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Norma Técnica SABESP NTS 037 VÁLVULA GAVETA DE FERRO FUNDIDO DÚCTIL COM CUNHA REVESTIDA DE ELASTÔMERO Especificação São Paulo Abril - 2014 - revisão 1

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Norma Técnica SABESP

NTS 037

VÁLVULA GAVETA DE FERRO FUNDIDO DÚCTIL COM CUNHA REVESTIDA DE ELASTÔMERO Especificação

São Paulo Abril - 2014 - revisão 1

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NTS 037: 2014 - rev.1 Norma Técnica SABESP

09/04/2014

S U M Á R I O

1 OBJETIVO ..................................................................................................................... 1 2 REFERÊNCIAS NORMATIVAS ..................................................................................... 1 3 DEFINIÇÕES ................................................................................................................. 1 3.1 VÁLVULA GAVETA DE FERRO FUNDIDO DÚCTIL E CUNHA EMBORRACHADA . 1 3.2 CUNHA EMBORRACHADA ....................................................................................... 1 3.3 PVC DEFOFO ............................................................................................................. 1 3.4 DIÂMETRO EXTERNO NOMINAL (DE) ...................................................................... 2 3.5 DIÂMETRO NOMINAL (DN) ........................................................................................ 2 3.6 PRESSÃO NOMINAL (PN) ......................................................................................... 2 3.7 PRESSÃO DE TRABALHO ........................................................................................ 2 3.8 PRESSÃO DE ENSAIO (PE) ....................................................................................... 2 3.9 VÁLVULAS COM QUALIFICAÇÃO ............................................................................ 2 4 CLASSIFICAÇÃO .......................................................................................................... 2 4.1 TIPO DE EXTREMIDADE ........................................................................................... 2 4.2 DISTÂNCIA ENTRE FACES ....................................................................................... 2 4.3 TIPO DE ACIONAMENTO .......................................................................................... 2 5 REQUISITOS GERAIS ................................................................................................... 2 5.1 MATERIAIS ................................................................................................................. 2 5.2 DISPOSIÇÕES CONSTRUTIVAS ............................................................................... 3 5.3 REQUISITOS DE AQUISIÇÃO ................................................................................... 5 5.4 CONDIÇÕES DE ENTREGA....................................................................................... 6 6 REQUISITOS ESPECÍFICOS ........................................................................................ 6 6.1 DIMENSÕES E TOLERÂNCIAS ................................................................................. 6 6.2 CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS ........................................................................... 6 6.3 ACABAMENTO SUPERFICIAL .................................................................................. 7 6.4 PINTURA .................................................................................................................... 7 6.5 ESTANQUEIDADE ..................................................................................................... 7 6.6 TORQUE DE MANOBRA ............................................................................................ 8 6.7 RESISTÊNCIA AO USO ............................................................................................. 8 6.8 RESISTÊNCIA HIDRODINÂMICA .............................................................................. 8 7 EXAMES E ENSAIOS .................................................................................................... 9 7.1 EXAME VISUAL E DIMENSIONAL............................................................................. 9 7.2 ENSAIO HIDROSTÁTICO ........................................................................................... 9 7.3 VERIFICAÇÃO DO TORQUE DE MANOBRA .......................................................... 10 7.4 ENSAIO DE PINTURA .............................................................................................. 10 7.5 ENSAIOS DE TIPO ................................................................................................... 10 8 INSPEÇÃO DE RECEBIMENTO .................................................................................. 11 8.1 INSPEÇÃO ................................................................................................................ 11 8.2 INSPEÇÃO POR AMOSTRAGEM ............................................................................ 12 8.3 ACEITAÇÃO E REJEIÇÃO ....................................................................................... 12

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VÁLVULA GAVETA DE FERRO FUNDIDO DÚCTIL COM CUNHA REVESTIDA DE ELASTÔMERO

1 OBJETIVO

Estabelecer condições mínimas exigíveis para fabricação, inspeção e aceitação de válvulas gaveta de ferro fundido dúctil, com cunha totalmente emborrachada de pressão nominal PN 16, para uso no bloqueio de fluxo de fluidos em instalações de saneamento.

Esta norma se aplica às válvulas gaveta de diâmetros nominais DN 50, 75, 80, 100, 125, 150, 200, 250 e 300 ou de diâmetros externos nominais DE 60, 85 ou 110.

2 REFERÊNCIAS NORMATIVAS

Os documentos relacionados a seguir são indispensáveis à aplicação deste documento. Para referências datadas, aplicam-se somente as edições citadas. Para referências não datadas, aplicam-se as edições mais recentes do referido documento (incluindo emendas).

NTS 036 - Qualificação de produtos e materiais para revestimento

NTS 041 - Inspeção de aderência em revestimentos anticorrosivos

NBR 5426 - Planos de amostragem e procedimentos na inspeção por atributos

NBR 5647-2 - Sistemas para adução e distribuição de água - Tubos e conexões de PVC 6,3 com junta elástica e com diâmetros nominais até DN 100 - Requisitos específicos para tubos com pressão nominal PN 1,0 MPa

NBR 6916 - Ferro fundido nodular ou ferro fundido com grafita esferoidal

NBR 7663 - Tubo de ferro fundido dúctil centrifugado, para canalizações sob pressão

NBR 7665 - Sistemas de adução e distribuição de água - Tubos de PVC 12 DEFOFO com junta elástica - Requisitos

NBR 7674 - Junta elástica para tubos e conexões de ferro fundido dúctil

NBR 7675 - Conexões de ferro fundido dúctil

NBR 7676 - Anel de borracha para juntas elástica e mecânica de tubos e conexões de ferro fundido - Tipos JE, JM e JE2GS

NBR 10285 - Válvulas - Terminologia

NBR 12430 - Válvula gaveta de ferro fundido nodular

NBR 13747 - Junta elástica para tubos e conexões de ferro fundido dúctil - Tipo JE2GS

ISO 2531 - Ductile iron pipes, fittings and accessories for pressure pipe-lines

ISO 5752 - Metal valves for use in flanged pipe system, face to face and center to face dimensions

3 DEFINIÇÕES

Para os efeitos desta norma, aplicam-se as definições da NBR 10285 e as seguintes definições:

3.1 Válvula gaveta de ferro fundido dúctil e cunha emborrachada Válvula de bloqueio dotada de um obturador revestido integralmente de elastômero que se desloca segundo um movimento retilíneo perpendicular ao sentido do fluxo.

3.2 Cunha emborrachada Tipo de cunha em peça maciça com revestimento integral de elastômero.

3.3 PVC DEFOFO Tubo de PVC cuja equivalência ao tubo de ferro fundido corresponde somente ao seu diâmetro externo.

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3.4 Diâmetro externo nominal (DE) Simples número que serve para classificar em dimensões elementos de tubulações, válvulas e acessórios, que corresponde aproximadamente ao diâmetro externo, em milímetros.

3.5 Diâmetro nominal (DN) Simples número que serve para classificar em dimensões elementos de tubulações, válvulas e acessórios, que corresponde aproximadamente ao diâmetro interno da peça em milímetros. O diâmetro nominal não deve ser objeto de medição, nem ser utilizado para cálculos.

3.6 Pressão nominal (PN) Máxima pressão, especificada em bar ou MPa, que as válvulas e demais elementos de tubulações podem ser submetidos em serviço contínuo, nas condições de temperatura de operação.

3.7 Pressão de trabalho Máxima pressão de serviço que a válvula pode ser empregada.

3.8 Pressão de ensaio (Pe) Pressão na qual as válvulas devem ser ensaiadas.

3.9 Válvulas com qualificação Válvulas com certificado de qualificação técnica da SABESP.

4 CLASSIFICAÇÃO

Para os efeitos desta norma, as válvulas gaveta com cunha emborrachada podem ser classificadas quanto ao tipo de extremidade, distância entre faces e tipo de acionamento.

4.1 Tipo de extremidade As válvulas gaveta podem ser classificadas quanto ao tipo de extremidade em:

a) Válvulas com bolsas para tubulações de ferro fundido ou de PVC DEFOFO;

b) Válvulas com bolsas para tubulações de PVC;

c) Válvulas com flanges.

4.2 Distância entre faces As válvulas gaveta podem ser classificadas quanto à distância entre faces em:

a) Corpo curto (série 14 da ISO 5752);

b) Corpo longo (série 15 da ISO 5752).

4.3 Tipo de acionamento As válvulas gaveta podem ser classificadas quanto ao tipo de acionamento em:

a) Válvulas com acionamento comandado através de volante ou de cabeçote, com ou sem mecanismo de redução;

b) Válvulas com acionamento comandado através de sistemas eletromecânicos, hidráulicos ou pneumáticos.

5 REQUISITOS GERAIS

5.1 Materiais Os componentes das válvulas gaveta devem ser fabricados com os seguintes materiais:

a) Corpo, tampa, suporte, porca de fixação, volante e cabeçote: de ferro fundido nodular FE 42012 conforme NBR 6916;

b) Cunha: de ferro fundido nodular FE 42012 conforme NBR 6916, revestida integralmente com elastômero sintético EPDM;

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c) Haste: de aço inoxidável martensítico (13% Cr) ABNT 410 conforme NBR 5601;

d) Bucha: de bronze;

e) Porca de manobra: de latão com, no máximo, 16% de zinco;

f) Junta de vedação entre a bucha e haste: de elastômero;

g) Placa de identificação: de alumínio ou aço inoxidável;

h) Parafuso e porca: de aço-carbono NBR 1020, galvanizados por imersão a quente conforme ASTM A153 grau C ou de aço inoxidável AISI 304.

5.2 Disposições construtivas 5.2.1 Corpo e tampa

As espessuras do corpo e da tampa devem ser projetadas de tal forma que o conjunto suporte uma pressão hidrostática interna superior a duas vezes a pressão nominal.

5.2.2 Junta de vedação

As válvulas devem ser projetadas de modo a permitir a troca da junta de vedação, entre a bucha e a haste, quando totalmente abertas e sujeitas à pressão.

5.2.3 Haste

A haste deve ser do tipo não ascendente e fabricada em material trabalhado em uma única peça.

5.2.4 Flanges

Os flanges devem ser confeccionados com ressaltos e ranhuras, com dimensões para PN 16 de acordo com a ISO 2531 e furações para PN 10 ou PN 16, conforme necessidade de aplicação.

Nota: Faces de contato de flanges devem ter acabamento superficial compatível com as condições de estanqueidade a assegurar.

5.2.5 Bolsas

As dimensões e tolerâncias das bolsas de juntas elásticas devem ser conforme NBR 7674 ou NBR 13747 para tubulações de ferro fundido e de acordo com a NBR 5647-2 para tubulações de PVC.

5.2.6 Volante e cabeçote

Volante e cabeçote, ilustrados na figura 1, devem ter as dimensões E, F e G conforme indicado na tabela 1.

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E

G

F

F

E

GC

A

B

A = 27mm B = 32 mm C = 50 mm

Figura 1 - Volante e cabeçote

Tabela 1 - Dimensões de encaixe do volante e do cabeçote

Diâmetros Nominais Dimensões (mm)

E F G

DN 50 e DE 60 12 14 23

DN 75 e DE 85 15 18 28

DN 80 15 18 28

DN 100 e DE 110 15 18 28

DN 125 15 18 28

DN 150 15 18 28

DN 200 17 20 30

DN 250 26 31 45

DN 300 30 36 55

5.2.7 Pintura em epóxi a pó

Os componentes de ferro fundido devem ser revestidos interna e externamente com pintura em epóxi a pó. O revestimento empregado deve ser resistente aos impactos inerentes ao transporte, ao manuseio, instalação e operação da válvula e propiciar uma adequada proteção contra corrosão, inclusive quando a válvula for instalada enterrada.

O revestimento deve ser adequado ao fluido que passa pela válvula, do ponto de vista de potabilidade (conforme NTS 036), segurança e eficiência operacional.

O fabricante da válvula deve adotar controles de fabricação e emitir respectivos relatórios, para assegurar a espessura e a qualidade do revestimento.

Recomenda-se a aplicação de ensaios de rotina que incluam a verificação por “Holiday Detector” durante a fase de aplicação da pintura.

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5.2.8 Revestimento da cunha

A cunha de ferro fundido deve ter revestimento uniforme de EPDM, resistente às condições de uso e operações de abertura e fechamento da válvula.

O fabricante da válvula deve adotar controles de fabricação e emitir respectivos relatórios, para assegurar a qualidade do revestimento e garantir uma espessura mínima, de acordo com o projeto da válvula.

Recomenda-se a aplicação de ensaios de rotina que incluam a verificação pelo processo de “faiscamento” durante a fase de aplicação do revestimento.

5.2.9 Operação

O fechamento da válvula gaveta deve ocorrer quando a haste é girada no sentido horário.

O fabricante deve indicar em documentação o número de voltas necessárias para fechamento e abertura da válvula correspondente.

A concepção da válvula deve permitir sua adaptação a acionamentos comandados.

5.2.10 Estanqueidade da junta de vedação entre a bucha e a haste

A estanqueidade da junta de vedação entre a bucha e a haste deve ser assegurada por anéis de seção circular, empregando-se no mínimo dois anéis.

O projeto da válvula deve permitir que os anéis possam ser substituídos quando a válvula estiver sob pressão e totalmente aberta.

5.2.11 Passagem da válvula

As válvulas devem apresentar passagem plena quando totalmente abertas.

Não se permite qualquer reentrância no local do assentamento do obturador.

5.2.12 Marcações

As válvulas devem trazer no corpo, marcado em alto-relevo, no mínimo, o que segue:

Diâmetro nominal (DN);

Pressão nominal (PN 16);

Designação internacional padronizada do ferro fundido nodular (SG);

Nome ou marca de identificação do fabricante da válvula e da fundição;

Série métrica a qual pertence: 14 ou 15 da ISO 5752;

Indicação do ano de fabricação e código que permita, no mínimo, a rastreabilidade do fundido.

5.2.13 Placa de identificação

A placa de identificação deve ser fixada ao corpo da válvula de forma segura.

5.3 Requisitos de aquisição O documento de compra deve conter, no mínimo, as seguintes informações:

a) Número desta Norma;

b) Série a qual pertence a válvula: 14 ou 15;

c) Diâmetro nominal;

d) Furação necessária: PN 16/10 ou PN 10 ou PN 16;

e) Tipo de extremidade: flanges, bolsas;

f) Tipo de acionamento: volante, cabeçote;

g) Dados das condições de uso: fluido, temperatura, agressividade química, abrasão;

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h) Outras exigências: circuito de alívio, dreno, indicador de abertura;

i) Inspeção SABESP.

5.4 Condições de entrega As válvulas gaveta de ferro fundido dúctil com cunha emborrachada devem ser entregues com a gaveta fechada e pintura de proteção contra corrosão conforme estabelecido no item 5.2.7.

6 REQUISITOS ESPECÍFICOS

6.1 Dimensões e tolerâncias As bolsas de válvulas gaveta devem apresentar dimensões de acordo com as tubulações a que se destinam: conforme NBR 7674 ou NBR 13747 para redes de ferro fundido, NBR 7665 para PVC DEFOFO, ou NBR 5647-2 para redes de PVC.

Os flanges das válvulas gaveta devem apresentar dimensões conforme PN 16 das normas ISO 2531 e NBR 7675. As furações dos flanges devem ser feitas segundo as mesmas normas para classes de pressão PN 16/10 ou PN 10 conforme requisitado.

A distância face a face deve estar de acordo com a norma ISO 5752, sendo série 14 para válvulas de corpo curto e série 15 para válvulas de corpo longo, conforme tabela 2.

Tabela 2 - Dimensões de face a face para válvulas com flanges (L)

Diâmetros Nominais Dimensão face a face L (mm)

Série 14 Série 15

DN 50 e DE 60 150 2 250 2

DN 75 e DE 85 180 2 275 3

DN 80 180 2 280 3

DN 100 e DE 110 190 2 300 3

DN 150 210 2 350 3

DN 200 230 2 400 3

DN 250 250 2 450 3

DN 300 270 3 500 3

As tolerâncias de desvio de paralelismo (t) entre faces de guarnições de flanges devem ser, no máximo, conforme valores indicados na tabela 3.

Tabela 3 - Tolerâncias de paralelismo (t)

Diâmetros Nominais t (mm)

Até 250 0,4

300 0,6

6.2 Características funcionais Para cada modelo de válvula e diâmetro nominal, o fabricante deve indicar em sua documentação as características funcionais e garantir uma taxa de vazamento igual a zero com a cunha fechada.

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6.3 Acabamento superficial

As peças fundidas devem ser isentas de porosidades, cavidades produzidas por gases, bolhas, depressões, rebarbas, inclusões de areia e escamas de oxidação.

As superfícies usinadas devem apresentar acabamento uniforme e estar isentas de arranhões, cortes, mossas, rebarbas e cantos vivos.

Mediante acordo prévio, se o fabricante já tiver adotado um programa de qualidade assegurada e sujeitar-se à auditoria da qualidade da SABESP, podem ser aceitos componentes de ferro fundido com os parâmetros indicados na tabela 4.

Todo componente fundido, que apresentar em sua superfície pequenas imperfeições inerentes ao processo de fabricação e que não prejudiquem sua utilização, pode ser aceito.

Tabela 4 - Parâmetros de aceitação de componentes de ferro fundido

Zonas Funcionais brutas (superfícies brutas de contato com juntas

de vedação) Outras zonas brutas

Alto-relevo1 saliência

arredondada

DN 50 a DN 200

h 5mm, 3 mm com nº máximo de defeitos = 5

DN 250 e DN 300

h 1 mm, 3 mm, com nº máximo de defeitos = 10

DN 50 a DN 200

h 2mm, 5 mm com nº máximo de defeitos = 10

DN 250 e DN 300

h 2 mm, 10 mm, com nº máximo de 6 defeitos / m

2

Baixo-relevo1

depressão arredondada

DN 50 a DN 200

p 1 mm, 5 mm com nº máximo de defeitos = 5

DN 250 e DN 300

p 1mm, 10 mm com nº máximo de defeitos = 10

DN 50 a DN 200

p 1 mm, 5 mm com nº máximo de defeitos = 10

DN 250 e DN 300

p 3 mm, 10 mm com nº máximo de 6 defeitos / dm

2

Desencontro2 DN 50 a DN 200 0,5 mm

DN 250 e DN 300 1 mm

DN 50 a DN 200 1 mm

DN 250 e DN 300 2 mm

1) “p” é a profundidade do defeito e “h” é a altura do defeito;

2) defeitos em número superior ao estabelecido podem ser eliminados por uma esmerilhagem cuidadosa, de forma a assegurar a continuidade do perfil.

6.4 Pintura Superfícies internas e externas de ferro fundido devem apresentar pintura de acabamento

uniforme em epóxi a pó, com espessura mínima de 150 m.

Nota: O produto empregado para pintura não deve provocar efeitos nocivos à saúde humana.

6.5 Estanqueidade Os corpos de válvulas gaveta, quando submetidos à pressão hidrostática de 2,4 MPa devem apresentar-se sem vazamentos ou exsudações.

As sedes de válvulas gaveta, quando submetidas à pressão hidrostática de 1,6 MPa em ambos os sentidos, devem apresentar-se sem vazamentos.

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6.6 Torque de manobra Os torques de manobra a serem aplicados nas hastes das válvulas para a sua abertura, com as gavetas fechadas e sob pressão diferencial igual à pressão máxima de trabalho, devem ser inferiores aos valores indicados na tabela 5.

Tabela 5 - Torque Máximo de Manobra

Diâmetros Nominais Torque de Manobra

( N.m )

DN 50 e DE 60 60

DN 75 e DE 85 75

DN 80 75

DN 100 e DE 110 100

DN 150 150

DN 200 200

DN 250 250

DN 300 300

Com a gaveta fechada e sob pressão diferencial igual à pressão de trabalho, a força máxima a ser aplicada no volante para a abertura da válvula deve ser de 400 N.

6.7 Resistência ao uso As válvulas gaveta devem ser projetadas para suportarem os torques especificados na tabela 6, aplicados em suas hastes, sem redutores.

Tabela 6 - Torque de resistência

Diâmetros Nominais PN 16 ( N.m )

DN 50 e DE 60 250

DN 75 e DE 85 250

DN 80 250

DN 100 e DE 110 250

DN 150 300

DN 200 400

DN 250 500

DN 300 600

6.8 Resistência hidrodinâmica Válvula gaveta com cunha emborrachada deve resistir a um ensaio hidrodinâmico, com um mínimo de 300 ciclos completos de abertura e fechamento, sob uma pressão superior a 80% da pressão de trabalho, aplicando-se um torque de manobra inferior ao indicado na tabela 5.

Após a conclusão dos 300 ciclos, com a gaveta fechada, a válvula deve apresentar-se sem vazamentos.

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7 EXAMES E ENSAIOS

7.1 Exame visual e dimensional Todas as válvulas gaveta e seus componentes de ferro fundido dúctil devem ser analisados visual e dimensionalmente de modo a garantir o atendimento das condições estabelecidas nesta norma.

7.2 Ensaio hidrostático Todas as válvulas devem ser ensaiadas com água, pelo fabricante, nas pressões indicadas na tabela 7.

Tabela 7 - Pressões de ensaio hidrostático

Série

Pressão de trabalho (MPa)

Pressão de ensaio hidrostático (MPa)

Fluidos até 60ºC Corpo Sede

14 1,6 2,4 1,6

15

As pressões do ensaio hidrostático devem ser atingidas gradativamente, não sendo admitida a presença de ar no interior da válvula durante o ensaio.

A duração mínima do ensaio do corpo e da sede deve ser conforme a tabela 8.

Tabela 8 - Duração dos ensaios

Diâmetros Nominais

Duração mínima do ensaio ( s )

corpo sede

DN 50 a DN 80 30 30

DN 100 a DN 150 60 60

DN 200 a DN 300 120 120

7.2.1 Ensaio hidrostático do corpo

O ensaio hidrostático do corpo deve ser realizado antes da aplicação da pintura, com as extremidades da válvula fechadas e o obturador na posição aberta, aplicando-se a pressão indicada na tabela 7.

Durante o ensaio não são admitidos vazamentos ou exsudações.

7.2.2 Ensaio de estanqueidade da sede

O ensaio de estanqueidade da sede deve ser realizado após a pintura final da válvula.

Com a válvula presa por uma extremidade e a outra aberta para inspeção, aplicar a pressão estabelecida na tabela 7, não se admitindo sua prensagem. Repetir o ensaio alternando o lado da sede.

O torque de fechamento capaz de garantir a estanqueidade deve atingir, no máximo, os valores fixados na tabela 5.

O torque de abertura, com a gaveta submetida a uma pressão diferencial igual à pressão de trabalho, deve atingir, no máximo, os valores fixados na tabela 5.

Não são admitidos vazamentos durante a realização do ensaio.

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7.3 Verificação do torque de manobra A critério da SABESP, sempre que se julgar necessário, será verificado o torque de manobra.

O torque de manobra a ser aplicado na haste da válvula sem redutor pode atingir, no máximo, os valores estabelecidos na tabela 5, estando a válvula na posição fechada e sob pressão diferencial igual à pressão de trabalho.

O volante deve ser dimensionado de forma a possibilitar a manobra com uma força máxima de 400 N, estando a válvula na posição fechada e sob pressão diferencial igual à pressão de trabalho.

7.4 Ensaio de pintura 7.4.1 Medição da espessura da película de tinta

Os instrumentos de medição devem funcionar por princípio de emissão de campo magnético.

Todos os instrumentos devem ser calibrados/aferidos.

A espessura mínima da película de tinta deve ser de 150 m.

7.4.2 Determinação da aderência da película de tinta

A aderência da película de tinta deve ser realizada conforme NTS 041 (Técnica do X) sendo o padrão mínimo de aceitação: X1, Y1.

7.5 Ensaios de tipo Os ensaios de tipo são parte do processo de qualificação de válvulas gaveta de ferro fundido dúctil com cunha emborrachada, sendo efetuados em amostras retiradas aleatoriamente pela SABESP, dos lotes de válvulas fabricadas de acordo com esta Norma.

Os ensaios de tipo devem ser realizados em três amostras de cada um dos diâmetros nominais apresentados para qualificação, após o que, com uma periodicidade mínima de uma vez por ano devem ser efetuados em pelo menos uma válvula de cada diâmetro nominal qualificado; ou toda vez que for efetuada uma modificação no projeto da válvula ou em seu processo de fabricação.

Parâmetros que determinam a execução de novos ensaios de tipo são: alteração no processo de fabricação, usinagem e acabamento; substituição de materiais de componentes; alterações no formato ou projeto do corpo, tipo de haste, obturador, de dimensões e tolerâncias do conjunto ou de qualquer componente; e supressão ou adição de algum elemento no projeto original.

A qualificação deve ser emitida com base em desenhos do fabricante entregues à SABESP.

Para os ensaios de tipo as válvulas não necessitam estar pintadas.

7.5.1 Ensaio de resistência ao uso

A válvula deve ser projetada para suportar o torque de resistência especificado na tabela 6, sem redutor.

A válvula deve ser montada de maneira a se aplicar na gaveta a pressão de trabalho definida na tabela 7.

Aplicar progressivamente sobre a haste da válvula, após seu fechamento total, o torque de resistência dado na tabela 6, para verificar a resistência de seus componentes.

Deve ser aplicado o mesmo torque, na posição de abertura total, neste caso, sem pressão.

Não será admitida qualquer deformação permanente na válvula ou em qualquer de seus componentes.

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Após a verificação da integridade da válvula, devem ser realizados os ensaios hidrostáticos de corpo e de sede conforme 7.2.1 e 7.2.2 respectivamente.

7.5.2 Ensaio hidrodinâmico

O ensaio hidrodinâmico deve ser realizado após o ensaio de resistência ao uso.

A válvula deve ser instalada em um equipamento com uma tubulação que simule a utilização normal da mesma, com o eixo longitudinal da haste na posição vertical.

Com a gaveta aberta, deve-se garantir que o equipamento de ensaio faça escoar, no interior da válvula, uma vazão de água maior do que a indicada na tabela 9 e sob uma pressão hidrostática de, no mínimo, 80% da pressão de trabalho.

Tabela 9 - Vazões de ensaio

Diâmetros Nominais Vazão Mínima (L/s)

DN 50 e DE 60 1,5

DN 75 e DE 85 2,2

DN 80 2,5

DN 100 e DE 110 3,9

DN 150 8,8

DN 200 15,7

DN 250 15,7

DN 300 15,7

A válvula, com a gaveta fechada, deve suportar uma pressão diferencial igual à de trabalho e com a gaveta aberta admite-se pressão mínima de 80% da pressão de trabalho.

Os torques de manobra aplicados ao dispositivo de acionamento devem ser limitados aos valores indicados na tabela 5.

Com o equipamento em funcionamento com vazões, pressões e torques requeridos, devem ser realizados 300 ciclos de abertura e fechamento da válvula.

Durante todo o ensaio não são admitidos vazamentos ou exsudações, rupturas de peças ou quaisquer outros defeitos que comprometam o bom desempenho da válvula.

Após serem completados 300 ciclos, o ensaio deve ser interrompido e, com a gaveta na posição fechada, deve ser verificada a perfeita estanqueidade da válvula, não se admitindo qualquer vazamento em sua sede.

8 INSPEÇÃO DE RECEBIMENTO

Todas as válvulas gaveta de ferro fundido com cunha emborrachada, adquiridas pela SABESP ou por seus prestadores de serviço, devem ser inspecionadas pela SABESP.

A inspeção deve ser realizada no local de fabricação da válvula, a menos que a SABESP estabeleça de forma diferente.

A SABESP deve ter livre acesso a todos os locais e documentos relacionados com a inspeção.

8.1 Inspeção Para o recebimento de válvulas fabricadas de acordo com esta norma, devem ser realizados na presença do inspetor da SABESP, os seguintes ensaios:

8.1.1 Válvulas com qualificação técnica SABESP

Exame visual e dimensional;

Ensaio hidrostático (corpo e sede);

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NTS 037: 2014 - rev.1 Norma Técnica SABESP

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Verificação do torque de manobra;

Ensaio de integridade do revestimento em EPDM da cunha;

Verificação da espessura da película de tinta.

Eventualmente a SABESP realizará ensaio de aderência da película de tinta para comprovação da qualidade do processo.

8.1.2 Válvulas sem qualificação técnica SABESP

Testes previstos em 8.1.1;

Verificação da aderência da película de tinta;

Ensaio de resistência ao uso;

Ensaio hidrodinâmico.

Os ensaios de resistência ao uso e hidrodinâmico devem ser realizados em laboratórios previamente autorizados pela Sabesp.

8.2 Inspeção por amostragem Para lotes de até 15 unidades, a inspeção deve ser realizada em todas as peças.

Para lotes maiores que 15 unidades, a inspeção deve ser feita por amostragem conforme estabelecido na tabela 10 (conforme NBR 5426, NQA 0,65 – plano simples normal –nível II).

Cada lote deve ser constituído de válvulas de um único diâmetro, fabricadas essencialmente sob as mesmas condições e no mesmo período.

As válvulas a serem ensaiadas serão escolhidas pela SABESP.

8.3 Aceitação e rejeição O lote deve ser aceito caso o número de válvulas submetidas aos ensaios apresente não conformidade em quantidade igual ou inferior ao número de aceitação estabelecido na tabela 10. As válvulas rejeitadas deverão ser substituídas.

O lote deve ser rejeitado caso o número de válvulas submetidas aos ensaios apresente não conformidade em quantidade igual ou superior ao número de rejeição estabelecido na tabela 10.

Tabela 10 - Tabela de amostragem

Lote (unidades)

Amostra Aceitação (Ac)

Rejeição (Re)

16 - 50 8 0 1

51 - 90 13 0 1

91 - 150 20 0 1

151 - 280 32 0 1

281 - 500 50 1 2

501 - 1200 80 1 2

1201 - 3200 125 2 3

3201 - 10000 200 3 4

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Norma Técnica SABESP NTS 037: 2014 - rev.1

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Válvula gaveta de ferro fundido dúctil com cunha revestida de elastômero

Considerações finais:

Esta norma técnica, como qualquer outra, é um documento dinâmico, podendo ser alterada ou ampliada sempre que for necessário. Assim sugerimos consulta periódica ao sítio: www.sabesp.com.br para verificação da edição da NTS que está vigente.

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NTS 037: 2014 - rev.1 Norma Técnica SABESP

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Sabesp - Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo

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Superintendência de Pesquisa, Desenvolvimento Tecnológico e Inovação - TX

Departamento de Acervo e Normalização Técnica - TXA

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- Palavras Chave:

válvula, válvula gaveta

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