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POLÍTICA DE PREVENÇÃO AOS CRIMES DE LAVAGEM DE DINHEIRO E CORRUPÇÃO TAILOR MADE SOLUTIONS WITH GLOBAL RESOURCES AND LOCAL DECISION Assunto Identificação Responsável Publicado em Diretoria Jurídica e de Compliance 30/06/2021 Normativos Vinculados Revisado em Nenhum 16/06/2021 Objetivo: Definir e estabelecer as diretrizes para a prevenção, detecção, reporte e encaminhamento do crime de Lavagem de Dinheiro ou ocultação de bens, direitos e valores provenientes de atividade criminosa, bem como, a prevenção e coibição ao crime de corrupção passiva e ativa. I - Introdução O objetivo desta Política é divulgar a todos os colaboradores, fornecedores, corretores de seguros e parceiros de negócios da Fairfax Brasil Seguros Corporativos SA e Fairfax Brasil Participações Ltda, coligadas e controladas, independentemente do nível hierárquico, os normativos abaixo relacionados e promover a devida e necessária conscientização acerca das obrigações das companhias, na identificação e comunicação de quaisquer indícios de crime de lavagem ou ocultação de bens, direitos e valores ao COAF – Conselho de Controle de Atividades Financeiras, bem como, cumprir e seguir as leis anticorrupção e os procedimentos previstos nesta Política. Fairfax Brasil Seguros Corporativos S.A. CNPJ 10.793.428/0001-92 - Registro Susep: 4669 Al. Santos, 1940 - 4º andar - São Paulo/SP - 01418-102 www.fairfax.com.br SAC Fairfax: 0800 014 3004 - [email protected] Ouvidoria: 0800 000 0000 [email protected] Atendimento exclusivo a pessoas com necessidades especiais de fala e audição: 0800 602 5058 Política de Prevenção aos Crimes de Lavagem de Dinheiro e Corrupção. Responsável pela Política: Diretoria Jurídica e de Compliance Abrangência: Fairfax Brasil Seguros Corporativos S.A. Fairfax Brasil Participações Ltda., coligadas e controladas. Aplicação: Imediata

Norma nº 14/2018 Área Responsável: Diretoria Jurídica e de

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POLÍTICA DE PREVENÇÃO AOS CRIMES DE LAVAGEM DE DINHEIRO E CORRUPÇÃO

TAILOR MADE SOLUTIONS WITH GLOBAL RESOURCES AND LOCAL DECISION

Assunto Identificação

Responsável Publicado em Diretoria Jurídica e de Compliance 30/06/2021

Normativos Vinculados Revisado em Nenhum 16/06/2021

Objetivo:

Definir e estabelecer as diretrizes para a prevenção, detecção, reporte e encaminhamento

do crime de Lavagem de Dinheiro ou ocultação de bens, direitos e valores provenientes de

atividade criminosa, bem como, a prevenção e coibição ao crime de corrupção passiva e

ativa.

I - Introdução

O objetivo desta Política é divulgar a todos os colaboradores, fornecedores, corretores de

seguros e parceiros de negócios da Fairfax Brasil Seguros Corporativos SA e Fairfax Brasil

Participações Ltda, coligadas e controladas, independentemente do nível hierárquico, os

normativos abaixo relacionados e promover a devida e necessária conscientização acerca

das obrigações das companhias, na identificação e comunicação de quaisquer indícios de

crime de lavagem ou ocultação de bens, direitos e valores ao COAF – Conselho de Controle

de Atividades Financeiras, bem como, cumprir e seguir as leis anticorrupção e os

procedimentos previstos nesta Política.

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Política de Prevenção aos Crimes de Lavagem de Dinheiro e Corrupção.

Responsável pela Política:

Diretoria Jurídica e de Compliance

Abrangência:

Fairfax Brasil Seguros Corporativos S.A.

Fairfax Brasil Participações Ltda., coligadas e controladas.

Aplicação:

Imediata

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Esta Política está assim dividida:

i. Principais aspectos da Lei nº 12.846/2013 (Lei Anticorrupção) - que dispõe sobre

a responsabilização administrativa e civil de pessoas jurídicas pela prática de atos contra a administração pública, nacional ou estrangeira;

ii. Principais aspectos da Lei nº 12.683/2012 (Lei de crimes de lavagem de dinheiro)

– que dispõe sobre os crimes de lavagem ou ocultação de bens, direitos e valores a prevenção da utilização do sistema financeiro para os ilícitos previstos na lei e que cria o Conselho de Controle de Atividades Financeiras – COAF);

iii. Principais aspectos da Circular 612/2020 da SUSEP - que dispõe sobre as políticas,

os procedimentos e os controles internos destinados especificamente à prevenção e combate aos crimes de “lavagem” ou ocultação de bens, direitos e valores, ou aos crimes que com eles possam relacionar-se, bem como, à prevenção e coibição do financiamento ao terrorismo (“Lavagem de Dinheiro”).

Destaca-se, por oportuno, que esta Política não elimina a necessidade da atenta leitura dos textos das leis e circulares.

Considerando que as seguradoras também podem servir de canal para o crime de lavagem de dinheiro e corrupção, a SUSEP – Superintendência de Seguros Privados, publicou normativos infralegais para coibir a prática deste crime através do mercado segurador brasileiro.

As regras da SUSEP, bem como a legislação em vigor sobre à prevenção à lavagem de dinheiro e corrupção devem ser cumpridas, caso contrário a seguradora e seus gestores poderão sofrer severas penalidades.

Portanto, todos devem tomar conhecimento com muita atenção do conteúdo desta Política.

II – Governança Corporativa da Fairfax

De acordo com a definição do Banco Mundial, Governança Corporativa é “a maneira pela qual o poder é exercido no gerenciamento dos recursos econômicos e sociais para o desenvolvimento”.

A área de Compliance, Controles Internos, Gestão de Riscos e Auditoria, são áreas complementares, independentes, com reporte direto para a alta direção, e que trabalham em conjunto para garantir a boa Governança Corporativa na Fairfax Brasil.

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É muito importante entender o escopo de atuação de cada um desses departamentos,que passam a ter importante papel no cumprimento da Circular SUSEP nº 612/2020.

III - Lei nº 12.846, de 01/08/2013 – Lei Anticorrupção

A Fairfax Brasil Seguros Corporativos S/A e empresas da holding Fairfax, estão comprometidas em seguir as leis anticorrupção.

3.1. Conceito

De acordo com os artigos 317 e 333 do Código Penal brasileiro, a corrupção pode serpassiva ou ativa:

3.1.1. Corrupção Ativa:

Art. 333 - Oferecer ou prometer vantagem indevida a funcionário público, para determiná-lo a praticar, omitir ou retardar ato de ofício:

Pena – reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa. (Redação dada pela Lei nº 10.763, de 12.11.2003)

Parágrafo único - A pena é aumentada de um terço, se, em razão da vantagem ou promessa, o funcionário retarda ou omite ato de ofício, ou o pratica infringindo dever funcional.

3.1.2. Corrupção Passiva: Art. 317 - Solicitar ou receber, para si ou para outrem,

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direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal vantagem:

Pena – reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa. (Redação dada pela Lei nº 10.763, de 12.11.2003)

§ 1º - A pena é aumentada de um terço, se, em conseqüência da vantagem ou promessa, o funcionário retarda ou deixa de praticar qualquer ato de ofício ou o pratica infringindo dever funcional.

§ 2º - Se o funcionário pratica, deixa de praticar ou retarda ato de ofício, com infração de dever funcional, cedendo a pedido ou influência de outrem:

Pena - detenção, de três meses a um ano, ou multa.

Considera-se corrupção, nos termos do artigo 5º da Lei nº 12.841 de 01 de agosto de 2013, atos lesivos à administração pública, nacional ou estrangeira, praticados pelas pessoas jurídicas que atentem contra o patrimônio público nacional ou estrangeiro, contra os princípios da administração pública ou contra os compromissos internacionais assumidos pelo Brasil, assim definidos:

i. Prometer, oferecer ou dar, direta ou indiretamente, vantagem indevida a agente

público, ou a terceira pessoa a ele relacionada;

ii. comprovadamente, financiar, custear, patrocinar ou de qualquer modo

subvencionar a prática dos atos ilícitos previstos nesta Lei;

iii. comprovadamente, utilizar-se de interposta pessoa física ou jurídica para ocultar ou dissimular seus reais interesses ou a identidade dos beneficiários dos atos praticados;

iv. no tocante a licitações e contratos:

v. frustrar ou fraudar, mediante ajuste, combinação ou qualquer outro expediente, o

caráter competitivo de procedimento licitatório público;

vi. impedir, perturbar ou fraudar a realização de qualquer ato de procedimento

licitatório público;

vii. afastar ou procurar afastar licitante, por meio de fraude ou oferecimento de

vantagem de qualquer tipo;

viii. fraudar licitação pública ou contrato dela decorrente;

ix. criar, de modo fraudulento ou irregular, pessoa jurídica para participar de licitação

pública ou celebrar contrato administrativo;

x. obter vantagem ou benefício indevido, de modo fraudulento, de modificações ou prorrogações de contratos celebrados com a administração pública, sem

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autorização em lei, no ato convocatório da licitação pública ou nos respectivos instrumentos contratuais; ou

xi. manipular ou fraudar o equilíbrio econômico-financeiro dos contratos celebrados

com a administração pública.

O objetivo desta lei é dispor sobre a responsabilização objetiva administrativa e civil de pessoas jurídicas pela prática de atos contra a administração pública, nacional ou estrangeira.

3.2. Atos Lesivos Proibidos:

i. Pagamento direto ou indireto de suborno a agentes públicos brasileiros ou estrangeiros, ou sua tentativa;

ii. Fraudes em licitações e contratos administrativos;

iii. Dificultar fiscalizações e investigações governamentais.

Observação: O conceito “suborno”, engloba: refeições, viagens e entretenimento; presentes, brindes; pagamentos facilitadores; contribuições a causas beneficentes suspeitas; contribuições políticas; patrocínios; aquisições.

3.3. Consequências do Envolvimento Direto ou Indireto em Ações Caracterizadas como de Corrupção:

i. Responsabilização objetiva (independente de culpa), nos âmbitos civil e

administrativo;

ii. Responsabilização individual dos dirigentes e administradores (na medida de sua

culpabilidade);

iii. A pessoa jurídica é responsabilizada, independentemente da responsabilização

individual das pessoas físicas;

iv. Mesmo em caso de reorganização societária, a empresa sucessora é envolvida. Neste caso, a responsabilidade da sucessora se dá com relação ao pagamento de multa e reparação integral do dano causado, até o limite do patrimônio transferido;

v. As sociedades controladoras, controladas, coligadas, também respondem

solidariamente, no que se refere ao pagamento da multa e reparação dos danos;

vi. Possibilidade de acordo de leniência – delação premiada – nesta hipótese a pena pode ser reduzida em até 2/3 do valor da multa, não publicação da decisão condenatória, não proibição de recebimento de incentivos, subsídios, subvenções.

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3.4. Penalidades

i. Na esfera administrativa a sanção varia de multa de 0,1% a 20% do faturamento

bruto do último exercício anterior ao da instauração do processo administrativo ou multa de R$6.000,00 a R$60 milhões;

ii. Publicação da decisão condenatória (risco a imagem devido à publicidade);

iii. Reparação dos danos no âmbito civil;

iv. Perdimento dos bens que representem direta ou indiretamente vantagem obtidada

infração;

v. Suspenção ou interdição parcial das atividades;

vi. Dissolução compulsória da pessoa jurídica;

3.5. Canal de Comunicação

A suspeita de qualquer atividade realizada em desacordo com os normativos legais e infralegais, políticas, procedimentos e regulamentos da Fairfax, deverá ser imediatamente reportada para área de Compliance ou ao canal de denúncias, nos seguintes e-mails:

[email protected] [email protected]

Todo o tratamento necessário para a denúncia será efetuado com seriedade, respeitoe preservação da identidade e sigilo do denunciante.

IV – Lei nº 12.683 de 09 de julho de 2012 e Circular SUSEP nº 612/2020 – Sistema Brasileiro de Prevenção à Lavagem de Dinheiro e ao Financiamento ao Terrorismo:

4.1. Conceito

Em 03 de Março de 2008, o Brasil, dando continuidade a compromissos internacionais assumidos a partir da assinatura da Convenção de Viena de 1988, aprovou, com base na respectiva Exposição de Motivos, a Lei de Lavagem de Dinheiro ( Lei nº 9.613), atualmente alterada pela Lei nº 12.683, de 09.07.2012.

Com a alteração trazida pela Lei nº 12.683/2012, qualquer infração penal relacionada com as situações previstas no artigo 1º desta Lei, caracteriza o crime de Lavagem de Dinheiro.

Também está sujeito à mesma pena, quem se utiliza de atividade econômica ou financeira, de bens, de diretos ou de valores decorrentes de crimes.

De acordo com esta Lei, considera-se crime de Lavagem de Dinheiro:

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“Art. 1º Ocultar ou dissimular a natureza, origem, localização, disposição, movimentação ou propriedade debens, direitos ou valores provenientes, direta ou indiretamente, de infração penal.

Pena: reclusão, de 03 (três) a 10 (dez) anos e multa.

§ 1º Incorre na mesma pena quem, para ocultar ou dissimular a utilização de bens, direitos ou valores provenientes de infração penal:

I - os converte em ativos lícitos;

II - os adquire, recebe, troca, negocia, dá ou recebe em garantia, guarda, tem em depósito, movimenta ou transfere;

III - importa ou exporta bens com valores não correspondentes aos verdadeiros.

§ 2º Incorre, ainda, na mesma pena quem:

I - utiliza, na atividade econômica ou financeira, bens, direitos ou valores que sabe serem provenientes de qualquer dos crimes antecedentes referidos neste artigo;

I - utiliza, na atividade econômica ou financeira, bens, direitos ou valores provenientes de infração penal; (Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012);

II - participa de grupo, associação ou escritório tendo conhecimento de que sua atividade principal ou secundária é dirigida à prática de crimes previstos nesta Lei”.

Assim, o crime de lavagem de dinheiro caracteriza-se por um conjunto de operações comerciais ou financeiras que buscam a incorporação na economia de cada país, de modo transitório ou permanente, de recursos, bens ou valores de origem ilícita e que se desenvolvem por meio de um processo dinâmico que envolve, teoricamente, três fases independentes que, com frequência, ocorrem simultaneamente:

a) Colocação; b) Ocultação; c) Integração.

a) Colocação: A colocação caracteriza-se pela colocação do dinheiro no sistema econômico, objetivando ocultar sua origem e tem as seguintes características:

i. O criminoso costuma movimentar o dinheiro em países com regras mais

permissivas e naqueles que possuem um sistema financeiro liberal.

ii. A colocação se efetua por meio de depósitos, compra de instrumentos negociáveis ou compra de bens.

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iii. Para dificultar a identificação da procedência do dinheiro, os criminosos aplicam técnicas sofisticadas e cada vez mais dinâmicas, tais como o fracionamento dos valores que transitam pelo sistema financeiro e a utilização de estabelecimentos comerciais que usualmente trabalham com dinheiro em espécie.

b) Ocultação: A ocultação consiste em dificultar o rastreamento contábil dos recursos ilícitos e tem as seguintes características:

i. O objetivo é quebrar a cadeia de evidências ante a possibilidade da realização de

investigações sobre a origem do dinheiro.

ii. Os criminosos buscam movimentar o dinheiro de forma eletrônica, transferindo os ativos para contas anônimas – preferencialmente, em países amparados por lei de sigilo bancário – ou realizando depósitos em contas "fantasmas".

c) Integração: A integração consiste em incorporar os ativos provenientes do crime no sistema econômico e tem as seguintes características:

i. As organizações criminosas buscam investir em empreendimentos que facilitem

suas atividades podendo tais sociedades prestarem serviços entre si.

ii. Uma vez formada a cadeia, torna-se cada vez mais fácil legitimar o dinheiro ilegal.

Assim, torna-se necessário identificar toda e qualquer operação suspeita, principalmente na colocação do dinheiro proveniente do crime no sistema financeiro, e comunicar o fato às autoridades. Se isso não ocorrer, o dinheiro do crime será integrado às operações legais corriqueiras e não será mais possível pegar os criminosos

4.2. Atribuições legais na prevenção e coibição dos crimes de lavagem dedinheiro

O arcabouço legal brasileiro para lidar com o problema da lavagem de dinheiro foi definido pela Lei nº 12.683, de 09 de julho de 2012, que alterou a Lei nº 9.613, de 3 de

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março de 1998, a qual dispõe sobre as medidas legais necessárias, a definição do crime de lavagem de dinheiro, as medidas preventivas, o sistema de comunicação de operação suspeita, a criação do COAF – Conselho de Controle de Atividades Financeiras e os vários mecanismos de cooperação internacional.

Referida Lei, combinada com a Circular SUSEP nº 612/2020, obriga as sociedades seguradoras e de capitalização; os resseguradores locais e admitidos; as entidades abertas de previdência complementar; as sociedades cooperativas autorizadas a funcionar pela SUSEP; as sociedades corretoras de resseguro; as sociedades corretoras de seguros, de capitalização e de previdência complementar aberta, a adotarem políticas, procedimentos, e os controles internos destinados à prevenção e ao combate aos crimes de lavagem e dinheiro.

Os meios de comunicação, como jornal, rádio e televisão, estão constantemente noticiando fatos que envolvem tráfico de drogas, de armas, sequestros, terrorismo, crimes contra a Administração Pública e contra o Sistema Financeiro. Todas essas atividades ilegais geram bastante dinheiro.

O crime de lavagem de dinheiro aumentou muito e se sofisticou, sendo hoje praticado não só por indivíduos isolados e independentes, mas também por quadrilhas; uma verdadeira indústria do crime.

De acordo com a Circular SUSEP nº 612/2020, os procedimentos e controles internos devem ser efetivos e consistentes com a natureza, complexidade e riscos das operações realizadas, baseados nas seguintes premissas:

i. Identificação;

ii. Avaliação; iii. Controle e monitoramento dos riscos

Lei nº 12.683, de 09 de julho de 2012, que alterou a Lei nº 9.613, de 3 de março de 1998, atribuiu às pessoas jurídicas de diversos setores econômico-financeiros maior responsabilidade na identificação de seus respectivos clientes e manutenção de registros de todas as operações e na comunicação de operações suspeitas, sujeitando-as ainda às penalidades administrativas pelo descumprimento das obrigações.

Assim, torna-se necessário identificar toda e qualquer operação suspeita, principalmente na colocação do dinheiro proveniente do crime no sistema financeiro, e comunicar o fato às autoridades. Se isso não ocorrer, o dinheiro do crime será integrado às operações legais corriqueiras e não será mais possível pegar os criminosos.

4.3. Identificação, avaliação, controle e monitoramento dos riscos:

Um dos princípios fundamentais na prevenção aos crimes de Lavagem de Dinheiro é o princípio do “conheça o seu cliente, beneficiários, colaboradores, terceiros, partes relacionadas, com a devida manutenção dos registros físicos e eletrônicos.

Sendo assim, os seguintes procedimentos deverão ser observados na Fairfax:

4.3.1. Conheça seus colaboradores:

Cabe ao departamento de recursos humanos da Fairfax, fazer a análise cadastral e a

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atualização de cadastro de todos os colaboradores, considerando os seguintes critérios de riscos:

A cada nova contratação, o departamento de recursos humanos deverá efetuar a consulta do colaborador ou consultor no sistema Neoway, no módulo“Search”. Se houver algum apontamento relacionado às situações de risco médio (amarelo) ou risco alto (vermelho), o departamento de compliance deve ser acionado para análise e deliberação.

Os casos com risco médio (amarelo), após análise de compliance e elaboração do respectivo parecer, ficarão na alçada da diretoria jurídica e de compliance para deliberação quanto à contratação. Esses casos deverão ser monitorados a cada dois anos e checados pela auditoria interna.

Os casos com risco alto (vermelho) a regra é não contratar. Entretanto, se a área gestora entender que a contratação é importante, após análise de compliance e elaboração do respectivo parecer, o caso será enviado para deliberação da diretoria estatutária. Havendo a contratação, o monitoramento e a checagem será efetuada anualmente pela Auditoria Interna, até que a situação de risco desapareça.

Perfil de Risco Monitoramento Ação a ser tomada

Responsável pela

decisão sobre

eventuais casos

suspeitos

Baixo Não aplicável Seguir o processo -

Médio

Critério de Risco

Jurídico/Compliance

com alçadaNão aplicável

Avaliação de risco: Contratação de colaboradores CLT e consultores PJ

PEP ou está relacionado a um PEP

1 - Não identificada nenhuma restrição

DiretoriaNão aplicável

Se presente pelo menos 1 dos itens abaixo:

Se presente pelo menos 1 dos itens abaixo:

1 - Processo criminal para os seguintes tipos de crimes:

roubo, furto, estelionato, corrupção, formação de

quadrilha, tráfico de entorpecentes.

2 - Processo administrativo de fraude à licitação

3 - Processo administrativo ou judicial de sonegação fiscal;

Enviar para análise

do Compliance

Enviar para análise

do Compliance

Alto

Perfil de Risco Monitoramento Ação a ser tomada Responsável pela ação

Responsável pela

decisão sobre

eventuais casos

suspeitos

Baixo Não necessário Nenhuma - -

Médio A cada dois anos

Análise dos negócios

fechados, mediante

amostragem

Auditoria Interna

realiza a checagem e

envia resultado da

análise para

Jurídico/Compliance

Diretoria

Alto Anual

Auditoria nos

pagamentos

efetuados

Auditoria Interna

realiza a checagem e

envia resultado da

análise para

Diretoria

Todos os colaboradores e consultores que não têm acesso

a solicitar ou processar pagamentos ou que não aprovam

pagamentos

Colaboradores das áreas de subscrição e comercial;

consultores na área de negócios

Colaboradores e consultores que têm acesso a solicitar ou

processar pagamentos ou que aprovam pagamentos

Critério de Risco

Avaliação de risco de atividades exercidas: colaboradores CLT e consultores PJ

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Além da classificação de risco pelo resultado da pesquisa (risco baixo, risco médio e risco alto), os colaboradores contratados são classificados segundo a atividade exercida, como sendo de menor ou maior risco, para efeitos de monitoramento.

As atividades em que o colaborador tem acesso a sistemas de pagamento, para solicitação e processamento, são classificados como atividades de maior exposição e, por esta razão, terão um monitoramento anual pela auditoria interna, através da auditoria por amostragem dos pagamentos e solicitações de pagamentos efetuados.

Os colaboradores da área comercial e de subscrição, ou mesmo consultores das áreas de negócios, são classificados como atividades de médio risco. O monitoramento pela Auditoria Interna será a cada dois anos, através da análise por amostragem de negócios fechados.

As demais atividades são classificadas como de menor risco e a análise cadastral ocorrerá somente na contratação do colaborador ou caso ele seja transferido para alguma área de risco médio ou alto. .

4.3.2. Conheça seus fornecedores, resseguradores, corretores de seguros,brokers de resseguro, parceiros de negócios:

Cabe ao departamento de compliance da Fairfax, fazer a análise cadastral e a atualização de cadastro de todos os fornecedores.

A área de cadastro será a responsável pela análise cadastral e a atualização de cadastro de todos os resseguradores, corretores de seguros, brokers de resseguro, parceiros de negócios (incluindo estipulantes e representantes de seguro).

A pesquisa cadastral será efetuada no sistema Neoway, no módulo “Search”, considerando os seguintes critérios de risco e monitoramento:

Perfil de Risco Critério de Risco Monitoramento Ação a ser tomada

Responsável pela

análise na plataforma

Neoway e Serasa

Responsável por solicitar

preenchimento do

formulário de due diligence

Responsável pela

decisão sobre riscos

Baixo Não identificada nenhuma restriçãoRenovação do

contratoNenhuma

Compliance para

fornecedores e demais

casos Cadastro

Cadastro/Solicitante N/A

Médio

Se presente pelo menos 01 dos seguintes itens:

1) CPF ou CNPJ cujo status é diferente de ativo

2) Consulta Serasa com restritivos cujo valor > 10% do

faturamento anual;

3) Processo de recuperação judicial;

4) Processo judicial contra a Fairfax

SemestralEnviar para análise de

Compliance

Compliance para

fornecedores e demais

casos Cadastro

Cadastro/SolicitanteCompliance ou

Diretoria

Alto

Se presente pelo menos 1 dos itens abaixo:

1) Processo criminal de roubo, furto, estelionato, corrupção,

formação de quadrilha, tráfico de entorpecentes; lavagem de

dinheiro, ilícito contra o sistema financeiro e mercados de

capitais brasileiros ou internacionais

2) Processo administrativo ou judicial de fraude à licitação;

3) Processo administrativo ou judicial de sonegação fiscal;

4) Processo de falência.

Bimestral

Regra: Não contratar

Caso a contratação seja

estratégica, gestor deverá

submeter a solicitação para

aprovação da Diretoria

Compliance para

fornecedores e demais

casos Cadastro

Cadastro/Solicitante Diretoria

Prestadores de Serviços , Corretores de Seguros, Brokers e Parceiros de Negócios

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CNPJ 10.793.428/0001-92 - Registro Susep: 4669

Al. Santos, 1940 - 4º andar - São Paulo/SP - 01418-102

www.fairfax.com.br

SAC Fairfax: 0800 014 3004 - [email protected]

Ouvidoria: 0800 000 0000 [email protected]

Atendimento exclusivo a pessoas com necessidades especiais de fala e audição: 0800

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l Seguros Corporati

Os casos classificados como de risco baixo (verde), serão reavaliados toda vez que houver a renovação do contrato. Os casos classificados como de risco médio (amarelo) após análise de compliance e elaboração do respectivo parecer, ficarão na alçada da diretoria jurídica e de compliance para deliberação quanto à contratação. Esses casos deverão ser monitorados semestralmente pelo departamento de compliance.

Os casos com risco alto (vermelho) a regra é não contratar. Entretanto, se a área gestora entender que a contratação é importante, após análise de compliance e elaboração do respectivo parecer, o caso será enviado para deliberação da diretoria estatutária. Havendo a contratação, o monitoramento e a checagem será efetuada bimestralmente.

4.3.3. Conheça seus clientes:

Cabe à área de subscrição, efetuar a análise cadastral de seus clientes e respectiva atualização de cadastro. A pesquisa cadastral será efetuada no sistema Neoway, nos módulos “Search”, considerando os seguintes critérios de risco e monitoramento:

Perfil de Risco Critério de Risco Monitoramento Ação a ser tomada

Responsável pela

decisão sobre

eventuais casos

suspeitos

Baixo Não identificada nenhum restrição

Na renovação do seguro, endosso

com movimentação de prêmio ou na

regulação de sinistro

Nenhuma N/A

Baixo PEP (primário ou secundário)

Na renovação do seguro, endosso

com movimentação de prêmio ou na

regulação de sinistro

Cadastrar no I4Pro follow up para que

qualquer pagamento, movimentação,

renovação na apólice tenha a aprovação a

alçada competente

N/A

Médio

Se presente pelo menos 01 dos seguintes itens:

1) PEP (primário ou secundário ) + um dos itens abaixo:

ou se não for PEP, mas tiver um dos itens abaixo:

2) CPF ou CNPJ com status diferente de ativo

3) processo de recuperação judicial;

4) CPF ou CNPJ presente em processos judiciais ou administrativos

que não sejam os listados no score vermelho, que seja parte

passiva na justiça federal (exceto do trabalho) e cível (exceto

juizados)

5) Processos em que a Fairfax seja parte passiva

5) Listas internacionais para produtos sem resseguro

6) Midia negativa (Validar internamente)

Semestral Enviar para análise de Compliance Jurídico/Compliance

Alto

Se presente pelo menos 1 dos itens abaixo:

1) processo criminal de roubo, furto, estelionato, corrupção,

formação de quadrilha, tráfico de entorpecentes, lavagem de

dinheiro, ilícito contra o sistema financeiro e mercados de capitais

brasileiros ou internacionais

2) Processo administrativo ou judicial de fraude à licitação;

3) Processo administrativo ou judicial de sonegação fiscal;

4) Processo de falência.

5) Listas Internacionais para produtos com resseguro

6) Listas nacionais

7) Atividade for Igrejas, ONGS, loterias esportivas, factoring,

agência de turismo, fomento mercantil, off shore

Bimestral

Regra: Não contratar

Caso a contratação seja estratégica, gestor

deverá submeter a solicitação para

aprovação da Diretoria

Diretoria

Segurados, Tomadores e Estipulantes (PF ou PJ)

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Todo segurado, antes da contratação do seguro, terá o seu CNPJ/CPF consultado no sistema Neoway pela área de subscrição, para saber se é PEP ou se tem alguma restrição.

Caso seja identificado que o segurado é PEP ou possui relacionados PEP, o risco será classificado como baixo (verde), mas haverá regras de monitoramento, conforme descrito na tabela acima.

Caso seja identificado que o segurado é PEP e possui algum outro apontamento, o risco será classificado como médio (amarelo), a situação deverá ser reportada para a área de compliance que fará a análise e emitirá o respectivo parecer de compliance.

Em caso de PEP ou existência de algum apontamento, classificado como de risco médio (amarelo), a situação deverá ser reportada para a área de compliance que fará a análise e emitirá o respectivo parecer de compliance.

A diretoria jurídica e de compliance poderá deliberar sobre a contratação dos casos classificados como de risco médio. Em havendo a decisão pela contratação, o monitoramento ocorrerá pela área de compliance a cada semestre.

Os casos classificados como de risco vermelho, em regra, não podem seguir com a contratação. Se a área de negócios entender se tratar de um negócio ou cliente estratégico, a área de compliance deverá ser acionada para análise da situação e emissão de parecer. A deliberação sobre a contratação de casos classificados como de risco alto é de competência da diretoria estatutária. Se houver a aprovação da diretoria estatutária para a contratação, o monitoramento desse cliente ocorrerá a cada bimestre pela área de compliance.

Os casos classificados como de risco baixo (verde), serão reavaliados toda vez que houver a renovação do contrato.

No caso de apólices de seguro coletivo, considerando que o grupo segurado está relacionado ao estipulante através de um vínculo jurídico prévio, a exemplo uma relação empregatícia, associativa ou mesmo de empréstimo com uma instituição financeira, nos termos do artigo 27 da Circular SUSEP nº 612/2020, a análise cadastral do segurado será efetuada pela área de sinistro, no momento do pagamento da indenização, já que este seria o momento em que poderia haver o crime de lavagem de dinheiro. Mas o estipulante terá a análise cadastral efetuada pela área de cadastro no momento da contratação do seguro.

Além disso, no contrato de estipulação de seguro coletivo, haverá cláusulas com obrigações contratuais para o estipulante efetuar o cadastro do grupo segurado e manter à disposição da seguradora a análise e respectivos documentos cadastrais.

4.3.3.1 Informações cadastrais e checagem das informações

No início da contratação de qualquer fornecedor, parceiro de negócios, corretor de seguros, segurados e colaboradores será obtida informações cadastrais e efetuada a validação da consulta através da plataforma Neoway.

No caso de contratação de colaboradores, fornecedores e corretores de seguros, além das informações cadastrais e consulta cadastral na plataforma Neoway, uma cópia dos documentos cadastrais relacionados abaixo, ficará arquivado na companhia.

Em caso de contratação de apólices de seguros, as informações cadastrais e consulta cadastral na plataforma Neoway ocorrerá no momento da contratação, sendo que por ocasião da liquidação do sinistro, será obtido cópia atualizada dos respectivos documentos

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cadastrais, como forma de checagem das informações, já que a probabilidade de ocorrer um crime de lavagem de dinheiro é maior no momento do sinistro.

Informações cadastrais solicitadas:

i. Nome completo ou razão social da empresa;

ii. CNPJ ou CPF;

iii. Endereço residencial ou sede social;

iv. Pesquisa de PEP – Pessoa Politicamente Exposta.

4.3.4. Alçada para deliberação de riscos

Os segurados e operações classificadas como de baixo risco (verde), não dependem de autorização para contratação.

As situações envolvendo segurados e operações classificadas como de risco médio, serão enviados para análise e deliberação da área de compliance, resguardado o direito da área de compliance mandar o caso para a apreciação do Comitê de Compliance ou da diretoria estatutária.

As situações envolvendo segurados e operações classificadas como de risco alto (vermelho), após análise e emissão de parecer pela área de compliance, serão enviados para deliberação do Comitê de Compliance ou da diretoria estatutária. Os casos classificados como de risco alto (vermelho), em razão de ações judiciais sem trânsito em julgado ou sem cumprimento de pena, a área de compliance poderá reclassificar o risco como amarelo, após análise processual e emissão do respectivo parecer. Nestes casos, a contratação poderá seguir com monitorameno semestral.

4.3.5. Avaliação de risco de subscrição, desenvolvimento de novos produtos enovas tecnologias:

Cabe a cada uma das unidades de negócios da Fairfax, desenvolver seu guideline de subscrição com as respectivas diretrizes de risco de lavagem de dinheiro.

O desenvolvimento de novos produtos deverá respeitar as regras constantes na Política nº 01/2017 de Novos Produtos.

A avaliação de risco de lavagem de dinheiro em novas tecnologias, se dará nomomento da homologação de compliance do fornecedor que prestará serviços de tecnologia, por meio do preenchimento formulário de compliance (que o fornecedor deverá preencher) + avaliação do score de risco do fornecedor via plataforma Neoway.

4.3.6. Avaliação de risco segundo a atividade:

Segurados e/ou atividades classificadas como de alto risco, não podem seguir com emissões de apólices e/ou renovações, conforme abaixo:

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Classificação

de Risco Produto

Alto

Igrejas, ONGS, loterias esportivas, factoring, agência de turismo,

fomento mercantil, off shore são considerados negócios/segurados de

alto risco. A regra é não contratar. Se o negócio ou segurado for

estratégico, a área de Compliance deve ser envolvida para análise e emissão de parecerpara deliberação da diretoria estatutária.

4.4. COAF – Conselho de Controle de Atividades Financeiras

A Lei nº 9.613/98, alterada pela Lei nº 12.683/2012, também criou o COAF - Conselho de Controle de Atividades Financeiras, órgão vinculado ao Ministério da Fazenda para cuidar dos assuntos ligados a lavagem de dinheiro.

O COAF também conta, dentre outros, com membros da SUSEP - Superintendência de Seguros Privados.

Lei nº 12.683/2012 é base legal dos normativos infralegais de prevenção e combate ao crime de lavagem de dinheiro e a Circular Susep nº 612/2020, define os controles internos específicos para a prevenção e combate ao crime de lavagem de dinheiro pelo mercado segurador brasileiro.

De uma forma geral, contudo, é importante tomar alguns cuidados básicos para se evitar a lavagem de dinheiro, como:

i. Seguir as políticas de prevenção e combate à lavagem de dinheiro, como

diretrizes de avaliação de riscos na subscrição, contratação, desenvolvimento de produtos, negociações privadas e operações com ativos;

ii. identificar clientes, beneficiários, terceiros e outras partes relacionadas;

iii. monitorar e identificar riscos;

iv. comunicar as operações suspeitas;

v. fazer a manutenção de informações cadastrais dos clientes e terceirizados;

vi. participar dos programas de treinamento;

vii. efetuar auditoria anual.

Todo e qualquer colaborador que detectar uma situação suspeita, que deva ser comunicada ao COAF, deverá enviar email para [email protected].

O departamento de compliance fará a análise da situação, com o objetivo de entender se se trata de uma operação suspeita, nos termos dos normativos legais e infralegais de prevenção aos crimes de lavagem de dinheiro, e formalizará o aviso ao Coaf.

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O aviso ao Coaf é registrado em uma planilha de Excel que está ne rede Fairfax_Sinistro_e_Financeira_COAF e a evidência da situação suspeita, juntamente com o comprovante de aviso ao Coaf ficam arquivados na rede Fairfax_Jurídico_Compliance_COAF.

As situações abaixo descritas, conforme artigo 35, § 5º, incisos I e II da Circular SUSEP nº 612/2021, são avisadas ao Coaf de forma automática pela área Financeira - o registro desses avisos são efetuados em uma planilha de Excel que está ne rede Fairfax_Sinistro_e_Financeira_COAF:

I. Operações realizadas com pagamento de prêmio, contribuição, aporte e aquisição

de título de capitalização em espécie, em valor igual ou superior a R$ 10.000,00 (dez mil reais); ou

II. pagamentos de resgates, indenizações ou sorteios, realizados em conta no exterior, em valor igual ou superior a R$ 100.000,00 (cem mil reais).

As situações descritas no artigo 36 da Circular SUSEP nº 612/2021, abaixo transcritas, são situações suspeitas de lavagem de dinheiro. Sendo detectada qualquer uma dessas situações, seja na subscrição, quanto na liquidação de sinistros, a área de compliance deve ser avisada para a devida análise e emissão de parecer quanto à contratação do seguro, liquidação do sinistro e/ou aviso ao Coaf:

i. Contratação, por estrangeiro não residente no Brasil, de apólice de seguro na Fairfax Brasil;

ii. Propostas ou operações incompatíveis com o perfil socioeconômico, capacidade financeira ou ocupação profissional do cliente, beneficiário, terceiros, e outras partes relacionadas;

iii. Propostas ou operações discrepantes das condições normais de mercado; iv. Pagamento a beneficiário sem aparente relação com o contratante de seguros; v. Mudança de titular do negócio ou bem imediatamente anterior ao sinistro; vi. Pagamento de prêmio fora da rede bancária;

vii. Pagamento de prêmio por pessoa estranha à operação ou desobrigada a esse pagamento;

viii. Transações cujas características peculiares, principalmente no que se refere às partes envolvidas, valores, forma de realização, instrumentos utilizados, ou pela falta de fundamento econômico ou legal, mesmo que tragam vantagem à Fairfax, ao ressegurador ou ao corretor, possam caracterizar indício de lavagem de dinheiro, financiamento do terrorismo, ou de qualquer outro ilícito;

ix. Utilização desnecessária de uma rede complexa de corretoras de resseguro para a contratação de resseguro ou retrocessão;

x. Utilização desnecessária de corretora de resseguro para contratação de resseguro ou retrocessão;

xi. Avisos de sinistros aparentemente legítimos, mas com frequência anormal; xii. Variações relevantes de importância segurada sem causa aparente; xiii. Pagamentos de indenizações realizadas no exterior acima de R$100.000,00; xiv. Propostas ou operações em que não seja possível identificar o beneficiário finalno

processo de identificação.

Se no ano civil, não houver nenhuma dessas ocorrências, previstas no artigo 35, § 5º e artigo 36 da Circular SUSEP nº 612/2021, anualmente, até o último dia útil do mês de março, a comunicação negativa deve ser enviada à SUSEP, através do sítio eletrônico da SUSEP.

Após análise pela área de compliance e emissão do respectivo parecer, o assunto será

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compartilhado com o Comitê de Compliance, que poderá, mediante assinatura do diretor estatutário responsável pela prevenção aos crimes de lavagem de dinheiro, dispensar o aviso ao COAF, das situações previstas no artigo 36.

4.5. Indisponibilidade de ativos de quaisquer valores:

Todos os ofícios do Poder Judiciário e/ou Órgãos Governamentais, relacionados a bloqueios de bens e/ou inclusão de pessoas em restritivos nacionais e/ou internacionais, relacionados à lavagem de dinheiro, são recebidos pela área de compliance, que aciona as áreas de negócio/subscrição e sinistro, para verificação se àquela determinada pessoa é um segurado Fairfax e consequente bloqueio de qualquer pagamento de indenização.

4.6. Treinamentos

Anualmente a área de compliance efetua a todos os novos colaboradores, os seguintes treinamentos:

i. Prevenção aos crimes de lavagem de dinheiro e corrupção;

ii. Código de Ética e de Conduta; iii. Compliance.

Os cursos de reciclagem para toda a empresa, ocorrem a cada dois anos.

A área de recursos humanos é a responsável pela convocação dos colaboradores e controle de presença.

Na contratação de contratos de serviços, credenciamento de corretores de seguros e demais parceiros de negócio, por ocasião da formalização do contrato, o departamento Jurídico informa o caminho no site da Fairfax para acesso ao treinamento de prevenção aos crimes de lavagem de dinheiro e corrupção, bem como,o Código de Ética e de Conduta.

4.7. Comitê de Compliance

O Comitê de Compliance é composto pelo diretor de controles internos e também diretor responsável perante a SUSEP pela prevenção aos crimes de lavagem de dinheiro; diretora jurídica e de compliance; auditor interno; representante da área jurídica e representante da área de gestão de riscos. O diretor de subscrição, o diretor de sinistros ou o diretor comercial serão convocados, conforme o caso.

O Comitê de Compliance pode ser acionado por qualquer um dos membros desse mesmo Comitê, sempre que houver a necessidade de uma análise e deliberação conjunta.

O Comitê de Compliance se reúne sempre que necessário, mediante convocação prévia pela área de compliance.

Da reunião será lavrada uma ata, que junto com o relatório do caso e a decisão tomada serão arquivados na rede corporativa, na área de compliance.

4.8. Due dilligence, monitoramento e controle da efetividade dos controles internos de prevenção aos crimes de lavagem de dinheiro

Anualmente, até o dia 31 do mês de janeiro do ano subsequente, a área de compliance preparará o relatório anual de compliance, contendo informações sobre os avisos efetuados ao Coaf e situações de risco verificadas, para aprovação e deliberação pela diretoria estatutária.

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Caberá à auditoria interna, efetuar a checagem da efetividade dos controles internos de prevenção aos crimes de lavagem de dinheiro e corrupção; prevenção à fraude; e due dilligence (quando necessário).

Mediante checagem da auditoria e aprovação da diretoria estatutária, o relatório anual de compliance servirá como avaliação de efetividade, previsto na Circular 612, e será encaminhado à SUSEP até 31 de março do ano seguinte ao da data-base.

4.8. Penalidades

Às pessoas obrigadas que deixarem de cumprir o disposto na Circular SUSEP nº 612/2020, nos termos da Resolução CNSP nº 393/2020, estarão sujeitas às seguintes sanções administrativas, cumulativamente ou não:

i. Advertência; ii. Multa equivalente ao dobro do valor da operação; iii. Multa equivalente ao dobro do lucro obtido ou que presumivelmente seria

obtido pela realização da operação; ou iv. Multa de até R$20.000.000,00 (vinte milhões de reais); v. Inabilitação pelo prazo de até 10 anos para o exercício do cargo ou

função (responsabilização da pessoa física); vi. Cassação da autorização para o exercício da atividade.

V. Normas de Conduta Fairfax:

i. A Fairfax não faz nenhuma doação a partidos políticos;

ii. É vedado o pagamento de comissão de corretagem de seguros em contratos

firmados com a administração pública, que não tenha previsão no edital de licitação;

iii. A Fairfax não efetuará pagamento de indenização, cujo sinistro esteja relacionado com a prática de crime de lavagem de dinheiro ou corrupção;

iv. A Fairfax não subscreverá riscos relacionados com crimes de lavagem de dinheiro ou corrupção;

v. Segurados e/ou parceiros de negócios envolvidos em processos investigativos de crimes de lavagem de dinheiro ou corrupção, mas que não tenham uma condenação judicial transitada em julgado e cujo risco segurável não esteja relacionado a uma operação ilícita, deverão ter a prévia autorização da diretoria estatutária para contratação de qualquer seguro ou formalização de parcerias e contratos;

vi. Todo e qualquer prestador de serviços deverá passar pela homologação

cadastral de compliance, antes da formalização do contrato de prestação de serviços.

As dúvidas a respeito desta Política deverão ser direcionadas para o departamento de compliance na seguinte caixa departamental: [email protected].

Área responsável por esta Política: Diretoria Jurídica e de Compliance