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* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência. Nota Técnica n o 019 /2012SEM/ANEEL Em 07 de fevereiro de 2012. Processo: 48500.005140/2011-21 Assunto: Análise das contribuições da Audiência Pública AP 001/2012 concernentes aos CCEARs, para subsidiar o processo de aprovação do Edital do Leilão nº 01/2012- ANEEL (A-3/2012, ou 14º LEN). I. DO OBJETIVO Apresentar a análise do resultado da Audiência Pública AP 001/2012, realizada para a coleta de contribuições para subsidiar o processo de aprovação do Edital do Leilão 01/2012-ANEEL e anexos, para contratação de energia proveniente de novos empreendimentos de geração em 2012 (Leilão A-3/2012, ou 14º Leilão de Energia Nova - LEN), com foco nos Contratos de Comercialização de Energia Elétrica no Ambiente Regulado CCEARs. II. DOS FATOS 2. O Decreto 5.163/2004 disciplina a comercialização de energia elétrica no Ambiente de Contratação Regulada ACR e estabelece as diretrizes para os leilões de compra de energia elétrica pelos agentes de distribuição. Em seu art. 19, determina à ANEEL promover, direta ou indiretamente, licitação na modalidade de leilão, para a contratação de energia elétrica pelos agentes de distribuição do Sistema Interligado Nacional SIN, observando as diretrizes fixadas pelo Ministério de Minas e Energia MME. 3. A Portaria MME 554, de 23 de setembro de 2011, em seu art. 1°, estabelece à ANEEL a atribuição de promover, direta ou indiretamente, no dia 22 de março de 2012, o leilão de compra de energia elétrica proveniente de novos empreendimentos de geração, denominado Leilão A-3 de 2012 ou 14º LEN, para início de suprimento de energia elétrica em 1° de janeiro de 2015. 4. Em 17 de novembro de 2011, foi publicada a Portaria MME 638 que alterou o art. 3º da Portaria MME n° 554, de 2011.

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* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.

Nota Técnica no 019 /2012–SEM/ANEEL

Em 07 de fevereiro de 2012.

Processo: 48500.005140/2011-21 Assunto: Análise das contribuições da Audiência

Pública AP 001/2012 concernentes aos CCEARs, para subsidiar o processo de aprovação do Edital do Leilão nº 01/2012-ANEEL (A-3/2012, ou 14º LEN).

I. DO OBJETIVO

Apresentar a análise do resultado da Audiência Pública AP 001/2012, realizada para a coleta de contribuições para subsidiar o processo de aprovação do Edital do Leilão 01/2012-ANEEL e anexos, para contratação de energia proveniente de novos empreendimentos de geração em 2012 (Leilão A-3/2012, ou 14º Leilão de Energia Nova - LEN), com foco nos Contratos de Comercialização de Energia Elétrica no Ambiente Regulado – CCEARs.

II. DOS FATOS

2. O Decreto 5.163/2004 disciplina a comercialização de energia elétrica no Ambiente de Contratação Regulada – ACR e estabelece as diretrizes para os leilões de compra de energia elétrica pelos agentes de distribuição. Em seu art. 19, determina à ANEEL promover, direta ou indiretamente, licitação na modalidade de leilão, para a contratação de energia elétrica pelos agentes de distribuição do Sistema Interligado Nacional – SIN, observando as diretrizes fixadas pelo Ministério de Minas e Energia – MME.

3. A Portaria MME 554, de 23 de setembro de 2011, em seu art. 1°, estabelece à ANEEL a atribuição de promover, direta ou indiretamente, no dia 22 de março de 2012, o leilão de compra de energia elétrica proveniente de novos empreendimentos de geração, denominado Leilão A-3 de 2012 ou 14º LEN, para início de suprimento de energia elétrica em 1° de janeiro de 2015.

4. Em 17 de novembro de 2011, foi publicada a Portaria MME 638 que alterou o art. 3º da Portaria MME n° 554, de 2011.

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(Fl. 2 da Nota Técnica no 019/2012–SEM/ANEEL, de 07/02/2012)

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.

5. Em 29 de novembro de 2011, foi publicada a Portaria MME 645 que alterou novamente o art. 3º da Portaria MME 554, de 2011.

6. A referida Portaria incumbe à ANEEL elaborar os Editais, seus Anexos e os correspondentes CCEARs, bem como adotar as medidas necessárias para a realização do Leilão, em conformidade com as diretrizes definidas pelo MME. Assim, estabelece a negociação de energia cuja contratação deverá ser formalizada por meio das seguintes modalidades de CCEARs:

a) CCEAR por disponibilidade, com prazo de suprimento de vinte anos, para empreendimentos de geração de fontes eólica e térmica, a biomassa ou a gás natural em ciclo combinado, diferenciado por fontes e por Custo Variável Unitário – CVU igual ou diferente de zero; e

b) CCEAR por quantidade, com prazo de suprimento de trinta anos, para empreendimentos hidrelétricos.

7. A Portaria MME 06, de 02 de janeiro de 2012, aprovou a sistemática para Leilões de Compra de Energia Elétrica Proveniente de Novos Empreendimentos de Geração, denominados Leilões A-3, a ser aplicada no Leilão “14º LEN”, de que trata a Portaria MME 554, de 2011.

8. Em 01 de fevereiro de 2012, foi publicada pela Empresa de Pesquisa Energética – EPE a Nota Técnica EPE-DEE-RE-007/2012: “Leilões de Compra de Energia Elétrica A-3/2012 Parcela da Receita Fixa Vinculada ao Custo de Combustível na Geração de Energia Inflexível de Empreendimentos Termelétricos”.

9. Assim, em cumprimento ao disposto no § 3º do art. 4º da Lei 9.427/1996, a ANEEL instaurou a AP 001/2012 com o objetivo de coletar contribuições destinadas ao aperfeiçoamento do Edital de Leilão 01/2012-ANEEL. Por meio da Nota Técnica 003/2012-SEM/ANEEL, de 13 de janeiro de 2012, a SEM apresentou cinco minutas de CCEARs, que incluem:quatro minutas de CCEAR na modalidade disponibilidade, diferenciados por fonte eólica, gás natural, biomassa com CVU igual a zero e biomassa com CVU maior do que zero e uma minuta de CCEAR na modalidade quantidade, para empreendimentos hidrelétricos.

III. DA ANÁLISE

III.1 Dos Modelos de CCEAR Submetidos à Audiência Pública

10. As principais inovações das minutas de CCEAR, com relação aos Leilões A-3 (12º LEN) e A-5 (13º LEN ) realizados em 2011, quando da abertura da AP 001/2012, podem ser assim resumidas:

a. possibilidade de escalonamento da entrega de energia para os empreendimentos sem outorga, sendo permitido até dois anos para usinas a gás natural, assim como no 12º LEN, e até três anos para usinas a biomassa com CVU igual a zero;

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(Fl. 3 da Nota Técnica no 019/2012–SEM/ANEEL, de 07/02/2012)

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.

b. devido à possibilidade de habilitação de empreendimentos a biomassa com CVU maior do que zero, conforme previsto na Portaria 554/2011, elaboração de uma minuta, contemplando as características inerentes a essa contratação.

III.2 Das contribuições

11. Durante o período de contribuições da AP 001/2012, de 18 de janeiro a 01 de fevereiro de 2012, foram recepcionadas 46 contribuições atinentes aos modelos de CCEAR, sendo tais contribuições enviadas por oito instituições: Associação Brasileira de Geração Flexível - ABRAGEF, Associação Brasileira de Energia Eólica – ABEEÓLICA, Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE, ContourGlobal Latam, CPFL Renováveis - CPFL, Dreen Brasil Investimentos e Participações - DREEN Furnas Centrais Elétricas S/A - FURNAS, Petróleo Brasileiro S.A. – PETROBRAS.

12. Dentre as 46 contribuições, quatorze referem-se ao CCEAR por disponibilidade para UTE a gás natural, vinte e três ao CCEAR por disponibilidade fonte eólica, três ao CCEAR por disponibilidade para UTE a biomassa com CVU igual a zero, três ao CCEAR por disponibilidade para UTE a biomassa com CVU maior do que zero e três ao CCEAR por quantidade para fonte hidro.

13. A síntese da análise da quantidade de contribuições recebidas e do aproveitamento para o aperfeiçoamento das minutas de contrato é apresentada na Tabela 1. O sumário de contribuições estão apresentados ao longo desta Nota Técnica.

Tabela 1: Síntese da análise de contribuições da Audiência Pública AP 001/2012, por agente

# Empresa Aceita Parcialmente

Aceita Não

Aceita Não

Considerada Já

Prevista Total de

Contribuições

1 ABRAGEF 1 1

2 ABEEÓLICA 4 4

3 CCEE 3 12 1 16

4 ContourGlobal Latam 4 3 1 8

5 CPFL 1 2 3

6 DREEN 1 1

7 FURNAS 4 1 5

8 PETROBRAS 2 6 8

TOTAL 2 4 34 5 1 46

Tabela 2. Síntese da análise de contribuições da Audiência Pública AP 001/2012, por contrato

# Contrato Aceita Parcialmente

Aceita Não

Aceita Não

Considerada Já

Prevista Total de

Contribuições

1 CCEAR quantidade 1 1 2

2 CCEAR biomassa com CVU igual a zero

3 3

3 CCEAR biomassa com CVU maior do que zero

3 3

4 CCEAR eólica 1 17 4 1 23

5 CCEAR gás natural 2 2 10 1 15

TOTAL 2 4 34 5 1 46

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(Fl. 4 da Nota Técnica no 019/2012–SEM/ANEEL, de 07/02/2012)

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.

14. O detalhamento das contribuições recebidas é apresentado no Relatório de Análise das Contribuições (RAC) referente à Audiência Pública 001/2012, anexo a essa Nota Técnica, onde texto sublinhado se refere às sugestões de inserção e texto tachado às sugestões de exclusão.

15. O resumo das contribuições mais relevantes bem como as questões conceituais apresentadas na Audiência Pública 001/2012 são discutidas nas seções que se seguem.

III.3 Das propostas de alteração no CCEAR por quantidade

16. A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE encaminhou contribuição em que sugere a alteração da data de vencimento da terceira parcela do faturamento do vendedor do dia 15 para 25 ao mês subsequente ao mês do suprimento considerado. Sobre tal proposta não foi vislumbrado ganho, de forma que se entende ser mais benéfica a uniformização desses contratos com aqueles de leilões anteriores mantendo-se a data ora proposta. Cabe nota que a CCEE encaminhou essa mesma contribuição ao demais CCEARs, sendo que o entendimento da área técnica foi o mesmo para todos os demais.

III.4 Das propostas de alteração no CCEAR biomassa com CVU maior do que zero e CCEAR biomassa com CVU igual a zero

17. As contribuições encaminhadas pela CCEE tiveram por foco propor alteração às subcláusulas 8.2, 8.3 e 8.5 do CCEAR por disponibilidade para fonte Biomassa CVU=0, e 10.2, 10.3 e 10.5 do CCEAR por disponibilidade para fonte Biomassa CVU≠0, que tratam do faturamento mensal pelo vendedor. As contribuições não foram aceitas, vez que, entende-se, a redação proposta já está clara e não necessita de ajuste de redação. Ademais, as regras de comercialização deverão prever todas as apurações descritas nessas subcláusulas.

III.5 Das propostas de alteração no CCEAR por disponibilidade para fonte eólica

18. Merecem destaque as contribuições no sentido de alterar o critério de definição da potência associada do CCEAR de fonte eólica. Dentre as alegações apresentadas estão a que regra atual para contabilização da garantia física de potência de empreendimentos eólicos é baseada na produção no patamar de carga pesada. Dessa forma, a cláusula proposta introduziria um risco não gerenciável para o investidor.

19. Entretanto, devido à ausência de valor publicado de potência assegurada de centrais geradoras eólicas, torna-se apropriado adotar o critério utilizado nos CCEARs de energia existente, ou seja, o valor de potência associada do contrato ser igual a 1,5 vezes o valor da energia contratada. Deve-se destacar que tal valor está aderente às reais necessidades de potência das distribuidoras.

20. Ademais, importa ressaltar que esse valor de potência associada será adotado para todos os CCEARs, de modo que a distribuidora obtenha a mesma quantidade de lastro de potência independentemente das características da usina comprometida com o contrato. Em outras palavras, todos os agentes vendedores terão a obrigação de constituir lastro de potência na proporção de 1,5 vezes a energia negociada. Diante do exposto, tal contribuição também não foi aceita, mantendo-se o arranjo disposto no leilão A-3/2011.

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(Fl. 5 da Nota Técnica no 019/2012–SEM/ANEEL, de 07/02/2012)

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.

III.6 Das propostas de alteração no CCEAR por disponibilidade gás natural

21. Outra contribuição refere-se à subcláusula que trata do atraso da entrada em operação das instalações de transmissão, necessárias para o escoamento da energia a ser produzida pela usina, que não estejam sob responsabilidade do vendedor. Nesse sentido, foram apresentadas contribuições para aprimoramento de redação da subcláusula que aborda a obrigação, por parte do vendedor, de demonstração de que a usina encontra-se apta a entrar em operação comercial passando esta comprovação a ser mediante fiscalização da ANEEL. Tal contribuição foi acatada, sendo alterada a redação para:

“5.12.2. O VENDEDOR deverá demonstrar que a USINA encontra-se apta a entrar em operação comercial, mediante comprovação dos itens a seguir descritos:

(i) conclusão das instalações de geração e da instalação de rede de interesse restrito da USINA, bem como das instalações para recebimento, tratamento ou armazenamento do combustível, necessárias para a operação contínua da USINA à POTÊNCIA INSTALADA, inclusive mediante realização de qualquer tipo de teste solicitado pela sujeito à fiscalização da ANEEL que confirme tal situação; e”

22. Adicionalmente, houve contribuição no sentido de corrigir a fórmula constante da subcláusula 7.5. do CCEAR por disponibilidade gás natural que trata da receita de venda a que o vendedor faz juz. Tal contribuição foi parcialmente aceita.

IV. DO FUNDAMENTO LEGAL

23. As argumentações expressas nesta Nota Técnica são fundamentadas nos seguintes instrumentos legais e regulatórios:

Leis nos 9.427, de 26 de dezembro de 1996; e 10.848, de 15 de março de 2004;

Decretos nos 5.163, de 30 de julho de 2004; e e 7.521, de 8 de julho de 2011; e;

Portarias MME nos 06, de 02 de janeiro de 2012, 554, de 23 de setembro de 2011.

V. DA CONCLUSÃO

24. Diante do exposto, conclui-se que os modelos de Contratos de Comercialização de Energia no Ambiente Regulado – CCEARs, submetidos à Audiência Pública AP 001/2012, no período de 18 de janeiro a 01 de fevereiro de 2012, foram aperfeiçoados em consonância com as contribuições encaminhadas pelos agentes e correções de texto, bem como pela análise técnica efetuada pela SEM, em consonância com as diretrizes estabelecidas pelo Ministério de Minas e Energia – MME e o disposto na Portaria MME 554, de 2011.

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(Fl. 6 da Nota Técnica no 019/2012–SEM/ANEEL, de 07/02/2012)

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.

VI. DA RECOMENDAÇÃO

25. Com respaldo na competência da SEM de auxiliar a Comissão Especial de Licitação – CEL, nos termos do art. 4º da Portaria ANEEL 1.588, de 2010, e dada a atribuição da ANEEL de expedir o modelo de CCEAR, conferida pelo Decreto 5.163/2004, e em cumprimento ao disposto no § 3º do art. 4º da Lei 9.427/1996, recomenda-se a aprovação dos modelos dos contratos, com a incorporação das contribuições e correções sugeridas nesta Nota Técnica. Tais contratos devem ser anexados ao Edital de Leilão 01/2012, referente à compra de energia elétrica proveniente de novos empreendimentos de geração, conforme Portaria MME 554, de 2011, cujo processo de elaboração está sendo conduzido pela Comissão Especial de Licitação – CEL.

PATRÍCIA TRINDADE DONTAL Especialista em Regulação

RENATA ROSADA DA SILVA Especialista em Regulação

De acordo:

FREDERICO RODRIGUES Superintendente de Estudos do Mercado

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(Fl. 7 da Nota Técnica no 019/2012–SEM/ANEEL, de 07/02/2012)

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.

Anexo I da Nota Técnica nº 019/2012-SEM/ANEEL, de 07/02/2012

Relatório de Análise de Contribuições referente à Audiência Pública AP 001/2012

- Aceita

- Não aceita - Parcialmente aceita

- Não considerada - Já prevista

Entidade Documento questionado

Proposta ANEEL

Aproveitamento Justificativa

CCEAR por disponibilidade GÁS NATURAL

Petróleo Brasileiro S.A. -

PETROBRAS

CCEAR por disponibilidade

(gás natural) (Item 4.2)

1. Alterar a redação da subcláusula 4.2 para:

“4.2. Os montantes de ENERGIA CONTRATADA, de POTÊNCIA ASSOCIADA e de INFLEXIBILIDADE CONTRATUAL definidos na tabela da subcláusula 4.1 poderão ser alterados, de comum acordo entre as PARTES, devido ao processamento do MCSD CONTRATAÇÃO ESCALONADA, nos termos da Resolução Normativa nº 380, de 24 de novembro de 2009.”

Qualquer alteração dos montantes de ENERGIA CONTRATADA, de POTÊNCIA ASSOCIADA e de INFLEXIBILIDADE CONTRATUAL só poderá ser realizada de comum acordo entre as Partes.

Não aceita O processamento do MCSD Contratação Escalonada está definido na REN nº 380/2009, portanto, não se trata de acordo bilateral entre partes.

Petróleo Brasileiro S.A. -

PETROBRAS

CCEAR por disponibilidade

(gás natural) (Item 5.1)

2. Alterar a redação da subcláusula 5.1 para:

“5.1. Todas as atividades, operações e processos previstos no CONTRATO, independentemente de sua definição e tratamento neste instrumento, deverão ser realizados conforme o previsto na legislação aplicável à matéria, em regulamentação da ANEEL, na CONVENÇÃO DE COMERCIALIZAÇÃO, REGRAS e PROCEDIMENTOS DE COMERCIALIZAÇÃO, nos PROCEDIMENTOS DE REDE e/ou nos PROCEDIMENTOS DE DISTRIBUIÇÃO, não havendo oponibilidade de ato

Não aceita Em virtude das repercussões que o CCEAR por disponibilidade gera no processo de contabilização das operações de compra e venda de energia elétrica, torna-se necessária a consideração de disposições normativas para efetivar a operacionalização desse tipo de contrato. Ademais, conforme abordado na Nota Técnica nº

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(Fl. 8 da Nota Técnica no 019/2012–SEM/ANEEL, de 07/02/2012)

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.

Entidade Documento questionado

Proposta ANEEL

Aproveitamento Justificativa

jurídico perfeito ou direito adquirido às determinações regulamentares.”

Entende-se necessária a exclusão destacada de forma a assegurar os direitos das Partes que tenham praticado atos e adquirido direitos que, à época em que foram praticados ou adquiridos, estavam em consonância com as determinações regulamentares aplicáveis à espécie. Ressaltamos, ainda, que a Constituição Federal protege o ato jurídico perfeito e o direito adquirido em face de qualquer regulamentação legal posterior, conforme resta expresso no artigo 5°, inciso XXXVI. Ademais, a proteção do ato jurídico perfeito praticado pelas Partes não pode ser afastada, eis que se trata de matéria de ordem pública. Configurar-se-ia verdadeiro desprestígio à Segurança Jurídica se o ato jurídico perfeito pudesse ser afastado, na medida em que um ato praticado pela Parte, em conformidade com regulamentações vigentes à época, poderia ser considerado inválido e/ou ineficaz.

082/2011-SEM/ANEEL, de 13 de julho de 2011, muito embora os CCEARs não sejam contratos administrativos, mas sim contratos celebrados entre particulares, estes são marcados pela nota de serem celebrados por força da legislação e terem sua configuração interna estabelecida pela ANEEL, aproximando-se à noção de contrato coativo. Na verdade, as disposições desses contratos consubstanciam um quase-estatuto, uma vez que poucas disposições decorrem da autonomia da vontade dos contratantes. Dessarte, a mesma espécie de ato estatal que fixou uma determinada obrigação ou condição pode alterá-la. Assim, à semelhança dos antigos contratos de suprimento e dos contratos iniciais, os CCEARs também podem ser objeto de alteração pela legislação e/ou regulamentação superveniente, respeitado o seu equilíbrio.

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(Fl. 9 da Nota Técnica no 019/2012–SEM/ANEEL, de 07/02/2012)

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.

Entidade Documento questionado

Proposta ANEEL

Aproveitamento Justificativa

Petróleo Brasileiro S.A. -

PETROBRAS

CCEAR por disponibilidade

(gás natural) (Item 5.8.1)

3. Alterar a redação da subcláusula 5.8.1 para:

“5.8.1. O descumprimento do disposto na subcláusula 5.8 ensejará mensalmente, a partir do mês subsequente ao da data constante do Anexo I, a redução, em 10% (dezum por cento), da RECEITA DE VENDA obtida nos termos da subcláusula 7.5.”

O inciso IV do Artigo 6º da Portaria MME 554/2011 estabelece que os CCEARs de UTEs a Gás Natural deverão ter cláusula de penalidade por não fechamento de ciclo na data definida no cronograma de habilitação, contudo é omisso quanto à dosimetria para tal penalidade. Nesse sentido, cabe lembrar que em caso de atraso no cumprimento do cronograma de fechamento de ciclo estabelecido no ato de outorga de centrais termelétricas já há previsão de aplicação de penalidade de multa do Grupo III ao empreendedor (até 1% sobre o valor estimado da produção anual de energia) por parte da ANEEL, conforme inciso XII do Art. 6º da Resolução Normativa ANEEL 63/2004. Além disso, caso o atraso no fechamento do ciclo implique em necessidade de recomposição de lastro para atender aos compromissos do CCEAR, o empreendedor, independente do custo incorrido na operação de compra dos contratos de recomposição, estará sujeito às limitações de repasse de preço estabelecidas na Resolução Normativa ANEEL 165/2005. Dessa forma, o que se vê é que já existem penalidades por demais pesadas ao empreendedor que atrasa o cronograma de implantação de sua usina e, portanto, não cabe a imposição de uma terceira penalidade rigorosa que provoca redução de 10% na RECEITA DE VENDA a cada mês de atraso no cronograma de fechamento de ciclo.

Não aceita O leilão ora em tela somente contratará empreendimentos a gás natural que prevejam o fechamento do ciclo até o final do primeiro ano de suprimento do contrato. Assim, entende-se que a dosimetria está adequada, já que o objetivo é garantir o fechamento até esta data, em observância às diretrizes definidas pelo MME para esse leilão.

Petróleo Brasileiro S.A. -

PETROBRAS

CCEAR por disponibilidade

(gás natural) (Item 5.12)

4. Alterar a redação da subcláusula 5.12 para:

“5.12. As PARTES concordam que, estando a USINA apta a entrar em operação comercial a partir da DATA DE INÍCIO DE SUPRIMENTO, o atraso na entrada em operação comercial das instalações de transmissão, distribuição ou Instalações de Transmissão de Interesse Exclusivo de Centrais de Geração para Conexão Compartilhada (ICG’s) que não estejam sob responsabilidade do VENDEDOR, necessárias para o escoamento da ENERGIA produzida pela USINA:” O objetivo é detalhar quais tipos de instalação podem atrasar, pois os agentes de geração nem sempre acessam as redes de transmissão (que entendemos como

Não aceita O acesso a instalações de uso do âmbito de transmissão requer uma atuação das instituições de planejamento e do Poder Concedente, enquanto que o acesso a instalações de uso do âmbito da distribuição pode se dar por meio de uma negociação, de caráter comercial, com o agente de distribuição, observadas as disposições normativas aplicáveis, especialmente aquelas constantes dos Procedimentos de Distribuição. No

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(Fl. 10 da Nota Técnica no 019/2012–SEM/ANEEL, de 07/02/2012)

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.

Entidade Documento questionado

Proposta ANEEL

Aproveitamento Justificativa

Rede Básica, em tensão maior ou igual a 230kV, conforme definido na Resolução Normativa ANEEL nº 067/2004), podendo o acesso ser feito em tensões menores, em redes consideradas como Demais Instalações de Transmissão (DIT’s), em redes de âmbito próprio da concessionária de Distribuição ou ainda em Instalações de Transmissão de Interesse Exclusivo de Centrais de Geração para Conexão Compartilhada ( ICG’s ).

caso das ICG’s, o tratamento está dado na subcláusula 5.12.1.

Petróleo Brasileiro S.A. -

PETROBRAS

CCEAR por disponibilidade

(gás natural) (Item 5.12.2)

5. Alterar a redação da subcláusula 5.12.2 para:

“5.12.2. O VENDEDOR deverá demonstrar que a USINA encontra-se apta a entrar em operação comercial, mediante comprovação dos itens a seguir descritos:

(i) conclusão das instalações de geração e da instalação de rede de interesse restrito da USINA, bem como das instalações para recebimento, tratamento ou armazenamento do combustível, necessárias para a operação contínua da USINA à POTÊNCIA INSTALADA, inclusive mediante realização de qualquer tipo de teste solicitado pela sujeito à fiscalização da ANEEL que confirme tal situação; e” Quando não há rede para conexão da central geradora, a realização de testes requer o uso de bancos de cargas. Estes testes são realizados em condições excepcionais e demandam, além do custo do combustível, a contratação de equipes especializadas que não seriam acionadas caso as instalações de conexão estivessem disponíveis. Ao contrário do verificado nas condições normais de operação em teste, que a usina injeta energia no Sistema e recebe o valor do PLD para cada MWh produzido, quando não há conexão com a rede, a energia é perdida e o gerador não recebe remuneração alguma. Dessa forma, ficar sujeito à realização de qualquer teste solicitado pela ANEEL pode imputar custos imprevistos e não recuperáveis ao agente de geração. Como o entendimento é de que não deve ser imputado qualquer ônus ao agente de geração em decorrência de atrasos nas instalações de acesso de responsabilidade das concessionárias (de transmissão, distribuição ou ICG), a sugestão é que a SFG/ANEEL fiscalize a obra e ateste se a planta está ou não em condições de entrar em operação comercial.

Aceita

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(Fl. 11 da Nota Técnica no 019/2012–SEM/ANEEL, de 07/02/2012)

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.

Entidade Documento questionado

Proposta ANEEL

Aproveitamento Justificativa

Câmara de Comercialização

de Energia Elétrica - CCEE

CCEAR por disponibilidade (gás natural)

6. Inserir no Anexo I a tabela com “Disponibilidade Mensal de Energia” (Mwmédios)

Embora a subcláusula 6.1.1 disponha que os parâmetros têm seus valores apresentados no Anexo I, a minuta de contrato não apresenta tabela com os dados de “Disponibilidade Mensal de Energia”.

Não considerada Entendimento prejudicado, pois no contrato de usinas a gás natural não consta a variável “Disponibilidade Mensal de Energia”.

Petróleo Brasileiro S.A. -

PETROBRAS

CCEAR por disponibilidade

(gás natural) (Item 7.2)

7. Alterar a redação da subcláusula 7.2 para:

“7.2. Dentro do PERÍODO DE SUPRIMENTO, para todo PERÍODO DE COMERCIALIZAÇÃO anterior à entrada em operação comercial da primeira unidade geradora da USINA, em que a obrigação de entrega está definida na subcláusula 6.2, o valor unitário da RECEITA DE VENDA será dado:” Esta cláusula existe para separar o que é descasamento (entrada em operação comercial antes da data prevista no cronograma de implantação) daquilo que é atraso no cronograma da usina constante do ato de outorga. Contudo, os estados de “descasamento” ou “atraso” só podem ser apurados dentro do período de suprimento do CCEAR. A alteração de texto proposta visa deixar mais claro este aspecto da redação do contrato.

Não aceita Conforme disposto na subcláusula 7.1, a receita de venda somente será calculada a partir do início do período de suprimento. Assim, entende-se desnecessária a menção proposta.

Câmara de Comercialização

de Energia Elétrica - CCEE

CCEAR por disponibilidade (gás natural)

8. Alterar a fórmula da subcláusula 7.5. de forma a eliminar os colchetes no cálculo do valor da receita de atraso e descasamento, conforme transcrito a seguir:

Entende-se necessária a alteração para que haja a multiplicação da energia contratada (EC) apenas pelo valor apurado de preço de atraso, pois no cálculo de descasamento é utilizada a receita fixa já em reais, ou seja, o valor da energia mensal do contrato em reais.

Parcialmente aceita A equação algébrica constante da subcláusula 7.5 será:

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(Fl. 12 da Nota Técnica no 019/2012–SEM/ANEEL, de 07/02/2012)

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.

Entidade Documento questionado

Proposta ANEEL

Aproveitamento Justificativa

Petróleo Brasileiro S.A. -

PETROBRAS

CCEAR por disponibilidade (gás natural) (Item 8.17)

9. Alterar a redação da subcláusula 8.17 para:

“8.17. As PARTES reconhecem que, na presente data, a RECEITA DE VENDA, em conjunto com os respectivos critérios de reajuste e de pagamento previstos no CONTRATO, são suficientes para o cumprimento integral das obrigações previstas no presente instrumento.”

A inclusão do trecho se justifica para resguardar as Partes, pois a RECEITA DE VENDA, a que alude a cláusula 7, será calculada mensalmente, de forma que as Partes somente podem reconhecer que esta é suficiente ao cumprimento integral da obrigação no momento de assinatura do Contrato. Desta forma, fica assegurado às partes a possibilidade de revisão dos valores de pagamento caso no decorrer da execução do contrato ocorra um desequilíbrio econômico-financeiro entre as prestações.

Não aceita A possibilidade de revisão dos valores de pagamento está atrelada ao disposto na subcláusula 8.18, ou seja, o vendedor deve estar ciente de que os critérios de reajuste constantes do contrato são suficientes para o cumprimento das obrigações durante todo o período de suprimento.

Câmara de Comercialização

de Energia Elétrica - CCEE

CCEAR por disponibilidade (gás natural)

10. Alterar a redação da subcláusula 10.2. para:

“10.2. A apuração As apurações de que trata a subcláusula 10.1, “i”, “ii” e “iii” será realizada serão realizadas no âmbito das REGRAS DE COMERCIALIZAÇÃO, sendo vedado ao VENDEDOR o faturamento de valor divergente daquele publicado pela CCEE.” Sugere-se esclarecer nesta cláusula que as apurações são somente as previstas nos itens “i”, “ii” e “iii” da subcláusula 10.1, excetuando-se expressamente os itens 10.1.1, 10.1.2 e 10.1.3.

Não aceita As regras de comercialização deverão prever todas as apurações descritas na subcláusula 10.1.

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(Fl. 13 da Nota Técnica no 019/2012–SEM/ANEEL, de 07/02/2012)

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.

Entidade Documento questionado

Proposta ANEEL

Aproveitamento Justificativa

Câmara de Comercialização

de Energia Elétrica - CCEE

CCEAR por disponibilidade (gás natural)

11. Alterar a redação da subcláusula 10.3. para:

“10.3. O faturamento do VENDEDOR será realizado em três parcelas, mediante a emissão de um ou mais DOCUMENTOS DE COBRANÇA, cujos vencimentos ocorrerão conforme as seguintes datas: a) Primeira parcela: vencimento no dia 20 do mês subsequente ao mês do suprimento considerado; b) Segunda parcela: vencimento no dia 30 do mês subsequente ao mês do suprimento considerado; e c) Terceira parcela: vencimento no dia 15 25 do segundo mês subsequente ao mês do suprimento considerado.” Sugere-se alterar o vencimento da terceira parcela para o dia 25 do segundo mês subsequente ao mês do suprimento considerado. Isto seria necessário dado que normalmente a liquidação financeira ocorre entre os dias 10 a 15 de cada mês (MS+30 e MS+31), logo em caso de inadimplência do agente vendedor, nos termos da cláusula 10.5 da minuta de CCEAR, pode ocorrer que em alguns meses não seja possível operacionalizar a comunicação à distribuidora para que esta efetue o pagamento da receita de venda na conta do agente vendedor utilizada para as operações do mercado de curto prazo.

Não aceita Não se vislumbra ganho na alteração proposta. Ao contrário, entende-se benéfica a uniformização destes contratos com aqueles de leilões anteriores.

Câmara de Comercialização

de Energia Elétrica - CCEE

CCEAR por disponibilidade (gás natural)

12. Alterar a redação da subcláusula 10.5. para:

“10.5. As PARTES concordam que, na hipótese de o VENDEDOR ficar inadimplente na liquidação financeira do MERCADO DE CURTO PRAZO, sendo essa inadimplência decorrente deste CONTRATO, os recursos financeiros associados ao faturamento bilateral estabelecido na subcláusula 10.3 serão utilizados para abater os valores inadimplidos pelo VENDEDOR junto ao MERCADO DE CURTO PRAZO, conforme regulamentação específica.” Sugere-se retirar “sendo essa inadimplência decorrente deste CONTRATO”, pois a contabilização e liquidação de um agente de mercado contemplam outras operações além das decorrentes de CCEARs. Ainda, um mesmo agente pode ter mais de um empreendimento e neste caso as exposições (positivas ou negativas) podem gerar um efeito líquido na posição do agente diferente do efeito decorrente do CCEAR. Adicionalmente, o inadimplemento pode ser superior ao valor do efeito do contrato devido a outros efeitos da contabilização. Desse modo, não há como se determinar que a inadimplência decorre de um determinado CCEAR e a inclusão deste dispositivo pode dificultar a caracterização da inadimplência e ser utilizado como

Não aceita Os recursos financeiros do faturamento se referem à relação bilateral entre os agentes e não devem ser afetados por inadimplências externas a essa relação.

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(Fl. 14 da Nota Técnica no 019/2012–SEM/ANEEL, de 07/02/2012)

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.

Entidade Documento questionado

Proposta ANEEL

Aproveitamento Justificativa

meio de protelação do pagamento das obrigações por eventuais vendedores inadimplentes.

Petróleo Brasileiro S.A. -

PETROBRAS

CCEAR por disponibilidade (gás natural) (Item 13.2)

13. Alterar a redação da subcláusula 13.2 para:

“13.2. A PARTE inadimplente deverá, no prazo máximo de cinco dez dias úteis contados da data em que ocorrer a resolução, efetuar o pagamento do valor estipulado na subcláusula 13.1. O pagamento realizado após esse prazo, será acrescido de juros de mora à taxa estipulada no item (b) da subcláusula 11.2, calculados entre a data de cálculo da multa e das perdas e danos, retro referidas, o dia seguinte do vencimento do prazo acima e a data do efetivo pagamento, sem prejuízo de indenização suplementar, na forma do parágrafo único, do artigo 416, do Código Civil.”

Sugere-se a exclusão e alteração dos trechos marcados pois (i) o termo inicial dos juros de mora no caso de obrigação positiva e líquida se constitui de pleno direito na data do inadimplemento de seu termo; (ii) a cobrança dos juros de mora serão apenas no caso de atraso no pagamento da multa.

Parcialmente aceita A redação da subcláusula 13.2 será alterada para: “13.2. A PARTE inadimplente deverá, no prazo máximo de dez dias úteis contados da data em que ocorrer a resolução, efetuar o pagamento do valor estipulado na subcláusula 13.1. 13.2.1. O pagamento realizado após esse prazo será acrescido de juros de mora à taxa estipulada no item (b) da subcláusula 11.2, calculados entre o décimo primeiro dia útil contado da data em que ocorrer a resolução e a data do efetivo pagamento.” Destaca-se que tal alteração se aplica a todas as minutas de CCEARs.

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(Fl. 15 da Nota Técnica no 019/2012–SEM/ANEEL, de 07/02/2012)

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.

Entidade Documento questionado

Proposta ANEEL

Aproveitamento Justificativa

Petróleo Brasileiro S.A. -

PETROBRAS

CCEAR por disponibilidade (gás natural) (Item 15.3)

14. Alterar a redação do item (i) da subcláusula 15.3 para:

“15.3. ...

(i) notificar a ANEEL e a outra PARTE da ocorrência de evento que possa vir a ser caracterizado como de caso fortuito ou força maior, tão logo quanto possível, mas, em nenhuma circunstância, em prazo superior a cinco dias úteis contados da data em que tiver tomado conhecimento de sua ocorrência, fornecendo uma descrição da natureza do evento, uma estimativa de sua duração e do impacto no desempenho de suas obrigações contratuais.” Garantir que, na hipótese da ocorrência do evento de caso fortuito ou força maior em data próxima ou durante um feriado prolongado, a Parte afetada conseguirá observar o prazo previsto neste item para notificar a ANEEL e a outra Parte.

Aceita Destaca-se que a alteração proposta se aplica a todas as minutas de CCEARs.

ABRAGEF – Associação Brasileira de

Geração Flexível

CCEAR por disponibilidade (gás

natural)

15. Flexibilizar o início de operação do empreendimento.

Todos os CCEARs tem início em janeiro do ano de referência do LEN. Assim todos empreendimentos buscam o início de operação em 1º de janeiro de cada ano, acarretando que todos os comissionamentos, testes, etc se deem no final do ano, em período coincidente com o período festivo. De outro a sazonalidade de demanda no SIN indica que o período crítico encontra-se na parte mediana de cada ano. Não há incentivo à pulverização das datas de início de operação dos empreendimentos, fato que seria salutar do ponto de vista macro. Com tal providência o período de antecedência (3 anos) pode ser em média efetivamente verificado. Assim, sugere-se a possibilidade de pulverização de datas de entrada, por meio de lista tríplice de datas de entrada, arbitrada pelo Poder Concedente em comum acordo ou imputada, na assinatura do CCEAR, sem ônus para o empreendedor (o comprador ficaria descoberto por exposição involuntária – por exemplo).

Não aceita O início do período de suprimento está definido no art. 1º da Portaria MME nº 554/2011.

CCEAR por disponibilidade EÓLICA

FURNAS CENTRAIS

ELÉTRICAS S/A

CCEAR por disponibilidade para

fonte eólica (Item 4.1.2)

16. Alterar a redação da subcláusula 4.1.2 para:

“4.1.2. Os montantes de POTÊNCIA ASSOCIADA, que correspondem a 1,5 vezes o valor da ENERGIA CONTRATADA ao valor da DISPONIBILIDADE MÁXIMA CONTRATUAL, serão considerados como recurso do COMPRADOR e requisito do VENDEDOR no processo de apuração de insuficiência de lastro de POTÊNCIA, nos

Não aceita Devido à ausência de valor publicado de potência assegurada de centrais geradoras eólicas, entende-se pertinente adotar o critério utilizado nos CCEARs de energia existente, ou seja, o valor de potência associada do contrato ser igual a 1,5

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(Fl. 16 da Nota Técnica no 019/2012–SEM/ANEEL, de 07/02/2012)

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.

Entidade Documento questionado

Proposta ANEEL

Aproveitamento Justificativa

termos das REGRAS DE COMERCIALIZAÇÃO.” Pelas Regras de Comercialização atuais, a potência associada de empreendimentos de fonte eólica equivale à geração no período de ponta. Considerando que esta fonte só gera energia na presença de vento, não há garantia de geração na ponta acima da energia média. Além disso, deve ser assegurada a isonomia nos CCEARs por Disponibilidade com as UTEs a gás natural e biomassa, em que a potência associada é a disponibilidade máxima contratual.

vezes o valor da energia contratada. Deve-se destacar que tal valor está aderente às reais necessidades de potência das distribuidoras. Ademais, importa ressaltar que esse valor de potência associada será adotado para todos os CCEARs, de modo que a distribuidora obtenha a mesma quantidade de lastro de potência independentemente das características da usina comprometida com o contrato. Em outras palavras, todos os agentes vendedores terão a obrigação de constituir lastro de potência na proporção de 1,5 vezes a energia negociada.

ContourGlobal Latam

CCEAR por disponibilidade

para fonte eólica

17. Alterar a redação da subcláusula 4.1.2 para:

“4.1.2. Os montantes de POTÊNCIA ASSOCIADA, que correspondem a 1,51,3 vezes o valor da ENERGIA CONTRATADA, serão considerados como recurso do COMPRADOR e requisito do VENDEDOR no processo de apuração de insuficiência de lastro de POTÊNCIA, nos termos das REGRAS DE COMERCIALIZAÇÃO.” Considera-se o valor de 1,5 elevado.

Não aceita Vide resposta à contribuição 16.

Associação Brasileira de

Energia Eólica - ABEEÓLICA

CCEAR por disponibilidade para

fonte eólica (Item 4.1.2)

18. Alterar o critério de definição da potência associada do CCEAR de fonte eólica.

A Cláusula estipula a obrigatoriedade de entrega pelo vendedor ao comprador dos montantes de potência associada à energia comercializada (Cláusula 4.1.2), sendo que o compromisso de potência é de 1,5 vezes o montante contratado. Como é de conhecimento geral, os empreendimentos eólicos produzem energia de acordo com a disponibilidade de vento, ou seja, o investidor não possui qualquer gerência sobre a produção de energia e muito menos sobre a potência injetada a cada hora. Adicionalmente, a regra atual para contabilização da garantia física de potência de empreendimentos eólicos é baseada na produção no patamar de carga pesada. Como consequência, esta cláusula do CCEAR introduz um risco não gerenciável para o investidor e de difícil precificação. Para adequar o requisito de potência à realidade dos parques eólicos, sugere-se utilizar o mesmo critério do CCEAR do LFA de 2010: a potência associada é definida como o produto do PERCENTUAL DE COMPROMETIMENTO pela potência de

Não aceita Vide resposta à contribuição 16.

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(Fl. 17 da Nota Técnica no 019/2012–SEM/ANEEL, de 07/02/2012)

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.

Entidade Documento questionado

Proposta ANEEL

Aproveitamento Justificativa

referência.

ContourGlobal Latam

CCEAR por disponibilidade

para fonte eólica

(Item 5.2.12)

19. Alterar a subcláusula 5.2.12, de forma a explicitar quais são os testes que a ANEEL irá solicitar para confirmar a situação de aptidão para entrada em operação comercial.

Não aceita A subcláusula 5.2.12 foi alterada, conforme contribuição 5.

FURNAS CENTRAIS

ELÉTRICAS S/A

CCEAR por disponibilidade para

fonte eólica (Item 5.6.4)

20. Excluir a subcláusula 5.6.4.

“5.6.4. O descumprimento da obrigação prevista na Subcláusula 5.6 sujeitará o VENDEDOR ao pagamento mensal de multa no valor correspondente a 1% (um por cento) da RECEITA FIXA estabelecida na Cláusula 7ª.” A Portaria 29/11 não estabelece o valor da multa a ser aplicada ao empreendedor caso não seja cumprida a obrigação de realizar medições anemométricas e climatológicas permanentes dos ventos. Ademais, entendemos que a multa por descumprimento desta obrigação não deve ser objeto do CCEAR e tampouco estar vinculada à Receita Fixa do empreendimento, pois não possui qualquer relação com o compromisso de entrega de energia e sua contrapartida econômica.

Não aceita Dado que constituir uma obrigação implica, necessariamente, definir a sanção a ser aplicada em caso de descumprimento de tal obrigação, a penalidade definida na subcláusula 5.6.1 nada mais é do que a sanção associada ao não envio dos dados de medição anemométrica definidos na Portaria nº 29/2011.

ContourGlobal Latam

CCEAR por disponibilidade para

fonte eólica (Item 5.7.3)

21. Excluir a subcláusula 5.7.3.

Já existem outras penalidades previstas ao VENDEDOR em situação de inadimplemento, tanto no CCEAR quanto na regulação, não sendo necessária a hipótese de rescisão.

Não aceita Em se tratando de obrigação contratual, a não constituição de lastro por parte do vendedor gera o direito ao agente adimplente, ou seja, o comprador, de resolver ou não o contrato, conforme disposto na subcláusula 11.2

ContourGlobal Latam

CCEAR por disponibilidade

para fonte eólica

22. Inserir subcláusula 5.12.5 contendo as diretrizes para contabilização da energia não entregue por conta do atraso na entrada em operação comercial das instalações de transmissão que não seja imputável à VENDEDORA (Clausula 5.12).

Já prevista A subcláusula 5.12.4 trata da energia não entregue por conta do atraso disposto na 5.12.

ContourGlobal Latam

CCEAR por disponibilidade

para fonte eólica (Item 5.2.13)

23. Considerar, para fins de aplicação da subclaúsula 5.12, o período para o comissionamento e operação em teste das usinas após a entrada em operação comercial das instalações de transmissão.

A vendedora será prejudicada por fato que não lhe pode ser imputável.

Não aceita A excepcionalidade que traz a subcláusula 5.12 deve considerar apenas o período de atraso das instalações de transmissão. A geração em teste é de responsabilidade do gerador e faz parte do processo de obtenção da operação comercial do empreendimento, ou seja, a gestão é do próprio agente de geração.

CPFL Renováveis CCEAR por 24. Alterar a redação do item (i) da subcláusula 5.12.2 para: Parcialmente aceita Vide contribuição 5.

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(Fl. 18 da Nota Técnica no 019/2012–SEM/ANEEL, de 07/02/2012)

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.

Entidade Documento questionado

Proposta ANEEL

Aproveitamento Justificativa

disponibilidade para fonte eólica

“5.12.2. O VENDEDOR deverá demonstrar que a(s) USINA(S) encontra(m)-se apta(s) a entrar em operação comercial, mediante comprovação dos itens a seguir descritos:

(i) conclusão das instalações de geração e da instalação de rede de interesse restrito da(s) USINA(S), inclusive mediante realização de qualquer tipo de teste solicitado pela ANEEL que confirme tal situação; e

(ii) processo para obtenção da Licença de Operação devidamente instruído junto ao órgão ambiental competente, não havendo pendências por parte do VENDEDOR.”

Sugere-se tal exclusão uma vez que a demonstração de que a usina encontra-se apta a entrar em operação comercial deve seguir critérios bem objetivos que comprovem esta condição, considerando o atraso nas instalações de transmissão, a fim de se evitar possíveis entendimentos divergentes. Desta forma sugere-se que a referida comprovação paire sobre aspectos de montagem eletromecânica, montagem do sistema de transmissão de interesse restrito, sempre que possível, e da obtenção de Licença de Operação.

Dreen Brasil Investimentos e Participações

CCEAR por disponibilidade para

fonte eólica (Item 6.3.1)

25. Incluir as subcláusulas 6.3.2 e 6.3.2.1 com as seguintes redações:

“6.3.2. O PERCENTUAL DE COMPROMETIMENTO da(s) USINA(S) com o CONTRATO poderá ser alterado a pedido do VENDEDOR.

6.3.2.1. Ressalvado o disposto na cláusula 6.3.1. (ii), O PERCENTUAL DE COMPROMETIMENTO da (s) USINA(S) com o CONTRATO não poderá ser inferior à relação entre a ENERGIA CONTRATADA da USINA, em MWmédios, e a GARANTIA FÍSICA vigente da USINA.”

Sugere-se que o percentual de comprometimento das usinas com o contrato seja flexível, de modo a evitar que a aplicação do disposto na cláusula 6.3 penalize indevidamente os vendedores que não destinarem 100% de sua garantia física ao contrato.

Ex: suponha uma usina de Garantia Física de 10 MWméd e que tenha negociado em leilão apenas 50 lotes, correspondentes a 5 MWméd. Em determinado ano a produção é de 8 MWméd, produção, portanto, suficiente para atender ao contrato com sobra. Porém, considerando o disposto na subcláusula 6.3 com sua atual

Não aceita O CCEAR celebrado em leilões de energia nova possui uma vinculação direta com uma usina objeto de habilitação técnica junto à EPE e cuja outorga decorre do êxito alcançado pelo vendedor no certame. Ademais, o atual modelo do setor elétrico brasileiro estabelece uma segmentação do ACR para evitar a competição direta entre energia nova e energia existente, o que poderia levar ao insucesso as tentativas de venda de energia nova. Pelo exposto, verifica-se a pertinência de criar elementos para que os projetos concebidos de novas usinas sejam efetivamente implantados, garantindo a manutenção de parâmetros como garantia física e potência instalada. Conceder a prerrogativa de elevar o percentual de

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(Fl. 19 da Nota Técnica no 019/2012–SEM/ANEEL, de 07/02/2012)

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.

Entidade Documento questionado

Proposta ANEEL

Aproveitamento Justificativa

redação, a entrega ao contrato seria de 4 MWméd, dado que sua produção (8 MWméd) seria ponderada pela razão (no caso, 0,5) entre a energia contratada (5 MWméd) e a garantia física vigente da usina (10 MWméd).

Desta forma, a inserção da subcláusula visa resguardar os vendedores que não tenham a totalidade da sua garantia física comprometida com o CCEAR.

É muito importante considerar que o contrato referencia a entrega de energia ao centro de gravidade e que, portanto, sendo necessário descontar da GF as perdas da transmissão, não é viável a efetiva venda de 100% da GF. Desta forma, a aplicação da cláusula 6.3 sem a flexibilização proposta atingiria maior parte dos empreendedores, se não sua totalidade, uma vez que o potencial de dano atinge a todos os vendedores que não comprometerem 100% de sua garantia física com o contrato.

comprometimento da usina com o contrato pode, no limite, fazer com que apenas uma parte da usina seja implantada, parte essa que foi negociada no leilão. Embora a fração da garantia física da usina que é objeto de negociação no leilão seja algo que resulta da estratégia comercial do vendedor, não podem ser desconsideradas as obrigações desse agente junto ao Poder Concedente que estão definidas no ato de outorga. Em relação às perdas, há que se esclarecer que é dado tratamento específico nas Regras de Comercialização, de forma a não penalizar o agente vendedor, ou seja, o percentual é ajustado para atendimento das perdas. Assim, a definição de “Percentual de Comprometimento” no Anexo II dos contratos será alterada para: “PERCENTUAL DE COMPROMETIMENTO: percentual da GARANTIA FÍSICA da USINA comprometida no CONTRATO, calculado pela relação entre a ENERGIA CONTRATADA da USINA, em MWmédios, e a GARANTIA FÍSICA vigente da USINA. Trata-se de um valor referencial, pois este será ajustado no âmbito das REGRAS de forma a contemplar as perdas elétricas devidas e/ou verificadas entre a USINA e o CENTRO DE GRAVIDADE do SUBMERCADO onde a USINA estiver localizada;”.

Associação Brasileira de

Energia Eólica - ABEEÓLICA

CCEAR por disponibilidade para

fonte eólica

26. Incluir a subcláusula 6.3.2 com a seguinte redação:

“6.3.2. O PERCENTUAL DE COMPROMENTIMENTO da(s) USINA(S) com o CONTRATO poderá ser alterado temporariamente, a pedido do VENDEDOR, para permitir a compensação de unidades que ainda não tenham entrado em operação

Não aceita Vide resposta à contribuição 25.

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(Fl. 20 da Nota Técnica no 019/2012–SEM/ANEEL, de 07/02/2012)

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.

Entidade Documento questionado

Proposta ANEEL

Aproveitamento Justificativa

comercial após o início do PERÍODO DE SUPRIMENTO.”

Esta subcláusula visa permitir que um vendedor que tenha apenas parte de sua usina comprometida com o CCEAR possa compensar eventuais atrasos ou datas de entrada em operação posteriores ao início do período de suprimento aumentando temporariamente a parcela da usina dedicada ao contrato. Lembramos a este respeito que a própria Resolução Normativa nº 165 penaliza apenas os atrasos que ocasionem “insuficiência de lastro aos contratos de venda de energia”.

FURNAS CENTRAIS

ELÉTRICAS S/A

CCEAR por disponibilidade para

fonte eólica (Item 6.6.2)

27. Alterar a equação algébrica apresentada na subcláusula 6.6.2 para:

SAa,m = ΣΣ[max(EGa,m;0,9xECa,m)/ECa,m-1] Onde: SAa,m: saldo acumulado no mês “m” do ano “a”, utilizado para verificação do montante que exceda o limite superior anual estabelecido na subcláusula 6.6.3; EGa,m: ENERGIA gerada da(s) USINA(S) no mês “m” do ano “a”, em MWh, conforme Subcláusula 6.1, observado o disposto na Subcláusula 6.5; ECa: ENERGIA CONTRATADA no mês “m” do ano “a”, em MWh. Adequação da equação. A fórmula atual está comparando uma grandeza mensal com uma grandeza anual.

Não considerada A equação apresentada não faz parte da minuta disponibilizada na presente Audiência Pública.

CPFL Renováveis CCEAR por

disponibilidade para fonte eólica

28. Incluir a subcláusula 6.6.5 com a seguinte redação:

“6.6.5. Caso ocorra o disposto na cláusula 5.12, considera-se na apuração de atendimento de energia prevista na subcláusula 6.6, a curva de disponibilidade mensal que consta no Anexo I do contrato, até a entrada em operação comercial da USINA”. Entende-se adequado explicitar que no caso de atraso da entrada em operação comercial do empreendimento devido a atraso no sistema de transmissão, fora de sua responsabilidade, a recomposição de energia não gerada deve ser considerada a energia sazonalizada constante do Anexo do CCEAR, até a entrada em operação comercial da usina. Caso contrário, o agente pode ser penalizado se o atraso no sistema de transmissão coincidir com o período de maiores médias de ventos na região.

Não aceita Conforme preconiza a subcláusula 5.12, caso o vendedor se enquadre nas disposições constantes nela, este estará isento da obrigação de entrega de energia prevista na cláusula 6ª do CCEAR, sendo essa isenção calculada nos termos da subcláusula 5.12.4. que já leva em consideração a disponibilidade mensal de energia da(s) usina(s), conforme previsto no ANEXO I.

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(Fl. 21 da Nota Técnica no 019/2012–SEM/ANEEL, de 07/02/2012)

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.

Entidade Documento questionado

Proposta ANEEL

Aproveitamento Justificativa

FURNAS CENTRAIS

ELÉTRICAS S/A

CCEAR por disponibilidade para

fonte eólica (Item 8.2)

29. Alterar a equação algébrica apresentada na subcláusula 8.2 para:

RESSa,i = max [0;(0,9ECa,i – EEa,i )] x max(RFUi ;PLDmeda,i) RESSa,i = SALIa,i x RFUi

Onde: SALIa,i = SALIa-1,i +EGa,i - 0,9 x ECa,i

RESSa,i: ressarcimento no ano “a” da USINA “i”, em Reais (R$); ECa,i: ENERGIA CONTRATADA no ano “a” da USINA “i”, em MWh; EEa,i: montante anual de ENERGIA entregue pelo VENDEDOR no ano “a” da USINA “i”, em MWh, nos termos da Cláusula 6ª; EGa,i: ENERGIA gerada da USINA “i” no mês “m” do ano “a”, em MWh, conforme Subcláusula 6.1, observado o disposto na Subcláusula 6.5; SALIa,i: parcela do saldo acumulado da USINA “i” apurado ao final do ano “a”, expressa em MWh, que extrapola o limite inferior de 90% da ENERGIA CONTRATADA; SALIa-1,i: saldo acumulado da USINA “i” no quadriênio até o ano “a-1” (ano anterior), inclusive, expresso em MWh; e RFUi: RECEITA FIXA UNITÁRIA, em R$/MWh, da USINA “i”, observado o disposto na Subcláusula 7.4. PLDmeda,i: PLD médio do ano “a” referente ao submercado da USINA “i”; e max: é a função máximo que calcula o maior dentre dois valores. A fórmula apresentada originalmente prevê ressarcimento com base no máximo entre o preço do contrato e o valor médio do Preço de Liquidação das Diferenças (PLD) no ano, enquanto a Portaria MME Nº 514 de 2 de setembro de 2011, no artigo 10º, estabelece que “O CCEAR para contratação de energia elétrica proveniente de empreendimentos de geração a partir de fonte eólica deverá prever cláusulas específicas para o vendedor ressarcir, ao comprador, o valor da receita de venda correspondente à energia elétrica não suprida”, sem mencionar o PLD. O compromisso de entrega anual de energia no âmbito do contrato deverá contemplar o saldo de geração acumulado ao longo do quadriênio ao invés da energia entregue somente em cada ano de forma análoga ao Contrato de Energia de Reserva. Aumentada a janela de tempo da geração para atendimento ao contrato, reduz-se o risco não gerenciável do vento por parte do empreendedor sem trazer ônus ao distribuidor, que irá ser ressarcido em se persistindo a geração a menor. Por

Não aceita O ressarcimento previsto na Cláusula 8ª nada mais é do que a devolução de valores pagos pela distribuidora por uma energia não entregue pelo vendedor (geração inferior aos montantes de energia contratada). Essa energia não entregue foi comprada pela distribuidora no mercado de curto prazo, ao PLD. Porém, conforme já preveem os contratos por disponibilidade, em caso de indisponibilidade da usina, a exposição ao mercado de curto prazo é do vendedor. Assim, o dispositivo mencionado apenas transfere o risco do PLD para o vendedor. Por fim, importa ressaltar que, nos CCEARs que envolvem UTEs a gás natural e a biomassa (fontes que competirão com a eólica no produto disponibilidade), há previsão de exposição do vendedor ao mercado de curto prazo em caso de geração inferior à obrigação mensal de entrega de energia. Quanto ao outro ponto apresentado, cabe destacar que a proposta fere o disposto no inciso I do art. 10 da Portaria MME nº 514/2011, que estabelece que o CCEAR deverá prever cláusulas específicas para o ressarcimento, pelo vendedor, quando da geração média anual inferior a 90% do montante contratado.

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(Fl. 22 da Nota Técnica no 019/2012–SEM/ANEEL, de 07/02/2012)

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.

Entidade Documento questionado

Proposta ANEEL

Aproveitamento Justificativa

exemplo: considerando uma geração de 140%, 80%, 100% e 100%, respectivamente nos anos de 1 a 4 do quadriênio resultará em ressarcimento ao comprador de 10% no ano 2 e recebimento adicional do vendedor de 10% no ano 3 na hipótese atual. Da aceitação por esta Agência da nossa contribuição, o vendedor ficaria isento de ressarcimento no ano 2 e não teria receita adicional no ano 3. Como não se pode prever antecipadamente os PLDs do período, não se pode afirmar se haverá prejuízo para uma ou outra parte, mas se corrige a aplicação desnecessária de um ônus excessivo e a criação de uma sobra de energia fictícia.

FURNAS CENTRAIS

ELÉTRICAS S/A

CCEAR por disponibilidade para

fonte eólica (Item 8.3)

30. Alterar a equação algébrica apresentada na subcláusula 8.2 para:

RESSq,i = max [0;ECq,i - max(0,9ECq,i;EEq,i)] x max (RFUi;PLDmedq,i) Onde: RESSq,i: ressarcimento no ano “q” da USINA “i”, em Reais (R$); ECq,i: ENERGIA CONTRATADA no ano “q” da USINA “i”, em MWh; EEq,i: montante anual de ENERGIA entregue pelo VENDEDOR no ano “q” da USINA “i”, em MWh, nos termos da Cláusula 6ª; RFUi: RECEITA FIXA UNITÁRIA, em R$/MWh, da USINA “i”, observado o disposto na Subcláusula 7.4; PLDmedq,i: PLD médio do quadriênio “q” referente ao submercado da USINA “i”; e max: é a função máximo que calcula o maior dentre dois valores. A fórmula apresentada originalmente prevê ressarcimento com base no máximo entre o preço do contrato e o valor médio do Preço de Liquidação das Diferenças (PLD) no quadriênio, enquanto a Portaria MME nº 514, de 2 de setembro de 2011, no artigo 1º, estabelece que “o CCEAR para contratação de energia elétrica proveniente de empreendimentos de geração a partir de fonte eólica deverá prever cláusulas específicas para o vendedor ressarcir, ao comprador, o valor da receita de venda correspondente à energia elétrica não suprida”, sem mencionar o PLD, motivo pelo qual sugerimos a eliminação da expressão referente ao PLD médio da fórmula e a supressão da definição de PLDmedq.i.

Não aceita Vide resposta à contribuição 29.

ContourGlobal Latam

CCEAR por disponibilidade

para fonte eólica

(Item 9.2)

31. Esclarecer em que prazo a CCEE irá apresentar a apuração de que trata a subcláusula 9.1. e qual o prazo para o VENDEDOR questionar tais valores.

Não considerada Todos os prazos para divulgação de dados pela CCEE são tratados no âmbito das Regras e Procedimentos de Comercialização.

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(Fl. 23 da Nota Técnica no 019/2012–SEM/ANEEL, de 07/02/2012)

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.

Entidade Documento questionado

Proposta ANEEL

Aproveitamento Justificativa

Câmara de Comercialização

de Energia Elétrica - CCEE

CCEAR por disponibilidade

para fonte eólica

32. Alterar a redação da subcláusula 9.2. para:

“9.2. A apuração de que trata a subcláusula 9.1 “i”, “ii”, “iii” e “iv” será realizada no âmbito das REGRAS, sendo vedado ao VENDEDOR o faturamento de valor divergente daquele publicado pela CCEE.” Sugere-se esclarecer nesta subcláusula que as apurações são somente as previstas nos itens “i”, “ii”, “iii” e “iv” da subcláusula 9.1, excetuando-se expressamente os itens 9.1.1, 9.1.2 e 9.1.3.

Não aceita Vide resposta à contribuição 10.

Câmara de Comercialização

de Energia Elétrica - CCEE

CCEAR por disponibilidade

para fonte eólica

33. Alterar a redação da subcláusula 9.3. para:

“9.3. O faturamento do VENDEDOR será realizado em três parcelas, mediante a emissão de um ou mais DOCUMENTOS DE COBRANÇA, individualizados por USINA, cujos vencimentos ocorrerão conforme as seguintes datas:

a) Primeira parcela: vencimento no dia 20 do mês subsequente ao mês do suprimento considerado; b) Segunda parcela: vencimento no dia 30 do mês subsequente ao mês do suprimento considerado; e c) Terceira parcela: vencimento no dia 15 25 do segundo mês subsequente ao mês do suprimento considerado.”

Sugere-se alterar o vencimento da terceira parcela para o dia 25 do segundo mês subsequente ao mês do suprimento considerado. Isto seria necessário dado que normalmente a liquidação financeira ocorre entre os dias 10 a 15 de cada mês (MS+30 e MS+31), logo em caso de inadimplência do agente vendedor, nos termos da cláusula 9.5 da minuta de CCEAR, pode ocorrer que em alguns meses não seja possível operacionalizar a comunicação à distribuidora para que esta efetue o pagamento da receita de venda na conta do agente vendedor utilizada para as operações do mercado de curto prazo.

Não aceita Vide resposta à contribuição 11.

CPFL Renováveis CCEAR por

disponibilidade para fonte eólica

34. Incluir a subcláusula 11.2 com a seguinte redação:

“11.2. Caso ocorra o disposto nos incisos (v) e (vi) no caso de enquadramento das usinas na cláusula 5.12 não haverá resolução do contrato.” Entende-se adequado esclarecer que em casos de atrasos no sistema de transmissão, o agente ficará isento da aplicação destes dispositivos.

Não aceita A resolução do CCEAR se dá no caso de descumprimento de obrigação contratual. Se, em caso de atraso da linha de transmissão, o contrato estabelece, de forma clara, o afastamento de algumas obrigações, não é razoável falar em

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(Fl. 24 da Nota Técnica no 019/2012–SEM/ANEEL, de 07/02/2012)

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.

Entidade Documento questionado

Proposta ANEEL

Aproveitamento Justificativa

descumprimento deste, ou seja, não é necessário alterar o contrato conforme sugerido.

Associação Brasileira de

Energia Eólica - ABEEÓLICA

Anexo II ao CCEAR por

disponibilidade para fonte eólica

35. Alterar a definição de “Percentual de Comprometimento” no Anexo II para:

“PERCENTUAL DE COMPROMETIMENTO: percentual da GARANTIA FÍSICA da USINA comprometida no CONTRATO, calculado pela pelo mínimo entre 100% e soma da MARGEM DE SEGURANÇA DO VENDEDOR com relação entre a ENERGIA CONTRATADA da USINA, em MWmédios, e a GARANTIA FÍSICA vigente da USINA;” Esta formulação não permite um tratamento adequado para as perdas da rede básica, praticamente garantindo que a usina ficará inadimplente mesmo que seu desempenho seja compatível com o montante contratado. O mesmo ocorre no caso de venda de parte da garantia física do empreendimento para proteção contra variabilidade da produção eólica. Desta maneira, sugere-se uma alteração na forma de calcular o PERCENTUAL de COMPROMETIMENTO, permitindo a inserção de uma MARGEM DE SEGURANÇA DO VENDEDOR estabelecida pelo próprio vendedor e válida para toda a duração do contrato. O estabelecimento da MARGEM DE SEGURANÇA DO VENDEDOR corresponderia à reserva permanente de uma parte da produção física da usina e de sua GARANTIA FÍSICA, para compensar qualquer possibilidade de suprimento a menor no CCEAR, sem aumentar com isso o montante contratado. No entanto, a GARANTIA FÍSICA correspondente ficaria indisponível para o ACL, já que o PERCENTUAL DE COMPROMETIMENTO definiria, para efeitos de verificação de lastro, o montante de GARANTIA FÍSICA da USINA alocado ao contrato.

Não aceita Vide resposta à contribuição 25.

Associação Brasileira de

Energia Eólica - ABEEÓLICA

Anexo II ao CCEAR por

disponibilidade para fonte eólica

36. Incluir a definição de “Margem de Segurança do Vendedor” no Anexo II com a seguinte redação:

“MARGEM DE SEGURANÇA DO VENDEDOR: valor positivo ou nulo expresso em %, informado pelo VENDEDOR que define, para toda a vigência do CONTRATO, uma margem de segurança para compensação de perdas na Rede Básica e proteção contra a variação da produção eólica;” Em razão da alteração da definição do percentual de comprometimento, é necessário definir a margem de segurança do vendedor.

Não aceita Vide resposta à contribuição 25.

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(Fl. 25 da Nota Técnica no 019/2012–SEM/ANEEL, de 07/02/2012)

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.

Entidade Documento questionado

Proposta ANEEL

Aproveitamento Justificativa

ContourGlobal Latam

CCEAR por disponibilidade

para fonte eólica

37. Esclarecer se há conflito entre as subcláusulas 3.4 e 5.11.

É necessário esclarecer se existe uma contradição entre as cláusulas 3.4. e 5.11 ou se o vendedor está livre para escolher entre as opções das Cláusulas 3.4. (antecipação do início do período de suprimento mediante celebração de Termo Aditivo ao CONTRATO, nas condições estabelecidas na Cláusula 3.4. e no inciso IV do § 2º do art. 2º da Lei nº 10.848, de 15 de março de 2004) e 5.11 (comercialização dos montantes de ENERGIA produzidos entre o início da operação comercial da(s) USINA(S) e a DATA DE INÍCIO DO SUPRIMENTO com quaisquer AGENTES, no Ambiente de Contratação Livre – ACL, no MERCADO DE CURTO PRAZO ou, se aplicável, em leilões para compra de ENERGIA, conforme legislação).

Não considerada Não existe contradição entre as cláusulas. A obrigação de entrega de energia pelo vendedor se dá com o início do período de suprimento; portanto, o vendedor está livre para negociar no ACL no período que antecede este. Porém, pode optar pela antecipação do contrato, ou seja, antecipar sua obrigação para com o comprador, nos termos da subcláusula 3.4.

ContourGlobal Latam

CCEAR por disponibilidade

para fonte eólica

(Item 4.2)

38. Inserir hipóteses e procedimentos para redução/degradação da garantia física da(s) usina(s).

Não considerada A contribuição apresentada extrapola a discussão a respeito da minuta de CCEARs, objeto desta Nota Técnica.

CCEAR por disponibilidade BIOMASSA CVU=0

Câmara de Comercialização

de Energia Elétrica - CCEE

CCEAR por disponibilidade

para fonte Biomassa CVU=0

39. Alterar a redação da subcláusula 8.2. para:

“8.2. A apuração As apurações de que trata a subcláusula 8.1 “i” e “ii” será realizada serão realizadas no âmbito das REGRAS, sendo vedado ao VENDEDOR o faturamento de valor divergente daquele publicado pela CCEE.” Sugere-se esclarecer nesta cláusula que as apurações são somente as previstas nos itens “i” e “ii” da subcláusula 8.2, excetuando-se expressamente os itens 8.1.1, 8.1.2 e 8.1.3.

Não aceita Vide resposta à contribuição 10.

Page 26: Nota Técnica no 019 /2012 SEM/ANEEL · Pública AP 001/2012 concernentes aos CCEARs, para subsidiar o processo de ... Por meio da Nota Técnica 003/2012-SEM/ANEEL, de 13 de janeiro

(Fl. 26 da Nota Técnica no 019/2012–SEM/ANEEL, de 07/02/2012)

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.

Entidade Documento questionado

Proposta ANEEL

Aproveitamento Justificativa

Câmara de Comercialização

de Energia Elétrica - CCEE

CCEAR por disponibilidade

para fonte Biomassa CVU=0

40. Alterar a redação da subcláusula 8.3. para:

“8.3. O faturamento do VENDEDOR será realizado em três parcelas, mediante a emissão de um ou mais DOCUMENTOS DE COBRANÇA, individualizados por USINA, cujos vencimentos ocorrerão conforme as seguintes datas: a) Primeira parcela: vencimento no dia 20 do mês subsequente ao mês do suprimento considerado; b) Segunda parcela: vencimento no dia 30 do mês subsequente ao mês do suprimento considerado; e c) Terceira parcela: vencimento no dia 15 25 do segundo mês subsequente ao mês do suprimento considerado.” Sugere-se alterar o vencimento da terceira parcela para o dia 25 do segundo mês subsequente ao mês do suprimento considerado. Isto seria necessário dado que normalmente a liquidação financeira ocorre entre os dias 10 a 15 de cada mês (MS+30 e MS+31), logo em caso de inadimplência do agente vendedor, nos termos da cláusula 8.5 da minuta de CCEAR, pode ocorrer que em alguns meses não seja possível operacionalizar a comunicação à distribuidora para que esta efetue o pagamento da receita de venda na conta do agente vendedor utilizada para as operações do mercado de curto prazo.

Não aceita Vide resposta à contribuição 11.

Page 27: Nota Técnica no 019 /2012 SEM/ANEEL · Pública AP 001/2012 concernentes aos CCEARs, para subsidiar o processo de ... Por meio da Nota Técnica 003/2012-SEM/ANEEL, de 13 de janeiro

(Fl. 27 da Nota Técnica no 019/2012–SEM/ANEEL, de 07/02/2012)

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.

Entidade Documento questionado

Proposta ANEEL

Aproveitamento Justificativa

Câmara de Comercialização

de Energia Elétrica - CCEE

CCEAR por disponibilidade

para fonte Biomassa CVU=0

41. Alterar a redação da subcláusula 8.5. para:

“8.5. As PARTES concordam que, na hipótese de o VENDEDOR ficar inadimplente na liquidação financeira do MERCADO DE CURTO PRAZO, sendo essa inadimplência decorrente deste CONTRATO, os recursos financeiros associados ao faturamento bilateral estabelecido na subcláusula 8.3 serão utilizados para abater os valores inadimplidos pelo VENDEDOR junto ao MERCADO DE CURTO PRAZO, conforme regulamentação específica.” Sugere-se retirar “sendo essa inadimplência decorrente deste CONTRATO”, pois a contabilização e liquidação de um agente de mercado contemplam outras operações além das decorrentes de CCEARs. Ainda, um mesmo agente pode ter mais de um empreendimento e neste caso as exposições (positivas ou negativas) podem gerar um efeito líquido na posição do agente diferente do efeito decorrente do CCEAR. Adicionalmente, o inadimplemento pode ser superior ao valor do efeito do contrato devido a outros efeitos da contabilização. Desse modo, não há como se determinar que a inadimplência decorre de um determinado CCEAR e a inclusão deste dispositivo pode dificultar a caracterização da inadimplência e ser utilizado como meio de protelação do pagamento das obrigações por eventuais vendedores inadimplentes.

Não aceita Vide resposta à contribuição 12.

CCEAR por disponibilidade BIOMASSA CVU≠0

Câmara de Comercialização

de Energia Elétrica - CCEE

CCEAR por disponibilidade

para fonte Biomassa CVU≠0

42. Alterar a redação da subcláusula 10.2. para:

“10.2. A apuração As apurações de que trata a subcláusula 10.1 “i”, “ii” e “iii” será realizada serão realizadas no âmbito das REGRAS DE COMERCIALIZAÇÃO, sendo vedado ao VENDEDOR o faturamento de valor divergente daquele publicado pela CCEE.” Sugere-se esclarecer nesta cláusula que as apurações são as previstas nos itens “i”, “ii” e “iii” da subcláusula 10.1, excetuando-se expressamente os itens 10.1.1, 10.1.2 e 10.1.3.

Não aceita Vide resposta à contribuição 10.

Page 28: Nota Técnica no 019 /2012 SEM/ANEEL · Pública AP 001/2012 concernentes aos CCEARs, para subsidiar o processo de ... Por meio da Nota Técnica 003/2012-SEM/ANEEL, de 13 de janeiro

(Fl. 28 da Nota Técnica no 019/2012–SEM/ANEEL, de 07/02/2012)

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.

Entidade Documento questionado

Proposta ANEEL

Aproveitamento Justificativa

Câmara de Comercialização

de Energia Elétrica - CCEE

CCEAR por disponibilidade

para fonte Biomassa CVU≠0

43. Alterar a redação da subcláusula 10.3. para:

“10.3. O faturamento do VENDEDOR será realizado em três parcelas, mediante a emissão de um ou mais DOCUMENTOS DE COBRANÇA, cujos vencimentos ocorrerão conforme as seguintes datas: a) Primeira parcela: vencimento no dia 20 do mês subsequente ao mês do suprimento considerado; b) Segunda parcela: vencimento no dia 30 do mês subsequente ao mês do suprimento considerado; e c) Terceira parcela: vencimento no dia 15 25 do segundo mês subsequente ao mês do suprimento considerado.” Sugere-se alterar o vencimento da terceira parcela para o dia 25 do segundo mês subsequente ao mês do suprimento considerado. Isto seria necessário dado que normalmente a liquidação financeira ocorre entre os dias 10 a 15 de cada mês (MS+30 e MS+31), logo em caso de inadimplência do agente vendedor, nos termos da cláusula 10.5 da minuta de CCEAR, pode ocorrer que em alguns meses não seja possível operacionalizar a comunicação à distribuidora para que esta efetue o pagamento da receita de venda na conta do agente vendedor utilizada para as operações do mercado de curto prazo.

Não aceita Vide resposta à contribuição 11.

Page 29: Nota Técnica no 019 /2012 SEM/ANEEL · Pública AP 001/2012 concernentes aos CCEARs, para subsidiar o processo de ... Por meio da Nota Técnica 003/2012-SEM/ANEEL, de 13 de janeiro

(Fl. 29 da Nota Técnica no 019/2012–SEM/ANEEL, de 07/02/2012)

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.

Entidade Documento questionado

Proposta ANEEL

Aproveitamento Justificativa

Câmara de Comercialização

de Energia Elétrica - CCEE

CCEAR por disponibilidade

para fonte Biomassa CVU≠0

44. Alterar a redação da subcláusula 10.5. para:

“10.5. As PARTES concordam que, na hipótese de o VENDEDOR ficar inadimplente na liquidação financeira do MERCADO DE CURTO PRAZO, sendo essa inadimplência decorrente deste CONTRATO, os recursos financeiros associados ao faturamento bilateral estabelecido na subcláusula 10.3 serão utilizados para abater os valores inadimplidos pelo VENDEDOR junto ao MERCADO DE CURTO PRAZO, conforme regulamentação específica.” Sugere-se retirar “sendo essa inadimplência decorrente deste CONTRATO”, pois a contabilização e liquidação de um agente de mercado contemplam outras operações além das decorrentes de CCEARs. Ainda, um mesmo agente pode ter mais de um empreendimento e neste caso as exposições (positivas ou negativas) podem gerar um efeito líquido na posição do agente diferente do efeito decorrente do CCEAR. Adicionalmente, o inadimplemento pode ser superior ao valor do efeito do contrato devido a outros efeitos da contabilização. Desse modo, não há como se determinar que a inadimplência decorre de um determinado CCEAR e a inclusão deste dispositivo pode dificultar a caracterização da inadimplência e ser utilizado como meio de protelação do pagamento das obrigações por eventuais vendedores inadimplentes.

Não aceita Vide resposta à contribuição 12.

CCEAR por quantidade

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(Fl. 30 da Nota Técnica no 019/2012–SEM/ANEEL, de 07/02/2012)

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.

Entidade Documento questionado

Proposta ANEEL

Aproveitamento Justificativa

Câmara de Comercialização

de Energia Elétrica - CCEE

CCEAR por quantidade para

fonte Hidro

45. Alterar a redação da subcláusula 7.3. para:

“7.3. O faturamento do VENDEDOR será realizado em três parcelas, mediante a emissão de um ou mais DOCUMENTOS DE COBRANÇA, individualizados por USINA, cujos vencimentos ocorrerão conforme as seguintes datas:

a) Primeira parcela: vencimento no dia 20 do mês subsequente ao mês do suprimento considerado;

b) Segunda parcela: vencimento no dia 30 do mês subsequente ao mês do suprimento

considerado; e

c) Terceira parcela: vencimento no dia 15 25 do segundo mês subsequente ao mês do suprimento

considerado.”

Sugere-se alterar o vencimento da terceira parcela para o dia 25 do segundo mês subsequente ao mês do suprimento considerado. Isto seria necessário dado que normalmente a liquidação financeira ocorre entre os dias 10 a 15 de cada mês (MS+30 e MS+31), logo em caso de inadimplência do agente vendedor, nos termos da cláusula 7.5 da minuta de CCEAR, pode ocorrer que em alguns meses não seja possível operacionalizar a comunicação à distribuidora para que esta efetue o pagamento da receita de venda na conta do agente vendedor utilizada para as operações do mercado de curto prazo.

Não aceita Vide resposta à contribuição 11.

Page 31: Nota Técnica no 019 /2012 SEM/ANEEL · Pública AP 001/2012 concernentes aos CCEARs, para subsidiar o processo de ... Por meio da Nota Técnica 003/2012-SEM/ANEEL, de 13 de janeiro

(Fl. 31 da Nota Técnica no 019/2012–SEM/ANEEL, de 07/02/2012)

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.

Entidade Documento questionado

Proposta ANEEL

Aproveitamento Justificativa

Câmara de Comercialização

de Energia Elétrica - CCEE

CCEAR por quantidade para

fonte Hidro

46. Alterar a redação da subcláusula 7.5. para:

“7.5. As PARTES concordam que, na hipótese de o VENDEDOR ficar inadimplente na liquidação financeira do MERCADO DE CURTO PRAZO, sendo essa inadimplência decorrente deste CONTRATO, os recursos financeiros associados ao faturamento bilateral estabelecido na subcláusula 7.3 poderão ser serão utilizados para abater os valores inadimplidos pelo VENDEDOR junto ao MERCADO DE CURTO PRAZO, conforme regulamentação específica.” Sugere-se substituir “poderão” por “serão”, para que a subcláusula seja aplicável nos termos da regulamentação específica sem que haja questionamentos sobre sua aplicabilidade – o que poderia ocorrer com a manutenção do termo “poderão”. Sugere-se ainda retirar “sendo essa inadimplência decorrente deste CONTRATO”, pois a contabilização e liquidação de um agente de mercado contemplam outras operações além das decorrentes de CCEARs. Ainda, um mesmo agente pode ter mais de um empreendimento e neste caso as exposições (positivas ou negativas) podem gerar um efeito líquido na posição do agente diferente do efeito decorrente do CCEAR. Adicionalmente, o inadimplemento pode ser superior ao valor do efeito do contrato devido a outros efeitos da contabilização. Desse modo, não há como se determinar que a inadimplência decorre de um determinado CCEAR e a inclusão deste dispositivo pode dificultar a caracterização da inadimplência e ser utilizado como meio de protelação do pagamento das obrigações por eventuais vendedores inadimplentes.

Parcialmente aceita A subcláusula 7.5 será alterada para: “7.5. As PARTES concordam que, na hipótese de o VENDEDOR ficar inadimplente na liquidação financeira do MERCADO DE CURTO PRAZO, sendo essa inadimplência decorrente deste CONTRATO, os recursos financeiros associados ao faturamento bilateral estabelecido na subcláusula 7.3 serão utilizados para abater os valores inadimplidos pelo VENDEDOR junto ao MERCADO DE CURTO PRAZO, conforme regulamentação específica.”