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Noites de Ópera do Douro – brochura

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Brochura da temporada de concertos, pela Orquestra do Norte, nas Noites de Ópera no Douro, em 2015.

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Orquestra do Norte - 2015

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Porto

Amarante

Foz Côa

Alijó

Sabrosa

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NOITES DE ÓPERA NO DOURO 2015A quarta edição das Noites de Ópera no Douro marca a passagem da Orquestra do Norte por dois novos espaços: o Centro Hospitalar Conde Ferreira e o Espaço Miguel Torga.Do vetusto Porto ao coração do Reino Maravilhoso, rio acima em contra corrente, “contamos” as nossas histórias de música com a colaboração de prestigiados solistas provenientes de diferentes latitudes.Queremos fazer desta confluência entre a música e a natureza, um encontro entre as nossas gentes e os nossos - cada vez mais – numerosos visitantes.No presente ciclo da Ópera, a realização, em versão de concerto, de Il Mondo de La Luna de António Avondano, traduz o nosso empenho na divulgação da música portuguesa no contexto desse encontro.Esperamos que seja do seu agrado!

José Ferreira LoboDirector Artístico das Noites de Ópera no Douro

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ORQUESTRA DO NORTEJosé Ferreira Lobo

Maestro Titular

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Porto

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03 Julho PortoCentro Hospital Conde de Ferreira, 21h30

George Gershwin - Porgy and Bess (Árias e Duetos)George Gershwin - Summertime George Gershwin / Irina Gershwin - A Woman Is a Sometime Thing George Gershwin / Irina Gershwin - My Man’s Gone Now George Gershwin / Irina Gershwin - Leavin’ for the Promise’ Lan’ George Gershwin / Irina Gershwin / Gert Wilden - I Got Plenty O’ Nuttin’ George Gershwin / Irina Gershwin / Gert Wilden - Bess, You Is My Woman Now George Gershwin / Irina Gershwin - It Ain’t Necessarily So George Gershwin / Irina Gershwin - Oh Lawd, I’m On My Way George Gershwin / Irina Gershwin - There’s a Boat Dat’s Leaving

Laquita Mitchell, soprano Michael Preacely, barítonoJosé Ferreira Lobo, direcção

Concerto integrado no lançamento da Estaçãodas Orquestras

Porgy and Bess (árias e duetos)George Gershwin (1898-1937) escreveu Porgy and Bess, ópera que se tornou um êxito nas salas de música de todo o mundo, usando o apelo do ragtime, do jazz e do folk como ingrediente para composições onde as influências mais eruditas, de autores franceses como Ravel, entre outros, se faziam notar. A originalidade do autor nova-iorquino, que contagiava públicos diversos, de um lado e do outro do Atlântico, tornaram-no um dos mais presentes nomes da musica norte-americana. A essa popularidade não estaria alheia a escolha dos temas das letras, geralmente do irmão, Ira, com quem estabeleceu uma longa e profícua parceria.

A ligação teve em “Porgy and Bess” (estreada em 1935) um dos seus momentos de glória e maior reconhecimento. Isto apesar de todos os receios iniciais do compositor, diante do desafio de uma obra de tamanha dimensão e complexidade. Esta obra ficcional, em três actos, com libreto de DuBose Heyward (autor do romance original, Porgy), põe-nos em contacto com a vida de uma comunidade negra, dos seus amores e desentendimentos. A ópera, até pela escolha de um elenco de cantores afro-americanos, com formação clássica, não poderia ter sido mais polémica na altura das apresentações iniciais, objecto de maior discussão do que aclamadas. Mas depois conquistou seguramente o seu lugar no reportório internacional, sendo cantada pelas maiores intérpretes do mundo.

Summertime, por exemplo, já tem lugar próprio e autónomo na história da música, glosada por tantas grandes vozes e em tantos estilos que ganhou vida para além da obra para a qual foi escrita. A canção, logo na abertura do primeiro acto, serve de ponto de partida para o conjunto de árias e duetos a que Laquita Michtell e Michael Praceley dão voz neste concerto da Orquestra do Norte, a iniciar o ciclo de Noites de Ópera no Douro. Temas escolhidos para reviver o quotidiano de Catfish Row, um subúrbio supostamente perto da cidade de Charleston, na Carolina do Sul, que um dia vê chegar um estranho trio, composto por dois homens e uma mulher.

Numa luta a seguir a um jogo de cartas, Crown, o amante da bela Bess, mata um dos elementos da mesa. Foge, mas pronto para voltar. É Porgy, apesar de maltratado pela vida, que conquista a jovem, começando uma história de amor que parecia desde logo marcada pela nostalgia da canção de embalar, com que Clara, outra das habitantes locais, tenta adormecer o seu filho, diante do ruido da rua e dos jogadores nesse dia de Verão.

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Amarante

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01 Agosto AmaranteClaustro da Câmara Municipal, 22h00

Pedro António Avondano – Il Mondo de La Luna, Ópera Portuguesa dos Séc. XVIII, em versão de concerto

Filipa Passos, ClaricePatrycia Gabrel, FlaminiaMarco Alves dos Santos, EcclitticoLeandro César, CeccoPedro Telles, Buona FedeAriana Russo, LisettaPedro Cachado, ErnestoJorge Matta, Direcção e Dramaturgia

Il Mondo de La Luna, Ópera Portuguesa dos Séc. XVIIIPedro António Avondano nasceu em 1714, filho de um genovês que veio para Lisboa como violinista da Real Câmara, no tempo de D. João V. Foi, tal como o seu pai, violinista da orquestra real, e um dos principais compositores da época em Portugal, de música dramática, sacra e instrumental.

O libreto da ópera cómica Il mondo della luna é de Goldoni, um dos mais importantes autores dramáticos italianos do século XVIII, e este libreto, de tão extraordinário, foi musicado em alturas diferentes por nove compositores, entre os quais Joseph Haydn.

Ecclittico e o seu amigo Ernesto estão apaixonados por Clarice e Flaminia, as duas filhas do aristocrático Buona Fede, mas este não as quer dar em casamento aos dois amigos, reservando-as para pretendentes de maior estatuto social.

Para contornar essa grande contrariedade, Ecclittico, falso astrónomo, monta um telescópio em sua casa e está com os discípulos a observar os astros. Mercê de sofisticados estratagemas, leva o velho Buona Fede a observar a lua, convencendo-o de que aquele é um mundo maravilhoso e ideal, e acabando por transportá-lo ilusoriamente para esse encantado mundo lunar. Lá, deslumbrado e tratado com todas

as honras, Buona Fede acaba por aceitar as ordens do imperador lunar (Cecco, um criado disfarçado) e casar as duas filhas com os dois amigos, que na lua são ricos e importantes personagens. Descobre a armadilha tarde demais: as filhas estão casadas, e também a sua criada Lisetta, que ele sempre cortejou, se casa com o imperador lunar.

De uma enorme fluência e humor, mas ao mesmo tempo crítica das convenções e do pretensiosismo, esta ópera deixa-nos vários conselhos morais, entre as quais que "cada um deve procurar em si próprio e no seu mundo a solução para os seus problemas, e não andar a enganar-se criando e perseguindo ilusões”.

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Sabrosa

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12 Agosto Sabrosa Espaço Miguel Torga, 21h30 Da Ópera a Zarzuela Gaetano Donizetti - D.Pasquale, Abertura Gaetano Donizetti - D.Pasquale , Quel Guardo il Cavaliere Gioachino Rossini - O Barbeiro de Sevilha, La Calunia Manuel de Falla - A Vida Breve, Dança Giuseppe Verdi – Rigoletto, Caro Nome Giuseppe Verdi - D.Carlo, Ella Giamai M’Ammo Amadeo Vives – Dona Francisquita, Fandango Vincenzo Bellinni – Puritani, Qui La Voce Piotr llitchTchaikovsky – Onegin, Aria de Gremin Gerónimo Gimenez - O Baile de Luís Alonso, Intermédio Franz Lehar - Viúva Alegre, Mein Lippen Cole Porter - Night and Day Gerónimo Gimenez -A Boda de Luís Alonso, Intermédio

Carla Caramujo, sopranoRui Silva, baixoMargarita Guerra, castanholasJosé Ferreira Lobo, direcção

Da Ópera à ZarzuelaÉ por Itália, berço da ópera, que começa esta viagem por várias paragens do universo do canto e por obras que marcaram a história da música, partindo de escritos (romances, peças de teatro, poemas) que foram adaptados. Ilustrando expressões usadas em diferentes momentos e por diferentes autores, num contágio de influências que atravessa os continentes, desde a Rússia aos EUA, e se propaga no tempo. São diferentes maneiras de ligar música e texto, tanto dos compositores italianos que enchem este programa, como das formas da zarzuela espanhola, que conjuga canto e dança com partes de texto ditas (e não cantadas).

D. Pasquale foi um sucesso imediato, passando rapidamente a ser cantada por toda a Europa, desde a sua estreia em Milão, no ano de 1843. Este dramma buffo, em que Gaetano Donizetti (1797-1848), usa na composição musical todos os seus recursos dramáticos para caracterizar com minúcia as

personagens e situações cómicas que as envolvem, é considerado uma súmula das suas qualidades distintivas e da experiência que acumulara. Logo na abertura, duas melodias se cruzam, uma delas depois retomada na ária de Norina, a viúva que Don Pasquale está prestes a conhecer Já "Il Barbieri di Siviglia, opera também cómica que Gioachino Rossini (1792 - 1868) escreveu, em poucas semanas, a partir da peça de Baumarchais, não foi um sucesso imediato.

Foram vários os que pegaram no texto e na personagem inspiradora do barbeiro de Sevilha para o musicar, mas o título acabou por se colar ao nome de Rossini, sendo esta talvez a sua obra mais conhecida e interpretada. A trama dá corpo a uma verdadeira sucessão de enganos, disfarces e embustes - tudo vale para conquistar o amor. E em que Don Basliio, professor de música, não hesita em aconselhar a calúnia como forma de derrotar o jovem conde Almaviva, que pretende conquistar a bela Rosina, a contragosto do seu tutor, Dr Bartolo. O período romântico italiano está indelevelmente ligado a Verdi (1813-1901), outro dos compositores visitados neste percurso musical. A sua capacidade para criar melodias e o uso de recursos dramáticos de forma inovadora deram-lhe um destaque que ainda hoje se mantém nas temporadas das grandes salas de ópera. Tendo criado personagens como Gilda (de Rigoletto), suspirando pelo seu novo amor em Caro Nome, ou o lamento de um homem já maduro que descobre que, apesar de todo o seu poder, não consegue o amor da esposa, na ária de D. Carlos que é um dos melhores momentos musicais já escritos para a voz de baixo. Outro deles será a ária de Grenim, na ópera Eugene Onegin, de Piotr Tchaikovsky (1840 - 1946), baseada na texto em verso de Alexander Pushkin. O último dos italianos citados neste programa, é Vincenzo Bellini (1801-1835), que usa os recursos do bel canto para maravilhar as plateias, mesmo num melodrama sério como é o caso da sua última ópera Il Puritani. A zarzuela é uma forma tipicamente espanhola de drama musical, com raízes profundas desde a época barroca, misturando cenas faladas com outras cantadas, e também quadros de dança. Amadeo Vives (1871-1932) e Gerónimo Gimenez (1854-1932) foram dois dos mais reconhecidos autores deste género no final do século XIX (tendo até trabalhado juntos em diversas obras), com melodias que prendiam atenção dos ouvintes e o uso elegante dos ritmos mais tradicionais. Inspiraram vários compositores que os seguiram, como Manuel de

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Falla (1876 -1946), um nome fundamental na definição da identidade da música espanhola, que ajudaria a moldar de forma irreversível. A vida breve é uma das suas primeiras obras, a que lhe traz reconhecimento e o prémio da Real Academia de Belas Artes de Madrid.

As influências do folclore e das músicas tradicionais de Espanha, nomeadamente da sua Andaluzia natal estão bem presentes na estrutura da obra, ainda que de forma depurada e trabalhada até ao essencial.

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Foz Côa

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22 Agosto Vila Nova de Foz Côa Museu do Côa , 21h30

EncantamentosGiacomo Puccini - Manon Lescaut, Intermédio Giacomo Puccini – Gianni Schicchi, O Mio Babbino CaroLeonard Bernstein - West Side Story, Mambo Leonard Bernstein - West Side Story, TonightLeonard Bernstein - West Side Story, Feel PrettyAndrew Webber –The Phantom of the Opera, Abertura Andrew Webber –The Phantom, Think of MeAndrew Webber – Cats, Memory George Gershwin - SummertimeFederico Chueca - El Bateo, Preludio Miguel Nieto/Gerónimo Gimenez – El Barbero de Sevilla, Me LIaman la PrimorosaFrancesco Sartori/Lucio Quarantotto - Time to Say Goodbye

Miriam Sharoni, soprano José Ferreira Lobo, direcção

EncantamentosO compositor italiano Giacomo Puccini (1858-1924) foi um dos maiores expoentes da ópera verista, com histórias que retratavam personagens e situações do quotidiano ou ligadas a episódios históricos. Estes enredos eram cheios de música muitas vezes a atingir a tensão emocional mais profunda, imediatamente reconhecível. Como no Intermezzo de Manon Lescaut, ou na célebre ária da ópera Gianni Schichi, O Mio Babbino Caro, em que Lauretta tenta aplacar o pai, determinado em impedir o amor que a jovem sente por Rinuccio. Esta é a primeira personagem feminina que Miriami Sharoni incarna neste recital com a Orquestra do Norte. Conjunto de temas que ganharam identidade própria e destacada das obras que integram - histórias de amor cantadas.

Em West Side Story, Maria apaixona-se pelo rapaz errado, ou melhor, do gang errado. Esta adaptação livre do Romeu e Julieta, que Leonard Bernstein (1918-1990) musicou para um famoso filme, passa-se em Manhattan, na década de 50, entre grupos rivais que chegam ao grande sonho

americano trazendo ainda culturas bem diferentes, bem como os seus ritmos de origem. Mas enquanto se acendem as rixas, o amor surge entre os dois jovens. Maria explica às colegas como se sente envolvida e canta a magia do presente.

O mesmo inebriamento poderá ter sentido Christine, quando é chamada ao palco pela primeira vez como figura principal. Mas o seu canto traz a atenção do misterioso Fantasma da Ópera, que se esconde nas profundezas do edifício. Esta uma das obras mais aclamadas de Andrew Loyd Webber (1948 - ), compositor inglês que teve no tema Memory o momento mais conhecido de outra das suas grandes produções, Cats.

Summertime foi escrita pelo compositor norte-americano George Gershwin (1898-1937) para Porgy and Bess, que o próprio apelidou de ópera-folk. Usando o apelo do jazz e sonoridades populares tradicionais como ingrediente inovador para composições onde se denotam influências mais eruditas. Porgy and Bess foi estreada em 1935, depois de um grande periodo de maturação. No seu centro estão diversas personagens que se cruzam numa comunidade afro-americana. A escolha do tema provocou polémica, mas a obra depressa conquistou o seu lugar no reportório internacional, sendo Summertime cantada pelas maiores intérpretes. Também Federico Chueca (1846-1908), criou melodias que se tornaram grandes êxitos, usando o tango e outras formas de expressão popular em EL Bateo, uma das últimas zarzuelas espanholas do género chico. Alternando cenas cantadas com outras faladas, coreografias e momentos cómicos, estas obras terão começado a ser apresentadas no Palácio da Zarzuela, em Madrid, ganhando assim o nome que as iria propagar pelo tempo. Uma das mais famosas será El Barbero de Sevilla, personagem inspiradora de várias obras, esta com música de Jeronimo Gimenez e Miguel Nieto, estreada em 1901 (depois de conhecida já a célebre ópera de Rossini). Trama bem construída e satírica, em que Elena, jovem aspirante a cantora tem de enfrentar a oposição do pai, que prefere vê-la tomar outros caminhos. No final, há celebração e contentamento para todos, mas até lá a cantora tem de explicar, com toda a expressividade de que é capaz, como a música lhe é tão importante.

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Alijó

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03 OutubroAlijóQuinta da Levandeira do Roncão, 18h00

“Viagem pela Ópera Francesa”Camille Saint- Saëns - La Princesse Jaune, AberturaJules Massenet - Werther, Va! Laissez Couler mes LarmesJules Massenet - Werther, Pourquoi me ReveillerJules Massenet - Werther, Ces Lettres Giacomo Meyerbeer - L’Africaine, Oh Paradis!Camille Saint- Saëns - Samson et Dalila, Mon Coeur S’Ouvre a ta VoixCamille Saint- Saëns - Samson et Dalila, BacchanaleGeorges Bizet-Carmen, HabaneraGeorges Bizet-Carmen, La Fleur que Tu M’Avais JetéeGeorges Bizet-Carmen, Dance BohemeGeorges Bizet-Carmen, C’est Toi...C’est Moi... Emmanuel Chabrier-Espanha Cristina Faus, meio-soprano Albert Montserrat, tenorJosé Ferreira Lobo, direcção

Viagem pela Ópera FrancesaLa princesse Jaune (a princesa amarela) foi a segunda incursão de Camille Saint-Saëns (1835-1921) pelo universo da ópera. Menino prodigioso, bem jovem já mostrava as suas qualidades de intérprete - Liszt terá dito que era o maior organista do mundo - e a facilidade com que compunha em diferentes géneros. Gostava de música, que conhecia profundamente, era um viajante sempre à procura de novos destinos - nesta obra mostra o seu fascínio pelo oriente e muito especificamente pelo Japão. Deixou uma produção imensa, entre as quais estão peças precursoras como o Carnaval dos Animais ou o a ópera Sansão e Dalila, com a pungente e profundamente romântica ária Mon coeur s'ouvre a ta voix, um desafio para as maiores vozes do mundo, em que a tentadora amante seduz o namorado, deixando-o vulnerável, apesar da sua mítica força física.

Outro grande compositor romântico francês, Jules Massenet (1842-1912), ficou exactamente conhecido pelas suas óperas, sendo um dos autores que mais marcaram o reportório francês nesta área musical, juntamente com Bizet. A partir de um texto do poeta alemão Goethe - uma história de amor malogrado -, Werther não foi um sucesso imediato, mas desde então tem sido cantado em todos os palcos internacionais. Foi na Ópera de Paris, um dos grandes pólos operáticos do momento, que o compositor germânico, de origem judaica, Giacomo Meyerbeer (nascido Jacob Liebmann, 1791-1864), desenvolveu grande parte do seu trabalho e viu estreadas algumas das suas produções mais aplaudidas. Nestas obras mostrava bem a intimidade que tinha com a tradição de canto italiana e as formas de composição orquestral alemã, numa síntese própria, que lhe garantiu grande sucesso em várias partes da Europa.

A primeira noite em que a ópera Carmen foi apresentada terá corrido a dois tempos, segundo rezam várias crónicas de testemunhas dessa longa sessão de estreia. Desde logo, a produção fora afetada pelas dificuldades que orquestra e coro tinham sentido na interpretação, com as diferenças rítmicas e dinâmicas da partitura, e pela movimentação cénica arrojada. Na distinta plateia que ouvia esta première, entre as quais estavam vários outros colegas de profissão de Bizet (1838-1875), o inicial entusiasmo diante da obra deu lugar a uma frieza que no final passou a reacção negativa e mesmo indignação. O carácter da personagem principal, cigana espanhola sensual e liberta de convenções, bem expresso nas suas árias provocadoras, como em L'amour est un oiseau rebelle, ofendia a moralidade vigente e Bizet morreria sem saber que esta sua obra se transformaria num marco para música francesa, sendo as suas árias das mais famosas de todo o reportório operático.

A atracção pelo diferente, pelo exótico, bem como pelas suas formas populares mais intrínsecas, tiveram eco também na rapsódia para orquestra de Emmanuel Chabrier (1841-1894). A obra foi composta após uma viagem do compositor por este país, numa descoberta pelos ritmos, sonoridades e formas de dança regionais, mistura de vivacidade e sensualidade que despertaram o seu interesse, sendo o primeiro dos autores franceses a dedicar uma obra a Espanha.

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LAQUITA MITCHELLTem recebido convites constantes das mais importantes salas de ópera de toda a América do Norte e Europa: Los Angeles Opera, San Francisco Opera, Houston Grand Opera, Lyric Opera de Chicago, New York City Opera, Washington National Opera, Opera Comique em Paris, entre muitas outras. Na sua estreia em Porgy and Bess, em São Francisco, a imprensa escreveu: “A soprano Laquita Mitchell (...) deslumbrou com a sua pureza de timbre e presença teatral vívida”. Desde então já interpretou o papel de Bess em variadíssimas produções. O New York Times, pela sua interpretação de Violetta (em “La Traviata”, de Verdi) na abertura da temporada 2012 da New York City Opera elogiou a beleza da voz de Mitchell, ao mesmo tempo «cintilante e rica, suave e expressiva”.Outras notáveis apresentações incluem Micaela, (Carmen), na Ópera de Nova Iorque; Leonora (Il trovatore), na Carolina do Sul e Nashville Opera; o papel de Sharon (Master Class, de Terrance McNally), no Kennedy Center; Musetta (La bohème), na Ópera de Los Angeles; Mimi (La bohème), Donna Anna (Don Giovanni) e Donna Elvira (Don Giovanni).Apresentou-se com a Orquestra de Louisville, Orquestra Sinfónica de Dallas, Orquestra de Filadélfia, New Jersey Symphony, Princeton Symphony Orchestra, entre outras formações, tendo cantado em concertos com Branford Marsalis e “Salute to Arlen”, no Carnegie Hall. Muito aplaudida foi também a sua presença no Concerto de Gala da Cincinnati Opera realizada no Washington Park. No verão de 2014, foi convidada para um recital pela Associação de Críticos de Televisão em Los Angeles. Recentemente, estreou-se com o Philadelphia Orchestra, sob a direcção de Yannick Nézet-Seguin. O percurso de Laquita Mitchell começou desde cedo a ser premiado: foi a vencedora em 2003 da competição McCollum Houston Grand Opera Eleanor. Em 2010, recebeu o prémio Distinguished Alumni para jovens músicos, atribuído pela escola de música de Manhattan, e em Maio deste ano recebeu igual distinção pela sua graduação no Choir College de Westminster.

MICHAEL PREACELYFigura em ascensão na cena operística, o barítono norte-americano Michael Preacely é conhecido pela versatilidade em vários géneros de repertório. Foi aclamado pelo desempenho de papéis como Fantasma

(O Fantasma da Ópera), Scarpia (Tosca), Ford (Falstaff), Marcello (La Bohème), Sumo Sacerdote (Sansão e Dalila), e Porgy (Porgy and Bess). Actuou nas principais salas de ópera e com as mais importantes orquestras americanas, começando paralelamente uma carreira internacional de relevo. Recentemente, completou uma digressão europeia de Porgy and Bess, recebendo óptimas críticas. A sua estreia, com a Orquestra Sinfónica da Universidade Butler, foi um presságio de tudo isto, tendo cantado ao lado da mundialmente famosa soprano Angela Brown, exactamente em Porgy and Bess. Início de uma série de convites para produções operáticas por todos os EUA. O seu sucesso como solista em concerto floresceu com algumas das principais formações do país, incluindo a Oakland East Bay Symphony, Memphis Symphony, Hamilton-Fairfield Symphony, Orquestra de Cleveland e Trenton Choral Society, entre outras.Foi vencedor do First Place Graduate no Concurso de Bolsas Alltech Vocal da Universidade de Kentucky e de outros prémios em várias competições, como a National Opera Vocal Artist e Metropolitan Opera Auditions. Actualmente, está a trabalhar no lançamento de seu primeiro álbum, Spirituals e Hymns, tendo agendados concertos e recitais por todos os Estados Unidos.

CARLA CARAMUJODiplomada pela Guildhall School of Music and Drama e pelo Royal Conservatoire of Scotland, Carla Caramujo foi vencedora dos Concurso Nacional de Canto Luísa Todi, Musikförderpreis der Hans-Sachs-Loge (Alemanha), Dewar Award, Chevron Excellence e Ye Cronies Awards (Inglaterra). O seu repertório abarca uma grande diversidade de papéis desde a ópera barroca à produção contemporânea, destacando-se as suas interpretações de : La Contessa di Folleville em Il viaggio a Reims de Rossini, Gilda em Rigoletto, D. Anna em Don Giovanni, Adele em Die Fledermaus, Lisette em La Rondine de Puccini (Teatro Nacional de S. Carlos); Violetta em La traviata (Festival de Sintra); Adina em L’elisir d’Amore (Teatro da Trindade), Nena em Lo frate ‘nnamorato de Pergolesi, La Jeunesse em Le Carnaval et la Folie de Destouches (CCB / Músicos do Tejo), Vespina em La Spinalba de Francisco A. Almeida (Festival de Vigo/Músicos do Tejo), Valetto em L’Incoronazione di Poppea (Traverse Theatre, Edimburgo), Armida

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em Rinaldo de Händel (Festival Theater, Edimburgo); Rainha da Noite em Die Zauberflöte (Trinity Theatre, Kent); Fiordiligi em Così fan tutte (Rivoli), Herz em Die Schauspieldirektor de W. A. Mozart (Faro), Frasquita em Carmen (Teatro Comunale de Bolonha), Fada Azul em La bella dormente de Respighi e Controller em Flight de J. Dove (New Atheneum Theatre, Glasgow) e Salomé na estreia mundial de O sonho de Pedro Amaral (London Sinfonietta, Londres e Gulbenkian), entre outros.Em concerto foi solista em Messias (Händel), Requiem (Brahms), Missa em Dó Menor, Missa da coroação e Requiem (W. A. Mozart), Sinfonia nº9 (Beethoven), Gloria (Poulenc), Paixão segundo S. João (J. S. Bach), Elijah (Mendelssohn), Carmina Burana (C.Orff), Stabat Mater (Haydn e Pergolesi), Cap al meu silenci (Salvador Pueyo) e Requiem Inês de Castro de Pedro Camacho. Estreou a versão sinfónica de Lua, canção de uma morte de Nuno Côrte-Real, tendo-se apresentado em salas tais como Heidelberg Hall, Smetana Hall (Praga), The New Sage Gateshead Music Centre (Newcastle), Fairfield Hall, St. James Piccadilly, Barbican Hall (Londres), Teatro Péon Contreras (Mérida, México), Gulbenkian e CCB, SODRE (Montevideu), Usina del Arte (Buenos Aires), Teatro San Martin (Córdova, Argentina), para além de vários festivais nacionais e internacionais. Integrou o elenco de Un moto di gioia, Mozart Concert Arias com a CNB e a orquestra barroca Divino Sospiro numa criação de Anne Teresa De Keersmaeker.Recentemente apresentou-se nas melhores salas Argentinas com o Ensamble de los Buenos Aires e a Orquesta de cuerdas Municipal de Córdoba. Foi solista na Grande Missa em Dó Menor e nas Vesperae solennes de confessore de Mozart com a Orquestra Metropolitana de Lisboa e interpretou o papel de Clorinda em La Cenerentola de Rossini no Teatro Nacional de S. Carlos.

MIRIAM SHARONIMiriam Sharoni nasceu em Malmö, na Suécia e cresceu em Israel. Foi aluna de canto de Ingeborg Reichelt na Escola Superior Robert-Schumann em Düsseldorf, na Alemanha. Continuou os seus estudos com Judith Beckmann na Escola Superior de Música e de Teatro em Hamburgo, no mesmo país. Graduou-se com distinção e prosseguiu a sua formação com masterclasses de Elisabeth Schwarzkopf, Agnes Giebel, Christa Ludwig, e Mitsuko Shirai/Hartmut Höll.Em 1996 Miriam Sharoni foi galardoada com o Prémio

DAAD. No mesmo ano recebeu uma bolsa de estudo do Instituto Vocal de Israel, o que lhe permitiu a sua entrada como estudante na Metropolitan Opera de Nova Iorque. Em 1997 foi vencedora na Competição Internacional de Opereta “Robert Stolz” e no concurso “Elise Meyer” em Hamburgo. Seguiram-se vários recitais na Alemanha, Suiça e Israel. Cantou em várias produções de ópera e oratórias. Foi também convidada das mais importantes rádios e televisões alemãs. Em 1996 realizou a sua primeira performance operática no Teatro Nacional de Schwerin. No ano seguinte foi convidada a cantar no Teatro Municipal de Bremerhaven, também na Alemanha. Entre 1997 e 2001 foi elemento permanente do Ensemble de ópera do Teatro Municipal de Braunschweig. No Verão de 2001 obteve um grande sucesso como Pamina na “Flauta Mágica” de Mozart nas jornadas de Verão Eutiner. Apresentou-se em diversas produções como Maria de “West Side Story” de Bernstein na Ópera Popular de Viena e no Teatro Vorpommersche de Stralsund. E como Princesa Laya em “The Flor de Havaí” e Sylva Varescu em “The Gypsy Princess”.

ARIANA RUSSOEm 2000 iniciou os seus estudos musicais no Instituto Gregoriano de Lisboa, completou os Cursos de Canto no Conservatório Nacional e da Escola Superior de Música de Lisboa.É membro do Coro Gulbenkian desde 2008.Como solista, cantou na Missa Brevis de Haydn (2009), o Requiem de Mozart (2012), o Sacred Concert de Duke Ellington (2012), a Missa em sol de Carlos Seixas (S. Carlos, 2012), Oratória de Natal de C. Saint-Säens, Stabat Mater de Pergolesi, Cantata BV 61 de J. S. Bach, O Achamento do Brasil e O Conquistador de Jorge Salgueiro, Missa Pueri Cantorum de Tiago Oliveira e Cantata de Natal de Rui Soares.Estreou-se no papel de “2nd Woman” na Ópera Dido e Eneias de Purcell, levada à cena no Salão Nobre do Teatro de S.Carlos (Junho 2009). Interpretou “O Fogo” na ópera L’enfant et les Sortiléges de Ravel (2011) e ainda o “Prince” na ópera Cendrillon de Massenet, “Semele” na ópera L’Egisto de Cavalli (2011), e “Fillide” na ópera Il sogno dello Zingano de A. Miro (S. Carlos, 2012).Em 2011 integrou o elenco de solistas que fez a estreia mundial da ópera de Edward Ayres de Abreu “Ainda não vi-te as mãos”.

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Frequentou a Escola Superior de Musica de Karlsruhe, onde estudou com Donald Litaker.Em 2011 obteve o 1ºprémio e o Prémio de música Portuguesa no Concurso Nacional de Canto dos Conservatórios.Em 2013 obteve o 3º prémio no Curso Internacional de Canto do Fundão.

FILIPA PASSOSIniciou os seus estudos musicais aos seis anos de idade. Ao mesmo tempo que frequentou a sua licenciatura em medicina, concluída em 2004, estudou também no Instituto Gregoriano de Lisboa (IGL), onde terminou o Curso Complementar de Teclado. Iniciou os estudos de canto em 1999 com a Professora Elsa Cortez, com quem concluiu o Curso Geral de Canto na Escola Luís António Maldonado Rodrigues. Frequentou, como participante, cursos de interpretação ministrados por Helmut Lips (2000 e 2001), Gundula Janowitz (2001), Teresa Berganza (2002), Hilde Zadek (2003) e Laura Sarti (2003). Desde 1998 que se apresenta em diversos recitais e em 2001, em colaboração com o Coro de Câmara do IGL, representou os papéis de First Witch e Second Woman na ópera Dido and Aeneas, de Henry Purcell, em Guimarães, sob a direcção de Armando Possante. Em 2004 representou o papel de Jovem Índia na ópera infantil O Achamento do Brasil, de Jorge Salgueiro, em colaboração com a Foco Musical. Apresentou-se também como solista com o Grupo Vocal Olisipo em diversas actuações. É membro do Coro Gulbenkian desde Outubro de 2003. Actualmente, aperfeiçoa o canto com a Professora Elsa Saque e é especialista em Ginecologia-Obstetrícia no Hospital Garcia de Orta. Apresenta-se regularmente em recital acompanhada pelo pianista Francisco Sasseti.

PEDRO CACHADOPedro Cachado, natural da Golegã, é diplomado em canto pela Escola de Música do Conservatório Nacional de Lisboa, com classificação máxima, na classe de Ana Paula Russo. Participou em masterclasses de Canto e Interpretação com Izabella KŁosinska, Eytan Pessen, Lucia Mazzaria, Susan Waters, Maestro João Paulo Santos e Tom Krause. É membro do Coro Gulbenkian desde 2010.Como solista cantou St. Nicholas de B. Britten, Missa de Stravinsky, sob direcção de Paul McCreesh, os Te

Deum de David Perez e António Leal Moreira (1ª audição moderna) com a orquestra Divino Sospiro na Fundação Calouste Gulbenkian (FCG), Te Deum de António Leal Moreira (2012), António Teixeira (2013) e Jerónimo Francisco de Lima (2014) nos concertos de Ano Novo da FCG transmitido pela RTP, In Festo assumptiones B.M.V. de Carlos Seixas, Paixão segundo São Marcos e Magnificat de J.S.Bach, Saul de G.F.Handel (Jonathan), Missa da Coroação (Missa em Dó, KV 317) e Grande Missa em Dó menor (K. 427) de W.A.Mozart, Oratória de Natal de C. Saint-Saëns, Missa em Sol Maior de Carlos Seixas no salão nobre do Teatro Nacional de São Carlos, Weinachthistorie (Evangelista) de H. Schütz na abertura do Festival de Música Sacra de São Roque e interpretou os papéis de Monostatos (Die Zauberflute de W.A.Mozart) e Le Petit Veillard (L’Enfant et les Sortiléges de M. Ravel), Spirto I (Orfeo) de C. Monteverdi com a orquestra Divino Sospiro na FCG e Aman (Ester by A. Leal Moreira).

PEDRO TELLES Natural do Porto, iniciou os seus estudos de canto com a Professora Fernanda Correia. Na classe da mesma Professora, terminou os seus estudos superiores em Canto Teatral, na Fundação Conservatório Regional de Gaia.No domínio da Oratória, foi solista em várias Oratórias destacando-se o Magnificat, a Cantata Ich habe genug, Cantata 147, as quatro Missas Brevis e a Paixão segundo S. João de Bach. A Missa Solene de S.Cecília de Gounod. A Via Crucis de Liszt. Missa Dolorosa de Caldara. Missa em Ré Maior de Otto Nicolai. Missa da Coroação e no Requiem de Mozart. Passio de Arvo Part. A Fantasia de Natal de Vaughan Williams. A Oratória de Natal de Saint Säens. Missa Solene e Stabat Mater de Rossini. Missa das crianças de John Rutter. Requiem de Fauré. Requiem de Donizzetti. The armed Man de Karl Jenkins. Realizou em 1ª audição a personagem de Jesus na obra Paixão segundo S. João de P. Ferreira dos Santos.No campo da Ópera, interpretou os papéis de Papageno na Flauta Mágica de Mozart, Giorgio Germont em La Traviata de Verdi, Don Colagianni no Il Maestro di Musica de Pergolesi, Doutor Malatesta no Don Pasquale de Donizetti, Eneas em Dido e Eneas de Purcell, Figaro nas Bodas de Figaro de Mozart, Marcello em La Bohéme de Puccini, Rigoletto no Rigoletto de Verdi, Sábio em A Floresta de Eurico Carrapatoso e Dottor Bartolo no

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Barbeiro de Sevilha de Rossini. Realizou em estreia absoluta com Orquestra do Norte sob direcção de Ferreira Lobo a ópera “O Crepúsculo do Crítico” de Manuel Faria.No decorrer do seu percurso, cantou sob a direcção dos maestros Manuel Ivo Cruz, Mário Mateus, Gunther Arglebe, Ferreira dos Santos, Ferreira Lobo, Eugénio Amorim, Cesário Costa, Evgueni Zouldikine, Gaetano Soliman, Belarmino Soares, Marc Tardue, Julian Reynolds, Fernando Lapa, António Baptista, António Lourenço, Jairo Grossi, Armando Vidal, Sérgio Ferreira, Filipe Veríssimo e Lawrence Golan. Tem realizado concertos em Portugal, Espanha, Suiça, França, Brasil e Polónia.Frequentou cursos ministrados por Paul von Schillawsky, Ileana Cotrubas, Charles Hamilton, Amin Feres, Charles Spencer, Rudolph Piernay, António Salgado, Rio Novello, Neyde Thomas e Luciana Serra.Estuda desde sempre com a Professora Fernanda Correia e regularmente com Hilde Zadek.É um dos maestros do Coro de S.Tarcísio do Porto e docente no Instituto Piaget de Viseu e na Escola de Música de Costa Cabral.

MÁRIO JOÃO ALVESNascido em Perafita, estudou com Fernanda Correia e prosseguiu os seus estudos em Turim e Génova. Trabalha repertório com João Paulo Santos. Convidado regular do Teatro Nacional São Carlos (Cosi fan Tutte, O Barbeiro De Sevilha, O Elixir do Amor, A Flauta Mágica, Gianni Schicchi, La Rondine, O Rapto no Serralho, O Morcego, Jeanne d’Arc au Boucher, O Nariz, Four Saints in Three Acts, The English Cat, Il Cappello di Paglia di Firenze,…), tem também colaborado nas mais recentes temporadas dos teatros: La Fenice de Veneza, La Monnaie de Bruxelas, Regio de Turim, BAM de New York, Maestranza de Sevilla, Comunale di Bologna, Cairo Opera House, Seoul Arts Center, Muscat Royal Opera House, Tokyo, Lausanne, Maputo, Paris, Palermo, Macau, Bari, Como, Pavia, entre outros. Colabora com a generalidade das orquestras e instituições nacionais em concerto, ópera e recital. Com a Orquestra do Norte participou em produções de O Barbeiro de Sevilha (Conde de Almaviva), O Elixir do Amor (Nemorino), Madama Butterfly (Pinkerton) e La Traviata (Alfreedo Germont). Gravou para as etiquetas Naxos, RCA Victor, Farol, Emi, Portugaller, Numerica e BMG.

Autor, publicou A Valsa dos Sem-Isqueiro, Afonso Cabrita, meu tio, ensaísta, toureiro e melancólico, (Prémio Bocage de Conto 2010), Amilcar, consertador de Búzios Calados (Prémio Matilde Rosa Araújo 2010 de Conto Infantil), e José, será Mago?.Foi co-fundador do quinteto vocal Vozes da Rádio e, mais recentemente da companhia Opera Isto. Dirige o Estúdio de Opera do Conservatório de Música de Coimbra.

RUI SILVANatural da Póvoa de Varzim, concluiu a Licenciatura do Curso Superior de Canto Teatral, com elevada classificação, no Conservatório Superior de Música de Gaia, na classe da Prof. Fernanda Correia. Atualmente, frequenta o Mestrado em Ensino da Música, variante de Canto, no mesmo estabelecimento de ensino. Profissionalmente, é docente da classe de Canto, na Escola de Música da Póvoa de Varzim.Trabalhou aperfeiçoamento vocal e repertório com o Maestro Marc Tardue. Apresentou-se, como solista, em variadíssimas Óperas, tais como: Fauteuil, “L’Enfant et les Sortilèges”, Ravel; Uberto, “La Serva Padrona”, Pergolesi; Rei, “El Gato con Botas”, Montsalvatche; Colas, “Bastien und Bastienne”, Mozart; Sarastro, “A Flauta Mágica Mozart; Leporello, “Don Giovanni, Mozart; Morales and Escamillo, “Carmen”, Bizet; Father, “Sete Pecados Mortais”, Kurt Weill; Ferrando, “O Trovador”, Verdi; Balthazar, “Amahl e os Visitantes da Noite”, Menotti; Fiorello and Ufficiale, “O Barbeiro de Sevilha”, Rossini; Taddeu de Albuquerque, “Amor de Perdição”, J. Arroyo; Il Gran Ministro, L’orafo and Il Genio della Lampada, “Aladino e a Lâmpada Mágica”, Nino Rota; Simone, “Gianni Schicchi”, Puccini; Pessimista, “A Coragem e o Pessimismo”, Jorge Salgueiro; “Irene”, A. Keil; “As Bodas de Fígaro”, Mozart; “Dido e Aeneas”, Purcell… Paralelamente, tem participado em diversas Galas de Ópera. No campo da Oratória, foi solista em imensas obras, das quais se destacam: “Missa da Coroação”, Mozart; “Missa Brevis in G”, Mozart; “Requiem”, Mozart; “Requiem”, D. Bomtempo; “Requiem”, Donizetti; “Magnificat”, Pergolesi; “Magnificat”, Bach; “Stabat Mater”, Dvorák; “Missa op. 147”, Schumann; “Te Deum”, Bruckner; “Via Crucis”, Liszt… Do repertório apresentado em concerto fazem parte obras de Ariel Ramirez, Bruckner, Barber, Bards, Dureflé, Kodaly, Czerny, Otto Nicolai, Saint-

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Saens, Debussy, Poulenc, Ravel, Fauré, Haendel, Mozart, Bach, Beethoven, Fernando Lapa, Lopes-Graça, Manuel Faria, Schumann, Schubert, Brahms, Rossini, Puccini, Verdi, entre outros. Cantou sob a direção de prestigiados Maestros, tais como: Mário Mateus, Lawrence Golan, Artur Pinho, Vassalo Lourenço, Jiri Málat, Ferreira dos Santos, António Saiote, Miramontes Zapata, Nicola Giusti, Ferreira Lobo, Rui Massena, Marc Tardue, entre outros. Apresentou-se, como solista, em inúmeras salas de espetáculos e teatros de relevância. Participou em diversos Masterclasses, com grandes nomes do panorama lírico nacional e internacional. Foi galardoado com Menção Honrosa no Concurso Nacional de Canto Luísa Todi, e foi semifinalista do Concurso Internacional de Canto Montserrat Caballé, Saragoça, Espanha. Em 2011, foi convidado a integrar o Estúdio de Ópera do Teatro de Nuremberga, Alemanha. Frequentou o curso de Teologia, Universidade Católica Portuguesa - Braga, e o curso de Direito, Universidade Lusíada - Porto.

ISABEL CALADO Intérprete de cravo. Apresenta-se regularmente em concertos em vários países europeus e no Japão como solista e integrada em vários grupos de música de câmara e orquestras. Das orquestras com as quais trabalhou destacam-se a Orquestra do Norte, a Orquestra do Algarve, a Orquestra Com.Cordas (Braga) e a Orquestra Barroca de Nagoya (Japão). Dos grupos de música de câmara com os quais trabalhou destacam-se o Musica et Tempora, o Ensamble dos Biscaínhos e a parceria desde 2009 com o tenor, residente no Reino Unido, Márcio da Rosa. A sua discografia inclui dois CD’s: Seis Sonatas Prussianas de C. P. E. Bach e Pièces de Clavecin: Huitiéme et Douziéme Ordres de F. Couperin, ambos gravados pelos Estúdios Rangel, Porto. Também gravou sonatas de D. Scarlatti no único cravo português original de 1758 da autoria de J. Antunes que sobreviveu até hoje e que se encontra no Museu da Música em Lisboa. As Sonatas de Scarlatti foram gravadas no âmbito do projecto internacional designado Maratona Scarlatti. Paralelamente à actividade performativa lecciona cravo e baixo contínuo no Conservatório de Música do Porto. Desde 2011 vários dos seus alunos têm sido premiados em concursos de cravo a nível nacional. Em Março de 2015 leccionou uma masterclass de cravo e música de câmara em Nagoya, Japão. Relativamente à formação:

iniciou os seus estudos na escola em que actualmente lecciona, o Conservatório de Música do Porto; concluiu a licenciatura bietápica em Música, variante instrumento e ramo cravo na Escola Superior de Música de Lisboa em 2006 e o Mestrado em Ensino da Música na Escola das Artes da Universidade Católica, polo da Foz no Porto em 2011. Aperfeiçoou conhecimentos com intérpretes de cravo de renome em cursos / masterclasses em vários países europeus como: Carole Cerasi, Terence Charlston, Ilton Wjuniski, Ketil Haugsand, Rinaldo Alessandrini, Giorgio Cerasoli, Laurence Cummings, Sieber Henstra, entre outros. Recebeu em 2005 um prémio de mérito atribuído pelo Instituto Politécnico de Lisboa. Os seus projectos num futuro próximo incluem o ciclo de concertos denominados Tertúlias Musicais em parceria com o tenor Márcio da Rosa no Município da Trofa e vários concertos programados para 2015 e 2016 com a Orquestra do Norte em que se apresentará ao cravo a realizar o baixo contínuo de variadas obras e também como solista (Concerto para cravo e orquestra de V. Manfredini). Em 2016 está também agendado na cidade de Nagoya, Japão, uma masterclass de cravo e música de câmara assim como concerto para dois cravos em parceria com o músico japonês Michio O’Hara.

MARGARITA GUERRA PEINADOIniciou os estudos musicais aos seis anos. No Conservatório Superior de Música de Madrid foi aluna de Julia Parodi, Federico Sopeña, G. Gambau, Moreno Bascuñana, etc. Desde muito nova alternou os estudou musicais com os de dança, disciplina que lecionou durante quinze anos em diferentes instituições.Dedica-se, desde 1962, à pedagogia musical na cidade de Pontevedra. Concomitantemente criou vários coros infantis e juvenis com os quais participou em concursos de polifonia. Foi profesora de Música de Ensino Secundário na mesma cidade e leccionou inúmeros cursos de Pedagogia Musical e Técnica Vocal Coral.Em 1977 fundou em Pontevedra o Coro de Câmara "Ars Musicae". Desde 1986 dirige o Coro do Liceo-Casino de Vilagarcía de Arousa. Dirigiu também o Coro Universitário de Santiago de Compostela.Com vista a especializar-se na direcção de coros frequentou, tanto em Espanha como no estrangeiro, cursos de interpretação, técnica vocal, direcção coral e análise musicológica. Nas várias formações foi aluna de

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Alberto Blancaflor, Martín Porras, Philippe Herreweghe, Níger Roger, Montserrat Figueras, Jordi Savall, Samuel Rubio, Mark Browm, Oriol Martorell, Esperanza Abad, Marius van Altena e Helena Lazarska.Actuou como solista em Castanholas com a Orquestra do Norte, sob a direcção de José Ferreira Lobo, em Portugal, França e Polónia, e com a Orquestra Sinfónica de Melide com Fernando Vázquez Arias, em diferentes cidades de Espanha.Em 2006, inserido nas comemorações do vigésimo quinto aniversário de Coro Liceo-Casino de Vilagarcía de Arousa, dirigiu e produziu a zarzuela "La Gran Vía".Produziu em 2009 a zarzuela Agua, azucarillos y aguardiente, com a participação do Coro Liceo de Vilagarcía e da Banda de Música Municipal de Vilagarcía, dirigida por Jesús Nogueira.

JORGE MATTAMaestro-adjunto do Coro Gulbenkian, é doutorado em Musicologia Histórica pela Universidade Nova de Lisboa, onde ensina no Departamento de Ciências Musicais. Investigador, editor e intérprete, tem-se destacado pela recuperação e divulgação do património musical português, realizando a primeira audição moderna de mais de 300 obras vocais e instrumentais de compositores portugueses, e estreias absolutas de obras de Constança Capdeville, Jorge Peixinho, Fernando Lopes-Graça, Filipe Pires, Miguel Azguime e Eurico Carrapatoso.A sua já longa discografia, a maior parte com o Coro Gulbenkian, é dedicada também à música portuguesa, desde a polifonia seiscentista até aos compositores dos nossos dias. A uma das gravações foi atribuído o Prémio Discobole da Academia Francesa do Disco. Como autor e intérprete gravou para a televisão as séries de programas “Música de Corte no Palácio da Ajuda” (1986), “Tempos da Música” (1988) e “Percursos da Música Portuguesa” (2008). Participou em importantes festivais de música portugueses e estrangeiros (Espanha, França, Inglaterra, Alemanha, Israel, China e Estados Unidos), e dirigiu as mais importantes orquestras em Portugal, para além de outros agrupamentos na Bélgica, Alemanha e Estados Unidos. Foi Director do Teatro Nacional de S. Carlos e Presidente da Comissão de Acompanhamento das Orquestras Regionais.

HENRIQUE SILVEIRA OLIVEIRA Nasceu em Lisboa em 1965, onde vive.É professor de matemática no Instituto Superior Técnico de Lisboa, sendo especialista em sistemas dinâmicos e teoria do caos. Orienta actualmente diversos projectos que ligam a matemática e a música. Tem feito palestras no meio universitário sobre matemática e a música. É também um estudioso dos temperamentos ao longo da história.Desde 2002 que tem realizado programas de rádio sobre música e actualidade musical, incluindo crítica, primeiro na rádio LUNA e, posteriormente, na Antena 2.É autor do blogue de crítica musical “Crítico Musical”, onde, como se fosse um diário, discorre livremente sobre música e muitos outros assuntos.Escreveu ainda nas revistas Focus, onde fazia crítica musical e para a qual cobriu festivais como o de Bayreuth e o de Innsbruck, tem escrito nos jornais “O Público” e “Diário de Notícias”. Na Antena 2 foi autor e realizador dos programas “Seara de Sons” e “Ninfas dos Bosques” sobre a música do Renascimento e co-autor dos programas “Preto no Branco”, com Ana Rocha e João Almeida e co-autor e realizador da série “Música para um Pintor” com Dalila Rodrigues.Como compositor escreveu a música da ópera “Crepúsculo do Crítico” com libreto de Cristina Fernandes, que subiu à cena em Novembro de 2012 no Coliseu do Porto, em versão com orquestra sinfónica, com a orquestra do Norte e direcção de José Ferreira Lobo. A estreia da versão de Câmara da mesma ópera ocorreu a 26 de Abril de 2013, também com a direcção de Ferreira Lobo, no Festival Primavera de Viseu.

JOSÉ MARIA MORENONascido em Palma de Maiorca, depois de frequentar cursos de direcção em Espanha, segue a sua formação no Conservatório Rimsky-Korsakov de São Petersburgo com o professor Mijail Kukushkin, obtendo a classificação máxima.Estudou no Conservatório Superior de Música Joaquín Rodrigo de Valencia com Manuel Galduf, aqui obtendo o título de Professor Superior de Direcção de Orquestra; no Conservatório Superior de Música do Liceu de Barcelona, com Francisco Lázaro, obtendo o título de Professor Superior de Canto, e no Conservatório Superior de Música das Baleares, onde se diploma como Professor

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Superior de Solfejo, Piano, Harmonia, Contraponto e Composição, com Josep Prohens. É também licenciado em Direito. Sob a orientação do professor Pedro Valencia, tornou-se pioneiro na introdução das técnicas de Hun Yuan Taichi Chuan, Chi Kung e Meditação taoista e budista, aplicadas à direção de orquestra.Trabalhou com solistas e encenadores prestigiados, nomeadamente com Plácido Domingo, José Bros, Roberto Alagna, Alfredo Kraus, Joan Pons, Carlos Álvarez, Aprile Millo, Ilona Tokodi, Andrea Gruber, Milagros Poblador, María José Moreno, Dolora Zajick, Elena Obratzova, Sylvia Corbacho, Graciela Alperyn, Eugene Kohn, Josep Pons, Nello Santi, Romano Gandolfi, Giuliano Carella, Renato Palumbo, entre outros.Dirigiu inúmeros concertos sinfónicos, polifónicos, corais-sinfónicos, óperas, zarzuelas e oratórios. É regularmente convidado a dirigir diversos coros e orquestra, entra os quais destacamos a Orquestra Filarmónica de Karelia (Rússia), Sinfónica de Berlim, Sinfónica de Brandeburgo, Filarmónica de Augsburg (Alemanha), Sinfónica da Comunidade de Madrid, Orquestra Oviedo Filarmonia, Sinfónica das Baleares, Clássica de Maiorca, Orquestra do Conservatório Superior das Baleares, Camerata Sa Nostra, Orquestra Jovem Balear, Orquestra do Festival de Música de Maiorca e a Banda de Música de Palma.Apresentou-se em Espanha, na Alemanha, no Canadá, na Rússia, Finlândia, em França e Itália e colabora assiduamente com o Festival de Música de Maiorca.Destaca-se o sucesso da sua recente actuação na Filarmonia de Berlim com o Requiem de Verdi, da sua digressão de concertos pela Finlândia e Rússia, do seu concerto com José Bros no Teatro da Zarzuela e da gala com Plácido Domingo.Apresentou-se por diversas vezes perante os Reis de Espanha e o Papa João Paulo II.É, desde Março do corrente, Director Artístico e Musical do Teatro Principal de Palma de Maiorca.É director da Capella Mallorquina, formação coral de prestígio com a qual desenvolve uma actividade intensa, com cerca de 40 concertos anuais.Foi professor de Improvisação, Técnica de Direcção, Coro e Análise no Conservatório Superior de Música das Baleares.Juntamente com o contratenor Don Krim e a pianistaSusan Bradbury levou a cabo a gravação de um CD com obras de Mahler e Lieberson.Nos seus projectos futuros incluem-se concertos com a Sinfónica de Berlim, Filarmónica de Karelia,

Filarmónica de Augsburg, Sinfónica de Brandeburgo, Bayerische Kammerphilharmonie, Sinfónica de Düsseldorf, Orquestra Sinfónica de Bahía Blanca (Argentina), Orquestra da Comunidade de Madrid com a Companhia Nacional de Bailado de Espanha, Orquestra Filarmonia de Oviedo, Orquestra Sinfónica das Baleares e a Sinfónica Nacional de Santo Domingo, na Alemanha, Áustria, Finlândia, Rússia, Suíça e Espanha.

JOSÉ FERREIRA LOBOJosé Ferreira Lobo iniciou a sua actividade profissional em 1979 como Maestro Director da Camerata do Porto, orquestra de câmara que fundou com Madalena Sá e Costa. Com a colaboração de solistas prestigiados internacionalmente, apresentou-se em inúmeros concertos, no país e no estrangeiro. Em 1992, funda a Associação Norte Cultural, sendo o seu projecto o vencedor do primeiro Concurso para criação de Orquestras Regionais, instituído pelo estado português. Neste contexto, cria a Orquestra do Norte, de que é o seu Maestro Titular e Director Artístico. Colaborou com artistas consagrados internacionalmente como Krisztof Penderecki, José Carreras, Júlia Hamari, Regis Pasquier, Katia Ricciarelli, Patrícia Kopatchinskaya, Michel Lethiec, Eteri Lamoris, António Rosado, Dame Moura Linpany, Svetla Vassileva, José de Oliveira Lopes, Vincenso Bello e Fiorenza Cossotto. Da sua carreira internacional destaca-se a direcção de ópera e concerto na África do Sul, no Brasil, na Alemanha, China, Coreia do Sul, no Chipre, em Espanha, nos Estados Unidos da América, no Egipto, em França, na Holanda, Inglaterra, República Checa, Eslováquia, Lituânia, Itália, Letónia, no México, na Polónia, Roménia, Rússia, Suíça, Turquia, Colômbia e na Venezuela, colaborando com orquestras de renome como Manchester Camerata, Orquestra Sinfónica Nacional da Lituânia, Orquestra de Cannes, Orquestra Sinfónica da Galiza, Orquestra Sinfónica de Izmir, Orquestra Filarmónica Checa, Orquestra Sinfónica de Istambul, Orquestra CRR de Istambul, Orquestra da Rádio Televisão de Pequim, Orquestra Sinfónica do Teatro Nacional Cláudio Santoro, Orquestra da Rádio Nacional de Holanda, Orquestra Sinfónica do Estado do México, Orquestra Sinfónica da Universidade de Nuevo Leon, Filarmónica Artur Rubinstein - Lodz, Orquestra Hermitage de St. Petersburg, Orquestra Sinfónica de Zurique – Tonalle, Sinfonieta Eslovaca, Sinfonia Varsóvia, Orquestra

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Filarmónica de Montevideo, Orquestra Nacional de Atenas e com os Seoul Classical Players.José Ferreira Lobo apresentou-se em algumas das mais importantes salas de espectáculo do mundo, nomeadamente na Filarmonia de Munique, Tonhale de Zurique, Ópera Nacional do Cairo, no Centro Cultural de Hong Kong, Centro Cultural de Pequim, Teatro Solis de Montevideo, Teatro Cláudio Santoro de Brasília, Teatro Teresa Carreño de Caracas, na Filarmonia de Vilnius, na sala Smétana de Praga e no Hermitage de São Petersburgo. Interpretou ainda música sacra nas igrejas da Madelaine, em Paris, Catedral de Catânia (Festival Bellini) e Orsanmichele, em Florença. É regularmente convidado a integrar mesas de júri de prestigiados Concursos Internacionais. Dirigiu estreias mundiais de compositores franceses, portugueses, suíços e turcos. Possui um amplo repertório que abrange o clássico e o romântico, passando por trabalhos contemporâneos e trinta títulos de ópera. Gravou para a Rádio Televisão e Rádio Difusão Portuguesas e Rádio Suisse – Romande. Com a Orquestra do Norte gravou nove CD’s.

PATRYCIA GABRELPatrycja Gabrel iniciou a sua educação musical aos sete anos de idade, tendo integrado aos onze na Schola Cantorum Bialostociensis, um dos melhores coros femininos da Polónia.Diplomou-se em Canto pelo Conservatório de Música Fryderyk Chopin em Varsóvia, e prosseguiu a sua formação na Escuela Superior Reina Sofia em Madrid, sob orientação do professor Tom Krause, tendo ainda oportunidade de participar em masterclass com Riri Griest, Tereza Berganza, Charles Kellis e Anita Garanca.Bolseira do Ministério da Cultura Polaco e da Escuela Superior Reina Sofia. Bolseira da Fundaçao Gulbenkian para projectos ENOA. Foi vencedora do prémio “Melhor Jovem Músico da Catedra de Canto Alfredo Krause” e do prémio da Rádio Polónia Antena Dois da competição “Arte da Canção Contemporânea”.Actuou nos principais palcos da Polónia, como o Teatro de Ópera de Varsóvia e a Filarmonia de Varsóvia, e noutros palcos de países europeus. Participou em vários Festivais como- Festival d’Aix-en-Provence, Flagey Brahms Festival em Bruxelas, Witold Lutoslawski Festival.

Em Portugal, estreou-se em Março de 2011 no Grande Auditório da Fundação Calouste Gulbenkian, representando o papel de Solveig na Suite Peer Gynt de Edward Grieg, com a Orquestra Gulbenkian.

LEANDRO CESAR Baixo-barítono brasileiro nascido em Uberlândia (Minas Gerais), iniciou os seus estudos de canto com Sidney Alferes em 2006 e, posteriormente, com a professora Poliana Alves. Neste mesmo ano ingressou no Curso de Canto da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), tendo aulas de canto com o Professor Doutor Flávio Carvalho, e de Treinamento Auditivo com a Professora Maria Célia. Terminou a Licenciatura na Universidade de Évora sob a orientação de Liliana Bizineche. Dirigido pela maestrina Edmar Ferretti, interpretou Don Antonio de Mariz em “Il Guarany” (Outubro/2007, Brasil e Setembro/2009, Paraguai). No âmbito universitário, foi Il Marito em “Amelia al Ballo”, de Menotti e Seneca em “L’incoronazione de Poppea”, de Monteverdi. Em Portugal, foi Escritor em “Biblioteca”, de Zoltan Paulinyi, na sua estreia mundial em Évora, e um dos Frati em “Don Carlo”, de Verdi (TNSC, 2011). Foi ainda solista em “Lady Sarashina”, de Peter Eötvös, na sua estreia nacional em Évora (Julho 2013). Recentemente, foi Don Alfonso em “Così fan tutte”, de Mozart, no âmbito do Atelier de Ópera da Metropolitana, com direcção musical de Pedro Amaral e direcção vocal e cénica de Jorge Vaz de Carvalho. Em oratória, foi solista em “Requiem” de Mozart e de Fauré, “Magnificat”, de Bach e “Passio”, de Arvo Pärt. Vive definitivamente em Portugal desde Setembro de 2010. Foi reforço do Coro do Teatro Nacional de São Carlos entre Julho de 2011 e Dezembro de 2012. Colabora com o Coro Gulbenkian desde Maio de 2011.

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MARIO ALVES DOS SANTOSLicenciado em canto pela Guildhall School of Music & Drama como bolseiro da Gulbenkian, inicia a sua carreira como solista em 2003 nos “Jeunes Voix du Rhin” (Opéra National du Rhin-França) O seu repertório operático inclui Ernesto em “Don Pasquale” (Orq. do Norte), Anthony em “Sweeney Todd”, Duca di Mantova em “Rigoletto”, Die Hexe-A Bruxa em “Hansel & Gretel” de Humperdinck. Ferrando em “Cosí fan Tutte”, Monostatos em “Zauberflöte”(2011) e El Remendado em “Carmen”(2012) ambos no Seefestspiele em Berlim (GER), Prunier em “La Rondine” (Puccini) no TNSC, Kornélis em “La Princesse Jaune” de C. Saint-Saëns, Pierre em “The Wandering Scholar” de G. Holst e The Governor / Vanderdendur / Ragotski em “Candide” de L. Bernstein (TNSC). Apresentou-se em 2014 nas Galas Verdi do TNSC e da Orq. Sinfónica Juvenil bem como em “Les Beatitudes” (Cesar Franck) com a OSP no CCB, reencarnou Ferrando com a Orq. Metropolitana e foi Nearco em “Poliuto” tendo ainda participado na Homenagem a Eliabete Matos como Spoletta em “Tosca” e Altoum em “Turandot” no TNSC. Compromissos em 2015 incluem a ópera “Armida” de Myslivecek (Orq. Metropolitana) e Malcolm em “Macbeth” (TNSC). Do repertório sinfónico destacam-se concertos com a Orq. Gulbenkian, Remix Ensemble, Orq. Metropolitana de Lisboa, O.S.P., Orq. do Algarve, Orq. Fil. das Beiras, Orq. Clássica de Espinho, Orq. do Norte, Orq. Sinfónica Juvenil e Divino Sospiro, tendo actuado na Fundação Gulbenkian, CCB, Casa da Música, Coliseu do Porto entre outros tendo ainda participado em concertos e recitais em Portugal, França, Itália e Reino Unido.

ALBERT MONTSERRAT Nasceu em Barcelona, completando a sua formação no Conservatório de Música do Liceu, com Carmen Bustamante. Ganhou o primeiro prémio no concurso Lyric Jerezano e Concurso de Canto Internacional de Logroño. A extensão de voz leva-o a começar carreira como barítono, tendo em outubro de 2002 estreado como tenor em Madama Butterfly (no papel de Pinkerton). A partir desse momento começa uma nova jornada, que o irá levar a especializar-se em reportório do romantismo tardio e em autores italianos como Leoncavallo, Mascagni, Puccini, Giordano, Cilea e Verdi,

entre outros.Tem interpretado inúmeros papéis principais de obras como Cavalleria rusticana, Pagliacci, Le Villi, Manon Lescaut, Tosca, La Bohème, Adriana Lecouvreur, Luisa Miller, Il Corsaro, Otello. Apresentou-se já também com grande sucesso em produções de Norma, de Bellini, em Fidelio, de Beethoven, Fausto, de Gounod, e Carmen, de Bizet.No campo da oratória e reportório sinfónico canta o Requiem de Verdi, Stabat Mater de Dvorak, a Nona Sinfonia de Beethoven, para além de fazer inúmeros recitais de obras espanholas (Granados, Falla, Albeniz, Montsalvatge) e participar frequentemente na temporada do Teatro de La Zarzuela, em Madrid.Tem trabalhado sob a direcção dos seguintes maestros: Angelo Cavallaro, Gómez Martínez, Patrón de Rueda, Miguel Roa, Tamas Pall, Josep Pons, Marbà Ros Garcia Asensio Josep Caballé, David Gimenez, Ybes Abel, Miquel Ortega, Luis Remartinez, Peter Falck, Lui Jia, José María Collado, Christopher Soler, Cyril Diderich, David Levi, Jordi Bernacer, Yaron Traub e Rafael Frühbeck de Burgos, entre outros.

CRISTINA FAUS MEIO-SOPRANOiniciou os estudos musicais na sua cidade natal, Valência. Depois de se formar em Ensino Musical pela Universidade de Ciências de Educação de Valência, decide prosseguir os estudos de canto, graduando-se com distinção no Conservatório Joaquín Rodrigo. Venceu o concurso de canto “Toti Dal Monte”, em Itália, com a interpretação de Cenerentola na ópera “La Cenerentola”, de G.Rossini. É escolhida então pelo maestro Alberto Zedda para interpretar o papel de Melibea na ópera “Il Viaggio a Reims” de Rossini. A partir desse momento passa a concentrar-se em papéis de G. Rossini e no grande repertório de bel canto italiano, que tem apresentado tanto em produções de ópera como em recitais. Do seu reportório fazem também parte personagens clássicas, bem como do romantismo francês, sendo a sua presença cada vez mais disputado nos palcos internacionais.

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ORQUESTRA DO NORTEA Orquestra do Norte concretiza, desde 1992, o projecto de descentralização da cultura musical, apresentado pela Associação Norte Cultural, vencedora do primeiro concurso nacional para a criação de orquestras regionais, instituído pelo Estado Português nesse mesmo ano. Com a titularidade de José Ferreira Lobo, a ON foi iniciadora de um trabalho verdadeiramente pioneiro e inédito, tendo-se afirmado no panorama da música erudita, sendo hoje uma instituição reconhecida nacional e internacionalmente. Os objectivos básicos pelos quais sempre se pautou a actividade da Orquestra do Norte passam pela criação de novos públicos, pelo apoio à música e aos músicos portugueses e pela constante renovação do repertório. Vinte e dois anos depois, estes critérios continuam a ser fundamentais para a instituição.Agente de transformações na gestão cultural do nosso País e criadora de um novo paradigma musical, desenvolve uma intensa actividade com temporadas regulares de norte a sul do país. Realizou mais de 3.000 espectáculos em mais de uma centena de diferentes lugares. A ON apresentou-se ainda em Espanha, França e Alemanha.Consciente da importância que representam o aumento e a diversificação da oferta artística qualificada no desenvolvimento cultural da população, no alargamento de públicos e na formação do gosto, a Orquestra do Norte apresentou as obras mais representativas dos grandes compositores da história da música. Servindo o grande repertório orquestral, desde o barroco até ao presente, dá especial atenção à difusão da música portuguesa. João de Sousa-Carvalho, Luís de Freitas Branco, Francisco Lacerda, Corrêa de Oliveira e Joly Braga Santos foram alguns dos compositores portugueses abordados.Os espectáculos da ON incluem concertos sinfónicos, didáctico-pedagógicos, ópera, música de bailado e de câmara. Para além da música erudita, tem abarcado outros géneros musicais, como é o caso do Jazz e música ligeira. A programação da Orquestra do Norte abriu-se a um repertório mais amplo e variado no qual, juntamente com as partituras básicas do repertório sinfónico ocidental, abundam primeiras audições, tanto de música de recente criação, como partituras recuperadas do passado histórico-musical. Com isto,

a ON prossegue e intensifica a sua vontade de atender à música dos nossos dias, apresentando obras de compositores como Krzysztof Penderecki, Kristoff Maratka, Karl Fiorini, Alexandre Delgado, Filipe Pires, Nuno Côrte-real, Miguel Faria, José Firmino de Morais Soares, Joaquim dos Santos, Marc-André Rappaz, Emile Ceunink e François-Xavier Delacoste.Sedeada na cidade de Amarante, a Orquestra do Norte integra profissionais de reconhecido mérito e tem, habitualmente, a colaboração de prestigiados maestros, solistas e coros nacionais e estrangeiros. Dos conceituados directores de orquestra que subiram ao pódio da ON referimos Juozas Domarkas, Krzysztof Penderecki, Federico Garcia Vigil, Álvaro Cassuto e Rengim Gokmen. A ON contou ainda, durante cerca de 17 anos, com a distinta colaboração do maestro Gunther Arglebe enquanto maestro adjunto.Alguns dos mais destacados solistas vocais e instrumentais portugueses e estrangeiros actuaram nos concertos da ON: entre muitos nomes destacamos António Rosado, Eva Maria Zuk, Avri Levitan, Patricia Kopatchinskaja, Kirill Troussov, Michel Lethiec, Robert Kabara, Placido Domingo, José Carreras, Ileana Cotrubas, Julia Hamari, Fiorenza Cossoto e Svetla Vassileva.Para além da participação regular do seu próprio coro, a Orquestra do Norte colabora ainda com prestigiados coros nacionais e estrangeiros. A assistência da ON ronda os cinquenta mil espectadores / ano, o que revela a sua capacidade de resposta aos diferentes tipos de público e o especial cuidado com a formação dos jovens, através dos concertos pedagógicos que são orientados e executados numa perspectiva didáctica. A orquestra dedica ainda parte do seu tempo a gravações, tendo co-produzido até ao momento 13 edições discográficas.A Orquestra do Norte conta com o apoio da Secretaria de Estado da Cultura e tem colaborado com setenta e uma autarquias, fundações, empresas patrocinadoras e instituições culturais.

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ELENCO ON

Maestro Titular - José Ferreira Lobo

I ViolinosSandor Farkas Rómulo Assis Mario Braña Miksa Iranyossy-Knoblauch Mark Herendi José Ferrer Natália Konik Jorge Diaz

II ViolinosClara Badia Campos António NavarroPilar Serrano Cristian Alvarez Malgorzata Szymanska Fábio Salgado

ViolasClaudia Cantero Helena LeãoMaryia Sotirova Paula Varela Almudena Arribas

VioloncelosGustavo Lapresta Elsa PidreIsabel Lopez Rosaliya Rashkova Adriana Ceia

ContrabaixosNelson Fernandes Bruno Carneiro

HarpaEmanuela Nicoli

FlautasKayoko Minamino Catarina Ferreira

OboésRussell Tyler Pablo Robles

ClarinetesNuno Madureira Cátia Rocha

FagotesJoaquim Teixeira Adam Odoj

TrompasMário ReisRoberto SousaRebecca HolsingerNelson Silva

TrompetesCarlos Ribeiro Flávio Silva

TrombonesMarco Rascão José Pereira Jorge Freitas

Tímpanos e PercussãoKazuko OsadaBruno Guia

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FICHA TÉCNICA - LIVRO NOD

ProduçãoAssociação de Amigos da Orquestra do Norte

IlustraçõesGracinda MarquesEncosta 1999 - Óleo s/ tela, Coleção Museu do Douro (MD 394)Douro XX 2000 - Tinta da china s/ papel, Coleção Museu do Douro (MD 687)Douro XII 2000 - Tinta da china s/ papel, Coleção Museu do Douro (MD 688)

DesignRute Martins, UNDO

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Produção

Apoio Institucional

Parceria

Promotores

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Orquestra do Norte - 2015