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No Natal, o Centro atrai ainda mais. No Vale do Anhangabau não há árvore de Natal, mas como o Viaduto do Chá, outro belo cartão postal da região, o local recebeu decoração diferenciada. O jornal da região do Centro da Cidade Publicação Mensal Ano V - Nº 72 SP - 20 Dez a 30 de Jan /2010 visite o site www.jornalcentroemfoco.com.br e anuncie Dra. Margarete Hamamura apresenta ao leitor do Centro em Foco, a Ventosaterapia. Pág. 7 200 pessoas participaram da III Festa de Confraternização da Ação Local 24 de Maio, no antigo prédio do Banco da Lavoura. Pág. 3 Cartunista Baraldi, colaborador do jornal, lança 4º livro com aventuras de Roko-Loko e Adrina-Lina Pág. 11 Cursinho do XI abre inscrições para bolsas na turma do Extensivo de seu pré-vestibular. Pág. 4 Foto: Joca Duarte Foto: Divulgação Foto: Joca Duarte Foto: Ale Frata

No Natal, o Centro atrai ainda mais.jornalcentroemfoco.com.br/PDF/72.pdf · apresenta ao leitor do Centro em Foco, a Ventosaterapia. Pág. 7 200 pessoas participaram da III Festa

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No Natal, o Centro atrai ainda mais.No Vale do Anhangabau não há árvore de Natal, mas como o Viaduto do Chá,

outro belo cartão postal da região, o local recebeu decoração diferenciada.

O jornal da região do Centro da Cidade

Publicação Mensal

Ano V - Nº 72

SP - 20 Dez a 30 de Jan /2010

visite o site www.jornalcentroemfoco.com.br e anuncie

Dra. Margarete Hamamuraapresenta ao leitor do Centro em Foco,

a Ventosaterapia. Pág. 7

200 pessoas participaram da III Festa deConfraternização da Ação Local 24 de Maio, no

antigo prédio do Banco da Lavoura. Pág. 3

Cartunista Baraldi, colaboradordo jornal, lança 4º livro com aventurasde Roko-Loko e Adrina-Lina Pág. 11

Cursinho do XI abre inscrições parabolsas na turma do Extensivode seu pré-vestibular. Pág. 4

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Centro Velho

Banca Líbero – rua Líbero Badaró, 413 Banca Martinelli – Pça Antonio PradoBanca Pça Antonio Prado – Pça Antonio Prado Banca Largo do Café – Lgo do CaféBanca das Apostilas – rua Boa Vista

Liberdade

Banca Shinozaki – Pça da Liberdade Banca Walter Augusto – av. da Liber-dade, 654 Banca Portal da Liberdade – rua Galvão Bueno, 161

Bela Vista

Banca Maria das Graças – rua Maria Paula, 23 Banca do Heitor – rua Maria Paula, 243 Banca Estadão – viaduto Nove de Julho, 185 Banca Consolação – viaduto Nove de Julho Banca da Rocha – Rua Rocha, 132 Banca do Toninho - Rua da Consolação

Centro Novo

Banca do Japonês – Pça. Dom José Gaspar Banca São Bento – rua Barão de Itapetininga Banca Corredor Cultural – Pça. Dom José Gaspar Banca Emilia’s – av. São Luís Banca São Luís – av. São Luís

República

Banca Av. São Luis 84 – av. São Luís Banca Itália – av. Ipiranga Banca Mealhada – av. São João, 629

Arouche

Banca Mester – av. São Joao, 1050 Banca Nova Arouche – Largo do Arouche, 276 Banca do Olavo – av. Duque de Caxias, 436

Sta Cecília

Banca Angelical – av. Angélica, 500Banca Amália – al. Barros, 303 Banca Sta Cecília – Largo Sta Cecilia

Vila BuarqueBanca Praça do Rotary – rua Gal. Jardim Banca Consolação – rua Dona Antonia de Queiroz, 436

2 São Paulo/SP - 20 de Dez. a 30 de Jan. 2010 O jornal da região do Centro da Cidade

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É uma publicação mensal da Cemi Comunicação Empresarial - Vd. Nove de Julho, 160, cj. 91 - Bela Vista - São Paulo - SP CEP 01050-060 - Telefax: (11) 3255-1568 - site: www.jornalcentroemfoco.com.br - e-mail: [email protected]

Editor : Carlos Moura - DTR/MS 006 - Colaboradores: Candida Maria Vieira, Cecília Queiroz e Pedro Pellegrino - Depto Comercial: Mário MirandaEditoração Eletrônica,Composição e Arte: Douglas Borba - Fotografia: Joca Duarte – MTB 36.520. Tiragem: 15.000 exemplares - Distribuição Gratuita.As matérias assinadas são de exclusiva responsabilidade dos autores, não expressando necessariamente o pensamento do jornal.Ex

pedi

ente

Linhas Centrais

Iluminação decorativa da Barão atrai visitantes para a ruaNesse período de festa nata-

lina muita gente sai às ruas para ver a iluminação-decoração de Natal. E o Centro atrai multi-dões, inclusive de turistas, que vêm à região para esse fim, sendo umas das áreas mais visitadas da cidade. Este ano, porém, quem passa pelas ruas do distrito Sé, constata que apenas a Barão de Itapetininga tem ilumina-ção temática, além de algumas outras, em cujas árvores ou postes a prefeitura instalou cor-dões ou mangueiras de luzes.

No caso da rua Barão de Itapetininga, a iniciativa de ins-talar a iluminação decorativa de Natal foi da Ação Local, que o fez também em 2007. De acordo com Celina Crisante, presidente da entidade, a contratação da empresa Sadokin/Evoluz para concepção do projeto, execução e manutenção custou para a comunidade R$ 22 mil. Ela conta que, como em 2007, que esse valor está sendo arrecadado dos comerciantes da rua, e como o pagamento é parcelado a arreca-dação está ainda em curso - até o início do mês, a Ação Local havia recebido dos colaboradores R$ 11.090,00.

De acordo com Regina Alonso, secretária da Ação Local e integrante da Comissão de Festa - responsável pela contra-tação da Evoluz e arrecadação junto aos comerciantes, quase

cem por cento dos comerciantes aprovam e gostam de ver a rua inteira dotada dessa iluminação especial, mas, embora o número de colaboradores tenha aumen-tado em relação à primeira

vez, ainda é a minoria que contribue f inanceiramente. “Muitos não entendem isso como investimento para o incre-mento da atividade comercial da rua, e sim como despesa. Fosse o contrário, teríamos arrecadado o valor total no primeiro mês. Nós começamos a registrar as ade-

sões dos comerciantes em Maio, e muitos achavam cedo para se falar em Natal, mas é nessa época que temos de contratar quem vai criar e desenvolver o projeto. Este ano, em Setembro já tínhamos de pagar a primeira parte do valor contratado que foi de R$ 6.500,00”.

Carlos Beutel, outro líder da Ação Local da Barão e membro da Comissão de Festa, declara orgulhoso que todo o projeto foi desenvolvido com materiais reutilizáveis e que “os enfeites

do Natal da Barão são ‘ecolo-gicamente corretos’, pois boa parte deste material poderá ser reutilizada na iluminação de outros natais, contribuindo para que se evite mais lixo em nosso planeta”. Beutel acrescenta que a Evoluz foi contratada, inclusive pela preocupação em dotar seus projetos desse conceito de respeito e preservação do meio ambiente.

No início de 2010, a Comis-são de Festa da Ação Local da Barão oferecerá “um café da manhã” aos colaboradores do projeto, quando apresentará a sua prestação de contas. Até o dia 15, os colaborado-res registrados eram: Banca Barão, Carlos Telles, Central de Concursos, Cond. Edificio Anhanguera, Cond. Edif icio Lousã, Espaço Vida Saudável, FAESP - Federação da Agricul-tura e Pecuária do Estado de São Paulo, Folha Dirigida, Galeria Ita, José Jorge Nogueira de Mello, Leporello, Lídio Tecidos, Livraria Francesa, O Boticário (de forma indireta, através da doação de kits), Overboard, Princesa das Meias, Restaurante Casarão, Sabrina Biju e Sérgio Belai. Alguns comerciantes contribu-íram através do fornecimento de ponto de energia, casos dos Cond. Edif. Califórnia e Edifício Rio Branco, bem como o Res-taurante Vegetariano Apfel.

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São Paulo/SP - 20 de Dez. a 30 de Jan. 2010 3 O jornal da região do Centro da Cidade

A comunidade da 24 de Maiose confraterniza pelo terceiro ano

A Ação Local 24 de Maio reuniu em sua Festa de Confra-ternização de Fim de Ano, rea-lizada dia 2, aproximadamente duzentas pessoas entre auto-ridades, empresários, lojistas, bancários moradores e lideres comunitários da região. Pelo ter-ceiro ano consecutivo, a entidade promove o evento, que, diferen-temente das edições anteriores, não aconteceu nas instalações do SESC 24 de Maio, mas num amplo e belo salão do prédio onde funcionou uma agência do Banco Real e, anteriormente, o Banco da Lavoura. O espaço ostenta grandes painéis, que retratam vários segmentos da agricultura no país.

Roberto Bomfim, presidente da Ação Local, conta que o evento foi criado com o objetivo de promover um clima de confra-ternização real entre os diferen-tes setores da sociedade local. “A idéia era e é atuar na aproxima-ção das pessoas que convivem na rua durante todo o ano e, em sua maioria, se conhecem apenas superficialmente. Queremos que elas se conheçam como indivií-duos, cidadãos e, na medida do possível, que compartilhem o exercício da cidadania”.

O casal Edna e Joaquim Pires, estabelecido há 10 anos na 24 de Maio, com o restaurante Firenze Grill, destaca que o evento constitui uma boa opor-tunidade para redescoberta de vizinhos que quase não se veem, devido à correria imposta pelo

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movimento comercial. Um dia depois da festa, ainda muito contente com a realização, Edna Pires afirmou: “No ano passado a festa foi muito boa e este ano foi ótima: desde o espaço escolhido, o serviço de Buffet... a comida e a bebida, a música - apresentada por um grupo nota dez - e o entrosamento das pessoas presentes, promovido pelo espírito da amizade. Gostei muito de todo o conjunto”.

Outra integrante da Ação Local, Salete Neves, que atuou na organização ao lado do esposo Roberto Bomfim, relata que o evento ganhou crescimento expressivo este ano e constata o aumento entre os participantes, de integrantes da comunidade da própria rua, não apenas da região: “Em 2007 reunimos cem pessoas, a maioria vinda de diferentes ruas do Centro, o ano passado compareceram 120 e tivemos mais gente da nossa rua, este ano 75% dos presentes são daqui, da própria 24. Tive-mos entre nós, comerciantes e empresários de áreas como alimentação, assistência média, contabilidade, advocacia, segu-ros e outras; também lojistas, bancários e profissionais liberais, além de moradores”

Entre as autoridades convi-dadas estiveram presentes, o Mj/PM Benjamin (comdte do 7º B PM) e o capitão Accarini (comdte da 2ª Cia da PM), responsável pelo policiamento da região cen-tral. Após a festa, o presidente da

Ação Local lamentava a ausência, segundo ele pela primeira vez, de um representante da Subprefei-tura da Sé, com a qual a Ação Local mantém estreitas relações institucionais em função do seu trabalho.

Como todas as iniciativas da Ação Local, a festa de confrater-nização é patrocinada pela própria comunidade. Entre os parceiros mais atuantes nesse sentido, a Ação Local conta com as unidades

do SESC e do SENAC 24 de Maio. Nas duas edições anteriores da festa, entre outras contribui-ções, o SESC se encarregou de ofertar o show musical, e este ano não foi diferente. Por sua vez, o SENAC oferece recursos audiovisuais na preparação e na realização do evento. Este ano, funcionários que representam a instituição na Ação Local, montaram e apresentaram um vídeo apresentando o trabalho

realizado pela comunidade ao longo do ano.

As empresas participantes foram: ACL Contabilidade, Agro-mont Participações, Andrea Bar-delli, AST Consultoria, Condomí-nio Lavoura, Deana Participações, Energias, Firenze Grill, Grupo Freitas Empresarial, Master-med Corretora de Seguros, Mel Polém, Neves Bomfim Imóveis, Pedra Azul S/A e RPS Asses. Pro-moções e Eventos.

4 São Paulo/SP - 20 de Dez. a 30 de Jan. 2010 O jornal da região do Centro da Cidade

Cursinho do XI realiza concurso de bolsas Grande Conselhodo Idoso tem nova diretoria

Comunidade

Projeto sem fins lucrativos, fundado pelo Centro Acadêmico da Faculdade de Direito da USP, o Cursinho do XI promove um concurso de bolsas para a turma de Extensivo do curso pré-ves-tibular.

Para fazer a prova os alunos podem agendar o dia e o horário. Os participantes que obtiverem as melhores classificações, receberão

No 15 último, o Grande Con-selho Municipal do Idoso (GCMI) deu posse a seus novos dirigentes, para o biênio 2010/ 2011, na sede do Centro de Referência e Cidadania do Idoso (Creci). Na oportunidade, em decisão plenária, escolheu seu novo presidente, entre os cinco conse-lheiros mais votados de cada região, bem como os titulares para os demais cargos da Secretaria Executiva. O tra-balho dos conselheiros é voluntário e o mandato, de dois anos.

Os novos dirigentes do GCMI são: sra. Olga Luisa Leon de Qui-roga, presidente; sr.Marcel Thomé, vice-presidente; sr. Dinael Wilson Milochi, 1º secretário; sra. Marly Augusta Feitosa da Silva, 2º secre-tário, e sra. Maria Russo, vogal.

O Grande Conselho do Idoso surgiu da necessidade de criação

bolsas de desconto entre 20% a 80%.

As inscrições para a prova são gratuitas e podem ser feitas até o dia 31 de Dezembro na secretaria do cursinho ou pelo e-mail:[email protected]. O teste terá duração de quatro horas e será composto por 60 questões das disciplinas de Matemática, Física, Química, Língua Portuguesa, História, Geo-

grafia e Biologia.A grade de segundas às sexta-

feiras, é constituída de aulas das áreas de exatas, biológicas e huma-nas. Aos sábados, os alunos do Cursinho do XI tem aulas especí-ficas de Matemática e de Redação, aulas especiais, apresentação de filmes, palestras sobre atualidades e obras literárias, laboratório de redação, plantões de dúvidas e simulados periódicos, que visam treinar o conhecimento adquirido. Os alunos têm, ainda, à disposição uma pequena biblioteca com títu-los voltados para os vestibulares e uma cantina com microondas e geladeira.

A prova será realizada na Av. Brigadeiro Luís Antônio, 277, 5º andar. Outras informações podem ser obtidas pelos telefones (11) 3107-6293 / 3101-4583 ou pelo e-mail: [email protected] .

de um órgão de representação dos idosos na Administração Pública Municipal, que atuasse junto à Coordenadoria do Idoso, órgão executivo da Secretaria de Parti-cipação e Parceria para o setor. O GCMI atua na área, principalmente, de Defesa dos Direitos do Idoso, previstos no Estatuto do Idoso.

Para o secretário municipal de Participação e Parceria, Ricardo Montoro, o envolvimento popu-lar nas decisões do governo não é apenas desejável, mas de vital importância. “Tudo aquilo que pode ser resolvido com consulta prévia à população não deve ser decidido a portas fechadas, no gabi-nete. O segmento é quem melhor sabe quais são os problemas, as conquistas e as necessidades do setor”, afirma o secretário.

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Saúde no CentroCaderno do Jornal Centro em Foco - edição n° 72

Vamos refletir: toda atitude tem consequência!Olá queridos

leitores,

C o m o n o s últimos dias fui procurada por algumas pessoas vivendo o mesmo problema, mas, até certo ponto, com his-tórias diferentes, senti neces-sidade de compartilhar alguns pontos, como texto acompa-nhante de nossos exercícios.

Por quê histórias diferen-tes até certo ponto, sobre o mesmo problema? As pala-vras stress e preocupação, e achar que tem absoluto con-trole sobre alguém, principal-

mente filhos, foram os pontos comuns de histórias únicas, que resultaram em paralisia facial. ALERTA! Estas atitudes não foram as causadoras, mas sim parte de um todo ruim.

O que é paralisia facial?É um distúrbio (parésia) ou

uma paralisia total de todos, ou alguns, músculos da expressão facial. A paralisia facial pode ser

classificada como idiopática (de causa desconhecida), que é o tipo mais frequente.

Algumas re ferênc ias

(calma, não é padrão!)O início é súbito e a doença

progride durante os primeiros 14 dias, sendo que o déficit máximo é atingido nos quatro primeiros. Referência de dor atrás da orelha ou na frente

dela, no início do quadro é frequente. Algumas pessoas referem sensação de dormên-cia na hemiface comprometida. A paralisia facial é unilateral na maioria das vezes, mas, em 10 por cento dos casos, é bilateral. De 60 por cento a 80 por cento, a recuperação é completa e, em sete por cento dos casos, a paralisia facial é recorrente.

Espero que meu relato tenha se r v ido como alerta para que você reflita sobre suas atitudes e tenha consciên-

cia que tudo tem consequên-cias, se serão boas ou ruins é você quem decidi.

Ufa! Depois deste texto intenso...Desejo um Natal e um Ano Novo Iluminado para todos... Não se supere, apenas faça o seu melhor! Abraços.

Ana Paula [email protected]

HOLUS Terapia Alternativa

6 São Paulo/SP - 20 de Dez. a 30 de Jan. 2010 O jornal da região do Centro da Cidade

Renovação do Conselho Municipal de Saúde acontece em 16 de Janeiro

- Legislação). A verdade está lá, acessível a todos que queiram conhecê-la. Não tem a ver com ser de direita, de esquerda ou de centro, o que importa é que existe uma lei que deve ser cumprida por todos.

Os representantes eleitos para o Conselho Municipal de Saúde não representam a si mesmos, sendo que sua compo-

sição conta com representação da Sociedade Civil, Trabalha-dores da Saúde, Instituições Governamentais, Prestadores de Serviços e Fornecedores ou Produtores de Materiais de Saúde. O Movimento Popular de Saúde do Centro (Sociedade Civil) representa no CMS todo usuário de saúde da Região Central, morador e trabalha-

dor do Centro, que tenha ou não plano privado de saúde. Quando as deliberações do CMS não são cumpridas, quando é impedido de exercer suas ativi-dades, quando não participa da elaboração do Plano Municipal de Saúde, quando as políticas de saúde implantadas não são discutidas e aprovadas por ele, TODA a sociedade está sendo desrespeitada.

Cada vez mais defendo que as políticas têm que ser de Estado e não de Governo, pois a cada novo mandato, muda-se tudo, como se estivéssemos constantemente sendo usados como cobaias de experimentos governamentais. Ao final dos mandatos nos depa-ramos com as conseqüências desastrosas da falta de planeja-mento e mais uma vez correre-mos atrás do prejuízo como acon-teceu com o PAS, na época dos governos Maluf e Pitta, quando São Paulo regrediu muitos anos nos avanços do SUS em relação a muitas cidades do país, com menor poder aquisitivo.

Hoje estamos assistindo estarrecidos à redução de inves-timentos em saúde, merenda escolar, educação, transporte e habitação, por conta da crise e aumento dos investimentos em publicidade e do IPTU.

A indicação dos novos repre-sentantes do CMS acontecerá em toda a cidade de São Paulo, no dia 16 de Janeiro de 2010, em Plenárias Específicas para esse fim. Conheça a composição do Conselho Municipal de Saúde, lendo o Decreto 38.576 de 05/11/1999 - art. 4º.

Acompanhe no s i te do Centro em Foco, os locais de votação e participe.

Carmen Mascarenhas Conselheira Municipal de Saúde

Representante do MovimentoPopular de Saúde do CentroTel: 3289-7484 / 6607-311

e-mail: [email protected]

REFLEX ÃO - O Estado busca efetivamente o bem de todos, podendo ser considerado livre das pressões dos grupos econômicos dominantes? Suas atribuições devem passar para o domínio do mercado supos-tamente mais eficaz? E que interesses são defendidos pelas grandes empresas, se sua única lógica é a do lucro?

Não podemos permitir que, em uma sociedade democrática, as prioridades do Estado e das políticas públicas sejam defini-das pela pressão dos grandes grupos econômicos. Por isso é que se fazem fundamen-tais a participação popular e o controle social na definição das políticas públicas que são um processo dinâmico, com negociações, pressões, mobili-zações populares. Os diversos movimentos sociais, grupos e entidades são imprescindíveis para mostrar a “cara do povo” para o Estado, para apontar os conflitos da sociedade definindo as prioridades governamentais. As políticas públicas no Brasil de hoje são assistencialistas com o intuito de compensar o estrago político, econômico e social que é feito pelo sistema capitalista e não buscam solucionar os problemas sociais de forma estrutural e sistemática. A socie-dade deve exercer o controle social, definindo o processo de obtenção de recursos públicos e decidindo em que setores e para benefício de quem eles serão aplicados, pautando assim a efetivação da democracia participativa. (Texto adaptado de http://www.controlepopular.org.br/spip.php?article91)

Desde a posse do CMS em 2008, após termos sido impe-didos pela PM e pela GCM de entrar na Secretaria Municipal de Saúde para iniciarmos nossas atividades, percebi que muitas pessoas não se convenceram

da legitimidade do CMS, pois foi largamente difundida a idéia de que somos “de esquerda” e por isso não aceitamos o que tem sido proposto pelo governo municipal. Não é verdade! Tudo o que até agora defendemos está na Constituição - Leis 8080 e 8142 (Acesse: www.prefeitura.sp.gov.br - saúde - Conselho Municipal de Saúde de São Paulo

“A injustiça num lugar qualquer é uma ameaça à justiça em todo lugar”. (Martin Luther King)

Passeata por mais saúde no Dia Mundial da Saúde -7 de abril

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São Paulo/SP - 20 de Dez. a 30 de Jan. 2010 7O jornal da região do Centro da Cidade

Ventosaterapia

Prefeitura libera R$ 10 milhões para o combate da dengue

Uma técnica pouco difundida, mas com efeitos comprovados.

Saúde no Centro é um caderno do Jornal Centro em Foco, publicado uma vez por mês e distribuido gratuitamente em ruas do entorno das estações de metrô Anhangabau e República.Vd. Nove de Julho, 160 - Cj. 91 - Bela Vista - Fones: (11) 2864-0770/ 3255-1568 - site: www.jornalcentroemfoco.com.br - e-mail: [email protected] - Conteúdo: matérias da

redação e artigos assinados por especialistas colaboradores. Os artigos são de responsabilidade exclusiva dos autores. Edição: Carlos Moura - DRT/MS 006 - Editoração e arte: Douglas Borba.

Na medicina tradicional chi-nesa, a acupuntura destaca-se como a terapia mais famosa e difundida, porém ela é apenas mais uma das diversas terapias difundidas na cultura Chinesa. No mesmo contexto temos outra ferramenta de cura que é a ventosaterapia, um método não invasivo e muito eficaz, onde basicamente utiliza-se o efeito de sucção para se realizar uma massagem nos tecidos da pele, aumentando a oxigenação e ativando a circulação, sendo assim uma técnica que pode ser utilizada tanto em crianças, quanto em adultos e idosos. A ventosaterapia é utilizada desde os tempos mais remotos e presente em quase todas as civilizações, sendo os egípcios os primeiros a utilizá-la de forma sistemática. Algumas tribos índigenas, por exemplo, usavam chifres e sugavam o ar, causando um efeito de sucção na pele. Já os orientais costumavam empre-gar o bambu para a sucção e na Europa desenvolveu-se a ventosa

de vidro. Estas eram aquecidas internamente com fogo, elimi-nando o oxigênio em seu interior, gerando assim uma força de sucção e então, eram aplicadas imediatamente na s á rea s da pele que neces-sitavam de trata-mento.

Hoje tem-se uma diversidade de ventosas produzidas em diversos tamanhos e materiais, como por exemplo o acrí-lico, com válvulas e tampos de borrachas, sendo mais fáceis de manusear e de controlar a sucção. Existem, ainda, alguns modelos feitos de borracha, que já não são mais utilizados, pois não temos como estereliza-las. Mesmo sendo normalmente utilizada como um método complementar da acupuntura, a

U m a v e r b a d e R $ 10 mi lhões fo i l iberada pe lo pre fe i to G i lber to K a s s ab para desenvo lv imento de uma campanha de or ien -t a ç ã o e c o n s c i e n t i z a ç ã o n a p r e v e n ç ã o c o n t r a a dengue, que a ler ta a popu-lação para as prov idências cot id ianas com o objet ivo de ev i tar o surgimento de c r i a d o u ro s d o m o s q u i t o Aedes aeg ypti , r i sco que é consideravelmente aumen-tado em decorrênc ia da s for tes chuvas e do ca lor.

Rea l izada de Dezembro

ventosaterapia pode ser empre-gada como forma de tratamento única, sendo muito indicada nos casos de asma, hipertensão, stress, resfriados e dores em geral e ainda nos tratamentos estéticos como celulite, veias varicosas, rugas e aumento de mamas. Os métodos de aplica-ção e tempo de retenção das ventosas mudam conforme a necessidade de cada paciente, que varia de fraco, médio, forte,

deslizante, com agu lha s , com moxa, sangria, h e r b áce o ou com água. As apl icações de ventosas de um modo geral, são realizadas uma vez por semana sendo que dez sessões são con-sideradas como um ciclo de tra-tamento, tendo aí um intervalo de uma semana

entre os ciclos.Em geral, a ventosaterapia,

é muito segura e indolor, e o único efeito colateral que pode existir são as manchas na pele, causadas pela sucção, que podem permanecer algum tempo após sua aplicação, o que na verdade são mais um incomodo inestético do que um efeito adverso, mesmo assim, tal efeito causa uma certa estranheza para alguns

leigos. Daí a recomendação de não se fazer ventosas um ou dois dias antes de viagens e festas, para que as marcas deixadas não causem nenhum constrangimento. Como já foi dito, embora não tenha efeitos colaterais significativos, a ventosaterapia tem as suas restrições, não sendo indicada às pessoas com suspeita de hemorragias de qualquer espé-cie ou que estejam fazendo uso de anti-coagulantes. Também não se recomenda a sua apli-cação em gestante ou pessoas com queimaduras, feridas ou traumas recentes. Diante dos resultados obtidos com a ven-tosaterapia, o pesquisador Samuel Bayfield (1823) disse: “A técnica de ventosa é uma arte e o seu valor pode ser estimado por qualquer pessoa que teve a oportunidade de presenciar seu poder de cura...”.

Dra. Margarete HamamuraBiomédica e Acupunturista

www.margaretehamamura.com.br

a Março de 2010, em sua segunda etapa a campanha a ler tará para os s intomas d a d o e n ç a . E s s a f a s e s e dest ina pr inc ipa lmente às pessoa s que f izerem v ia -ge n s e , a s s im , co r re re m o r i sco de cont aminaç ão e m o u t r a s r e g i õ e s e d e trazerem a doença para a cidade de São Paulo. A pre-venção à dengue depende em grande par te da cons-c ient ização da população para os pequenos cuidados q u e p o d e m e v i t a r a s u a prol i feração.

Concessionárias de lixo serão obrigadasa informar os horários de coleta.

A Câmara Municipal aprovou o PL 269/09, do vereador Flo-riano Pesaro, determinando que as concessionárias de serviço de coleta de lixo da cidade infor-mem aos munícipes, os horá-rios de coleta e transporte dos resíduos sólidos. Aprovado em 2ª votação, o PL agora aguarda sanção do prefeito Kassab para virar lei.

“Informar aos cidadãos os horários da coleta de resíduos sólidos é garantir à população seu direito à informação clara e fidedigna, além de tornar mais organizado o processo de coleta

do lixo”, ressalta Floriano. A forma dessa publicidade deve ser regulamentada de acordo com os preceitos da Lei Cidade Limpa.

O vereador acredita que ao saberem previamente o horário do recolhimento, os cidadãos têm condições de preparar seu lixo de acordo com o pla-nejamento da empresa con-cessionária. “Esta medida evita ainda que o lixo fique exposto sem necessidade por um longo período e, consequentemente, venha causar danos graves para o município, como proliferação de doenças, obstrução de buei-

ros, diminuição da vazão da água e enchentes”, afirma Floriano.

Outro ponto a se destacar é que o projeto garante a devida prestação de contas da gestão do serviço, tanto aos usuários quanto à própria Prefeitura.

Ainda no tocante ao descarte do lixo, o vereador entende indispensável que a população se conscientize do seu importante papel com o Estado, depositando o lixo em lugar apropriado e res-peitando as leis ambientais. “Uma das maiores causas das enchen-tes é o lixo jogado nas ruas que entope os bueiros”, explica.

8 São Paulo/SP - 20 de Dez. a 30 de Jan. 2010 O jornal da região do Centro da Cidade

A doença do financiamento da saúde

A INCÚRIA com que os pode-res públicos vêm lidando com o problema do financiamento da saúde no Brasil tem graves consequências: mata diariamente milhares de brasileiros, sobretudo os pobres.

O SUS, única possibilidade assistencial para mais de 75% da população, conta com um esquema de financiamento frágil e que não se ampara em lei. Algumas fontes, mesmo regulares, podem ter alíquotas diminuídas e, no limite, suprimidas. Governantes, de todas as esferas, fazem o que querem com os recursos do setor. Dinheiro que deveria cobrir gastos com partos é empregado até para vacinar gado.

Os conselhos de saúde, cria-dos pela lei 8.142/90 para cumprir a determinação constitucional de assegurar a participação da comunidade na gestão da coisa pública, controlando-a, são fre-quentemente desrespeitados, como acontece atualmente na cidade de São Paulo.

Ao tomar posse, o ministro José Gomes Temporão ouviu de Lula que estava assumindo o “pepino da Saúde”. Recebeu também o “abacaxi” do financia-mento.

Antes da criação do SUS, cerca

de um terço do orçamento da Previdência Social era des-tinado ao financiamento de ações de saúde para segu-rados e dependentes. Esses recursos eram aplicados em ações ambulatoriais, labo-ratoriais e hospitalares. O Ministério da Saúde, por seu lado, bancava as ações de controle de epidemias, vaci-nação, educação em saúde e assistência dos não segurados da Previdência.

O sistema, dual, era muito criticado, por inviabilizar ações integrais. Aqui mesmo, na Folha, ganhou notoriedade Carlos Gentile de Mello, um dos seus mais duros críticos. Não sem razão, os constituintes de 1988 criaram não apenas um sistema público de saúde, mas um sistema único.

Contudo, desde a criação do SUS, os recursos previdenciários vêm sendo progressivamente retirados do financiamento do sistema. A ideia de estruturar no Brasil uma seguridade social forte, capaz de fazer frente aos enormes desafios de um país com tantas e profundas desigualdades, é pra-ticamente letra morta na nossa Carta Magna.

São imensos os problemas

com que se deparam, diariamente, os gestores do SUS, seja em decor-rência das péssimas condições de vida da maioria da população brasileira, que produzem enfermi-dades e mortes aos milhões, seja em consequência das dificuldades gerenciais que marcam a adminis-tração pública.

Acresce-se a essas dificuldades a crônica falta de recursos financei-ros, decorrente de esquemas ama-dores e precários de orçamenta-ção, alocação e gestão. Porém, mesmo com essa enfermidade do financiamento e os problemas de gestão, o desempenho atual do SUS ostenta feitos nem sempre do

conhecimento público, como o controle da última epidemia de cólera, a eliminação da poliomielite e o controle do sarampo.

Chegou-se a prever cen-tenas de milhares de mortes por cólera, talvez milhões. O trabalho do SUS controlou a epidemia. Mas, como isso é um não fato em termos jornalísticos, poucos sabem. Ademais, são bem conheci-dos fatos como a realização de mais de 2 milhões de partos e 12 mil transplantes por ano, entre outras reali-zações assistenciais.

É hora, contudo, de pôr um ponto final na longa e chata novela do financiamento da saúde. Ama-dorismo não combina com vaci-nação em massa, ambulatórios, cirurgias, transplantes, ações de vigilância sanitária. Sanitaristas vêm alertando sobre o forte subfi-nanciamento do SUS, implicando baixos salários e precariedade nas relações e condições de trabalho.

A doença do financiamento da saúde é grave. O diagnóstico é claro. Sabe-se das dificuldades relacionadas ao tratamento e não se pode perder tempo. Deve-se agir rapidamente e colocar no

É hora de pôr um ponto final na longa e chata novela do financiamento da saúde, que passa por doença grave e tem diagnóstico claro.

(por Paulo Capel Narvai)*

passado, definitivamente, a cena lamentável de, todos os anos, ministros e secretários da Saúde participarem de acordos políticos e conchavos no Congresso Nacio-nal, em Assembleias Legislativas e Câmaras de Vereadores para aprovar verbas para a saúde nos seus orçamentos.

É preciso regulamentar a emenda constitucional 29, que tramita no Congresso e trata do financiamento da saúde nas três esferas de governo, fixa regras para a alocação de recursos para o setor e define o que são gastos em saúde. É urgente que o Congresso supere a paralisia que o tem levado a postergar a regulamentação da emenda, como se estivesse a espe-rar Godot. Não há o que esperar. É preciso agir e fazer com que essa letargia parlamentar pare de matar brasileiros.

* Esse artigo foi publicado na Folha de São Paulo, em 02/11/09.

Paulo Capel Narvai, doutor em saúde pública, profes-

sor titular da Faculdade de Saúde Pública da USP e coor-

denador de seu programa de pós-graduação em saúde pública. Representa a universidade pública

no Conselho Municipal de Saúde de São Paulo.

São Paulo/SP - 20 de Dez. a 30 de Jan. 2010 9O jornal da região do Centro da Cidade

Confirmando seu compro-misso pelo incentivo ao uso de madeira certificada no mercado nacional, a Orsa Florestal - empresa produtora de madeira tropical cer-tificada pelo FSC (Forest Stewar-dship Council), a partir do manejo sustentável de florestas nativas na Amazônia -, em parceria com a construtora REM e o Ateliê Brasil, instalou no início do mês, na av. Paulista, a Casa do Papai Noel, projeto que faz parte do Natal Iluminado de São Paulo.

Os 70 metros quadrados da casa, localizada no Parque Trianon, contam com aproximadamente 4 metros cúbicos de madeira certificada, fornecida pela Orsa Florestal. O volume dos produtos doados é avaliado em torno de R$ 30 mil. As paredes de Quaruba e Louro-Faia, e os pisos feitos em tábuas, decks e mini-decks de Maçaranduba, distribuídos entre os cômodos da casa (sala, quarto,

cozinha, banheiro e SPA), colocam o Papai Noel paulistano no rol da sustentabilidade.

O uso de diferentes espécies de madeira tropical permite ao visitante conhecer um pouco da biodiversidade da Amazônia e aprender que cada árvore tem sua aptidão. A Casa do Papai Noel foi toda desenvolvida com base em conceitos sustentáveis. Junto com a madeira FSC, o projeto prevê reaproveitamento da água de

chuva tratada com ozônio, aque-cimento solar e telhado verde, o que proporciona conforto térmico e reduz impactos ambientais.

A decoração externa é feita com iluminação de LED e ade-reços natalinos produzidos em materiais sustentáveis por comu-nidades apoiadas pela Fundação Orsa - empresa social do Grupo Orsa. Esta decoração carrega a etapa da sustentabilidade, que passa pelos grupos produtivos

da Amazônia. De nada adianta-ria a preocupação com o meio ambiente se os moradores da floresta não estivessem envolvidos no processo de desenvolvimento regional. Nas mãos destas pessoas, a matéria-prima ganha forma e se valoriza, ao mesmo tempo em que gera renda aos habitantes locais.

Sobre a Orsa Florestal Fundada em 2003, com sede

na região do Vale do Jari, no Pará,

a Orsa Florestal, tem como foco comercial a produção de madeira tropical serrada e certificada pelo FSC. Por meio de área de manejo própria e privada e de suas três serrarias, assegura perfeito con-trole da cadeia de custódia: do inventário ao cliente, garantindo a origem da madeira. Os investi-mentos constantes em tecnologia e produção, além de eficiente estrutura logística, fizeram dela uma das principais empresas flo-restais brasileiras com selo verde.

A empresa tornou-se referên-cia global pelo desenvolvimento do manejo florestal sustentável em 545 mil hectares da Ama-zônia, onde aplica técnicas de baixo impacto, conciliando o uso da floresta com sua preserva-ção. Ao lado da Fundação Orsa, busca desenvolver novos modelos de negócios sustentáveis para a Amazônia, em projetos com as comunidades locais.

A casa de Noel no Parque Trianon é de madeira certificada

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10 São Paulo/SP - 20 de Nov. a 30 de Dez. 2010 O jornal da região do Centro da Cidade

Artes e Cultura

Funarte apresenta As Aventuras de Pepino

O espetáculo infantil As Aven-turas de Pepino, da Cia. Rodamoi-nho da Cooperativa Paulista de Teatro, reestreia dia 9 de Janeiro, sábado, no Teatro de Arena Eugê-nio Kusnet, às 16 horas. A cada nova montagem o grupo convida um diretor diferente e, desta vez, Ednaldo Freire está à frente do espetáculo, que integra o projeto Rodamoinho Festeja 8 Anos com As Aventuras de Pepino, com o apoio da Fundação Nacional de Artes (Funarte).

Para desenvolver a dramatur-gia de As Aventuras de Pepino a companhia pesquisou contos tradicionais de heróis tolos. A peça conta a história de Pepino, um rapaz que segue ao pé da letra tudo que sua mãe lhe diz, mas não consegue se dar bem nos trabalhos que lhe aparecem. Pepino, então, sai de casa e, antes de encontrar seu verdadeiro caminho, ele enfrenta vários

desafios como, por exemplo, o de resolver os problemas de uma moça muito chorona.

Elementos da cultura italiana, como sonoridades e cores, per-meiam todo espetáculo. A trilha sonora é realizada ao vivo e conta com um raro bandolim napolitano

de mais ou menos 100 anos e uma sanfona Scandalli de 32 baixos, também um instrumento difícil de se ver por aí, atualmente.

A Cia. Rodamoinho foi fun-dada em 2001, por Fabiano Assis e Renata Flaiban com o objetivo de pesquisar a cultura popular

e integrar diferentes linguagens artísticas (teatro, literatura e música), bem como aliar arte e educação. O grupo foi con-templado três vezes pela Lei de Fomento ao Teatro Para a Cidade de São Paulo, junto aos grupos As meninas do Conto e Furunfun-

Cia. Rodamoinho comemora 8 anos, no Teatro de Arena com peça inspirada em heróis tolos dos contos populares.

fum, e participou de três edições da Mostra SESC de Artes (2005, 2007 e 2008). Entre as montagens do grupo destaque para Festa no Céu, Mãe D’água, Rodamoinho de Histórias e Poesia Andante.

Ficha técnicaEspetáculo Infantil: As Aventuras de PepinoConcepção e produção: Cia. Roda-moinhoDireção: Ednaldo FreireTexto: Fabiano Assis e Renata FlaibanElenco: Fabiano Assis e Renata Flaiban

ServiçoTeatro de Arena Eugênio KusnetReestreia: 09 de JaneiroTemporada: Até 31 de JaneiroEspetáculos: Sábados e domingos, às 16hRua Dr. Teodoro Baima, 94 - Vila Buarque / Tel: (11) 3256-9463

40 anos depois, ex-preso político retornaao prédio onde foi torturado e lança sua biografia

Dia 12 de Dezembro, Pedro Lobo de Oliveira esteve no edi-fício de tijolo aparente (agora chamado Estação Pinacoteca) do Largo General Osório, 66, para o lançamento do livro Pedro e os Lobos - Os Anos de Chumbo na trajetória de um guerrilheiro urbano.

Um dos fundadores da Van-guarda Popular Revolucionária (VPR), o ex-combatente da luta armada fez um empolgante dis-curso que emocionou a platéia repleta de companheiros de luta. “A ditadura só acabou porque fomos à guerra, enfrentamos os militares sem medo”, sentenciou o ex-combatente. “Se não fosse o depoimento dos exilados polí-ticos que revelaram ao mundo

a violência e o autoritarismo do governo no Brasil, talvez os militares tives-sem no poder até hoje. Sem dúvida , foi a pressão inter-nac iona l e a luta pela anis-tia que colocou a legitimidade do regime em xeque e obri-gou os generais a deixarem o governo.”

A história de Pedro Lobo de Oliveira é fascinante, uma vez que de bóia fria ele passa a ser-vente de pedreiro e metalúrgico

até ingressar na Força Pública, hoje Polícia Militar. Expulso da corporação em Maio de 1964 por força do AI-5 (Ato Institu-cional nº 5), o então sargento

Lobo funda a VPR e se torna um dos mais ativos revolu-cionários urba-nos da época.

P r e s o n o início de 1969, Pedro é bar-b a r a m e n t e torturado até ser banido do país durante o sequestro do e m b a i x a d o r alemão. Depois

de passar por Argélia, Cuba, Chile e Argentina, o persona-gem central de Pedro e os Lobos se instala na Alemanha Oriental, atrás da chamada Cortina de

Ferro. Com a anistia, ele volta ao Brasil onde é reintegrado aos quadros da Polícia Militar como se sua vida encerrasse um caprichoso ciclo.

Autor do livro, o jornalista João Roberto Laque explica os objetivos dessa obra que ultrapassa os limites de uma biografia tradicional: “Atra-vés da trajetória de vida do Pedro, procurei traçar, numa linguagem simples, o perfil dos conflitos políticos e sociais que marcaram o governo Jânio/Jango e as agruras da ditadura implantada pelos militares”.

Para conhecer melhor o livro, ler alguns de seus capítulos ou adquirir um exemplar acesse www.pedroeoslobos.com

Ivan Seixas (ex-MTR), o autor João Roberto Laque, o biografado Pedro

Lobo e Darcy Rodrigues (ex-VPR).

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Artes e Cultura

São Paulo/SP - 20 de Nov. a 30 de Dez. 2010 11O jornal da região do Centro da Cidade

Depois do sucesso da tem-porada de Teatro para Pássa-ros na Funarte São Paulo, sob direção de Roberto Lage, o público paulistano terá mais uma oportunidade para conferir esse texto de Daniel Veronese, um dos maiores e mais respeitados dramaturgos e diretores argenti-nos da atualidade. A peça ficará em cartaz na no Teatro Sérgio Cardoso, na Sala Pachoal Carlos Magno, de 8 a 28 de Janeiro de 2010. Além disso, no mês de Fevereiro, atores da companhia, o diretor Roberto Lage e o crítico Fausto Fuser, conduzirão encon-tros em que compartilharão com o público interessado seus conhecimentos.

A peça questiona com muito humor o próprio fazer teatral por meio de personagens que são atores. Assim, apresenta uma atriz (Luciana Rossi) que passa por um momento transformador e quer se tornar dramaturga; uma alma rebelde (Bete Correa) que

recita poemas de Emily Dickinson e se recusa a tomar banho, e seu namorado apaixonado (Diego Monteiro), que só quer ir ao cinema; o egocêntrico produtor teatral (Daniel Gaggini) que car-rega consigo, como um troféu, uma atriz bela e fútil (Ana Fuser); e o grande “conciliador” da casa (Mario Condor). Na calçada, ainda está o corpo do segundo porteiro a morrer em menos de uma semana, o que leva os moradores do edifício a fazer uma reunião de condomínio no meio da madrugada ao mesmo tempo

Teatro Para Pássaros reestreia no Teatro Sérgio Cardoso

em que a trama se desenrola. A obra pode ser lida em vários

níveis, pois, atrás do conflito da superfície, pode-se encontrar reflexões ou perguntas sobre a representação e a própria atua-ção, sobre como ser ator e fazer teatro e não morrer na tentativa, e também sobre o teatro como meio conceitual e concreto de comunicação e expressão cria-tiva. Os personagens represen-tam para o público e para eles mesmos, e a noção de o que é teatro aparece e desaparece no ir e vir das subtramas. O espectador,

então, pode participar ativamente do jogo entre os personagens e se perguntar: o que é o teatro? Por que fazer teatro no meio de tantas dificuldades? E, ao mesmo tempo, pode indagar: em que medida nós também não atuamos e às vezes, orientados por um fim determinado, representamos o que não sentimos?

Os encontros, de Fevereiro, que acontecerão aos sábados, às 19h, antes das apresentações, serão os seguintes: Crítica Teatral (Fausto Fuser) - 05/02; Direção Teatral (Roberto Lage) - 12/02;

Kung Fu e Tai Chi Chuan na Pre-paração do Ator (Mario Condor) - 19/02; e Produção Teatral (Daniel Gaggini e Flavia Tonalezi) - 26/02.

Ficha técnicaTexto: Daniel VeroneseDireção: Roberto LageTradução: Luciana RossiElenco: Ana Fuser, Daniel Gaggini, Luciana Rossi, Mario Condor, Bete Correia e Diego Monteiro.

ServiçoComédia Teatro Para PássarosReestreia: 9 de Janeiro, às 21hDuração: 80 minutosTemporada: Até 28 de FevereiroEspetáculos: Sextas, às 21h30; sába-dos, às 21h e domingos, às 19h Classif icação etária indicativa: 14 anosIngressos: R$ 20 e R$ 10 (meia entrada)Teatro Sérgio Cardoso - Sala Paschoal Carlos MagnoRua Rui Barbosa, 153 - Bela Vista - Tel.: (11) 3288-0136

Roko-Loko, personagem criado por Marcio Baraldi que está prestes a completar 15 anos de existência nas páginas da Revista Rock Brigade (uma das mais antigas publicações de rock do planeta), acaba de ganhar seu quarto livro “Roko-Loko e Adrina-Lina: Hey Ho, Let’s Go!”, que passa a ser o 12º da interessante e divertida coleção de lançamentos do cartunista roqueiro.

O quase debutante perso-nagem, um dos mais duradou-ros do Quadrinho Brasileiro, saiu das páginas da Rock Bri-gade em 2005 para tornar-se o pr imeiro game rock do Brasil, e no ano passado fatu-rou o ‘Disco de Diamante’. Roko-Loko também v irou boneco, em duas versões

“Roko-Loko e Adrina-Lina: Hey Ho, Lets’ Go!” é o novo livro do cartunista Baraldi

(sentado e em pé – tocando guitarra), em biscuit enver-n i z a d o c o m a prox im ad a -mente 13 cm de altura.

“ R o k o -Loko e Adrina-Lina: Hey Ho, Let’s Go!”, que enriquece a história de Baraldi e, cer tamente, dará sequ-ência à trajetória de sucesso de Roko-Loko, foi lançado durante evento que bombou no Bar Blackmore (Al. Dos Maracatins, 1317 - Ibirapuera). Baraldi e seus parceiros fran-quearam a entrada ao esta-belecimento, durante toda a tarde do dia 5 deste mês, e

ainda ofereceram comida e bebida aos fãs, seguidores e incentivadores da carreira do cartunista. Isso tudo, além da disponibilidade de computa-dores para a criançada jogar o game do Roko-Loko, e do grande agito dos shows das bandas Exxótica e Cracker Blues, que abalaram as colu-nas do Blackmore.

O l i v r o reúne todas as HQs e tiras de Roko-Loko e sua insepará-vel namorada Adr ina - L ina , p r o d u z i d a s e pub l icadas entre 2004 e 2006, tudo em ordem crono-

lógica. Uma das histórias hilá-rias é a paixão desenfreada de Roko por Tarja Turunen, ex-vocalista da banda finlan-desa Nightwish. Há também a emocionante aventura mito-lógica com o poderoso Tor e Mestre Raulzito, o guia espi-ritual do Roko-Loko, além de uma versão impressa do jogo “Roko-Loko no Castelo do

Ratozinger”, a qual o leitor poderá ajudar o personagem a entrar no castelo de seu arqui-inimigo Ratozinger e salvar sua musa Adrina-Lina.

Em outras histórias acon-tecem inf initas trapalhadas divertidas do jovem roqueiro ao lado de bandas históri-cas, como Helloween, Judas Priest, Angra, Korzus, Slayer, Metallica, e muito mais! Tudo com as marcas “mais que regis-tradas” de Baraldi: muita cor, muita ação, muito humor!

“Roko-Loko:Hey Ho, Let’s Go” é mais um lançamento do “GRRR!...(Gibi Raivoso, Radical e Revolucionário!)”, selo criado pelo próprio Baraldi. Para saber mais do livro e adquirir exemplares acesse: www.marciobaraldi.com.br

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