Upload
others
View
2
Download
0
Embed Size (px)
Citation preview
Universidade de São Paulo
2015
Duas situações envolvendo divisão de
números decimais abordadas junto a um
grupo de fabricação de produtos de limpeza
no contexto da educação não formal CAPELLINI, Vera Lúcia Messias Fialho; SILVA, Luciene Ferreira da; MARQUES, Antonio Francisco;
ZANATA, Eliana Marques; FERES, Glória Georges, orgs. Ensino e aprendizagem na educação
básica: desafios curriculares. Bauru: FC/UNESP, 2015. 1144 p.http://www.producao.usp.br/handle/BDPI/49475
Downloaded from: Biblioteca Digital da Produção Intelectual - BDPI, Universidade de São Paulo
Biblioteca Digital da Produção Intelectual - BDPI
Departamento de Matemática - ICMC/SMA Livros e Capítulos de Livros - ICMC/SMA
Capa
VOLUME 2
Vera Lúcia Messias Fialho Capellini Luciene Ferreira da Silva
Antonio Francisco Marques Eliana Marques Zanata Glória Georges Feres
(Organizadores)
Volume 2
Ensino e Aprendizagem na Educação Básica: desafios curriculares
Faculdade de Ciências - Campus Bauru Departamento de Educação
2015
Copyright © 2015 Vera Lúcia Messias Fialho Capellini; Luciene Ferreira da Silva; Antonio Francisco Marques; Eliana Marques Zanata; Glória Georges Feres (organizadores)
Permitida a reprodução desde que citada a fonte
o conteúdo e as opiniões expressas nos trabalhos são de inteira responsabilidade dos
autores.
370
E52
Ensino e aprendizagem na educação básica : desafios
curriculares / Vera Lúcia Messias Fialho Capellini
... [et al.] (orgs.). – Bauru : FC/UNESP, 2015
2 v.
ISBN 978-85-99703-83-0
Este livro é resultado dos trabalhos apresentados
durante o IV Congresso Brasileiro de Educação
1. Educação básica. 2. Currículos. I. Capellini,
Vera Lúcia Messias Fialho. II. Título.
SUMÁRIO
Volume 2
EIXO 5 EDUCAÇÃO INCLUSIVA
144 ANÁLISE DA INFRESTRUTURA ESCOLAR E CONCEPÇÕES DOS ALUNOS SOBRE SUA ESCOLA
JÉSSICA FERNANDA LOPES VERA LÚCIA MESSIAS FIALHO CAPELLINI
20
145 “VOCÊ TEM QUE DAR CONTA!” – A RELAÇÃO PROFESSOR E ALUNO NA INCLUSÃO DE JOVENS E ADULTOS COM DEFICIÊNCIA NA EJA COMUM
PATRICIA DE OLIVEIRA JULIANE APARECIDA DE PAULA PEREZ
CAMPOS 31
146 PROBLEMAS DE COMPORTAMENTO DE PRÉ-ESCOLARES E SUA CORRELAÇÃO COM HABILIDADES SOCIAIS EDUCATIVAS DO PAI
ALINE COSTA FANTINATO FABIANA CIA 40
147 INCLUSÃO ESCOLAR: A ÓTICA DA FAMÍLIA SOB A PERSPECTIVA DE PESQUISAS
CAMILA PAVANETI BATISTA 51
148 A IN/EXCLUSÃO NO DISCURSO DE PROFESSORES REGULARES DOS MUNICIPIOS DE ALFENAS E ARARAS
FERNADA VILHENA MAFRA BAZON DANIELE LOZANO CLAUDIA GOMES
62
149 FAMILIAS DE CRIANCAS COM NECESSIDADES EDUCACIONAIS ESPECIAIS: ESCOLARIZACAO DOS FILHOS, DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES QUE DESENVOLVIAM COM SEUS FILHOS E DAS NECESSIDADES
LUCIANA STOPPA DOS SANTOS FABIANA CIA
ENICÉIA GONÇALVES MENDES
73
150 DESCRIÇÃO DE UM PROGRAMA DE INTERVENÇÃO PRECOCE PARA PAIS DE CRIANÇAS COM NECESSIDADES EDUCACIONAIS ESPECIAIS
TÁSSIA LOPES DE AZEVEDO CARIZA DE CÁSSIA SPINAZOLA
FABIANA CIA ENICÉIA GOLÇALVES MENDES
84
151 CONCEPÇÕES DE PROFESSORES E ALUNOS SOBRE ALTAS HABILIDADES/SUPERDOTAÇÃO
LURIAN DIONIZIO MENDONÇA OLGA MARIA PIAZENTIN ROLIM RODRIGUES
VERA LÚCIA MESSIAS FIALHO CAPELLINI 96
152 EXPECTATIVAS DE COMUNICAÇÃO DOS PAIS DE CRIANÇAS SURDAS
ANA CLAUDIA TENOR DÉBORA DELIBERATO 107
153 O PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM DA CRIANÇA COM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL: CONTRIBUIÇÕES DE EDOUARD SÉGUIN (1812-1880)
KACIANA NASCIMENTO DA SILVEIRA ROSA MITSUKO APARECIDA MAKINO ANTUNES 116
154 RELAÇÃO FAMÍLIA E ESCOLA DE PRÉ-ESCOLARES INCLUÍDOS: OPINIÃO DOS PROFESSORES SOBRE O QUE É ESSA RELAÇÃO E ESTRATÉGIAS PARA FOMENTÁ-LA
ANA ELISA MILLAN FABIANA CIA
125
155 RELAÇÃO FAMÍLIA E ESCOLA NO CONTEXTO DA INCLUSÃO: DESCRIÇÃO E AVALIAÇÃO DE UM PROGRAMA DE INTERVENÇÃO PARA PROFESSORES
ANA ELISA MILLAN FABIANA CIA
135
156 SALAS DE RECURSOS MULTIFUNCIONAIS, LÓCUS DA EDUCAÇÃO ESPECIAL NA PERSPECTIVA DE EDUCAÇÃO INCLUSIVA: ALGUMAS QUESTÕES
SUZANA SIRLENE DA SILVA LEANDRO OSNI ZANIOLO
CRISTIANE TOMAZ
146
157 FORMAÇÃO EM SERVIÇO PARA PROFESSORES DAS SALAS DE RECURSOS MULTIFUNCIONAIS NO MUNICÍPIO DE ARARAQUARA/SP
MARIA JÚLIA CANAZZA DALL'ACQUA RELMA UREL CARBONE CARNEIRO
LEANDRO OSNI ZANIOLO 156
158 ORIENTAÇÕES CURRICULARES DE LÍNGUA INGLESA E ADEQUAÇÕES: COMPARAÇÃO DAS MODALIDADES ESCRITAS 167
FÁBIO JUNIO DA SILVA SANTOS
159 EDUCAÇÃO INCLUSIVA PARA EDUCANDOS COM DUPLICIDADE DE NECESSIDADES EDUCACIONAIS ESPECIAIS: BREVES CONTEXUALIZAÇÕES E REFLEXÕES
ROSEMEIRE DE ARAÚJO RANGNI MARIA DA PIEDADE RESENDE DA COSTA
176
160 UM ESTUDO SOBRE O USO DE VÍDEOS DIDÁTICOS EM UMA TURMA INCLUSIVA DE ENSINO DE FÍSICA
SABRINA GOMES COZENDEY
MARIA DA PIEDADE RESENDE DA COSTA MÁRLON CAETANO RAMOS PESSANHA 187
161 DESCRIÇÃO DO NÍVEL DE EMPODERAMENTO E DE ESTRESSE DE FAMÍLIAS DE CRIANÇAS DE ZERO A TRÊS ANOS COM DEFICIÊNCIA
CARIZA DE CÁSSIA SPINAZOLA TASSIA LOPES DE AZEVEDO
FABIANA CIA ENICÉIA GONÇALVES MENDES
197
162 VERSO E REVERSO DA EDUCAÇÃO ESPECIAL 208
ISADORA GONZÁLEZ MARCHESINI ELIANA BOLORINO CANTEIRO MARTINS
163 CONCORDÂNCIAS DOS PROFESSORES ESPECIAIS SOBRE A INCLUSÃO ESCOLAR NO MUNICÍPIO DE ALFENAS 218
Cristiane dos reis cardoso Olivia tresinari camargo de oliveira Claudia gomes
163 COORDENADOR PEDAGÓGICO: MEDIADOR NO PROCESSO DE INCLUSÃO DE ALUNOS COM DEFICIÊNCIA NA ESCOLA REGULAR 228
ANA PAULA DE SOUZA MUNIZ MARIA DAS GRAÇAS PEREIRA SOARES
164 OS POTENCIALMENTE CRIMINOSOS, OS INSTAURADORES DO CAOS E OS SUJEITOS (IN)CÔMODOS: EIS A PRODUÇÃO DOS ANORMAIS PELA ESCOLA CONTEMPORÂNEA 239
KAMILA LOCKMANN
165 ACESSIBILIDADE DE ALUNOS COM DEFICIÊNCIA NO ENSINO SUPERIOR: UM ESTUDO DE CASO NA UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS, CAMPUS DE MIRACEMA 250
ADRIANA GARCIA GONÇALVES MÔNICA MARQUES BARBOSA
166 ENSINO-APRENDIZAGEM DE REPERTÓRIOS VERBAIS, LEITURA, REDE DE SIGNIFICAÇÕES DE ALUNOS COM DEFICIÊNCIA AUDITIVA E IMPLANTE COCLEAR 260
ANDERSON JONAS DAS NEVES FERNANDO DEL MANDO LUCCHESI
ANA CLAUDIA MOREIRA ALMEIDA VERDU ADRIANE LIMA MORTARI MORET
167 MATERIAL DIDÁTICO PARA ALUNOS COM DEFICIÊNCIA VISUAL NO ENSINO DE BIOLOGIA: ADAPTAÇÃO DA MOLÉCULA DE DNA 271
ANA LAURA DE SOUZA PAULINO CRISTINA YOSHIE TOYODA
168 POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A EDUCAÇÃO INCLUSIVA E O PROFESSOR ESPECIALISTA: UMA VISÃO DA LEGISLAÇÃO NA PRÁTICA 281
CASSIA CAROLINA BRAZ DE OLIVEIRA ELIANA MARQUES ZANATA
168 A CRIANÇA COM SÍNDROME DE DOWN EM MOVIMENTO: ENSAIO INICIAL DO LÚDICO COMO ESTRATÉGIA DE ENSINO 290
ANDRÉIA DE CARVALHO LOPES CIBELE CAVALIERE
ELIANE GOMES-DA-SILVA
170 MAPEAMENTO DO DESEMPENHO EM LEITURA E ESCRITA DE APRENDIZES COM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL INCLUÍDOS E NÃO INCLUÍDOS NA ESCOLA REGULAR 300
PRISCILA BENITEZ MÁYRA LAÍS DE CARVALHO GOMES
RICARDO MARTINELLI BONDIOLI CAMILA DOMENICONI
171 COMPREENSÃO DO PROCESSO DE INCLUSÃO ESCOLAR NA PERSPECTIVA DOS PAIS E DAS ATIVIDADES REALIZADAS PELOS APRENDIZES INCLUÍDOS 309
PRISCILA BENITEZ RICARDO MARTINELLI BONDIOLI
MÁYRA LAÍS DE CARVALHO GOMES RAFAEL SANTOS SANTOS
CAMILA DOMENICONI
172 A DEFICIÊNCIA MÚLTIPLA NO CONTEXTO DA ESCOLA COMUM: OS LIMITES E AS POSSIBILIDADES DA INCLUSÃO 320
PATRÍCIA TANGANELLA LARA ANNA AUGUSTA SAMPAIO DE OLIVEIRA
173 ALTAS HABILIDADES⁄SUPERDOTAÇÃO NO CONTEXTO ESCOLAR NA PERSPECTIVA DA BIOECOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 331
ADRIANE GALLO ALCANTARA DA SILVA CLÁUDIA CRISTINA FUKUDA
174 RELATO DE EXPERIÊNCIA: PRÁTICA DOCENTE EM UMA SALA DE EDUCAÇÃO ESPECIAL 342
IZABELLA GODIANO SIQUEIRA ANTONIO FRANCISCO MARQUES
175 FORMAÇÃO E ATUAÇÃO DE INTÉRPRETES E DE INTERLOCUTORES DE LIBRAS NO CONTEXTO ESCOLAR 349
ALESSANDRA BUENO FERREIRA ELIANA MARQUES ZANATA
176 TIC E INCLUSÃO ESCOLAR: RECURSOS OFERECIDOS EM UM REPOSITÓRIO BRASILEIRO 360
SOELLYN ELENE BATALIOTTI GABRIELA ALIAS RIOS
177 TRANSTORNO DE DÉFICIT DE ATENÇÃO E HIPERATIVIDADE (TDAH): CONCEPÇÕES E AÇÕES DE PROFESSORES DA 368
EDUCAÇÃO BÁSICA
ANA PAULA VIZACRE ELIANA MARQUESZANATA
178 TECNOLOGIAS INCLUSIVAS 377
PAULO CESAR TURCI MARIA DA PIEDADE RESENDE DA COSTA
179 POLITICAS PÚBLICAS E A ESCOLA PARA TODOS 386
PAULO CESAR TURCI MARIA DA PIEDADE RESENDE DA COSTA
180 EDUCAÇÃO E INCLUSÃO ESCOLAR: REFLEXÕES A PARTIR DE UMA PRÁTICA DE ESTÁGIO DOCENTE 395
MURILO ROBERTO MALAMAN CAROLINA SEVERINO LOPES DA COSTA
181 A ELABORAÇÃO E A AVALIAÇÃO DE UM PROJETO DE CONSULTORIA COLABORATIVA PARA A INTERVENÇÃO EM LEITURA E ESCRITA 405
MARIA AMÉLIA ALMEIDA SANDRA LÚCIA SILVA ARAÚJO
CAPITULO 6 – EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS 415
182 A FUNÇÃO DA EDUCAÇÃO ESCOLAR NA PERCEPÇÃO DE CORTADORES DE CANA ALUNOS DA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS DE UM MUNICÍPIO DO INTERIOR PAULISTA 416
SIMONE FRANZI
183 DESENVOLVIMENTO DA COMPREENSÃO LEITORA PARA ADULTOS EM SITUAÇÃO INICIAL DE ALFABETIZAÇÃO: IDENTIFICAÇÃO DE TEMAS PARA O ENSINO DA LEITURA E DA ESCRITA 425
SUZANA SIRLENE DA SILVA MARIA JÚLIA CANAZZA DALL’ACQUA
184 EJA E DEFICIÊNCIA VISUAL: O ENSINO DO ALUNO COM BAIXA VISÃO 435
SABRINA GOMES COZENDEY MARIA DA PIEDADE RESENDE DA COSTA
MÁRLON CAETANO RAMOS PESSANHA
185 RESOLUÇÃO DE SITUAÇÕES-PROBLEMA DE MATEMÁTICA E LINGUAGEM NA EJA: CONTRIBUIÇÕES DE BAKHTIN 445
NARA SOARES COUTO OTILIA NAIR OBST
JOSÉ CARLOS MIGUEL
186 EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS (EJA) E FORMAÇÃO DE PROFESSORES NO CUMPRIMENTO DAS MEDIDAS SOCIOEDUCATIVAS EM UM CENTRO SOCIOEDUCATIVO DE FORTALEZA-CE 456
FLÁVIO MUNIZ CHAVES ANTONIA KÁTIA SOARES MACIEL
187 OS ALUNOS DA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS – EJA, NO MUNICÍPIO DE MARIANA – MG: PERFIL E PERCURSOS FORMATIVOS DE QUEM FAZ ESTA HISTÓRIA 467
REGINA MAGNA BONIFÁCIO DE ARAÚJO ANDRESA SILVEIRA GUIMARÃES
188 DUAS SITUAÇÕES ENVOLVENDO DIVISÃO DE NÚMEROS DECIMAIS ABORDADAS JUNTO A UM GRUPO DE FABRICAÇÃO DE PRODUTOS DE LIMPEZA NO CONTEXTO DA EDUCAÇÃO NÃO FORMAL 477
RENATA CRISTINA GEROMEL MENEGHETTI SOLANGE TERESINHA POETA DE CARVALHO AYUSSO
MICHELLE FRANCISCO DE AZEVEDO
CAPÍTULO 7 - TECNOLOGIAS EDUCACIONAIS 488
189 APRESENTAÇÃO DO PERCURSO METODOLÓGICO DE ESCOLHA DOS EIXOS TEMÁTICOS PARA CLASSIFICAR OS DISCURSOS DO TUTOR VIRTUAL NA FERRAMENTA FÓRUM DE DISCUSSÃO 489
PÂMELLA STEFÂNIA PICININ DE MESQUITA SANDRA ELI SARTORETO DE OLIVEIRA
MARTINS
190 O EXERCÍCIO DA MEDIAÇÃO PEDAGÓGICA NA EXPERIÊNCIA DA EMPRESA CRESÇA BRASIL, ALFENAS – MG 498
ANA CAROLINE DE BRITO EVANGELISTA
TOMAZ HELENA MARIA SANTOS FELÍCIO
191 AS TIC NOS CURSOS DE PEDAGOGIA DA UNESP: ANÁLISE DO CURRÍCULO PARA FORMAÇÃO DE PROFESSORES 518
FABIO YOSHIO DE AMORIM THAÍS CRISTINA RODRIGUES TEZANI
192 PRINCÍPIOS DA INCLUSÃO ESCOLAR NA OBRA FREIREANA 528
MARIA LÚCIA TERRA ELISA TOMOE MORIYA SCHLÜNZEN
193 A INSERÇÃO DAS TECNOLOGIAS NAS AULAS DE MATEMÁTICA: UM EXERCÍCIO DE REFLEXÃO 539
MARIA TERESA ZAMPIERI TIAGO GIORGETTI CHINELLATO
SUELI LIBERATTI JAVARONI
194 COMUNICAÇÃO E VIRTUALIDADE: REPENSANDO FORMATOS PARA A INTERATIVIDADE 548
GIULIANA CAVALCANTI VASCONCELOS
Capítulo 8 - Educação, Desenvolvimento E Aprendizagem 563
195 O USO DE MAPAS CONCEITUAIS EM UMA SEQUÊNCIA DIDÁTICA SOBRE O CORPO HUMANO: CONTRIBUIÇÕES AO PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM
MARIA APARECIDA DA SILVA ANDRADE GABRIEL RIBEIRO 564
MARCOS C. TEIXEIRA
196 INVESTIGAÇÃO MATEMÁTICA: UMA PROPOSTA DE ATIVIDADES INVESTIGATIVAS A PARTIR DE QUESTÕES DO SARESP 574
MARIA ÂNGELA DIAS DOS SANTOS MINATEL GIOVANA PEREIRA SANDER
RENATA CRISTINA GEROMEL
MENEGHETTI
197 O CONSELHO ESCOLAR COMO INSTRUMENTO DE ARTICULAÇÃO E MEDIAÇÃO DO PROCESSO ENSINO APRENDIZAGEM EM ESCOLAS PÚBLICAS TENDO COMO INTERFACE A GESTÃO DEMOCRÁTICA 584
ROSANA SOCORRO CAVALCANTE DE SOUZA
DUTRA
198 A VIRTUDE PACIÊNCIA NO PERCURSO PROFISSIONAL DE PROFESSORES DE EDUCAÇÃO INFANTIL 595
ROSANA AKEMI KAWASHIMA RAUL ARAGÃO MARTINS
199 EDUCAÇÃO E INFORMÁTICA NA ÁREA PROJETUAL 606
DANILO ÉMMERSON NASCIMENTO SILVA ROBERTO ALCARRIA DO NASCIMENTO
ANICEH FARAH NEVES
200 O USO DE CROQUIS E MODELOS FÍSICOS TRIDIMENSIONAIS COMO FERRAMENTAS PEDAGÓGICAS NO DESIGN DE PRODUTOS 617
EMILIO AUGUSTO GOMES DE OLIVEIRA NAIANY KEITY NANES DE LIRA
JOSÉ WILSON DE MORAIS
201 PROGRAMA DE INTERVENÇÃO PRECOCE: AVALIAÇÃO DE PAIS DE CRIANÇAS DE ZERO A TRÊS ANOS COM NECESSIDADES EDUCACIONAIS ESPECIAIS 627
TÁSSIA LOPES DE AZEVEDO CARIZA DE CÁSSIA SPINAZOLA
FABIANA CIA ENICÉIA GOLÇALVES MENDES
202 DESEMPENHO DE ESCOLARES DE RISCO PARA A DISLEXIA EM PROVAS FONOLÓGICAS 638
CLÁUDIA DA SILVA MARIA NOBRE SAMPAIO
SIMONE APARECIDA CAPELLINI
203 PROGRAMA DE INTERVENÇÃO FONOLÓGICA COMO PROPOSTA DE TRABALHO COM ESCOLARES DE RISCO PARA A DISLEXIA 648
CLÁUDIA DA SILVA SIMONE APARECIDA CAPELLINI
204 SABERES E SABORES NO PROCESSO DE APRENDIZAGEM 657
ROSA JUSSARA BONFIM LUIZ SÍVERES
205 ORIENTAÇÃO MOTIVACIONAL PARA ATIVIDADES ACADÊMICAS – ANÁLISE DA FORMAÇÃO DE LICENCIANDOS EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS, QUÍMICA E FÍSICA 667
TIAGO RIBEIRO DOS ANJOS OTÁVIO AUGUSTO DE MORAES
MARÍLIA PINTO DE OLIVEIRA FERNANDA VILHENA MAFRA BAZON
206 AS ESCOLAS RURAIS PAULISTAS NAS DÉCADAS DE 1930 E 1940: RELATOS 678
MACIONIRO CELESTE FILHO
207 ENSINO DE HISTÓRIA E A FORMAÇÃO DA CONSCIÊNCIA HISTÓRICA DE PROFESSORES E ALUNOS: ALGUMAS CONSIDERAÇÕES
LÍDIA BAUMGARTEN BRAUN 690
208 BEN 10 E O DESENVOLVIMENTO MORAL: QUAIS OS ESTILOS DE RESOLUÇÃO DE CONFLITOS PRESENTES EM SEUS EPISÓDIOS?
DILIAN MARTIN SANDRO DE OLIVEIRA ALESSANDRA DE MORAIS-SHIMIZU 700
209 EM BUSCA DE UM PLANEJAMENTO SIGNIFICATIVO: ANÁLISES SOBRE O ENTORNO ESCOLAR 710
JÉSSICA MAÍS ANTUNES ROSIMERI DE OLIVEIRA MATTOS
PATRÍCIA MOURA PINHO CAMILLA FARIAS
230 AS BIBLIOTECAS ESCOLARES DA REDE MUNICIPAL DE ENSINO SÃO JOÃO DEL REI (MG): DIAGNÓSTICO DAS ATIVIDADES NA PROMOÇÃO DA LEITURA 716
ROSY MARA OLIVEIRA
231 UMA REFLEXÃO A PARTIR DA ESCRITA DE MEMORIAIS EM UM BLOG: A FORMAÇÃO DE PROFESSORES (DE MATEMÁTICA) PARA A ESCOLA BÁSICA E A EDUCAÇÃO INCLUSIVA 727
FERNANDA MALINOSKY C. DA ROSA IVETE MARIA BARALDI
232 O USO DE HISTÓRIAS DE VIDA COMO RECURSO METODOLÓGICO EM DUAS PESQUISAS SOBRE FORMAÇÃO DE PROFESSORES 737
ANA CLAUDIA MOLINA ZAQUEU FERNANDA MALINOSKY C. DA ROSA
233 O PROFESSOR DO 6º ANO E SUAS CONCEPÇÕES SOBRE AFETIVIDADE: EFEITOS NA PRÁTICA DOCENTE E NA APRENDIZAGEM 747
LEANDRO BATISTA DA SILVA SANDRA FRANCESCA CONTE DE ALMEIDA
234 PRÁTICAS DE LEITURA COM CRIANÇAS DE CINCO E SEIS ANOS NA ESCOLA E O CONFRONTO COM A FILOSOFIA DA 757
LINGUAGEM DE BAKHTIN
VANESSA HELENA PILEGGI GISLAINE ROSSLER RODRIGUES GOBBO
235 PERFIL COGNITIVO-LINGUISTICO DE ESCOLARES COM BAIXO RENDIMENTO NA LINGUAGEM ESCRITA 767
OLGA VALÉRIA CAMPANA DOS ANJOS
ANDRADE PAULO ESTÊVÃO ANDRADE
SIMONE APARECIDA CAPELLINI
236 MEDICALIZAÇÃO: IMPLICAÇÕES DO DISCIPLINAMENTO DOS CORPOS E DA COAÇÃO ADULTA NA EDUCAÇÃO 776
FABIOLA COLOMBANI RAUL ARAGÃO MARTINS
ALONSO BEZERRA DE CARVALHO
237 IDEIAS ALTERNATIVAS E SUA IMPORTÂNCIA PARA A ASCENSÃO DA APRENDIZAGEM EM QUÍMICA ORGÂNICA 787
MÁRCIA CAMILO FIGUEIREDO MARIA APARECIDA RODRIGUES
238 O LUGAR DA COMUNIDADE EM PROJETOS DE EDUCAÇÃO MORAL: PENSANDO EM POSSÍVEIS RELAÇÕES 797
CLAUDIELE CARLA MARQUES DA SILVA MARIA SUZANA DE STEFANO MENIN
239 IDEIAS DE ESTUDANTES ACERCA DA EVOLUÇÃO DOS SERES VIVOS SOB A PERSPECTIVA DO CONHECIMENTO SOCIAL 808
AMANDA DE MATTOS PEREIRA MANO ELIANE GIACHETTO SARAVALI
240 SEXUALIDADE NAS PRÁTICAS ESCOLARES: ENTRE OS DITOS, OS INTERDITOS E OS FEITOS 816
SIRLENE MOTA PINHEIRO DA SILVA
241 DIFICULDADE DE APRENDIZAGEM NO ENSINO DE CIÊNCIAS 827
JACQUELINE DE OLIVEIRA IGLESIAS; LILIAN CRISTINE RIBEIRO NASCIMENTO
242 A SITUAÇÃO DA APRENDIZAGEM DA LINGUAGEM GRÁFICA NO ENSINO DE GEOGRAFIA ATUALMENTE 836
MARIANA MARTINS LEMES MARIA ELIZA MIRANDA
243 A LINGUAGEM DO VIDEOGAME COMO FERRAMENTA AUXILIAR NO PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM 846
JULIA YURI LANDIM GOYA DORIVAL CAMPOS ROSSI
WILSON YONEZAWA
244 OFICINA DE RECICLAGEM: UMA ATIVIDADE DE INSERÇÃO DA PERSPECTIVA SUSTENTÁVEL NO ENSINO FUNDAMENTAL 857
NATÁLIA DE PAULA STRANGHETTI
MILENA AVANCINI DULCIMEIRE APARECIDA VOLANTE ZANON
245 ESCOLA OU FAMÍLIA: A QUEM SE DEVE A TAREFA DE EDUCAR MORALMENTE? 864
ALANA PAULA DE OLIVEIRA MARIA SUZANA DE STEFANO MENIN
246 MAPA CONCEITUAL UMA FERRAMENTA PARA O ENSINO DE CIÊNCIAS 875
RONISE RIBEIRO CORRÊA VERA LUCIA BAHL DE OLIVEIRA
247 CONCEPÇÕES DE GÊNERO EM UM CENTRO DE ATENDIMENTO À SAÚDE DA MULHER 885
ÂNGELA ESTEVES MODESTO DENISE TRENTO REBELLO DE SOUZA
248 REFLEXÕES SOBRE A EDUCAÇÃO NÃO FORMAL 897
LÚCIA APARECIDA PARREIRA
MARIA CRISTINA PIANA
249 ATIVIDADES INTERDISCIPLINARES: IMPLICAÇÕES NA FORMAÇÃO INICIAL DOS BOLSISTAS DE INICIAÇÃO À DOCÊNCIA DA ÁREA DE QUÍMICA 906
RAFAEL HENRIQUE RODA DIEGO CAMARGO BITENCOURT
MAYCON JHONY SILVA ANDRÉIA FRANCISCO AFONSO
250 PERSPECTIVA HISTÓRICA NO ENSINO DA TERMODINÂMICA 913
ALINE CLAUDINO DE CASTRO
ANA CAROLINE DE BRITO EVANGELISTA
TOMAZ
251 ESTADO DA ARTE DA PRODUÇÃO ACADÊMICA BRASILEIRA SOBRE AS ADAPTAÇÕES/ADEQUAÇÕES CURRICULARES PARA ALUNOS COM AUTISMO 924
CAROLINA DE SANTI ANTONELLI MARIANA GIROTTO CARVALHO DA SILVA
ANDERSON JONAS DAS NEVES VERA LÚCIA MESSIAS FIALHO CAPELLINI
252 EDUCAÇÃO DE VALORES: UMA PERSPECTIVA DE MUDANÇAS NA ESCOLA E NA FAMÍLIA 933
IGNÊS TEREZA DE PAIVA ALDENIRA NOGUEIRA DOS SANTOS
SANDRA DE JESUS SANTOS FONSECA
253 A MODIFICAÇÃO DE UM AMBIENTE ESCOLAR PARA O TRABALHO COM O CONHECIMENTO SOCIAL 944
TAISLENE GUIMARÃES
ELIANE GIACHETTO SARAVALI
254 AÇÃO PARENTAL AUTORITATIVA COMO FATOR PROTETIVO A PROBLEMAS NO CAMPO EDUCATIVO ENTRE ESTUDANTES 955
MARCELO OLIVEIRA DO NASCIMENTO ANA LÚCIA MORAES POFFAL
FERNANDO BAPTISTA DE SOUZA DENISE DE
MICHELI AVALLON
255 A EDUCAÇÃO ESCOLAR E A ARTICULAÇÃO DA NOVA PEDAGOGIA DA HEGEMONIA 965
TATIANA PINHEIRO DE ASSIS
256 A INTERAÇÃO PROFESSOR – ALUNO NA ESCOLA DE EDUCAÇÃO INFANTIL: AS PRÁTICAS EDUCATIVAS DO PROFESSOR 976
GIOVANA FERNANDES FORLEVIZE MARIA REGINA CAVALCANTE
ALESSANDRA DE ANDRADE LOPES
257 REGIMENTO ESCOLAR: DIÁLOGOS FOULCAULTIANOS, MAFFESOLIANOS COM FAZENDA E POSSIBILIDADES INTERDISCIPLINARES DE LEITURA 983
ADRIANA RICARDO DA MOTA ALMEIDA DR. HÉLIO IVESON PASSOS MEDRADO
258 CORRELAÇÃO ENTRE FLUÊNCIA E COMPREENSÃO DA LEITURA EM ESCOLARES DO 3º AO 5º ANO 994
MAÍRA ANELLI MARTINS SIMONE APARECIDA CAPELLINI
259 FRACASSO ESCOLAR E OS CONDICIONANTES SOCIAIS 1005
ANDRÉIA SAMPAIO DOS SANTOS MARCELO PUSTILNIK VIEIRA
260 AVALIAÇÃO DO NÍVEL DE CONHECIMENTO SOBRE AUTOCUIDADOS E CALÇADOS ADEQUADOS NA PREVENÇÃO DO PÉ DIABÉTICO EM PORTADORES DE DIABETES MELLITUS 1015
ROSANGELA MONTEIRO DOS SANTOS JAQUELINE MABELI FERRAZ
RODRIGO GABARON
FLÁVIO CARDOSO VENTURA
261 QUAIS SABERES HÁ ENTRE OS ALUNOS E OS PROFESSORES? RESPOSTAS PROVISÓRIAS A PARTIR DE CHARLOT E FREIRE 1027
MARCOS ROBERTO SO LUCIANA VENÂNCIO
MAURO BETTI
262 INTERVENÇÃO ORTOGRÁFICA: AUXILIANDO O PROFESSOR 1038
MARIA NOBRE SAMPAIO CLÁUDIA DA SILVA
MAÍRA ANELLI MARTINS SIMONE APARECIDA CAPELLINI
263 CONHECIMENTO ORTOGRÁFICO: AVALIANDO OS ESCOLARES DO ENSINO PÚBLICO 1045
MARIA NOBRE SAMPAIO CLÁUDIA DA SILVA
MAÍRA ANELLI MARTINS SIMONE APARECIDA CAPELLINI
264 DOCÊNCIA EM PAUTA: ESTRESSE E BURNOUT SOB O PONTO DE VISTA PSICOLÓGICO 1053
DANIELA ARROYO FÁVERO MOREIRA MARCIA CRISTINA ARGENTI PEREZ
265 PERCEPÇÃO DE UM PCNP SOBRE A EDUCAÇÃO AMBIENTAL EM UMA DIRETORIA REGIONAL DE ENSINO DO OESTE PAULISTA 1062
GILBERTO DIAS DE ALKIMIN CAROLINA BUSO DORNFELD
266 A CRIANÇA-SUJEITO COMO INTERLOCUTORA NAS PESQUISAS SOBRE DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM 1070
ELIANDA FIGUEIREDO ARANTES MARIA
GORETTI QUINTILIANO CARVALHO
267 A RELAÇÃO PEDAGÓGICA E AS DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM NA EDUCAÇÃO BÁSICA 1084
ELIANDA FIGUEIREDO ARANTES TIBALLI MARIA GORETTI QUINTILIANO CARVALHO
268 FORMAÇÃO UNIVERSITÁRIA E COMPETÊNCIA MORAL: RELATO DE UMA PESQUISA, DESAFIOS DA ATUALIDADE 1096
MAYRA MARQUES DA SILVA GUALTIERI RAUL ARAGÃO MARTINS
PATRICIA UNGER RAPHAEL BATAGLIA ALONSO BEZERRA DE CARVALHO
269 OS PRINCÍPIOS DO PROGRAMA MÍNIMO, DE LOURENÇO FILHO, E SEUS INDÍCIOS PRESENTES NA TEORIA CURRICULAR ATUAL 1106
THAIS ANITA SILVA BARROS CAMILA MEDINA BELTRÃO
DAIANE CRISTINA BRASIL BARCELOS
270 A APROPRIAÇÃO DE CONCEITOS RELACIONADOS À BIOLOGIA CELULAR: ATIVIDADES DE ENSINO POR INVESTIGAÇÃO E O USO DE MATERIAIS ALTERNATIVOS 1116
JÚLIA KATZAROFF BALLERINI
ANA SILVIA CARVALHO RIBEIRO GOMES
MARIA TEREZINHA SIQUEIRA BOMBONATO
SÍLVIA REGINA QUIJADAS ARO ZULIANI
271 ESCREVER NA ESCOLA... POR QUÊ? A APROXIMAÇÃO DE PRÁTICAS DE ESCRITA SIGNIFICATIVAS 1126
CÉLIA REGINA FIALHO BORTOLOZO HELOÍSA A. MATOS LINS
272
A UTILIZAÇÃO DE ATIVIDADES DIDÁTICAS VOLTADAS PARA A EDUCAÇÃO AMBIENTAL: UMA PROPOSTA ITINERANTE DO PROGRAMA PIBID BIOLOGIA 1135
SIMARE BERMEGUY PORTO CAJAS TACIANA DE CARVALHO COUTINHO
477
DUAS SITUAÇÕES ENVOLVENDO DIVISÃO DE NÚMEROS DECIMAIS ABORDADAS JUNTO A UM GRUPO DE FABRICAÇÃO DE PRODUTOS DE
LIMPEZA NO CONTEXTO DA EDUCAÇÃO NÃO FORMAL
Renata Cristina Geromel Meneghetti1 SolangeTeresinhaPoeta de CarvalhoAyusso2
Michelle Francisco de Azevedo3 INTRODUÇÃO Este trabalho insere-se numa pesquisa de caráter interdisciplinar, a qual busca
colaborar com um projeto de âmbito maior, de políticas públicas em Economia
Solidária, da Incubadora Regional de Cooperativas Populares da Universidade Federal
de São Carlos (INCOOP/UFSCar, atual NuMIES – Núcleo Multidisciplinar e Integrado
de Estudos, Formação e Intervenção em Economia Solidária). Esta última propõe à
criação de um sistema integrado de Empreendimentos em Economia Solidária (EES)
como condição para o desenvolvimento socioeconômico de bairros carentes de uma
cidade localizada no interior do estado de São Paulo. Nos EES há demandas próprias
da Educação Matemática, no que se refere à apropriação dos conhecimentos
matemáticos, por parte de seus integrantes, necessária para a implementação de tais
empreendimentos.
Neste trabalho focalizamos um grupo de fabricação de produtos de limpeza
caracterizado como um EES. Esse grupo surgiu em novembro de 2011, com a
finalidade de potencializar a Economia Solidária do bairro em que está inserido,
recebendo o suporte do NuMIES, sendo que este apoio ainda é essencial para o
funcionamento do empreendimento. A autogestão é compreendida como uma
administração democrática onde as ordens e instruções fluem de baixo para cima e as
demandas e informações de forma inversa, exigindo um esforço adicional dos
trabalhadores, pois, além de cumprirem suas tarefas, devem se preocupar com os
problemas da gestão do empreendimento (SINGER, 2002). Para se aproximarem de
práticas autogestionárias, os EES sempre deverão buscar capacitar seus membros a
fim de que todos possam participar, efetivamente, no gerenciamento do
empreendimento de forma a dependerem, cada vez menos, da ajuda de pessoas
externas ao EES.
A respeito desta capacitação necessária, daremos uma abordagem ao ensino de 1 Universidade de São Paulo – Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC-USP/São Carlos). E-mail: [email protected]. 2 Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho"- Instituto de Biociências, Letras e Ciências Exatas de São José do Rio Preto (IBILCE). E-mail: [email protected]. 3 Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” – Faculdade de Ciências (FC-UNESP/Bauru). E-mail: [email protected].
478
matemática, no campo da educação não formal, como possibilidade para contribuir
com o avanço dos EES, pois a matemática está intrínseca as mais diversas atividades
humanas e é também essencial na administração dos EES, uma vez que seu domínio
pode facilitar e agilizar os processos envolvidos na cadeia produtiva do EES.
Em nossas observações desse EES, pudemos constatar grandes dificuldades
em relação aos afazeres que envolviam conteúdos matemáticos relacionados,
principalmente, com conceitos envolvendo operações básicas com números racionais
em sua forma decimal, principalmente por parte de uma das integrantes do EES;
sendo que a divisão com números decimais apresentava-se como mais emergente.
Detectou-se também a utilização da calculadora de forma automática, ou seja, sem
compreensão, para confirmar os cálculos que eram feitos manualmente ou
mentalmente; além disso, observou-se também que havia uma falta de confiança das
integrantes do empreendimento nas contas que faziam sem o uso da calculadora. Na
direção de contribuir com o grupo visando sanar algumas de suas dificuldades no trato
com a matemática necessária no cotidiano deste EES, neste trabalho focamos duas
situações vivenciadas junto a este grupo referentes à divisão com números decimais.
Tais situações foram trabalhadas de forma contextualizada a partir das situações do
seu cotidiano. Assim, nosso objetivo foi abordar os conceitos antes mencionados
visando uma aprendizagem significativa de forma a contribuir com sua autogestão.
A Economia Solidária que se diferencia da capitalista principalmente por seus
objetivos, pois, enquanto nesta visa-se o acúmulo de capital, naquela privilegia-se o
aprimoramento pessoal enquanto reinserção social; outro ponto que as distanciam é o
modo de administração adotado pelos EES, observando-se na economia capitalista a
heterogestão, isto é, empresas hierarquizadas enquanto que, na economia solidária, o
foco é a autogestão dos EES (SINGER, 2002).
Podemos encontrar na educação não formal um mecanismo capaz de
contribuir com os ideais da economia solidária no que tange a deficiência da educação
formal, ou seja, um meio de inserir socialmente aqueles que foram de alguma forma,
excluídos pela própria escola. Por educação formal:
[...] a educação não formal, embora obedeça também a uma estrutura e a última organização (distintas, porém, das escolas) e possa levar a uma certificação (mesmo que não seja essa a finalidade), diverge ainda da educação formal no que respeita à não fixação de tempos e locais e à flexibilidade na adaptação dos conteúdos de aprendizagem a cada grupo concreto (AFONSO, 1989, p.78 apud GARCIA, 2001).
Desta forma, nosso objetivo foi abordar de modo contextualizado, por meio de
479
uma intervenção educacional pautada na metodologia de resolução de problemas,
alguns conceitos sobre números decimais utilizados pelas integrantes do grupo de
fabricação de produtos de limpeza, focando especialmente a divisão de números
decimais e visando uma aprendizagem significativa de forma a contribuir com a
reinserção socioeconômica e com a autogestão do grupo. Tal aprendizagem é definida
como sendo
[...] um processo por meio do qual uma nova informação relaciona-se com um aspecto especificamente relevante da estrutura de conhecimento do indivíduo, ou seja, esse processo envolve a interação da nova informação com uma estrutura de conhecimento específica, a qual Ausubel define como conceito subsunçor ou simplesmente subsunçor (MOREIRA, 1995, p.153).
Segundo Brasil (2002), para a educação de jovens e adultos, o trabalho com
situações contextualizadas pode colaborar para uma aprendizagem mais significativa,
já que tais situações favorecem a compreensão e contribuem para a construção de
conhecimentos matemáticos que, por sua vez, são ferramentas importantes para a
compreensão da realidade. Além disso, o trabalho com situações-problema em que as
operações aparecem com diferentes significados, em contextos reais, permite que os
alunos possam, de fato, compreendê-las.
Visando esse último tipo de aprendizagem e uma vez inseridos num contexto
cultural próprio, nossa opção foi utilizar situações reais do cotidiano delas, coisas que
elas mesmas tinham curiosidade de calcular, mesmo sem saber como, pois
compreendemos.
Neste trabalho empregamos também a metodologia de Resolução de
Problemas, na qual se compreende que um problema pode ser enunciado como sendo
tudo aquilo que não se sabe resolver, mas há interesse em fazê-lo, isto é, qualquer
situação que leve o aluno a pensar e que lhe seja desafiador e não trivial.
(ONUCHIC,1999).
De acordo Onuchic (1999), no ensino de matemática através da resolução de
problemas, o aluno passa a assumir um papel participante e ativo no processo de
aprendizagem; o ponto central desta metodologia baseia-se na crença de que os
alunos possam compreender os conceitos, os processos e as técnicas operatórias
necessárias dentro do trabalho de cada unidade temática e consigam estabelecer
relações entre os conceitos já aprendidos e outros que possam aprender através da
exploração e generalização de problemas. Segundo a Proposta Curricular para
a Educação de Jovens e Adultos (PCEJA), através do trabalho com a resolução de
480
problemas, os jovens e adultos têm a oportunidade de ampliarem seus conhecimentos
acerca de conceitos e procedimentos matemáticos e sua visão sobre o mundo,
adquirindo autoconfiança (BRASIL, 2002).
Nosso objetivo foi abordar de modo contextualizado, por meio de uma
intervenção educacional pautada na metodologia de resolução de problemas, duas
situações-problemas contextualizadas e envolvendo o conceito de divisão de números
decimais, visando uma aprendizagem significativa de forma a contribuir com a
reinserção socioeconômica e com a autogestão do grupo.
METODOLOGIA Esta pesquisa é de cunho qualitativo: estudo de caso (LUDKE & ANDRÉ, 1986;
BOGDAN; BIKLEN, 1994) e o caso focalizado é um grupo de fabricação de produtos
de limpeza atualmente constituído por duas integrantes, as quais são mulheres de
baixa renda com idade entre 35 e 40 anos. O empreendimento produz água sanitária,
álcool perfumado, amaciante, brilha alumínio, cloro, detergente, sabão álcool,
alvejante sem cloro, desinfetante, detergente, sabão líquido, sabão querosene,
multiuso e pinho gel. As integrantes do EES lutam pelo aumento de clientes fixos, pela
fabricação de outros produtos além desses relacionados e pela formalização do EES.
Para melhorar a leitura procuramos eliminar alguns erros de linguagem, por exemplo:
“nois” foi substituído por “nós” e algumas concordâncias verbais foram modificadas
também, tais como: a frase “Não confiança na realização da minha divisão.” foi
substituída por “Não tenho confiança na realização da minha divisão.”
Num primeiro momento, por meio de observação participante foram realizadas
algumas visitas e por meio de conversas informais procuramos obter um maior
conhecimento sobre o cotidiano das integrantes do EES. Posteriormente alguns
encontros ocorreram visando a objetivos específicos de aprendizagem. Os encontros
totalizaram uma carga horária de 15 horas, sendo que estão inclusos os momentos de
conversas informais e a troca de experiências com aplicação de problemas
envolvendo operações básicas de números decimais. O conteúdo foi selecionado de
acordo com o sugerido pelas integrantes. Numa fase anterior elas haviam participado
de uma oficina pedagógica também sobre números racionais4, mas algumas
dificuldades ainda persistiam, principalmente, quanto à divisão de números racionais.
Nesse sentido, retomou-se o assunto visando trabalhar principalmente divisão
4 A aplicação desta oficina foi coordenada pela primeira autora deste trabalho e teve também a participação da terceira e se deu através de um minicurso carga horária total de 18 horas, que se deu fora do ambiente do EES, diferentemente da atuação focada neste trabalho que ocorreu no próprio EES.
481
com números decimais, mas as situações vivenciadas, uma vez que se deram de
forma contextualizada e inerentes a atividades do cotidiano do grupo envolviam
também as operações de adição e multiplicação com números decimais. Respeitando
os interesses das integrantes deste grupo, nas situações problemas vivenciadas junto
ao grupo a abordagem foi feita utilizando-se a moeda corrente (real). As participantes
foram designadas pelos nomes fictícios Eli e Rô. Durante os encontros foi observado
que as integrantes do grupo aos poucos foram apresentando-se mais participativas.
DESCRIÇÃO E DISCUSSÃO DAS SITUAÇÕES VIVENCIADAS
Durante a intervenção realizada, de forma geral, observamos que a integrante
Eli apresenta mais domínio dos conteúdos matemáticos, tem mais facilidade, antes de
calcular o resultado já tem uma estimativa, sentindo-se confiante no que faz. Porém,
não se sente segura em transmitir o conhecimento para a colega. Rô é mais quieta,
levanta o olhar para escutar o comentário da colega e só movimenta a cabeça
concordando ou levemente discordando. Observamos que a falta da aprendizagem
dos pré-requisitos gerou insegurança em Rô ao realizar as operações necessárias.
Além disso, no Empreendimento, recorrem à calculadora e em alguns momentos
fazem o cálculo mental, principalmente Eli.
Os dois primeiros encontros foram individuais para que cada integrante do EES
tivesse a liberdade de contar um pouco de sua história, colocando seus “medos”, seus
sonhos, assim foi possível criar vínculo com elas e desenvolver as atividades com uma
linguagem de interesse mútuo. Foi sugerido que escolhessem o conteúdo a ser
estudado e elas solicitaram a aprendizagem da divisão dada na Escola (comentaram
os processos que os filhos utilizavam na divisão: “estimativa” e “método longo”), para
que pudessem entender e acompanhá-los, percebeu-se que o interesse em aprender
era mais motivador para a ajuda escolar do que para ser aplicado no empreendimento,
parecia que a preocupação era mais com a família. A integrante Eli colocava na
maioria das vezes estimava do resultado e a Rô timidamente arriscava um palpite, isso
quando colocava sua opinião. Também percebemos que por um lado a integrante Eli
necessitava verbalizar todo procedimento que realizava e, por outro lado, Rô muitas
vezes aproveitava dessa verbalização ao fazer suas operações.
A cada encontro, inicialmente conversávamos com os assuntos gerais,
perguntávamos primeiro sobre como estava a Família e o Empreendimento, somente
depois disso é que se iniciava a atividade específica proposta a partir das situações
que elas vivenciavam no empreendimento. Resolvíamos a atividade junto com elas, de
482
maneira discreta, como se fizéssemos parte do empreendimento. Como a resolução
da tarefa era efetuada com caneta, tudo ficava registrado, para posterior análise.
A primeira atividade foi trabalhar a partir do boleto do SAAE (Serviço Autônomo
de Água e Esgoto), a conta mensal de água e esgoto; visando a compreensão do que
é posto neste documento. Realizamos a leitura juntas, comparando o valor da água,
sendo comentado que o esgoto é um valor proporcional à quantidade de água utilizada
e outras informações que o boleto continha. Na sequência, coletamos o valor pago,
realizamos a divisão por dois, uma vez que dividem as despesas do estabelecimento
com outro empreendimento.
Rô: “-Nós recebemos o boleto e pagamos a metade. Quando faço a conta no papel, confiro na calculadora. Não tenho confiança na realização da minha divisão.” Pesquisadora: “-Vamos realizar juntas a divisão. O valor do boleto apresentado é de R$ 135,74. Como a despesa é dividida entre os dois EES, dividimos por...?” Rô e Eli: “-Dois.” Eli: “-Bem... pego o R$ 135,00 e divido por dois, dá R$ 67,50. Daí os R$ 0,74 também divido por dois, dando R$ 0,37, logo, somo os dois resultando R$ 67,87, é isso, não é? Mas para resolver no papel, não consigo. Não entendo o que minha filha faz na Escola. Gostaria de saber para poder acompanhá-la e ajudá-la quando houver dúvidas.”. Rô: “-Sei fazer dessa maneira...”
Figura 1: Divisão Rô (esquerda) e Eli (direita)
Nesta atividade observamos que Rô resolveu a divisão pelo processo curto até
a multiplicação do quociente oito, depois realizou pelo processo longo. O número três
foi colocado abaixo do número sete, logo após, riscado e colocado o número um.
Como estávamos fazendo todas ao mesmo momento e os comentários orais eram
falados para que todas escutassem, Eli verbalizou “... sete vezes dois é igual a
quatorze” e Rô fez dezessete menos quatorze é igual a três. Depois Rô observou que
já estávamos no ultimo número do quociente (R$ 67,87), então, ela corrigiu o número
três, colocando o número um (Realizou mentalmente: oito vezes dois é igual a
dezesseis. Dezessete menos dezesseis é igual a um) e abaixou o quatro, dando
continuidade na operação pelo processo longo. A vírgula foi colocada no quociente,
pois Eli tinha realizado o cálculo mentalmente e comentamos o que tinha dado para
cada empreendimento pagar (sessenta e sete reais, oitenta e sete centavos).
Neste caso, observamos que Eli realizou a divisão do número inteiro pelo
processo curto, restando um, acrescentou o zero e colocou a vírgula após o resultado
483
do quociente inteiro. O restante do processo não sabia fazer e como mentalmente já
sabia o resultado, colocou-o e também acrescentou o resto zero para indicar que a
divisão foi exata.
Realizamos novamente a conta pelo processo longo para verificar e discutir
passo a passoe também para que elas percebessem o registro de todo o processo do
cálculo que estava sendo realizado.
Segue registro da divisão realizada por Rô e Eli:
Figura 2: Divisão Rô (esquerda) e Eli (direita)
Nesta parte, observamos que Rô no início desenvolveu a divisão passo a
passo. Quando dividiu um mil, setecentos e quarenta por duzentos, fez a multiplicação
mental: oito vezes duzentos é igual um mil e seiscentos, então restou cento e
quarenta. Acrescentou o zero: um mil e quatrocentos. Dividido por duzentos: quociente
sete e resto zero. Divisão exata. Observamos que Eli realizou a divisão pelo processo
longo, passo a passo, sempre abaixando todos os números do dividendo.
No desenvolvimento da divisão, que foi realizada em conjunto, de maneira
paulatina e buscando fazer com que elas compreendessem cada passo do processo
da divisão, elas lembraram momentos do minicurso do qual participaram anteriormente
e, em alguns momentos, percebeu-se que elas conseguiram transferir para esta nova
situação algumas coisas que aprenderam neste minicurso, por exemplo, Eli: “-
Ah!...agora vamos igualar as casas, cortar as vírgulas,...você lembra lá no minicurso?”
Isto mostra que elas conseguiram transferir alguns dos conhecimentos adquiridos no
minicurso do qual participaram para esta nova situação. Entretanto, observou que
algumas dificuldades ainda permaneciam, tais como: “O que fazer quando no
dividendo não tinha mais números para abaixar?” Então, nós procuramos focar isso
com mais atenção nas situações vivenciadas junto ao grupo neste novo momento.
Assim, trabalhamos a divisão através do processo longo, com a finalidade de levá-las
a compreender o significado de dividendo, divisor, quociente e resto e todo o processo
de divisão.
484
A segunda atividade realizada com as integrantes deste empreendimento foi o
cálculo do custo de um dos produtos fabricados, a água sanitária.
Eli: “Queremos saber qual foi a sobra... O que compensa fazer, o que não compensa fazer... é só fazendo conta para saber....” Diante dos dados reais, coletados por meio de notas fiscais, foram resolvidas as operações com adição, multiplicação e divisão. Pesquisadora: “... Qual o valor pago pelo cloro?...”. Eli: “-A gente paga R$ 68,40 na bomba... 60 litros... Para produção da água sanitária, coloca-se 40 litros de cloro com 160 litros de água resultando 200 litros de água sanitária...” Rô: “-Para fazer água sanitária, nos precisamos de cloro, água, barrilha e sal”. Eli: “-O sal é R$ 0,85 o quilo...” Pesquisadora: “-Então sabemos que o valor do cloro é R$ 68,40 com 60 litros, Para obter o valor de um litro, o que temos que fazer?... Qual operação realizar?”. Eli: “-R$ 68,40 dividido por 60 para saber o litro do cloro”... A divisãorealizada por Eli e Rô foi efetuada conforme a figura abaixo:
Figura 3: Divisão Eli (esquerda) e Rô (direita)
Nesta situação, observamos que Eli resolveu a divisão sem acompanhamento,
observamos que não registrou o resultado da subtração de vinte e quatro mil menos
vinte e quatro mil. Para ela o resultado do quociente estando certo é o que basta.
Entretanto, Rô realizou a divisão, ainda de forma insegura, pelo processo curto e
longo. Observamos que na terceira linha há rasuras (ela ia escrever seis mil, porém
acabou mudando de ideia e colocou o número dois em cima do número seis
escrevendo dois mil e quatrocentos) em seguida, ao multiplicar por quatro, utilizou o
processo longo, uma vez que na quarta linha repetiu o valor dois mil e quatrocentos. A
partir do resultado dessa operação, a pesquisadora questionou: “Logo, para saber o
valor gasto de cloro, o que temos que fazer?”; Rô: “... R$ 1,14 vezes 40, o valor gasto
para fazer a água sanitária”. Então, foi realizada a multiplicação. Observa-se que,
antes da multiplicação, Eli fez outra operação. Porém, após os comentários, ela não
teve dúvidas na colocação da vírgula e nem com o zero (40), mas Rô não resolveu
corretamente, apresentou insegurança, primeiramente em qual operação fazer e, após
observar a conta da colega, riscou a divisão que iria resolver e armou a conta de
multiplicação. Percebe-se que esta última não tem conhecimento sobre a multiplicação
485
por zero e um, uma vez que em alguns momentos ela colocou o resultado da
multiplicação por zero como se estivesse multiplicando por um e numa das
multiplicações por um (quatro vezes um) ela colocou o valor um, conforme figura 4.
Figura 4: Multiplicação Eli (esquerda) e Rô (direita)
Nesta segunda atividade, como o nosso objetivo era calcular o valor do custo
da Água Sanitária, elas efetuaram a adição do valor do cloro, da barrilha e do sal.
Figura 5: Adição Eli (esquerda) e Rô (direita)
Eli realizou a soma corretamente e com autonomia. Já Rô, observamos que
colocou R$ 85,00 e não R$ 0,85.
Pesquisadora: “-Como registramos as moedas?” Eli: “-Colocamos após a vírgula.” Rô: “-Ah!... É mesmo...”
Após ser esclarecido, Rô verificou que o seu registro estava incorreto, porém
como viu o que Eli já havia realizado, não deu sequencia na sua atividade.
Pesquisadora: “- Recordando... temos o valor do cloro R$ 45,60, mais barrilha a R$ 22,00, mais o sal R$ 0,85 totalizando R$ 68,45 de gastos para 200 litros de água sanitária, então, para saber quanto será o litro...” Eli: “-...Dividiremos R$ 68,45 por 200 dando mais ou menos R$ 0,35 o litro da água sanitária.” Pesquisadora: “-...Vamos realizar a divisão.”
Figura 6: Divisão Eli (esquerda) e Rô (direita)
Neste caso, quando discutimos como realizar a divisão, decidimos que não
haveria necessidade de realizar a divisão com o quociente com mais de duas casas
486
decimais. Eli desenvolveu a divisão corretamente, Rose armou a operação, preferiu
participar dos comentários da resolução de Eli, depois resolveu sozinha. No registro
observamos que ambas não colocam o sinal de menos e quanto ao traço para o
resultado da subtração Rô não o colocou. Observamos que ambas chegaram ao
resultado do custo da Água Sanitária. Esse foi o momento que percebemos mais
motivação das participantes, estavam felizes por chegarem ao resultado final. Saber
que conseguiram calcular o custo do produto. Então Eli com entusiasmo continuou:
Eli: “-Como vendemos dois litros de água sanitária por R$ 2,50, vamos dividir por dois, logo, cada litro sai por R$ 1,25.”
Figura 7: Divisão Eli (esquerda) e Rô (direita)
Aqui, observamos que Eli Resolveu a situação com autonomia. Rose iniciou
com o processo curto, por si, armou a conta novamente e iniciou a divisão pelo
processo longo, mas no segundo número do quociente ela deu continuidade pelo
processo curto.
Eli: “-Logo, há um lucro de R$ 1,25 – R$ 0,35 = R$ 0,80.” “- Como vendemos por R$ 1,25 o litro, 0,35 mais 0,35 dá 0,70 e 0,70 + 0,35 = 1,05 e 1,05 + 0,35= 1,40. Quase quatro vezes o valor do custo do produto.” Assim, pudemos perceber que nesta segunda fase, houve melhor participação.
Ambas apresentaram crescimento, Eli com mais entusiasmo por conseguir
desenvolver e registrar seu raciocínio, obtendo o valor do custo da água sanitária e Rô
observou de maneira surpresa, o quanto lucra na fabricação do produto. A proposta foi
desenvolver o processo longo para que vivenciassem toda etapa e se sentissem mais
seguras. Com os registros, observamos que Eli assimilou e que Rô também entendeu,
porém, automaticamente registraram o processo curto; este fato pode indicar que uma
vez havendo assimilação o processo foi por elas simplificado; já que o processo curto
é, de fato, uma simplificação do longo. Dessa forma, observamos que ambas
cresceram no seu conhecimento, entretanto, entendemos que ainda há necessidade
da continuidade do trabalho efetuado, é preciso exercitar situações semelhantes com
os demais produtos para se verificar se há habilidade e independência do grupo rumo
487
à autogestão e também se elas conseguirão transferir os conhecimentos adquiridos
para outras situações.
CONSIDERAÇÕES FINAIS Os resultados apresentados nesta pesquisa apontam para a importância de se
trabalhar com a metodologia de resolução de problemas dentro de um contexto
sociocultural próprio, de forma contextualizada e inerente aos princípios da educação
não formal e da economia solidária. Nas situações vivenciadas junto a este grupo,
percebemos que gradativamente as integrantes foram adquirindo uma postura mais
crítica, interagindo com o processo; apresentando também melhor organização em
transcrever o raciocínio, mais autonomia no desenvolvimento das atividades, além da
motivação que esteve presente com mais intensidade na conclusão da atividade.
Entretanto, acreditamos na expectativa de capacitação pessoal continuada a fim de
obter a administração do empreendimento com maior segurança e autonomia para
atingir o sucesso almejado; ou seja, a pesquisa apontou alguns progressos, porém
alerta para a importância da continuidade de trabalhos nessa direção.
REFERÊNCIAS AFONSO, A. J. Os lugares da educação. In: SIMSON, O. R. M.; PARK, M. B.; FERNANDES, R. S. Educação não-formal: cenários da criação. Campinas: Editora da UNICAMP, p. 29-78, 2001.
BOGDAN, R.; BIKLEN, S. Investigação Qualitativa em Educação: uma introdução à teoria e aos métodos. Tradução de Maria J. Alvarez, Sara B. Santos e Telmo M. Baptista. Porto/PT: Porto, 1994.
BRASIL. Ministério da educação. Secretaria da Educação FundamentalProposta curricular para a educação de jovens e adultos: segundo segmento do ensino fundamental. Brasília, 2002. v.3.,
GARCIA, V. A. A educação não-formal no âmbito do poder público: avanços e limites. In: SIMSON, O. R. M.; PARK, M. B.; FERNANDES, R. S. Educação não-formal: cenários da criação. Campinas: Editora da UNICAMP, p. 147-165, 2001.
LUDKE, M.; ANDRÉ, M. E. D. A. Pesquisa em Educação: abordagens qualitativas. São Paulo: Editora Pedagógica e Universitária Ltda. (EPU), 1986.
MOREIRA, M. A. Monografia nº10 da Série Enfoques Teóricos. Porto Alegre: Instituto de Física da UFRGS, 1995.
ONUCHIC, L. R. Ensino-Aprendizagem de Matemática através da Resolução de Problemas. In: BICUDO, M. A. V. (Ed.). Pesquisa em Educação Matemática. São Paulo: Editora UNESP. cap.12, p.199-218, 1999.
SINGER, P. Introdução à Economia Solidária. São Paulo: Fundação Perseu Abramo, 2002.