8
1 CPPC Notícias da Paz Conselho Português para a Paz e Cooperação Janeiro/Março 2012 Escalada de guerra no Médio Oriente Travar a agressão e a ingerência O Conselho Português para a Paz e Cooperação pretende mobilizar o povo português contra a escalada de guerra no Médio Oriente, nomeadamente contra as agressões militares que poderão estar em preparação contra a Síria e contra o Irão. A XXII Assembleia da Paz, real- izada em Lisboa no dia 19 de No- vembro, definiu o reforço do movi- mento da Paz em Portugal como um dos objectivos centrais da acção do CPPC nos próximos dois anos, a par do desenvolvimento de uma ampla intervenção em defesa da Constitu- ição da República e por uma política externa em consonância com o consagrado nos três primeiros pontos do seu artigo 7.º. A luta contra a guerra e o mili- tarismo, a intensificação da soli- dariedade e cooperação com os povos do mundo são outras das linhas aprovadas. Para que tudo isto se con- cretize há que reforçar o CPPC. Tudo sobre a XXII Assembleia: -As principais linhas de acção -Os órgãos sociais eleitos -As moções -As intervenções Páginas 2 a 5 Na XXII Assembleia da Paz, realizada em Lisboa no dia 19 de Novembro (da qual damos conta nesta edição), foi aprovada uma moção onde se acusava os Estados Unidos da América e os seus aliados de, «na sequência da autêntica barbárie que lançaram contra o povo líbio», se estarem a lançar agora «na provocação, na desestabilização interna e na ameaça de agressão militar directa», não só contra a Síria como também contra o Irão. A moção considerava ainda que a não ser travada esta escalada de con- fronto e de guerra imperialista, a hu- manidade «enfrentará uma potencial catástrofe de grandes dimensões». Os activistas da paz reafirmaram, aí, aquelas que são as suas exigências fundamentais rela- tivamente a esta questão: o fim de toda e qualquer in - gerência e desesta - bilização na Síria e o respeito pela soberania do seu povo e pela independência e integridade territorial deste país (incluindo a recu- peração dos seus territórios ilegalmente ocupados por Israel); o fim das ameaças de agressão ao Irão e o cabal cumpri- mento do Tratado de Não Proliferação Nuclear, designadamente pelos EUA e Is- rael; o respeito, por parte do Governo por- tuguês, pela Constituição da República – que preconiza a solução pacífica dos con- flitos internacionais e a não ingerência nos assuntos internos dos outros Estados – e pela Carta das Nações Unidas. Posição comum Apenas um mês depois da XXII As- sembleia da Paz, foi divulgada uma posição comum subscrita por várias or- ganizações nacionais dos mais variados sectores contra uma eventual agressão militar contra a Síria. A iniciativa partiu do CPPC. As organizações subscritoras realçam que, «independen- temente da posição que se possa ter quanto ao regime sírio, o que está em causa e não podemos deixar de denunciar e rejeitar é que, tal como aconteceu com a Líbia, se instru- mentalizam e ali- mentam questões internas, dificuldades e contradições de um país com o fim de promover a desestabilização, o conflito, o bloqueio económico e político, e ameaçando também de agressão militar directa». Intuitos estes, acrescentam, acompanhados por uma «intensa op- eração de desinformação e de tenta-

noticias da paz 2012 Fevereiro

Embed Size (px)

DESCRIPTION

noticias da paz 2012 Fevereiro

Citation preview

Page 1: noticias da paz 2012 Fevereiro

1 CPPC

Notícias da PazConselho Português para a Paz e Cooperação

Janeiro/Março 2012

Escalada de guerra no Médio Oriente

Travar a agressãoe a ingerênciaOCCoonnsseellhhoo PPoorrttuugguuêêss ppaarraa aa PPaazz ee CCooooppeerraaççããoo pprreetteennddee

mmoobbiilliizzaarr oo ppoovvoo ppoorrttuugguuêêss ccoonnttrraa aa eessccaallaaddaa ddee gguueerrrraa nnooMMééddiioo OOrriieennttee,, nnoommeeaaddaammeennttee ccoonnttrraa aass aaggrreessssõõeess mmiilliittaarreess

qquuee ppooddeerrããoo eessttaarr eemm pprreeppaarraaççããoo ccoonnttrraa aa SSíírriiaa ee ccoonnttrraa oo IIrrããoo..

A XXII Assembleia da Paz, real-izada em Lisboa no dia 19 de No-vembro, definiu o reforço do movi-mento da Paz em Portugal como umdos objectivos centrais da acção doCPPC nos próximos dois anos, a pardo desenvolvimento de uma amplaintervenção em defesa da Constitu-ição da República e por umapolítica externa em consonânciacom o consagrado nos três primeirospontos do seu artigo 7.º. A luta contra a guerra e o mili-tarismo, a intensificação da soli-dariedade e cooperação com os povosdo mundo são outras das linhasaprovadas. Para que tudo isto se con-cretize há que reforçar o CPPC.

TTuuddoo ssoobbrree aa XXXXIIII AAsssseemmbblleeiiaa::

-As principais linhas de acção-Os órgãos sociais eleitos-As moções-As intervenções Páginas 2 a 5

Na XXII Assembleia da Paz, realizadaem Lisboa no dia 19 de Novembro (daqual damos conta nesta edição), foiaprovada uma moção onde se acusava osEstados Unidos da América e os seusaliados de, «na sequência da autênticabarbárie que lançaram contra o povolíbio», se estarem a lançar agora «naprovocação, na desestabilização internae na ameaça de agressão militar directa»,não só contra a Síria como também contrao Irão. A moção considerava ainda que anão ser travada esta escalada de con-fronto e de guerra imperialista, a hu-manidade «enfrentará uma potencialcatástrofe de grandes dimensões».Os activistas da

paz reafirmaram,aí, aquelas que sãoas suas exigênciasfundamentais rela-tivamente a estaquestão: oo ffiimm ddeettooddaa ee qquuaallqquueerr iinn--ggeerrêênncciiaa ee ddeesseessttaa--bbiilliizzaaççããoo nnaa SSíírriiaa eo respeito pelasoberania do seupovo e pela independência e integridadeterritorial deste país (incluindo a recu-peração dos seus territórios ilegalmenteocupados por Israel); o fim das ameaçasde agressão ao Irão e o cabal cumpri-mento do Tratado de Não ProliferaçãoNuclear, designadamente pelos EUA e Is-rael; o respeito, por parte do Governo por-

tuguês, pela Constituição da República –que preconiza a solução pacífica dos con-flitos internacionais e a não ingerêncianos assuntos internos dos outros Estados– e pela Carta das Nações Unidas.

Posição comum

Apenas um mês depois da XXII As-sembleia da Paz, foi divulgada umaposição comum subscrita por várias or-ganizações nacionais dos mais variadossectores contra uma eventual agressãomilitar contra a Síria. A iniciativa partiudo CPPC.As organizações subscritoras realçam

que, «independen-temente da posiçãoque se possa terquanto ao regimesírio, o que está emcausa e nãopodemos deixar dedenunciar e rejeitaré que, tal comoaconteceu com aLíbia, se instru-mentalizam e ali-

mentam questões internas, dificuldadese contradições de um país com o fim depromover a desestabilização, o conflito, obloqueio económico e político, eameaçando também de agressão militardirecta». Intuitos estes, acrescentam,acompanhados por uma «intensa op-eração de desinformação e de tenta-

Page 2: noticias da paz 2012 Fevereiro

2 Notícias da Paz

Oreforço do movimento da paz em Portugal é um dos objectivos centrais do CPPCpara os próximos dois anos, definido na XXII Assembleia da Paz, realizada nodia 19 de Novembro no Jardim de Inverno do Teatro Municipal de São Luiz, em

Lisboa. Para além do seu reforço orgânico próprio, é propósito do CPPC – como ficou previsto

no Plano de Acção para o biénio 2011/2013, aprovado por unanimidade – «estabelecerbases de de entendimento com outras organizações do movimento da paz na prossecuçãode objectivos convergentes ou comuns, promovendo tomadas de posição, iniciativas,campanhas e plataformas conjuntas». Sem prejuízo, como é evidente, da sua autonomiae dos seus princípios. Uma das acções a levar a cabo neste período temporal é a pprroo--mmooççããoo ee ddeesseennvvoollvviimmeennttoo ddee uummaa ««aammppllaa iinntteerrvveennççããoo eemm ddeeffeessaa ddaa CCoonnssttiittuuiiççããoo ddaaRReeppúúbblliiccaa PPoorrttuugguueessaa e por uma política externa portuguesa em consonância com o con-sagrado nos três primeiros pontos do seu Artigo 7.º, assim como dos princípios con-sagrados na Carta da ONU e do Direito Internacional». No topo das prioridades mantém-se a luta contra a guerra e o militarismo, prevista

no Plano de Acção e na Resolução, aprovada também ela por todos os aderentes doCPPC presentes na assembleia. Insere-se aqui toda a acção a desenvolver contra osblocos político-militares, como a NATO; contra a militarização da União Europeia;contra as bases militares estrangeiras; pelo fim da corrida aos armamentos; por ummundo livre de armas nucleares; pela rejeição da participação de tropas ou forçasmilitarizadas portuguesas em agressões a outros povos e por uma política externa in-dependente de Portugal.Um outro objectivo a levar por diante é a intensificação da solidariedade e cooper-

ação com todos os povos do mundo, em particular com os povos vítimas de guerrasimperialistas. O CPPC deverá, nomeadamente, continuar a solidarizar-se com a resistên-cia contra a agressão, a ocupação, a ingerência estrangeira, a chantagem, o bloqueio ouameaça de intervenção militar, apoiando a luta dos povos pelo seu inalienável direito à au-todeterminação, à soberania, à liberdade, à independência dos seus respectivos países.Em coerência com estes objectivos, a Assembleia da Paz definiu que a acção do CPPC

terá de continuar a ser pautada pela «denúncia e combate às crescentes e intoleráveisinjustiças, a todas as formas de opressão, exclusão e discriminação geradas por um sis-tema capitalista cuja crise se agudiza e que encontra, igualmente, na guerra uma formade impor o seu domínio».

XXII Assembleia da Paz

Pela Paz! Todos não somos demais

tiva de instrumentalização dasNações Unidas e suas agências, de

modo a justificar inaceitáveis propósi-tos belicistas, com o seu lastro de mortee destruição».Na posição comum lembra-se ainda

que são os mesmos que impuseram aguerra em diversos pontos do globo eque aí são «responsáveis e cúmplicesde violações dos direitos humanos e dospovos», os que «clamam hipocritamentepelo seu respeito, acenando de novocom a barbárie de nova guerra que teráagora como principal vítima o povosírio, as suas legítimas aspirações e osseus direitos de soberania, políticos,económicos e sociais». A perigosa es-calada de ingerência e de guerra levadaa cabo pelos EUA e seus aliados, acres-centam, é movida principalmente con-tra os países que «assumem posições quecontrariam os propósitos imperialistasnesta região e que aí enfrentam e re-jeitam a política de Israel» – como émanifestamente o caso da Síria e doIrão. As organizações exigem o fim da in-

gerência e da escalada de agressão contraa Síria e querem ser acompanhados nestaexigência pelo Governo português.

Amplo consenso

A posição comum, que continuaaberta à subscrição de organizações emovimentos nacionais, foi apoiada atéao momento pelas seguintes organiza-ções:A Voz do Operário; Associação de

Amizade Portugal-Cuba; Associaçãodos Agricultores do Distrito de Lisboa;Associação Iuri Gagarin; AssociaçãoProjecto Ruído; Confederação Geral dosTrabalhadores Portugueses - Intersindi-cal Nacional; Conselho Português paraa Paz e Cooperação; Ecolojovem - “OsVerdes”; Federação dos Sindicatos daAgricultura, Alimentação, Bebidas, Ho-telaria e Turismo de Portugal; FederaçãoPortuguesa dos Sindicatos do Comércio,Escritórios e Serviços; Fiequimetal; In-terjovem; Juventude Comunista Portu-guesa; Movimento Democrático de Mu-lheres; Sindicato dos Trabalhadores doComércio, Escritórios e Serviços de Portu-gal; União dos Resistentes AntifascistasPortugueses; União dos Sindicatos deAveiro.

Page 3: noticias da paz 2012 Fevereiro

3 CPPC

XXII Assembleia da Paz

Orgãos Sociais eleitosEm Portugal e no MundoPara que os órgãos sociais eleitos (vertexto nestas páginas) possam levar pordiante todas as decisões da XXII As-sembleia da Paz precisam de se virarpara outra vertente, também ela pre-vista nos documentos aprovados – oreforço orgânico do CPPC. A di-namização do funcionamento dos seusórgãos e a promoção da participaçãodos aderentes nas actividades,nomeadamente os membros daPresidência, são duas medidas queimporta desde logo levar por diante.Mas não é tudo. Ficou ainda previstoo desenvolvimento de iniciativas quepermitam aumentar o número deaderentes do CPPC, nomeadamenteentre a juventude; incentivar a cri-ação e o funcionamento regular dosnúcleos, ou Comissões de Paz; asse-gurar a divulgação da intervenção doCPPC e uma mais regular edição doNotícias da Paz e outras publicações ereforçar a presença do Conselho daPaz na Internet são outros dos objec-tivos. Consciente de que a «melhor e maissignificativa contribuição» que podedar para o reforço do movimento dapaz a nível mundial é o «reforço domovimento da paz em Portugal e dasua acção», o CPPC não desvaloriza– antes pelo contrário – a importânciadas suas relações com o movimentoda paz de outros países e, especial-mente, com o Conselho Mundial daPaz e suas organizações-membro. No Plano de Acção reafirma-se que oCPPC «continuará a contribuir para aarticulação do trabalho entre os movi-mentos pela paz no mundo, nomeada-mente, no seio do CMP, estreitando asua colaboração e disponibilizando--se para continuar a assumir os com-promissos que continuem a colocar--se». Assim, e até à próxima assem-bleia do CMP, que se realizará esteano no Nepal, o CPPC continuará aassumir as suas responsabilidadescomo membro coordenador da regiãoEuropa e do Executivo do CMP. A Assembleia da Paz aprovou ainda oRelatório de Actividades, o Relatóriode Contas e o Orçamento.

Direcção

PPrreessiiddeenntteeIlda Figueiredo

VViiccee--pprreessiiddeenntteessJosé Baptista Alves e Rui Namorado Rosa

TTeessoouurreeiirrooFilipe Ferreira

SSeeccrreettáárriioossCarlos Carvalho, Hernâni Magalhães e João Gordo Martins

VVooggaaiissAndré Oliveira, Catarina Sousa, Gustavo Carneiro, Helena Barbosa, HelenaCasqueiro, Inês Seixas, João Alves e Rita Lopes

Mesa da Assembleia Geral

PPrreessiiddeenntteeAntónio Avelãs Nunes

VViiccee--pprreessiiddeennttee Falcão de Campos

VVooggaaiissVítor Silva e Joana Dias Pereira

Comissão Fiscalizadora

PPrreessiiddeenntteeFrancisco Vilhena

VVooggaaiissElvira Palhinhas e João Saraiva

Presidência

Abílio Fernandes, Alfredo Monteiro, Alice Vieira, Ana Teresa Vicente, António Ar-nault, António José Avelãs Nunes, António Pereira Soares, António Vitorino d’Almeida,Armando Caldas, Avelino Pacheco-Gonçalves, Brito Apolónia, Carlos Araújo Sequeira,Carlos Carvalhas, Carlos Carvalho, Carlos do Carmo, Cláudia Madeira, DeolindaMachado, Dieter Dellinger, Dourada Mendes, Etelvina Reis, Eugénio Cavalheiro, Falcãode Campos, Francisco Santos, Frederico de Carvalho, Frei Bento Domingues, GracieteCruz, Graziela Abraços, Gustavo Carneiro, Hélder Madeira, Igrejas Caeiro, Isabel Cas-tro, Jaime Gralheiro, Joana Pereira, João Honrado, José Augusto Paixão, José ErnestoCartaxo, José Goulão, José Manuel Tengarrinha, Laura Lopes, Levy Baptista, Luis Fer-nando Melo Biscaia, Luís Varatojo, Luís Vicente, Luíz Francisco Rebello, Manuel DuranClemente, Manuel Freire, Margarida Tengarrinha, Maria do Céu Guerra, Maria HelenaRato, Maria Velho da Costa, Mário Pádua, Mário Ruivo, Miguel Madeira, Paco Bandeira,Parcídio Sumavielle Soares, Paulo de Carvalho, Paula Santos, Pezarat Correia, RuiNamorado Rosa, Sandra Benfica, Sérgio Ribeiro, Silas Cerqueira, Urbano Tavares Ro-drigues, Valdemar Santos, Vasco Pinto Leite, Vítor Pinto, Vítor Silva.

Page 4: noticias da paz 2012 Fevereiro

4 Notícias da Paz

XXII Assembleia da Paz

Levar mais longe a causa da Paz Ao longo de uma intensa tarde de

trabalhos, os participantes naXXII Assembleia da Paz não se

limitaram a definir as linhas de acção doCPPC para os próximos dois anos (ver pá-ginas anteriores). Analisaram a realidade,desvendaram intenções, propuseram cami-nhos – cumprindo, assim, as suas res-ponsabilidades de combatentes pela paz,condição fundamental para um futuro quese quer de desenvolvimento, progresso ejustiça. Ausente do País por razões profissionais,

o presidente da mesa da Assembleia Geral,António Avelãs Nunes, enviou uma men-sagem onde destacava a importância cres-cente do CPPC, face às ameaças que pai-ram sobre a paz no mundo. Em sua opinião,«cabe-nos, como cidadãos, uma responsa-bilidade enorme nas lutas a travar, tanto noque se refere ao trabalho teórico (que nosajuda a compreender a realidade) como noque respeita à luta ideológica (que nosajuda a combater os interesses estabeleci-dos e as ideias feitas)». Em seguida, apon-tou o caminho: «os povos organizadospodem acelerar o movimento da história epodem “fazer” a sua própria história». Do Brasil chegou outra mensagem, desta

feita da presidente do Conselho Mundialda Paz, Maria do Socorro Gomes. Salien-tando o «papel fundamental na luta dospovos do mundo contra as agressões eguerras imperialistas, bem como no forta-lecimento dos laços de solidariedade entreos povos» desempenhado pelo CPPC aolongo da sua existência, Socorro Gomes va-lorizou que o CPPC é um «factor de con-fiança na vitória dos ideais de justiça, so-berania e respeito entre as nações».

Parceiros de causas

A CGTP-IN e o MPPM, habituais par-ceiros do CPPC nos diversos combatestravados no País pelas causas da paz, en-viaram mensagens à assembleia. Nocaso da Intersindical, esta garantia verno CPPC a «organização de âmbito na-cional que, de forma mais persistente,determinada e coerente tem mobilizadoa sociedade portuguesa na nobre lutacontra a guerra e o militarismo, pela paz,

a cooperação, solidariedade e amizadeentre os povos».

Daí a CGTP-IN reiterar, na mensagemenviada, a determinação de reforçar a coo-peração com o CPPC. Presente na assem-bleia, Graciete Cruz, da direcção da CGTP--IN, manifestou o interesse da centralsindical em formalizar um protocolo com oCPPC que dê corpo a esta determinação.Já o Movimento Português pelos Direitos

do Povo Palestino e a Paz no Médio Oriente(MPPM) sublinhou o imperativo de refor-çar e alargar o campo da luta pela paz, noquadro dos «princípios basilares da sobe-rania dos estados e da não ingerência nosassuntos internos de cada país». O MPPMreiterou a sua disponibilidade e empe-nho para aprofundar a sua cooperaçãocom o CPPC precisamente partir dessesprincípios. O Movimento da Paz do Porto fez-se

representar na assembleia, por JoséPedro Rodrigues, que destacou a con-vergência de objectivos e causas entreas duas estruturas.

Aprender com a história

Margarida Tengarrinha e Silas Cerqueira,membros da Presidência do CPPC e «fun-dadores» do movimento da paz no nossoPaís, na alvorada dos anos 50 do séculopassado, intervieram na assembleia, con-ferindo ao evento uma continuidade histó-

rica cuja compreensão é essencial para osduros combates que se avizinham.Margarida Tengarrinha realçou a impor-

tância e actualidade da luta contra a NATO(causa que mobilizou milhares de portu-gueses em 1952), ao passo que Silas Cer-queira acentuou a sua preocupação com ocarácter unitário do movimento da paz,sendo em sua opinião fundamental encon-trar exigências unificadoras de diversassensibilidades políticas e religiosas. Sérgio Ribeiro, também ele da Presidên-

cia do CPPC e activista do movimento dapaz há mais de 40 anos, lembrou a sua par-ticipação em reuniões internacionais pelaPaz, antes do 25 de Abril, quando tal eraproibido, e destacou a continuidade dascausas e exigências do movimento: desar-mamento, dissolução da NATO, respeitopela soberania e independência de povose países. E terminou com um aviso: «apaz é uma necessidade intrínseca, semcomplemento directo, é uma necessidade.É como a água, os recursos que nos man-tém seres vivos, é, hoje, a sobrevivênciada Humanidade.»

Aprofundar conhecimentos

Frederico de Carvalho, membro da Pre-sidência do CPPC e vice-presidente da Fe-deração Internacional de TrabalhadoresCientíficos, abordou o esforço finan-ceiro dedicado ao armamento, que se

Page 5: noticias da paz 2012 Fevereiro

5 CPPC

mantém a níveis semelhantes oumesmo superiores aos verificados nos

anos mais «quentes» da chamada GuerraFria. Abordando as mais recentes inova-ções científicas ao nível dos armamentos, oinvestigador lembrou que as despesas mi-litares dos EUA, as mais altas do mundo,ultrapassaram em 2011 os 700 mil milhõesde dólares (mais do que duplicaram entre2001 e 2011). A China, que apresenta asegunda maior despesa militar, encontra-se a grande distância dos EUA, com cercade um sexto dos gastos. Frederico de Carvalho chamou ainda a

atenção para quatro domínios, que mere-cem a seu ver especial atenção: armas nu-cleares; robôs militares; armas de energiadirigida, ditas não letais; e a utilização dacibernética para fins de espionagem. Luís Vicente, à data vice-presidente do

CPPC e actualmente membro da Presidên-cia, referiu-se aos «conflitos esquecidos»que se travam no continente africano e quecontinuam a constituir bloqueios ao seu de-senvolvimento. Depois de passar em re-vista os diferentes conflitos que sangramaquele continente, Luís Vicente garantiuque «é na economia política do colonia-lismo que se enraízam muitas das guerrascivis actuais».

A paz constrói-se

As restantes intervenções proferidas naassembleia foram dedicadas à acção prá-tica do CPPC na ampliação do movimentoda paz. Helena Barbosa, que seria eleitapara a Direcção, considerou que «é inten-sificando a luta dos trabalhadores e da ju-ventude em cada país, procurando dar res-posta aos seus problemas concretos que seamplia e reforça, num quadro mais geral, omovimento da paz». Em sua opinião, a lutapela paz «faz parte e é condição necessáriapara assegurar o rumo de progresso e dejustiça social» e só as lutas dos povos po-derão derrotar o imperialismo e garantir apaz.Manuel Matos interveio em nome do

recém-formado núcleo de Coimbra doCPPC, que tem desenvolvido uma inte-ressante e intensa actividade. A fechar, a presidente eleita, Ilda Fi-

gueiredo, falando em nome de toda aequipa, referiu-se à importância de, nosdifíceis tempos em que vivemos, alargare ampliar a luta pela paz, contra a guerrae pelo reforço da solidariedade com ospovos que defendem a sua soberania eindependência.

MoçõesMMooççõõeess aapprroovvaaddaass ppoorr uunnaanniimmiiddaaddee ee aaccllaammaaççããoo nnaa XXXXIIII AAsssseemmbblleeiiaa ddaa PPaazz

Defender o artigo 7.º da Constituição da República Portuguesa

No momento actual em que a desvirtuação e desconsideração da Constituição daRepública Portuguesa por parte dos governos vem sendo a ordem do dia, a XXII Assem-bleia da Paz apela com urgência a todas as organizações, pessoas, amantes da paz, daamizade e da cooperação a amplificação de esforços na defesa da sua integridade aomesmo tempo que exige do Governo português a adopção de uma política externa emconformidade com os princípios nela inscritos.

Prosseguir a luta contra a NATO

A XXI Assembleia da Paz, delibera também a renovação dos compromisso assumidospela Campanha «Paz Sim! NATO Não!», nomeadamente na prossecução do esclareci-mento do povo português, bem como na luta contra as guerras de agressão e pelo fim dosblocos político-militares ao mesmo tempo que exige do Governo português se bata peladissolução da NATO em cumprimento da Constituição da República.

Não à escalada de guerra no Médio Oriente

A XXI Assembleia da Paz reprovou firmemente a escalada de guerra no Médio Ori-ente, manifestou a total desaprovação dos actos criminosos que os EUA e os seus aliadosda NATO lançaram contra o povo líbio e agora na instigação, na desestabilização in-terna, e na ameaça de agressão militar directa contra a Síria e o Irão.A Assembleia da Paz exige o fim de qualquer ingerência e desestabilização na Síria, o

respeito pela soberania, independência e integridade territorial deste país. Exige tambémo fim das ameaças de agressão ao Irão e o pleno cumprimento do Tratado de Não Pro-liferação Nuclear e reclama do Governo português o respeito pela Constituição daRepública e pela Carta das Nações Unidas que preconiza a solução pacífica dos confli-tos internacionais e a não ingerência nos assuntos internos dos outros Estados.

Pelo reconhecimento do Estado da Palestina

Solidários com a causa do povo palestino, os participantes na XXII Assembleia da Pazvotaram favoravelmente: O apoio sem reservas do reconhecimento do Estado da Palestinacomo membro de pleno direito da ONU, com fronteiras anteriores a Junho de 1967 e comcapital em Jerusalém Leste; A reivindicação ao Governo Português do voto favorável à ad-missão da Palestina como membro de pleno direito da ONU; A exigência do fim da ocu-pação israelita; A interrupção da construção dos colonatos e desmantelamento dos exis-tentes; O derrube do Muro de Separação; O fim do bloqueio a Gaza; A libertação dospresos políticos palestinianos e no respeito do direito ao regresso dos refugiados.

Pelo respeito e cumprimento do inalienável direito à autodeterminação do povo saharauí

Fiéis à sua solidariedade com a justa causa do povo saharuí, ocupado ilegalmente porMarrocos há mais de 30 anos, os participantes na XXII Assembleia da Paz:Reafirmam a sua solidariedade para como povo saharauí e reclamam do governo por-

tuguês uma posição interventiva junto da ONU (para que se dê o real cumprimento dasvariadas resoluções sobre esta causa) e condenam a postura do governo de Marrocos,atentatória do respeito pelos direitos humanos do povo saharauí nos territórios ocupados.

Pela libertação dos cinco patriotas cubanos presos nos EUA

Cinco patriotas cubanos, Antonio Guerrero, Fernando González, Gerardo Hernández,Ramón Labañino e René González foram presos sem comprovação de culpabilidade esem terem sido respeitados os seus direitos, condenados a brutais penas de prisão nosEUA.A Assembleia da Paz perante a injusta situação imposta, exige a libertação, sem

condições, destes cinco patriotas cubanos e o seu imediato regresso a Cuba, pondo fim,desta forma, a uma indevida e inaceitável situação que se prolonga há 13 anos.

Page 6: noticias da paz 2012 Fevereiro

6 Notícias da Paz

AConvite da CPAPD (ChinesePeoples Association for Peaceand Disarmament) teve lugar no

período de 18 a 30 de Novembro de 2011uma visita à República Popular da Chinapor um grupo de representantes de orga-nizações de 15 países, membros do Con-selho Mundial da Paz. Entre estes esteveo representante do CPPC, Baptista Alves,que integrou a visita a partir do dia 21. Os países representados foram: Itália,

Espanha, Portugal, Alemanha, Egito, Tur-quia, Líbano, Jordânia, Palestina, Síria,Irão, Grécia, África do Sul, Zimbabué eChipre.A visita constou de um intenso pro-

grama de contactos com entidades ofi-ciais, municipais e regionais, envolvendotrês regiões: Pequim, Xi`an e Xiamen.Para além dum conjunto de reuniões comtemas programados Política Económica eSocial, Direitos Humanos e Política dasRelações Internacionais, houve aindalugar à concretização de uma Conferên-

cia sobre o Médio Oriente, aproveitandoa presença de um significativo grupo depaíses daquela zona do globo.Nas regiões visitadas, para além de ro-

teiros culturais, os participantes tomaramcontacto com responsáveis por diversosdepartamentos, do bem-estar social àprotecção de minorias étnicas, passandopela protecção ambiental. Para lá das visitas a locais históricos

como a Cidade Proibida ou a Grande Mu-ralha, houve ainda lugar a um encontrocom responsáveis do CPAPD, durante oqual foram feitas apresentações por cadaum dos países representados.O vice-presidente do CPPC salientou,

na ocasião, que «Portugal está hoje aviver um dos períodos mais difíceis detoda a sua história. Sitiado pela agiota-gem internacional, expropriado de fatiasimportantes da sua soberania, sobre-en-dividado, submete-se, pela mão do go-verno de direita em exercício, sem luta,às exigências externas, impondo ao povo

português um duríssimo regime de aus-teridade com consequências dramáticasna degradação das condições de vida daesmagadora maioria da população».Para Baptista Alves, «recolocar o Paísnos caminhos de Abril valorizando o de-senvolvendo as capacidades produtivasnacionais, aprofundando a vivência de-mocrática no respeito pelos princípiosda equidade social, defendendo a inde-pendência nacional, a paz e a coopera-ção com todos os outros povos doMundo, é o único caminho credível paraa saída da crise e para a construçãodum futuro melhor”.

Visita à República Popular da China

Joana Dias Pereira, da mesa da Assembleia-geral, representouo CPPC num Seminário Internacional realizado em São Paulo, noBrasil, nos dias 2 e 3 de Dezembro. O seminário, que teve comotema Os direitos humanos na perspectiva da construção de umacultura de paz, foi promovido pelo Cebrapaz, cuja presidente,Maria do Socorro Gomes, preside também ao Conselho Mundialda Paz. A representante do CPPC, que interveio na mesa de abertura

do seminário, começou por considerar «tese confirmada pela ex-periência histórica do movimento da paz em Portugal e do povoportuguês» o facto de a luta pela paz ser «parte integrante e in-dissociável da luta pela emancipação social e nacional». Ouseja, clarificou, «o direito à paz é condição e parte integranteda realização dos direitos sociais e nacionais dos povos». Assim,prosseguiu Joana Dias Pereira, a conquista da paz pelo povo por-tuguês «foi, é e será condição necessária e indissociável da con-quista da sua soberania, do seu progresso social e desenvolvi-mento económico».Considerando que o movimento e a luta pela paz em Portu-

gal, desde a sua criação nos anos 40 do século XX, «foramparte integrante da luta contra o regime fascista português», arepresentante do CPPC acrescentou que esse movimento con-tribuiu de um modo importante para «alargar o campo da uni-dade democrática, designadamente após a vitória sobre o nazi-

fascismo, com as lutas contra as armas atómicas – criminosa-mente lançadas pelos EUA contra Hiroxima e Nagasáqui – econtra a criação da NATO, em 1949, da qual o regime fascistaportuguês foi membro fundador».

Alertando para o recrudescer da agressividade do imperia-lismo, Joana Dias Pereira considerou a NATO a «mais séria esignificativa ameaça à segurança e à paz ao nível mundial». Evalorizou ainda a «admirável resistência e luta dos povos con-tra a opressão e a exploração, contra a injustiça, pela liberdadee a paz, numa prova inequívoca que o futuro do Mundo seráaquilo que a humanidade determinar».

Seminário Internacional no Brasil

Page 7: noticias da paz 2012 Fevereiro

7 notícias da paz

Realizou-se, entre 18 e 22 deSetembro, uma missão de soli-dariedade à Palestina pro-

movida em conjunto pela FederaçãoMundial da Juventude Democrática e oConselho Mundial da Paz. Entre os 20delegados presentes esteve Filipe Fer-reira, em representação do CPPC. A missão realizou-se a convite do

Comité Palestiniano para a Paz e Soli-dariedade (PCPS) e os seus participantestiveram a oportunidade de se encontrarcom representantes da Autoridade Na-cional Palestiniana, da Organização deLibertação da Palestina e do ConselhoLegislativo Palestiniano, com diversospartidos políticos (Fatah, Partido do Povoda Palestina, Frente Popular de Liber-tação da Palestina e Frente Democráticade Libertação da Palestina), e ainda comorganizações e movimentos de juventude. As duas organizações internacionais

também se encontraram com represen-tantes do movimento da paz de Israel, doPartido Comunista de Israel e da Frentepela Paz e Igualdade (Hadash) do Knes-set, o Parlamento Israelita.

Ao longo dos dias em que durou a mis-são, os seus participantes puderam veri-ficar in loco as consequências do muroque rasga a Margem Ocidental, o cresci-mento dos colonatos, a situaçãodramática de centenas de milhares derefugiados no seu próprio país ou asdezenas de postos de controlo naMargem Ocidental e em Jerusalém.

Clara é também a discriminação dos is-raelitas árabes em todas as esferas davida. Este foi também o momento de reafir-

mar o apoio do CMP e da FMJD à re-sistência popular contra a ocupação e aagressão, com a confiança de que delanascerá o futuro Estado independenteda Palestina, com capital em Jerusalém.

O CPPC participou, no dia 9 de Novembro, numa conferênciasobre a militarização da União Europeia, promovida pelo GrupoConfederal da Esquerda Unitária Europeia/ Esquerda VerdeNórdica do Parlamento Europeu. A iniciativa, realizada emBruxelas, reuniu um grupo de deputados, activistas, especialis-tas e investigadores que trabalham sobre armamento e investi-gação com fins militares.Na conferência, denunciou-se a transformação crescente da

União Europeia numa estrutura militar, bem como a sua parti-cipação em diversas guerras de agressão contra países e povos– de que a guerra contra a Líbia é apenas o episódio mais re-cente. Alertou-se ainda para o aumento do investimento comu-nitário em armamento – cada vez mais sofisticado – sob a capade investigação «civil» e mesmo «espacial». Na sua intervenção, o representante do CPPC, Gustavo

Carneiro, lembrou que a «criação e desenvolvimento da dimen-são militar da União Europeia é um processo que acompanha,passo a passo, o aprofundamento das suas outras dimensões, afederalista e a neoliberal». Estas dimensões, realçou, são «in-terdependentes e estão presentes em todas as alterações aostratados – desde Maastricht, passando pelos de Amesterdão ede Nice, até ao de Lisboa». O dirigente do CPPC denunciouainda a estreita ligação da UE com a estrutura da NATO.

Contra a militarização da UE

No momento em que se assinalam os 10 anos do início dautilização, por parte dos Estados Unidos da América, dabase de Guantánamo como centro de detenção ilegal e tor-tura de prisioneiros no âmbito da famigerada guerra contrao terrorismo, o CPPC lembra os «inúmeros prisioneiros» quepor lá passaram e que, «privados das mínimas garantiaslegais e sem julgamento, foram sujeitos às maiores violên-cias físicas e psicológicas». Estiveram ali encarceradoscerca de 800 prisioneiros. Numa tomada de posição sobre esse negro aniversário, oCPPC recorda ainda que o presidente dos EUA, BarackObama, se comprometeu a fechar o campo quando foi eleito,mas tal não aconteceu nem está previsto que aconteça. Ligado a isto estão ainda os voos da CIA transportando pri-sioneiros para Guantánamo, que contaram, na sua passagempela Europa, com o beneplácito de diversos governos, in-cluindo do português. O CPPC, reafirmando a exigência de encerramento docampo de torturas de Guantánamo, quer ver devolvidos osterrenos da base ao seu legítimo dono - o povo e o Estadocubanos.

Nos 10 anos do Campo de Tortura de Guantanamo

Missão de Solidariedade

Palestina vencerá!

Page 8: noticias da paz 2012 Fevereiro

8 Notícias da Paz

OCPPC assinalou, no dia 27 deDezembro, oo tteerrcceeiirroo aanniivveerr--ssáárriioo ddoo iinníícciioo ddoo mmaassssaaccrree iiss--

rraaeelliittaa ccoonnttrraa aa ppooppuullaaççããoo ppaalleessttiinniiaannaa ddaaFFaaiixxaa ddee GGaazzaa – a chamada OperaçãoChumbo Fundido, que em menos de ummês provocou a morte de 1400 pessoas edeixou feridas 5000, na sua maioria civispalestinianos, mulheres e crianças. Vinte activistas do Conselho da Paz dis-

tribuíram, no Largo de Camões, em Lis-boa, centenas de folhetos denunciando omassacre israelita e recordando os efeitosde-vastadores daquela operação naeconomia da pobre região, vítima de umcruel e imoral bloqueio por parte de Is-rael. Por iniciativa do CPPC, foi aindatomada uma posição comum de diversasorganizações nacionais sobre este as-sunto.A acção realizou-se num momento em

que está em discussão nas Nações Unidaso reconhecimento do Estado da Palestina

como membro de pleno direito da organi-zação. No final do mês de Outubro, aPalestina foi aceite, de forma esmagadora,como membro da UNESCO (107 países afavor, 52 abstenções e 14 votos contra), oque, como sublinhou o CPPC na ocasião,

representa um «indiscutível reconheci-mento da grande maioria dos países domundo da rica cultura do povo palestinoe torna ainda mais claro o apoio general-izado à sua aspiração de ter o seu próprioestado independente, soberano e viável».

CCoonnsseellhhoo PPoorrttuugguuêêss ppaarraa aa PPaazz ee CCooooppeerraaççããoo RRuuaa RRooddrriiggoo ddaa FFoonnsseeccaa,, 5566 -- 22..ºº 11225500--119933 LLiissbbooaa PPoorrttuuggaall TTeell.. 2211 338866 3333 7755 eemmaaiill::ccoonnsseellhhooppaazz@@ccppppcc..pptt

wwwwww..ccppppcc..ppttVViissiittaa ee aaddeerree àà nnoossssaa ppáággiinnaa ddoo FFaacceebbooookk

CPPC solidário

Pelo Estado da Palestina

Marcha da RotaActivistas do CPPC voltaram amarcar presença na Marcha da Rota,em Cádiz, Espanha. Os portuguesesjuntaram-se aos mais de 5000espanhóis que, uma vez mais, semanifestaram junto à base contra ainstalação do sistema anti-míssil,imposto pela NATO e pelos EUA,naquela base e pela dissolução daaliança atlântica, pelo fim das bases militares estrangeiras e das agressõesimperialistas. No final da marcha, o CPPC usou da palavra.

O núcleo de Coimbra do CPPC promoveu, no dia 21 de Dezembro, um Magustopela Paz, com a consigna Paz Sim! Guerra Não!. O núcleo deixou a certeza de querealizará mais iniciativas pela paz para que também em Coimbra se alargue a lutapor um mundo mais justo, pacífico e solidário.

Presente!Como vem sendo hábito, o CPPC mar-

cou forte presença na grande manifes-tação sindical de 1 de Outubro, em Lis-boa, promovida pela CGTP-IN. Nasduas manifestações desse dia, em Lis-boa e no Porto, participaram quase 300mil pessoas.Nos dias 27 e 28 de Outubro, realizou-

-se em Lisboa a 5.ª Conferência Inter-sindical de Solidariedade com os Trabal-hadores e o Povo Saharaui, promovidopela CGTP-IN. O CPPC esteve represen-tado por Vítor Silva, à data membro da di-recção e actualmente vogal da mesa daAssembleia-geral. Também no FórumÁgua de Todos, não à Privatização, rea-lizado no dia seguinte, na Voz do Operário,em Lisboa, que contou com a presençade mais de 300 pessoas, o CPPC esteverepresentado.

Magusto em Coimbra