24
PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 de dezembro de 2004 e de 2003 (Valores expressos em milhares de Reais) Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis 1. CONTEXTO OPERACIONAL A Companhia Estadual de Energia Elétrica – CEEE, sociedade anônima de capital aberto, é uma concessionária do serviço público de energia elétrica, sendo seu acionista controlador, o Estado do Rio Grande do Sul, que detém 65,92% do seu capital total. São objetos da Companhia: a) projetar, construir e explorar sistemas de produção, transmissão, distribuição e comercialização de energia elétrica, bem como desenvolver atividades que visem idêntica finalidade; b) a prestação de serviços de natureza pública ou privada, no setor de energia elétrica; c) a exploração de sua infra-estrutura, com a finalidade de gerar receitas alternativas, complementares ou acessórias, inclusive proveniente de projetos associados. 1.1. Da Concessão A Companhia possui Contratos de Concessões assinados com a Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL, que vão até o ano de 2032, prorrogáveis por mais 30 anos, para exploração dos serviços públicos de Geração, Transmissão e Distribuição de Energia Elétrica. 1.2. Atividades Não Vinculadas à Concessão A Companhia possui duas usinas de preservação de madeira nos municípios de Alegrete e Charqueadas, um viveiro de produção de mudas nativas localizado no município de Charqueadas e uma estação de piscicultura no município de Tio Hugo. O excedente da produção (peças de madeira preservada não consumida, mudas florestais não utilizadas em projetos de reposição florestal obrigatória e alevinos não utilizados nos projetos ambientais de peixamento das barragens) é vendido para terceiros. 2. APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS As demonstrações contábeis apresentadas foram elaboradas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil, as quais incluem aquelas emanadas da Legislação Societária Brasileira, Leis nº 6.404/76, 9.457/97 e 10.303/01, as normas específicas da Comissão de Valores Mobiliários - CVM, e as normas aplicáveis às concessionárias do serviço público de energia elétrica estabelecidas pelo Poder Concedente, representado pela Agência Nacional de Energia Elétrica - ANEEL, consoante às principais práticas descritas na nota explicativa nº 3. A Companhia procedeu algumas reclassificações no balanço patrimonial, nas demonstrações do resultado, das origens e aplicações de recursos e fluxo de caixa para o exercício findo em 31 de dezembro de 2003, objetivando adequar a apresentação das demonstrações contábeis e para sua melhor comparação, relativas a valores de cauções e depósitos vinculados – DMLP do ativo realizável a longo prazo para o passivo exigível a longo prazo e parcela da CCEE que está sendo discutida judicialmente do passivo circulante para o passivo exigível a longo prazo. A demonstração do resultado foi reclassificada para adequar sua apresentação ao modelo estabelecido no Manual de Contabilidade do Serviço Público de Energia Elétrica. 3. SUMÁRIO DAS PRINCIPAIS PRÁTICAS CONTÁBEIS 3.1. Práticas Contábeis Específicas do Setor a) Plano de Contas A Companhia adota o plano de contas contido no Manual de Contabilidade do Serviço Público de Energia Elétrica, estabelecido através da Resolução ANEEL n° 444/2001. b) Custos Indiretos de Obras em Andamento Parte dos gastos da administração central é apropriada às imobilizações em curso. Essa apropriação é feita mensalmente e corresponde aos gastos com pessoal próprio e mão-de- obra de terceiros aplicados em projetos de investimento. c) Operações de Compra e Venda de Energia na Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE (anteriormente Mercado Atacadista de Energia Elétrica – MAE) Os registros das operações de compra e venda de energia na Câmara de Comercialização de Energia Elétrica - CCEE, estão reconhecidos pelo regime de competência de acordo com informações divulgadas por aquela entidade ou por estimativa da administração da Companhia, quando essas informações não estão disponíveis. d) Despesas Pagas Antecipadamente A partir de 26 de outubro de 2001, a parcela da variação dos custos com a distribuição de energia elétrica, definidos pela ANEEL como não gerenciáveis e ainda não repassados às tarifas de fornecimento de energia, que incluem os valores referentes à variação cambial sobre repasse de potência proveniente de Itaipu, transporte de energia elétrica, quota de recolhimento à conta de consumo de combustíveis e à conta de desenvolvimento energético e encargos de serviços do sistema, passou a ser registrada na rubrica – variação positiva de itens da Parcela A, classificada como Despesas Pagas Antecipadamente no ativo e na rubrica variação negativa de itens da Parcela A no passivo. O saldo dessa conta é atualizado com base na taxa de juros SELIC. A amortização dessas despesas se dá no período em que os valores são recebidos, através de repasse tarifário. e) Encargo de Capacidade Emergencial É cobrado dos consumidores através da fatura mensal e registrado como receita de fornecimento de energia elétrica, em contrapartida de Consumidores, Concessionários e Permissionários no ativo circulante. O valor cobrado é repassado à Comercializadora Brasileira de Energia Emergencial – CBEE, sendo registrado como dedução da receita operacional conta de Encargo de Capacidade Emergencial tendo como contrapartida a rubrica Provisão para Contingências e Outros no passivo circulante. f) Obrigações Especiais Vinculadas à Concessão do Serviço Público de Energia Elétrica Referem-se a contribuições do consumidor e representam recursos recebidos para possibilitar a execução de empreendimentos necessários ao atendimento de pedidos de fornecimento de energia elétrica, os quais são registrados no balanço patrimonial no ativo imobilizado como redutora do custo, conforme determinação do poder concedente – ANEEL. Em caso de liquidação da Companhia representariam parcelas a serem revertidas à União. 3.2. Práticas Contábeis Gerais a) Aplicações Financeiras São registradas pelo valor original acrescido dos rendimentos auferidos até a data das demonstrações contábeis, apurados pelo critério pró-rata. b) Consumidores, Concessionários e Permissionários Inclui os valores vencidos e a vencer referentes ao fornecimento de energia elétrica faturada e não faturada até a data das demonstrações contábeis, apurados pelo regime de competência, bem como as vendas de energia na Câmara de Comercialização de Energia Elétrica - CCEE. c) Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa Foi constituída por valor considerado suficiente para cobrir eventuais perdas na realização dos créditos com consumidores, concessionários e permissionários. d) Estoque Refere-se a materiais em estoque, registrados ao custo médio de aquisição, destinados à manutenção (classificados no ativo circulante) e a investimentos (classificados no ativo imobilizado em curso).

Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis - CEEEceee.com.br/pportal/ceee/archives/upload/CEEE2004_notas... · Charqueadas e uma estação de piscicultura no município de

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis - CEEEceee.com.br/pportal/ceee/archives/upload/CEEE2004_notas... · Charqueadas e uma estação de piscicultura no município de

PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM31 de dezembro de 2004 e de 2003 (Valores expressos em milhares de Reais)

Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis

1. CONTEXTO OPERACIONAL

A Companhia Estadual de Energia Elétrica – CEEE, sociedade anônima de capital aberto, é uma concessionária do serviço público de energia elétrica, sendo seu acionista controlador, o Estado do Rio Grande do Sul, que detém 65,92% do seu capital total. São objetos da Companhia: a) projetar, construir e explorar sistemas de produção, transmissão, distribuição e comercialização de energia elétrica, bem como desenvolver atividades que visem idêntica finalidade; b) a prestação de serviços de natureza pública ou privada, no setor de energia elétrica; c) a exploração de sua infra-estrutura, com a finalidade de gerar receitas alternativas, complementares ou acessórias, inclusive proveniente de projetos associados.

1.1. Da ConcessãoA Companhia possui Contratos de Concessões assinados com a Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL, que vão até o ano de 2032, prorrogáveis por mais 30 anos, para exploração dos serviços públicos de Geração, Transmissão e Distribuição de Energia Elétrica.

1.2. Atividades Não Vinculadas à ConcessãoA Companhia possui duas usinas de preservação de madeira nos municípios de Alegrete e Charqueadas, um viveiro de produção de mudas nativas localizado no município de Charqueadas e uma estação de piscicultura no município de Tio Hugo.O excedente da produção (peças de madeira preservada não consumida, mudas florestais não utilizadas em projetos de reposição florestal obrigatória e alevinos não utilizados nos projetos ambientais de peixamento das barragens) é vendido para terceiros.

2. APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

As demonstrações contábeis apresentadas foram elaboradas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil, as quais incluem aquelas emanadas da Legislação Societária Brasileira, Leis nº 6.404/76, 9.457/97 e 10.303/01, as normas específicas da Comissão de Valores Mobiliários - CVM, e as normas aplicáveis às concessionárias do serviço público de energia elétrica estabelecidas pelo Poder Concedente, representado pela Agência Nacional de Energia Elétrica - ANEEL, consoante às principais práticas descritas na nota explicativa nº 3.A Companhia procedeu algumas reclassificações no balanço patrimonial, nas demonstrações do resultado, das origens e aplicações de recursos e fluxo de caixa para o exercício findo em 31 de dezembro de 2003, objetivando adequar a apresentação das demonstrações contábeis e para sua melhor comparação, relativas a valores de cauções e depósitos vinculados – DMLP do ativo realizável a longo prazo para o passivo exigível a longo prazo e parcela da CCEE que está sendo discutida judicialmente do passivo circulante para o passivo exigível a longo prazo. A demonstração do resultado foi reclassificada para adequar sua apresentação ao modelo estabelecido no Manual de Contabilidade do Serviço Público de Energia Elétrica.

3. SUMÁRIO DAS PRINCIPAIS PRÁTICAS CONTÁBEIS

3.1. Práticas Contábeis Específicas do Setor

a) Plano de Contas A Companhia adota o plano de contas contido no Manual de Contabilidade do Serviço Público de Energia Elétrica, estabelecido através da Resolução ANEEL n° 444/2001.

b) Custos Indiretos de Obras em AndamentoParte dos gastos da administração central é apropriada às imobilizações em curso. Essa apropriação é feita mensalmente e corresponde aos gastos com pessoal próprio e mão-de-obra de terceiros aplicados em projetos de investimento.

c) Operações de Compra e Venda de Energia na Câmara de Comercialização de

Energia Elétrica – CCEE (anteriormente Mercado Atacadista de Energia Elétrica – MAE)Os registros das operações de compra e venda de energia na Câmara de Comercialização de Energia Elétrica - CCEE, estão reconhecidos pelo regime de competência de acordo com informações divulgadas por aquela entidade ou por estimativa da administração da Companhia, quando essas informações não estão disponíveis.

d) Despesas Pagas AntecipadamenteA partir de 26 de outubro de 2001, a parcela da variação dos custos com a distribuição de energia elétrica, definidos pela ANEEL como não gerenciáveis e ainda não repassados às tarifas de fornecimento de energia, que incluem os valores referentes à variação cambial sobre repasse de potência proveniente de Itaipu, transporte de energia elétrica, quota de recolhimento à conta de consumo de combustíveis e à conta de desenvolvimento energético e encargos de serviços do sistema, passou a ser registrada na rubrica – variação positiva de itens da Parcela A, classificada como Despesas Pagas Antecipadamente no ativo e na rubrica variação negativa de itens da Parcela A no passivo. O saldo dessa conta é atualizado com base na taxa de juros SELIC. A amortização dessas despesas se dá no período em que os valores são recebidos, através de repasse tarifário.

e) Encargo de Capacidade Emergencial É cobrado dos consumidores através da fatura mensal e registrado como receita de fornecimento de energia elétrica, em contrapartida de Consumidores, Concessionários e Permissionários no ativo circulante. O valor cobrado é repassado à Comercializadora Brasileira de Energia Emergencial – CBEE, sendo registrado como dedução da receita operacional conta de Encargo de Capacidade Emergencial tendo como contrapartida a rubrica Provisão para Contingências e Outros no passivo circulante.

f) Obrigações Especiais Vinculadas à Concessão do Serviço Público de Energia ElétricaReferem-se a contribuições do consumidor e representam recursos recebidos para possibilitar a execução de empreendimentos necessários ao atendimento de pedidos de fornecimento de energia elétrica, os quais são registrados no balanço patrimonial no ativo imobilizado como redutora do custo, conforme determinação do poder concedente – ANEEL. Em caso de liquidação da Companhia representariam parcelas a serem revertidas à União.

3.2. Práticas Contábeis Gerais

a) Aplicações FinanceirasSão registradas pelo valor original acrescido dos rendimentos auferidos até a data das demonstrações contábeis, apurados pelo critério pró-rata.

b) Consumidores, Concessionários e PermissionáriosInclui os valores vencidos e a vencer referentes ao fornecimento de energia elétrica faturada e não faturada até a data das demonstrações contábeis, apurados pelo regime de competência, bem como as vendas de energia na Câmara de Comercialização de Energia Elétrica - CCEE.

c) Provisão para Créditos de Liquidação DuvidosaFoi constituída por valor considerado suficiente para cobrir eventuais perdas na realização dos créditos com consumidores, concessionários e permissionários.

d) EstoqueRefere-se a materiais em estoque, registrados ao custo médio de aquisição, destinados à manutenção (classificados no ativo circulante) e a investimentos (classificados no ativo imobilizado em curso).

Page 2: Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis - CEEEceee.com.br/pportal/ceee/archives/upload/CEEE2004_notas... · Charqueadas e uma estação de piscicultura no município de

e) InvestimentosOs investimentos relevantes em coligadas cuja participação da Companhia representa 20% ou mais do patrimônio líquido, são avaliados pelo método de equivalência patrimonial e os demais investimentos estão registrados pelo custo de aquisição, deduzidos de provisão para perdas.

f) ImobilizadoEm Serviço - está registrado ao custo de aquisição ou construção. A depreciação foi calculada conforme Resolução ANEEL nº 44 de 17 de março de 1999. Em Curso – inclui os custos incorridos em obras em curso e, de acordo com o disposto na Instrução Contábil nº 6.3.10.4, do Manual de Contabilidade do Serviço Público de Energia Elétrica, os juros e demais encargos financeiros, relativamente aos financiamentos obtidos de terceiros para a execução de obras.

g) Empréstimos e FinanciamentosOs Empréstimos e Financiamentos estão atualizados com base nos índices estabelecidos contratualmente. Os juros são calculados considerando-se os dias incorridos até a data das demonstrações contábeis e incluídos na rubrica de encargos de dívidas.

h) Plano de Benefícios Previdenciários ComplementaresAs obrigações futuras, estimadas com base na avaliação atuarial, elaborada anualmente por atuários independentes, são registradas para cobrir os gastos com contribuições para o fundo de pensão dos funcionários bem como com complementação de aposentadoria incentivada e de aposentados ex-autárquicos. O valor referente ao ajuste do passivo atuarial do plano de benefício definido apurado em 2001 está sendo reconhecido no resultado na proporção de 20% ao ano, e o custo do serviço passado do plano de contribuição definida implantado em outubro de 2002 está sendo reconhecido no resultado no tempo remanescente de serviço dos empregados, respectivamente conforme itens 84 e 38 da NPC 26 do IBRACON, aprovada pela Deliberação CVM nº 371 de 13 de dezembro de 2000.

i) Apuração de Resultado As receitas e despesas são apropriadas conforme regime de competência.

j) Imposto de Renda e Contribuição SocialO Imposto de Renda da Pessoa Jurídica e a Contribuição Social Sobre o Lucro são calculados conforme normas estabelecidas para as empresas que têm como base de apuração o lucro real.Há registro de ativo referente a Imposto de Renda e Contribuição Social Diferidos em decorrência de diferenças temporárias adicionadas na determinação do lucro tributável.

k) Outros Ativos e Passivos Os outros ativos e passivos sujeitos à variação monetária ou cambial por força de legislação ou cláusulas contratuais, estão corrigidos com base nos índices previstos nos respectivos dispositivos, de forma a refletir os valores atualizados até a data das demonstrações contábeis. Os demais, estão apresentados pelos valores incorridos na data de formação, sendo os ativos reduzidos de provisão para perdas, quando aplicável.

4 . ATIVO CIRCULANTE

4.1. Aplicações Financeiras

Os valores aplicados no SIAC/Banrisul - Sistema Integrado de Administração de Caixa, referem-se ao instituído pelo Decreto Estadual nº 33.159, de 31 de maio de 1991 e possuem liquidez imediata.

4.2. Consumidores, Concessionários e Permissionários

Os saldos compõem-se de:

a) Energia de Curto Prazo – Câmara de Comercialização de Energia Elétrica - CCEEO valor de R$ 1.703 (R$ 1.726 em 31 de dezembro de 2003) refere-se a energia vendida no mercado de curto prazo, conforme informações divulgadas pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE, demonstrado na nota explicativa nº 21.e.

b) Energia Realocada / Contrato CGTEE 97/40.141Refere-se ao acordo firmado com o fornecedor Companhia de Geração Térmica de Energia Elétrica - CGTEE, através do “Termo de Ajuste ao Contrato de Suprimento nº CGTEE 97/40.141”, relativo à descontratação dos montantes de energia elétrica e potência referente ao exercício de 2003. A Companhia registrou provisão correspondente ao montante de energia elétrica e potência, diferença entre 25% e 10%, energia esta realocada para o exercício de 2005, em contrapartida da conta de fornecedores no passivo circulante.

4.3. Títulos de Créditos a Receber – Energia Elétrica Vendida

Os saldos compõem-se de:

Vide nota explicativa nº 6.2. Parcela de Longo Prazo

a) Parcelamentos Governo do Estado – FAMURS Refere-se a parcelamentos de débitos de Prefeituras Municipais, firmados em 1997, ao amparo da Lei Estadual nº 11.018, de 23 de setembro 1997, intermediados pela Federação

Page 3: Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis - CEEEceee.com.br/pportal/ceee/archives/upload/CEEE2004_notas... · Charqueadas e uma estação de piscicultura no município de

das Associações de Municípios do Estado do Rio Grande do Sul - FAMURS assumidos pelo Estado do Rio Grande do Sul, com garantia no repasse de ICMS aos respectivos Municípios.Os valores estavam indexados pela UFIR e posteriormente pela UPF/RS, e foram repactuados através de Termo de Acordo em dezembro de 2002 com carência de 12 meses e 48 parcelas mensais e consecutivas, vencendo a primeira em janeiro de 2004, indexados pelo IGP-M, mais juros de 0,5% a. m., com a interveniência bancária do Banco do Estado do Rio Grande do Sul S/A – BANRISUL. Em 07/10/04, através do decreto n° 43.376, foi modificado o regulamento do ICMS, incluindo a permissão de compensação, pelas empresas concessionárias de serviço público, de débitos relativos ao ICMS com créditos vencidos junto a Fazenda Pública Estadual, condicionada à celebração do termo de acordo com o Estado do Rio Grande do Sul. A Companhia firmou Termo de Acordo em 28/10/04 para compensação de parte do crédito tributário da Fazenda Estadual relativo ao ICMS futuro com o parcelamento a receber pela Companhia, o qual prevê a compensação até 31/12/2005 de um montante de R$ 58.053, tendo a mesma compensado efetivamente até 31/12/04 o valor de R$ 39.369.Para o saldo não incluído no acordo a Companhia está em negociação com o Governo para celebração de Termo Aditivo.

b) Parcelamento CORSAN

Refere-se a parcelamento de débito da Companhia Riograndense de Saneamento S/A - CORSAN, tendo como garantia os recebíveis da Companhia, com a interveniência do Banco do Estado do Rio Grande do Sul S/A- BANRISUL, o qual teve sua quitação no mês de junho/2004.

c) Parcelamentos Prefeituras Municipais

Refere-se a parcelamentos de débitos efetuados com prefeituras municipais, os quais são indexados pelo IGP-M, com juros de até 1% ao mês, com prazos de vencimento de até 70 meses.

d) Parcelamentos a Consumidores Diversos

Refere-se, principalmente, a parcelamentos de débitos com arrozeiros, hospitais e consumidores em geral, sendo que alguns contratos encontram-se em cobrança judicial. A Companhia constituiu provisão para perdas considerando a expectativa de realização destes parcelamentos.

4.4. Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa – PCLD

Os saldos compõem-se de:

Foram incluídos os valores totais dos créditos junto aos consumidores residenciais que apresentam débitos vencidos há mais de 90 dias; consumidores comerciais vencidos há mais de 180 dias; consumidores industriais e rurais vencidos há mais de 360 dias, e títulos de créditos a receber de diversas classes de consumidores vencidos há mais de 90 dias.Para os créditos de responsabilidade dos Poderes Públicos, foi efetuada análise e constituição de provisão considerando a expectativa de perdas na realização desses créditos, que considerou as negociações realizadas e em andamento junto às prefeituras e ao Estado do Rio Grande do Sul.

4.5. Tributos e Contribuições Sociais Compensáveis

O valor de R$ 11.262 (R$ 7.311 em 31 de dezembro de 2003) refere-se, principalmente, aos créditos de ICMS sobre aquisição de ativo imobilizado e diferencial de alíquota que são compensados a base de 1/48 avos por mês.

4.6. Outros Créditos a Receber

Os saldos compõem-se de:

a) Serviços Próprios

O valor de R$ 3.130 (R$ 2.076 em 31 de dezembro de 2003) refere-se aos gastos com pessoal, material, serviços, etc. Na execução dos serviços próprios em curso pelo sistema de Ordem de Serviço – ODS.

b) Subvenção à Receita Baixa Renda – Tarifa Social

O valor de R$ 4.361 (R$ 9.540 em 31 de dezembro de 2003) refere-se a redução dos valores faturados em relação a aplicação dos critérios de classificação de unidades consumidoras na Subclasse Residencial Baixa Renda, a serem reembolsados pela Eletrobrás.

c) Programa Reluz, Eficientização e Universalização de Energia

O valor de R$ 5.668 (R$ 2.803 em 31 de dezembro de 2003) refere-se aos PROGRAMAS NACIONAL DE ILUMINAÇÃO PÚBLICA EFICIENTE – RELUZ, Eficientização e Universalização de Energia que tem como objetivo promover a modernização e melhoria da eficiência energética do sistema de iluminação pública nos municípios, através da substituição dos equipamentos atuais por tecnologias mais eficientes, visando combater o desperdício de energia elétrica.

Page 4: Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis - CEEEceee.com.br/pportal/ceee/archives/upload/CEEE2004_notas... · Charqueadas e uma estação de piscicultura no município de

Energia CompradaTransporte ITAIPUQuota CCCEncargos de Uso da Rede BásicaQuota Reserva Global de Reversão - RGREncargos de ConexãoTaxa de Fiscalização

Parcela A

Quota ESS

CVA - Período Set/2000 a Set/2002 a compensar

Energia Elétrica Comprada de Itaipu e Transp.Quota CCCTarifa de Uso Sistema de Transmissão Rede BásicaQuota CDEQuota ESS

CVA - Período 16/09/2002 a 15/09/2003 em compensação e a recuperar IRT 2005

Energia Elétrica Comprada de Itaipu e Transp.Quota CCCTarifa de Uso Sistema de Transmissão Rede BásicaQuota CDEQuota ESS

CVA - Período 16/09/2003 a 15/09/2004 em compensação

Energia Elétrica Comprada de Itaipu e Transp.Quota CCCTarifa de Uso Sistema de Transmissão Rede BásicaQuota CDEQuota ESS

CVA - Período 16/09/2004 a 31/12/2004 a recuperar no IRT 2005

Ativo Regulatório - PASEP/PIS e COFINS

Total

C. Prazo

0000000

0

0

0

3.4644.0926.213

11.0783.888

28.735

4107.8722.9335.4325.173

21.820

1.5077.310

12.2222.747

(1.990)

21.796

0

72.351

2004

L. Prazo

0000000

0

13.207

13.207

2.4742.9224.4377.9112.777

20.521

00000

0

0000

50

50

18.213

51.991

Total

0000000

0

13.207

13.207

5.9387.014

10.65018.9896.665

49.256

4107.8722.9335.4325.173

21.820

1.5077.310

12.2222.747

(1.940)

21.846

18.213

124.342

C. Prazo

34.684106

6.271857944

3241

43.106

0

0

2.8330

45700

3.290

00000

0

00000

0

0

46.396

2003

L. Prazo

0000000

0

13.281

13.281

25.5617.3589.203

17.9036.213

66.238

3801.0535.0643.654

0

10.151

00000

0

0

89.670

Total

34.684106

6.271857944

3241

43.106

13.281

13.281

28.3947.3589.660

17.9036.213

69.528

3801.0535.0643.654

0

10.151

00000

0

0

136.066

5 . DESPESAS PAGAS ANTECIPADAMENTE

O valor registrado nesta conta em 31 de dezembro de 2004 e de 2003, referente às variações positivas de itens da parcela A, está assim composto:

5.1. Parcela A

Com base na Lei nº 10.438 em 26 de abril de 2002, e na Resolução ANEEL nº 90 de 18 de fevereiro de 2002, as concessionárias de distribuição de energia elétrica passaram a recuperar através de repasse na tarifa, as variações de custos de itens da Parcela “A” (custos não gerenciáveis) do período de 01 de janeiro a 25 de outubro de 2001, acrescidas da respectiva remuneração financeira (taxa de juros SELIC). A compensação foi efetuada mediante a aplicação nas tarifas de fornecimento de energia elétrica dos índices e critérios estabelecidos na Lei nº 10.438/02 e na Resolução da Câmara de Gestão da Crise de Energia Elétrica – GCE nº 91 de 21 de dezembro de 2001, substituída pela Resolução nº 130 de 2 de maio de 2002, alterada pelo Decreto nº 4.359 de 5 de setembro de 2002.Através da Resolução nº 482 de 29 de agosto de 2002, a ANEEL homologou o montante de

R$ 56.829 (a preços de 25.10.2001) e determinou, através da Resolução nº 577 de 24 de outubro de 2002, a data de 19 de abril de 2003 para dar início a essa amortização e conforme Resolução Normativa ANEEL nº 1 de 12 de janeiro de 2004, a RTE permanecerá vigente pelo prazo necessário para atingir o montante homologado. Foram excluídos da tarifa os percentuais referentes à RTE no mês de agosto de 2004, quando a amortização dos valores da Parcela A foi concluída. Com a não-incidência de RTE nas tarifas a partir de setembro de 2004, os consumidores residenciais, exceto os de baixa renda, passaram a pagar valor 2,9% menor. A redução para os clientes industriais e comerciais chega a 7,9%.Durante o processo de revisão periódica das tarifas ocorrido em outubro de 2004 verificou-se que foram recebidos R$ 452 a maior do que o montante homologado. Desta forma o reajuste das tarifas considerou uma redução de 0,03% e os valores recebidos a maior foram registrados no passivo circulante (vide nota explicativa 8.5).

Page 5: Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis - CEEEceee.com.br/pportal/ceee/archives/upload/CEEE2004_notas... · Charqueadas e uma estação de piscicultura no município de

A Companhia firmou contrato de financiamento junto ao BNDES em 6 de novembro de 2002, no montante de R$ 51.146 que corresponde a 90% do valor da Parcela “A” a preços de 25 de outubro de 2001. A amortização deste financiamento iniciou em 15 de maio de 2003, em até 18 meses, sendo indexado pela SELIC mais juros de 1% ao ano, tendo seu prazo findo em outubro de 2004.

5.2. CVA - Conta de Compensação de Variação de Itens da Parcela A - Variação Positiva/Negativa

Com base na Medida Provisória nº 2.227 de 4 de setembro de 2001, na Portaria Interministerial MME/MF nº 296 de 25 de outubro de 2001, revogada pela Portaria Interministerial MME/MF nº 25 de 24 de janeiro de 2002, foi criada a Conta de Compensação de Variação de Itens da “Parcela A” – CVA (custos não gerenciáveis), com efeito a partir de 26 de outubro de 2001, destinada a registrar as variações ocorridas no período entre reajustes tarifários, acrescidas da respectiva remuneração (taxa de juros SELIC), dos valores dos seguintes itens de custo da “Parcela A”: tarifa de repasse de potência proveniente de Itaipu Binacional; quota de recolhimento à Conta de Consumo de Combustíveis – CCC e à Conta de Desenvolvimento Energético – CDE; tarifa de transporte de energia elétrica proveniente de Itaipu Binacional; tarifa de uso das instalações de transmissão integrantes da rede básica; e Encargos de Serviços de Sistema – ESS. As Resoluções de nº 491 a 494 de 20/11/01 e a de nº 89 de 18/02/02 estabelecem os procedimentos e critérios para repasse às tarifas de fornecimento de energia elétrica dos itens anteriormente citados. Os valores apurados até 15 de setembro de 2002 foram homologados pela ANEEL através da Resolução nº 577 de 24 de outubro de 2002, cujo valor constou no cálculo para o Índice de Reajuste Tarifário – IRT concedido em 25 de outubro de 2002 (exceto a parcela do ESS não pago em 2002 – vide nota explicativa n° 21.e). Os valores referentes ao período de 16/09/2002 a 15/09/2003 tiveram sua compensação adiada por 12 meses por força da Portaria Interministerial nº 116 de 4 de Abril de 2003, art. 1º, sendo que foi incluído no reajuste tarifário ocorrido em 25 de outubro de 2004 o equivalente a 50% desse saldo, sendo que os outros 50% serão incluídos no próximo reajuste tarifário. Os valores referentes ao período de 16/09/2003 a 15/09/2004 foram integralmente incluídos no reajuste tarifário ocorrido em 25/10/2004.

6. ATIVO REALIZÁVEL A LONGO PRAZO

6.1. Comercialização de Energia na CCEE

O valor de R$ 69.948 (R$ 74.083 em 31 de dezembro de 2003) refere-se à Energia Vendida no Curto Prazo – CCEE, conforme nota explicativa nº 21.e.

6.2. Títulos de Créditos a Receber – Energia Elétrica Vendida

Vide nota explicativa nº 4.3 - Parcela de curto prazo

a ) Parcelamento Governo do Estado – Débitos de Energia

A Companhia negociou, junto ao governo do Estado do Rio Grande do Sul, o equacionamento de seus débitos vencidos, oriundos de faturas de energia elétrica.Como conseqüência, em dezembro de 2002 foi firmado Termo de Acordo entre a Companhia e o Estado do Rio Grande do Sul para liquidação do débito (no montante total de R$ 149.943, incluída a atualização até dezembro/2002), com carência de 12 meses (Jan/03 a Dez/03), 180 parcelas mensais e consecutivas que serão debitadas em conta junto ao Banrisul, banco interveniente do referido Acordo, indexadas pelo IGP-M e juros de 0,5% ao mês.

Durante as negociações, o Estado levantou a hipótese de que poderiam existir valores pagos incluídos no montante do débito, devido a forma utilizada pelo Estado para realizar seus pagamentos. Em razão disso, a Companhia decidiu manter registrado o montante original de R$ 49.885 (sem atualização) e a classificação no ativo realizável a longo prazo.Através do Ofício nº 172/2005 GSF, de 02 de março de 2005, a Secretaria da Fazenda Estadual, comunicou que apesar do grupo de trabalho constituído através da portaria nº 110/2003, de 01 de setembro de 2003, não ter concluído o trabalho de conciliação das contas de energia elétrica que compõem o débito em virtude do grande número de documentos e informações a serem conciliados o mesmo já informou a existência de divergências, sendo portanto prudente aguardar a conclusão dos trabalhos para qualquer manifestação.

6.3. Tributos e Contribuições Sociais Compensáveis

Vide nota explicativa nº 4.5.

6.4. Depósitos Vinculados a Litígios

O valor de R$ 128.401 (R$ 141.389 em 31 de dezembro de 2003), refere-se a depósitos judiciais dos processos de natureza trabalhista e cíveis, para os quais foram constituídas, quando aplicável, provisão para contingências, conforme comentado na nota explicativa n° 9.1.

6.5. Imposto de Renda e Contribuição Social Diferidos

Representam imposto de renda e contribuição social diferidos, calculados sobre provisões temporariamente não dedutíveis, controladas na Parte “B” do LALUR, cuja dedutibilidade ocorrerá através dos pagamentos efetivos, ou da reversão dessas provisões:

a) Base de cálculo dos créditos fiscais diferidos

Page 6: Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis - CEEEceee.com.br/pportal/ceee/archives/upload/CEEE2004_notas... · Charqueadas e uma estação de piscicultura no município de

A estimativa de realização dos créditos fiscais foi elaborada de acordo com as projeções orçamentárias aprovadas pela administração da Companhia, tendo como principais premissas o crescimento médio de mercado, em torno de 4,5% ao ano, crescimento marginal dos custos operacionais para fazer frente ao crescimento de mercado e os custos de financiamentos já existentes.

c) Créditos tributários sobre prejuízos fiscais a compensar e bases de cálculos negativas da contribuição social

Em 31 de dezembro de 2004, a Companhia apresentava saldo de prejuízos fiscais a compensar de R$ 1.001.980 (R$ 993.592 em 31 de dezembro de 2003) e base negativa de contribuição social de R$ 458.793 (R$ 450.404 em 31 de dezembro de 2003). Conforme a legislação vigente, o limite de compensação destes prejuízos é de 30% do lucro real apurado em cada exercício. Estes valores não têm prazo de prescrição e os respectivos créditos fiscais não estão registrados contabilmente.

6.6. Outros Créditos a Receber

a) Fornecedores – Contratos 1000-1001/87

Referem-se aos Contratos 1000/87 (Consórcio Sulino) e 1001/87 (Consórcio Conesul) que tratam do fornecimento de equipamento e materiais para instalação de seis subestações, cujas obras civis e montagens foram de responsabilidade da Companhia e a construção de cinco subestações com fornecimento de equipamentos em empreitada global na modalidade turn-key. Estes contratos estão sendo questionados através de uma ação cível pública cujo objeto é a declaração de nulidade dos referidos contratos e a devolução dos valores pagos a maior, encontrando-se atualmente na fase de cálculo pericial. O valor de R$ 39.941 refere-se a notas vinculadas a estes contratos, cujos pagamentos foram suspensos à época em razão da ação judicial em andamento e está igualmente registrado no passivo exigível a longo prazo, vide nota explicativa nº 9.1.

b) Avais Tesouro do Estado / CGTEE

O valor de R$ 4.980 refere-se a obrigações do Contrato nº 94/00107-3, vinculado à Lei 8.727/93, e que foram repassadas à CGTEE por ocasião da Reestruturação Societária da Companhia ocorrida em 1997/98. Conforme manifestação da Procuradoria Geral do Estado do Rio Grande do Sul – PGE, através do parecer nº 12.726, de 14 de abril de 2000, a responsabilidade por esta obrigação, paga através de bloqueio pela União nas contas do Estado do Rio Grande do Sul e repassada à Companhia, pertence à CGTEE. Dessa forma, a Companhia vem negociando o recebimento desse crédito junto à CGTEE.

6.7. Bens e Direitos Destinados a Alienação

O valor registrado nesta conta em 31 de dezembro de 2004, de R$ 5.963 (R$ 6.590 em 31 de dezembro de 2003), contempla o valor de custo dos imóveis que se encontram sem utilização pela Companhia e que serão alienados, líquido de provisão para desvalorização no valor de R$ 4.379.

7. ATIVO PERMANENTE

7.1. Investimento

a ) Participações Societárias Permanentes

Os saldos compõem-se de participação no capital das seguintes empresas:

a.1) Machadinho Energética S/A – MAESA

Em 15 de julho de 1997 a Companhia e as empresas integrantes do consórcio, em conjunto com a Tractebel Energia S/A, firmaram o contrato de concessão nº 009/97 para construção da UHE–Machadinho Energética S/A – MAESA, com potência instalada de 1.140 MW. A quota de participação no empreendimento pertencente à Companhia é de 5,85%.O investimento na MAESA assegurou o direito a uma quota correspondente a 4,85% sobre a energia assegurada da Usina cuja receita de venda é registrada como geração da Companhia. Os custos desembolsados pela Usina são repassados à Companhia através da MAESA também na proporção de 4,85% e são registrados como despesas operacionais.

a.2) Campos Novos Energia S/A – ENERCAN

Refere-se a participação de 6,51% na associação do empreendimento UHE – Campos Novos Energia S/A – ENERCAN, cuja potência instalada corresponderá a 880 MW. Contrato de concessão com a ANEEL nº 43/2000.

a.3) Jaguari Energética S/A

A participação da CEEE no consórcio reduziu de 30% para 14,19% de acordo com a Resolução de Diretoria nº 2124 de 30/08/2004, isto porque o Acordo de Quotistas estabelecia que o acionista Guascor financiaria o capital próprio da CEEE caso a sociedade obtivesse um financiamento mínimo de 80%, o qual não foi aprovado pelo BNDES, que financiou 55,2% do projeto. A CEEE poderá readquirir os outros 15,8% das ações até 31/12/2005, retornando aos 30% de participação. Em agosto de 2004 foi firmado contrato de empréstimo entre Guascor Serviços Ltda e CEEE, no valor de R$ 1.857 para integralização do capital social da CEEE na investida. A CEEE pagará a devedora através dos dividendos que terá direito do resultado da Jaguari Energética S/A.

a.4) Empresa Transmissora de Energia Elétrica do Sul do Brasil S/A. -ELETROSUL

Refere-se à participação de 0,1160% no Capital Social da Empresa Transmissora de Energia Elétrica do Sul do Brasil S/A.

a.5) Usina Termelétrica S/A – TERMOGAÚCHA

Refere-se a participação de 20,43% no empreendimento Usina Termelétrica Gaúcha – UTE Termogaúcha S/A, cuja potência instalada corresponderá a 500 MW.

Page 7: Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis - CEEEceee.com.br/pportal/ceee/archives/upload/CEEE2004_notas... · Charqueadas e uma estação de piscicultura no município de

a.6) Companhia Energética Rio das Antas – CERAN

Refere-se a participação de 30% na associação do Complexo Energético Rio das Antas – CERAN, para construção e exploração dos empreendimentos hidrelétricos de Castro Alves, Monte Claro e 14 de Julho, cuja potência instalada corresponderá a 360 MW. Em 29 de dezembro de 2004, entrou em operação comercial a primeira das duas turbinas da Usina Hidrelétrica Monte Claro e quando a segunda turbina iniciar sua operação a potência total instalada será de 130 MW.

Demonstração do investimento na coligada Companhia Energética Rio das Antas – CERAN:

a.7) UHE Foz do Chapecó

Refere-se à participação indireta no Consórcio Foz do Chapecó. O consórcio é formado pela empresa Foz do Chapecó Energia S/A, com participação de 60% e pela Companhia Vale do Rio Doce, com 40%. A Companhia tem 33% de participação na Empresa Foz do Chapecó Energia S/A, correspondendo a uma participação de 20% no consórcio.A potência instalada da usina corresponderá a 855 MW, distribuída em quatro grupos geradores.

b) Outros Investimentos

(*) Bens vinculados a garantias ou penhorados em ações judiciais e parcelamento de impostos.

Essas penhoras ou garantias referem-se principalmente ao PAES, conforme nota explicativa nº 8.7, e a ações trabalhistas e cíveis. Referidos bens não fazem parte da concessão e foram autorizados a serem vinculados a garantias pela ANEEL, conforme ofício 835/2001– SFF/ANEEL, de 26 de outubro de 2001.

b.1) Investimentos em Recursos Florestais e Ambientais

O valor de R$ 27.055 (R$ 41.188 em 31 de dezembro de 2003) contempla os investimentos em Hortos de Proteção Ambiental, Viveiros, Hortos Florestais de Produção, Usinas de Preservação de Madeira, Recuperação de Solos e Estação de Piscicultura. A Companhia desenvolve tecnologia aplicada, implementando florestas exóticas e estudando as suas ações e interações ecológicas no conjunto Ambiental. A atividade de produção de madeira preservada compreende a colheita da semente do eucalipto até a preservação dos postes, passando depois, pelo reaproveitamento e manutenção dos mesmos nas redes elétricas. Em dezembro de 2004 a Companhia registrou provisão para desvalorização dos Ativos dos Investimentos em Recursos Florestais e Ambientais no valor de R$ 11.935, com base em análise interna.

b.2) Bens e Direitos para Uso Futuro no Serviço Concedido e Bens de Renda

O valor de R$ 16.702 (R$ 18.177 em 31 de dezembro de 2003) contempla imóveis destinados à futura utilização pela Companhia, no serviço concedido, sendo que os bens de renda que contemplam os imóveis e instalações localizados nos canteiros de obras em Candiota encontram-se cedidos à Companhia de Geração Térmica de Energia Elétrica – CGTEE, através de Termo de Permissão e Uso Não Remunerado.

b.3) Consórcio Dona Francisca

O saldo de R$ 72.400 (R$ 67.368 em 31 de dezembro de 2003) refere-se ao investimento no Consórcio Dona Francisca realizado na fase de implantação da obra representado pelo valor do terreno de propriedade da Companhia, infra-estrutura de urbanização para sua viabilização, bem como as primeiras sondagens e fundações e outros gastos incorridos posteriormente, decorrentes principalmente de indenizações por desapropriação de áreas que foram alagadas. A Companhia obteve através deste investimento a participação no Consórcio, que é de 5% nos primeiros dez anos, 10% do décimo primeiro ao vigésimo ano e 15% a partir do vigésimo primeiro ano. A potência instalada da Usina é de 125 MW e a Companhia registra como receita de venda a sua parcela correspondente à participação no consórcio. A Companhia possui o direito de exploração hidroelétrica e é responsável pela operação da Usina, recebendo dos demais consorciados o reembolso dos custos pagos na proporção de suas participações no consórcio.

Page 8: Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis - CEEEceee.com.br/pportal/ceee/archives/upload/CEEE2004_notas... · Charqueadas e uma estação de piscicultura no município de

7.2. Imobilizado

Em Serviço

Geração Transmissão Distribuição Atividades não vinculadas

Subtotal em Serviço

Obrigações Especiais Vinculadas à Concessão do Serviço Público de Energia Elétrica

Total em Serviço

Em Curso Geração Transmissão Distribuição

Total em Curso

Total Imobilizado Líquido

Custo

788.1161.586.9481.399.697

1.579

3.776.340

0

12.76249.43173.617

135.810

3.912.150

Depreciação e Amortização

Acumulada

(620.307)(745.942)(701.190)

(77)

(2.067.516)

(50.401)

---

-

(2.117.917)

2004

Valor Líquido

167.809841.006698.507

1.502

1.708.824

(50.401)

1.658.423

12.76249.43173.617

135.810

1.794.233

Txs Médias Anuais

(%)

2,71%2,79%4,81%4,50%

Valor Líquido

182.321878.535699.488

1.573

1.761.917

(46.714)

1.715.203

9.37530.04664.452

103.873

1.819.076

2003

ReclassificadoTxs Médias Anuais (%)

2,72%2,74%4,64%0,38%

a) Vinculação dos Bens à Concessão

De acordo com os artigos 63 e 64 do Decreto nº 41.019, de 26 de fevereiro de 1957, os bens e instalações utilizados na produção, transmissão, distribuição, inclusive comercialização, são vinculados a esses serviços, não podendo ser retirados, alienados, cedidos ou dados em garantia hipotecária sem a prévia e expressa autorização do Órgão Regulador. A Resolução ANEEL nº 20/99, regulamenta a desvinculação de bens das concessões do Setor Público de Energia Elétrica, concedendo autorização prévia para desvinculação de bens inservíveis à concessão, quando destinados à alienação, determinando ainda, que o produto da alienação seja depositado em conta bancária vinculada, para aplicação na concessão.

b) Obrigações Especiais vinculadas à Concessão do Serviço Público de Energia Elétrica

O montante de R$ 50.401 (R$ 46.714 em 31 de dezembro de 2003) refere-se aos gastos correspondentes a diferença entre o custo da obra e o limite de investimento de responsabilidade da concessionária, para possibilitar a execução das obras a pedido de fornecimento de energia pelo consumidor participante.

7.3. Encargos Financeiros e Efeitos Inflacionários

De acordo com a Instrução Contábil nº 6.3.10 item 4, do Manual de Contabilidade do Serviço Público de Energia Elétrica e a Instrução CVM nº 193, de 11/07/1996, os encargos financeiros

sobre capital de terceiros aplicados em imobilizações em curso foram apropriados no resultado e transferidos para o imobilizado em curso, conforme demonstrativo abaixo:

7.4. Seguros

Os ativos com cobertura para incêndio, queda de raio, explosões e danos elétricos foram aqueles considerados essenciais, em que ocorrendo o sinistro, implicará na possibilidade de comprometer a garantia e a confiabilidade na continuidade da prestação de serviço. A Companhia considerou como ativo sem cobertura de seguro aqueles em que, na ocorrência de sinistro, não comprometem a confiabilidade operacional e produtiva.O seguro patrimonial foi contratado com Itaú Seguros S/A, com vigência até 03 de maio de 2005.

(*) Dados não passíveis de auditoria

Page 9: Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis - CEEEceee.com.br/pportal/ceee/archives/upload/CEEE2004_notas... · Charqueadas e uma estação de piscicultura no município de

8. PASSIVO CIRCULANTE 8.1. Fornecedores

Os saldos compõem-se de:

Do montante de R$ 115.708 (R$ 114.580 em 31 de dezembro de 2003) de Energia Elétrica Comprada para Revenda, R$ 80.026 (R$ 81.126 em 31 de dezembro de 2003) refere-se a energia de Itaipu. Em 05/10/2004, a Companhia negociou o saldo devedor junto à Eletrobrás referente as faturas em atraso relacionadas à compra de energia de Itaipu, no valor de R$ 66.144, comprometendo-se a pagar em 24 prestações mensais e sucessivas, vencendo a primeira em 30/12/04. Durante esse período a Companhia incorrerá no pagamento de juros de 1% ao mês e variação cambial.

8.2. Folha de Pagamento

O valor de R$ 14.871 (R$ 10.959 em 31 de dezembro de 2003) refere-se a consignações em favor de terceiros (Entidades de Classe – AFCEEE, SENERGISUL, ELETROCEEE etc.) e tributos e contribuições sociais retidos na fonte.

8.3. Tributos e Contribuições Sociais

Os saldos compõem-se de:

8.4. Plano de Benefícios Previdenciários Complementares

Os saldos compõem-se de:

a) Contas a Pagar – Aposentadoria Incentivada (CTP)

Em decorrência de acordo coletivo de trabalho, a Companhia é responsável pelo pagamento do benefício de complementação da aposentadoria por tempo de serviço que tenha sido concedida pela Previdência Oficial ao participante regularmente inscrito na Fundação ELETROCEEE e que ainda não tenha cumprido todos os requisitos para a sua fruição, ocasião em que o ex–empregado será definitivamente aposentado pela Fundação. Desta forma, a Companhia provisionou os valores integrais dos compromissos futuros relativos a estas complementações salariais, considerando o prazo médio de pagamento destes benefícios, ajustados a valor presente, incluindo as contribuições à Fundação.Os valores provisionados em 31 de dezembro de 2004, levaram em consideração o cálculo de acordo com avaliação atuarial conduzidas por atuários independentes, conforme demonstrado abaixo:

b) Contribuição Patrocinadora – ELETROCEEE

O valor de R$ 6.235 (R$ 5.375 em 31 de dezembro de 2003), refere-se a parcela amortizante e contribuições da patrocinadora relativas ao plano CEEEPREV e as contribuições da patrocinadora relativas ao Plano Único.

c) Provisão para Complementação Aposentadoria Ex-Autárquicos–Lei Estadual 3.096/56 (EXA)

Esta provisão refere-se a compromissos da Companhia com empregados ex-autárquicos aposentados, remanescentes da antiga Comissão Estadual de Energia Elétrica, autarquia que foi sucedida pela Companhia, por força da Lei Estadual nº 4.136/61, registrado conforme cálculo atuarial.

d) Provisão para Contribuição Adicional ao Fundo de Pensão

A Companhia, além dos compromissos mencionados nas letras “a” e “c” desta nota, é patrocinadora de Planos Previdenciários Complementares junto à Fundação ELETROCEEE, conforme segue:

d.1) Compromissos com Regime de Benefício Definido

Tratam-se de compromissos junto à Fundação ELETROCEEE (Plano Único), que juntamente com a Aposentadoria Incentivada (vide letra “a” acima) e Complementação de Aposentadoria ex-Autárquicos (vide letra “c” acima), foram calculados atuarialmente utilizando o método do crédito unitário projetado.

d.2) Plano CEEEPREV – Regime de Contribuição Definida

O Plano CEEEPREV foi implantado em outubro de 2002 com a migração de 59% dos empregados participantes do Plano Único, tendo sido aprovado pela Secretaria de Previdência Complementar em 8 de agosto de 2002. Para os participantes que migraram do Plano Único para o Plano CEEEPREV foram preservados os benefícios com direitos já acumulados no plano de origem de forma saldada.

Page 10: Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis - CEEEceee.com.br/pportal/ceee/archives/upload/CEEE2004_notas... · Charqueadas e uma estação de piscicultura no município de

8.4. Plano de Benefícios Previdenciários Complementares (continuação)

Baseada no resultado da avalição atuarial conduzida sob a responsabilidade de atuários independentes, a Companhia registrou provisão para contribuição adicional ao fundo de pensão e para complementação de aposentadorias incentivadas e de aposentados ex-autárquicos, cuja conciliação dos ativos e passivos reconhecidos no balanço está demonstrada como segue:

Total

3.039.417(1.744.778)

1.294.639

(29.708)11.994

(17.714)(55.289)

(425.173)

796.463

Valor presente da obrigação atuarialValor justo dos ativos do planoObrigações descobertasGa nho (perda) atuarial a contabilizar conf. avaliação

atuarialPerda (ganho) atuarial contabilizado(*)Ganho (perda) atuarial líquida não reconhecidaObrigação atuarial inicial não reconhecidaCusto do serviço passado não contabilizado

Passivo reconhecido na patrocinadora

Planoúnico

961.320(999.141)(37.821)

97.447-

97.447(36.860)

-

22.766

CTP

94.240-

94.240

(20.532)11.108(9.424)

--

84.816

EXA

875.531-

875.531

(220.236)53.635

(166.601)--

708.930

Total

1.931.091(999.141)

931.950

(143.321)64.743

(78.578)(36.860)

-

816.512

CEEEPREV

1.387.098(993.411)

393.687

----

(390.516)

3.171

Total

3.318.189(1.992.552)

1.325.637

(143.321)64.743

(78.578)(36.860)

(390.516)

819.683

Planoúnico

862.544(869.368)

(6.824)

95.644(3.502)92.142

(55.289)-

30.029

EXA

759.230-

759.230

(122.833)(14.685)

(137.518)--

621.712

CTP

104.854-

104.854

(2.519)30.18127.662

--

132.516

Total

1.726.628(869.368)

857.260

(29.708)11.994

(17.714)(55.289)

-

784.257

CEEEPREV

1.312.789(875.410)

437.379

----

(425.173)

12.206

2004 2003

Benefício definido Benefício definido

(*) A Companhia optou por manter registrado o passivo reconhecido nas demonstrações financeiras, reconhecendo adicionalmente R$ 64.743 de perda atuarial líquida no exercício findo em 31 de dezembro de 2004 (R$ 11.994 em 31 de dezembro de 2003)

O valor referente ao ajuste inicial do passivo atuarial do Plano Único – benefício definido apurado em 2001, no montante de R$ 92.149, está sendo reconhecido na proporção de 20% ao ano, conforme o item 84 da Deliberação CVM 371/00, sendo que até dezembro de 2004 foi apropriado o valor de R$ 55.290 (R$ 36.860 em 2003), restando um saldo em 31 de dezembro de 2004 de R$ 36.860 (R$ 55.289 em 2003). O custo do serviço passado do CEEEPREV

– contribuição definida no montante de R$ 390.516 em 31 de dezembro de 2004 (R$ 425.173 em 31 de dezembro de 2003) está sendo reconhecido na Companhia no tempo remanescente de serviço dos empregados, estimado em 17 anos, conforme item 38 da Deliberação CVM 371/00.

Movimentação do passivo

Passivo líquido em 1º de janeiro CEEEDespesa do exercícioPagamento de contribuições para o plano e benefícios

Passivo líquido em 31 de dezembro de 2003

Composição da despesa

Benefíciodefinido

784.257207.132

(174.877)

816.512

CEEEPREV

12.20619.516

(28.551)

3.171

Total

796.463226.648

(203.428)

819.683

Benefíciodefinido

791.298164.330

(171.371)

784.257

CEEEPREV

4.93832.897

(25.629)

12.206

Total

796.236197.227

(197.000)

796.463

2004 2003

2004 - Real 2005 - Estimada

Benefíciodefinido

6.947(6.810)

137204.124

(108.311)(8.029)96.477(1.736)18.430

-6.040

207.132

CEEEPREV

14.850(7.388)

7.462---

(73.168)--

22.47662.746

19.516

Total

21.797(14.198)

7.599204.124

(108.311)(8.029)23.309(1.736)18.43022.47668.786

226.648

Benefíciodefinido

898(6.658)

(5.760)249.483

(148.531)--

79.04818.430

--

192.670

CEEEPREV

15.913(7.929)

7.984------

22.81945.451

76.254

Total

16.811(14.587)

2.224249.483

(148.531)--

79.04818.43022.81945.451

268.924

Custo do serviço corrente brutoContribuições dos participantes

Custo do serviço corrente líquidoCusto dos jurosRetorno efetivo dos ativos dos planos Provisionamento (desconstituição) no exercícioPerda (ganho) atuarial reconhecidoAmortização de perda (ganho) atuarial não reconhecidoAmortização da obrigação atuarial inicialAmortização do custo do serviço passadoAmortização de juros do passivo atuarial

Total da despesa do exercício

Page 11: Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis - CEEEceee.com.br/pportal/ceee/archives/upload/CEEE2004_notas... · Charqueadas e uma estação de piscicultura no município de

HIPÓTESES E PREMISSAS ATUARIAIS USADAS NOS CÁLCULOS

Crescimento Salarial Plano CEEEPREV Plano ÚnicoAjuste dos BenefíciosTábua de Mortalidade Geral

Tábua de Mortalidade de Inválidos

Tábua de Invalidez

RotatividadeTaxa de AdministraçãoIdade de Aposentadoria PLANO CEEEPREV Benefícios em Contribuição Definida Benefícios Saldados PLANO ÚNICOTaxa de InflaçãoJuros totais do retorno dos investimentosJuros mais inflação de 2004Reajuste dos SaláriosReajuste dos Benefícios CEEEPREV

Não Aplicável 3,00% ao ano (*) UP84 Unisex (CEEEPREV) e AT49 (os demais)IAPB 55 Ajustada (CEEEPREV) e IAPB 55 (os demais)Zimmer Ajustada (CEEEPREV) e Light Média (os demais) Não Aplicável 8,50%

Aposentadoria Normal: 60 anos 55 Anos e estar aposentado pelo INSS 55 Anos e estar aposentado pelo INSS 5,65% 15,16% 11,99% 6,13% 6,13%

(*) Reajuste de Benefício definido no Acordo Coletivo: Estimativa de 6,7063% (dez/2003 a dez/2004 - INPC acumulado) CEEEPREV: Reajuste concedido em Novembro/2004 - Aposentados, Pensionistas, Invalidez: 6,13% - Assistidos CTPs Benefício Saldo Inicial: 6,13% - Assisitidos CTPs Benefícios Saldado Referencial: 6,13% - Participantes Ativos: Benefício Referencial e Benefícios Saldados: 6,13% - Ex-autarquico: Estimativa de 6,7063% (dez/2003 a dez/2004 - INPC acumulado)

Energia CompradaTransporte ITAIPUQuota CCCEncargos de Uso da Rede BásicaQuota Reserva Global de Reversão - RGRTaxa de Fiscalização

Parcela A

Energia Elétrica Comprada de Itaipú e TransporteQuota CCC

CVA - Período 16/09/2002 a 15/09/2003 em Compensação e a recuperar IRT 2005

Energia Elétrica Comprada de Itaipú e TransporteQuota CCCTarifa de Uso Sistema de Transmissão Rede Básica

CVA - Período 16/09/2003 a 15/09/2004 em Compensação

Energia Elétrica Comprada de Itaipú e TransporteTarifa de Uso Sistema de Transmissão Rede Básica

CVA - Período 16/09/2004 a 31/12/2004 a Recuperar IRT 2005

Total

PASSIVO 2004 2003

C.Prazo

300 1

54 7 8 2

372

479 0

479

14.474 0 0

14.474

1.612 2.759

4.371

19.696

L.Prazo

0 0 0 0 0 0

0

342 0

342

0 0 0

0

4.885 0

4.885

5.227

Total

300 1

54 7 8 2

372

821 0

821

14.474 0 0

14.474

6.497 2.759

9.256

24.923

C.Prazo

0 0 0 0 0 0

0

0 160

160

0 0 0

0

0 0

0

160

L.Prazo

0 0 0 0 0 0

0

26.319 495

26.814

18.714 5.934

204

24.852

0 0

0

51.666

Total

0 0 0 0 0 0

0

26.319 655

26.974

18.714 5.934

204

24.852

0 0

0

51.826

8.5. Variação Negativa de Itens da Parcela A

Refere-se à Variação de Itens da Parcela A e CVA. O valor registrado nesta conta está assim composto:

Vide nota explicativa nº 5

Page 12: Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis - CEEEceee.com.br/pportal/ceee/archives/upload/CEEE2004_notas... · Charqueadas e uma estação de piscicultura no município de

8.6. Obrigações Estimadas

Os saldos compõe-se de:

8.7. Encargos Parcelados - PAES

Os valores de R$ 7.545 (R$ 6.898 em 31 de dezembro de 2003) registrados no Passivo Circulante e R$ 56.584 (R$ 58.636 em 31 de dezembro de 2003), no Exigível a Longo Prazo, referem-se ao parcelamento de débitos com a Fazenda Nacional baseado na Lei n.º 10.684, de 31 de maio de 2003, posteriormente disciplinada pela Portaria Conjunta PGFN/SRF n.º 1 de 25 de junho de 2003. O parcelamento abrange somente os débitos vencidos até 28 de fevereiro de 2003 e para fins de consolidação, os valores correspondentes à multa foram reduzidos em cinqüenta por cento. Em 08 de julho de 2003, a Companhia efetuou Pedido de Parcelamento Especial (PAES) o qual está sendo pago em 120 parcelas mensais, acrescido de juros correspondentes à variação mensal da Taxa de Juros de Longo Prazo – TJLP a partir do mês subseqüente ao da consolidação.

8.8. Provisão para Contingências e Outros

a) Conta de Desenvolvimento Energético – Quotas da CDE

Através da Lei nº 10.438 de 26 de abril de 2002, artigo 13, foi criada a Conta de Desenvolvimento Energético - CDE visando o desenvolvimento energético dos Estados e a competitividade da energia produzida a partir de fontes eólica, pequenas centrais hidrelétricas, biomassa, gás natural e carvão mineral nacional, nas áreas atendidas pelos sistemas interligados e promover a universalização do serviço de energia elétrica em todo o território nacional, devendo seus recursos serem destinados, observadas as vinculações e limites previstos em Lei.

9. PASSIVO EXIGÍVEL A LONGO PRAZO

9.1. Provisão para Contingências e Outros

Os saldos compõem-se de:

a) Provisão para Contingências Trabalhistas

A Companhia atualizou, em 31 de dezembro de 2004, a apuração dos valores contingentes embasada no histórico de dados referentes aos pagamentos, visando o aprimoramento na estimativa de desembolsos a serem realizados com a finalização das discussões judiciais de assuntos de natureza trabalhista nos próximos exercícios. Foi feita uma análise criteriosa das chances de êxito da Companhia envolvendo processos trabalhistas, com o objetivo de suportar o adequado julgamento quanto à necessidade ou não da constituição de provisões. As estimativas quanto ao desfecho e os efeitos financeiros das contingências foram determinadas com base em julgamento da administração, considerando:- Histórico de perdas em processos de mesma natureza;- Expectativa de êxito de cada processo. Parte das contingências trabalhistas não representarão desembolsos pela Companhia pois já foram efetuados depósitos judiciais conforme comentado na nota explicativa n° 6.4.

b) Provisão para Contingências Cíveis

A Companhia está sendo citada em diversos processos judiciais de natureza cível para os quais foi registrada provisão para os valores cuja expectativa de pagamentos foi considerada provavel pelos seus assessores jurídicos, numa análise efetuada individualmente por processo.

Page 13: Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis - CEEEceee.com.br/pportal/ceee/archives/upload/CEEE2004_notas... · Charqueadas e uma estação de piscicultura no município de

9.2 - EMPRÉSTIMOS, FINANCIAMENTOS E ENCARGOS DE DÍVIDAS

Término

15.02.1630.12.0830.08.1030.09.0931.07.1831.05.1315.10.04

-

C R E D O R

15.05.7730.09.9530.01.9722.06.0131.08.9711.10.0106.11.02

-

GARANTIA

INDEXADOR

PercentualMédio dosEncargos Fixos a.a,

PRESTA

ÇÃO

VENCIMENTO

5% a 6,5%4%

5% a 6,5%5% a 6,5%

9%9%1% -

T/MMMMMMM -

Início

SSMSSSS

500.540

MOEDA ESTRANGEIRA

ELETROBRÁSTESOURO FRANCÊS - CREDIT NATIONALB.BRASIL - LEI 7976GOV. FED. BCOS .PRIV - DMLPCL. PARIS F- IV MEDICE “ B “ BRAZILIAN I. BOND - BIBCL. PARIS TESOURO FRANCÊS F-III-IV

US$EUROUS$US$

EUROUS$

EURO

5% a 6,5%3,5%

LIBOR + 2,81%5%

TMO(*)6%

TMO(*)

31.12.6730.06.9229.08.9715.10.9430.06.9315.09.9330.06.93

30.06.0931.12.0731.12.0915.04.2430.12.0615.09.1330.12.06

02020202020203-

02010101010101

BASE DO CONTRATO SALDO CONTÁBILPRAZOS DE VENCIMENTOS

PRINCIPAL

LONGO PRAZO

CURTOPRAZO

13.559 127.156

3.244 49.940

273.511 29.674

- 3.456

1.600 29.401 1.970

20.951 21.736 3.039

- 3.087

1.162 6.114

30.829 177.655 29.471 9.191 1.786

256.208

756.748

(35.294)

721.454

283 4.076 7.707

16.548 26.384 1.149 1.599

57.746

139.530

-

139.530

81.784

ENCARGOS

152 1.439

- - - - - -

15.311 157.996

5.214 70.891

295.247 32.713

- 6.543

1.591 583.915

36 - -

1.927 194 191 12

2.360

3.951

-

3.951

TOTAL

1.481 10.190 38.536

196.130 56.049 10.531 3.397

316.314

900.229

(35.294)

864.935

2004 2003

SALDO CONTÁBILPRAZOS DE VENCIMENTOS

PRINCIPAL

LONGO PRAZO

CURTOPRAZO

15.159 155.146

5.127 69.781

279.071 30.947

- 2.724

1.600 23.062 4.516

20.985 -

2.382 27.865 3.504

557.955 83.914

TOTAL

168 - - - - - - -

16.927 178.208

9.643 90.766

279.071 33.329 27.865 6.228

168 642.037

1.498 12.289 41.946

211.381 56.135 11.254 3.402

337.905

895.860

(33.840)

862.020

449 4.096 8.389

18.012 23.641 1.250 1.433

57.270

141.184

-

141.184

39 369

- 2.277

183 230 11

3.109

3.277

-

3.277

1.986 16.754 50.335

231.670 79.959 12.734 4.846

398.284

1.040.321

(33.840)

1.006.481

Os saldos compõe-se de:

ENCARGOS

TOTAL MOEDA NACIONAL

TOTAL MOEDA ESTRANGEIRA

TOTAIS GERAIS MOEDA NACIONAL + MOEDA ESTRANGEIRA

CAUÇÕES E DEP. VINCULADOS - DMLP US$

TOTAL LÍQUIDO DE EMPRÉSTIMOS E FINANCIAMENTOS

MOEDA NACIONAL

ELETROBRÁSELETROBRÁSELETROBRÁSELETROBRÁSELETROCEEEELETROCEEE / ALUGUEL / IMÓVEISBNDESCONSUMIDORES

UFIRTJLP

MÉDIA TX.FINELRGRINPCINPCSELIC

-

CÓDIGOS DAS GARANTIAS E/OU FIANÇAS PRESTAÇÃO 00 - Sem Garantia ou Fiança M - MENSAL 01 - Fundo de Participação do Estado T - TRIMESTRAL 02 - Procuração para Acesso em Conta Corrente S - SEMESTRAL 03 - Percentual da Tarifa de Fornecimento de Energia (*)Taxa média mensal de empréstimos garantidos pelo Governo Francês

Page 14: Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis - CEEEceee.com.br/pportal/ceee/archives/upload/CEEE2004_notas... · Charqueadas e uma estação de piscicultura no município de

PRINCIPAL 2004 2003

2005 135.698 2006 156.406 138.220 2007 102.147 102.800 2008 98.306 99.901 2009 71.481 71.839 2010 41.466 40.615

Após 2011 até 2024 286.942 306.787

TOTAL 756.748 895.860

9.2 EMPRÉSTIMOS, FINANCIAMENTO E ENCARGOS DE DÍVIDAS (CONT.)

As parcelas de Longo Prazo dos empréstimos e financiamentos vencem como segue:

Demonstrativo de Composição do Saldo da Dívida por Moeda/Indexador:

MOEDA 2004 MOEDA 2003

EURO 7,75% EURO 9,74% Dólar Americano - US$ 27,28% Dólar Americano - US$ 28,37% UFIR 1,69% UFIR 1,62% MÉDIA TX FINEL 0,58% MÉDIA TX FINEL 0,93% TJLP 17,47% TJLP 17,18% INPC 36,59% INPC 30,12% SELIC 0,00% SELIC 2,69% RGR 7,91% RGR 8,75% Outros 0,73% Outros 0,60%

Total 100% Total 100%

O contrato com a ELETROCEEE n° SF 1254/95, foi renegociado em agosto 2003 de acordo com seu quinto aditivo cuja carência é até dezembro 2004, tendo o reinício dos pagamentos das amortizações de principal, a partir de janeiro 2005. O contrato passou a ter seu prazo de pagamento aumentado em 72 meses, tendo como vencimento final, julho de 2018.

a) Cauções e Depósitos Vinculados O valor de R$ 35.294 (R$ 33.840 em 31 de dezembro de 2003), refere-se, basicamente, a valores de Dívida de Médio e Longo Prazo – DMLP, caucionados conforme estabelecido no inciso II do contrato de confissão e consolidação de dívidas celebrados com a União. Estas quantias destinam-se a amortizar os valores de principal relativos ao Par Bond e ao Discount Bond, quando da exigência de tais pagamentos em 2024.

10. PATRIMÔNIO LÍQUIDO

10.1. Capital Social

Posição Acionária

O capital social é de R$ 612.150 representado por 387.229.828.547 ações, sem valor nominal, sendo 380.669.270.000 de ações ordinárias e 6.560.558.547 de ações preferenciais, sem direito a voto, todas nominativas. A sua composição é a seguinte:

11. DEMONSTRAÇÕES DO RESULTADO DOS EXERCÍCIOS

11.1. Receita Operacional

11.1.a. Fornecimento de Energia Elétrica

Os saldos compõem-se de:

(*)Dados não passíveis de auditoria.

11.1.b. Suprimento de Energia Elétrica

Os saldos compõem-se de:

(*)Dados não passíveis de auditoria.

A partir do exercício de 2003, de acordo com a Lei nº 9.648 de 27/05/98 e Resolução ANEEL nº 267 de 13 de agosto de 1998, iniciou-se o processo de descontratação do suprimento de energia e potência no percentual de 25% ao ano dos contratos iniciais. A energia descontratada foi direcionada à área de distribuição da própria Companhia ou ao mercado de curto prazo.

11.1.c. Disponibilização do Sistema de Transmissão e DistribuiçãoO valor de R$ 273.986 (R$ 222.976 em 31 de dezembro de 2003) refere-se as receitas derivadas da disponibilização do sistema de conexão da Geração, do sistema de Transmissão e do sistema de Distribuição a terceiros.

Discriminação

Número de Fornecimento Fornecimento consumidores(*) MW/h(*) R$

2004 2003 2004 2003 2004 2003

Residencial 1.116.792 1.096.564 2.128.535 2.111.931 837.317 764.593 Industrial 11.244 11.134 1.554.012 1.582.417 307.321 280.265 Comercial 103.106 101.720 1.515.983 1.466.778 525.485 471.053 Rural 69.174 65.807 405.809 347.871 75.394 59.878 Outros 6.970 6.810 609.753 625.406 156.233 155.035

Total 1.307.286 1.282.035 6.214.092 6.134.403 1.901.750 1.730.824

Discriminação

Suprimento MW/h(*) Suprimento R$

2004 2003 2004 2003

AES 461.159,000 688.276,710 27.076 36.492 RGE 461.130,999 689.850,000 27.230 36.865

Total 922.289,999 1.378.126,710 54.306 73.357

Page 15: Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis - CEEEceee.com.br/pportal/ceee/archives/upload/CEEE2004_notas... · Charqueadas e uma estação de piscicultura no município de

11.2. Deduções à Receita Operacional

11.2.a. PASEP e COFINS Os saldos compõem-se de:

11.2.b. Encargo de Capacidade Emergencial

O valor de R$ 65.488 (R$ 47.146 em 31 de dezembro de 2003) refere-se ao repasse dos custos, inclusive de natureza operacional, tributária e administrativa, incorridos pela Comercializadora Brasileira de Energia Emergencial – CBEE na contratação de capacidade de geração ou de potência de forma proporcional ao consumo individual, cobrados do consumidor final atendido pelo Sistema Elétrico Interligado Nacional.

12. Custo com Energia Elétrica

12.1. Energia Elétrica Comprada para Revenda

Os saldos compõem-se de:

(*) Dados não passíveis de auditoria.

2004 2003

COFINS 74.557 61.655 COFINS Ativo Regulatório (8.714) 0

Subtotal 65.843 61.655 PASEP 14.374 17.304 PASEP Ativo Regulatório (9.499) 0

Subtotal 4.875 17.304

Total 70.718 78.959

MW/h(*) R$

2004 2003 2004 2003

AES Uruguaiana 1.381.330 1.268.158 123.308 126.394 Tractebel 540.216 808.110 47.386 60.216 Itaipu 1.832.484 1.837.104 164.201 170.312 CVA Itaipu 0 0 (2.496) 53.122 CGTEE 1.215.706 1.136.610 85.623 66.905 Usina Piratini 147.857 70.956 5.161 6.722 CHESF 175.680 175.200 10.626 9.750 CVA e Parcela A - amortização 0 0 21.633 21.898 Comercialização de Energia na CCEE 0 0 13.435 17.224

Total 5.293.273 5.296.138 468.877 532.543

CUSTOS DE OPERAÇÃO CUSTOS DE DESPESAS DESP. GERAIS OUTRAS DESPESAS TOTAL E DESPESAS OPERACIONAIS OPERAÇÃO COM VENDAS E ADMIN. OPERACIONAIS

2004 2003 2004 2003 2004 2003 2004 2003 2004 2003 Pessoal e Administradores 158.551 138.069 0 0 39.968 36.012 33.362 34.374 231.881 208.455

Remuneração e Encargos 128.414 112.101 0 0 39.595 35.645 0 0 168.009 147.746 Cláusula 25 0 0 0 0 0 0 22.266 15.639 22.266 15.639 Fundação ELETROCEEE 30.058 25.892 0 0 0 0 11.092 18.724 41.151 44.616 Administradores 79 76 0 0 373 367 3 11 455 454 Material 16.826 16.653 0 0 2.336 1.888 77 391 19.239 18.932 Serviços de Terceiros 75.927 65.933 7.105 6.692 15.521 15.948 5.948 4.524 104.500 93.097 Subvenções CCC 0 0 0 0 0 0 62.173 47.138 62.173 47.138 Compensação/Utilização Recursos Hídricos 0 0 0 0 0 0 10.415 13.189 10.415 13.189 Taxa de Fiscalização - ANEEL 0 0 0 0 0 0 5.283 4.526 5.283 4.526 Pesq. e Desenvolv. de Eficiência Energética 0 0 0 0 0 0 7.039 4.674 7.039 4.674 Depreciação e Amortização 117.974 114.388 0 0 1.221 1.291 2.039 0 121.235 115.679 Arrendamento e Aluguéis 15.705 21.393 0 0 1.630 2.006 485 7 17.819 23.406 Seguros 528 392 0 0 30 567 0 6 558 965 Tributos 948 412 0 0 406 684 348 661 1.702 1.757 Doações, Contribuições e Subvenções 0 0 0 0 0 0 8 8 8 8 Provisão/Liquidação Duvidosa 0 0 40.751 36.227 0 0 0 0 40.751 36.227 Provisão para Contigência Trabalhista 0 0 0 0 0 0 172.895 289.183 172.895 289.183 Provisão para Contingência Cível 0 0 0 0 0 0 27.813 16.634 27.813 16.634 Provisão para Contingência Fiscal 0 0 0 0 0 0 616 3.479 616 3.479 Outras Provisões 0 0 0 0 0 0 26 52 26 52 Lei 3096 - Ex-Autárquicos 0 0 0 0 0 0 163.054 110.223 163.054 110.223 Ajuste de Prov./Contrib. Fundo de Pensão 0 0 0 0 0 0 (3.008) 18.430 (3.008) 18.430 CDE - Conta de Desenvolvimento Energético 0 0 0 0 0 0 31.848 23.939 31.848 23.939 Outros 8.605 8.149 81 0 2.538 4.304 27.550 805 38.775 13.258

Total 395.064 365.389 47.937 42.919 63.650 62.700 547.972 572.243 1.054.624 1.043.251

13. Custos e Despesas Operacionais

Os saldos compõem-se de:

Page 16: Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis - CEEEceee.com.br/pportal/ceee/archives/upload/CEEE2004_notas... · Charqueadas e uma estação de piscicultura no município de

14. Resultado Financeiro

Os saldos compõem-se de: 2004 2003

Renda de Aplicações Fiananceiras 9.351 11.603 Variações Monetárias e Cambiais - Ativa 83.119 154.375 Acréscimo Moratório - Energia Vendida 32.652 28.307 Outras Receitas Financeiras 14.044 23.953

Total Receita Financeira 139.166 218.238

Encargos de Dívidas 76.707 92.238 Variações Monetárias e Cambiais - Passivas 72.041 119.438 Outras Despesas Financeiras 33.972 21.934

Total Despesa Financeira 182.720 233.610 Total Resultado Financeiro (43.554) (15.372)

2004 2003

Ganho (Perda) na Alienação e Desativação de Bens e Direitos 2.703 (1.962) Provisão para Desvalorização de Outros Investimentos (13.915) (2.144) Outras Receitas e Despesas Não Operacionais (2.430) 716

Total (13.642) (3.390)

15. Resultado Não Operacional

Os saldos compõem-se de:

Page 17: Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis - CEEEceee.com.br/pportal/ceee/archives/upload/CEEE2004_notas... · Charqueadas e uma estação de piscicultura no município de

GERAÇÃO TRANSMISSÃO DISTRIBUIÇÃO NÃO VINCULADA ELIMINAÇÕES TOTAL A CONCESSÃO

2004 2003 2004 2003 2004 2003 2004 2003 2004 2003 2004 2003

ATIVO 598.379 551.379 1.224.567 1.145.176 1.883.377 1.870.466 5.118 3.693 (400.428) (194.510) 3.311.013 3.376.204

CIRCULANTE 102.644 53.022 171.745 81.087 669.974 557.684 3.616 2.120 (400.428) (194.510) 547.551 499.403

DISPONIBILIDADES 3.726 3.303 3.279 3.384 59.591 62.969 136 0 0 0 66.732 69.656 CONSUMIDORES, CONCESSIONÁRIOS E PERMISSIONÁRIOS 44.495 41.586 34.432 34.741 340.806 288.173 0 (10) (42.145) (34.017) 377.588 330.473 SUPRIMENTO 44.791 41.586 0 0 0 280 0 0 (38.117) (32.411) 6.674 9.455 ENCARGOS DE USO DA REDE ELÉTRICA 0 0 34.527 34.741 (54) 0 0 0 (4.028) (1.606) 30.445 33.135 ENERGIA ELÉTRICA DE CURTO PRAZO 0 0 0 0 1.703 1.726 0 0 0 0 1.703 1.726 ENERGIA REALOCADA / CONTRATO CGTEE 97/40.141 0 0 0 0 13.755 0 0 0 0 0 13.755 0 OUTROS CONSUMIDORES, CONC. E PERMISSIONÁRIOS (296) 0 (95) 0 325.402 286.167 0 (10) 0 0 325.011 286.157 TÍTULOS DE CRÉDITO A RECEBER – EN. ELÉTRICA VENDIDA 5 121 0 0 54.069 52.479 1 0 0 0 54.075 52.600 PCLD 0 0 0 0 (86.403) (59.282) 0 0 0 0 (86.403) (59.282) TRIBUTOS E CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS COMPENSÁVEIS 130 177 796 225 10.336 6.909 0 0 0 0 11.262 7.311 CRÉDITOS DE ICMS 0 0 0 0 7.733 5.118 0 0 0 0 7.733 5.118 PASEP DEPÓSITO JUDICIAL 0 95 0 96 348 807 0 0 0 0 348 998 OUTROS DEVEDORES 130 82 796 129 2.255 984 0 0 0 0 3.181 1.195 ESTOQUE 70 77 3.648 2.360 7.558 6.065 0 0 0 0 11.276 8.502 OUTROS CRÉDITOS A RECEBER 54.218 7.758 129.590 40.377 211.666 153.975 3.479 2.130 (358.283) (160.493) 40.670 43.747 CONTAS A RECEBER ENTRE FILIAIS 46.760 100 125.554 35.638 184.682 123.681 1.287 1.074 (358.283) (160.493) 0 0 ADIANTAMENTOS A EMPREGADOS 146 126 354 288 1.247 1.325 0 0 0 0 1.747 1.739 OUTROS 7.312 7.532 3.682 4.451 25.737 28.969 2.192 1.056 0 0 38.923 42.008 DESPESAS PAGAS ANTECIPADAMENTE 0 0 0 0 72.351 46.396 0 0 0 0 72.351 46.396 VARIAÇÃO POSITIVA DE ÍTENS DA PARCELA 0 0 0 0 72.351 46.396 0 0 0 0 72.351 46.396

REALIZÁVEL A LONGO PRAZO 106.367 122.606 163.673 156.829 455.275 545.488 0 0 0 0 725.315 824.923

CONCESSIONÁRIOS E PERMISSIONÁRIOS – ENERGIA C. PRAZO – CCEE 53.548 56.714 0 0 16.400 17.369 0 0 0 0 69.948 74.083 TÍTULOS DE CRÉDITO A RECEBER – ENERGIA VENDIDA 0 0 0 0 106.774 130.767 0 0 0 0 106.774 130.767 TRIBUTOS E CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS COMPENSÁVEIS 0 0 0 0 8.963 7.920 0 0 0 0 8.963 7.920 DEPÓSITOS VINCULADOS A LITÍGIOS 13.063 17.989 28.399 29.104 86.939 94.296 0 0 0 0 128.401 141.389 IR E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL DIFERIDOS 34.239 34.238 87.785 87.784 184.343 184.345 0 0 0 0 306.367 306.367 OUTROS CRÉDITOS A RECEBER 1.988 9.465 39.941 39.941 4.979 18.731 0 0 0 0 46.908 68.137 DESPESAS PAGAS ANTECIPADAMENTE 0 0 7.101 0 44.890 89.670 0 0 0 0 51.991 89.670 VARIAÇÃO POSITIVA DE ÍTENS DA PARCELA A 0 0 0 0 17.745 70.672 0 0 0 0 17.745 70.672 ATIVO REGULATÓRIO 0 0 7.101 0 11.112 0 0 0 0 0 18.213 0 ENCARGOS DO SERVIÇO DO SISTEMA – ESS 0 0 0 0 16.033 18.998 0 0 0 0 16.033 18.998 BENS E DIREITOS DESTINADOS A ALIENAÇÃO 3.529 4.200 447 0 1.987 2.390 0 0 0 0 5.963 6.590

PERMANENTE 389.368 375.751 889.149 907.260 758.128 767.294 1.502 1.573 0 0 2.038.147 2.051.878

INVESTIMENTOS 208.203 183.499 0 0 35.118 48.747 0 0 0 0 243.321 232.246 PARTICIPAÇÕES SOCIETÁRIAS PERMANENTES 123.994 102.343 0 0 3.170 3.170 0 0 0 0 127.164 105.513 OUTROS 84.209 81.156 0 0 31.948 45.577 0 0 0 0 116.157 126.733 IMOBILIZADO 180.572 191.696 889.149 907.260 723.010 718.547 1.502 1.573 0 0 1.794.233 1.819.076 EM SERVIÇO 167.810 182.321 839.684 877.214 649.427 654.095 1.502 1.573 0 0 1.658.423 1.715.203 EM CURSO 12.762 9.375 49.465 30.046 73.583 64.452 0 0 0 0 135.810 103.873 DIFERIDO 593 556 0 0 0 0 0 0 0 0 593 556 EM CURSO 593 556 0 0 0 0 0 0 0 0 593 556

16. Balanço Patrimonial por Filial

a) Ativo

Page 18: Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis - CEEEceee.com.br/pportal/ceee/archives/upload/CEEE2004_notas... · Charqueadas e uma estação de piscicultura no município de

b) Passivo

GERAÇÃO TRANSMISSÃO DISTRIBUIÇÃO NÃO VINCULADA ELIMINAÇÕES TOTAL A CONCESSÃO

2004 2003 2004 2003 2004 2003 2004 2003 2004 2003 2004 2003

PASSIVO 598.379 551.379 1.224.567 1.145.176 1.883.377 1.870.466 5.118 3.693 (400.428) (194.510) 3.311.013 3.376.204

CIRCULANTE 143.843 120.495 294.006 242.025 740.368 571.351 166 120 (400.428) (194.510) 777.955 739.481

2.280 1.152 18.037 11.855 200.205 169.120 1 1 (42.145) (34.017) 178.378 148.111 1.300 637 1.433 1.433 14.393 11.403 0 0 (4.028) (1.606) 13.098 11.867 0 0 0 0 153.825 146.991 0 0 (38.117) (32.411) 115.708 114.580 890 452 2.880 4.431 16.610 9.587 0 0 0 0 20.380 14.470 90 63 13.724 5.991 1.622 1.139 1 1 0 0 15.437 7.194 0 0 0 0 13.755 0 0 0 0 0 13.755 0 1.505 1.148 3.003 2.310 10.363 7.501 0 0 0 0 14.871 10.959 1.496 2.089 829 983 1.626 205 0 0 0 0 3.951 3.277 1.102 686 4.417 2.154 23.696 22.254 165 119 0 0 29.380 25.213 47.269 43.011 35.616 31.989 56.645 66.184 0 0 0 0 139.530 141.184 15.130 14.338 28.164 26.629 106.229 102.286 0 0 0 0 149.523 143.253 9.903 8.822 16.181 14.666 80.658 75.371 0 0 0 0 106.742 98.859 4.563 4.907 10.559 10.746 21.425 23.366 0 0 0 0 36.547 39.019 664 609 1.424 1.217 4.146 3.549 0 0 0 0 6.234 5.375 0 0 0 0 19.696 160 0 0 0 0 19.696 160 1.932 2.109 4.415 4.792 13.707 15.286 0 0 0 0 20.054 22.187 631 657 2.786 592 10.084 5.232 0 0 0 0 13.501 6.481 631 657 561 592 4.013 3.964 0 0 0 0 5.205 5.213 0 0 2.225 0 6.071 1.268 0 0 0 0 8.296 1.268 719 657 721 659 6.105 5.582 0 0 0 0 7.545 6.898 71.779 54.648 196.018 160.062 292.012 177.541 0 0 (358.283) (160.493) 201.526 231.758 15.665 18.546 40.165 47.550 81.345 96.302 0 0 0 0 137.175 162.398 576 370 1.860 1.586 19.287 16.910 0 0 0 0 21.723 18.866 701 1.508 0 0 50 12.783 0 0 0 0 751 14.291 36.613 21.673 147.071 102.616 171.599 36.204 0 0 (358.283) (160.493) 0 0 0 0 0 0 10.418 7.767 0 0 0 0 10.418 7.767 1.896 2.119 0 0 0 0 0 0 0 0 1.896 2.119 0 0 624 0 2.475 1.995 0 0 0 0 3.099 1.995 13.328 10.432 6.298 8.310 6.838 5.580 0 0 0 0 26.464 24.322

408.834 454.924 493.815 523.797 1.345.019 1.374.177 0 0 0 0 2.247.668 2.352.898

169.272 229.894 207.613 247.716 344.569 384.410 0 0 0 0 721.454 862.020 73.162 73.162 0 0 32.577 32.577 0 0 0 0 105.739 105.739 5.393 5.588 5.409 5.606 45.782 47.442 0 0 0 0 56.584 58.636 60.780 60.789 112.835 117.660 496.544 474.761 0 0 0 0 670.159 653.210 6.106 11.549 16.494 29.113 25.669 52.835 0 0 0 0 48.269 93.497 52.102 45.327 90.978 79.234 459.108 398.292 0 0 0 0 602.188 522.853 2.572 3.913 5.363 9.313 11.767 23.634 0 0 0 0 19.702 36.860 0 0 0 0 5.227 51.666 0 0 0 0 5.227 51.666 100.227 85.491 167.958 152.815 420.320 383.321 0 0 0 0 688.505 621.627 95.334 82.394 118.799 104.832 339.871 301.153 0 0 0 0 554.004 488.379 2.333 1.386 7.535 5.945 78.131 63.377 0 0 0 0 87.999 70.708 0 548 0 566 0 2.660 0 0 0 0 0 3.774 0 0 39.941 39.941 0 0 0 0 0 0 39.941 39.941 2.560 1.163 1.683 1.531 2.318 16.131 0 0 0 0 6.561 18.825

45.702 (24.040) 436.746 379.354 (202.010) (75.062) 4.952 3.573 0 0 285.390 283.825

16.886 16.887 446.411 446.411 148.834 148.833 19 19 0 0 612.150 612.150 153 153 356 356 111 111 0 0 0 0 620 620 28.663 (41.080) (10.021) (67.413) (350.955) (224.006) 4.933 3.554 0 0 (327.380) (328.945)

FORNECEDORES ENCARGOS DE USO DA REDE ENERGIA ELÉTRICA COMPRADA PARA REVENDA MATERIAIS E SERVIÇOS RETENÇÃO CONTRATUAL ENERGIA REALOCADA/CONTRATO CGTEE 97/40.141FOLHA DE PAGAMENTOENCARGOS DE DÍVIDATRIBUTOS E CONTRIBUIÇÕES SOCIAISEMPRÉSTIMOS E FINANCIAMENTOSPLANO DE BENEFÍCIOS PREVIDENCIÁRIOS COMPLEMENTARES PROVISÃO LEI 3096 CONTAS A PAGAR APOS. INCENTIVADA CL. 25 E 33 CONTRIBUIÇÃO PATROCINADORA - ELETROCEEEVARIAÇÃO NEGATIVA DE ÍTENS DA PARCELA AOBRIGAÇÕES ESTIMADASENCARGOS DO CONSUMIDOR A RECOLHER QUOTA PARA RESERVA GLOBAL DE REVERSÃO - RGR QUOTA PARA CONTAS DE CONSUMO DE COMBUSTÍVEL - CCCENCARGOS PARCELADOSPROVISÃO PARA CONTINGÊNCIAS E OUTROS PROVISÃO PARA CONTINGÊNCIAS TRABALHISTAS PROVISÃO PARA CONTINGÊNCIAS CÍVEIS ENERGIA DE CURTO PRAZO - CCEE CONTAS A PAGAR ENTRE FILIAIS ENCARGO DE CAPACIDADE EMERGENCIAL COMPENSAÇÃO FINANCEIRA PARA UILIZAÇÃO DE REC HÍDRICOS. QUOTAS CDE OUTROS

EXIGÍVEL A LONGO PRAZO

EMPRESTIMOS E FINANCIAMENTOSENERGIA ELÉTRICA - CCEEENCARGOS PARCELADOSPLANO DE BENEFÍCIOS PREVIDENCIÁRIOS COMPLEMENTARES CONTAS A PAGAR-APOS. INCENTIVADA CL. 25 E 33 PROVISÃO P/ COMP. APOSENTADOS EX- AUTÁRQUICOS - LEI 3096 PROVISÃO P/ CONTRIBUIÇÃO ADICIONAL AO FUNDO DE PENSÃOVARIAÇÃO NEGATIVA DE ÍTENS DA PARCELA APROVISÃO PARA CONTINGÊNCIAS E OUTROS PROVISÃO P/ CONTINGÊNCIAS TRABALHISTAS PROVISÃO P/ CONTINGÊNCIAS CIVEIS PROVISÃO P/ CONTINGÊNCIA FISCAL - PASEP FORNECEDORES- CONTRATOS 1000/1001/87 OUTRAS PROVISÕES

PATRIMÔNIO LÍQUIDO

CAPITAL REALIZADO ATUALIZADORECURSOS DESTINADOS A AUMENTO DE CAPITALPREJUÍZOS ACUMULADOS

Page 19: Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis - CEEEceee.com.br/pportal/ceee/archives/upload/CEEE2004_notas... · Charqueadas e uma estação de piscicultura no município de

16.1 Demonstração do Resultado do Exercício por Filial

Receita Operacional

Fornecimento de Energia ElétricaSuprimento de Energia ElétricaDisponibilização do Sist. Transmissão e DistribuiçãoOutras Receitas Operacionais

Deduções da Receita Operacional

ICMSPASEP/PISCOFINSQuota RGREncargo de Capacidade Emergencial

Receita Operacional Líquida

Custo do Serviço de Energia Elétrica

Custo com Energia Elétrica Energia Elétrica Comprada/Revenda Encargo de Uso do Sistema

Custo de Operação Pessoal e Administradores Material Serviço de Terceiros Depreciação e Amortização Outras

Lucro Operacional Bruto

Despesas Operacionais

Despesas com VendasDespesas Gerais e AdministrativasOutras Despesas Operacionais

Resultado do Serviço

Resultado de Participações Societárias

Receita/Despesa Financeira

Renda de Aplicações FinanceirasVariações Monetárias e Cambiais - LíquidaAcréscimo Moratório - Energia VendidaEncargos de DívidasOutras Receitas (Despesas) Financeiras

Resultado Operacional

Receita Não Operacional

Lucro (Prejuízo) Líquido do Exercício

Lucro/Prejuízo por lote de Mil Ações - R$

c) Contas a Receber / A Pagar Entre Filiais

A coluna eliminações refere-se a operações entre Filiais. Os contratos de concessão de geração, transmissão e distribuição de energia elétrica, firmados pela Companhia com a ANEEL, prevêem o compromisso de organizar e administrar separadamente estas atividades, “organizando-se em unidades administrativas, contábil e financeira, destinadas a gerir

separadamente os serviços de geração, transmissão e distribuição de energia elétrica, bem como as atividades complementares e acessórias”. Para manter este compromisso foram constituídas três filiais: Geração, Transmissão e Distribuição, devidamente auditadas pela ANEEL e em fase final de homologação pela mesma. Os direitos e obrigações entre filiais referem-se basicamente ao suprimento de energia própria, conexão à rede básica e prestação de serviços, conforme critérios e procedimentos acordados com a ANEEL.

GERAÇÃO TRANSMISSÃO DISTRIBUIÇÃO

NÃO VINCULADA ELIMINAÇÕES TOTAL

A CONCESSÃO

2004 2003 2004 2003 2004 2003 2004 2003 2004 2003 2004 2003

229.896 195.978 292.122 234.267 1.930.801 1.750.056 1.651 3.536 (199.085) (129.498) 2.255.385 2.054.338

0 0 0 0 1.901.750 1.730.824 0 0 0 0 1.901.750 1.730.824 229.415 191.812 0 0 0 0 0 0 (175.109) (118.455) 54.306 73.357 0 0 291.671 234.019 6.291 0 0 0 (23.976) (11.043) 273.986 222.976 481 4.166 451 248 22.760 19.232 1.651 3.536 0 0 25.343 27.181

(4.748) (6.297) (10.981) (12.452) (552.136) (504.362) (192) (249) 0 0 (568.057) (523.360)

0 0 0 0 (404.658) (368.906) (40) (84) 0 0 (404.698) (368.990) 101 (137) (140) (2.125) (4.809) (14.984) (27) (58) 0 0 (4.875) (17.304) (1.765) (2.329) (8.168) (6.865) (55.785) (52.355) (125) (106) 0 0 (65.843) (61.655) (3.084) (3.832) (2.672) (3.463) (21.396) (20.970) 0 0 0 0 (27.153) (28.265) 0 0 0 0 (65.488) (47.146) 0 0 0 0 (65.488) (47.146)

225.148 189.681 281.141 221.814 1.378.664 1.245.695 1.460 3.287 (199.085) (129.498) 1.687.328 1.530.978

(74.293) (67.766) (106.886) (96.772) (987.732) (944.356) (71) (284) 199.085 129.498 (969.897) (1.109.177)

(20.375) (8.938) 0 0 (753.543) (734.850) 0 0 199.085 129.498 (574.833) (614.290) (9.206) (809) 0 0 (634.780) (650.189) 0 0 175.109 118.455 (468.877) (532.543) (11.170) (8.129) 0 0 (118.763) (84.661) 0 0 23.976 11.043 (105.956) (81.747)

(53.918) (58.829) (106.886) (96.772) (234.189) (209.506) (71) (284) 0 0 (395.064) (365.390) (19.745) (17.173) (43.439) (35.332) (95.367) (85.565) 0 0 0 0 (158.551) (138.069) (2.820) (2.459) (4.884) (6.033) (9.122) (7.884) 0 (278) 0 0 (16.826) (16.653) (3.583) (3.961) (12.691) (10.943) (59.652) (51.028) 0 0 0 0 (75.927) (65.933) (14.534) (14.607) (43.456) (42.299) (59.913) (57.477) (71) (6) 0 0 (117.974) (114.388) (13.235) (20.629) (2.416) (2.165) (10.135) (7.553) 0 0 0 0 (25.786) (30.347)

150.855 121.914 174.255 125.043 390.932 301.339 1.388 3.004 0 0 717.431 551.299

(73.555) (86.181) (107.011) (116.657) (478.991) (475.024) (4) 0 0 0 (659.560) (677.862)

0 0 0 0 (47.938) (42.919) 0 0 0 0 (47.938) (42.919) (7.013) (7.475) (15.635) (15.532) (41.002) (39.693) 0 0 0 0 (63.650) (62.700) (66.542) (78.706) (91.376) (101.124) (390.050) (392.412) (4) 0 0 0 (547.972) (572.243)

77.300 35.734 67.244 8.386 (88.059) (173.685) 1.385 3.004 0 0 57.871 (126.563)

890 0 0 0 0 0 0 0 0 0 890 0

(8.188) 11.853 (9.146) 3.032 (26.213) (30.257) (7) (1) 0 0 (43.554) (15.372)

384 436 742 938 8.224 10.228 0 0 0 0 9.351 11.603 10.687 32.669 5.039 18.491 (4.649) (16.223) 0 0 0 0 11.078 34.937 0 0 0 0 32.652 28.307 0 0 0 0 32.652 28.307 (14.546) (15.699) (17.175) (17.248) (44.985) (59.291) 0 0 0 0 (76.707) (92.238) (4.714) (5.553) 2.248 850 (17.455) 6.722 (7) (1) 0 0 (19.928) 2.019

70.002 47.587 58.098 11.418 (114.272) (203.942) 1.378 3.003 0 0 15.207 (141.935)

(258) (464) (706) (922) (12.677) (2.004) 0 0 0 0 (13.642) (3.390)

69.743 47.123 57.392 10.496 (126.948) (205.946) 1.378 3.003 0 0 1.565 (145.325)

0,18 0,12 0,15 0,03 (0,33) (0,53) 0,00 0,01 0,00 0,00 0,00 (0,38)

Page 20: Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis - CEEEceee.com.br/pportal/ceee/archives/upload/CEEE2004_notas... · Charqueadas e uma estação de piscicultura no município de

a) Operações entre filiais

A coluna eliminações refere-se às operações entre filiais (vide nota explicativa 16.c).

17. CONTA DE RESULTADOS A COMPENSAR

Ainda estão pendentes de aceitação junto à Agência Nacional de Energia Elétrica - ANEEL, créditos da Companhia que estão sendo questionados, cujos valores estão registrados no sistema extra-patrimonial, conforme demonstrado abaixo:

2004 2003 Administrativamente: - Correção monetária complementar sobre CRC de 1990 238.325 211.995 - Diferença da correção monetária complementar da Complementação de Aposentadoria Ex-Autárquicos 171.884 152.895

Judicialmente: - Glosa de despesa com Complementação de Aposentadoria Ex-Autárquicos de 1981 até março de 1993 1.462.630 1.301.041

TOTAL 1.872.839 1.665.931

18. TRANSAÇÕES COM PARTES RELACIONADAS

A Companhia tem transações com partes relacionadas incluindo a compra e venda de energia elétrica e certas transações de financiamentos. A energia elétrica vendida é baseada em tarifas aprovadas pela Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL. Todas as outras transações são efetuadas com similaridade com o praticado pelo mercado.

PARTES NATUREZA DA NOTA CURTO PRAZO LONGO PRAZO RELACIONADAS OPERAÇÃO EXPLICATIVA

A RECEBER 2004 2003 2004 2003

Governo Est. R.G. SUL Venda Energia Elétrica 4.3/6.2 18.684 22.574 82.129 117.608 Cia. Riograndense de Saneamento - CORSAN Venda Energia Elétrica 4.3/6.2 0 8.820 0 0

Total a receber 18.684 31.394 82.129 117.608

A PAGAR Fundação Eletroceee Aquisição de bens 9.2 3.039 2.382 29.674 30.947 Fundação Eletroceee Empréstimo 9.2 21.736 0 273.511 279.071 Eletrobrás Empréstimo 9.2 55.832 50.819 195.061 246.711

Total a pagar 80.607 53.201 498.246 556.729

DESPESAS FINANCEIRAS 2004 2003

DESPESAS Fundação Eletroceee / Aquisição de bens 4.632 9.061 Fundação Eletroceee / Empréstimos 41.145 53.556 Eletrobrás 30.247 36.088

Total de Despesas 76.024 98.705

Page 21: Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis - CEEEceee.com.br/pportal/ceee/archives/upload/CEEE2004_notas... · Charqueadas e uma estação de piscicultura no município de

19. INSTRUMENTOS FINANCEIROS

A Comissão de Valores Mobiliários – CVM através da Instrução nº 235, de 23 de março de 1995, estabeleceu a divulgação de Instrumentos Financeiros em nota explicativa, reconhecidos ou não nas suas demonstrações financeiras. A Companhia não realizou, até 31 de dezembro de 2004 operações com características de derivativos, conforme definido na referida instrução.

Valor de Mercado dos Instrumentos Financeiros

Os valores contábeis dos empréstimos e financiamentos de longo prazo, vinculados aos projetos específicos de infra-estrutura básica, obtidos em moeda estrangeira, junto as instituições internacionais, assim como os valores contábeis dos empréstimos e financiamentos vinculados a projetos de eletrificação, obtidos em moeda nacional, junto a Centrais Elétricas Brasileiras S/A - ELETROBRÁS, à ELETROCEEE e aos consumidores, estão compatíveis com o valor de tais operações, não disponíveis no mercado financeiro.As contas a receber de poderes públicos, federal, estadual e municipais (administração direta), e de empresas controladas por essas esferas de governo, estão registradas em contas patrimoniais no montante de R$ 107.056. A Companhia possui também registrado nas contas patrimoniais parcelamentos com o Governo do Estado do Rio Grande do Sul no montante de R$ 100.813.Os valores de mercado dos créditos vencidos não foram estimados, face que nas negociações em andamento ainda não estão previstos os prazos de recebimento das mesmas.

Os principais fatores de risco de mercado que afetam o negócio da Companhia são os seguintes:

a) Risco de Taxa de CâmbioO endividamento e o resultado das operações da Companhia são afetados significativamente pelo fator risco de taxa de câmbio. Em 31 de dezembro de 2004 a Companhia possui empréstimos em moeda estrangeira de R$ 316.314 e saldo de fornecedor referente a energia de Itaipu de R$ 80.026. A Companhia não mantém operações financeiras com finalidade de proteger-se dos riscos de perdas com flutuações nas taxas de juros e cambiais.

b) Risco de CréditoA Companhia atua nos mercados de Geração, Transmissão e principalmente na Distribuição de energia elétrica, fornecendo energia a todos os clientes cativos na sua área de concessão conforme previsto nos contratos de concessão assinados com a Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL. Para amenizar os riscos decorrentes do fornecimento de energia na Distribuição, a Companhia tem o direito de interromper o fornecimento, caso o cliente deixe de realizar seus pagamentos, sendo que para a Geração e Transmissão a Companhia possui contratos de garantia junto aos clientes.

c) Risco de PreçoOs preços referentes aos contratos de Geração, até 2004 eram autorizados pela ANEEL a partir da realização do leilão 001/04 a geração passou a comercializar sua energia com um grande número de distribuidoras, a preços definidos pelo mercado. A Transmissão, tem sua remuneração definida pela ANEEL através da receita permitida e corrigida pelo IGP-M. As tarifas da distribuidora são reguladas pela ANEEL tendo seus preços ajustados com base nas variações dos custos não gerenciáveis (denominado Parcela A) e pela variação do IGP-M para custos gerenciáveis (denominado Parcela B). As tarifas, de acordo com o contrato de concessão, devem permitir o equilíbrio econômico - financeiro da concessão.

d) Risco de MercadoA quantidade de energia comprada está baseada na estimativa de consumo. A Companhia possui geração própria que forneceu para os distribuidores do Rio Grande do Sul (AES, RGE, CEEE Distribuidora) através dos denominados contratos iniciais e contratos bilaterais. As sobras ou faltas de energia foram vendidas ou compradas no mercado de energia do curto prazo e desta forma sujeitos a variação dos preços de energia deste mercado. A partir da Lei 10.848, estas regras de comercialização estão sendo modificadas, e influenciarão os aspectos de mercado e de preços a partir de 2005.

20. PROGRAMA DE PARTICIPAÇÃO DE RESULTADOS

A Companhia possui um programa de participação dos empregados nos resultados que tem como objetivo incentivar a melhoria de qualidade, níveis de produtividade e resultados globais da empresa, através do comprometimento de todos os empregados. Entre os indicadores está o Resultado Operacional, medido através da Receita Operacional Líquida dividida pela Despesa Operacional deduzidos os itens Recuperação de Despesa, Amortização/Depreciação e Provisão Trabalhista. O montante desta participação no exercício de 2004 foi de R$ 5.956 (R$ 3.316 no exercício de 2003).

21. ASSUNTOS REGULATÓRIOS

a) Contratos de ConcessãoAs autorizações das Concessões de Geração, Transmissão e Distribuição para exploração dos serviços públicos de geração, transmissão e distribuição de energia elétrica e respectivas prorrogações de prazos, foram concedidas à CEEE pelo Ministério de Minas e Energia, através das Portarias nº 278 de 11 de agosto de 1999, nº 185 de 6 de junho de 2001 e nº 387 de 14 de outubro de 1999, respectivamente.

Concessão de GeraçãoEm 05 de abril de 2000, a CEEE assinou com a ANEEL o Contrato de Concessão de Geração garantindo à CEEE a prestação do serviço público de geração de energia elétrica, com prazo de vigência conforme Portaria do MME nº 278 de 11 de agosto de 1999, prorrogáveis por mais 20 anos.

USINA: VIGÊNCIA: UHE ITAÚBA ....................................................................... ATÉ 30.12.2021 UHE PASSO REAL ............................................................. ATÉ 16.11.2015 UHE JACUÍ.......................................................................... ATÉ 16.11.2015 PCH ERNESTINA................................................................ ATÉ 16.11.2015 PCH CAPIGUI ..................................................................... ATÉ 16.11.2015 PCH GUARITA .................................................................... ATÉ 16.11.2015 PCH HERVAL...................................................................... ATÉ 16.11.2015 PCH SANTA ROSA............................................................. ATÉ 16.11.2015 PCH PASSO DO INFERNO ............................................... ATÉ 16.11.2015 PCH FORQUILHA............................................................... ATÉ 16.11.2015 PCH IJUIZINHO .................................................................. ATÉ 16.11.2015 UHE CANASTRA ................................................................ ATÉ 07.07.2015 UHE BUGRES..................................................................... ATÉ 07.07.2015 PCH TOCA.......................................................................... ATÉ 07.07.2015

Concessão de TransmissãoEm 01 de outubro de 2001, a CEEE assinou com a ANEEL o Contrato de Concessão de Transmissão de energia elétrica, garantindo à CEEE a prestação do serviço público de transmissão de energia elétrica, abrangendo 52 subestações e 5.654,48 km de linhas de transmissão, com prazo de vigência até 07/07/2015, prorrogáveis por mais 20 anos.Em 19 de dezembro de 2002, a CEEE assinou com a ANEEL o Contrato de Concessão de Transmissão de energia elétrica, referente à linha LT 230kV UTPM x Pelotas 3, com prazo de vigência até 19/12/2032, prorrogáveis por mais 30 anos.

Concessão de DistribuiçãoEm 25 de outubro de 1999, a CEEE assinou com a ANEEL o Contrato de Concessão de Distribuição de energia elétrica, nº 081/99, garantindo à CEEE a prestação do serviço público de distribuição de energia elétrica, em 72 municípios da região sul, litoral e capital do Estado, atendendo a 1.307.286 consumidores, com prazo de vigência até 07/07/2015, prorrogáveis por mais 20 anos.

AutorizaçõesEm 30 de setembro de 1999, através dos atos nº 4.390 e 4.391, publicados no Diário Oficial da União em 14 de outubro de 1999, a CEEE recebeu da ANATEL autorização para exploração do Serviço Limitado Especializado, submodalidade Serviço de Circuito Especializado, em âmbito interior e internacional, por prazo indeterminado, sem caráter de exclusividade e tendo como área de prestação de serviço todo o território nacional.

Page 22: Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis - CEEEceee.com.br/pportal/ceee/archives/upload/CEEE2004_notas... · Charqueadas e uma estação de piscicultura no município de

b) Acordo Geral do Setor Elétrico

Em decorrência de situação hidrológica crítica, que comprometeu a capacidade de geração de energia elétrica das regiões Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste, em 2001 foi instituído pelo Governo Federal o Programa Emergencial de Redução de Consumo de Energia Elétrica – PERCEE, que dentre outras medidas constituiu o racionamento do consumo de energia elétrica.Em dezembro de 2001, foi firmado o Acordo Geral do Setor Elétrico com as concessionárias distribuidoras e as geradoras de energia elétrica, visando restaurar o equilíbrio econômico-financeiro dos contratos de compra e venda de energia elétrica existentes e a recomposição de receitas relativas ao período de vigência do PERCEE (entre junho de 2001 e fevereiro de 2002). Em decorrência do acordo global do setor elétrico foi editada a Lei 10.438/02 e a resolução ANEEL n° 31/02 que autorizou a Recomposição Tarifária Extraordinária – RTE para recuperação dos itens da Parcela A, conforme abaixo:

c) Geração – Leilão de Energia

A CEEE Geradora foi conduzida, pela questão legal, a participar do Leilão de Energia existente com os montantes de energia de 308 MW médios a partir do ano de 2005 a 2012, e a partir de 2006 com 104 MW médios, estes correspondentes a sua total disponibilidade. Portanto, durante o ano de 2005 a Companhia teria ainda uma receita garantida de 104 MW médios, resultantes dos contratos da AES Sul, RGE, e da própria CEEE Distribuidora. Assim existia o risco de não negociando estes montantes no leilão, vir a ter que negociá-los no mercado livre a preços provavelmente inferiores. Esta situação corresponde a sair de um mercado de venda com preços regulados (contratos iniciais), para uma nova situação de economia de mercado.

Resultados:

De 12 participantes ativos no Leilão para o lote de energia que abrangia o período de 2005 à 2012 nossos preços de venda foram de R$ 57,47/MWh, para um valor médio de R$ 57,51/MWh. Para o lote de 2006 à 2013 nossos preços foram de R$ 67,87/MWh, para um valor médio de R$ 67,33/MWh.No cômputo geral, a tarifa média da CEEE atingiu o valor de R$ 61,31/MWh, ficando com o 6° lugar, à frente de empresas como a COPEL Geradora, ELETRONORTE, CHESF, ESCELSA e LIGTH.Na ótica da Distribuidora o Leilão propiciará segundo dados do Ministério de Minas e Energia um potencial de redução de 2,4% na tarifa de fornecimento a consumidores.

d) Revisão Tarifária

d.1) Transmissão

Conforme estabelecido no Contrato de Concessão de Transmissão de Energia Elétrica nº 055/2001, de 01.10.2001, firmado entre a CEEE e a ANEEL, a ANEEL procederá à revisão da Receita Anual Permitida da TRANSMISSORA CEEE, referente às INSTALAÇÕES DE TRANSMISSÃO classificadas pela Resolução ANEEL nº 166/2000 e estabelecidas na Resolução ANEEL nº 167/2000 (instalações anteriores a 1999). Tal processo iniciou-se em 2002, encontrando-se pendente a questão da validação definitiva da Base de Remuneração dos Ativos.A CEEE contratou o consórcio LEVIN-MERCATTO, empresa cadastrada junto à ANEEL, com o objetivo de verificar a existência física e avaliar os bens de uso que integram o Patrimônio de Transmissão da Companhia, tendo por base de avaliação o mês de janeiro de 2003.A expectativa da Companhia é de conclusão deste processo de revisão no exercício de 2005 junto com o próximo reajuste de receita.

d.2) Distribuição

A CEEE Distribuição realizou em 2004, sua primeira Revisão Tarifária Periódica, conforme estabelecido no Contrato de Concessão de Serviço Público de Distribuição de Energia Elétrica nº 81/99 - ANEEL, assinado com o Poder Concedente. O processo, com data de referência de 25/10/04, não está concluído, em decorrência de pendências tais como: não validação definitiva pela ANEEL da base de remuneração regulatória da Distribuição; custo da “quota de reintegração” (depreciação), ainda provisória por decorrência da não validação definitiva da base de remuneração regulatória; necessidade de revisão do valor reconhecido na Parcela “A”, no que se refere ao contrato de compra de energia elétrica proveniente da UHE de Machadinho; etc.Conforme detalhado na Nota Técnica nº 119 e Notas Técnicas Complementares nºs 251 e 258, todas de 2004 e de responsabilidade da Superintendência de Regulação Econômica da ANEEL, para cobertura dos encargos e custos já reconhecidos pela Agência, a Companhia teve um índice de reposição tarifária provisório de 6,45%, sendo 3,06% referente a revisão tarifária e 3,39% de recomposição de itens referente a Parcela A do período de 25 de outubro de 2001 até 14 de setembro de 2004, conforme Resolução Homologatória nº 242 de 18-10-04 da ANEEL.Adicionalmente, a Resolução Homologatória nº 242 determinou que as tarifas reajustadas somente permanecerão em vigor se a Companhia retirasse, até 01/12/04 as ações judiciais impetradas contra a ANEEL e a CCEE, (vide ações abaixo), sendo assim, a Companhia ingressou com nova ação contestando o artigo 7º da Resolução nº 242 que determina a redução tarifária, tendo em vista que o assunto ali tratado estaria sendo discutido na ação a respeito do Despacho nº 288, obtendo decisão liminar que permitiu à Companhia permanecer com as tarifas estabelecidas no artigo 6º da referida resolução.

e) Comercialização de Energia na CCEE

(*) Valor referente ao acordo de ressarcimento correspondente as despesas com a compra de energia no âmbito da CCEE, denominada como “Energia Livre”, realizadas durante o período de racionamento, decorrentes da redução da geração de energia elétrica nas usinas

Composição da Variação de Ítens da Parcela A (período de 01/01/2001 a 25/10/2001) homologado pela ANEEL

Valor Remuneração Total Valor Saldo Homologado Acumulada até Acumulado até Amortizado Amortizar ÍTENS Resoluções 31.12.2004 31.12.2004 até 31.12.2004 em 31.12.2004 nº 482/02 (2) (3)=(1)+(2) (4) (5)=(3)+(4) e 001/04 (1)

Energia Comprada 45.738 23.574 69.312 69.662 -300 Transporte Itaipú 140 69 209 210 -1 Quota CCC 8.258 4.256 12.514 12.577 -54 Encargo Uso Rede Básica 1.129 582 1.711 1.719 -7 Quota Reserva Global Reversão RGR 1.244 641 1.885 1.894 -8 Encargo de Conexão 3 4 7 7 0 Taxa de Fiscalização 317 164 481 483 -2

SOMA 56.829 29.290 86.119 86.552 -372

Os saldos compõem-se:

ATIVO CIRCULANTE 2004 2003

Energia Curto Prazo – CCEE (vide nota explicativa 4.2.a) 1.703 1.726

ATIVO REALIZÁVEL A LONGO PRAZO (*) Ressarcimento Acordo – CCEE (vide nota explicativa 6.1) 69.948 74.083

PASSIVO CIRCULANTE (751) (14.291) Energia Curto Prazo – CCEE (vide nota explicativa 8.8) (751) (14.291)

PASSIVO EXIGÍVEL A LONGO PRAZO (105.739) (105.739) Energia Curto Prazo (92.532) (92.532) Encargo do Serviço do Sistema (13.207) (13.207)

Total Líquido (34.839) (44.221)

Page 23: Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis - CEEEceee.com.br/pportal/ceee/archives/upload/CEEE2004_notas... · Charqueadas e uma estação de piscicultura no município de

participantes do Mecanismo de Realocação de Energia (MRE). Este valor está sendo cobrado dos consumidores finais dos submercados sujeitos ao racionamento pelas respectivas distribuidoras e será repassado à Companhia. A Companhia realizou a contabilização da energia de Curto Prazo negociada no âmbito da CCEE, conforme contabilização definitiva elaborada por aquela entidade, porém impetrou ações judiciais nas seguintes bases:

PROCESSO CEEE Nº 3.494/02

OBJETO: Ação Ordinária visando a nulidade do item IV do Despacho nº 288 da ANEEL, em face dos vícios formais e materiais desse ato administrativo e declaração de que a CEEE possuía o direito de não optar pelo alívio de exposição da energia elétrica oriunda de contrato de Itaipu nos exercícios de 2001 e 2002, de sorte a ter direito ao resultado dos riscos de exposição positiva no âmbito do mercado. Houve requerimento de liminar de antecipação da tutela para que fosse a ANEEL ordenada a instruir o CCEE - Câmara de Comercialização de Energia Elétrica, a recontabilizar os valores da CEEE relativos à comercialização da energia-elétrica da cota-parte de Itaipu Binacional referentes ao exercício de 2001 e 2002, contabilizando e liquidando em favor da CEEE a exposição positiva verificada em razão da não opção pelo alívio de exposição.

ANDAMENTO:Ajuizada a demanda, o juízo concedeu à CEEE a antecipação de tutela requerida determinando a suspensão da contabilização dos valores da energia produzida por Itaipu e referente à quota a que tem direito a Autora, a qual não foi objeto de registro nos exercícios de 2001 (total) e 2002 (parcial), até que fosse proferida decisão final quanto à validade do Despacho nº 288/2002 da ANEEL, tendo ainda sido determinado a vedação de qualquer exigência de valores decorrentes da contabilização eventualmente lançada e que foi liminarmente suspensa, até final julgamento da ação.Da decisão que concedeu a antecipação de tutela, a ANEEL interpôs agravo de instrumento que foi autuado perante o Tribunal Regional Federal de Brasília em data de 17/12/2002, sob o nº 2002.01.00.045107-3, ao qual não foi concedido o efeito suspensivo pleiteado pela ANEEL e o agravo encontra-se aguardando julgamento de mérito pela Turma Julgadora do Tribunal. Em data de 07/12/2004 sobreveio despacho saneador nos autos principais em que o Juízo declara que a lide está sustentada em fatos que dependem de comprovação através de perícia técnica, manifestando a necessidade de realização da prova. A CEEE peticionou nos autos tecendo esclarecimentos sobre a lide e concordando com a realização da perícia técnica. A última movimentação processual (20/01/2005) indica a remessa de mandado de citação por oficial para ANEEL.

PROCESSO CEEE Nº 3.555/2002

AÇÃO CAUTELAR

OBJETO:Ação Cautelar Preparatória com pedido de liminar, para o fim de determinar que a CCEE – Câmara de Comercialização de Energia Elétrica suspenda o andamento da liquidação financeira das transações de energia elétrica prevista para o dia 22/11/02, relativamente à parte Autora.

ANDAMENTO:Foi deferida a medida liminar para que a CCEE suspenda o andamento da liquidação das transações de energia elétrica prevista para o dia 22/11/02, relativamente à CEEE (período de setembro de 2000 à setembro de 2002), até ulterior deliberação do Juízo. Após, houve despacho do Juízo esclarecendo que as liquidações futuras em relação às operações realizadas nos meses de outubro à dezembro de 2002 não estão abrangidas pela decisão liminar. A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE, interpôs agravo de instrumento autuado sob o nº 2002.03.00.051118-9 em data de 06/12/2002, tendo sido indeferida a liminar de efeito suspensivo pleiteada pela CCEE ante a ausência dos requisitos necessários ao acolhimento do pleito liminar, estando o processo concluso ao Desembargador Relator desde 10/06/2004, aguardando julgamento de mérito pela Quarta Turma do Tribunal Regional Federal da 3ª Região.

AÇÃO ORDINÁRIA

OBJETO:Ação Declaratória com Pedido Condenatório objetivando a declaração de nulidade do Despacho ANEEL nº 346/2002, por infração aos princípios da legalidade e segurança jurídica, bem como condenação da CCEE a liquidar as contabilizações do período de setembro de 2000 à outubro de 2002 somente mediante auditoria prévia dos programas computacionais utilizados pelo sistema de contabilização e liquidação, e das transferências de recursos entre os agentes participantes da CCEE, atendendo estritamente aos termos da Convenção de Mercado aprovada pela Resolução ANEEL nº 102/2002, que possibilite à Autora conferir e controlar a exata origem e o objeto do seu débito.

ANDAMENTO:Ação Ordinária proposta em data de 19/12/2002 e autuada sob o nº 2002.61.00.029736-5. A CEEE peticionou requerendo realização de prova pericial, e houve despacho do Juízo em data de 06/08/2004 requerendo a formulação de quesitos para aferir-se a pertinência da prova pericial. A petição da CEEE com os quesitos foi apresentada em data de 13/08/2004 e a última informação processual é de juntada de petição em data de 24/08/2004.

f) Ativo Regulatório 2004

PASEP de dezembro/2002 a dezembro/2004 9.499 COFINS de fevereiro/2004 a dezembro/2004 8.714

Total 18.213

Em razão das alterações introduzidas pelas Leis n°s 10.637/02 e 10.833/03, as quais majoraram a alíquota do PIS de 0,65% para 1,65% e da COFINS de 3% para 7,6% respectivamente, foi reconhecido no exercício de 2004 um Ativo Regulatório de PIS e COFINS no montante de R$ 18.213, correspondente à diferença dessas alíquotas não repassadas para a tarifa.

g) Impactos do Novo Modelo do Setor Elétrico

Comercialização de Energia Elétrica e Outorga de Concessões

Em 30 de julho de 2004, o Governo Federal promulgou o Decreto n° 5.163, que (i) regulamenta a comercialização de energia elétrica nos Ambientes de Contratação Regulada e Livre e (ii) dispõe sobre o processo de outorga de concessões e autorizações para geração de energia elétrica. Suas principais disposições versam sobre:· Regras gerais de comercialização de energia elétrica;· Comercialização de energia elétrica no Ambiente de Contratação Regulada (incluindo as regras sobre informações e declarações de necessidades de energia elétrica, leilões para compra de energia elétrica, contratos de compra e venda de energia elétrica e repasse às tarifas dos consumidores);· Comercialização e liquidação de diferenças no mercado de curto prazo; e· Outorgas de concessão

Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico - CMSE

Em 9 de agosto de 2004, o Governo Federal promulgou o Decreto n° 5.175, que cria o Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico - CMSE, que será presidido e coordenado pelo MME e composto por representantes da ANEEL, da Agência Nacional de Petróleo, da CCEE, da EPE e do ONS. As principais atribuições do CMSE será (i) acompanhar as atividades do setor energético, (ii) avaliar as condições de abastecimento e atendimento ao mercado de energia elétrica e (iii) elaborar propostas de ações preventivas ou saneadoras visando à manutenção ou restauração da segurança no abastecimento e no atendimento eletroenergético, encaminhando-as ao CNPE.

Câmara de Comercialização de Energia Elétrica - CCEE

O MAE foi extinto e suas atividades e ativos foram absorvidos pela nova CCEE. A finalidade da CCEE é viabilizar a comercialização de energia elétrica no Sistema Interligado Nacional, promovendo, desde que delegado pela ANEEL, os leilões de compra e venda

Page 24: Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis - CEEEceee.com.br/pportal/ceee/archives/upload/CEEE2004_notas... · Charqueadas e uma estação de piscicultura no município de

de energia elétrica. A CCEE será responsável (i) pelo registro de todos os Contratos de Comercialização de Energia no Ambiente Regulado - CCEAR e os contratos resultantes dos leilões de ajustes, bem como dos montantes da potência e energia dos contratos celebrados no Ambiente de Contratação Livre - ACL, e (ii) pela contabilização e liquidação dos montantes de energia elétrica comercializados no mercado de curto prazo, dentre outras atribuições.A CCEE é composta pelos concessionários, permissionários e autorizados de serviços de energia elétrica e pelos consumidores livres e o seu conselho de administração é composto de cinco membros, sendo quatro indicados pelos referidos agentes e um pelo MME, que é seu presidente.

Empresa de Pesquisa Energética - EPE

Em 16 de agosto de 2004 através do Decreto nº 5.184, o Governo Federal criou a Empresa de Pesquisa Energética - EPE e aprovou o seu estatuto social. A EPE é uma empresa pública federal, responsável pela condução de estudos e pesquisas destinadas a subsidiar o planejamento do setor energético, incluindo as indústrias de energia elétrica, petróleo e gás natural e seus derivados, carvão mineral, fontes energéticas renováveis, bem como na área de eficiência energética. Os estudos e pesquisas desenvolvidos pela EPE subsidiarão a formulação, o planejamento e a implementação de ações do MME no âmbito da política energética nacional.

Outros Impactos Gerais

Em função das recentes promulgações de leis e seus respectivos aditivos e de sua abrangência e complexidade, além da necessidade de normas complementares a serem regulamentadas pela ANEEL, a Companhia está avaliando os impactos de nova regulamentação sobre seu negócio.

h) Desverticalização da CEEE

A Lei nº 10.848, de 15 de março de 2004, proposta pelo Governo Federal e aprovada pelo Congresso Nacional, estabeleceu novas regras para o Setor Elétrico Brasileiro. Em seus dispositivos, a Lei proíbe que uma empresa de distribuição de energia exerça atividades de

geração, transmissão e venda de energia a consumidores livres, dentre outras restrições. A CEEE, como empresa verticalizada, exerce estas atividades precisando, portanto, se adequar à nova legislação para continuar atuando no setor.A CEEE criou um grupo de trabalho composto por empregados, que representam as diferentes áreas da empresa, e reúnem competências diversas necessárias ao acompanhamento e assessoramento à Diretoria no processo de desverticalização. Com a finalidade de acompanhar o desenvolvimento dos estudos de adequação da Empresa ao novo modelo do Setor Elétrico, o Governador do Estado instituiu Grupo de Trabalho, o qual tem acompanhado, passo a passo, a evolução deste processo.No final de 2004, a Empresa procedeu à contratação de consultoria, através de processo licitatório, para indicar alternativas para a desverticalização, em especial, a segregação da atividade de distribuição, exigida pela Lei 10.848/04.Foram realizadas várias reuniões de trabalho coordenadas pela Consultoria formada pelo Consórcio ITAÚ/BBA, DEMAREST & ALMEIDA E DELOITTE, com a participação da Diretoria, do Grupo de Trabalho nomeado pelo Governador do Estado e do Grupo de Trabalho da CEEE.No dia 3 de março a Consultoria apresentou aos grupos de trabalho já referidos, ao Secretário Valdir Andres e à Diretoria da Empresa, um relatório preliminar contendo as alternativas estudadas e recomendações para a nova estrutura societária. As alternativas consideradas mais viáveis prevêem a criação de uma empresa distribuidora e outras de geração e de transmissão, sendo que essas últimas poderão configurar uma única empresa. Essas empresas poderão estar vinculadas diretamente aos acionistas ou através de uma holding não operacional.Durante o desenvolvimento deste trabalho buscou-se também o equilíbrio econômico e financeiro das novas empresas. Outra iniciativa que está sendo tomada é o encaminhamento de Proposta de Emenda Constitucional à Assembléia Legislativa, que visa alterar dispositivo da Constituição Estadual, que prevê a realização de plebiscito para qualquer alteração societária da Companhia, de forma a permitir a adequação da empresa ao que determina a Lei Federal, dentro do prazo estabelecido de 15 de setembro de 2005.

ANTONIO CARLOS BRITES JAQUESDiretor Presidente

EDISON ZARTDiretor

ANTONIO DORNEU CARDOSO MACIELDiretor

CARLOS RONALDO VIEIRA FERNANDESDiretor

NILO VALENTIM QUARESMA JÚNIORDiretor

LUIZ ANTONIO LEÃODiretor

MARIA LUIZA MULLER ZBOROWSKYChefe da Divisão Contábil

LUCIANE PEREIRA DALLA VALENTINAChefe Departamento de Demonstrações Contábeis