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A região do Ouro Preto, assim como praticamente toda a Pampulha, é privilegiada na cidade, com uma série de atrativos e características que poucos bairros têm. Por essas e outras que os bairros locais estão em pleno crescimento e cada vez mais novos moradores e empresas chegam justamente por esses diferenciais e se instalam por aqui, como destacamos na edição de março do Ouro Preto em Foco. Mas ainda há muito a ser melhorado. No entanto, é fundamental que saibamos cuidar de coisas básicas, como o modo que acondicionamos nosso lixo, além de outras questões culturais. O mais importante nesse momento é ter consciência e usar a educação, que a maioria aprende desde cedo com familiares e professores. Alguns assimilam; outros nem sempre. O que pode ser uma distração ou algo sem importância gera diversas consequências ou mesmo indisposição com vizinhos e demais pessoas ao nosso redor. Nada mais incômodo que ver pessoas que jogam lixo no chão ou pela janela do carro, limpam sua calçada com água, colocam o lixo na calçada fora do dia de coleta ou mesmo aqueles que simplesmente jogam seu lixo de qualquer jeito e em qualquer lugar. Atendendo a mais uma demanda dos moradores, abordaremos a questão de reciclagem do lixo e a limpeza urbana na região. Foi uma maneira que encontramos de conscientizar os moradores para que acondicionem o lixo corretamente e evitem algumas atitudes que acabam deixando os bairros feios e sujos. É, de fato, uma questão cultural e de educação. Consciência é o que falta. Como tudo na vida, sempre há aqueles querendo tirar proveito de alguma situação ou de alguém e isso acontece até mesmo com algo que deveria ser tão simples como o processo do lixo. Nos deparamos e ouvimos muitos casos de pessoas que colocam seu lixo na rua em qualquer hora e lugar. E pior: para não deixar na porta de sua casa ou mesmo em sua calçada colocam na do vizinho ou ainda procuram o cesto de lixo mais próximo para isso. Certamente todos gostariam de ver um bairro mais limpo e agradável. E isso deve começar por nós mesmos, fazendo nossa parte e ajudando ao conscientizar os amigos, familiares e vizinhos a fazerem o mesmo. Uma orientação com educação e bom senso não faz mal a ninguém. Leia mais nas páginas 6, 7, 9 e 11 SACOLAS PLÁSTICAS – A Lei Municipal que proíbe o uso de sacolas plásticas entrou em vigor no dia 1º de março e desde 18 de abril os estabelecimentos que desrespeitarem essas normas poderão ser multados. A campanha “Sacola Plástica Nunca Mais” pretende orientar e conscientizar a população sobre as melhores formas de substituir as sacolas plásticas. Para isso, locais como padarias, sacolões e supermercados disponibilizarão alternativas sustentáveis, como sacolas retornáveis, compostáveis ou ecobags, a preço de custo. Páginas 4 e 5 PRÓXIMA EDIÇÃO: Em nossas próximas edições teremos matérias muito interessantes que já estão sendo desenvolvidas. Falaremos sobre as PRAÇAS da região, mostrando sua importância, estado de conservação e como estão sendo utilizadas. Ainda teremos a já anunciada matéria sobre a diversidade e qualidade da GASTRONOMIA da região. Confirmadas para a edição de maio uma matéria sobre instituições como o ACOMPANHAR e KUMON, que contribuem com a falta de tempo dos pais e oferecem métodos de ensino para estimular o estudo da criança e do jovem para que ele se organize melhor. E também uma enquete com moradores sobre o CRESCIMENTO IMOBILIÁRIO no Ouro Preto e Castelo. ANO I - EDIÇÃO 8 ABRIL DE 2011 Jornal da região do Ouro Preto e bairros próximos com informações e notícias para moradores, comerciantes e demais interessados Nosso lixo de cada dia INTERNET Em Foco - OP-cs3.indd 1 2/5/2011 15:34:18

Nosso lixo de cada dia - emfocoturismo.com.bremfocoturismo.com.br/fotos/arquivo168_16-07-56ouro preto - ed 8 web... · viagens /dia, um acréscimo de 13,93%. Segundo a BHTrans, esse

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A região do Ouro Preto, assim como praticamente toda a Pampulha, é privilegiada na cidade, com uma série de atrativos e características que poucos bairros têm. Por essas e outras que os bairros locais estão em pleno crescimento e cada vez mais novos moradores e empresas chegam justamente por esses diferenciais e se instalam por aqui, como destacamos na edição de março do Ouro Preto em Foco. Mas ainda há muito a ser melhorado. No entanto, é fundamental que saibamos cuidar de coisas básicas, como o modo que acondicionamos nosso lixo, além de outras questões culturais. O mais importante nesse momento é ter consciência e usar a educação, que a maioria aprende desde cedo com familiares e professores.

Alguns assimilam; outros nem sempre. O que pode ser uma distração ou algo sem importância

gera diversas consequências ou mesmo indisposição com vizinhos e demais pessoas ao nosso redor. Nada mais incômodo que ver pessoas que jogam lixo no chão ou pela janela do carro, limpam sua calçada com água, colocam o lixo na calçada fora do dia de coleta ou mesmo aqueles que simplesmente jogam seu lixo de qualquer jeito e em qualquer lugar.

Atendendo a mais uma demanda dos moradores, abordaremos a questão de reciclagem do lixo e a limpeza urbana na região. Foi uma maneira que encontramos de conscientizar os moradores para que acondicionem o lixo corretamente e evitem algumas atitudes que acabam deixando os bairros feios e sujos.

É, de fato, uma questão cultural e de educação. Consciência é o que falta. Como tudo na vida, sempre há aqueles querendo tirar proveito de

alguma situação ou de alguém e isso acontece até mesmo com algo que deveria ser tão simples como o processo do lixo. Nos deparamos e ouvimos muitos casos de pessoas que colocam seu lixo na rua em qualquer hora e lugar. E pior: para não deixar na porta de sua casa ou mesmo em sua calçada colocam na do vizinho ou ainda procuram o cesto de lixo mais próximo para isso.

Certamente todos gostariam de ver um bairro mais limpo e agradável. E isso deve começar por nós mesmos, fazendo nossa parte e ajudando ao conscientizar os amigos, familiares e vizinhos a fazerem o mesmo. Uma orientação com educação e bom senso não faz mal a ninguém.

Leia mais nas páginas 6, 7, 9 e 11

SACOLAS PLÁSTICAS – A Lei Municipal que proíbe o uso de sacolas plásticas entrou em vigor no dia 1º de março e desde 18 de abril os estabelecimentos que desrespeitarem essas normas poderão ser multados. A campanha “Sacola Plástica Nunca Mais” pretende orientar e conscientizar a população sobre as melhores formas de substituir as sacolas plásticas. Para isso, locais como padarias, sacolões e supermercados disponibilizarão alternativas sustentáveis, como sacolas retornáveis, compostáveis ou ecobags, a preço de custo. Páginas 4 e 5

PRÓXIMA EDIÇÃO: Em nossas próximas edições teremos matérias muito interessantes que já estão sendo desenvolvidas. Falaremos sobre as PRAÇAS da região, mostrando sua importância, estado de conservação e como estão sendo utilizadas. Ainda teremos a já anunciada matéria sobre a diversidade e qualidade da GASTRONOMIA da região. Confi rmadas para a edição de maio uma matéria sobre instituições como o ACOMPANHAR e KUMON, que contribuem com a falta de tempo dos pais e oferecem métodos de ensino para estimular o estudo da criança e do jovem para que ele se organize melhor. E também uma enquete com moradores sobre o CRESCIMENTO IMOBILIÁRIO no Ouro Preto e Castelo.

ANO I - EDIÇÃO 8ABRIL DE 2011

Jornal da região do Ouro Preto e bairros próximos com informações e notícias para moradores,

comerciantes e demais interessados

Nosso lixo de cada dia

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Abril de 20112

O Jornal Ouro Preto em Foco é uma publicação informativa mensal voltada aos moradores, comerciantes e demais interessados dos bairros Ouro Preto, Castelo, São Luiz, São José e região. Independente e imparcial, não temos comprometimento ou vínculo com nenhuma associação, empresa ou empresário, político ou entidade. Nosso ob-jetivo é informar, esclarecer, debater, criticar e melhorar a qualidade de vida da região. Faremos isto por meio de informações úteis, dicas, curiosidades e notícias voltadas a todos os envolvidos, de uma maneira ou de outra, com os bairros locais. Distribuído gratuitamente nos bairros Ouro Preto, Castelo, São Luiz, São José e parte do Engenho Nogueira, Paquetá, Bandeirantes, Jaraguá e Dona Clara.

Jornalista responsável(redação e edição):

Fabily RodriguesMG 09127 JP

Fotos:Fabily Rodrigues e Arquivo

Revisão:Liani Gemignani

Diagramação: Cecília Berger

Jornalista colaborador:Ana Izaura Duarte

Designer:Awa Maia

Tiragem: 10 mil exemplares

Endereço:Rua Francisco Vaz de Melo, 20,

sala 7 - Jaraguá - CEP 31.255-710Belo Horizonte - MG

Contato / Publicidade:(031) 3441-2725 / 9991-0125

E-mail:[email protected] /

[email protected]

Periodicidade: Mensal

Distribuição Gratuita

Impressão: Bi-Gráfi ca

EXPEDIENTE

JARAGUÁ EM FOCO ANUNCIE AQUIConheça e anuncie no Jornal Jaraguá em Foco! Assim como a região do Ouro Preto, a do Jaraguá está em constante crescimento e é uma forma de você divulgar mais a sua empresa, os serviços e produtos que ela oferece para um outro público em potencial e próximo da região. Com tiragem de 8 mil exemplares o Jornal também é distribuído gratuitamente para as residências, comércios e instituições da região do Jaraguá e demais locais estratégicos dos bairros ao redor, Clube Jaraguá, academias, restaurantes, padarias, farmácias, supermercados, além de associações e demais organizações de cunho comunitário e social. Mais informações: 9991-0125 / 3441-2725 ou por e-mail: [email protected]

Anuncie no Jornal Ouro Preto em Foco! É uma forma de você divulgar mais a sua empresa, os serviços e produtos que ela oferece. O Jornal é distribuído gratuitamente para as residências, comércios e instituições da região (Ouro Preto, Castelo, São José, São Luiz e parte do Engenho Nogueira, Paquetá, Bandeirantes, Jaraguá e Dona Clara), e demais locais estratégicos dos bairros ao redor, Clubes Iate e Jaraguá, academias, restaurantes, padarias, farmácias, supermercados, além de órgãos públicos, associações e demais organizações de cunho comunitário e social. Distribuiremos também nos principais eventos realizados na região. Há tamanhos e preços diversifi cados. Mais informações: 3441-2725 / 9991-0125 ou por e-mail: [email protected] / [email protected]

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Transporte coletivo da região ganha 46 novas viagens por diaDesde o dia 28 de março 60% das linhas que

compõem o Sistema de Transporte Coletivo da Capital tiveram um aumento de 1.181 viagens por dia. A linha 3503A (Santa Terezinha / São Gabriel), que atende os bairros Ouro Preto e Santa Terezinha, passou de 330 para 376 viagens /dia, um acréscimo de 13,93%.

Segundo a BHTrans, esse trabalho de reestruturação do quadro de horários tem o objetivo de atender melhor os usuários, sobretudo

em relação às reclamações de superlotação e descumprimento de quadro de horários. A população já pode conferir as alterações nos quadros afixados dentro dos ônibus ou no portal da BHtrans.

A empresa continuará intensificando a fiscalização do Sistema de Transporte Coletivo de Belo Horizonte, por meio de medidas tecnológicas e a presença de agentes. Contudo, é fundamental que a população formalize as reclamações nos canais de atendimento da empresa, pois elas indicam quais as linhas e onde ocorrem possíveis problemas. Mais informações: www.bhtrans.pbh.gov.br ou 156.

Laboratório odontológico é inaugurado

O segmento odontológico é fortalecido na região com a chegada do Palatum Laboratório Odontológico, inaugurado no dia 26 de fevereiro, na Rua Frei Leopoldo. Eles confeccionam e comercializam produtos voltados para dentistas e clínicas ontológicas, como próteses removíveis, parcial removível convencional, flexível, próteses totais (dentaduras) e outros produtos. Segundo o sócio-proprietário Lucas Carneiro, o objetivo do laboratório é ser parceiro do dentista. “Queremos que os pacientes, dentistas e laboratórios fiquem satisfeitos com o resultado final do trabalho. Para conquistar nosso público investimos em tecnologia, capacitação, qualidade e no custo acessível das próteses”, explica.

Lucas conta que o local foi escolhido por ter uma boa infraestrutura e ainda permite ficar mais próximo dos moradores e comerciantes da região. “É uma bairro que todos conhecem e que tem várias clínicas onde é possível fazer boas parcerias. Como é uma região bem estruturada não é necessário que as pessoas se desloquem ao Centro para realizar tratamentos. Moramos na região e isso foi decisivo também na escolha do local. Nossas expectativas são as melhores possíveis e esperamos resultados bem positivos”, conta. Mais informações: 3498-6333.

Alterações de circulação no Ouro Preto Novas mudanças foram feitas no Ouro

Preto com o objetivo de melhorar a fluidez e facilitar a circulação de veículos na região. Desde 19 de abril, o sentido de circulação de trânsito das ruas Desembargador Leão Starling e João Afonso Moreira foi alterado. Faixas de tecido foram afixadas para orientação aos condutores e agentes da Unidade Integrada de Trânsito operaram o tráfego nos primeiros dias.

Agora a Rua Desembargador Leão Starling, entre Rua Conceição do Mato Dentro e Rua Carlos Frederico Campos, passou a operar em mão única direcional neste sentido; e a Rua João Afonso Moreira, entre Rua Conceição do Mato Dentro e Rua Urarirama, também passou a operar em mão única direcional neste sentido.

Aeronáutica oferece 124 vagas para as áreas de saúde e engenhariaOs profissionais das áreas de saúde e engenharia

que desejam seguir carreira na Aeronáutica poderão se inscrever para os exames de admissão aos Cursos de Adaptação para Médicos, Dentistas e Farmacêuticos e Engenheiros no período de 8 de abril a 12 de maio deste ano. A taxa de inscrição é de R$ 120,00. São 101 vagas destinadas aos profissionais da área de saúde, sendo 75 para médicos, 20 para dentistas e 6 para farmacêuticos com especialização em diversas áreas. Para os engenheiros, são oferecidas 23 vagas: Engenharia Civil (6), Engenharia Eletrônica (2), Engenharia Elétrica (2), Engenharia Mecânica (5), Engenharia da Computação (6), Engenharia de Telecomunicação (1) e Engenharia Cartográfica (1).

A remuneração para o profissional em início de carreira é em torno de R$ 6 mil. A FAB ainda oferece benefícios, como plano de carreira, assistência médica e odontológica e aposentadoria integral. O processo seletivo é composto de provas escritas (língua portuguesa e conhecimentos especializados), inspeção de saúde, exame de aptidão psicológica e teste de avaliação do condicionamento físico. As provas escritas serão aplicadas no dia 19 de junho nas cidades de Belém, Recife, Salvador, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, São Paulo, Campo Grande, Porto Alegre, Curitiba, Brasília e Manaus.

Para se inscrever, o candidato deve possuir Título de Especialista na área em que pretende concorrer, não poderá ter completado 36 anos até o dia 31 de dezembro de 2012, entre outros pré-requisitos disponíveis no edital. O edital e o formulário para inscrição encontram-se disponíveis no site www.ciaar.com.br/concursos.html. Mais informações no telefone 4009-5014.

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Transporte coletivo da região ganha 46 novas viagens por dia Laboratório odontológico

OURO PRETO INFORMA

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Sacolas plásticas estão proibidas em Belo HorizonteBelo Horizonte sai na frente no combate

à poluição e preservação ambiental. Entrou em vigor, em 1º março, a Lei Municipal nº 9529/08, que proíbe o uso de sacolas plásticas em estabelecimentos comerciais em Belo Horizonte. Os comerciantes tiveram até 18 de abril para se adaptarem e se adequarem às mudanças, e, agora, os estabelecimentos que desrespeitarem essas normas estão sujeitos à multa de R$ 1 mil, aplicada em dobro na reincidência, a cassação do alvará de funcionamento por até 120 dias e até mesmo a interdição do local.

Padarias, supermercados, sacolões, drogarias e mercearias da região deram adeus às sacolinhas e agora devem ser oferecidas para os clientes sacolas fabricadas com materiais reaproveitáveis, recicláveis, biodegradáveis ou mesmo as chamadas ecobags, feitas em TNT, ráfia ou palha e que podem ser usadas durante mais tempo e reutilizadas a cada compra.

Para quem esquecer a sacola retornável em casa, os estabelecimentos poderão vender a sacola compostável a R$ 0,19. Com aparência semelhante a das sacolas plásticas, a compostável é feita basicamente de amido de milho e pode ser guardada para reutilização. Elas foram criadas para serem utilizadas somente em casos de emergência, já que um dos objetivos da legislação é diminuir o volume de material descartado.

Comércio adaptadoPara conseguir emplacar a lei entidades

representantes do comércio varejista e da sociedade se uniram em apoio à lei e lançaram a campanha “Sacola Plástica Nunca Mais”. O objetivo é orientar a população sobre as melhores formas de substituí-las e desestimular a cultura de consumo de objetos descartáveis.

Muitos estabelecimentos comerciais da região do Ouro Preto aderiram à lei

um mês antes do início da fiscalização. Comumente via-se nos caixas a redução de sacolas plásticas e algumas pessoas já utilizando as sacolas retornáveis. Segundo a gerente do supermercado Hiperminas, Ana Paula Caetano, quando a lei foi aprovada, há dois anos, o supermercado já estava disponibilizando as sacolas retornáveis com a marca do supermercado. “Essas sacolas tiveram boa rotatividade e constantemente encomendávamos mais, inclusive de outros modelos não padronizados. Aderimos à campanha ‘Sacola Plástica Nunca Mais’ e todos os nossos funcionários, principalmente os caixas e atendentes, assistiram palestras onde foram informados sobre a lei e

como proceder com aqueles clientes mais resistentes”, explica

Outro estabelecimento que possui uma sacola retornável com a sua marca é o Hortifruti OBA, que confeccionou uma sacola térmica que suporta até 15 kg. Para o gerente comercial da loja Ouro Preto, Alexandre Pereira, é uma incitativa positiva que só teve rejeição de 5% dos clientes. “Estamos incentivando o uso de sacolas retornáveis, mas quando for preciso venderemos a compostável. O ideal é que as pessoas não esqueçam suas sacolas em casa. Ainda temos clientes resistentes que acham que é coisa de política para roubar dinheiro da população. Para trabalhar com esses clientes nossos funcionários se prepararam participando de palestras educativas”, conta.

Maria Celma Ude, sócia-proprietária da padaria Trigostoso, localizada no bairro Castelo, também apóia a lei e notou que os clientes estão aceitando bem a mudança. “Para que haja preservação do meio ambiente temos que mudar nossos hábitos. Essa lei é importante para criar esse hábito e praticar a conscientização. No começo vai ser difícil para as pessoas lembrarem de trazer a sacola retornável, mas, com o passar do tempo, se tornará comum. Estou vendo a possibilidade de vender vários tipos de sacolas, já que virou moda entre as mulheres”, conta. (Ana Izaura Duarte)

Continua na página 5

Clientes aderem ao uso de “ecobags” nos super-mercados e será difícil ver em BH pessoas car-regando várias sacolas plásticas após as compras

FOTOS: INTERNET

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Moradores desavisados vão às compras sem sacolasNa primeira semana em vigor da nova

lei, muitos consumidores desavisados foram pegos de surpresa com a ausência das sacolinhas de plástico convencionais. E para suprir a nova demanda e ajudar seus clientes os supermercados do bairro Castelo tomaram as medidas necessárias.

O Super Nosso criou a campanha “BH Sem Sacolas” em parceria com Associação Mineira de Supermercados (AMIS), para que seus clientes habituais fossem avisados das mudanças com antecedência. Assim como o Super Nosso, o Hiperminas e o Supermercados BH disponibilizam caixas de papelão e a venda de sacolinhas biodegradáveis ao custo de R$ 0,19. Mesmo antes da nova lei o Supermercado BH já possuía o serviço de entrega domiciliar para aqueles que não têm meios de transporte particular para levar as compras para a casa, ao custo de R$ 5,00. Tal medida tem ajudado os consumidores desavisados

A moradora Tatiana de Albuquerque, sem conhecimento da proibição, contou que conhecia o projeto de lei, mas não sabia que já estava em vigor. “Por isso tive que comprar algumas sacolinhas, mas só para os produtos menores, pois o restante é só colocar no porta-malas do carro”, contou, informando que virá mais preparada para a próxima compra.

A dona de casa Maria Cristina é adepta do serviço de entrega domiciliar e diz que a nova lei influenciará pouco em seu dia a dia. “Já não usava essas sacolas plásticas há tempos, e acho a lei ideal para acabar com tanto lixo na cidade”, conta. Eustaquio Guimarães comprou seu próprio carrinho de supermercado. “Assim evito carregar peso e ainda faço uma caminhada”, brincou.

NúmerosA iniciativa ambientalista aconteceu

devido ao tempo em que as sacolas plásticas levam para se degradar no meio ambiente - até 400 anos -, enquanto as sacolas biodegradáveis podem levar, no máximo, 18 meses para se decompor.

O número de sacolas plásticas que eram distribuídas nos estabelecimentos entrevistados assusta. No Hiperminas eram distribuídas 500 mil sacolas por mês; na Padaria Trigostoso, 30 mil; e no Hortifruti Oba, 10 mil. Em Belo Horizonte, estima-se que o consumo anual de sacolas plásticas seja de 157 milhões. A expectativa é que a nova legislação diminua esse consumo em 80%. E para isso acontecer a população tem que fazer a sua parte. Há quem elogie e quem critique, mas, de fato, será uma questão de adaptação e costume. Agora é lei e o meio ambiente agradece. (Suellen Cipriano)

Muitas vezes os consumidores passam a conhecer as opções de sacolas no momento de pagar as compras. A aceitação está sendo positiva

São diversas as opções para substituir as sacolas plásticas. Há quem leve até carrinhos de compras para facilitar o transporte

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Limpeza urbana precisa de respeito e conscientização

Nas regiões em constante crescimento todos os detalhes têm um peso considerável no que se refere a questões públicas como trânsito, transporte, segurança, saneamento e a limpeza urbana. Basta uma simples volta em algumas ruas na região do Ouro Preto para percebermos que muitas vezes o lixo não está sendo acondicionado corretamente, é mal posicionado nos pontos onde deve estar, e até mesmo fora do dia da coleta. Isso faz com que os sacos plásticos e outros materiais que embalam o lixo fiquem mais tempo nas ruas, podendo ser rasgados por animais ou mesmo por mendigos e catadores de papel, latas e garrafas.

O lixo reúne uma grande variedade de resíduos de atividades humanas e de outras fontes. Amontoados de lixos lançados no solo, nos quintais, nas ruas ou mesmo nos arredores das cidades tornam-se incômodos e desagradáveis. E se não forem bem acondicionados, podem causar problemas sanitários, de conforto e de estética. Além do mau cheiro, de atrair moscas, mosquitos, baratas, ratos e outros parasitas totalmente indesejáveis, podem se tornar fontes de numerosas doenças transmissíveis ao homem.

Coleta inadequadaNão podemos deixar de ressaltar que nem

sempre o lixo é recolhido adequadamente. Às vezes alguns sacos ou caixas ficam para trás ou até mesmo são rasgados no momento da coleta, espalhando sujeira pelas ruas. Precisamos também ser fiscais para inibir a ação errada de catadores de papel e pessoas que abrem as sacolas de lixo em busca de produtos para reciclagem ou até mesmo de lixeiros apressados. Muitas vezes são eles que espalham o lixo pelas ruas, causando muita sujeira.

“A sujeira muitas vezes é ocasionada pela falta de cuidado na hora de levar o saco de lixo para o caminhão ou mesmo na hora de colocar o lixo para fora. No bairro Castelo é comum as pessoas jogarem lixo nos lotes vagos”, comenta o Presidente da Associação do Bairro Castelo, Dorgival Modesto Jorge.

Para o presidente da Associação dos Moradores do Bairro Ouro Preto, Márcio Saldanha, a região tem um fator positivo, que é a coleta aos sábados, quando muitos moradores estão em casa. Isso evita que o lixo seja colocado no final de semana ou que fique ali por mais dias. “O mau cheiro e a sujeira são constantes. Muitas vezes cães e catadores abrem o saco e o lixo acaba espalhando. Essa situação desvaloriza as ruas, deixando com um aspecto desleixado. Mas não devemos culpar somente os moradores.

Também temos que cobrar da Prefeitura, porque muitas vezes o trabalho não está sendo feito corretamente”, comenta.

Ajustes para melhoriasFuncionários da SLU podem ser visto

com certa frequência na região, varrendo ruas, em coletas ou mutirões de limpeza. Ainda assim é possivel ver, constantemente, sujeiras nas ruas e calçadas e sacos de lixo mal acondicionados e ainda fora do dia da coleta. A falta de conscientização de alguns moradores e comerciantes também colabora para que as cenas como essas sejam comuns. Também chega a ser um absurdo não haver pontos de coleta seletiva em nenhum ponto da região. Do que adianta também ter a consciência se o lixo não pode ser separado adequadamente por não haver esses pontos?

“A quantidade de lixo cresceu muito na região, devido ao aumento de moradores e comércios, e o serviço de coleta não está sendo feito de uma maneira eficaz. O certo seria ampliar os dias de coleta e criar os pontos de coleta seletiva”, afirma o morador Auremar de Castro.

Segundo a moradora Maria das Graças Conceição, o caminhão de coleta passa na região às terças, às quintas e aos sábados, mas é comum ver sacos de lixo colocados em dias errados. “Por comodismo as pessoas colocam o lixo um dia antes na calçada, muitas vezes com restos de alimentos. Por causa desse descuido a rua fica com mau cheiro e aparecem muitos bichos”, conta. Quem reclama também da falta de atenção dos moradores nos dias da coleta é a moradora Mônica Tomaz, que está incomodada com a situação da Rua Conceição do Mato Dentro. “Deveria haver coletores maiores para o comércio. Essa rua é hoje a principal da região, mas vive suja e com sacos de lixo nas calçadas diariamente”, conta.

Muitos moradores comentam sobre a situação da Avenida Fleming nos dias de coleta, onde é impossível caminhar nas calçadas. E, para piorar, o mau cheiro é insuportável. Auremar de Castro comenta que o lixo dos restaurantes não é bem acondicionado e muitos clientes, ao saírem dos estabelecimentos, deixam garrafas, latas

e até urinam próximo às residências. “Com os inúmeros restaurantes instalados na avenida, e a previsão de chegada de muitos outros, aumentou consideravelmente o volume de lixo a ser coletado na região. Ao mesmo tempo, verificamos um aumento de ratos em nossas casas. Os funcionários da Prefeitura vieram aqui, explicaram os procedimentos a serem feitos e colocaram veneno por toda a casa. Mas essa ação não adiantou. Estamos preocupados com a situação que está se agravando porque os ratos aparecem até durante o dia”, reclama.

Calcula-se que apenas metade do lixo produzido diariamente no país é coletada. Dessa metade, só uma pequena parcela vai para os locais adequados

(aterros sanitários, incineradores, usinas de reciclagem e compostagem). Outra parte é jogada em rios que abastecem regiões inteiras

ou levada para lixões clandestinos a céu aberto. Nesse cálculo, entra também o lixo jogado nas ruas, aquele que entope bueiros e galerias de

águas pluviais, provocando enchentes desastrosas na época das chuvas.

Fotos tiradas em uma quarta-feira mostram sacos de lixo nas ruas Apucarana, Belterra, Zilah Correia Araújo e Alfredo Camarate colocados nas lixeiras e calçadas um dia antes do dia certo para coleta

O lixo em númerosRegião Sudeste

População: 74,6 milhõesLixo produzido: 96.134 toneladas/dia(Isso corresponde a mais da metade do lixo coletado no

país)

Região NordestePopulação: 38,8 milhõesLixo produzido: 50.045 toneladas/dia

Região SulPopulação: 23,2 milhõesLixo produzido: 20.452 toneladas/dia

Apenas 2.164 municípios do Brasil dão destino adequado aos resíduos. O destino do lixo em 3.401 municípios é inadequado, indo para lixões ou terrenos baldios, poluindo terras e rios.

Em 2010 foi sancionada a Política Nacional de Resíduos Sólidos, que põe que todos os municípios têm até 2014 para dar uma destinação adequada ao lixo. Ou seja, tudo aquilo que puder ser reaproveitado deverá passar por algum processo de recuperação, reutilização ou reciclagem

Fonte: Abrelpe

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Por um bairro mais limpo e bonitoO destino correto do lixo é um dos maiores

desafios para as grandes cidades do país e há anos o Brasil tenta resolver a melhor forma de acondicioná-lo. O brasileiro está produzindo cada vez mais lixo, reflexo do aumento do aquecimento da economia no Brasil e do poder aquisitivo da população. Consumindo mais, consequentemente gera mais resíduos a ser descartado.

Isso pode ser comprovado em recente pesquisa feita pela Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe). A pesquisa constatou que em apenas dois anos o brasileiro passou a consumir sete vezes mais lixo. E não são apenas produtos descartáveis, embalagens, vidros, garrafas pets e produtos orgânicos. É possível ver eletrodomésticos, eletroeletrônicos, estantes, mesas, cadeiras, roupas, acessórios, brinquedos, entre vários outros.

Segundo o Gerente de Limpeza Urbana da Regional Pampulha, Osvaldo do Carmo, os serviços feitos na região são: coleta domiciliar e comercial, varrição de ruas, podas e capinas. “Além da tradicional limpeza de vias e coleta de resíduos, em parceria com a Superintendência de Limpeza Urbana (SLU), estamos ainda recolhendo entulhos no bairro com o objetivo de evitar focos do mosquito da dengue. Na operação, os garis recolhem materiais como pneus, eletrodomésticos, colchões e móveis velhos, que são descartados pelos próprios moradores”, conta.

Para eliminar pontos críticos e deposições clandestinas na região, a equipe de Mobilização Social da SLU atua no sentido de conscientizar a população do entorno. “Os moradores de algumas ruas dos bairros já receberam campanhas educativas na porta de casa e foram informados quanto aos horários, locais e os procedimentos corretos para o acondicionamento do lixo. A destinação

incorreta de resíduos gera multa, que, quando aplicada pela Prefeitura, pode chegar a R$ 4.036,77. São multados os moradores ou comerciantes que não respeitam as normas, porque o lixo é de responsabilidade de quem produziu. Então o certo é denunciar esses comerciantes através do 156, assim como os donos de lotes vagos irregulares”, completa Osvaldo do Carmo.

Parcerias positivasA Vila Ouro Preto é um exemplo positivo de

que a mobilização e ação correta em parceria com o do poder público pode ser eficaz. A Presidente da Associação dos Moradores da Vila Novo Ouro Preto, Édina Barbosa, conta que a SLU está presente na região e não deixa de fazer a sua parte. “Nossa parceria de 12 anos permite uma coleta seletiva domiciliar adequada, capina e ainda

conseguimos recuperar uma nascente, onde é possível encontrar até ‘piabas’ no local. Nosso problema, infelizmente, é a falta de conscientização”, conta.

Quem também compartilha a ideia de parceria é a moradora e geóloga Izabel Nogueira. “O valor dos serviços prestados pela SLU é cobrado no nosso IPTU e as pessoas não param para pensar no que realmente se paga. A princípio imagina-se que é um valor absurdo, mas não é. Os garis limpam as ruas e a sujeira que as próprias pessoas jogam. Cada gari tem uma quilometragem, uma rota, que foi anteriormente desenhada por um engenheiro. Uma rota humanamente possível de varrer em um dia. Porém, quando ele chegar ao final de sua rota diária, o princípio dela estará todo sujo novamente e a causa é a falta de sensibilidade educacional das pessoas”, afirma.

Outros problemasEm conversa com os moradores

identificamos outros problemas, como o péssimo hábito de utilizar as mangueiras para lavar as calçadas, sem a menor preocupação e culpa. “Quantas vezes já vi pessoas que em vez de limparem a calçada com a vassoura usam a mangueira, achando que é uma maneira mais eficaz de limpeza. Na verdade, é uma maneira acomodada”, comenta a dona de casa Maria Neusa Freire. Auremar de Castro também se preocupa com o gasto de água. “Essa atitude de sustentabilidade é uma postura que todos devem ter. Ainda é pouco representativo, mas se todo mundo fizer sua parte vamos conseguir conscientizar e economizar”, afirma.

Em novembro a Prefeitura proibiu que as calçadas fossem varridas pelos funcionários da Limpeza Urbana. “Como a maioria das pessoas não se preocupa com isso, elas ficam sempre sujas”, comenta Maria Neusa. Segundo Osvaldo do Carmo, a varrição das ruas foi suspensa de acordo com o Código de Posturas da cidade, mas está em experiência. “A Prefeitura vai analisar para saber se é eficaz. Por enquanto somente as ruas estão sendo varridas pelos funcionários da SLU”, completa.

São diversos os problemas ligados à limpeza urbana na região. A comunidade tem que cobrar sim do poder público, mas também se concretizar sobre o problema, evitando colocar o lixo nos dias errados, não jogá-lo na rua e lotes vagos, fazer a coleta seletiva, varrer a calçada e evitar o uso de mangueiras para lavar as calçadas. Havendo essa mobilização de todos certamente as cenas que são vistas hoje e os problemas de saúde serão evitados. O importante é saber o seu dever e conscientizar o próximo. (Fabily Rodrigues / Ana Izaura Duarte)

Lixos são colocados de forma inadequada na Rua Conceição do Mato Dentro (acima), Avenida Fleming (esquerda) e Rua Romualdo Lopes Cançado (direita)

ANA IZAURA DUARTE

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“O Ouro Preto ainda não possui coleta de reciclável como os já existentes na zona sul da cidade. E também não possui PEV (Ponto de Entrega Voluntária) que recolhe o lixo reciclável, pois a Prefeitura recolheu esses pontos de coleta devido à depredação e à não utilização da reciclagem pelos moradores. É preciso que as pessoas pensem na limpeza urbana como sendo de responsabilidade deles próprios e não só da Prefeitura. Os moradores poderiam se organizar e promover a coleta seletiva em sua rua de várias maneiras. Até seria uma boa oportunidade de os vizinhos se comunicarem. Mas o que acontece é que cada dia mais queremos que o setor público se aproprie das nossas responsabilidades e proponha soluções para tudo. Essa solução está bem perto de nós, é só fazer acontecer.”

Izabel Gonçalves Nogueira, Geóloga

“Moro próximo ao fi nal do 3501B e na minha rua infelizmente a calçada e a própria rua estão sujas por falta da varrição correta dos garis. Alguns deles fi cam dormindo e até mexendo com as mulheres que passam ali. Já chamamos a atenção e como resposta eles não estão varrendo a frente da minha casa. Outro problema é na hora de colocar o lixo para ser recolhido. Alguns moradores estão colocando em dias errados e, como consequência, o lixo fi ca espalhado pela rua porque os cães rasgam as sacolas que fi cam no chão. Como muitos moradores não têm cesto de lixo na frente de casa colocamos o lixo em um latão que existe em uma mercearia. Em casa separamos o lixo reciclável do orgânico, mas como não há um ponto de entrega de materiais recicláveis minha irmã leva até a UFMG. Precisamos de pontos de coleta

seletiva na região.”Scarlleth Fernandes, Moradora e Vendedora

“O problema da região é a falta de conscientização dos moradores. Muitos não armazenam o lixo corretamente, o colocam no dia errado e não fazem coleta correta. Aqui no Residencial Pampulha nós procuramos sempre fazer a coleta seletiva. Temos um depósito onde o lixo orgânico é separado do lixo reciclável. Neste fazemos a divisão de vidro, papel, plástico e metal. Ainda separamos o óleo de cozinha que é recolhido pela empresa Recóleo e trocamos por produtos de limpeza. Além disso, temos lixeiras espalhadas pelo condomínio e também uma de coleta seletiva na área de lazer. Tudo é uma questão de criar hábitos e conscientizar que o lixo também é uma responsabilidade nossa.”

Regina Soares, Síndica do Residencial Pampulha

“A limpeza no Ouro Preto está deixando muito a desejar. Nunca vi as ruas tão sujas como nesses últimos meses. Mas a culpa não é só do Governo. Infelizmente as pessoas deixam o lugar sujo. Pequenas atitudes ajudariam muito, como na hora de levar o cachorro para passear. Quando saio com o meu, levo um saco de lixo para limpar as fezes, mas vejo poucos fazendo isso. As pessoas sabem que não é para deixar o lixo antes do dia da coleta, mas andando pelo bairro é comum observar lixos espalhados diariamente, além do mau cheiro. Não é possível passar pela Avenida Fleming nos dias de coleta, pois o lixo ocupa toda a calçada. Não há como fazer uma coleta seletiva, pois, mesmo separando o lixo, os próprios lixeiros jogam

tudo junto no caminhão. Mas isso acontece por falta de um ponto de coleta. Havia um próximo ao supermercado EPA, mas foi retirado.”Maria José Amorim, Moradora e Dona de Casa

“A Limpeza Urbana na Vila Ouro Preto melhorou muito com as parcerias feitas junto à Prefeitura e com a conscientização da população. Não temos um ponto de coleta seletiva por não ter espaço para colocar os coletores, que são grandes. Mas conscientizamos sobre a importância da separação do lixo, pois temos muitos catadores na região. Um problema sério por aqui são os ‘bota foras’ clandestinos, onde moradores de outros bairros e donos de caçambas irregulares jogam o lixo em terrenos baldios. O maior problema do lixo em toda cidade é a falta de conscientização da população, que ainda joga lixo nas ruas, nos lotes vagos e o coloca na rua antes do dia de coleta. Não adianta só responsabilizar o governo, mas também fazer a nossa parte antes de reclamar.”Édina Barbosa, Presidente da Associação dos Moradores da Vila Novo Ouro Preto

“Voltamos com o serviço de capina no Ouro Preto, Castelo, Paquetá e Engenho Nogueira, em fevereiro. Somente no Ouro Preto capinamos 45 km de ruas. Esse serviço é importante para evitar o alto índice da dengue. Temos problemas com lotes vagos. É importante que a população denuncie aqueles que estão sem muro e precisando ser capinado para que o dono seja autuado, pois isso é de responsabilidade dele. Outro ponto fundamental é a atenção aos dias de coleta. Evitem colocar o lixo antes da terça, quinta e sábado, dias em que o caminhão passa na região, e não joguem lixo nos lotes vagos. No caso da coleta seletiva converse com o catador que passa na porta da sua casa e combine com ele os dias de entrega

dos materiais. É uma forma de colaborar e de gerar renda.”Osvaldo do Carmo Machado, Gerente de Limpeza Urbana Regional Pampulha

“Mesmo com todo o trabalho do Poder Público os problemas relacionados à limpeza urbana só serão resolvidos quando houver educação. Falta conscientização. As pessoas jogam lixo nos lotes vagos, nas ruas e não respeitam os dias de coleta. Aos sábados tem varrição das ruas. Só que agora a Prefeitura não é mais responsável pela limpeza da calçada; só das ruas. Por isso limpo meu passeio, mas ele fi ca sempre sujo, pois eu junto, mas meu vizinho não. Outro problema são os sacos de lixo deixados após a varrição. Alguns são esquecidos e o caminhão de coleta normal não leva. Muitas vezes esses sacos fi cam largados no meio da rua.”

Maria Neusa Freire, Moradora e Dona de Casa

“Moro na Rua Antônio Augusto de Carvalho, que é a primeira transversal da Avenida Fleming. Desde que me mudei para cá, há 28 anos, a coleta de lixo é feita às terças, quintas e aos sábados. No entanto, ao longo desses anos, o bairro se desenvolveu muito. Sugiro que a coleta de lixo seja modifi cada para atender a uma nova realidade imposta pela transferência dos imóveis residenciais para comerciais, no caso, vários restaurantes. Aos sábados e domingos, com os restaurantes e bares cheios de clientes, armazena-se enorme volume de lixo orgânico em locais que desconhecemos a qualidade do acondicionamento. Com isso há um acúmulo de três dias de lixo (sábado, domingo e segunda). Uma situação inteiramente

desproporcional. Penso que seria preventivo uma inspeção e uma alteração de datas das coletas, aumentando o número de vezes. Não tenho nada contra os restaurantes, mas detesto os roedores que cercam o lixo colocado por eles.”Auremar de Castro, Morador

“As pessoas precisam ter mais conscientização e cuidar do seu lixo. Se todos fi zessem a coleta seletiva em casa seria uma grande contribuição em todos os sentidos. O problema aqui é a falta de conscientização, tanto dos moradores quanto dos comerciantes. Na conta de IPTU pagamos por limpeza pública, então a varrição das calçadas deveria continuar sendo uma obrigação da Prefeitura. O morador não é proprietário da calçada, pois ela é pública. Engraçado é que no Centro e na Zona Sul esse trabalho é feito. Por que será que somos menos importantes? Temos que fazer a coleta seletiva sim, mas na região não tem mais os coletores. O mais próximo é no Parque Guanabara, que em alguns dias fi ca lotado.”

Márcio Saldanha, Presidente da Associação dos Moradores do Bairro Ouro Preto

“Eu vejo muitos moradores e comerciantes colocarem o lixo no dia errado. E com isso catadores e animais mexem nesse lixo e espalham sujeira. Uma coisa que me incomoda bastante é a sujeira da Rua Conceição do Mato Dentro. Os comerciantes deveriam ter coletores maiores na porta de seus comércios, principalmente os que mexem com alimentos. Nos dias de coleta fi ca tudo na calçada, impossibilitando a passagem de pedestres. A Prefeitura não está varrendo corretamente a rua, pois muitas vezes ela continua suja. A coleta seletiva aqui tem que ser aplicada. Eu separo meu lixo, mas não existem coletores aqui no bairro. Deixo esse lixo reciclável próximo ao comum, mas os lixeiros levam tudo junto para o caminhão.”Mônica Aparecida Tomaz Alves, Analista Financeiro

ENQUETEMoradores destacam responsabilidade de cada um na limpeza pública e cobram melhorias na coleta do lixo

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Dicas para o correto manuseio do lixo

Não jogue lixo em lotes vagos, ruas, bueiros, canaletas e redes de esgoto. O que é jogado em qualquer lugar vai parar na boca de ratos, baratas, escorpiões, moscas, mosquitos e formigas;

Colabore com a coleta seletiva de lixo: doe papel, papelão, plástico, garrafas pet e latinhas de alumínio para os catadores ou leve nos locais para coleta. Quando necessário, acondicione, separadamente, os mesmos em sacos plásticos. Assim, o que era lixo ganha uma nova utilidade, sem prejudicar a natureza;

Queimar o lixo é uma péssima ideia. Além de ser proibido, a fumaça polui o meio ambiente, causa desconforto e mau cheiro e o fogo ainda pode provocar incêndios. Por isso, deixe que a Prefeitura recolha o lixo e leve para um local seguro e adequado;

Quando estiver fazendo uma reforma ou construção, não jogue o entulho na rua ou em terrenos baldios. Existem lugares apropriados para isso. Poluir a cidade é ruim para todos, inclusive você;

Papel de bala, embalagem de chiclete, tampinhas de garrafa, casca de ovos, latinhas, copos e garrafas de plástico: esse lixo, que

muitos teimam em jogar nas ruas e que fica acumulado próximo às sarjetas, pode se transformar em criadouros para o mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, além de entupir bueiros;

É muito importante não jogar lixo nas pias ou vasos sanitários para não provocar entupimentos na rede de esgoto. Assim você facilita o trabalho da Copasa e ajuda a evitar problemas na sua própria casa;

Observe os dias e horários de coleta e coloque o lixo em sacos plásticos bem fechados, lembrando sempre de embrulhar com jornal os materiais cortantes. Fazendo assim, você estará cuidando da sua saúde e de toda a comunidade;

Alguns motoristas e passageiros jogam lixo nas ruas e terrenos baldios, pelo vidro dos carros, porque não querem que os veículos fiquem sujos. Essa atitude irresponsável e mal educada mantém o carro limpo, mas a cidade fica suja e propensa a endemias;

Cada indivíduo da comunidade deve participar da solução desse problema, cuidando adequadamente do lixo de sua casa e colocando-o em recipientes próprios, além de ajudar na conscientização de seu vizinho.

Reciclar significa transformar objetos usados em novos produtos para o consumo. Esta necessidade foi despertada a partir do momento em que foram percebidos os benefícios que este procedimento traria para o meio ambiente. Muitos moradores se preocupam com esse tipo de atitude. Eles fazem a coleta seletiva em casa, mas não há como levar para os coletores, porque os mesmos não existem nem no Ouro Preto e nem no Castelo, o que é um absurdo. “Antigamente havia um na Igreja Divina Providência e no EPA, mas agora o mais próximo é no Parque Guanabara. Vamos cobrar isso da Prefeitura. É importante a mobilização de todos os moradores para propagarmos essa ideia”, comenta Márcio Saldanha. Ele diz fazer a separação do lixo entre orgânico, vidro, papel e alumínio, mas no final tudo é misturado, porque o ponto de coleta seletiva é longe e deixando nas ruas se misturam

com o lixo orgânico, pois os lixeiros não são instruídos a separarem. E nem há tempo, diga-se de passagem.

Sobre a possibilidade da colocação dos postos de coleta seletiva no bairro, o gerente de Limpeza Urbana da Regional Pampulha, Osvaldo do Carmo, informou que não há previsão de implantação e sugeriu que os moradores façam a separação em casa e deixem junto com o lixo comum nos dias de coleta, avisando antes aos catadores autônomos. “Estamos revendo os moldes da coleta seletiva para chegar a uma solução econômica e eficaz. Hoje contamos com a colaboração dos catadores autônomos, que, além de contribuírem para o meio ambiente, ganham por isso”, comenta.

No Residencial Pampulha a coleta seletiva é feita todos os dias. Além de haver um depósito separando o lixo reciclável do orgânico por todo o condomínio, pode-se encontrar lixeiras de várias cores em diversos pontos. Para uma das síndicas do condomínio, Regina Soares, esse tipo de trabalho dentro é importante para conscientizar as crianças que também estão colaborando com o meio ambiente. “Além das lixeiras diferenciadas já recebemos a equipe da SLU para uma palestra e apresentação de um teatro ensinando sobre a coleta seletiva e de como armazenar o lixo. Todos colaboram com essa iniciativa que é muito positiva”, conta.

Coleta consciente é feita no Residencial Pampulha

Coleta seletiva faz a diferença

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