Upload
ngonga
View
212
Download
0
Embed Size (px)
Citation preview
BOLETIM SEMANAL RESERVADO
1
N° 28/16
SEMANA: 29/08/16 a 02/09/16
ASSUNTOS:
COMENTÁRIO GERAL DA SEMANA PLANO NACIONAL DE BANDA LARGA NOVOS CABOS SUBMARINOS COMPARTILHAMENTO DE POSTES – RESOLUÇÃO CONJUNTA ANATEL ANEEL OBRIGATORIEDADE DE COMPARTILHAMENTO DE INFRAESTRUTURA LEI DAS ANTENAS – PROMULGADA – LEI N° 13.116/2015 IMPLANTAÇÃO DA FAIXA DE 700 MHz E DIGITALIZAÇÃO DA TV A REVISÃO DO MODELO – O FOCO DA COMISSÃO DO MINICOM A REGRAS DA INTERNET E A NEUTRALIDADE DE REDE NA COMUNIDADE EUROPEIA HUAWEI NA NUVEM! “NAS NUVENS” ELA JÁ ESTÁ... PRIMEIRA FASE DO LEILÃO DA FAIXA DE 600 MHz DA FCC É INTERROMPIDA
MULTA APLICADA À APPLE - ANEXO - European Commission - Press release
NOTA: OS TENS EM VERMELHO INDICAM TEMA NOVO OU ALTERAÇÃO EM ITEM DE EDIÇÕES ANTERIORES.
01.COMENTÁRIO GERAL DA SEMANA
Índice
Agências Reguladoras Sem Política
AGE da Oi está suspensa!
A Oi e os termos do Plano de Recuperação Judicial da Companhia
Posicionamento do MCTIC sobre a Oi
Alterações no Cronograma da transição para a TV Digital
Radiodifusão fica no MCTIC
Uso comercial de Drones
Regras da Internet - O “bate boca” na Comunidade Europeia
Comunidade Europeia aplica multa à Apple
Nesta semana o BS selecionou para registro e comentários os tópicos que seguem abaixo.
BOLETIM SEMANAL RESERVADO
2
Agências Reguladoras Sem Política
O BS reproduz uma nota da Coluna Radar, da Veja online, com o título: “Casa Civil quer melhorar
nível dos dirigentes de agências reguladoras”. O texto é abaixo reproduzido.
O BS deixa à consideração dos seus leitores a interpretação do texto da referida Nota. Permite-se,
no entanto, louvar a referida iniciativa caso ela seja implementada em todo o seu contexto.
Casa Civil quer melhorar nível dos dirigentes de agências reguladoras
Por: Mauricio Lima 04/09/2016 às 15:56
Padilha: despolitizando as agências
A Casa Civil quer alterar o modelo de indicações para as agências reguladoras. Para qualificar o nível de seus
dirigentes, Eliseu Padilha está apoiando um projeto de lei já em tramitação no Congresso. Pelo texto, os nomes
indicados para funções nas agências precisam ter dez anos de experiência na área e nenhuma filiação partidária há
pelo menos 36 meses.
AGE da Oi está suspensa!
O Juiz Fernando Viana que conduz o processo de Recuperação Judicial da Oi, decidiu suspender a
AGE da Oi que estava marcada para o dia 08/09/2016 cuja parte previa a destituição de Membros
do Conselho de Administração da Companhia indicados pela Pharol, e sua substituição por outros
indicados pelo Fundo Societé Mondiale, ligado a Nelson Tanure.
Neste sentido, a Oi publicou um Fato Relevante cujo teor é reproduzido na sequência.
Oi S.A. – Em Recuperação Judicial
FATO RELEVANTE
Suspensão das Assembleias Gerais Extraordinárias de 08.09.2016 Oi S.A. – Em Recuperação Judicial
(“Companhia”), em cumprimento ao art. 157, §4º da Lei nº 6.404/76 ("LSA"), comunica aos seus acionistas e ao
mercado em geral que, nesta data, o Juízo da 7ª Vara Empresarial da Comarca da Capital do Estado do Rio de
BOLETIM SEMANAL RESERVADO
3
Janeiro, onde tramita a ação de recuperação judicial das Empresas Oi, acolhendo manifestação do Ministério Público
do Estado do Rio de Janeiro, determinou a suspensão da convocação das Assembleias Gerais Extraordinárias tendo
por objeto a destituição de membros do Conselho de Administração, bem como a adoção de medidas de
responsabilização em face de administradores da Companhia, convocadas pelo acionista Société Mondiale Fundo de
Investimento em Ações para se realizarem em 08.09.2016. O Juízo também determinou, em vista das controvérsias
existentes entre acionistas da Companhia, o encaminhamento das partes envolvidas para a realização de mediação,
a ser concluída no prazo de 20 dias, prorrogável por vontade dos acionistas.
Em razão dessa decisão, a Companhia informa aos seus acionistas que as Assembleias não mais se realizarão em
08.09.2016 e sua realização dependerá de definição posterior pelo poder judiciário.
As íntegras da decisão judicial pela qual o referido Juízo suspendeu as Assembleias e da manifestação do Ministério
Público do Estado do Rio de Janeiro encontram-se à disposição dos acionistas da Companhia na sede da Companhia,
em seu website (www.oi.com.br/ri), bem como no Módulo IPE do Sistema Empresas.NET da CVM (www.cvm.gov.br),
além do website da BM&FBovespa (www.bmfbovespa.com.br). Cópia da referida decisão judicial e manifestação
também será enviada, assim que possível, traduzida para o inglês, à US Securities and Exchange Commission
conforme o Form 6-K.
A Companhia manterá seus acionistas e o mercado informados sobre o desenvolvimento dos assuntos objeto deste
Fato Relevante.
Rio de Janeiro, 02 de setembro de 2016.
Oi S.A. – Em Recuperação Judicial
Flávio Nicolai Guimarães
Diretor de Finanças e de Relações com Investidores
A decisão tem como fundamento a possibilidade de se tentar uma mediação entre os acionistas, de
modo que o mesmo Juiz encaminhou o processo para o Núcleo Permanente de Métodos
Consensuais de Solução de Conflitos, do Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania. O
Juiz concedeu um prazo de 20 dias para a conclusão da mediação, que poderá ser prorrogado caso
os acionistas o desejem consensualmente. Vale registrar que a medida cautelar do Juizado seguiu
recomendação do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro.
O BS não acompanha regularmente as decisões do Judiciário e nem é muito afeto a questões de
natureza Jurídica. Mas, imagina não ser uma prática usual um processo que está sendo disputado
judicialmente receber uma “chance” de ser resolvido mediante uma mediação entre as Partes. Fato
que fica ressaltado pela grandeza das cifras envolvidas no processo de Recuperação; na dimensão
e importância econômica e estratégica da Oi; e, nos impactos para os consumidores de serviços de
telecomunicações do País.
Desta forma, é de se esperar que haja repercussões da decisão que venha a ser tomada não só no
Setor de Telecomunicações como em outros dele dependentes ou nos quais ocorram situações
BOLETIM SEMANAL RESERVADO
4
análogas. Neste sentido, vale destacar um trecho de reportagem publicada pelo Estadão que
registra uma passagem da decisão do Juiz Fernando Viana:
"O novo sistema processual valoriza o mecanismo da mediação, sendo fortemente recomendável
que o método seja aplicado em um processo de grande impacto social".
Vale, ainda registrar as preocupações de um dos maiores credores da Oi – o China Development
Bank (CDB) – quanto à forma como o processo se desenvolverá. O CDB indagou ao Juiz se o Plano
de Recuperação a ser apresentado pela Companhia será único, ou haverá um plano para cada
Empresa credora. A manifestação do Juiz foi incisiva e, de certa forma, lacônica:
"Não há qualquer obscuridade a ser sanada, já que não compete ao juiz da recuperação, salvo as
hipóteses de ofensa aos princípios da legalidade, lealdade, confiança e boa-fé objetiva, deliberar a
respeito do conteúdo e forma do plano - ainda a ser apresentado - e que serão objetos de discussão
e enfrentamento no decorrer do processo, na forma determinada na lei"
Os leitores do BS são convidados a ler o inteiro teor da reportagem do Estadão. E, caso desejem
maiores detalhes podem ser feitas as consultas ao Site indicado no FATO RELEVANTE da Oi, antes
transcrito.
Juiz decide suspender assembleias da Oi
Acionistas votariam a destituição de membros do conselho de administração indicados
pela Pharol, antiga Portugal Telecom e maior acionista individual do grupo, e a eleição de
indicados por fundo ligado a Nelson Tanure
Mariana Sallowicz,
O Estado de S.Paulo, 02 Setembro 2016
RIO - O juiz responsável pelo processo de recuperação judicial da Oi, Fernando Viana, decidiu nesta
sexta-feira, 2, suspender cautelarmente a convocação de assembleias que votariam a destituição de
membros do conselho de administração indicados pela Pharol (antiga Portugal Telecom, maior
acionista individual da tele, com 22% de participação) e a eleição dos indicados pelo fundo Société
Mondiale, ligado ao empresário Nelson Tanure, assim como adoção de medidas de responsabilização
em face de administradores da empresa. As reuniões de acionistas estavam marcadas para 8 de
setembro.
O titular da 7ª Vara Empresarial do Rio determinou ainda o encaminhamento da disputa para mediação.
Caso não haja acordo, o magistrado decidirá sobre a realização da assembleia. A Pharol e o Société
Mondiale serão encaminhados para o Núcleo Permanente de Métodos Consensuais de Solução de
BOLETIM SEMANAL RESERVADO
5
Conflitos (Nupemec)/Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania (Cejusc). O magistrado
determinou que a mediação deverá ser concluída no prazo de 20 dias, prorrogável por vontade dos
acionistas. A decisão seguiu a recomendação do Ministério Público do Estado do Rio (MPRJ).
"O novo sistema processual valoriza o mecanismo da mediação, sendo fortemente recomendável que o
método seja aplicado em um processo de grande impacto social", diz o juiz na decisão.
O juiz afirma ainda que a mediação se mostrou adequada "em razão do vínculo permanente que existe
entre os envolvidos e dos prejuízos que este litígio societário pode potencialmente causar, neste
momento delicado de sua existência, à empresa em recuperação (Oi), a seus credores e aos
consumidores dos serviços por prestados pela concessionária".
Viana também cita que o novo Código de Processo Civil estabelece que "a conciliação, a mediação e
outros métodos de solução consensual de conflitos deverão ser estimulados por juízes, advogados,
defensores públicos, membros do Ministério Público, inclusive no curso do processo judicial".
Outra decisão. O magistrado também negou pedido do China Development Bank (CDB), que
reivindicou da Justiça esclarecimento se a tele precisará apresentar um único e consolidado plano de
recuperação judicial ou uma versão para cada uma das sete empresas do grupo que fazem parte do
processo.
"Não há qualquer obscuridade a ser sanada, já que não compete ao juiz da recuperação, salvo as
hipóteses de ofensa aos princípios da legalidade, lealdade, confiança e boa-fé objetiva, deliberar a
respeito do conteúdo e forma do plano - ainda a ser apresentado - e que serão objetos de discussão e
enfrentamento no decorrer do processo, na forma determinada na lei", diz na decisão.
A Oi e os termos do Plano de Recuperação Judicial da Companhia
Continuam as especulações na imprensa em relação aos termos do plano de Recuperação Judicial
da Oi. Como já tinha ocorrido em ocasião anterior, a Companhia foi forçada a publicar um
COMUNICADO AO MERCADO indicando que “não atesta as informações contidas nas notícias e
informa que, neste momento, qualquer informação a respeito do conteúdo do plano de recuperação
judicial é prematura e deve ser desconsiderada”.
A despeito do posicionamento formal da Companhia que disse o óbvio, é muito provável que as
especulações continuem, mesmo porque o assunto tem um interesse jornalístico considerável, na
linha de sua importância econômica e operacional, envolvendo protagonistas interessados, como é
o caso dos investidores, dos usuários, do Setor de Telecomunicações, e, do Governo como um todo,
inclusive dos Estados e Municípios, em função do volume de impostos recolhidos pela Companhia.
Na sequência, é reproduzido o COMUNICADO AO MERCADO na forma disposta no Site da
Companhia.
BOLETIM SEMANAL RESERVADO
6
OI S.A. - Em Recuperação Judicial
COMUNICADO AO MERCADO
Notícias veiculadas na imprensa
Oi S.A. - Em Recuperação Judicial ("Companhia"), tendo em vista as notícias veiculadas nesta data na imprensa,
esclarece que ainda não há decisão com relação aos termos do plano de recuperação judicial da Companhia, inclusive
com relação a qualquer "desconto" em sua dívida, e que os seus termos ainda estão sendo estudados e discutidos pela
administração das Empresas Oi. A Companhia não atesta as informações contidas nas notícias e informa que, neste
momento, qualquer informação a respeito do conteúdo do plano de recuperação judicial é prematura e deve ser
desconsiderada.
A Companhia manterá seus acionistas e o mercado informados sobre o desenvolvimento dos assuntos relacionados à
sua recuperação judicial
Rio de Janeiro, 02 de setembro de 2016.
Flavio Nicolay Guimarães
Diretor de Finanças e de Relações com Investidores
Oi S.A. - Em Recuperação Judicial
Posicionamento do MCTIC sobre a Oi
O Ministro Gilberto Kassab recebeu em audiência o Presidente da Oi tendo recebido na ocasião a
informação de que a “Recuperação da Oi caminha positivamente”, segundo consta de nota
publicada no Site do Ministério.
O encontro se prestou a que o Órgão fizesse “considerações do MCTIC sobre a situação da Oi e o
setor de telecomunicações” que pela sua relevância o BS julga interessante levar a seus leitores.
Desta forma, é reproduzido abaixo o texto integral da Nota do MCTIC publicado no Site do
Ministério com o título: “Recuperação da Oi caminha positivamente, diz presidente da empresa ao
ministros”.
Recuperação da Oi caminha positivamente, diz presidente da empresa ao ministro
Marco Schroeder foi recebido nesta segunda-feira (29) pelo ministro Gilberto Kassab em
audiência no MCTIC. Ministro acompanha situação da concessionária que atende mais de 4,5
mil cidades brasileiras.
BOLETIM SEMANAL RESERVADO
7
Por Ascom do MCTIC Publicação: 29/08/2016 | 14:39
Última modificação: 29/08/2016 | 14:53
O tráfego de telecomunicações de quase metade dos municípios do país se dá exclusivamente sobre a rede da Oi.
Crédito: Ascom/MCTIC
O ministro da Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicações, Gilberto Kassab, recebeu na manhã de hoje
(29/08), o presidente da Oi, Marco Schroeder, e os diretores de Assuntos Institucionais e de Política Regulatória
e Setorial, respectivamente Carlos Eduardo Monteiro de Moraes Medeiros e Roberto Blois.
Na audiência, Schroeder afirmou que o processo de recuperação financeira da concessionária, aprovada pela
Justiça, está se desenvolvendo de forma positiva. Como a concessionária tem uma função estratégica no
sistema de telecomunicações nacional, pois a rede da Oi atende mais de 4,5 mil cidades brasileiras, o MCTIC
acompanha com atenção especial a evolução do plano de recuperação da empresa para garantir o direito dos
usuários e dar segurança aos seus investidores.
A seguir, as considerações do MCTIC sobre a situação da Oi e o setor de telecomunicações:
1. O MCTIC, em permanente diálogo com a Anatel, acompanha com atenção o desenvolvimento da situação
da Oi, concessionária de Serviço Telefônico Fixo Comutado em todo o território brasileiro, exceto o Estado de
São Paulo.
2. Essa atenção é tanto maior quando constata que o escoamento de tráfego de telecomunicações de quase
metade dos municípios do Brasil se dá exclusivamente sobre a rede da Oi. Ou seja, nesses casos, o acesso e
a navegação na Internet, o envio e recebimento de mensagens, e a comunicação de voz fixa e de celular,
dependem exclusivamente da transmissão via rede da Oi.
3. O MCTIC, observando a Lei Geral de Telecomunicações, considera fundamental que haja serviços de
telecomunicações adequados em todos os estados e municípios do território nacional, e atuará, no que lhe
compete, para que assim seja.
4. O MCTIC se debruça sobre a situação da Oi, e entende que existem vários elementos a serem
considerados, como: (a) o desenlace do processo de Recuperação Judicial; (b) o estabelecimento de um novo
modelo para as telecomunicações nacionais; e (c) a revisão das regras da Anatel que regem a prestação de
serviços de telecomunicações.
a. O MCTIC espera que a Oi saia da Recuperação Judicial em que se encontra na melhor condição possível
para atender adequadamente a população brasileira, com a questão da dívida equacionada.
BOLETIM SEMANAL RESERVADO
8
b. O MCTIC acompanha com interesse o PL Nº 3.453, de 2015, do dep. Daniel Vilela, com o Substitutivo do
relator, dep. Laercio Oliveira. Após os devidos trâmites, o Ministério espera que a Lei daí resultante atenda as
demandas que buscam o aperfeiçoamento do modelo das telecomunicações em nosso país.
c. Finalmente, o Ministério espera que a Anatel não apenas implemente o marco legal proveniente do PL Nº
3.453, como introduza, como já vem introduzindo, simplificações regulatórias tendentes a permitir competição
adequada entre os serviços de telecomunicações e aqueles que são providos sobre a rede de
telecomunicações.
5. Esse conjunto de medidas judiciais, legais e regulatórias, junto com as diretrizes de políticas dos serviços
de telecomunicações deste Ministério, deverá dar tranquilidade ao usuário e ao investidor. Ao cidadão brasileiro,
que necessita das telecomunicações para seu trabalho, para sua informação, como veículo de sua opinião e
visão das coisas, e para seu lazer. Ao investidor, para que, com a segurança da estabilidade e justiça das
regras, participe maciçamente dessa nova era das Telecomunicações do nosso país construindo infraestrutura
adequada, serviços de qualidade, apropriados às mais diversas aplicações e aplicativos de interesse do
cidadão.
6. Esse mesmo conjunto de medidas deverá possibilitar a manutenção de pelo menos três grandes grupos
de prestadores de serviços de telecomunicações no Brasil, capazes de competir efetivamente uns com os
outros, o que constitui o mínimo recomendável para manter a competição efetiva em prol do usuário, e com a
segurança legal para seguirem atraindo investimento nacional e estrangeiro.
7. A política do MCTIC não tenciona permitir, portanto, que haja uma consolidação dos vários prestadores
de serviço hoje existentes em apenas dois grandes grupos de prestadores.
8. O MCTIC nota, em particular, que o Novo Modelo eliminará dúvidas por ventura ainda existentes nas
compras e aquisições de prestadoras de serviços de telecomunicações com respeito, por exemplo, à questão
dos bens reversíveis e à incorporação da radiofrequência da prestadora adquirida.
Alterações no Cronograma da transição para a TV Digital
Sem muito alarde o Ministro Gilberto Kassab assinou a Portaria Nº 3.493, de 26 de agosto de 2016,
alterando o cronograma da transição para a TV Digital, no País de forma que “a relação dos
municípios afetados pelo cronograma de desligamento da transmissão analógica em 2018 está
estabelecida no Anexo VI desta Portaria”, e, “nos municípios não listados nos cronogramas
constantes dos Anexos IV, V e VI, o desligamento da transmissão analógica deverá ocorrer até 31
de dezembro de 2023”.
Como a deslocamento dos prazos afetou localidades que, originalmente, estavam previstas no
cronograma de transição até 2018, a Portaria mencionada também decide “Autorizar a realocação
dos conversores de TV digital terrestre (set-top-box) que seriam distribuídos aos beneficiários do Programa
Bolsa Família do Governo Federal, residentes nas localidades nas quais o desligamento não está previsto até
31 de dezembro de 2018, às famílias integrantes do Cadastro Único que atendem aos critérios estabelecidos
no art. 4º, II do Decreto nº 6.135, de 2007, que define Famílias de Baixa Renda, que residam naquelas
BOLETIM SEMANAL RESERVADO
9
localidades que efetivamente desligarão o sinal analógico até 31 de dezembro de 2018, conforme
cronograma definido nesta Portaria”.
O texto completo da Portaria Nº 3.493/2016, é reproduzido na sequência, deixando de ser incluído o Anexo
II que os leitores do BS poderão conhecer, caso tenham interesse, acessado o Site do MCTIC.
PORTARIA Nº 3.493, DE 26 DE AGOSTO DE 2016
O MINISTRO DE ESTADO DA CIÊNCIA, TECNOLOGIA, INOVAÇÕES E COMUNICAÇÕES, no uso das atribuições que lhe
confere o art. 87, parágrafo único, inciso II, da Constituição Federal,
CONSIDERANDO o disposto no art. 10 do Decreto nº 5.820, de 29 de junho de 2006, alterado pelo Decreto nº 8.753, de 10 de maio de
2016, segundo o qual o Ministério das Comunicações estabelecerá cronograma de transição da transmissão analógica dos serviços de
radiodifusão de sons e imagens e de retransmissão de televisão para o Sistema Brasileiro de Televisão Digital Terrestre - SBTVD- T;
CONSIDERANDO o disposto no Ofício n° 3/2016/SEI/RZANATEL, enviado pela Agência Nacional de Telecomunicações - Anatel, que
encaminha a relação das localidades afetadas nos agrupamentos cujo desligamento está programado para ocorrer ao longo do ano de
2018;
CONSIDERANDO o disposto na Exposição de Motivos nº 00298/2016 MC, de 03 de maio de 2016, enviado à Presidência da República
para consideração de proposta de alteração do Decreto nº 5.820, de 29 de junho de 2006, modificado pelo Decreto nº 8.061, de 29 de
julho de 2013, que dispõe sobre a implantação do Sistema Brasileiro de Televisão Digital Terrestre - SBTVD-T;
CONSIDERANDO o disposto no Relatório das Ações Realizadas, Resultados da Experiência Piloto e Recomendações para o
Aperfeiçoamento do Processo de Transição ao SBTVD, de 20 de Janeiro de 2016, encaminhado pelo Grupo de Implantação do Processo
de Redistribuição e Digitalização de Canais de TV e RTV - GIRED; e
CONSIDERANDO o disposto na Medida Provisória nº 726, de 12 de maio de 2016, art. 6º, inciso III, que transfere as competências do
extinto Ministério das Comunicações para o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, resolve:
Art. 1º Alterar o § 2º e incluir o § 3º no art. 1º da Portaria MC nº 378, de 22 de janeiro de 2016, com redação dada pela Portaria MC nº
1.714, de 27 de abril de 2016, nos seguintes termos:
"§ 2º A relação dos municípios afetados pelo cronograma do desligamento da transmissão analógica em 2018 está estabelecida no
Anexo VI desta Portaria." (NR)
"§ 3º Nos municípios não listados nos cronogramas constantes dos Anexos IV, V e VI, o desligamento da transmissão analógica deverá
ocorrer até 31 de dezembro de 2023." (NR)
Art. 2º Incluir o Parágrafo único no art. 5º da Portaria MC nº 378, de 22 de janeiro de 2016, com a seguinte redação: "Parágrafo único.
Autorizar a realocação dos conversores de TV digital terrestre (set-top-box) que seriam distribuídos aos beneficiários do Programa
Bolsa Família do Governo Federal, residentes nas localidades nas quais o desligamento não está previsto até 31 de dezembro de 2018,
às famílias integrantes do Cadastro Único que atendem aos critérios estabelecidos no art. 4º, II do Decreto nº 6.135, de 2007, que define
Famílias de Baixa Renda, que residam naquelas localidades que efetivamente desligarão o sinal analógico até 31 de dezembro de 2018,
conforme cronograma definido nesta Portaria." (NR)
Art. 3º Alterar o Anexo I da Portaria MC nº 378, de 22 de janeiro de 2016, que passará a vigorar conforme o Anexo I desta Portaria.
Art. 4º Alterar o § 7º, do art. 8º, da Portaria MC nº 378, de 22 de janeiro de 2016, nos seguintes termos:
BOLETIM SEMANAL RESERVADO
10
"§ 7º Após o desligamento da transmissão analógica, a programação da emissora deixará de ser exibida no canal analógico, devendo
ser transmitida em seu lugar a cartela informativa, permanentemente, pelo prazo de 30 (trinta) dias a contar da data do desligamento,
salvo quando estiver prevista a imediata utilização do canal analógico para a transmissão do sinal digital de outra entidade, observando,
neste último caso, comunicação alternativa a ser definida pelo GIRED." (NR)
Art. 5º Incluir o Anexo VI à Portaria MC nº 378, de 22 de janeiro de 2016, nos termos do Anexo II desta Portaria.
Art. 6º Esta Portaria entra em vigor na data da sua publicação.
GILBERTO KASSAB
ANEXO I
REQUISITOS MÍNIMOS PARA RECEPÇÃO DO SINAL DIGITAL
I - Atender às normas técnicas contidas nos documentos ABNT NBR 15604:2015 - Televisão digital terrestre - Receptores, e suas
atualizações, dispondo obrigatoriamente de controle remoto, interface USB, saídas de áudio e vídeo via RF e saída de vídeo composto,
nos termos da norma.
II - Incorporar obrigatoriamente a capacidade de executar aplicações interativas, de acordo com as Normas ABNT NBR 15606-1, 15606-
2 e 15606-3.
III - Permitir a utilização dos recursos de acessibilidade previstos na Norma Complementar MC nº 01, de 2006, aprovada pela Portaria
nº310, de 27 de junho de 2006.
ANEXO II
LISTA DE LOCALIDADES AFETADAS PELO CRONOGRAMA DO DESLIGAMENTO DA TRANSMISSÃO ANALÓGICA EM 2018
Data do desligamento: 31/01/2018
Radiodifusão fica no MCTIC
O Ministro Gilberto Kassab “bateu o martelo” e decidiu por manter as atividades da atual Secretaria
de Serviços de Comunicação Eletrônica (Secretaria de Radiodifusão) no próprio Ministério, não as
transferindo para a Anatel, conforme se chegou a cogitar no contexto das mudanças que ocorreram
com a extinção do Ministério das Comunicações e incorporação de suas funções na estrutura do
MCTIC.
O desafio, a partir de agora, é a agilização das atividades do Órgão em questão, pois uma das causas
alegadas para a sua transferência para a Anatel era, exatamente, a tentativa de “aumentar a sua
eficiência”.
BOLETIM SEMANAL RESERVADO
11
Uso comercial de Drones
Está em vigor nos Estados Unidos uma nova regulamentação para a utilização de Drones para fins
comerciais. Não será mais necessário que a FAA – Federal Aviation Administration - conceda isenção
para cada empresa que deseje utilizar Drones.
Contudo, permanece a obrigação para que as pessoas que operem Drones tenham um Certificado
de habilitação para operação remota desses pequenos UAS – Unmanned Aerial Systems. No caso
em que estas pessoas não disponham de um Certificado desta natureza, deverão estar sob
Supervisão direta de uma pessoa que disponha do mesmo.
Os Operadores de Drones devem seguir diretrizes federais que incluem a obrigação de que a equipe
que opera os Drones deve mantê-los na linha de visada. Adicionalmente, os Drones não podem voar
após o pôr do sol, nem podem voar por cima de pessoas que não sejam as que os operam.
Vale lembrar que os técnicos que cuidam dos Sites dos Sistemas Celulares cada vez mais utilizam
Drones em suas atividades, com clara tendência de aumentar bem mais. Entre tais atividades está
a de fotografar as torres onde estão instalados os equipamentos dos sistemas rádio, sempre que há
ampliações ou mudanças nas configurações das instalações. Isto, tanto para checar as instalações
como para manter os registros e os controles das mesmas.
Os Drones também podem fornecer vídeo em tempo real do topo das torres de modo a se ter a
exata situação da instalação existente, sempre que isto se fizer necessário. Vale ainda registrar as
experiências que vêm sendo desenvolvidas com Drones que carregam equipamentos até o topo das
torres e utilizam “braços robóticos” para fazer sua instalação. Estas perspectivas, sem dúvida,
tendem a impactar bastante a instalação e o controle dos Sites das Redes Móveis Celulares.
O BS – cuja fixação por Drones é conhecida – desta vez traz o assunto em termos práticos. O tema
é de interesse das Instaladoras e Detentoras de torres de Sites com a observação dos enormes
ganhos de tempo, dinheiro, e, melhoria do controle que poderão ser alcançados com a utilização de
Drones da forma indicada. Obviamente, há uma enorme quantidade de outras possibilidades para
a utilização desses Dispositivos.
No Brasil, a ANAC ainda não se posicionou em relação à utilização destes Aparelhos para fins
comerciais, a despeito de uma Consulta Pública feita há cerca de um ano que, até o presente, não
teve resultados práticos.
BOLETIM SEMANAL RESERVADO
12
Regras da Internet - O “bate boca” na Comunidade Europeia
Em edição anterior do BS (Nº 26/16) foram feitas referências às novas regras baixadas pela Comunidade Europeia
em relação à Internet, mais especificamente no que toca à Neutralidade de Rede. Tais regras devem ser formalmente
aprovadas pelos Estados Membros, no futuro próximo.
Enquanto isso, as Operadoras de Telecomunicações se posicionam fortemente na defesa de seus interesses. Em
especial, os “Pesos Pesados”: Telefónica, Vodafone e, Orange.
No item 09 deste BS (Nº 28/16) são feitas considerações complementares sob o título: “AS REGRAS DA INTERNET
E A NEUTRALIDADE DE REDE NA COMUNIDADE EUROPEIA”.
O BS reproduz uma reportagem do El País, na qual estas 3 Operadoras fazem considerações sobre a questão
centradas no jargão: “justa para todos”.
Com esta sequência de informações o BS pretende levar à consideração de seus leitores os desdobramentos desta
questão que, definitivamente, não estão totalmente superados no país, a despeito da promulgação do Marco Civil
da Internet.
Las firmas de telecomunicaciones exigen una norma “justa y para todos” en Internet
Las operadoras se muestran favorables al reglamento de la UE que impone controles de la red en
casos excepcionales
Madrid 29 AGO 2016 - 19:03 BRT
Las operadoras de telecomunicaciones apuestan por una legislación “justa y simétrica” en materia de
Internet que regule también a los gigantes de Internet como Google o Facebook. En este sentido,
defienden las excepciones que el reglamento de la Unión Europea va a establecer al principio general
de neutralidad de la red que impide bloquear o discriminar los contenidos que viajen por su red, salvo
por orden judicial, para garantizar la seguridad, o cuando consideren que hay peligro de congestión de
sus redes.
Las compañías de telecomunicaciones se han mostrado cautas sobre el reglamento que se hará público
este martes en Bruselas y que regula la llamada neutralidad en Internet. A la espera de esa
comparecencia, mantienen su postura tradicional de que no se pueden crear una normativa sobre
Internet al margen del resto de las regulaciones y en la que se eliminen cualquier tipo de control.
BOLETIM SEMANAL RESERVADO
13
“A nadie se le ocurriría poner en cuestión que existan normas que regulen el tráfico por las carreteras o
las autopistas. O agentes que vigilen que las mercancías que se transportan por ellas son legales ¿Por
qué Internet tiene que ser distinto?”, señalan en fuentes de las operadoras nacionales.
Los máximos responsables de Telefónica, Vodafone y Orange han sido especialmente beligerantes con
la normativa europea, al entender que es asimétrica, ya que somete a normas y controles estrictos a los
operadores de red mientras que deja que los gigantes de Internet -los llamadas over the top (OTT) como
Google, Facebook o Amazon- vivan al margen de cualquier normativa, saltándose las normas de
privacidad y asegurando situaciones de dominio en sus mercados, inadmisibles en cualquier otro sector.
"El invento de la neutralidad"
El más destacado en esas críticas fue el expresidente de Telefónica, César Alierta, que en varias
ocasiones ha denunciado que “los que se han inventado lo de la neutralidad en la red son los que
no tienen ninguna neutralidad porque no respetan ni la privacidad ni la seguridad de sus
usuarios, y se saben la vida de todos nosotros”.
También el presidente mundial de Vodafone, Vittorio Colao, ha exigido en muchas intervenciones que
Bruselas debe acabar con los “monopolios en Internet”. Por ejemplo, Google posee más del 90% del
mercado de las búsquedas y más del 80% de los móviles funcionan gracias al sistema operativo
Android, diseñado por la multinacional estadounidense.
Las operadoras europeas han seguido esa línea mucho más crítica que sus homólogas estadounidenses
porque entienden que la ausencia de normativa en el territorio web beneficia a los mayores grupos de
Internet, casi todos norteamericanas, y entre los que no se encuentra ninguno europeo. Además, critican
que empresas como Google o Facebook que ocupan con sus contenidos las redes de los operadores
apenas invierten en infraestructuras ni dan empleo, con el agravante de su tendencia a eludir el pago de
impuestos radicando su actividad en paraísos fiscales.
Del otro lado, algunas compañías de contenidos como Netflix han criticado veladamente a las
operadoras por servir sus contenidos con una calidad menor a la deseada, aunque no se han atrevido, al
menos en público, a acusarlas directamente de discriminar sus contenidos para privilegiar los propios.
Comunidade Europeia aplica multa à Apple
Os reguladores da Comunidade Europeia aplicaram uma multa de 13 bilhões de euros (da ordem de
US$14,5 bilhões), referente a impostos não pagos acrescidos dos juros devidos cuja aplicação,
segundo informações, pode remontar ao ano de 1991. Na raiz da questão estão os incentivos fiscais
BOLETIM SEMANAL RESERVADO
14
que o Governo da Irlanda concedeu à Apple os quais, segundo a Comissão, seriam ilegais. A Apple
e o Governo da Irlanda informaram que recorrerão da Decisão.
Segundo Nota expedida pela EU, “As investigações da Comissão concluíram que a Irlanda concedeu
incentivos fiscais ilegais à Apple, que lhe permitiram pagar substancialmente menos impostos que
outras Empresas durante muitos anos. De fato, este tratamento seletivo permitiu à corporação
pagar um imposto efetivo de 1 (um) por cento nos seus lucros em 2003 que foi sendo reduzido até
chegar a 0,005 por cento, em 2014”. A Comissão, também fundamenta sua posição no fato de que
estaria havendo um “redirecionamento” dos lucros por parte da Apple.
Vale registrar que os referidos benefícios fiscais estão associados à criação de empregos na Irlanda
que, segundo consta, estariam na casa dos 6.000 postos. A Apple acena com a possibilidade de
demissões caso não seja mantida a estrutura fiscal vigente, contestada pela Comunidade, pois ela
somente beneficiaria um País, em detrimento de todos os demais.
Na sequência, o BS transcreve matéria do jornal O ESTADO DE S. PAULO sobre o assunto, baseado
em notícia da Agência Reuters.
Para os leitores do BS que desejem se aprofundar no assunto, no final da presente edição do BS é
transcrito como ANEXO um Press Release da Comunidade Europeia (no idioma original), no qual são
fornecidos dados bastante mais substanciais.
Apple é multada em 13 bilhões de euros pela União Europeia
Empresa terá de pagar quantia em impostos mais juros ao governo irlandês por
redirecionamento de lucros
Por Da redação
30 ago 2016
Autoridades da União Europeia mandaram a Apple pagar até 13 bilhões de euros (aproximadamente
64,93 bilhões de reais) em impostos mais juros ao governo da Irlanda depois de uma decisão em que
considerou como ilegal um esquema em que a empresa redirecionava lucros pelo país europeu.
A quantia, 40 vezes maior que a cobrança da Comissão Europeia a uma companhia em caso semelhante,
poderá ser reduzida, afirmou o órgão executivo da UE, se outros buscarem pagamento de mais impostos
pela gigante americana.
BOLETIM SEMANAL RESERVADO
15
A Apple, que junto com a Irlanda vai apelar da decisão, pagou impostos sobre lucros europeus de vendas
de iPhones e outros produtos e serviços por um período de 11 anos, entre 0,005%, em 2014, e 1%, em
2003, afirmou a comissão.
“A Irlanda concedeu benefícios ilegais para a Apple que permitiram à empresa pagar substancialmente
menos imposto que outras empresas ao longo de muitos anos”, afirmou a comissária de Concorrência
da UE, Margrethe Vestager.
A varejista online Amazon.com e o grupo de fastfood McDonald’s enfrentam inquéritos tributários em
Luxemburgo, enquanto a rede de cafeterias Starbucks foi condenada a pagar até 30 milhões de euros
(aproximadamente 108 milhões de reais) ao governo holandês.
Para a Apple, cujo lucro no ano passado somou 18 bilhões de dólares (cerca de 58 bilhões de reais) e
foi o maior já divulgado por uma empresa no mundo, o pagamento de bilhões de dólares não deve ser
um problema intransponível. Os 13 bilhões de euros representam cerca de 6% da reserva de caixa da
companhia.
A Apple informou que tinha no final de junho um caixa e equivalentes de 231,5 bilhões de dólares, dos
quais 92,8% estavam em subsidiárias no exterior. A empresa pagou 2,67 bilhões de dólares em impostos
durante o último trimestre, deixando a companhia com lucro de 7,8 bilhões de dólares.
A Comissão Europeia acusou a Irlanda em 2014 de driblar leis internacionais ao permitir que a Apple
protegesse lucros de dezenas de bilhões de dólares em troca por empregos. A Apple e o governo irlandês
negam a acusação.
“Esta decisão não me deixa escolha que não seja buscar aprovação do gabinete para uma apelação”,
disse o ministro das Finanças da Irlanda, Michael Noonan.
(Com agência Reuters)
02. UNIVERSALIZAÇÃO DA BANDA LARGA
O Programa Banda Larga para Todos não teve evoluções significativas pelas razões expostas nos BS
editados até o Nº 13/16. Na verdade, dá agora para perceber que se tratava mais de um Plano
“midiático” do que propriamente algo estruturado para um desenvolvimento consistente.
O anterior Ministro das Comnicaões parece ter percebido as dificuldades e tentou imprimir um
status mais atual ao Programa procurando, quem sabe, marcar a sua administração. Neste sentido
foi lançado o Programa “Brasil Inteligente” que, no entanto, foi “atropelado” pela sua saída da Pasta
BOLETIM SEMANAL RESERVADO
16
em razão das mudanças político institucionais pelas quais passa o País. O Programa certamente será
“revisto” pelo Ministro Kassab se é que ele será simplesmente considerado.
A questão básica é que o PPA 2016 – 2019 não contemplava recursos significativos para este
Programa. Agora, deve-se esperar o posicionamento do Ministério do Planejamento para se
verificar os rumos que tal PPA tomará. Note-se que havia um potencial esforço dos Ministérios da
Fazenda e do Planejamento na administração anterior no sentido de dar um status diferenciado ao
Setor de Telecomunicações procurando atrair investimentos da iniciativa privada.
Este enfoque parece ter sido mantido e, até, incrementado com as intenções estabelecidas no
Programa PPI, do Governo em Exercício.
Merece registro a Portaria Nº 1.455, do Ministério das Comunicações, comentada no item inicial do
COMENTÁRIO GERAL DA SEMANA, do BS Nº 10/16, que ainda está em vigor. Muito provavelmente
tal Portaria será “revisitada” pelo novo Ministro da Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicações.
De qualquer maneira o BS manterá o texto que trata do PPA 2016 – 2019. Até para comparação com
eventual revisão que vier a ser emitida. Não há dúvidas que algumas alterações devem ser
introduzidas até para estabelecer níveis de prioridade que certamente serão distintas entre os dois
Governos.
PPA 2016 - 2019
O DOU de 11/01/16 publicou o Plano Plurianual para o período 2016 - 2019. Nele estão contidas
metas para o Setor de Telecomunicações. Surpreendentemente, há metas quantitativas para a
Banda Larga Móvel e não estão incluídas para a Rede Fixa (Banda Larga Fixa; Backbone; e Backhaul).
Para estes segmentos há apenas algumas metas de qualidade a serem perseguidas.
No caso da Banda Larga Móvel espera-se que ao final do período 90% dos usuários móveis (sem fio)
tenham a ela acesso. Isto pode caracterizar uma aposta do governo no sentido de que a Banda Larga
no País, principalmente, nas regiões do Interior seja provida pelas Redes Móveis e não pelas Fixas.
Se este é o objetivo aumenta a necessidade de se acelerar a implantação das redes de 700 MHz bem
como da construção de Backbones e Backhauls. Ocorre que as perspectivas de momento apontam
de forma categórica em sentido contrário!
Também há metas relacionadas com a digitalização da TV; programas de inclusão digital em cidades
do Interior; incentivo à produção nacional de conteúdo; estações de rádio comunitárias; emissoras
educativas; incentivos ao desenvolvimento e produção de equipamentos e software nacionais; e
outros de menor relevância.
BOLETIM SEMANAL RESERVADO
17
Assim, pode-se concluir que o crescimento da Banda Larga no País, no período do PPA, estará mais
condicionado às ações da iniciativa privada – portanto do mercado – do que, propriamente, por
ações diretas do governo. Na visão do BS, em princípio, este não será um grande problema desde
que sejam tomadas medidas para reativar a economia do País, criando-se mecanismos para sair da
crise em que se encontra no momento. As perspectivas de curto prazo neste sentido não são
animadoras.
Por outro lado, está contemplado o lançamento do Satélite Geoestacionário de Defesa e
Comunicações Estratégicas; lançamento do cabo submarino Brasil – Europa; implantação da Rede
Privativa da Adminstração Pública Federal; e, realização de leilões reversos para a implantação de
redes de transporte ópticas capazes de atender aos Pequenos Provedores. Claramente, estes
projetos, estão relacionadas com atividades nas quais a Telebras estará envolvida. Uma outra
incógnita, pois são de conhecimento geral as dificuldades de ordem econômica e financeira pelas
quais pass a Empresa. Será um enorme desafio para a atual Diretoria conseguir equalizar este
aspecto com a real necessidade da implementação dos projetos em causa.
Os fatos reais cada vez mais apontam no sentido de a Telebras enfrentar dificuldades de difícil
transposição devido à falta de recursos. Muito dificilmente, ela disporá de recursos públicos para o
desenvolvimento de novos projetos e as condições de acesso ao mercado financeiro, no momento
são praticamente inexistentes.
No campo da gestão do Setor de telecomunicações estão previstas diversas medidas que fazem
parte do Planejamento da Anatel para o período em questão, já divulgadas pelo BS em edição
anterior. No entanto, as iniciativas para implementar tais medidas correm com velocidade reduzida.
03. NOVOS CABOS SUBMARINOS
Não houve comentários púbicos sobre este assunto na semana. O texto anterior é mantido como
referência por se tratar de tema que tem um relativo interesse para o País por tratar de Backbones
Internacionais que criam novas alternativas de interligação entre o Brasil (e o Continente Sul
Americano) e as Américas do Norte e Central, bem como a Europa e a África diretamente e a Ásia,
indiretamente.
A mais recente novidade foi o anúncio do lançamento de um novo Cabo Submarino interligando as
Américas, com terminações no Brasil, em Fortaleza e Rio de Janeiro (Ver “Brusa – Novo Cabo
Submarino entre Brasil (Br) e Estados Unidos (USA)” no COMENTÁRIO GERAL DA SEMANA do BS
08/16. Nesta semana surge a informação da construção do Data Center da Telefónica em Virginia
Beach, conforme posto no COMENTÁRIO GERAL DA SEMANA do BS Nº 015/16.
BOLETIM SEMANAL RESERVADO
18
Na semana anterior à emissão do BS Nº 10/16, foi anunciado o lançamento do Cabo Submarino
entre o Brasil e Angola (ver ”Cabo Submarino Brasil – Angola” no COMENTÁRIO GERAL DA SEMANA
do BS Nº 10/16). Um evento, realmente, importante em sendo efetivamente concretizado e posto
em operação no contexto mundial das telecomunicações.
Não têm sido, divulgadas novas informações em relação ao Cabo Submarino que interligará o Brasil
à Europa, em função de um investimento conjunto da IslaLink e da Telebras, objeto de comentarios
em BS anteriores.
Debe-se registrar a noticia recente anotada no COMENTÁRIO GERAL DA SEMANA dO BS Nº 16/16
sob título: “Novo Cabo Submarino Transatlântico” com informações adicionais no BS Nº 17/16.
Sugere-se atentar também para o item “Compartilhamento de infraestrutura de Cabo Submarino”
publicado no COMENTÁRIO GERAL DA SEMANA deste BS Nº 22/16).
Até o momento não houve nenhum pronunciamento da nova Diretora da Telebras sobre o Projeto.
Em função dos compromissos já assumidos não há como retroagir no seu desenvolvimento. Mas,
um posicionamento da Companhia seria interessante no sentido de indicar claramente para o
Mercado quais são os propósitos efetivos da Parceria Público Privada que se estabeleceu entre a
Estatal brasileira e uma Empresa privada Europeia.
Adicione-se a este fato o caráter estratégico do Cabo em questão, o primeiro de Fibras Ópticas a
ligar o Continente Sul Americano ao Europeu. Vale lembrar os esforços que a Comunidade Europeia
fez junto ao Governo brasileiro para que o Projeto se concretizasse. Um processo que já se prolonga
por mais de 5 anos.
04. COMPARTILHAMENTO DE POSTES – DIFICULDADES PARA NEGOCIAR O ALUGUEL
Este item é de importância relevante para as Concessionárias de Energia Elétrica e para as
Prestadoras de Serviços de Telecomunicações, em particular, as que oferecem Serviço Fixo. Assim
mantém-se atual o texto do BS N° 18/15 com os comentários feitos nos BS 22/15 e BS 23/15.
Chama-se, no entanto, a atenção dos leitores para a leitura atenta do item 11 do BS 33/15
“COMPARTILHAMENTO DE INFRAESTRUTURA E O PL Nº 6.789/2013”. E, também, se sugere a leitura
do item 11. “FIOS & POSTES – UMA SITUAÇÃO QUE INCOMODA”do BS 34/15.
Sugere-se a leitura do item “Jogos Olímpicos – Uma oportunidade perdida...em Telecom – O Case
Avenida das Américas” inserido no BS 03/16 e sua complementação no BS 05/16, sob o título “Rede
Aérea de Telecomunicações – Avenida das Américas – Rio de Janeiro – Trajeto Olímpico”. Tendo
como referência as obras realizadas na Avenida das Américas devido à realização dos Jogos
Olímpicos no Rio de Janeiro, o BS aproveitou o caso para comentar a ausência de planejamento
BOLETIM SEMANAL RESERVADO
19
integrado em obras de grande vulto e o fato de ser mantida nos postes desta via uma cabeação
instalada em condições precárias.
Também deve ser objeto de leitura o item ”Os Postes, o SNOA, a Revisão do Modelo” que faz parte
do COMENTÁRIO GERAL DA SEMANA do BS Nº 10/16.
Sugere-se também a leitura do item “O Jogo do 5G na Europa e desdobramentos no mundo”
publicado no COMENTÁRIO GERAL DA SEMANA deste BS Nº 22/16.
05. OBRIGATORIEDADE DE COMPARTILHAMENTO DE INFRAESTRUTURA
Este tema também continuará sendo mantido na forma de edições anteriores do BS por se tratar
de assunto de interesse geral e multidisciplinar no contexto das Empresas Prestadoras de Serviços
de interesse público.
A Anatel deverá se posicionar sobre o assunto agora que a Lei das Antenas foi aprovada. O
compartilhamento no rais de 500 m só é obrigatório, ressalvadas condições técnicas, para os sites
implantados de maio de 2009 em diante.
Espera-se a aprovação da regulamentação em que serão estabelecidas as situações dispensadas do
compartilhamento obrigatório previsto na Lei No. 11.934/2015, conforme abordado no RELATÓRIO
SEMANA No. 13/15.
Ver item “Compartilhamento de Infraestrutura” no COMENTÁRIO GERAL DA SEMANA do BS 32/15 e
sugere-se fortemente a leitura do item 11 do BS 33/15 “COMPARTILHAMENTO DE INFRAESTRUTURA E
O PL Nº 6.789/2013” bem como o item 11 do BS 34/5, já identificado no item 04 acima.
Sugere-se, também, a leitura do item “Telefónica cria uma Empresa de Infraestrutura” no
COMENTÁRIO GERAL DA SEMANA do BS Nº 04/16.
Sugere-se, ainda, a leitura do item “Workshop de Infraestrutura de Telecomunicações 16 da FIESP
e Considerações sobre Compartilhamento” no BS Nº 27/16.
06. LEI DAS ANTENAS – PROMULGADA – LEI N° 13.116/2015
Não houve alterações em relação a este ítem durante a semana. Permanecem os comentários do
RELATÓRIO SEMANAL N° 13/15. Aguarda-se uma manifestação da Anatel (regulamentação da Lei
aprovada com os vetos da Presidente de República) que deverá colocar proposta de
regulamentação em Consulta Pública.
A expectativa é que o assunto evolua na medida em que se tenta envolver algumas Prefeituras que
já aprovaram legislação municipal aderente aos princípios desta legislação e outras que ainda têm
dificuldades em fazê-lo.
BOLETIM SEMANAL RESERVADO
20
No entanto, sugere-se aos leitores atentarem para o texto do item 11 do BS 33/15
“COMPARTILHAMENTO DE INFRAESTRUTURA E O PL Nº 6.789/2013” no qual são feitas referências
relacionadas com a Lei das Antenas. Também se aconselha ler o item “Lei das Antenas - Mantido o
Veto Presidencial” no COMENTÁRIO GERAL DA SEMANA do BS 34/15.
07. IMPLANTAÇÃO DO LTE NA FAIXA DE 700 MHz E DA TV DIGITAL
Continuam as atividades para a migração em Brasília, nas Cidades Satélites do DF e Cidades do
Entorno do DF, no Estado de Goiás. A previsão é que ocorra no final do ano. No Projeto Piloto de
Rio Verde as atividades estão praticamente encerradas e o Projeto é dado como concluído. O Gired,
finalmente, tomou a decisão em relação ao Set-top Box que será distribuído às famílias elegíveis
(ver “O Set-top Box terá o Ginga numa versão light” no COMENTÁRIO GERAL DA SEMANA deste BS
Nº 26/16).
08. A REVISÃO DO MODELO – O NOVO AMBIENTE DAS COMUNICAÇÕES
A Comissão do Minicom, na prática, encerrou os seus trabalho com a assinatura da Portaria Nº
1.455, de 8 de abril de 2016, que mereceu rápida referênia no item inicial do COMENTÁRIO GERAL
DA SEMANA do BS Nº 10/16.
Conforme mencionado, a referida Portaria estabeleceu diretrizes para a Anatel se posicionar em
relação ao assunto. O BS continuará monitorando e irá fazendo os comentários na medida em que
houver alguma divulgação sobre o andamento dos trabalhos. Com a nomeação do Ministro Gilberto
Kassab para o Ministério que passa a cuidar dos assuntos de telecomunicações é bem provável que
novas políticas ou novos rumos sejam aplicados ao Setor.
Há toda uma expectativa de que isto possa ocorrer no sentido de se criarem condições mais
propícias à alavancagem dos investimentos em ampliação e inovação das Redes existentes.
Comentários desenvolvidos nesta edição do BS são animadoras neste sentido. Somente assim será
possível atender aos anseios e necessidades cada vez maiores da sociedade brasileira por Serviços
mais abrangentes, com qualidade de padrão internacional e custos mais razoáveis dos que são
atualmente praticados. A questão da Banda Larga Ilimitada introduziu um parâmetro adicional de
discussão que, até então, não tinha tanta proeminência.
O encaminhamento das discussões que envolvam um possível equacionamento da elevada carga
tributária incidente sobre a prestação de Serviços de Telecomunicações também é um elemento
indispensável a ser considerado nem que seja numa visão escalonada de longo prazo.
BOLETIM SEMANAL RESERVADO
21
De qualquer forma, mantém como referência alguns texto comentados em BS anteriores, de uma
maneira ou outra, relacionados com o assunto. Por conveniência dos leitores, os mesmos estão
abaixo indicados e relacionados.
REP1. MODELO REGULATÓRIO DO SETOR DE TELECOM 2025 – DECISÕES DE INVESTIMENTOS E CONSOLIDAÇÃO DO SETOR (BS 01/16)
REP2. O FUTURO DA REDE BRASILEIRA DE TELECOMUNICAÇÕES E A TEORIA DOS $200 BILHÕES DE INVESTIMENTOS, EM 10 ANOS (BS 01/16)
REP3. VoWiFI e VoLTE - UMA ABORDAGEM TECNOLÓGICA COM REPERCUSSÕES REGULATÓRIAS NO STFC e no SMP (BS 01/16)
REP4. A UNIVERSALIZAÇÃO E CONTINUIDADE DOS SERVIÇOS EXPLORADOS EM REGIME PÚBLICO (BS 01/16)
REP 5. COMENTÁRIOS DA TELEFÔNICA NA CONSULTA PÚBLICA (BS 01/16)
08A. COMENTÁRIOS DA INTERVOZES NA CONSUTLA PÚBLICA (BS 02/16). 08B. COMENTÁRIOS DA Oi NA CONSULTA PÚBLICA (BS 02/16).
09. AS REGRAS DA INTERNET E A NEUTRALIDADE DE REDE NA COMUNIDADE EUROPEIA
Conforme foi mencionado na edição anterior do BS (Nº 26/16) a Comunidade Europeia está em
processo de estabelecer novas regras para a Internet que têm relação direta com a questão da
Neutralidade de Rede. Este assunto, que tanta polêmica causa no Continentes Europeu, como se
sabe, já é uma quetão “vencida” no Brasil, em função da promulgação da Lei denominada como
Marco Civil da Internet há cerca de dois anos. Uma iniciativa do Brasil que na época foi pioneira em
termos mundiais e, somente agora, está sendo conduzida em outros países ou regiões do mundo.
Na Edição 26/16, foi transcrita uma reportagem do Financial Times como base para os comentários
realizados. O assunto teve repercussões e outros comentários foram feitos em outros órgãos da
imprensa, como é o caso do El País, que o BS cita com frequência.
Nestas circunstâncias, mais uma vez o BS reproduz reportagens do diário espanhol – também
publicado em português no Brasil – que são sugeridas aos leitores que tenham interesse mais
detalhado sobre o assunto.
BOLETIM SEMANAL RESERVADO
22
La Comisión Europea ve coherentes las reglas de neutralidad de la Red
Las directrices de los Reguladores de Telecomunicaciones obligan operadoras a no bloquear,
discriminar o ralentizar el tráfico de Internet independientemente de los contenidos o de quién
sea el proveedor
El País, Bruselas 30 AGO 2016 - 17:18 BRT
La Comisión Europea valoró ayer positivamente la publicación de las directrices aprobadas por la
Asociación Europea de Reguladores de Telecomunicaciones (BEREC) para aplicar las normas sobre
neutralidad de la red. Bruselas defiende que con ellas se aplicarán las reglas de una forma “coherente”.
Las normas obligan a las compañías que ofrecen acceso a Internet a no bloquear, discriminar o ralentizar
el tráfico de Internet independientemente de los contenidos que vayan a través de sus redes o de quiénes
sean los proveedores de los mismos.
Bruselas ve con buenos ojos las directrices publicadas ayer por la asociación de reguladores europeos
de telecomunicaciones. Como adelantó el lunes este diario, las nuevas aclaraciones buscan contribuir a
evitar que las compañías de telecomunicaciones discriminen el tráfico según sus intereses comerciales.
El reglamento impide que empresas como Telefónica, Vodafone u Orange, bloqueen o filtren, según
sus intereses comerciales, el tráfico generado por las firmas de contenidos y aplicaciones en la Red
(Google, Facebook, YouTube o Spotify entre otras) o el de sus abonados.
Las nuevas normas buscan que los operadores traten en igualdad de condiciones todo el tráfico, aunque
han incluido una excepción, tal y como adelantó EL PAÍS: podrán aplicar medidas de gestión que
consideren razonables. Así pues, el bloqueo o estrangulamiento de contenidos se permitirá en
circunstancias excepcionales, por motivos de seguridad o congestión, por ejemplo, para evitar
ciberataques o el colapso de la red.
Mercado único
El comisario de Economía y Sociedad Digital, Günter Oettinger, indicó ayer que la nueva guía
contribuirá a una aplicación “coherente” de la normativa para garantizar la neutralidad de la red en toda
la UE. Asimismo, destacó que envían una “fuerte señal” al mercado sobre la capacidad del BEREC
para apoyar la adopción de la regulación sobre el mercado único de telecomunicaciones. Las normas
comunitarias para garantizar la neutralidad de la Red están en vigor desde el pasado 30 de abril, después
de que la UE aprobara el reglamento en noviembre del pasado año, que ahora tiene directrices claras.
La normativa europea es más generosa con las posturas de los operadores que el aprobado en Estados
Unidos, que sirve de referencia para los modelos que apuestan por los menores controles de la Red,
siguiendo el espíritu de solidaridad y apertura con que nació la web hace 25 años.
BOLETIM SEMANAL RESERVADO
23
Los operadores podrán controlar el tráfico de Internet en caso de congestión
El nuevo reglamento europeo consagra el principio de neutralidad de la Red pero permite que las
compañías filtren los datos por seguridad o atasco
El País, Ramón Muñoz
Madrid 29 AGO 2016 - 06:59 BRT
La Unión Europea ha consagrado el principio de neutralidad de la Red pero con sonadas excepciones.
Las compañías de telecomunicaciones no podrán bloquear, discriminar o ralentizar el tráfico de Internet
independientemente de los contenidos que vayan a través de sus redes o los proveedores de los mismos,
según el reglamento a cuyas directrices ha tenido acceso EL PAÍS. Ahora bien, los operadores podrán
saltarse esa regla por orden judicial, para garantizar la seguridad, o cuando consideren que hay peligro
de congestión de sus redes.
El grupo que reúne a los reguladores nacionales europeos aprobó el pasado 25 de agosto el texto
definitivo del reglamento que regulará la neutralidad de la red, un controvertido tema que pretende
evitar que los proveedores de servicios de Internet (ISP) como Telefónica, Vodafone y Orange,
bloqueen o filtren, según sus intereses comerciales, el tráfico generado por las firmas de contenidos y
aplicaciones en la Red (Google, Facebook, YouTube, Spotify, etcétera) o el de sus propios abonados.
Tras años de discusiones, el reglamento consagra el derecho de los usuarios a que todos los datos que
viajen por la Red tengan el mismo tratamiento, pero con excepciones y mucha letra pequeña. El
reglamento es más generoso con las posturas de los operadores que el aprobado en Estados Unidos, que
sirve de referencia para los modelos que apuestan por menores controles de la Red, en el espíritu de
solidaridad y apertura con que nació la web hace 25 años.
Estos son los aspectos más destacados de la norma:
¿Qué es la neutralidad de la Red? El reglamento define este principio como un debate sobre la forma
en que los ISP gestionan los datos o el “tráfico” realizado en sus redes cuando los usuarios finales
demandan contenidos, aplicaciones, servicios como YouTube o Spotify, o se intercambian datos entre
ellos. El principio de neutralidad consagra que se deben tratar todos los datos por igual, sin importar lo
que contienen, la aplicación que transmite esos datos, de dónde vienen o a dónde van.
¿Qué se prohíbe a los operadores de red? Este es el punto fundamental de la nueva norma. Se prohíbe
a los ISP "bloquear", "ralentizar" o "discriminar" el tráfico de Internet. Es decir, que un operador no
puede bloquear un tipo de servicio como, por ejemplo, las llamadas por Internet (voz sobre IP) o el
streaming (video online). O no puede dar prioridad a un proveedor de contenidos frente a otro. Es decir,
que, por ejemplo, no podría cerrar un acuerdo comercial con YouTube o Spotify para que vayan más
rápido por su red que servicios similares de sus rivales.
BOLETIM SEMANAL RESERVADO
24
Los operadores solo podrán fijar controles "el tiempo necesario"
¿Cuáles son las excepciones? Hay tres casos en los que las operadoras pueden gestionar el tráfico al
margen de la regla general: para cumplir con una orden judicial, para garantizar la integridad y
seguridad de la red, y “para impedir la congestión” de sus redes. Este último punto es el más
controvertido porque puede servir de excusa a los ISP para discriminar el tráfico según sus intereses
comerciales. La norma señala que la excepción debe aplicarse “únicamente durante el tiempo que sea
necesario” y tratando por igual servicios equivalentes. Es decir, si un operador ralentiza un contenido
de streaming como, por ejemplo, Spotify, tiene que hacer lo mismo con todos los servicios similares.
Además, los ISP deben justificar ante los reguladores nacionales (la CNMC, en el caso español) la
adopción de esas medidas excepcionales.
¿Pueden dar las empresas servicios limitados en Internet? El reglamento prohíbe expresamente las
ofertas que sólo permiten el acceso a una parte de Internet o a algunas webs específicas. De esta forma,
se prohibiría Internet.org, la iniciativa de Facebook que a través de un número limitado de operadoras
pretende prestar algunos servicios gratuitos de Internet en países en desarrollo.
La norma no será de aplicación en bares, hoteles y centros corporativos
¿Qué ocurre con la tasa cero? La tasa cero o zero rating es una práctica que aplican sobre todo las
compañías de telefonía móvil de no cargar o cobrar los datos que usan sus abonados para consumir
aplicaciones o servicios de Internet específicos. Por ejemplo, hay operadoras que no cargan los datos
del uso de WhatsApp o Facebook. El reglamento establece que está permitido dar acceso gratuito a
alguna aplicación durante un tiempo promocional, porque se considera que esta práctica no limita los
derechos de los consumidores. No obstante, prohíbe a las operadoras que cuando su cliente agote su
tarifa de datos bloqueen o ralenticen todas las aplicaciones excepto aquellas incluidas en el zero rating.
¿Qué tipos de servicios están cubiertos por la norma? El reglamento se refiere a la prestación de
servicios de acceso a Internet, con independencia de la tecnología utilizada (por ejemplo, fibra, cable,
móvil) y del equipo de acceso (móvil, tableta, PC o portátil). Los dispositivos máquina a máquina
(M2M), los contadores inteligentes o lectores de libros electrónicos quedan fuera de la norma. También
se excluye la aplicación de esta directriz en el acceso a internet proporcionado por cafés, restaurantes,
hoteles y redes corporativas internas en general “porque estos servicios están normalmente limitados a
un grupo predeterminado de usuarios”.
El reglamento prohíbe iniciativas como Internet.org de Facebook
Transparencia. En banda ancha fija, los operadores están obligados a informar a sus usuarios sobre
las velocidades máximas, mínimas y medias (a las que normalmente navegan la mayor parte del
tiempo). Para Internet móvil, deberán dar una estimación sobre la velocidad máxima.
BOLETIM SEMANAL RESERVADO
25
UN LARGO Y TORTUOSO CAMINO LEGISLATIVO – EN ESPAÑA
El principio de neutralidad de la Red es uno de esos asuntos sobre el que todos los políticos parecen
opinar lo mismo pero nadie se atreve a legislar y a bajar a los detalles. Desde que en 2010 se la
Comisión Europea a través de la combativa comisaria Neelie Kroes lanzara la consulta el asunto ha
ido pasando por el tortuoso camino legislativo comunitario. Finalmente, el BEREC, el grupo que
reúne a los reguladores de telecos europeos, aprobó las directrices de la norma en la reunión plenaria
del pasado 25 de agosto.
Las conclusiones preliminares del BEREC se sometieron a consulta pública durante junio y julio y se
recibieron casi medio millón de respuestas. Han participado en la consulta las grandes telecos
europeas (Telefónica, Vodafone, Orange, Deutsche Telecom), empresas de internet (Netflix,
Facebook, Microsoft...) y asociaciones de consumidores.
Estas últimas, que siempre se han quejado del poder de influencia en Bruselas de las grandes
compañías de telecomunicaciones, no estarán contentas a buen seguro con el texto final de la
norma..Diversos movimientos ciudadanos se han unido en la plataforma Save the Internet que
reclama una redacción menos vaga y sin contradicciones, adoptando los mismos principios que
sirvieron a la Administración de Barack Obama y el regulador FCC, para blindar legalmente la
neutralidad.
Para mayor complicación, en España se ha adoptado un modelo singular. Mientras que en Europa,
será cada organismo regulador el que aplique las directrices en su país, en el caso español la Comisión
Nacional de los Mercados y la Competencia (CNMC) ha sido la que ha participado en la elaboración
de las directrices del BEREC; pero su aplicación no recae en el organismo regulador independiente,
sino en el Ministerio de Industria. Sin embargo, la CNMC sí que se ocupará de los conflictos entre
operadores que pudieran surgir por la aplicación de las directrices.
10. HUAWEI NA NUVEM! “NAS NUVENS” ELA JÁ ESTÁ...
Na edição anterior do BS foram feitas referências à Huawei e à verdadeira “obsessão” que se
observa naquela Empresa no sentido de torna-la a maior fornecedora mundial de equipamentos de
Redes de Telecomunicações bem como de seus Terminais Móveis (Smartphones).
Naquela edição, o BS levantava a possibilidade de a Huawei vir a se transformar numa virtual
“monopolista” no mercado, tal a sua disposição e alcançar a liderança e as taxas de crescimento
que se têm observado, em contraposição à de outros fabricantes que se apresentam em queda.
BOLETIM SEMANAL RESERVADO
26
Na sequência, o BS reproduz um artigo de Marlène Sellebraten que trata da “reinvenção” que a
própria Huawei vem promovendo no sentido de torna-la uma “indústria fomentadora da nuvem”
(industry cloud enabler).
Huawei reinvents itself as industry cloud enabler
Marlène Sellebråten 2016-08-31
Huawei wants to play a leading role as industry cloud enabler, the Chinese ICT vendor revealed at
Huawei Connect 2016.
Best known as a telecommunications equipment vendor and handset manufacturer, Huawei revealed
a new strategy that places the cloud, or more specifically the industry cloud, at the heart of the
company’s future, during its global conference, Huawei Connect 2016. Under the theme “Shape the
cloud”, the event will be gathering 20,000 people from the industry in Shanghai in the next three
days.
Ken Hu, Huawei’s Rotating CEO, explained that Huawei’s strategy is about enabling an intelligent
world with pervasive cloud technology. “Huawei has been dedicated to build devices, pipes and cloud.
Cloud is going to have an important impact on society, far beyond technology itself, including business
models and people’s mindset,” he said. Companies like Amazon or Tencent, Cloud 1.0 companies or
born-in-the-cloud companies, as he described them, have introduced a cloud architecture and a cloud
mindset, bringing about disruptive business models and new business value. The time has now come
for Cloud 2.0 companies, or grow-with-the-cloud companies. “Now all industries are moving to learn
how to use cloud technology. All of these enterprises are going to move their business to the cloud.
Industry clouds will be emerging. By 2025 all enterprises will use cloud and 85 percent of enterprise
apps will be in the cloud, said Hu.
Yan Lida, president enterprise business group at Huawei, said during a following keynote: “We will be
reinventing business with industry clouds. In the cloud 2.0 era … the focus is no longer on cost
reduction but on how to maximize bigger value.”
BOLETIM SEMANAL RESERVADO
27
Huawei wants to contribute to the cloud ecosystem through openness via open-source technology,
collaboration and shared success. Because Huawei expects countless industry clouds to be built in
the coming years, there will be ample room for a variety of players in the cloud ecosystem, according
to Hu. “We will be actively involved in industrial alliances and partnerships, including with Accenture,
SAP, Intel and the telecom operators, creating synergies that will benefit our customers,” he said.
Behind these actions lie two key elements, he explained. “The cloud ecosystem must be built around
customer needs. Every organization in the ecosystem must have their own unique value. Huawei’s
unique value is to leverage technology to create business value.”
Not a shift in strategy
But no, Huawei is not planning to become a cloud provider. The company wants instead to become a
preferred partner that enables digital and cloud transformation. “Huawei wants to stay customer-
centric, focus on ICT infrastructure and provide technology to become our customers’ preferred
partner”, said Hu. Also present at Huawei Connect 2016 were a number of Huawei’s cloud partners,
including SAP, Accenture, Deutsche Telekom, Telefonica and GE.
Answering a question at a press conference later on, Ken Hu said Huawei’s cloud strategy was
consistent with the company’s existing strategy. “Our strategy remains unchanged. It is just a fine-
tuning of our strategy,” he said, explaining that Huawei was taking action in the cloud space because
it had identified opportunities.
11. PRIMEIRA FASE DO LEILÃO DA FAIXA DE 600 MHz DA FCC É INTERROMPIDA
As Agências Internacionais anunciaram a interrupção da primeira fase do Leilão da Faixa de 600
MHz que a FCC vem promovendo nos Estados Unidos. A razão básica está nos lances que estavam
sendo feitos com valores da ordem de US1 bilhão por fase alcançando, como pouco mais de 20
lances, o valor de US$23 bilhões.
Tal valor está muito distante do objetivo colocado pela Agência que é de US$88 bilhões! Esta foi a
quantia alcançada pelo chamado Leilão Reverso, indicando o quanto os Radiodifusores pediram
para liberar a Faixa de Espectro que ocupam.
Nesta ocasião, o BS reproduz uma matéria de Dan Meyer que faz uma boa síntese do assunto.
Oportunamente, serão feitas novas considerações sobre o tema.
BOLETIM SEMANAL RESERVADO
28
FCC 600 MHz incentive auction first stage comes to abrupt end
By Dan Meyer
August 31, 2016
Forward bidding in the 600 MHz incentive auction process topped out at just $23B, well short of
the $88B target; stage two on deck
The first stage of the Federal Communications Commission’s 600 MHz incentive auction proceedings came to an
abrupt halt Tuesday afternoon as forward-bidding activity dropped below the level needed to continue the proceedings.
The auction did manage to hit more than $23 billion in total “winning” bids, but at a slowing pace of less than $1
billion in new winning bids per round was not expected to come near the more than $88 billion in total auction proceeds
to pay television broadcasters the $86 billion they wanted for the spectrum assets being offered up or the fees needed
to clear and repackage license holders.
The FCC has so far been fairly quiet on the auction’s current status, only noting the process would move to stage two
with a lower clearing target.
“The FCC will release a public notice announcing details about the next stage, including the clearing target for stage
two, and the time and date at which bidding in stage two of the reverse auction will begin,” the government agency
noted.
BOLETIM SEMANAL RESERVADO
29
Stage one of the proceedings had cleared a total of 126 megahertz of spectrum, with up to 100 megahertz of spectrum
available for bid. Stage two is expected to see the FCC go back to a reverse auction process targeting broadcasters,
with the intent of seeing how much they are looking for in terms of compensation for 114 megahertz of total cleared
spectrum, with up to 90 megahertz of spectrum made available for a second stage of forward bidding.
Walter Piecyk from BTIG previously noted in a recent report he expects the auction proceedings won’t end until a
fourth stage, which will see a total of 84 megahertz of spectrum up for bid and just 70 megahertz set aside for licensed
use.
FCC Chairman Tom Wheeler had previously acknowledged the government agency may need to conduct further
reverse auction stages should forward auction bidding not meet the current clearing target.
“The auction is a market-based mechanism for matching supply with demand,” Wheeler explained. “Until the forward
bidding concludes, we will not know whether the demand meets the large supply offered by broadcasters. Depending
upon that response, it’s possible that we would need to move to additional stages to find the level where demand meets
supply. The commission intentionally designed the auction to account for the possibility that supply and demand might
not match at the initial clearing target. It’s something we planned for, and we’re fully prepared to implement if the
need arises.”
The National Association of Broadcasters was quick to jump on the lack of bidding activity.
“NAB is surprised by the modest participation by wireless carriers in the first stage of the TV auction,” said Dennis
Wharton, EVP of communications for NAB, in a statement. “Perhaps the notion of a ‘spectrum crisis’ pedaled in
Washington for the last seven years is not as acute as policymakers were led to believe. We look forward to the second
round of the auction where wireless carriers will be afforded another bidding opportunity.”
While most did not expect the first stage of forward bidding to reach a successful conclusion, most at least thought
bidding activity would last at least a few more weeks.
“Today’s auction results are unsurprising, albeit disappointing to some,” noted Dan Hays, principal at PwC’s
Strategy& consulting group. “At just over $23 [billion]in total forward auction proceeds, the first stage results are on
the low end of pre-auction estimates and in line with the spending commitments put forward by the United States’
existing mobile network operators.”
Among the 62 qualified bidders, established mobile carriers Verizon Communications, AT&T and T-Mobile US were
expected to be the most aggressive auction participants. Verizon was predicted to bid up to $10 billion for spectrum,
while AT&T was forecast to bid up to $15 billion having committed to at least $9 billion in bids as part of gaining
approval of its DirecTV acquisition.
The FCC had previously said it would set aside 30 megahertz of the repackaged spectrum for carriers that do not
already control a significant amount of sub-1 GHz spectrum holdings, which is predominately made up of AT&T and
Verizon. T-Mobile US is expected to be the most aggressive bidder for the set-aside spectrum, with some predicting
the carrier could spend up to $10 billion on licenses.
BOLETIM SEMANAL RESERVADO
30
Sprint, which has sat out all of the FCC’s recent spectrum auctions, announced last year it would again sit out the
competitive bidding process. The carrier noted a need to focus on improving its network and that it already had
sufficient spectrum due to its vast portfolio in the 2.5 GHz spectrum band.
Hays did note television broadcasters will now need to reevaluate the valuation of their spectrum holdings in light of
the lower than expected response from mobile telecom industry bidders, which could increase competition.
“The ball is now back in the court of TV broadcasters, who will need to decide whether to accept lower prices for their
spectrum or bet on future opportunities to cash in on their airwaves,” Hays noted. “We anticipate that many will choose
the certainty of the auction and roll the dice in the second stage starting in the coming weeks. … A halving of the total
spectrum clearing cost in a second stage of the reverse auction, due to increased competition among broadcasters
participating, would not be at all out of the question.”
Berge Ayvazian, senior analyst at Wireless 20/20, indicated it would take some extraordinary diplomacy on behalf of
the FCC to find some way to bridge the gap between what it appears mobile telecom operators are willing to spend
and what it appears television broadcasters want for their spectrum holdings. Ayvazian noted telecom operators might
not be as gung-ho for low-band spectrum in light of the future focus of “5G” services to use higher-band spectrum to
support increased capacity needs and not broader coverage.
In fact, just prior to the FCC conducting the forward auction process, it released details on it’s Spectrum Frontiers
proposal that is to include opening up nearly 11 gigahertz of spectrum above the 24 GHz band in support of mobile
telecom services.
One potential benefit from the quick close of stage one activity is that the auction could see an expedited conclusion.
Many had expected the auction at its stage one pace to last well into next year as the FCC moved through various
stage proceedings. Piecyk said it was possible for the auction to wrap up by year-end.
BS Nº 28/16 – ANEXO
MULTA APLICADA À APPLE
European Commission - Press release
State aid: Ireland gave illegal tax benefits to Apple worth up to €13 billion
Brussels, 30 August 2016
The European Commission has concluded that Ireland granted undue tax benefits of up to €13 billion to Apple.
This is illegal under EU state aid rules, because it allowed Apple to pay substantially less tax than other
businesses. Ireland must now recover the illegal aid.
BOLETIM SEMANAL RESERVADO
31
Commissioner Margrethe Vestager, in charge of competition policy, said: "Member States cannot give tax
benefits to selected companies – this is illegal under EU state aid rules. The Commission's investigation
concluded that Ireland granted illegal tax benefits to Apple, which enabled it to pay substantially less tax than
other businesses over many years. In fact, this selective treatment allowed Apple to pay an effective corporate
tax rate of 1 per cent on its European profits in 2003 down to 0.005 per cent in 2014."
Following an in-depth state aid investigation launched in June 2014, the European Commission has concluded
that two tax rulings issued by Ireland to Apple have substantially and artificially lowered the tax paid by Apple
in Ireland since 1991. The rulings endorsed a way to establish the taxable profits for two Irish incorporated
companies of the Apple group (Apple Sales International and Apple Operations Europe), which did not
correspond to economic reality: almost all sales profits recorded by the two companies were internally attributed
to a "head office". The Commission's assessment showed that these "head offices" existed only on paper and
could not have generated such profits. These profits allocated to the "head offices" were not subject to tax in any
country under specific provisions of the Irish tax law, which are no longer in force. As a result of the allocation
method endorsed in the tax rulings, Apple only paid an effective corporate tax rate that declined from 1% in 2003
to 0.005% in 2014 on the profits of Apple Sales International.
This selective tax treatment of Apple in Ireland is illegal under EU state aid rules, because it gives Apple a
significant advantage over other businesses that are subject to the same national taxation rules. The Commission
can order recovery of illegal state aid for a ten-year period preceding the Commission's first request for
information in 2013. Ireland must now recover the unpaid taxes in Ireland from Apple for the years 2003 to 2014
of up to €13 billion, plus interest.
In fact, the tax treatment in Ireland enabled Apple to avoid taxation on almost all profits generated by sales of
Apple products in the entire EU Single Market. This is due to Apple's decision to record all sales in Ireland rather
than in the countries where the products were sold. This structure is however outside the remit of EU state aid
control. If other countries were to require Apple to pay more tax on profits of the two companies over the same
period under their national taxation rules, this would reduce the amount to be recovered by Ireland.
Apple's tax structure in Europe
Apple Sales International and Apple Operations Europe are two Irish incorporated companies that are fully-
owned by the Apple group, ultimately controlled by the US parent, Apple Inc. They hold the rights to use Apple's
intellectual property to sell and manufacture Apple products outside North and South America under a so-called
'cost-sharing agreement' with Apple Inc. Under this agreement, Apple Sales International and Apple Operations
Europe make yearly payments to Apple in the US to fund research and development efforts conducted on behalf
of the Irish companies in the US. These payments amounted to about US$ 2 billion in 2011 and significantly
increased in 2014. These expenses, mainly borne by Apple Sales International, contributed to fund more than
half of all research efforts by the Apple group in the US to develop its intellectual property worldwide. These
expenses are deducted from the profits recorded by Apple Sales International and Apple Operations Europe in
Ireland each year, in line with applicable rules.
BOLETIM SEMANAL RESERVADO
32
The taxable profits of Apple Sales International and Apple Operations Europe in Ireland are determined by a tax
ruling granted by Ireland in 1991, which in 2007 was replaced by a similar second tax ruling. This tax ruling
was terminated when Apple Sales International and Apple Operations Europe changed their structures in 2015.
Apple Sales International
Apple Sales International is responsible for buying Apple products from equipment manufacturers around the
world and selling these products in Europe (as well as in the Middle East, Africa and India). Apple set up their
sales operations in Europe in such a way that customers were contractually buying products from Apple Sales
International in Ireland rather than from the shops that physically sold the products to customers. In this way
Apple recorded all sales, and the profits stemming from these sales, directly in Ireland.
The two tax rulings issued by Ireland concerned the internal allocation of these profits within Apple Sales
International (rather than the wider set-up of Apple's sales operations in Europe). Specifically, they endorsed a
split of the profits for tax purposes in Ireland: Under the agreed method, most profits were internally allocated
away from Ireland to a "head office" within Apple Sales International. This "head office" was not based in any
country and did not have any employees or own premises. Its activities consisted solely of occasional board
meetings. Only a fraction of the profits of Apple Sales International were allocated to its Irish branch and subject
to tax in Ireland. The remaining vast majority of profits were allocated to the "head office", where they remained
untaxed.
Therefore, only a small percentage of Apple Sales International's profits were taxed in Ireland, and the rest was
taxed nowhere. In 2011, for example (according to figures released at US Senate public hearings), Apple Sales
International recorded profits of US$ 22 billion (c.a. €16 billion[1]) but under the terms of the tax ruling only
around €50 million were considered taxable in Ireland, leaving €15.95 billion of profits untaxed. As a result,
Apple Sales International paid less than €10 million of corporate tax in Ireland in 2011 – an effective tax rate of
about 0.05% on its overall annual profits. In subsequent years, Apple Sales International's recorded profits
continued to increase but the profits considered taxable in Ireland under the terms of the tax ruling did not. Thus
this effective tax rate decreased further to only 0.005% in 2014.
Apple Operations Europe
On the basis of the same two tax rulings from 1991 and 2007, Apple Operations Europe benefitted from a
similar tax arrangement over the same period of time. The company was responsible for manufacturing certain
lines of computers for the Apple group. The majority of the profits of this company were also allocated internally
to its "head office" and not taxed anywhere.
Commission assessment
Tax rulings as such are perfectly legal. They are comfort letters issued by tax authorities to give a company
clarity on how its corporate tax will be calculated or on the use of special tax provisions.
BOLETIM SEMANAL RESERVADO
33
The role of EU state aid control is to ensure Member States do not give selected companies a better tax treatment
than others, via tax rulings or otherwise. More specifically, profits must be allocated between companies in a
corporate group, and between different parts of the same company, in a way that reflects economic reality. This
means that the allocation should be in line with arrangements that take place under commercial conditions
between independent businesses (so-called "arm's length principle").
In particular, the Commission's state aid investigation concerned two consecutive tax rulings issued by Ireland,
which endorsed a method to internally allocate profits within Apple Sales International and Apple Operations
Europe,two Irish incorporated companies. It assessed whether this endorsed method to calculate the taxable
profits of each company in Ireland gave Apple an undue advantage that is illegal under EU state aid rules.
The Commission's investigation has shown that the tax rulings issued by Ireland endorsed an artificial internal
allocation of profits within Apple Sales International and Apple Operations Europe, which has no factual or
economic justification. As a result of the tax rulings, most sales profits of Apple Sales International were
allocated to its "head office" when this "head office" had no operating capacity to handle and manage the
distribution business, or any other substantive business for that matter. Only the Irish branch of Apple Sales
International had the capacity to generate any income from trading, i.e. from the distribution of Apple products.
Therefore, the sales profits of Apple Sales International should have been recorded with the Irish branch and
taxed there.
The "head office" did not have any employees or own premises. The only activities that can be associated with
the "head offices" are limited decisions taken by its directors (many of which were at the same time working full-
time as executives for Apple Inc.) on the distribution of dividends, administrative arrangements and cash
management. These activities generated profits in terms of interest that, based on the Commission's assessment,
are the only profits which can be attributed to the "head offices".
Similarly, only the Irish branch of Apple Operations Europe had the capacity to generate any income from
trading, i.e. from the production of certain lines of computers for the Apple group. Therefore, sales profits of
Apple Operation Europe should have been recorded with the Irish branch and taxed there.
On this basis, the Commission concluded that the tax rulings issued by Ireland endorsed an artificial allocation
of Apple Sales International and Apple Operations Europe's sales profits to their "head offices", where they were
not taxed. As a result, the tax rulings enabled Apple to pay substantially less tax than other companies, which is
illegal under EU state aid rules.
This decision does not call into question Ireland's general tax system or its corporate tax rate.
Furthermore, Apple's tax structure in Europe as such, and whether profits could have been recorded in the
countries where the sales effectively took place, are not issues covered by EU state aid rules. If profits were
recorded in other countries this could, however, affect the amount of recovery by Ireland (see more details
below).
BOLETIM SEMANAL RESERVADO
34
The infographic is available in high resolution here.
Recovery
As a matter of principle, EU state aid rules require that incompatible state aid is recovered in order to remove the
distortion of competition created by the aid. There are no fines under EU State aid rules and recovery does not
penalise the company in question. It simply restores equal treatment with other companies.
The Commission has set out in its decision the methodology to calculate the value of the undue competitive
advantage enjoyed by Apple. In particular, Ireland must allocate to each branch all profits from sales previously
indirectly allocated to the "head office" of Apple Sales International and Apple Operations Europe, respectively,
and apply the normal corporation tax in Ireland on these re-allocated profits. The decision does not ask for the
reallocation of any interest income of the two companies that can be associated with the activities of the "head
office".
The Commission can only order recovery of illegal state aid for a ten-year period preceding the Commission's
first request for information in this matter, which dates back to 2013. Ireland must therefore recover from Apple
the unpaid tax for the period since 2003, which amounts to up to €13 billion, plus interest. Around €50 million
in unpaid taxes relate to the undue allocation of profits to the "head office" of Apple Operations Europe. The
remainder results from the undue allocation of profits to the "head office" of Apple Sales International. The
recovery period stops in 2014, as Apple changed its structure in Ireland as of 2015 and the ruling of 2007 no
longer applies.
BOLETIM SEMANAL RESERVADO
35
The amount of unpaid taxes to be recovered by the Irish authorities would be reduced if other countries were to
require Apple to pay more taxes on the profits recorded by Apple Sales International and Apple Operations
Europe for this period. This could be the case if they consider, in view of the information revealed through the
Commission’s investigation, that Apple's commercial risks, sales and other activities should have been recorded
in their jurisdictions. This is because the taxable profits of Apple Sales International in Ireland would be reduced
if profits were recorded and taxed in other countries instead of being recorded in Ireland.
The amount of unpaid taxes to be recovered by the Irish authorities would also be reduced if the US authorities
were to require Apple to pay larger amounts of money to their US parent company for this period to finance
research and development efforts. These are conducted by Apple in the US on behalf of Apple Sales International
and Apple Operations Europe, for which the two companies already make annual payments.
Finally, all Commission decisions are subject to scrutiny by EU courts. If a Member State decides to appeal a
Commission decision, it must still recover the illegal state aid but could, for example, place the recovered amount
in an escrow account pending the outcome of the EU court procedures.
Background
Since June 2013, the Commission has been investigating the tax ruling practices of Member States. It extended
this information inquiry to all Member States in December 2014. In October 2015, the Commission concluded
that Luxembourg and the Netherlands had granted selective tax advantages to Fiat and Starbucks, respectively.
In January 2016, the Commission concluded that selective tax advantages granted by Belgium to least 35
multinationals, mainly from the EU, under its "excess profit" tax scheme are illegal under EU state aid rules. The
Commission also has two ongoing in-depth investigations into concerns that tax rulings may give rise to state
aid issues in Luxembourg, as regards Amazon and McDonald's.
This Commission has pursued a far-reaching strategy towards fair taxation and greater transparency and we have
recently seen major progress. Following our proposals on tax transparency of March 2015, Member States
reached a political agreement already in October 2015 on automatic exchange of information on tax rulings. This
legislation will help to bring about a much greater degree of transparency and deter from using tax rulings as an
instrument for tax abuse. In June 2015, we unveiled our Action Plan for fair and effective taxation: a series of
initiatives which aims to make the corporate tax environment in the EU fairer and more efficient. Key actions
included a framework to ensure effective taxation where profits are generated and a strategy to re-launch the
Common Consolidated Corporate Tax Base for which a fresh proposal is expected later this year. The
Commission launched a further package of initiatives to combat corporate tax avoidance within the EU and
throughout the world on 27 January of this year. As a direct result, Member States have already agreed to tackle
the most prevalent loopholes in national laws that allow tax avoidance to take place and to extend their automatic
exchange of information to country-by-country reporting of tax-related financial information of multinationals.
A proposal is also on the table to make some of this information public. All of our work rests on the simple
principle that all companies, big and small, must pay tax where they make their profits.
BOLETIM SEMANAL RESERVADO
36
The non-confidential version of the decisions will be made available under the case number SA.38373 in the
State aid register on the DG Competition website once any confidentiality issues have been resolved. The State
Aid Weekly e-News lists new publications of State aid decisions on the internet and in the EU Official Journal.
[1] Based on historical exchange rates
______________________________________________________________________________
NOTA: Os comentários do presente BOLETIM SEMANAL bem como a edição final do texto são de responsabilidade
de Antonio Ribeiro dos Santos, Consultor Principal da PACTEL. A precisão das informações não foi testada. O
eventual uso das informações na tomada de decisões deve ocorrer sob exclusiva responsabilidade de quem o fizer.
Também não se assume responsabilidade sobre dados e comentários realizados por terceiros cujos termos o BS
não endossa necessariamente. É apreciado o fato de ser mencionada a fonte no caso de utilização de alguma
informação do BOLETIM SEMANAL.