4
www.bancarios.com.br facebook.com/bancariosVDC @BancariosVDC_BA Ataques a bancos na Bahia prejudica funcionários, clientes e a economia dos municípios. O PIQUETE BANCÁRIO Nº 1409 | 22/03/2017 Falta de segurança pública gera caos no interior As notícias de explosões a banco já se tornaram corriqueiras. Em 2016, foram 98 casos de ataques a banco na Bahia, destes, 70 aconteceram no interior, colocando em risco a vida da população que vira refém desta violência. No primeiro trimestre deste ano, já foram registrados 21 ataques. Neste cenário, bancários sofrem com a precarização do trabalho, assim como clientes e população, com a suspensão dos serviços oferecidos pelos bancos. A luta por mais segurança é uma pauta histórica da categoria que sofre diariamente com o risco de sequestros, assaltos e explosões. Mesmo assim, os banqueiros não avançam nos investimentos nesta área. Por compreender que essa é uma questão também de responsabilidade do estado, o Sindicato os Bancários de Vitória da Conquista e Região já cobrou do governador Rui Costa investimentos em segurança púbica, realizando atos e entregando ofícios com as reivindicações da categoria. Apenas na base do SEEB/VCR, cinco agências do Banco do Brasil – Itarantim, Jacaraci, Mortugaba, Jussiape e Abaíra – estão sem funcionamento ou com atendimento contingenciado em decorrência de ataques. Somado a isso, o BB passou, recentemente, por uma reestruturação que implicou no fechamento de agências e na redução de postos de trabalho. A demora na reforma das unidades causa impacto à economia local. “Quem sofre com isso é a população. Os bancos ganham muito dinheiro todos os anos, não deveriam demorar tanto tempo para realizar os consertos. Para nós, comerciantes, o impacto foi muito negativo desde a explosão. Isso tem interferido na geração de emprego, há muita gente fechando as portas em decorrência desses bancos permanecerem fechados por tanto tempo. Nossas vendas caíram em torno de 50%, a população, tanto de Mortugaba quanto Jacaraci, precisa ir sacar dinheiro em Licínio de Almeida e isso tem feito com que o dinheiro fique por lá”, desabafa Antônio Carlos, comerciante do município de Jacaraci. Para o presidente do SEEB/VCR, Paulo Barrocas, as instituições financeiras e o estado são omissos. “Os bancos públicos ou de economia mista, como o BB, possuem um papel social. No entanto, isso tem sido deixado de lado na busca pela alta lucratividade. Os clientes se deparam com o descaso dos bancos em relação, por exemplo, a melhorias nas estruturas e mais contratações de bancários. Já os funcionários que permanecem trabalhando nas agências explodidas em regime de contingenciamento, são cobrados com as mesmas metas abusivas que tornam impossível prestar um serviço de qualidade à população. É necessária uma intervenção imediata do governo para solucionar estes problemas”, denuncia. Arquivo SEEB/VCR Presidente da FEEB/BA-SE avalia a violência contra bancos no estado. Falta de funcionários e problemas de infraestrutura dificultam o atendimento. Demora nas reformas após ataques traz prejuízos para bancários e a população. ENTREVISTA COM EMANOEL SOUZA BB/ITAPETINGA SOB PRESSÃO CINCO AGÊNCIAS AFETADAS NA BASE Página 2 Página 3 Página 4

Nº 1409 | 22/03/2017 O PIQUETE BANCÁRIObancarios.com.br/site/adm/jornal/cdf27dcbae97f7eed7cc0aaa21986771.pdf · imediata do governo para solucionar estes problemas”, denuncia

Embed Size (px)

Citation preview

www.bancarios.com.br • facebook.com/bancariosVDC • @BancariosVDC_BA

Ataques a bancos na Bahia prejudica funcionários, clientes e a economia dos municípios.

O PIQUETE BANCÁRIO Nº 1409 | 22/03/2017

Falta de segurança pública gera caos no interior

As notícias de explosões a banco já se tornaram corriqueiras. Em 2016, foram 98 casos de ataques a banco na Bahia, destes, 70 aconteceram no interior, colocando em risco a vida da população que vira refém desta violência. No primeiro trimestre deste ano, já foram registrados 21 ataques. Neste cenário, bancários sofrem com a precarização do trabalho, assim como clientes e população, com a suspensão dos serviços oferecidos pelos bancos.

A luta por mais segurança é uma pauta histórica da categoria que sofre diariamente com o risco de sequestros, assaltos e explosões. Mesmo assim, os banqueiros não avançam nos investimentos nesta área. Por compreender que essa é uma questão também de responsabilidade do estado, o Sindicato os Bancários de Vitória da Conquista e Região já cobrou do governador Rui Costa investimentos em segurança púbica, realizando atos e entregando ofícios

com as reivindicações da categoria. Apenas na base do SEEB/VCR, cinco

agências do Banco do Brasil – Itarantim, Jacaraci, Mortugaba, Jussiape e Abaíra – estão sem funcionamento ou com atendimento contingenciado em decorrência de ataques. Somado a isso, o BB passou, recentemente, por uma reestruturação que implicou no fechamento de agências e na redução de postos de trabalho.

A demora na reforma das unidades causa impacto à economia local. “Quem sofre com isso é a população. Os bancos ganham muito dinheiro todos os anos, não deveriam demorar tanto tempo para realizar os consertos. Para nós, comerciantes, o impacto foi muito negativo desde a explosão. Isso tem interferido na geração de emprego, há muita gente fechando as portas em decorrência desses bancos permanecerem fechados por tanto tempo. Nossas vendas caíram em torno de 50%, a população, tanto de

Mortugaba quanto Jacaraci, precisa ir sacar dinheiro em Licínio de Almeida e isso tem feito com que o dinheiro fique por lá”, desabafa Antônio Carlos, comerciante do município de Jacaraci.

Para o presidente do SEEB/VCR, Paulo Barrocas, as instituições financeiras e o estado são omissos. “Os bancos públicos ou de economia mista, como o BB, possuem um papel social. No entanto, isso tem sido deixado de lado na busca pela alta lucratividade. Os clientes se deparam com o descaso dos bancos em relação, por exemplo, a melhorias nas estruturas e mais contratações de bancários. Já os funcionários que permanecem trabalhando nas agências explodidas em regime de contingenciamento, são cobrados com as mesmas metas abusivas que tornam impossível prestar um serviço de qualidade à população. É necessária uma intervenção imediata do governo para solucionar estes problemas”, denuncia.

Arq

uivo

SEE

B/V

CR

Presidente da FEEB/BA-SE avalia a violência contra bancos no estado.

Falta de funcionários e problemas de infraestrutura dificultam o atendimento.

Demora nas reformas após ataques traz prejuízos para bancários e a população.

ENTREVISTA COM EMANOEL SOUZA

BB/ITAPETINGA SOB PRESSÃO

CINCO AGÊNCIAS AFETADAS NA BASE

Página 2 Página 3 Página 4

www.bancarios.com.br • facebook.com/bancariosVDC • @BancariosVDC_BA

EditorialEditorial

A tranquilidade e a paz de se viver nas cidades do interior não existem mais. Assim como todo o país, a Bahia sofre com os ataques às agências bancárias, e os moradores desses locais têm sido as principais vítimas destes crimes.

Sem uma resposta efetiva do estado e dos bancos, os atos violentos se repetem, aterrorizando e provocando prejuízos incalculáveis para todos. Sem as soluções necessárias para garantir a segurança, os funcionários sofrem diariamente com o risco de serem vítimas de sequestros, assaltos e se transformarem em reféns de bandidos cada vez mais armados e organizados.

Sem nenhum respeito aos seres humanos que participam decisivamente para o sucesso destes conglomerados financeiros, mesmo quando acontecem os ataques e as agências ficam sem condições adequadas de atendimento, os bancários têm sido obrigados a cumprir metas inalcançáveis e continuam a trabalhar sem que o banco reconheça as pressões feitas pela população para a reabertura das unidades, responsabilizando o funcionário local pela demora nas reformas.

Os prejuízos para estes municípios, já devastados pela crise econômica do país, se agravam ainda mais com o fechamento destes estabelecimentos bancários, reduzindo a circulação de dinheiro e prejudicando diretamente aposentados, clientes e comerciantes em geral.

É preciso mais que promessas. O Estado brasileiro precisa assumir sua responsabilidade na segurança pública, estabelecendo a responsabilidade dos bancos em relação aos seus estabelecimentos e aos seus funcionários, e fornecendo a infraestrutura de prevenção e combate a estes crimes que infelizmente têm se tornado rotina no Brasil.

A segurança não existe

Este boletim impresso é de responsabilidade da Diretoria do Sindicato dos Bancários de

Vitória da Conquista e Região.Tiragem: 1.100 exemplares

Fechamento: terça-feira, às 18h.

Rua Dois de Julho, 122 – Centro - Vitória da Conquista - Bahia - CEP: 45000-240

Telefones: (77) 3424-1620/ [email protected]

Expediente

Entrevista

“É preciso cobrar investimentos em “É preciso cobrar investimentos em “É preciso cobrar investimentos em segurança dentro das agências”

Conversamos com o presidente da Federação dos Bancários da Bahia e de Sergipe, Emanoel Souza, sobre o problema dos ataques a bancos no estado.

A violência contra agências bancárias aumenta por todo país, e, em contrapartida, pouco, ou nenhum, esforço por parte dos bancos é empenhado no combate à prática. Como o senhor avalia o crescimento de ataques a bancos na Bahia nos últimos anos? A Federação, junto ao Sindicato dos Bancários da Bahia, mantém um acompanhamento permanente de todos os ataques violentos contra as agências. Neste ano, até agora, já foram registradas 21 ocorrências, como explosões e arrombamentos. Estamos cobrando providências das autoridades competentes, já nos reunimos com o governador do estado, buscando mais atenção e investimentos na segurança, e estamos articulando com um deputado estadual um projeto de lei que visa ampliar o poder de fiscalização de transporte de explosivos à Polícia Rodoviária Estadual e à Polícia Civil.

Na nossa base, diversas agências que foram alvos de ações violentas ainda não foram reabertas, prejudicando, além dos funcionários, a população, que precisa recorrer a atendimentos limitados em agências lotéricas, Correios e correspondentes bancários ou viajar para outros municípios. Na sua opinião, quais os prejuízos destas ações nessas localidades? Além de afetar as rotinas dos bancários e da

população, há prejuízos imensos, especialmente, nas economias dos pequenos municípios. Os moradores, por exemplo, que saem de suas cidades para sacar dinheiro em outras acabam gastando por lá também, o que acarreta em redução de circulação da moeda nos lugares que não possuem bancos. Inclusive, já participamos de audiência com a UPB – União de Prefeitos da Bahia, discutindo as repercussões negativas dos fechamentos das agências para as cidades.

Quais medidas as instituições financeiras e o poder público deveriam adotar para coibir o avanço da violência contra agências? No tocante aos bancos, é preciso cobrar investimentos em segurança dentro das agências. A lei que obriga a instalação de portas giratórias nas agências, por exemplo, foi fruto de pressão da Federação e de sindicatos, e é preciso muito mais. Da mesma maneira precisa agir o governo, aumentando os investimentos em segurança pública. As cidades pequenas do interior, por exemplo, possuem um contingente muito reduzido. Há casos em que bandos com mais de 20 bandidos encontram cidades com apenas dois ou três policiais. Além de novas contratações, o poder público precisa coibir a venda de explosivos e investir no serviço de inteligência da polícia, o que poderia antever e evitar diversos ataques pelo estado.

E qual o papel do poder público nessas intervenções? O Poder Executivo Municipal não pode intervir na instalação dos bancos, porém, pode fixar exigências para concessão do alvará de funcionamento, se atentando para questões de segurança, por exemplo. Temos um modelo de cobranças, destacando aspectos que devem ser observados durante a instalação dos bancos no município, que vem sendo aprovado por várias Câmaras Legislativas de cidades na Bahia.

As opiniões expressas na entrevista não refletem, necessariamente, o posicionamento da diretoria do SEEB/VCR.

Diretoria de Imprensa e Comunicação: Alex Leite.

Redação: Eline Luz, Erick Reis e Lays Macedo. Diagramação: Assessoria SEEB/VCR.

Foto

: FEE

B/B

A-S

E

www.bancarios.com.br • facebook.com/bancariosVDC • @BancariosVDC_BA

O Sindicato dos Bancários de Vitória da Conquista e Região tem se mobilizado para buscar um posicionamento do banco. “As condições de trabalhos às quais os bancários estão submetidos são as piores possíveis. O banco emite um laudo de segurança, porém, nas agências, o que temos são bancários trabalhando embaixo de tetos destruídos, em meio a entulhos, equipamentos quebrados. Além disso funcionários precisam viajar diariamente, correndo risco de sofrer acidentes. Diante deste cenário, o Sindicato entrou em contato com a Superintendência Estadual do Banco do Brasil para agendar reunião e cobrar maior agilidade na resolução dos problemas das agências da nossa base”, conclui Larissa Couto, vice-presidente do SEEB/VCR.

finalizada e está sendo aguardada a chegada do cofre e da porta giratória. A população passou a ser atendida em Jacaraci, a 23 km, que, em seguida, também foi alvo de explosão. Dois bancários foram deslocados para o BB/Jacaraci e outro para Licínio de Almeida, município situado a 48 km de distância.

O Piquete BancárioNº 1409 | 22/03/2017

Pág. 03Realidade Bancária

Na base territórial do SEEB/VCR são cinco municípios afetados.Bancários e população sofrem com demora nas reformas

Arq

uivo

SEE

B/V

CR

Realizando trabalhos pela base, os diretores do SEEB/VCR Alberto Rocha, Alex Leite, Arnaldo Prates e Carlos Alberto Gonçalves estiveram em agências do BB que sofreram ataques e ainda não foram regularizadas.

Em Itarantim, a explosão aconteceu no dia 10 de novembro de 2016 e, segundo a administração local, a previsão para conclusão da reforma é de mais 60 dias. A agência permanece com atendimento contingenciado após laudo de segurança emitido pelo engenheiro do banco. Mesmo com estrutura precarizada e equipamentos quebrados, bancários passaram um mês atendendo sem impressora e com entulhos pendurados no teto. Por conta de uma porta de tapume, o sistema de segurança dispara a todo momento, tornando necessária a ida de um funcionário, mesmo fora do expediente, para desarmar o alarme. A população tem buscado atendimento em Itapetinga, a 70 km. “Sou cliente do Banco do Brasil desde sua inauguração, e a explosão afetou demais a cidade em geral. Os funcionários têm boa vontade e tudo, mas eles não têm o que fazer com a agência desse jeito. Eu tive problema para pagar um boleto porque não consegui atendimento no dia do vencimento”, destaca o produtor rural João Milton. O atendimento, que está precário não tem perspectiva de melhorar mesmo após a reforma, pois, com a reestruturação, o banco reduziu de nove para sete o número de funcionários.

A explosão em Mortugaba, no dia 6 de julho do ano passado, comprometeu toda estrutura, impedindo até o atendimento contingenciado. Oito meses depois, a reforma da agência ainda não foi

No dia 10 de outubro, bandidos atacaram também o Banco do Brasil de Jacaraci. O banco decidiu manter a agência aberta, com o funcionamento contingenciado e a responsabilidade pelos clientes de Mortugaba. Hoje, a população, tanto de Jacaraci como de Mortugaba, precisa se deslocar por 25 km, até Licínio de Almeida, para efetuar saques, pois a Casa Lotérica e a Caixa Postal dos Correios não estão conseguindo atender a demanda. “Está uma dificuldade terrível para conseguir pegar dinheiro, a gente tem que ir para a fila nos Correios às 2h da manhã e, ainda assim, corre o risco de, na sua hora, não ter mais dinheiro e você ter que esperar alguém fazer pagamento para poder sacar”, reclama Maria de Lurdes, aposentada de Jacaraci. Um bancário de Jacaraci foi deslocado para ajudar a atender a população em Licínio.

A agência de Abaíra segue fechada desde a explosão no dia 1º de agosto de 2016. Recentemente chegou uma impressora e o sistema de alarme, mas ainda não há previsão para a reforma e reabertura. “Desde que houve esse roubo, a população está sendo bastante prejudicada, precisando se deslocar, e é muito mais difícil para os aposentados. Falta investimento para combater essa violência na região. Acontece um assalto e parece que eles já sabem que vão ficar

impunes, porque nem se preocupam muito com o que estão fazendo”, ressalta Leonardo Novais, morador de Abaíra.

Jussiape, em dois anos, sofreu duas explosões. A última ocorrida no último dia 12 de dezembro. Até o momento não há previsão para a reforma e reabertura. Os funcionários do banco passaram a atender em Rio de Contas, um dos bancários precisa se deslocar 90 km diariamente para chegar no novo posto de trabalho. “Ninguém nem apareceu na agência para fazer o orçamento da reforma. Está muito difícil para nós, funcionários, que estamos todos os dias na estrada. Não temos como utilizar o transporte público por conta do horário e a ajuda de custo que o banco oferece não custeia o gasto de vir de transporte particular”, aponta a bancária Miriam Silva.

BB/Itarantim

BB/Mortugaba

BB/Abaíra

Diretores cobram do governador investimentos em segurança pública.

BB/Jussiape

BB/Jacaraci

www.bancarios.com.br • facebook.com/bancariosVDC • @BancariosVDC_BA

Curtas

No próximo final de semana, dias 25 e 26, a Federação dos Bancários dos Estados da Bahia e Sergipe realizará o curso de formação “Sindicalismo e Atualidades”, na sede do Sindicato dos Bancários de Vitória da Conquista e Região. A capacitação será destinada a diretores e delegados sindicais do SEEB/VCR e, também, do Sindicato dos Bancários de Jequié e Região, abordando a realidade sindical no país.

Estão abertas as inscrições para o 13º Campeonato Integração Bancária de Futsal. Cada equipe deve formalizar à diretoria de Esporte e Lazer, até a próxima quinta-feira (23), a inscrição dos seus atletas. Os jogos terão início no dia 1º de abril, às 14h, na quadra do Ginásio de Esportes Raul Ferraz.

FEEB/BA-SE realiza curso de formação no SEEB/VCR

Integração Bancária de Futsal

No primeiro bimestre de 2017, de acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), os bancos brasileiros fecharam 2.535 postos de trabalho. No total foram 5.913 demissões e 3.378 admissões, o que representa um saldo negativo de 223,75% em relação ao mesmo período de 2016. Do total de desligamentos nos bancos, 63% foram sem justa causa e a maior parte tinha 10 ou mais anos no emprego.

Bancos cortam mais de 2 mil postos de trabalho

O Piquete Bancárionº 1409 | 22/03/2017Realidade Bancária

Pág. 04

O processo de reestruturação do Banco do Brasil continua gerando reflexos negativos para categoria bancária e população. Em viagem da diretoria à cidade de Itapetinga, o SEEB/VCR constatou o aumento significativo em atendimentos na agência da cidade e um ambiente sem condições adequadas para funcionamento.

A sobrecarga de trabalho, que já existia por conta do número insuficiente de funcionários e pela retirada de uma função de caixa imposta pelo BB, se

agravou ainda mais com o acúmulo de demandas dos moradores de Itarantim, Maiquinique e Potiraguá, que passaram a buscar atendimento em Itapetinga após ataques aos bancos daqueles municípios.

Outro fator que preocupa é a falta de um ar-condicionado eficaz na agência. Numa cidade que atinge, em média, temperaturas de 29°C, além do inconveniente para trabalhadores e usuários, a falta de climatização da agência desrespeita a Norma

Regulamentadora nº 17 (NR17) do Ministério do Trabalho e Emprego, que exige do banco um ambiente com temperatura efetiva entre 20 e 23°C. Apesar dos esforços da administração local em reverter definitivamente o problema, a situação se arrasta por cerca de dois anos, por conta da ineficiência do setor do banco responsável, que autorizou apenas reparos e manutenções insuficientes, sem fazer uma intervenção no sistema geral de refrigeração.

“A situação do BB/Itapetinga está caótica. A agência sempre foi sobrecarregada, mas piorou com o aumento do número de usuários e com a deficiência no quadro de funcionários. Além disso, alguns equipamentos estão obsoletos, e o pessoal da retaguarda possui péssimas condições de trabalho. Vamos cobrar a Superintendência Estadual para que os problemas sejam resolvidos o quanto antes, pois funcionários e clientes estão sendo visivelmente prejudicados com a atual situação da agência”, afirmou Arnaldo Prates, diretor Regional do SEEB/VCR.

Arq

uivo

SEE

B/V

CR

BancáriosBaba dos

BancáriosBaba dos

Toda terça, às 18h30, no Olívia Soccer(Av. Olívia Flores, próximo ao Cemae).

Toda terça, às 18h30, no Olívia Soccer(Av. Olívia Flores, próximo ao Cemae).

Itapetinga: bancários sob pressão