diretadependência;

2. A Autoridade Nacional fica na dependência do Primeiro-Ministro.

3. Compete à Autoridade Nacional:

a) Representar o Governo de Timor-Leste na Expo MundialDubai 2020;

b) Coordenar com os Departamentos Governamentais aparticipação na Expo Dubai 2020;

c) Promover a participação das empresas, das cooperativase das organizações não governamentais na Expo Dubai2020;

d) Assegurar as relações com as entidades nacionais doEmirados Árabes Unidos com vista à viabilização daparticipação timorense na Expo Dubai 2020;

e) Assegurar as relações e a cooperação com a ComissãoOrganizadora da Expo Dubai 2020 com vista á partici-pação de Timor-Leste neste certame internacional;

f) Promover a ligação com outros organismos nacionaisou internacionais para viabilizar a participação de Timor-Leste na Expo Dubai 2020;

g) Assegurar o cumprimento das regras internacionaisrelativas à participação na Expo Dubai 2020 por partede todas as entidades nacionais que participem nestecertame internacional;

h) A abertura, a organização, a gestão e a dinamização dopavilhão de Timor-Leste, na Expo Dubai 2020;

i) A realização de atividades de divulgação internacionalde Timor-Leste, no âmbito da Expo Dubai 2020,nomeadamente com vista à promoção internacional dasua identidade cultural, do seu potencial turístico edas suas oportunidades de negócio,

j) Realizar as demais tarefas que lhe sejam determinadaspor lei, regulamento, por deliberação do Conselho deMinistros ou decisão do Primeiro-Ministro.

4. A Autoridade Nacional, pode constituir uma unidade téc-nica composta por cada um dos representantes dosministérios relevantes em razão da matéria;

5. O apoio técnico administrativo e financeiro aos trabalhos einiciativas da Autoridade Nacional incumbe ao Gabinetedo Primeiro-Ministro;

6. A despesa resultante das atividades desenvolvidas pelaAutoridade Nacional é paga com contrapartida nas dotaçõesdo Orçamento Geral do Estado estabelecidas para esseefeito;

7. Os funcionários e outros agentes da administração públicapodem exercer funções na Comissão em regime derequisição ou destacamento;

8. A Autoridade Nacional pode celebrar contratos a termocerto com trabalhadores que se mostrem imprescindíveispara a realização dos seus objectivos e mediante autorizaçãodo Primeiro-Ministro;

9. Todos os órgãos e serviços da administração pública têm odever de colaborar com a Autoridade Nacional;

10. A presente nomeação e a Comissão Organizadora extinguem-se com a apresentação em Conselho de Ministros do

Page 74: Número Extraordinário - Tourism Timor-Leste · Jornal da República Série I, N.° 23 A Sexta-Feira, 14 de Junho de Página 2019 1 $ 2.75 PUBLICAÇÃO OFICIAL DA REPÚBLICA DEMOCRÁTICA

Jornal da República

Série I, N.° 23 A Página 74Sexta-Feira, 14 de Junho de 2019

relatório final de atividades que deve ter lugar até noventadias após o encerramento da Expo Dubai 2020;

11. A presente Resolução entra em vigor no dia seguinte aoda sua publicação em Jornal da República.

Aprovada em Conselho de Ministros de 12 de junho de 2019.

Publique-se.

O Primeiro-Ministro,

_______________Taur Matan Ruak