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CONTAS DE MINAS Informativo doTribunal de Contas do Estado de Minas Gerais 2016 ano 2 nº 21 Técnicos analisam dados colhidos em levantamento sobre prevenção de desastres relacionados à mineração Novos horizontes Monitoramento por drone amplia controle do TCEMG na aplicação dos recursos públicos Novos horizontes

Nº 21 - Junho e Julho de 2016

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CONTAS DE MINASInformativo doTribunal de Contas do Estado de Minas Gerais 2016 ano 2 nº 21

�Técnicos analisam dados colhidosem levantamento sobre prevençãode desastres relacionados àmineração

NovoshorizontesMonitoramento por drone amplia controle doTCEMG na aplicação dos recursos públicos

Novoshorizontes

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revista contas de minas - 2016 ano 2 nº 21 3

EditorialOs técnicos do Tribunal de Contas (TCEMG) seguem se debru-

çando na análise dos dados que estão sendo usados para aelaboração do Índice de Efetividade da Gestão Municipal. O

IEGM é uma aposta da atual administração para subsidiar os estu-dos que vão embasar muitas decisões da Corte de Contas.

As informações obtidas nos questionários enviados pelas pre-feituras estão sendo devidamente registradas e serão importantesfontes para ajudar o TCE a exercer as suas funções constitucionais,entre elas a de elaborar sugestões para elevar a eficiência da admi-nistração pública.

O grave acidente ocorrido em novembro de 2015 na históricacidade de Mariana – o rompimento da Barragem do Fundão, cau-sando mortes, devastação do meio ambiente e acentuada perdaeconômica – direcionou a atenção do TCE para o binômio causa-con-sequência: a má gestão na administração pública implica em riscosque vão além da perda econômico-financeira.

O IEGM já está ajudando os técnicos na análise da efetividadeda defesa civil em comunidades próximas às barragens e eles já de-tectaram deficiências, como a sua absoluta ausência em municípiosque podem vir a precisar deste importante tipo de socorro.

Em uma etapa mais à frente, este trabalho será de muita utili-dade para as duas pontas da relação: os gestores municipais ficarãoobrigados a implementar uma atuação mais efetiva e corrigir falhasenquanto o TCE terá como agir melhor nos casos que demandem asua participação. Não há exemplo melhor da importância da pre-servação do que o caso de Mariana.

E pensando, não apenas na fiscalização dos problemas relativosao meio ambiente, mas no conjunto de atribuições do controle ex-terno, o Tribunal de Contas adquiriu um drone com câmera de geor-referenciamento. Um equipamento avançado que será muito útil naverificação de prédios públicos, obras e outros empreendimentossujeitos ao controle do Tribunal, como as próprias barragens de re-jeitos de mineração.

Ênfase na defesa civil

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Índice6 Entrevista

Servimos bem8 Controle externo alça voos mais altos12 Notícias do Pleno

- Parecer desvincula Defensoria Pública do limite de gastoscom pessoal do Estado- Ex-servidoras da Câmara de Sabará não poderão exercercargo público por oito anos- Fiscalização eletrônica por produtividade continua proibidaem Juiz de Fora- Concurso da Emater vai depender de lei para cargos e salários

14 Panorama- TCE suspende licitação para realização da Festa do Queijo emCruzeiro da Fortaleza- Gestor tem contas rejeitadas por abrir créditos semcobertura financeira- TCE suspende edital de Concorrência Pública em Barão de Cocais- Irregularidades em licitação para alugar carros em Congonhas gerammultas de R$12mil- Ex-prefeito de Coração de Jesus deve ressarcir R$50mil aos cofres públicos- Ex-prefeito de Taquaraçu de Minas terá que devolver R$123mil- Segunda Câmara emite parecer prévio pela rejeição das contas de Rio Acima- Primeira Câmara multa em mais de R$72mil gestores de Pirapetinga

16 Servidores não concursados na Utramig e Fhemig devem ser demitidos- TCE libera licitação para construção de corredor de ônibus em Contagem

17 Pesquisa revela esperança do brasileiro nos tribunais de contas18 TCE de Minas inova para auxiliar na prevenção de desastres ambientais22 Projeto Conhecer: Estudantes conhecem o TCE mineiro

- Procuradora Cristina Melo lança livro sobre audiência pública23 Presidente fala sobre ineficiência no uso dos recursos públicos em

abertura de conferência24 Extrapauta

- Presidente abre Encontros Nacionais do IRB- Vice-presidente e diretora-geral recebem Medalha Alferes Tiradentes- Tribunal de Contas recebe Instituto Innovare e concorre a prêmiocom o Suricato- Conselheiro Ouvidor é novo cidadão honorário de BH- Mudanças no Sicom são apresentadas no Tribunal de Contas

Tribunal de Contas doEstado de Minas Gerais

PresidenteConselheiro Sebastião Helvecio Ramos de Castro

Vice-PresidenteConselheiro Cláudio Couto Terrão

CorregedorConselheiro Mauri José Torres Duarte

ConselheirosWanderley Geraldo de ÁvilaAdriene Barbosa de Faria AndradeJosé Alves Viana (Ouvidor)Gilberto Pinto Monteiro Diniz

Conselheiros SubstitutosLicurgo Joseph Mourão de OliveiraHamilton Antônio Coelho

Ministério Público juntoao Tribunal de ContasProcurador-GeralDaniel de Carvalho Guimarães

Subprocuradora-GeralElke Andrade Soares de Moura

ProcuradoresMaria Cecília Mendes BorgesGlaydson Santo Soprani MassariaSara Meinberg Schmidt Andrade DuarteMarcílio Barenco Correa de MelloCristina Andrade Melo

Chefe de Gabinete do Conselheiro PresidenteRonaldo Jayme Machado

Chefe de Gabinete da PresidênciaRoberto de Mello Saada

Diretora-GeralRaquel de Oliveira Miranda Simões

Expediente

Diretoria de Comunicação doTribunal de Contas do Estado de Minas Gerais

DiretorLúcio Braga GuimarãesJorn. Mtb n. 3422 - DRT/MG

Editor ResponsávelLuiz Cláudio Diniz MendesJorn. Mtb n. 0473 - DRT/MG

Redação e fotosAlda Clara de AquinoFrederico Nicola La RoccaJoão Manuel Lopes de CerqueiraKarina Camargos CoutinhoLuiz Gustavo RibeiroMárcio de Ávila RodriguesRaquel Campolina MoraesThiago Rios Gomes

RevisãoMárcio de Ávila Rodrigues

Projeto GráficoCoordenadoria de Publicidade e Marketing Institucional

DiagramaçãoMárcio Wander Moura FerreiraMG-00185 DG - DRT/MG

ImpressãoRona Editora

Tiragem4.000 exemplares

Tribunal de Contas do Estado de Minas GeraisAv. Raja Gabáglia, 1.315 - CEP: 30380-435Luxemburgo - Belo Horizonte/MGFones: (31) 3348-2147 / 3348-2177 - Fax: (31) 3348-2253e-mail: [email protected] - Site: www.tce.mg.gov.br

Montagem fotográfica com imagem dodrone adotado pelo TCEMG sobre

paisagem de município minerador.O drone Spire One, entre outras

características, tem quatro motores quesustentam no ar os seus três quilogramas

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EntrevistaSem bons servidores públicos não há como o Estado cum-

prir sua função a contento. Além de se preocupar em admi-tir os melhores candidatos às carreiras públicas, os governos

devem se preocupar em valorizar o mérito no cotidiano das suasequipes. Todos os anos, o Tribunal de Contas do Estado (TCEMG)concede a Medalha Emílio Moura, no Grau Especial de Mérito Fun-cional, a três funcionários que tenham se destacado. Em 2016, oreconhecimento foi dado a três mulheres que têm dedicado,há muitos anos, sua vida profissional à melhoria do controleexterno em Minas Gerais. A entrega será no dia 18 deagosto. Conheça as vencedoras!

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Valquíria entrou no Tribunal no fim da década de 80, pormeio de concurso público, no cargo de inspetor de con-

trole externo. Contadora e administradora pela PontifíciaUniversidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas), ela tra-balhou durante sete anos na 3ª Coordenadoria da 1ª Direto-ria de Fiscalização Financeira e Orçamentária do Estado,analisando processos de todas as naturezas e fazendo audi-torias externas nos órgãos da Administração Direta. Em se-guida, foi para a 3ª Coordenadoria da 2ª Diretoria deFiscalização Financeira e Orçamentária, só que, dessa vez,atuando junto às entidades da Administração Indireta. Foicoordenadora des-sas áreas por doisanos cada e, em se-guida, coordena-dora da AuditoriaExtraordinária doEstado por quasedois anos.

Ela tambémpresidiu a Comissãodas Contas do Go-vernador no biênio2006/2007, foi dire-tora da Diretoria de

Auditoria Externa (DAE), da Diretoria de Controle Externo doEstado (DCEE) e, atualmente, ocupa a cadeira de diretora deAdministração do Tribunal. “Trabalhar com a estratégia deaprimoramento do controle externo do TCE foi um dos vá-rios projetos pelos quais me orgulho. Para mim, é umagrande honra receber esta homenagem que é o reconheci-mento do trabalho realizado ao longo desses quase 30 anosde carreira no Tribunal e uma prova de que atuei e atuo comseriedade, sempre visando o desenvolvimento institucionale o respeito aos servidores e funcionários que comigo tra-balham”, disse a diretora.

Valquíria de Sousa Pinheiro BaiaDIRETORA DE ADMINISTRAÇÃO

“Eu queria trabalhar em umórgão de controle para contribuirmais com a sociedade nafiscalização da utilizaçãodos recursos públicos

Em 1997, Joelma foi indicada pela PBH, onde trabalhava, para ocurso de pós-graduação da Escola de Contas e Capacitação

Professor Pedro Aleixo. “Neste curso, eu me apaixonei pelo con-trole externo. Quando concluí, estava convicta de que era aquique queria trabalhar. No ano seguinte, fiz o concurso”, conta. Em1999, finalmente, tomou posse no cargo de analista de controleexterno.“Eu queria trabalhar em um órgão de controle para con-tribuir mais com a sociedade na fiscalização da utilização dos re-cursos públicos”, lembra.

Logo que chegou aoTCEMG, foi lotada na Diretoria-Geral. De-pois foi desafiada a assumir a Coordenadoria de Arquivo Geral.“Foi uma experiência valorosa. Tudo que conheço dos processosde trabalho do Tribunaleu tive acesso no Ar-quivo. Eu lia todos osprocessos, de todas asnaturezas, e sabia comonasciam, onde tramita-vam, o que era feito emcada unidade, até che-gar ao Arquivo”, deta-lhou. Seu“mergulho”naárea de conhecimentode arquivos levou à suanomeação como conse-

lheira titular do Conselho Estadual de arquivos, ao lado do seu su-cessor na coordenadoria, Júlio César Schroeder Queiroz, que atuacomo suplente. Ambos representam o TCEMG nessa instância.

O passo seguinte de Joelma foi assumir a Assessoria de Pla-nejamento. Na gestão da conselheira Adriene Andrade sua equipefez o desdobramento do plano estratégico que gerou o Plano deDiretrizes e Metas da Presidência. À frente da Diretoria de Gestãode Pessoas, já no mandato do presidente Sebastião Helvecio, den-tre outras ações, implantou, contando com o empenho da equipeDGP, os projetos Gestores em Ação, Lado a Lado com o Gestor e oPrograma Permanente de Desenvolvimento de Gestão e Lide-rança, em parceria com a Escola de Contas.

“Trabalhar com a estratégia deaprimoramento do ControleExterno do TCE foi umdos vários projetospelos quais me orgulho

“Joelma Conceição Zeferino de Oliveira

DIRETORA DE GESTÃO DE PESSOAS

“Em cada lugar que passamos,aprendemos um pouco eensinamos também

Formada em Ciências Contábeis, Cláudia começou sua carreirana iniciativa privada e chegou aoTribunal de Contas em janeiro

de 1993. A primeira lotação foi na extinta Diretoria de Estado.Como inspetora de controle externo precisava viajar ao interiorpara realizar suas funções. Depois trabalhou na Comissão das Con-tas do Governador e na Auditoria, contribuindo para a emissãodos pareceres nos processos ligados aos municípios. Entre os anosde 2003 e 2011 esteve à frente da terceira e oitava coordenadoriasde Área de Municípios. Em 2012 foi convidada para trabalhar nogabinete do conselheiro Mauri Torres, onde permanece.

Cláudia explicou que foi difícil decidir se ficaria ou não no Tri-bunal: “eu vim de uma empresa cimenteira, na qual o sistema defiscalização era compu-tadorizado. Foi um gran-de impacto chegar e vertantos processos amon-toados, numa situaçãoem que os relatórioseram feitos na máquinade datilografar. Agora osistema é todo informa-tizado. Aqui eu vi umagrande evolução. Fizuma boa escolha, ao terficado na Casa”, concluiu.

Cláudia relatou que trabalha na função de assessoramento(FGP) do gabinete do conselheiro MauriTorres. Suas atividades dehoje se assemelham com as funções exercidas nas coordenado-rias anteriores, tanto no campo administrativo quanto no anda-mento processual. Ela descreveu o trabalho do gabinete comoum ciclo de etapas definidas, onde cada funcionário exerce umpapel importante e todos são responsáveis pelo resultado.

Cláudia, que esteve a maior parte de sua vida profissional li-gada aos órgãos técnicos, diz sempre ter encontrado colegas dis-postos a dividir conhecimentos. Comentou: “em cada lugar quepassamos, aprendemos um pouco e ensinamos também”. Citoucomo exemplo a colega Isabel Rainha Guimarães Junqueira, quecostumava compartilhar suas experiências com o grupo para quetodos crescessem profissionalmente.

Cláudia Mara de Moura Costa EmediatoANALISTA DE CONTROLE EXTERNO

Servimos bem

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Controle externoalça voosmais altosTribunal adquire Drone para auxiliar auditorias e ampliar fiscalização

Já é muito comum encontrar veículos aéreos não tripu-lados (VANTs), mais conhecidos como drones, sendousados no mercado publicitário para a gravação de vi-

deoclipes, produção de documentários e comerciais, re-gistro de eventos, tomada de imagens jornalísticas,mapeamento geológico e outros fins. Incialmente ideali-zados para fins militares, a partir de 2010 os drones comcâmeras de georreferenciamento tiveram grande ascen-são no mercado e hoje são considerados uma representa-ção do futuro da área tecnológica. Pensando nisso, ocoordenador de Fiscalização de Obras e o analista de sis-temas do Tribunal de Con-tas do Estado de MinasGerais (TCEMG), HenriqueSatuf Silva e Gabriel Novy Barbosa, respecti-vamente, conseguiram a segunda colocação

no Concurso Inovar 2015, promovido entre os servidoresdo TCEMG, com o projeto TCE Avant.

O projeto chamou a atenção da direção da Corte deContas mineira e este ano o TCE Avant saiu do papel parase tornar realidade. Por sugestão do presidente SebastiãoHelvecio, o projeto passou a se chamar TCE Avant no Geor-referenciamento. Para atender a demanda das áreas dire-tamente ligadas à fiscalização, o TCE adquiriu um modeloequipado com um GPS de altíssima precisão, capaz de pro-duzir imagens em alta resolução.

O analista de sistemas Gabriel Novy contou que a ideiado TCE Avant no Georreferenciamento surgiu em 2013,quando foi implantado o Geo-Obras no Tribunal e eramnecessárias imagens georreferenciadas atualizadas para

alimentar o sistema. “De lá para cá, tanto os dronesquanto a ideia se aprimoraram e em 2015,com o lançamento do Concurso Inovar, co-

locamos o projeto no papel”, explicou Novy. “Fazer empoucas horas o que o ser humano demoraria dias sempre

me deixou bastante entusiasmado e, com a aquisição dodrone, as fiscalizações do Tribunal serão muito mais rápi-das e eficazes”, comemorou o coordenador de fiscalizaçãode Obras, Henrique Satuf.

Por intermédio da câmera instalada no equipamentoserão captadas imagens aéreas para realizar levantamen-tos de diversas áreas como jazidas, perímetro de edifica-ções, extensão de trechos de estradas e quaisquer outrasinspeções visuais. O diretor de Engenharia e Perícia e

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Matérias Especiais, Luiz Henrique Starling, informou que,durante as fiscalizações, muitas vezes os técnicos doTCEMG costumam encontrar pelo caminho “cercas dearame farpado, solos contaminados, animais peçonhentos,insetos, e diversos fatores que prejudicam o trabalho”. Como drone será possível “verificar, delimitar e demarcar limi-tes de Unidades de Proteção Integral para avaliar o nívelde proteção à biodiversidade; conferir o volume e distân-cias dos cursos d’água e de áreas residenciais de lixões;checar o nível de proteção e o volume de reservatórios deágua, margens de rio, nascentes e bacias hidrográficas deMinas Gerais, sem que os técnicos encontrem tantas difi-culdades”, destacou.

O coordenador de Auditorias Operacionais, RyanBrwnner Pereira, prevê que, com a aquisição do drone, oTCEMG aumente o número de auditorias. Agora será pos-sível “acompanhar com mais frequência as barragens derejeitos, fazer registros digitais das obras, regularizar ater-ros e Áreas de Proteção Ambiental (APAs), fazer relatóriosdas áreas em recuperação, verificar se as leis ambientais

estão sendo cumpridas, realizar levantamentos de áreasdesmatadas, identificar passivos ambientais e outras au-ditorias que forem necessárias”. Outro fator que merecedestaque é que o Tribunal irá conseguir fiscalizar com maisagilidade e evitar prejuízos para a sociedade, pois antes segastava muito tempo ou não era possível chegar até os lo-cais e agora “o trabalho vai ser feito com mais celeridade eprecisão, pois a visão que a câmera tem é incomparávelcom a que temos”, justificou o coordenador.

Para o coordenador de Fiscalização de Projetos Finan-ciados por Instituições de Fomento, Guilherme Lima Sá-bato, o VANT irá auxiliar e dar celeridade para asfiscalizações pois “traz evidências cruciais para o relator deauditoria, porque muitas vezes é necessário pegar docu-mentação, fazer entrevista e, com o drone, teremos a ima-gem para verificar se as informações repassadas pelosgestores da obra são realmente verdadeiras”, enfatizou.

Fotografar escolas públicas para ver as condições deconservação da estrutura, acompanhar obras para averi-guar se o cronograma está sendo cumprido, fiscalizar

redes de distribuição de energia, examinar a iluminaçãonoturna e inspecionar estruturas de difícil acesso são ou-tros benefícios que o drone irá trazer para o Tribunal e paraa sociedade, segundo o coordenador de Fiscalização deObras e um dos idealizadores do TCE Avant no Georrefe-renciamento, Henrique Satuf.

A diretora de Tecnologia da Informação, Cristiana An-drade Veloso, salientou que o TCEMG está preparado paraprocessar e armazenar as imagens e os dados que serãogerados pelas fiscalizações com o drone e ressaltou que “apolítica do Tribunal, há alguns anos, é investir em seu par-que tecnológico. Com a aquisição do VANT vamos preci-sar continuar a investir em infraestrutura porque, cada vezmais, iremos trabalhar com grande volume de dados”, lem-brou.

O drone também irá evitar que os técnicos do TCEMGpassem por situações em que os gestores das obras que-rem impedir as fiscalizações ou, em alguns casos, tentamenganar os fiscais. O diretor Luiz Henrique Starling contouque, durante uma viagem para verificar o andamento deuma obra em um determinado município, o “responsávelo levou para outra obra que estava em um município vizi-nho, muito mais adiantada, e que só com o GPS conseguiuperceber a irregularidade”. Histórias de fiscalizações queencontram obstáculos como esse não são difíceis deserem encontradas. O coordenador de Fiscalização deObras, Henrique Satuf, passou por uma situação em que aresponsável pelas obras em uma escola que ficava na zonarural o levou para ver a escola que ficava em um estado vi-zinho. “Com o drone não vamos precisar preocupar comessas situações”, concluiu.

TCE Avant e o Projeto InovarLançado em 2015, pela presidência do TCEMG, o con-

curso Projeto Inovar / Valéria Fernandes tem como principalobjetivo estimular a produção de projetos de trabalho de ca-ráter inovador. O TCE Avant foi o segundo colocado do con-curso de 2015, que este ano vai para sua 2ª edição. Osprojetos concorrentes devem estar alinhados aos objetivosinstitucionais do TCEMG e ser inscritos de acordo com a des-crição de uma das categorias: “Resultados para a sociedade”,“Fomento ao controle social e à participação da sociedadenas ações de controle externo”, “Contribuição para a trans-parência e o aprimoramento da gestão pública”, “Alcance da

eficácia e da efetividade nas ações de controle externo” e“Contribuição para a prevenção e o combate à corrupção”,estabelecidas no Plano Estratégico 2015-2019, aprovadopela Resolução 27/2014.

Atualmente estão evolvidas no projeto TCE Avant a su-perintendência de Controle Externo, a Diretoria de Tecnolo-gia da Informação, a Diretoria de Engenharia (com aCoordenadoria de Fiscalização Obras e Serviços de Enge-nharia, a Coordenadoria de Fiscalização de Projetos Finan-ciados por Instituições de Fomento e a Coordenadoria deAuditoria Operacional).

ODrone do TCESPIRE ONE

� Capacidade para operação simultânea através de doiscontroles remotos, sendo um para pilotagem e o outropara operação da câmera.

� Propulsão por no mínimo quatro motores� Peso total máximo de 3000 g� Velocidade de ascensão vertical de no mínimo 4,5m/s� Velocidade horizontal de no mínimo 20 m/s� Sistema de orientação GPS e GLONASS� Sensores para operação indoor� Giroscópio e acelerômetro de seis eixos� Capacidade de transmissão de vídeo em tempo real em

HD 30FPS� Função para retorno automático ao ponto de decolagem

acionável através do controle remoto� Função para retorno automático ao ponto de decolagem

em caso de perda de sinal� Câmera de vídeo integrada� Aplicativo compatível com sistema IOS e Android para

controle e visualização em tempo real da câmera e osdados de voo.

� Homologado pela Anatel� Câmera - Sensor com capacidade de fotografia em 12

MP ou superior e com capacidade de vídeo em alta re-solução

O presidente Sebastião Helvecio (centro) e os vencedores do Projeto Inovar 2015

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OTribunal de Contas do Estado de Minas Gerais (TCEMG)aprovou, em sessão plenária realizada no dia 6 de julho,parecer em resposta a uma Consulta (processo

977.671) formulada pela Defensoria Pública estadual. Comisso, a Corte de Contas entende que, quando o Poder Execu-tivo estadual ultrapassar os limites prudencial ou total de gas-tos com pessoal, definidos na Lei de Responsabilidade Fiscal(LRF), não se aplicará à Defensoria as vedações do artigo 22 eas medidas do artigo 23 da mesma norma. A resposta consi-derou a “autonomia administrativa e financeira constitucio-nalmente outorgada” ao órgão.

Os artigos citados fazem parte da subseção da LRF quetrata do Controle da Despesa Total com Pessoal. Em linhas ge-rais, o artigo 22 proíbe, quando atingido 95% do limite da des-pesa com pessoal, a concessão de aumentos de remuneração,a criação de novos cargos, a alteração onerosa de carreira, o

provimento de cargos, e a contratação de hora-extra.O artigo 23 define o prazo de dois quadrimestres para a

eliminação das despesas excedentes. E se refere ainda às me-didas constitucionais previstas para isso, definidas no artigo169, tais como a redução mínima de 20% nas despesas comcargos de confiança, a exoneração de servidores não estáveis,e até, se não atingida a meta, a exoneração de estáveis.

O relator da Consulta, conselheiro Mauri Torres, foi acom-panhado dos conselheiros Wanderley Ávila, Adriene Andrade eSebastião Helvecio. O conselheiro Cláudio Terrão, acompa-nhado do conselheiro José Viana, apresentou voto que foi ven-cido em parte. Da mesma forma, apresentou o conselheiroGilberto Diniz voto vencido em parte.

De acordo com o Regimento Interno do tribunal, “o pareceremitido sobre consulta tem caráter normativo e constitui pre-julgamento de tese”.

NOTÍCIAS DO PLENO

Parecer desvincula Defensoria Pública dolimite de gastos compessoal do Estado ORecurso Ordinário (processo 965.708) do ex-prefeito

de Juiz de Fora (na Zona da Mata), Custódio Antôniode Mattos, foi julgado no dia 1º de junho, pelo Tribunal

de Contas do Estado (TCEMG). O Pleno negou provimento àtentativa de alterar a decisão da Primeira Câmara, dada emdezembro de 2014, que aplicou multa de R$ 2 mil ao político,após apreciar uma Representação. À época, foi consideradoirregular um contrato do município com a empresa Engebrás,realizado para operação de radares e lombadas eletrônicas.O problema está na cláusula que definia o pagamento porprodutividade no registro das infrações de trânsito.

O relator do recurso, conselheiro Mauri Torres, analisouas alegações do ex-prefeito e as considerou improcedentes,com base no parecer do Ministério Público junto ao TCEMG(MPC). “Este Órgão Ministerial entende que os pagamentosefetuados a qualquer empresa responsável pela instalaçãode radares eletrônicos medidores de velocidade devem serembasados em critérios técnicos, e não em termos de valo-res arrecadados com as multas aplicadas, em atenção aodever de boa fé, lealdade e transparência na gestão dos ne-gócios públicos”, registra o documento do MPC.

MoralidadeA defesa de Mattos afirmou concordar que o objetivo da

fiscalização do trânsito deve ser educativo, sendo o aspectopunitivo apenas uma consequência do ato de fiscalização.Entretanto, ressaltou que “o simples fato de se estabelecerno contrato a remuneração vinculada ao montante das mul-tas arrecadadas, por si só, não retira o caráter educativo dafiscalização e não denota fato lesivo ao princípio da morali-dade”.

Sobre isso, o Ministério Público lembrou decisão anteriordo TCEMG sobre outro contrato municipal com a Engebrás,na qual ficou evidente que “vincular o pagamento à contra-tada pelo número de multas efetivamente recebidas no mêsconfigura indeterminação do valor contratual, o que contra-ria a Lei de Licitações, que obriga a fixação do valor a sergasto mensalmente pelo Poder Público”. E completa: “consi-derando que é perfeitamente possível a precisa mensuraçãodo valor a ser despendido mensalmente pela Administração,no caso de locação e manutenção de equipamentos, impõe-se a fixação de valor certo a ser pago à contratada, sob penade clara ofensa ao princípio da moralidade”.

Fiscalização eletrônica por produtividadecontinua proibida em Juiz de Fora

Oplenário do Tribunal de Contas do Estado (TCEMG) ina-bilitou por oito anos, durante sessão do dia 22 dejunho, duas ex-servidoras da Câmara Municipal de Sa-

bará (na microrregião de Belo Horizonte) para o exercício decargo em comissão ou função de confiança no Estado e emseus 853 municípios. Maria Aparecida Cirilo Braga e GracielaAparecida de Freitas já tinham sido punidas, no dia 2 de junho,pela Segunda Câmara do TCEMG, que determinou a devolu-ção de R$ 550 mil, recursos públicos municipais desviados porambas. O Tribunal Pleno acumulou a penalidade de inabilita-ção por atribuir extrema gravidade aos fatos analisados no jul-gamento da Tomada de Contas Especial (processo 838.875),que apurou as irregularidades na cidade histórica.

O relator do processo, conselheiro Gilberto Diniz, justifi-cou, em seu voto, que “a aplicação da sanção descrita na leicomo declaração de inabilitação para o exercício de cargo emcomissão ou função de confiança é necessária porque ficouevidenciada a adulteração de documentos públicos por MariaAparecida Cirilo Braga e Graciela Aparecida de Freitas, du-rante muitos anos, configurando fraude, com a deliberada in-tenção de tirar proveito para elas e para terceiros”. A tese deDiniz foi acompanhada por todo o colegiado.

A Lei Orgânica do TCEMG (Lei Complementar 102/2008),ao disciplinar as sanções, prevê a inabilitação, entre cinco eoito anos, desde que a maioria absoluta dos membros do Tri-bunal considere como grave a infração cometida. “Em razãoda extrema gravidade das ilegalidades e considerando, ainda,que foram perpetradas por agentes públicos cujas condutasdeveriam distinguir-se pelo zelo, pelo resguardo do interessepúblico e das boas práticas de gestão dos recursos munici-

pais, bem como pela confiabilidade e lealdade, sobretudo emrelação aos gestores da Câmara Municipal de Sabará, entendoque Maria Aparecida Cirilo Braga e Graciela Aparecida de Frei-tas devem ficar inabilitadas para o exercício de cargo em co-missão ou função de confiança da Administração estadual emunicipal por oito anos”, reforçou o relator.

Ex-servidoras da Câmara de Sabará nãopoderão exercer cargo público por oito anos

Orecurso de Agravo (processo 977.745) contra a me-dida cautelar do Tribunal de Contas do Estado(TCEMG), que suspendeu um concurso público da

Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado

(Emater-MG), foi negado, durante sessão plenária do dia 1ºde junho. Para os conselheiros, o presidente da empresapública, Amarildo Kalil, não apresentou fatos ou fundamen-tos capazes de mudar o entendimento da Segunda Câmarado TCEMG na análise do Edital 001/2015 do concurso(processo 969.598). Assim, o concurso permanecerá parali-sado para prevenir lesões aos cofres públicos ou a direitosdos envolvidos.

O Tribunal rejeitou o principal argumento da entidade,que alegava não precisar ter um quadro de cargos e saláriosdefinido em lei, como acontece com os órgãos públicos, jus-tamente por apresentar a natureza jurídica de empresa pú-blica de direito privado. O relator da matéria, conselheiroWanderley Ávila, recorreu à jurisprudência para votar. Elecitou um parecer do Ministério Público junto ao TCEMG(MPC), acolhido por unanimidade, sobre um processo deci-dido em 2011, que envolveu a própria empresa. No docu-mento, a Emater é enquadrada como empresa estataldependente, a partir de conceito formulado pela Lei de Res-ponsabilidade Fiscal (LRF) sobre as empresas que têm re-cursos financeiros garantidos no orçamento público. “Nestesentido, apesar de revestir-se da forma de empresa públicapara a consecução de atividade de fomento, possui em suaessência natureza jurídica autárquica, uma vez que se cons-titui como entidade administrativa absolutamente depen-dente do orçamento do Estado; sendo-lhe aplicável,portanto, simetricamente o modelo instituído para as enti-dades autárquicas”, registrou o MPC.

Concurso da Emater vai dependerde lei para cargos e salários

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Panorama

Aproposta de voto do conselheiro substituto, Hamilton Coelho, pela aplicação demultas que totalizam R$72,5mil, a vários gestores da prefeitura de Pirapetinga

(Zona da Mata), foi aprovada pela conselheira Adriene Andrade e pelos conselheirosCláudio Terrão e Mauri Torres, na sessão da Primeira Câmara TCE realizada dia 5 dejulho. A multa foi motivada depois de inspeção ordinária que verificou que os con-tratos firmados para a implantação e a manutenção do Hospital Municipal, a gestãodo Programa de Agentes Comunitários de Saúde (PACS) e do Programa de Saúde daFamília (PSF) possuíam falhas e irregularidades.

Primeira Câmaramulta emmaisde R$72mil gestores de Pirapetinga

Segunda Câmara emite parecer préviopela rejeição das contas de Rio Acima

Os conselheiros da Segunda Câmara do TCEMG, José Alves Viana e WanderleyÁvila, decidiram que o ex-prefeito de Coração de Jesus (Norte de Minas), Ro-

naldo Dias, deve ressarcir R$50mil aos cofres públicos e pagar multa de R$7mil emsessão realizada dia 30 de junho. A falta de execução do objeto do contrato paramelhorias das vias públicas e as ausências de prestação de contas e de comprova-ção da destinação dada aos recursos foram os motivos que levaram os conselhei-ros a acompanhar o voto do relator, Gilberto Diniz.

Ex-prefeito de Coração de Jesus deveressarcir R$50mil aos cofres públicos

ASegunda Câmara do TCE determinou a devolução deR$123.368,46 aos cofres do Estado pelo ex-prefeito de Ta-

quaruçu de Minas, Flávio José da Cruz, pela ausência de pres-tação de contas e de documentação comprovando o uso dosrecursos repassados para melhorar o ensino no município Ovoto do relator, conselheiro Gilberto Diniz, foi acompanhadopelos conselheiros José Alves Viana e Wanderley Ávila, na ses-são do dia 14 de junho. De acordo com o relator, o prejuízo foiapurado por meio de Tomada de Contas Especial (processo nº650.130), instaurada pela Secretaria Estadual de Educação, e odinheiro deveria ser destinado à manutenção e desenvolvi-mento do ensino da cidade situada na Região Metropolitanade Belo Horizonte.

Ex-prefeito de Taquaraçu deMinasterá que devolver R$123mil

Gestor tem contas rejeitadas por abrircréditos sem cobertura financeira

APrimeira Câmara do Tribunal de Contas de Minas Gerais aplicou multas no valor total de R$ 12 mil aos responsáveis peloedital para contratação de empresa de serviços de transporte em veículos leves para atender a Secretaria Municipal de

Saúde de Congonhas. Os conselheiros Cláudio Terrão e Mauri Torres acompanharam o voto da relatora, conselheira AdrieneAndrade, em sessão realizada dia 5 de julho. As irregularidades foram verificadas após denúncia (processo nº 951.319) refe-rentes ao Pregão Presencial nº PMC 005/2015, que pretendia contratar os serviços de transporte.

Irregularidades em licitação para alugar carrosem Congonhas gerammultas de R$12mil

Em sessão realizada pela Primeira Câmara no dia 12 de junho, a conselheira Adriene Andrade e o conse-lheiro CláudioTerrão referendaram a decisão monocrática do conselheiro MauriTorres pela suspensão, em

caráter liminar, do edital de Concorrência Pública nº 006/2016 da prefeitura de Barão de Cocais. O edital tinhacomo objetivo contratar empresa especializada em obras de drenagem pluvial, pavimentação e recapeamentodas ruas. A partir da análise de uma denúncia (processo nº 986.605), a área técnica do TCEMG apurou que ocertame, da forma que está, pode trazer risco de dano ao erário pois os números elevados de aplicação deconcreto betuminoso usinado a quente (CBUQ) estão acima dos padrões usuais praticados no mercado.

TCE suspende edital de Concorrência Pública emBarão de Cocais

DECISÕES DAS CÂMARAS

TCE suspende licitação para realização daFesta do Queijo em Cruzeiro da Fortaleza

APrimeira Câmara do TCEMG suspendeu a contratação para a prestação de serviço de planeja-mento, organização e realização da XXXII Festa Regional doQueijo que ocorreria entre os dias 21

e 24 de julho de 2016, em Cruzeiro da Fortaleza (Triângulo Mineiro). A decisão monocrática da con-selheira Adriene Andrade pela suspensão da licitação foi levada para referendo na sessão da PrimeiraCâmara do TCEMG, do dia 14 de junho, e aprovada pelos conselheiros Cláudio Terrão e Mauri Torres.

As contas prestadas pelo ex-prefeito de Rio Acima, Antônio CésarPires, motivaram a Segunda Câmara do TCEMG, a emitir parecer

prévio pela rejeição das contas de 2014 do município da região me-tropolitana de Belo Horizonte. A decisão do Tribunal se baseou naabertura de créditos suplementares sem a devida cobertura legal, novalor de R$ 7.790.616,46. O relator, conselheiro Gilberto Diniz, infor-mou que o ato violou o artigo 42 da Lei nº 4.320, de 1964.

ASegunda Câmara doTCEMG decidiu, em sessão realizada dia 09de junho, emitir parecer prévio pela rejeição das contas do pre-

feito de Romaria (Triângulo Mineiro) no exercício de 2014, Ferdi-nando Resende Rath. A abertura de créditos suplementares ouespeciais, no valor de R$68 mil, sem recursos disponíveis foi a prin-cipal causaapontadano voto do relator, conselheiroWanderley Ávila.O relator destacou que o Poder Executivo de Romaria foi autorizadopela Lei Orçamentária Anual (LOA), alterada pela Lei Municipal nº987/2014, a suplementar dotações em até 35% do orçamento apro-vado. Apesar disso, recomendou ao prefeito que adote“medidas ne-cessárias ao aprimoramento do planejamento, de tal modo que oorçamento possa traduzir a realidade municipal”.

Page 9: Nº 21 - Junho e Julho de 2016

AFundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais(Utramig) terá que desligar 172 servidores e a Fundação Hospi-talardoEstadodeMinasGerais(Fhemig)deveráexoneraroutros

quatro,deacordocomdecisãodaPrimeiraCâmarado TCEMG,emses-são realizada no dia 21/6/2016. O voto do conselheiro Cláudio CoutoTerrão pelo desligamento dos servidores foi acompanhado pelo con-selheiro MauriTorres e pelo conselheiro substituto Hamilton Coelho.

No caso da Utramig, o processo de Atos de Admissão Movimen-tação de Pessoal (nº 684.489) é decorrente de inspeção ordinária rea-lizada na fundação. Segundo o relator, o registro da admissão de 172servidores foi negado porque eles foram investidos ilegalmente emcargosqueexigemconcursopúblico.Foideterminadaaintimaçãodo

atual gestor da Fundação,Lindomar Gomes da Silva,para que promova o desli-gamento dos servidoresdesignados no prazo de180 dias, por meio de pro-

OTribunal de Contas do Estado de Minas Gerais (TCEMG) li-berou, na sessão da Segunda Câmara do dia 23/6/2016, oprosseguimento do edital de Concorrência nº 008/2015

para contratação de empresa de engenharia para execução dasobras de implantação do Lote 4 composto pelo corredor estrutu-ral de transporte Leste-Oeste e corredor estrutural de transporteRessaca, do município de Contagem, região metropolitana de BeloHorizonte. A proposta de voto do conselheiro substituto LicurgoMourão pela revogação da suspensão foi aprovada pelos conse-lheiros Gilberto Diniz, José Alves Viana e Wanderley Ávila.

De acordo com o voto do relator, foi corrigida a cláusula 6.1.3que exigia, irregularmente, que os licitantes apresentassem, nafase de habilitação, documentos que comprovassem proprie-dade de usina de asfalto ou oferecessem declaração de terceirocomprometendo-se a disponibilizar o volume de concreto betu-

minoso usinado aquente (CBUQ) neces-sário à execução do fu-turo e eventual con-trato com o município.O certame tinha sidosuspenso em sessão da

revista contas de minas - 2016 ano 2 nº 21 17revista contas de minas - 2016 ano 2 nº 2116

TCE libera licitação para construçãode corredor de ônibus em Contagem

Servidores não concursadosnaUtramig e Fhemigdevemser demitidos

Segunda Câmara do TCEMG realizada no dia 10/9/2015.Foi determinada a revogação da suspensão do certame (pro-

cesso nº 958.220) e autorizada a publicação do edital, nos termosda nova redação, pelo prefeito de Contagem, Carlin Moura, pelosecretário municipal de obras e serviços urbanos de Contagem,Luís EustáquioTeixeira de Magalhães, e pelo presidente da Comis-são Permanente de Licitação, Jáder Luís Sales Júnior. Eles deverão,ainda, encaminhar cópia do edital no prazo de 48 horas de sua pu-blicação e comunicar ao Tribunal de Contas, sob pena de multa.

De acordo com o site da prefeitura de Contagem, a obra écomponente do plano de mobilidade do município, do qual tam-bém fazem parte a trincheira do Itaú, os viadutos Petrolândia, Te-leférico e das Américas e a Estação de Ônibus do Petrolândia. “Osistema contará com um tronco-alimentador, terminais de inte-gração, pontos/estações de embarque e desembarque (PEDs) e detransferência, além de utilizar duas estratégias de tráfego para osônibus, uma em faixa exclusiva à direita das vias (BRs) e outra emcorredores centrais exclusivos (BRT)”, contou o coordenador deTransportes da Transcon (Autarquia Municipal de Trânsito e Trans-portes de Contagem), Cláudio Vanderly de Souza.

Outro caso parecido analisado pelo Tribunal de Contas foi oedital para construção do viaduto da Avenida das Américas na in-terseção com a Avenida Severino Ballesteros Rodrigues, região dobairro Morada Nova. O edital foi suspenso pelo TCEMG na sessãoda Segunda Câmara do Tribunal de Contas de 28/5/2015.

O relator do processo,conselheiro substitutoLicurgoMourão

O relator dos processos epresidente da Primeira Câmarado TCEMG, conselheiroCláudio Couto Terrão

cesso administrativo, e que seja permitido o contraditório e a ampladefesa.Asmedidasdevemsercomprovadasematé30diascontadosdovencimentodoprazode180dias, sobpenademultaaogestornovalor de R$ 10 mil.

Tambémfoinegadooregistrodeadmissãodequatroservidoresna Fhemig, depois de inspeção ordinária realizada na fundação (pro-cessonº764.706).Segundoorelator,osservidoresteriaminiciadosuasatividadesnoEstadocomoprofissionaisautônomose,depois, teriamsidoconduzidosàcondiçãodefunçãopúblicasemconcursopúblico.Foi determinada a intimação do atual gestor, Jorge Raimundo Nahas,para que, no prazo de 90 dias, promova o desligamento dos quatroservidores por meio de processo administrativo, permitindo o con-traditório e a ampla defesa. Ele deve comprovar as medidas em até30diascontadosdovencimentodoprazo,sobpenademultanovalorde R$ 10 mil.

Orelatoresclareceemseuvotoque,emambososcasos,estãoex-cluídasashipótesesdeestabilizaçãodoart.19doAtodasDisposiçõesConstitucionaisTransitórias (ADCT) da Constituição Federal, de efeti-vaçãodecorrentedaEmendaConstitucionalnº49/01daConstituiçãoMineira ou das hipóteses excepcionais de admissão, sem concurso,previstas no art. 10 da Lei nº 10.254/90 – lei que institui o regime jurí-dico único do servidor público civil do Estado de Minas Gerais.

Pesquisa revela esperança dobrasileiro nos tribunais de contas

Otrabalho dos tribunais de contas é visto pela socie-dade como decisivo no combate à corrupção e à ine-ficiência dos gastos públicos, opinião de cerca de

90% dos entrevistados que conhecem a instituição. Essa éuma das conclusões da pesquisa Ibope, realizada a pedidoda Confederação Nacional da Indústria (CNI) e da Associa-ção dos Membros dos Tribunais de Contas do Brasil (Atri-con), que mediu o conhecimento e a avaliação dapopulação brasileira sobre os tribunais de contas. Foramentrevistadas 2.002 pessoas entre osdias 24 e 27 de junho de 2016. A mar-gem de erro é de 2% para mais ou paramenos.

Conforme os dados da pesquisa,ainda é relativamente pequeno o nú-mero de pessoas que efetivamente co-nhecem o que são e o que fazem ostribunais de contas (apenas 17%). “Em-bora o percentual dos que conheceme sabem definir as atribuições dos Tri-bunais de Contas não seja tão expres-sivo, ele não destoa do conhecimentodo cidadão em relação a outros órgãose poderes de mesma natureza. Essa percepção cresce como nível de escolaridade dos entrevistados, mas fica evidenteque é preciso melhorar os processos de comunicação comvistas a sermos mais conhecidos pela sociedade como umtodo”, afirma o presidente da Atricon,Valdecir Pascoal.

RecorteOs números divulgados a seguir se

referem à opinião da parcela da popu-lação que mostrou conhecer, de fato, ainstituição. “Entendemos que esse pú-blico é quem tem as melhores condi-ções para avaliar os Tribunais deContas”, explica Valdecir Pascoal. A so-ciedade crê na importância dos tribu-nais de contas no combate àcorrupção. É isto o que pensam 90%desses entrevistados, que concorda total (72%) ou parcial-mente (18%) com esta afirmativa. Além disso, 89% delesconcordam que esses órgãos também desempenham papelimportante no combate à ineficiência dos gastos públicos.Ao todo, 82% desse extrato concordam que os tribunais decontas ajudam a melhorar a gestão pública. Conforme a

opinião de 80% desses entrevistados, a atuação dos Tribu-nais de Contas preserva os recursos públicos.

Os tribunais de contas são tidos como órgãos mais téc-nicos que políticos para 62% deste extrato. No entanto, omodelo de indicação de seus membros é visto como umobstáculo ao bom funcionamento dessas instituições para75% dos entrevistados. “Essa percepção reflete, de certomodo, crise do Estado, da política e da representatividadeque afeta, de forma geral, o juízo de valor da sociedade

sobre as instituições públicas. O mo-delo atual, com a indicação de 1/3 docolegiado por origem técnica (mem-bros substitutos e procuradores) repre-senta um indiscutível avanço. Nãoobstante, é nosso dever discutir pro-postas de possíveis aprimoramentosnos critérios de composição dos tribu-nais de contas. Cabe discutir novosaprimoramentos, a exemplo daquelesque propõem uma maior proporção demembros oriundos das carreiras técni-cas”, pondera o presidente da Atricon.Entre os entrevistados que mostraram

conhecer os tribunais de contas, chega a 94% o índice dosque concordam que esses órgãos devem ser mantidos.

Apesar de uma parcela importante (33%) avaliar positi-vamente o desempenho dos tribunais de contas, as opi-

niões divergentes têm a mesmaexpressão numérica: 32% veem a atua-ção como regular e 30% mostram-se in-satisfeitos. “De um lado, essesindicadores nos estimulam a persistirna luta pelo nosso aprimoramento ins-titucional. Essa opção a Atricon já fezquando desenvolveu o Programa Qua-lidade e Agilidade dos Tribunais deContas (QATC), sem falsa modéstia, omelhor e mais avançado programa deaprimoramento institucional no serviçopúblico brasileiro. De outro lado, consi-derando o atual contexto de crise ética

e da forte cobrança do cidadão, e levando em conta que osTCs não dispõem de mecanismos de investigação e de pu-nição de natureza policial ou judicial, como determinar pri-sões de gestores públicos, o fato de 65% avaliarem os TCscomo ótimo, bom ou regular, tem tudo para ser comemo-rado”, conclui Pascoal.

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revista contas de minas - 2016 ano 2 nº 2118 revista contas de minas - 2016 ano 2 nº 21 19

ÍNDICE DE EFETIVIDADE DA GESTÃO MUNICIPAL

TCE deMinas inova paraauxiliar na prevenção de

desastres ambientaisCidadesmineradorasreceberam visitas detécnicos do Tribunalpara avaliação da

capacidade deenfrentarem

tragédias comoa deMariana

Uma das principais funções dostribunais de contas no Brasil éa de fiscalizar a aplicação do

dinheiro público. Diante das questõesatuais que a sociedade tem deman-dado aos órgãos públicos, essa pers-

pectiva tem-se ampliado. O Tribunal deContas do Estado de Minas Gerais(TCEMG), pensando com os olhos voltadospara o futuro, inovou e trouxe soluçõespreventivas para problemas que afligemos municípios mineiros, como na questãodas barragens de rejeitos de mineração noEstado de Minas Gerais. Nesse sentido, foiincluído na pesquisa anual para elabora-ção do Índice de Efetividade da GestãoMunicipal (IEGM) o quesito “cidades pro-tegidas” e o Tribunal de Contas mineirofoi a campo validar as informações. Dessaforma, o TCEMG e, posteriormente, os ci-dadãos vão ter uma noção de como andao serviço da Defesa Civil nas cidades. Oque se espera é que haja uma melhoria

no desempenho dos municípios.

Diante da repercussão que o tema “mineração” ganhou,atualmente, 34 questões relativas à Defesa Civil nas cidadesforam colocadas no índice. O Tribunal de Contas fez um levan-tamento sobre os quesitos básicos em relação ao assunto. Umadas indagações era se os munícipios possuíam plano de con-tingência de Defesa Civil, se existia um mapa das ameaças po-tenciais, se havia um sistema de alerta e até se tinham unidadede Corpo de Bombeiros, dentre outros. Os resultados serão di-vulgados quando o Tribunal finalizar a consolidação dos dados.

A questão das barragens mineiras ganhou as páginas dosnoticiários de todo o Brasil e mundo, principalmente pela tra-gédia que aconteceu na cidade de Mariana, em 5 de novem-bro de 2015, considerado o maior desastre ambiental dahistória do Brasil. O distrito de Bento Rodrigues, vilarejo comcerca de 600 habitantes, sofreu, gravemente, os impactos dorompimento da Barragem do Fundão e a “mancha da lama” foiadentrando várias cidades, atingindo o Estado do Espírito Santoe percorrendo mais de 500 km.

De acordo com dados da Fundação Estadual de Meio Am-biente (Feam), de 2015, existem 730 barragens em Minas,e,desse total, 442 são de rejeitos de mineração, ou seja, 60,5%das barragens do Estado.

Para validar as informações prestadas no questionário, uma

visitação-piloto foi feita pelos técnicos do TCE nas cidades deBrumadinho, Caeté, Itatiaiuçu, Mateus Leme e Vespasiano e,nelas, foi verificado que as respostas dadas pelos gestores eramverdadeiras. O estudo prévio revelou que não existem sistemasde alerta nessas cidades e os planos de contingência aindaestão sendo elaborados.

As cidades visitadas pelos técnicos foram as com maiorrisco para a comunidade, escolhidas por meio de imagens desatélite artificial. São elas, as cidades de Antônio Dias, Araxá,Arcos, Bambuí, Barão de Cocais, Belo Horizonte, Betim, Bruma-dinho, Caeté, Caldas, Caranaíba, Catas Altas, Conceição do MatoDentro, Conceição do Pará, Congonhas, Conselheiro Lafaiete,Fortaleza de Minas, Igarapé, Inhaúma, Itabira, Itabirito, Itamaratide Minas, Itapecerica, Itatiaiuçu, Lagamar, Mariana, Mário Cam-pos, Mateus Leme, Matipó, Mercês, Miraí, Nazareno, Nova Era,Nova Lima, Novo Oriente de Minas, Ouro Preto, Papagaios, Pa-racatu, Patos de Minas, Pedra Azul, Poços de Caldas, Riacho dosMachados, Rio Acima, Rio Piracicaba, Sabará, Salto da Divisa,Santa Bárbara, Santo Antônio do Grama, São Gonçalo do RioAbaixo, São José da Lapa, São José da Safira, São Tiago, Sarzedo,Senador Nordestino Gonçalves, Tapira, Uberaba, Vazante e Ves-pasiano. Ao todo, 58 municípios foram visitados pelos técnicosdo Tribunal de Contas.

Técnico do Tribunal de Contas do Estado com funcionário daDefesa Civil de Congonhas visita área combarragemde rejeitos

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revista contas de minas - 2016 ano 2 nº 21 21revista contas de minas - 2016 ano 2 nº 2120

VisitasDe acordo com o Diretor de Engenharia e Perícia do TCEMG,

Luiz Henrique Starling, as equipes tiveram algumas surpresas nascidades visitadas. “Foram identificadas muitas comunidades vul-neráveis e os sistemas de alerta praticamente não existem”, disse.Ele ressalta que a visita do TCE não é uma auditoria, o objetivo étrazer informações que possam subsidiar outras medidas, comoinspeções, por exemplo.

OTribunal entende que, apesar de a Lei Federal nº 12.608/12conferir às cidades a competência para identificar as áreas de riscode desastres, a sua participação é necessária pois a populaçãoprecisa ser informada sobre os perigos relacionados e tambémquais as cidades que ainda não têm uma Defesa Civil com estru-tura adequada. Vale lembrar que, além, do risco iminente devidoà existência de barragens de rejeitos de mineração em suas terrasou próximo delas, as cidades também têm problema com en-chentes, inundação e estiagem, dentre outros. “Ou seja, a DefesaCivil dessas cidades necessita de estruturação para qualquer tipode ocorrência, além da questão das barragens”, conclui Starling.

Outro ponto verificado pela área técnica do TCE foi o pro-grama Construindo Cidades Resilientes do Escritório das NaçõesUnidas para Redução de Desastres (UNISDR). O IEGM 2016 – Ci-dades Protegidas perguntou aos prefeitos se eles estão cadas-trados nesse programa.

O que foi apurado, em uma primeira análise é que, dos 849municípios mineiros que responderam ao questionário (quatro

não responderam), apenas 33 estão cadastrados no programa,conforme relatado a responsável pelo projeto IEGM, Silvia Araújo.Ou seja, apenas, cerca de 4% dos municípios mineiros aderiramao programa internacional de construção de comunidades resi-lientes (resistentes).

Em sua página eletrônica, a ONU esclarece que a missão doCentro é “contribuir para a construção de comunidades resi-lientes a desastres por meio da promoção de uma maior sensi-bilização sobre a importância de incluir a gestão integrada dorisco de desastres como um componente central do desenvol-vimento sustentável; reduzindo as perdas humanas, sociais, eco-nômicas e ambientais causadas por desastres socioambientais.”O Centro de Excelência para a Redução do Risco de Desastres(UNISDR-CERRD) é uma parceria entre o governo federal e o Es-critório das Nações Unidas para a Redução do Risco de Desastres(UNISDR).

Ação doTCE aproximoumineradoras daDefesa CivilA visita doTribunal de Contas aos municípios com barragens

já trouxe ganhos para a sociedade. Um ponto positivo relatadopelos técnicos do Tribunal, é que a presença do TCEMG, interes-sado em “saber” sobre o tema nas comunidades, aproximou asdefesas civis das mineradoras e vice-versa. “Muitas defesas civisainda nem sequer tinham visitado as empresas mineradoras. Obacana é que a ação do Tribunal serviu para que as mineradorastivessem outra visão da Defesa Civil e para que as prefeituras se

conscientizassem a respeito da importância do órgão”, disse oanalista de Controle Externo, Washington Andries. Além disso, oque foi constatado é que muitas defesas civis ainda não conhe-cem os planos de contingência elaborados pelas mineradoras.

Como a Defesa Civil é um órgão que deve atuar antes, du-rante e depois de um desastre, necessita desenvolver ações pre-ventivas, de socorro, de reconstrução e de assistência, com oobjetivo de evitar ou reduzir os desastres naturais e restabelecera normalidade social.

Os técnicos contaram que a maioria das defesas civis seapoiam na Secretaria de Obras ou do Meio Ambiente e não dis-põem de recursos próprios. Utilizam, até mesmo, carros em-prestados. “A estrutura de algumas defesas civis é muito pobre.As próprias empresas é que fazem um pouco o papel que seriada Defesa Civil, fornecendo retroescavadeiras, ônibus para trans-porte e até mesmo auxiliando em dificuldades. Encontramos ci-dades sem Defesa Civil e cidades que estavam criando planos deajuda mútua”, relatou o analista de Controle Externo, Antoniode Pádua.

Uma boa prática realizada na cidade de Paracatu, conside-rada a cidade do ouro, foi aplaudida. É o Plano de Ajuda Mútua(PAM) coordenado pela Defesa Civil do município. O plano é aunião de esforços entre o poder público e a iniciativa privadapara atuar em catástrofes no munícipio. Localizada na Região No-roeste de Minas Gerais, Paracatu conta atualmente com a maiormina de ouro do país e a maior do mundo a céu aberto.

IEGMÍndice de Efetividadeda GestãoMunicipal

Graças ao trabalho do Instituto Rui Barbosa (IRB), osórgãos brasileiros de controle externo dos municípios irãocalcular esse índice, seguindo os exemplos dos tribunaisde contas de São Paulo e Minas Gerais.

O IEGM é um indicador anual que irá apurar o desem-penho concreto de outros seis índices também e 150 que-sitos da gestão pública dos municípios sobre os temassaúde, educação, planejamento, gestão fiscal, meio am-biente, governança em tecnologia da informação e cida-des protegidas. As prefeituras respondem aosquestionários obrigatoriamente e o Tribunal coleta e, de-pois, checa esses dados, que é o que está sendo feito nessafase do IEGM.

Na próxima edição da Revista Contas de Minas iremossaber como foram as visitas dos técnicos do TCE para vali-darem as informações prestadas nos quesitos da educa-ção e da saúde. A equipe técnica do Tribunal de Contaspercorreu 276 municípios de Minas, passando por todas asregiões do Estado.

O Tribunal deContasmineiro

enviou, a campo,12 técnicos para

validarem asinformações junto

às prefeituras

Técnicos do TCEMG foram validar, de perto, asinformações prestadas pelosprefeitos na pesquisa anualpara elaboração do Índicede Efetividade da Gestão

Municipal (IEGM)

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revista contas de minas - 2016 ano 2 nº 21 23revista contas de minas - 2016 ano 2 nº 2122

Presidente fala sobre ineficiência no uso dosrecursos públicos em abertura de conferência

Abrindo oficialmen-te o primeiro diada Conferência:

Ética, Transparência eControle Social, o presi-dente do Tribunal deContas do Estado deMinas Gerais (TCEMG),conselheiro SebastiãoHelvecio, falou sobre aIneficiência no uso dosRecursos Públicos emaula magna no dia 22 dejunho, no auditório Vi-valdi Moreira. A aula foiministrada para os ex-alunos (formandos) enovos alunos do cursode pós-graduação da Es-cola de Contas e Capaci-tação Professor PedroAleixo. A conferência é aprimeira disciplina dos alunos que estão iniciando o curso.

“Ineficiência é gastar, com má qualidade, o recurso público”,definiu o presidente. Para ele, se o gestor estiver gastando ospercentuais obrigatórios na saúde (12% para o Estado e 15%para os municípios) e na educação (25%) de forma não eficiente,está gastando mal os recursos públicos. Ele deu o exemplo dacompra de medicamentos vencidos, que resulta em mau usodos recursos públicos. De acordo com o presidente, isso se tornaainda mais urgente quando 97% dos municípios mineiros apre-sentam índice de Desenvolvimento Humano (IDH) baixo. “Essascidades vão precisar ainda mais da qualidade do gasto público”,observou.

O conselheiro que, além de doutor em Saúde Coletiva e ba-charel em Direito, é também especialista em Didática do EnsinoSuperior e pós-graduado em Controle Externo e Avaliação da Ges-tão Pública, lembrou aos alunos da relevância dos dois conceitosfundamentais da administração, que são a governança e a ges-tão. A governança, caracterizada pelo con-junto de atitudes que direcionam, avaliam emonitoram a política da instituição e que étransmitida para a gestão; e a gestão, quetem como núcleo, os seus quatro tópicos fun-damentais: o planejamento, a execução, ocontrole e o agir (ação). O conselheiro ensi-nou que é importante não colocar a pessoaque faz a governança para fazer a gestão.

Sebastião Helvecio, que é também pre-sidente do Instituto Rui Barbosa (IRB), lem-brou que esses dois pilares já estão sendomedidos, por meio de questionários, e queserão aplicados no Brasil inteiro. A avaliação,que, antes era voluntária, passa a ser

obrigatória aos gestores.“130 bilhões de receitaspúblicas são avaliadaspelo Tribunal por ano.Desse montante, só ametade, 49,8% dos re-cursos municipais estãosendo executados comboa gestão”, relatou opresidente.

O presidente ressal-tou que o controle é es-sencial para a mediçãodo problema e para apercepção da realidade.“Quem vai transformar aadministração brasileiraé o controle. Essa meto-dologia, esse quadrotécnico, ficará a longoprazo ao passo que omandato dos políticos

durará na medida em que seus mandatos acabarem”.Em seguida, alunos do curso que tiveram bom desempenho

foram condecorados pela alta administração da Escola. Eles tam-bém receberam um kit de estudos. Encerrando o primeiro dia, oprofessor Gustavo Nassif falou sobre ética aos alunos.

No segundo dia da conferência, 23/06/2016, mais de 500pessoas lotaram o auditório Vivaldi Moreira e o miniauditório daEscola de Contas e Capacitação Professor Pedro Aleixo, paraacompanhar as palestras

A servidora do TCEMG, Flávia Maria Gontijo, falou sobre Éticano Serviço Público e em seguida o especialista em direito públicoe controle externo, Gustavo Costa Nassif, abordou o tema Con-trole Social e as Ouvidorias Públicas.

A servidora do TCEMG falou, de forma leve e descontraída,sobre o comportamento que os servidores públicos devem ado-tar para que a ética deles não seja comprometida. A servidoraenfatizou que“o aprimoramento do discernimento ético dos ser-

vidores tem grande papel na melhoria dosserviços públicos e há uma sensibilidadecada vez maior na sociedade em relação aospadrões éticos de conduta”.

O professor Gustavo Nassif encerrou amanhã do segundo dia da conferência apro-fundando a discussão sobre Controle Sociale asOuvidorias Públicas. À tarde, abordou ostemas Ética e Transparência: Lei de acesso àInformação e Ética e Combate à Corrupção:Lei de combate à corrupção.

Participam da conferência formandos enovos alunos do curso de pós-graduação daEscola de Contas e Capacitação ProfessorPedro Aleixo.

O presidente Sebastião Helvecio abriu a conferência Ética, Transparência e Controle Social

A servidora do TCEMG, Flávia Maria Gontijo,falou sobre Ética no Serviço Público

PROJETO CONHECER

Estudantes conhecem o TCEmineiro

Alunos da Universidade Federal de Lavras recebemaula do servidor Pedro Henrique Azevedo

O Projeto Conhecer fechou o primeiro semestre de 2016 mo-vimentado. No mês de junho, oTribunal de Contas de Minas Geraisrecebeu a visita dos alunos do curso de Administração Pública daUniversidade Federal de Lavras (Ufla), no dia 1º de junho; alunos do4º período do curso de Direito da Faculdade Batista de Minas Ge-rais, dia 8; alunos do curso de Direito do Centro Universitário UNA,campus Betim, 15; e fechando o mês, os estudantes do curso deGestão Pública do Centro Universitário UniBH, no dia 30.

Seguindo a programação, os estudantes assistiram a uma pa-lestra ministrada por servidores do TCE sobre a estrutura, compe-tência e jurisdição doTribunal de Contas. As aulas foram dadas peloassessor do vice-presidente, Pedro Henrique Magalhães Azevedoe pelo analista de controle externo Gustavo Vidigal. Em seguida,conheceram o Memorial Eduardo Carone Costa, onde puderamexplorar a história do órgão mineiro.Terminaram a visita assistindoa uma sessão ordinária do Tribunal Pleno, presidida pelo conse-lheiro Sebastião Helvécio. A turma de Gestão Pública do UniBH en-cerrou a excursão indo à Biblioteca Conselheiro Aloysio Alves daCosta, que é especializada na área jurídica e contábil, mas abrangeum número significativo de publicações em outras áreas do co-nhecimento.

O aluno Gustavo Lucas de Moreira Leite, 21 anos, que cursa oúltimo período de Gestão Pública, garante que o Projeto Conhe-cer aprofundou o que os discentes estudaram ao longo do se-

mestre, principalmente sobre a fiscalização do gasto público. Po-liane Cardoso de Oliveira, 25 anos, 3º período, afirmou que a pa-lestra de Vidigal resumiu todo o conteúdo que seu professorpassou ao longo da disciplina sobre controle, transparência e fis-calização.

O Projeto Conhecer funciona no Tribunal de Contas desde2003 e é aberto a estudantes do ensino médio e superior do Es-tado de Minas Gerais, com o objetivo de apresentar as atividadesde fiscalização exercidas pelo TCEMG.

Para marcar uma visita, basta entrar no site e entrar em con-tato com a Central de Relacionamento CRTCE.

Procuradora CristinaMelo lançalivro sobre audiência pública

“Audiência Pública na Função Administrativa”é o título doprimeiro livro solo da procuradora do Ministério Públicojunto ao Tribunal de Contas de Minas Gerais (MPC), Cris-

tina Andrade Melo, lançado no dia 30 de junho, no Salão Mestre dePiranga do TCEMG, com a presença de dezenas de convidados.

Segundo a procuradora, o principal objetivo da obra é discorrersobre a tendência da participação popular e, com ela, da audiênciapública, esta última capazde“firmar-se como impor-tante instrumento de de-mocratização da atividadeadministrativa, por permi-tir o acesso dos cidadãosao processo de formaçãodos atos estatais”.

Cristina Melo recebeu seus convidados, entre eles o conse-lheiro José Alves Viana, o conselheiro substituto Hamilton Coelho,o procurador-geral MPC, Daniel Carvalho Guimarães, e os procu-radores Marcílio Barenco, Sara Meinberg, Elke Andrade e Maria Ce-cília Borges, que tiveram seus exemplares autografados. Ela écoautora de outras obras: Estado e Propriedade - Estudos, em ho-menagem à professora Maria Coeli Simões Pires (2015), ContratosAdministrativos - Estudos, em homenagem ao professor FlorivaldoDutra de Araújo (2014), e Tendência e Perspectivas do Direito Ad-ministrativo - Uma visão da escola mineira ( 2012).

A apresentação do livro foi escrita pela professora, especialistaem direito administrativo da UFMG, Maria Coeli Simões Pires, en-quanto o professor Florivaldo Dutra de Araújo, também catedrá-tico da UFMG, é quem assina o prefácio da obra.

O presidente do TCEMG, Sebastião Helvecio, e o procurador-geral do MPC, Daniel Carvalho Guimarães, parabenizaram a pro-curadora pelo lançamento do seu livro (editora Arraes), na sessãoplenária do dia 22 de junho.

As procuradoras Maria Cecília,CristinaMelo e SandraMeinberg

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A Polícia Militar do Estado de Minas Gerais (PMMG) conde-corou, na manhã do dia 09 de junho, o vice-presidente do Tribunal de Contas do Estadode Minas Gerais (TCEMG), Cláudio Terrão, e adiretora-geral, Raquel Simões, com aMedalhaAlferes Tiradentes.

A solenidade ocorreu na Academia daPMMG durante a comemoração dos 241 anosda Corporação e contou com a presença dogovernador Fernando Pimentel e pelo viceAntônio Andrade, além de prefeitos, defen-

sores públicos, militares, promotores de Justiça, deputados fe-derais e estaduais, secretários de Estado.

Criada pelo Decreto 29.774, de 17 de julhode 1989, a medalha é uma reverência ao pa-trono das polícias militares do Brasil, JoaquimJosé da Silva Xavier, o Tiradentes, sendo a maisalta comenda da PM e é oferecida a personali-dades e entidades que contribuíram para a áreada segurança pública em Minas Gerais. Esteano, 124 personalidades receberam a conde-coração.

ExtrapautaPresidente abre Encontros Nacionais do IRB

Opresidente do Tribunal de Contas do Estado de Minas Ge-rais (TCEMG) e do Instituto Rui Barbosa (IRB), SebastiãoHelvecio, abriu, no dia 07/07/16, no Tribunal de Contas

do Estado do Ceará (TCE-CE), a terceira etapa dos Encontros Na-cionais do IRB – Região Nordeste. O evento, que aconteceu nosdias 07 e 08 de julho, integra os cinco encontros programadospara ocorrer pelo Brasil durante o ano e tem como tema centralFederalismo: Crise e Desafios dos Estados.

“Aqui vamos falar sobre o desenvolvimento do país, umprincípio constitucional. Nós só teremos uma pátria justa e irmãquando passarmos a respeitar União, Estados e Municípios.”, des-tacou o presidente Sebastião Helvecio, ao falar sobre o objetivodos Encontros Nacionais. “A maior conquista da humanidade éa democracia, e nós só conseguimos exercer a política com bonspolíticos”, completou o presidente do TCEMG, que também elo-giou o presidente do TCE-CE, Edilberto Pontes, por reunir repre-sentantes do Brasil inteiro na plateia.

O presidente Edilberto Pontes ressaltou a dificuldade dosEstados, “que têm poucos recursos disponíveis, mas com gran-des obrigações”. Outro fator importante, segundo ele, é a poucacapacidade de inovação constitucional.“É preciso preservar a li-berdade de cada lugar para inovar. A federação brasileira hojeestá muito sufocada. É isso que iremos discutir nestes dois dias:o papel dos estados federados”, explicou.

A conferência de abertura, com o tema O Estado na Federa-ção: Dificuldades eDesafios, foi proferida pelo governador do Es-tado do Ceará, Camilo Santana, que ressaltou ser o momentomais oportuno de repensar o modelo federativo implementadono país. “Os Estados não têm independência nem autonomiaeconômico-financeira. Mais de 60% da verba é dependente doFundo de Participação dos Estados, outros da União”, informou.

A mesa de honra do evento foi composta pelo presidentedo IRB e do TCEMG, conselheiro Sebastião Helvécio, pelo presi-dente do TCE-CE, conselheiro Edilberto Pontes, pelo governadordo Ceará, Camilo Santana, pelo desembargador do Tribunal deJustiça do Estado de Ceará (TJ-CE), Fernando Ximenes, pelo mi-nistro substituto do Tribunal de Contas da União (TCU), MarcosBemquerer, pelo corregedor do Tribunal de Contas do Municípiodo Ceará (TCM-CE), conselheiro Hélio Parente, o promotor deJustiça do Estado de Ceará, Manuel Pinheiro, e pelo procurador-geral em exercício do Ministério Público junto ao TCE Ceará,Aécio Vasconcelos.

A primeira edição do evento EncontrosNacionais do IRB –Re-gião Sudeste aconteceu no estado do Rio de Janeiro, nos dias 16e 17/6, e discutiu TemasContemporâneos doControle Externo: In-teligência e Controle e Preços Referenciais. Em seguida, o Tribunalde Contas do Município do Rio de Janeiro (TCM-RJ), recebeu osegundo encontro, no dia 17 de junho de 2016, onde foi discu-tido o tema Inteligência e Controle. Nos dias 1º e 2 de setembro,no Tribunal de Contas do Rio Grande do Sul (TCE-RS), os debatesserão sobre Ouvidoria e Corregedoria.

Vice-presidente e diretora-geralrecebemMedalha Alferes Tiradentes

Tribunal de Contas recebe Instituto Innovaree concorre a prêmio com o Suricato

Oconsultor do Instituto Innovare,Matheus Tavares Perdigão, fez,no dia 12 de julho, uma visita

técnica ao Tribunal de Contas do Es-tado de Minas Gerais (TCEMG) para co-nhecer mais detalhadamente aPolíticadeFiscalização IntegradaedeGestãodeInformações Estratégicas. O Suricato,como é conhecida a política, concorreao Prêmio Innovare 2016 na categoriaTribunal, organizado pelo Instituto.Considerado um dos mais importan-tes prêmios da sua categoria, oPrêmioInnovare foi criado em 2004 e temcomo objetivo reconhecer a dissemi-nação de práticas transformadoras que se desenvolvem no interiordo sistema de Justiça do Brasil.

O consultor foi recebido pela diretora-geral doTCEMG, RaquelSimões, pela diretora do Suricato, Jacqueline Gervásio, pela dire-tora de administração, Valquíria Baia, pelo secretário-geral da pre-sidência, Luís Emílio Pinheiro, e pela servidora Maria Célia Soares. Adiretora Raquel Simões fez um breve histórico do surgimento doSuricato que iniciou como projeto em 2011 e foi elevado, no dia 10de fevereiro de 2015, por meio da Resolução Delegada 01/2015, aostatus de diretoria pelo presidente Sebastião Helvecio, por seu sig-nificado no trabalho de aprimoramento da fiscalização do TCEMG.

O Suricato produz conhecimento para atividade fiscalizatória,acompanhamento de política pública e ações de transparência.Além disso, identifica os jurisdicionados, padroniza e executa lim-peza das bases de dados, identifica fontes de dados e de informa-ções complementares, faz estudos preliminares para elaboração demalha eletrônica e prepara malhas temáticas de fiscalização.

Atualmente, ações do setor já posicionam oTCE de Minas comoo primeiro tribunal de contas brasileiro a trabalhar com a“constru-ção de malha eletrônica, a partir do cruzamento de vários dados einformações, inclusive provenientes de outros órgãos”, como expli-cou a diretora-geral do TCEMG. Raquel Simões também contou ao

consultor que oTribunal está investindona construção de um“prédio, anexo aoedifício sede, que terá todo o segundoandar dedicado ao Suricato e seus la-boratórios”.

No novo prédio será construído umespaço que irá abrigar a “sala de situa-ção do Suricato, onde serão feitos tes-tes, em tempo real, que vão respaldar aauditoria de obras públicas”, revelou adiretora-geral. Neste ambiente, tam-bém “serão produzidas, a partir dasbases de dados, novas malhas queapresentem respostas mais rápidas naidentificação de problemas que possam

estar acontecendo com os órgãos e entidades fiscalizados”, enfati-zou Raquel Simões.

A diretora do Suricato, Jacqueline Gervásio, ressaltou que asações previstas no seu setor “estão em total harmonia com o pla-nejamento estratégico do Tribunal e a tendência é que essa polí-tica se desenvolva cada vez mais”. O consultor do Projeto Innovaretambém conheceu a sala de trabalho e a equipe do Suricato e pôdevisitar a obra que irá abrigar as novas instalações.

Prêmio InnovareDesde 2004, o Innovare dissemina propostas e ações que con-

tribuem para a eficiência, a criatividade, a desburocratização e a agi-lidade dos serviços judiciais e procura premiar práticas adotadas nosistema de Justiça brasileiro que possam ser consideras modelares.

Podem participar magistrados, membros do Ministério Públicoestadual e federal, defensores públicos e advogados públicos e pri-vados de todo Brasil que estejam aumentando a qualidade da pres-tação jurisdicional e contribuindo com a modernização da Justiçabrasileira.

A novidade desta 13ª edição do Prêmio Innovare é que o temaserá livre para concorrer nas categoriasTribunal, Juiz, Ministério Pú-blico, Defensoria Pública, Advocacia e Justiça e Cidadania.

O presidenteSebastião

Helvecio abriu a3ª edição dos

EncontrosNacionais do IRB

- RegiãoNordeste

A equipe do TCE levou o consultor para conheceras futuras instalações do Suricato

O consultor do Innovare foi recebido no salão nobre da Presidência e conheceu a sala e a equipe do Suricato

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Mudanças no Sicom sãoapresentadas no Tribunal de Contas

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Conselheiro Ouvidor é novocidadão honorário de BH

Oc o n s e l h e i roOuvidor do Tri-bunal de Con-

tas do Estado de MinasGerais (TCEMG), JoséAlves Viana, tornou-seo mais novo cidadãobelo-horizontino como título de cidadaniahonorária concedidapela Câmara Munici-pal, na noite do dia 14de junho, no PlenárioAmynthas de Barros. Por iniciativa do vereador Silvinho Rezende,aprovada por unanimidade por seus pares, o conselheiro foi agra-ciado em solenidade presidida pelo vereador Lúcio Bocão.

“Quando uma pessoa vinda de sua terra natal escolhe Belo Ho-rizonte como local de morada e enriquece a cidade com a sua pre-sença, a Câmara Municipal, em reconhecimento, destina a ela otítulo de Cidadão Honorário de Belo Hori-zonte”. Com essas palavras o vereador Sil-vinho Rezende justificou a homenagem aoconselheiro do TCEMG.

“Nasci em um distrito da cidade deÁgua-Branca, onde fui registrado. Hoje éa cidade de Pariconha, localizada noagreste do Estado de Alagoas. Fui estu-dar em Sergipe, aos 08 (oito) anos deidade e permaneci lá até os 16 (dezesseis)anos incompletos, quando em janeiro de1965, cheguei a Minas Gerais e fui morar

em Curvelo, ondetrês irmãos já re-sidiam. Em 1966,fui para o Rio Ja-neiro onde fiqueipor três anos emeio, retornandoem definitivopara Minas Geraisem meados de1969. No finaldesse ano, passeino vestibular pa-

ra Medicina em Montes Claros, na recém-fundada Faculdade deMedicina (Famed) da Universidade do Norte de Minas, hoje Uni-montes.” Contando o início de sua trajetória de vida, o conse-lheiro José Alves Viana começou seu discurso de agradecimentopela honraria recebida.

O conselheiro lembrou-se do começo de sua vida em Belo Ho-rizonte, onde no início de sua carreira comomédico ficou “mais de três anos entre NovaLima e Belo Horizonte fazendo as residênciasde anestesia e pediatria”.Viana destacou que“a cada momento ou em certos momentosfoi parceiro e continua sendo do povo belo-horizontino. Busquei e consegui somar pormelhor qualidade de vida dessa gente que-rida. Hoje atuo no controle externo peloTri-bunal de Contas do Estado de Minas Gerais,em benefício da sociedade belo-horizontinae de todo o Estado”, registrou.

OTribunal de Contas do Estado de Minas Gerais (TCEMG)promoveu, dia 14 de julho, no auditório Vivaldi Moreirado TCEMG, o Workshop Leiautes do Sicom. O principal ob-

jetivo do evento foi repassar às empresas fornecedoras de soft-wares que prestam serviços para osórgãos jurisdicionados do Tribunal asalterações nos leiautes de remessado Sistema Informatizado de ContasMunicipais (Sicom) para o exercíciode 2017.

A diretora de Fiscalização deAtos de Pessoal do TCEMG, MônicaKröger Neves, e o especialista emTecnologia da Informação, RicardoNogueira de Almeida, abriram o

workshop falando sobre o Módulo de Folhade Pagamento das re-messasquedevemser enviadasaoSicomem2017. A diretora apre-sentou as principais mudanças promovidas no sistema eesclareceu as dúvidas dos participantes.

A servidora do TCEMG, NatáliaAparecida Ferreira, iniciou os traba-lhos técnicos da tarde abordando asmudanças nos módulos Demonstra-ções Contábeis Aplicadas ao Setor Pú-blico e Instrumentos de Planejamento,AcompanhamentoMensal e BalanceteContábil. Em seguida, a servidora Eli-zabeth Regina Queiroz discorreusobre os Principais Problemas Detec-tados nas Remessas dos Órgãos.

revista contas de minas - 2016 ano 2 nº 21

A diretora de Fiscalização de Atos de Pessoal eo especialista em TI abriram oworkshop

Mesa de honra da solenidade

O vereador Lúcio Bocão (esq), o conselheiro e suaesposa (centro) e o vereador Silvinho Rezende (dir)

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