20
Núcleo de Estudos e Pesquisas Ambientais / Instituto de Filosofia e Ciências Humanas DOUTORADO INTERDISCIPLINAR EM AMBIENTE E SOCIEDADE Disciplinas 1º semestre 2017 Sigla Disciplina Turma Professor Responsável Dia Horário Créditos AlunoRegular AS-034 Tópicos Avançados em Ambiente e Sociedade I (Antropologia da Ciência e da Tecnologia) A Marko S. A. Monteiro Segunda-feira Tarde/Auditório NEPAM 14h-17h 3 15-Regulares AS-042 Patrimônios e Memória Ambiental A Aline V. de Carvalho Terça-feira Manhã/Auditório NEPAM 9h-12h 3 15-Regulares AS-004 Ecologia Humana A Célia R. T. Futemma Terça-feira Tarde/Auditório NEPAM 14h17h 3 15-Regulares AS-043 Climatologia e Meteorologia A Jurandir Zullo Junior Quarta-feira Manhã/Auditório NEPAM 9h12h 3 15-Regulares AS-001 Teoria Social e Ambiente A Leila da Costa Ferreira Quinta -feira Manhã/Auditório NEPAM 9h12h 3 15-Regulares AS-050 Ação Social e Conflitos em Arenas Ambientais A Lúcia da Costa Ferreira Quinta-feira Tarde/Auditório NEPAM 14h17h 3 15-Regulares AS-040 Fundamentos Conceituais de Ecologia A Simone A. Vieira E Cristiana S. Seixas Sexta-feira Manhã/Auditório NEPAM 9h12h 3 15-Regulares AS-035 Tópicos Avançados em Ambiente e Sociedade II (Etnografia das Políticas Ambientais) A Roberto Donato da S. Júnior Sexta-feira Tarde/Auditório NEPAM 14h17h 3 15-Regulares AS-037 Tópicos Avançados em Ambiente e Sociedade IV (Da ciência à prática: o conhecimento científico aplicado às políticas públicas ambientais) A Carlos A. Joly Disciplina Concentrada *** Auditório NEPAM 3 15-Regulares ***Consultar o professor responsável antes de efetivar a matrícula. Para maiores informações, ver conteúdo programático da disciplina.

Núcleo de Estudos e Pesquisas Ambientais / Instituto de ... · uma adequada apreciação da especificidade dessa abordagem, será incentivada a realização de uma curta pesquisa

Embed Size (px)

Citation preview

Núcleo de Estudos e Pesquisas Ambientais / Instituto de Filosofia e Ciências Humanas DOUTORADO INTERDISCIPLINAR EM AMBIENTE E SOCIEDADE

Disciplinas 1º semestre 2017

Sigla Disciplina Turma Professor Responsável Dia Horário Créditos AlunoRegular

AS-034 Tópicos Avançados em Ambiente e

Sociedade I (Antropologia da Ciência e da Tecnologia)

A Marko S. A. Monteiro

Segunda-feira

Tarde/Auditório NEPAM 14h-17h

3 15-Regulares

AS-042

Patrimônios e Memória Ambiental A Aline V. de Carvalho

Terça-feira

Manhã/Auditório NEPAM 9h-12h

3 15-Regulares

AS-004

Ecologia Humana A Célia R. T. Futemma Terça-feira Tarde/Auditório

NEPAM 14h17h

3 15-Regulares

AS-043

Climatologia e Meteorologia A Jurandir Zullo Junior Quarta-feira Manhã/Auditório

NEPAM 9h12h

3 15-Regulares

AS-001 Teoria Social e Ambiente A Leila da Costa Ferreira

Quinta -feira

Manhã/Auditório NEPAM 9h12h

3 15-Regulares

AS-050

Ação Social e Conflitos em Arenas Ambientais

A Lúcia da Costa Ferreira Quinta-feira Tarde/Auditório

NEPAM 14h17h

3 15-Regulares

AS-040

Fundamentos Conceituais de Ecologia A Simone A. Vieira

E Cristiana S. Seixas

Sexta-feira Manhã/Auditório

NEPAM 9h12h

3 15-Regulares

AS-035 Tópicos Avançados em Ambiente e

Sociedade II (Etnografia das Políticas Ambientais)

A Roberto Donato da S. Júnior Sexta-feira Tarde/Auditório

NEPAM 14h17h

3 15-Regulares

AS-037

Tópicos Avançados em Ambiente e

Sociedade IV (Da ciência à prática: o

conhecimento científico aplicado às

políticas públicas ambientais)

A Carlos A. Joly

Disciplina Concentrada

***

Auditório NEPAM

3 15-Regulares

***Consultar o professor responsável antes de efetivar a matrícula. Para maiores informações, ver conteúdo programático da disciplina.

2

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO

1 Doutorado em Ambiente e Sociedade AS-034

AS-034 – Tópicos Avançados em Ambiente e Sociedade I (Antropologia da ciência e da tecnologia) 1o semestre 2017 Professor Marko Monteiro/e-mail: [email protected]

2ª feira, 14 - 17h

EMENTA

Este curso tem por objetivo introduzir ao aluno a abordagem etnográfica nos estudos de temas ligados à ciência e à tecnologia. No mundo todo, os chamados Estudos Sociais de Ciência e Tecnologia (ESCT; ou Science, Technology andSociety/STS como são conhecidos internacionalmente) vêm fazendo uso extenso dessa metodologia em seus estudos, o que vem popularizando também análises propriamente antropológicas sobre ciência e tecnologia. O curso buscará, a partir de uma discussão inicial sobre o método etnográfico, mapear as suas apropriações por autores ligados aos ESCT a partir dos anos 1970-80. Os chamados “estudos de laboratório” capitanearam esse processo de tradução, em autores como Bruno Latour, Steve Woolgar, Michael Lynch e Karin Knorr-Cetina. Além disso, o curso explorará uma diversidade de etnografias atuais, buscando compreender os desdobramentos recentes das etnografias de ciência e tecnologia e a produtividade desse método para a compreensão de temas diversificados. O aluno, além de debater os textos propostos, será incentivado a desenvolver uma curta pesquisa etnográfica em um ambiente de laboratório ou de desenvolvimento de tecnologia no decorrer do curso. OBJETIVOS O curso tem como objetivo principal introduzir a metodologia etnográfica, especificamente voltada para explorar temas ligados à ciência e à tecnologia. Visando a uma adequada apreciação da especificidade dessa abordagem, será incentivada a realização de uma curta pesquisa etnográfica, na medida das possibilidades dos alunos. Dado que o aluno dessa disciplina não é necessariamente treinado como antropólogo, tenta-se aqui compreender o método de forma a mais acessível possível para pesquisadores de uma diversidade de disciplinas. ORGANIZAÇÃO As aulas são baseadas em leituras, indicadas no programa. Cabe ao aluno completar as leituras anteriormente às aulas, trazendo para a discussão suas impressões, comentários e dúvidas. Espera-se que o aluno participe ativamente dos debates em sala de aula. Por conta do caráter prático das etnografias conduzidas pelos alunos, será dado espaço no decorrer do curso para a discussão de resultados das pesquisas sendo desenvolvidas pelos alunos e a explicitação de dificuldades por eles encontradas no decorrer do processo. Tais discussões serão importantes para que o aluno compartilhe com o grupo suas experiências e frustrações, ajudando os outros no seu processo de pesquisa enquanto enriquece sua própria experiência.

3

A avaliação será feita em duas partes: a primeira, a partir de um seminário a ser realizado pelo aluno, a respeito da sua pesquisa em andamento. Cada aluno deverá apresentar ao grupo, nessa ocasião, resultados parciais da sua pesquisa. A segunda parte será um trabalho escrito final, a ser entregue na forma de artigo científico (entre 7000 e 10000 palavras), que deverá ser baseado nas leituras do curso (além de outras, a critério do aluno e que sejam relevantes para a temática por ele sendo explorada) e na pesquisa empírica, quando for pertinente. OBS: Os textos estarão disponíveis sempre que possível em PDF, no ambiente Teleduc. Os alunos devem inscrever-se no site da disciplina no site: http://ggte.unicamp.br/~teleduc/cursos/aplic/agenda/agenda.php?cod_curso=688 PROGRAMA PARTE I – Abordagens etnográficas e antropológicas da C&T A chamada antropologia da C&T e o método etnográfico não se separam dos ESCT, pelo contrário: foram campos frequentemente articulados, enriquecendo-se mutuamente. O uso da etnografia está na origem de alguns dos trabalhos clássicos dos ESCT contemporâneos, e a abordagem sociotécnica vem influenciando profundamente a tradição antropológica desde meados do séc. XX. O que se busca nesta parte do curso é discutir a etnografia articulada aos estudos sobre C&T, buscando aprofundar a discussão teórico metodológica, além de recuperar a tradição dos estudos sobre C&T na própria antropologia. 29/02/2016: Aula 1 - Apresentação do curso Apresentação da disciplina; apresentação dos objetivos e expectativas sobre o curso; discussão sobre a avaliação (seminários, artigo final). 07/03/2016: Aula 2 – O método etnográfico e a pesquisa qualitativa: algumas reflexões iniciais Bibliografiabásica: - VIDICH, Arthur; LYMAN, Stanford. “Qualitative Methods: Their history in sociology and anthropology” in DENZIN, Norman. K.; LINCOLN, Yvonna S. (eds). Handbook of Qualitative Research. London: Sage, 2000, pp. 37-85. - TEDLOCK, Barbara. “Ethnography and ethnographic representation”, DENZIN, Norman. K.; LINCOLN, Yvonna S. (eds). Handbook of Qualitative Research. London: Sage, 2000, pp.455-487. - HESS, David. “Ethnography and the development of science and technology studies”, ATKINSON, Paul; COFFEY, Amanda; DELAMONT, Sara; LOFLAND, John; LOFLAND, Lyn.Handbook of ethnography. London: Sage, 2001, pp. 234-246. Bibliografiacomplementar: - LAPLANTINE, François. Aprender antropologia. São Paulo: Brasiliense, 1999. - BOGDAN, Robert; BIKLEN, Sari. Investigação qualitativa em educação: uma introdução à teoria e aos métodos. Porto: Porto Editora, 1994. [capítulos: “Trabalho de campo”, pp.111-147.] - MALINOWSKI, B. Os Argonautas do pacífico ocidental. São Paulo: Editora Abril, 1984. [capítulo 1, “Tema, método e objetivo desta pesquisa” pp. 17-35] 14/03/2016: Não há aulas (debate sobre Space in theTropics) 21/03/2016: Aula 3 – Etnografia multissituada: pensando uma etnografia do ‘sistema global’ Bibliografiabásica: - MARCUS, George. “Ethnography in/of the world system: The Emergence of Multi-Sited Ethnography”. Annual Review of Anthropology 24:95-117, 1995.

4

- HINE, Christine. “Multi-sited Ethnography as a Middle Range Methodology for Contemporary STS”, Science Technology Human Values 32(6):652-671, 2007; - MARCUS, George. “Multi-sited Ethnography: Five or Six Things I know About it Now. In Coleman, S. e Hellerman, P. (orgs.) Multi-Sited Ethnography: Problems and Possibilities in the Translocation of Research Methods. New York: Routledge, 2011, pp. 16-35. Bibliografia complementar: - CLIFFORD, James. “Sobre a autoridade etnográfica”, in A experiência etnográfica: antropologia e literatura no século XX. Rio de Janeiro: Editora da UFRJ, 1998, pp. 17-63. - CLIFFORD, James. “Introduction: Partialtruths”. CLIFFORD, James; MARCUS, George.Writing Culture: The poetics and politics of ethnography. Berkeley: University of California Press, 1986, pp. 1-27 - RABINOW, Paul. “Representations are social facts: modernity and postmodernity in anthropology”. CLIFFORD, James; MARCUS, George.Writing Culture: The poetics and politics of ethnography.Berkeley: UniversityofCalifornia Press, 1986, pp. 234-262. 28/03/2016: Aula 4 – Etnografias de laboratório: a ciência na prática Bibliografiabásica: - LYNCH, Michael. “Technical Work and Critical Inquiry: Investigations in a Scientific Laboratory”. Social Studies of Science, Vol. 12, No. 4, pp. 499-533, 1982. - KNORR-CETINA, Karin. “The ethnographic study of scientific work: towards a constructivist interpretation of science”. In: KNORR-CETINA, K.; MULKAY, M. (Ed.). Science observed: perspectives on the social study of science. Beverly Hills: Sage, 1983, p.115-140. - LATOUR, Bruno. “Give Me a Laboratory and I Will Raise The World”. In. KNORR CETINA, Karin; MULKAY, Michael (ed.). Science Observed: Perspectives on the Social Studies of Science. London: SAGE, 1983. Bibliografiacomplementar: - TRAWEEK, Sharon. “An introduction to cultural and social studies of sciences and technologies”.Culture, Medicine and Psychiatry 17:3-25, 1993. - MARTIN, Emily. “Anthropology and the cultural study of science”.Science, Technology & Human Values, 23(1):24-44, 1998 - FRANKLIN, Sarah. “Science as culture, cultures of science” Annual Review of Anthropology. 24:163-84, 1995. - HESS, David. Science and Technology in a multicultural world: the cultural politics of facts and artifacts. New York: Columbia, 1995 04/04/2016: Aula 5 – Traduções e fluxos da ciência: Bruno Latour Bibliografiabásica: - LATOUR, Bruno. Pandora’s Hope: essays on the reality of science studies. Cambridge: Harvard University Press, 1999, [caps. 1-3] Bibliografia complementar: - LATOUR, Bruno. A vida de laboratório: A produção dos fatos científicos. Rio de Janeiro: RelumeDumará, 1997. 11/04/2016 – não há aulas (Workshop Clima+CTS) 18/04/2016: Aula 6 – Etnografia (do) digital Bibliografia básica: - FORSYTHE, Diana. “’It’s Just a Matter of Common Sense’: Ethnography as Invisible Work” Computer Supported Cooperative Work 8: 127–145, 1999.

5

- HINE, C. “Connective ethnography for the exploration of e-science”. Journal of Computer-Mediated Communication, 12(2): 618-634, 2007 - BEAULIEU, Anne. "Mediating ethnography: objectivity and the making of ethnographies of the internet."Social Epistemology 18(2-3):139-163, 2004. - AMARAL, Adriana. "Etnografia e pesquisa em cibercultura: limites e insuficiências metodológicas." Revista USP86:122-135, 2010. Bibliografia complementar: - LEITÃO, Débora Krischke. "Entre primitivos e malhas poligonais: modos de fazer, saber e aprender no mundo virtual Second Life." HorizontesAntropológicos18(38):255-285, 2012. - HINE, Christine. "Towards ethnography of television on the internet: A mobile strategy for exploring mundane interpretive activities." Media, Culture&Society33(4):567-582, 2011. PARTE II – Explorando Antropologicamente Políticas de Ciência e Tecnologia A antropologia possibilita uma análise da C&T em diversas escalas de tempo e espaço, e participa ativamente da discussão sobre políticas públicas. Essa contribuição, em geral pouco tratada no “cânone” do que se considera a visão antropológica sobre ciência e tecnologia, torna-se importante para recuperar as linhagens nacionais do campo (em nomes como Hebe Vessuri), e para pensar os desafios futuros da disciplina, que busca repensar sua relevância para além de estudos de laboratório. Nessa parte exploraremos algumas linhagens da contribuição antropológica para pensar políticas, vendo ainda como estudos empíricos oferecem visões particularmente ricas sobre grandes projetos científicos e tecnológicos. Questões tradicionalmente antropológicas como a atenção para a cultura, visões de nação e a perspectiva teórica não essencialista da C&T ajudam a descrever essa contribuição. 25/04/2016: Aula 7 – Algumas linhagens antropológicas da Política Científica e Tecnológica Bibliografia básica: - VESSURI, Hebe et. al. “Technological Change and the Social Organization of Agricultural Production [and Comments and Reply]”. Current Anthropology,21(3):315-327. - VESSURI, Hebe. “The Universities, Scientific Research and the National Interest in Latin America.”Minerva 24(1):1-38, 1988. - TRAWEEK, Sharon. “Big Science and colonialist discourse: building high energy physics in Japan”. In Peter Galison e Bruce Hevly (orgs.)Big science : the growth of large-scale research. Stanford: Stanford University Press, 1992, págs. 100-129. Bibliografiacomplementar: - VESSURI, Hebe. “Science, politics, and democratic participation in policy-making: a Latin American view”. Technology in Society25:263-273, 2003. 02/05/2016: Aula 8 - A antropologia das políticas públicas: questões teóricas e estudos empíricos Bibliografiabásica: - OKONGWU, A.; MENCHER, J. “The Anthropology of Public Policy: Shifting Terrains”. Annual Review of Anthropology 29:107-124, 2000. - MOSSE, David. “Anti-social anthropology?Objectivity, objection, and the ethnography of public policy and professional communities”.Journal of the Royal Anthropological Institute 12:935-956, 2006. - CESARINO, Letícia. “Anthropology of development and the challenge of South-South cooperation”.Vibrant 9(1):507-537, 2012 - MOSSE, David. “Colonial and Contemporary Ideologies of 'Community Management': The Case of Tank Irrigation Development in South India”. Modern Asian Studies 33(2):303-338, 1999.

6

Bibliografiacomplementar - SHORE, C; WRIGHT, S.; PERO, D. (orgs.) Policy Worlds: Anthropology and the Analysis of Contemporary Power. New York: Berghahn, 2011. - MOSSE, David. Cultivating Development: An Ethnography of Aid Policy and Practice.New York: Pluto Press, 2005. 09/05/2016: Aula 9 – Etnografia e infraestruturas Bibliografia básica: - STAR, Susan Leigh. "The ethnography of infrastructure."American Behavioral Scientist 43(3):377-391, 1999. - EDWARDS, Paul N. “Infrastructure and Modernity: Force, time and social organization in the history of sociotechnical systems”. In Misa, T., Brey, P. And Feenberg, A. (eds) Modernity and Technology. Cambridge: MIT, 2003, pp. 185-225. - JENSEN, Casper B. "Infrastructural Fractals: Revisiting the Micro—Macro Distinction in Social Theory." Environment and Planning D: Society and Space 25(5):832-850, 2007 Bibliografiacomplementar - PFAFFENBERGER, Bryan. “Social anthropology of technology”, in Annual Review of Anthropology. 21:491-516,1992. - EDWARDS, Paul. A Vast Machine: computer models, climate data and the politics of global warming. Cambridge: MIT, 2010. - JENSEN, Casper; WINTHEREIK, Brit. Monitoring Movements in Development Aid: Recursive Partnerships and Infrastructures. Cambridge: MIT, 2013. 16/05/2016: Aula 10 – Etnografia e Infraestruturas 2: estradas e expertise Bibliografia básica: - HARVEY, Penny e KNOX, Hannah. Roads: An anthropology of infrastructure and expertise. Ithaca: Cornell, 2015 [pg. 1-110]. 23/05/2016: Aula 11 – Seminários de alunos Os alunos deverão apresentar resultados preliminares de suas pesquisas etnográficas ou debater pesquisas etnográficas/antropológicas de temas de C&T, que serão comentados e debatidos coletivamente. PARTE III – Etnografia e problemas sociotécnicos contemporâneos Busca-se ao final do curso vislumbrar caminhos futuros para os estudos antropológicos da C&T. Esses caminhos passam por um engajamento crítico com desafios contemporâneos colocados pela tecnociência. Nessa parte buscaremos tanto aportes teóricos inovadores (como a discussão sobre co-construção e a atenção para a materialidade na discussão ontológica) quanto estudos empíricos atuais. 30/05/2016: Aula 12 – Antropologia de Políticas Espaciais: O caso da Guiana Francesa Bibliografiabásica: - REDFIELD, Peter. Space in the Tropics: From Convicts to Rockets in French Guiana. Berkeley: University of California Press, 2000. [parte 3: ‘Modern Sky’, pp. 111-185] Bibliografiacomplementar

7

- ZABUSKY, Stacia. Launching Europe: an ethnography of European Cooperation in Space Science.Princeton: Princeton University Press, 1995. [Pp. 1-103; 179-221] Bibliografia básica: 06/06/2016: Aula 13 – Biotecnologias e molecularização Bibliografia básica: - RHEINBERGER, Hans-Jörg. “Heredity in the Twentieth Century: Some Epistemological Considerations” Public Culture 25(3):477-493, 2013. - JASANOFF, Sheila. “In the democracies of DNA: ontological uncertainty and political order in three states”. New GeneticsandSociety24(2):139-155, 2005. - LOCK, Margaret. “A Mente Molecularizada e a Busca da Demência Incipiente”. Physis: Revista de Saúde Coletiva15(2):205-236, 2005. Bibliografia complementar: - RAJAN, Kaushik. Biocapital: The constitutionofpostgenomiclife. Durham: Duke University Press, 2006. - ROSE, Nikolas. The politics of life itself: biomedicine, power and subjectivity in the 21st century. Princeton: Princeton University Press, 2007. 13/06/2016: Aula 14 – Genômica na América Latina: ciência, nação e diferença Bibliografiabásica: - WADE, P.; Beltrán, C.; RESTREPO, E. Mestizo Genomics: Race mixture, nation, and science in Latin America. Durham: Duke, 2014 [Part2: Laboratory Case Studies, cap. 4-7] 20/06/2016: Aula 15: Co-produção da ciência e da sociedade Bibliografiabásica: - JASANOFF, Sheila. “Ordering Knowledge, Ordering Society”. In States of Knowledge: The co-production of Science and social order. Sheila Jasanoff (org.) London: Routledge, 2006, pp. 13-46. - MILLER, Clark. “Climate Science and the making of a global political order”. In States of Knowledge: The co-production of Science and social order. Sheila Jasanoff (org.) London: Routledge, 2006, pp. 46-67. - WATERTON, C.; WYNNE, B. “Knowledge and Political Order in the European Environmental Agency”. In States of Knowledge: The co-production of Science and social order. Sheila Jasanoff (org.) London: Routledge, 2006, pp. 87-109. 27/06/2016: Aula 16 – A virada ontológica na Antropologia e nos ESCT Bibliografiabásica: - KELLY, John. “Introduction: The ontological turn in French philosophical anthropology”. Hau: Journal of Ethnographic Theory 4 (1): 259–269, 2014. - DESCOLA, Phillipe. “Modes of being and forms of predication”.Hau: Journal of Ethnographic Theory 4 (1): 271–280, 2014. - LATOUR, Bruno. “Another way to compose the common world”.Hau: Journal of Ethnographic Theory 4 (1): 301–307, 2014. - FORTUN, Kim. “From Latour to late industrialism”.Hau: Journal of Ethnographic Theory 4 (1): 309–329, 2014. - KELLY, John. “The ontological turn: Where are we?” Hau: Journal of Ethnographic Theory 4 (1): 357–360, 2014.

8

2 Doutorado em Ambiente e Sociedade AS-042

1S/2017 Terças-feiras (9:00hs às 13:00hs) AS-042 - Patrimônio e Memória Ambiental Por: Aline Vieira de Carvalho Vagas: 15. Alunos especiais: sim (5) E-mail: [email protected]

Proposta da disciplina: O objetivo da disciplina é mapear as produções acadêmicas no campo da História Ambiental, pensando as interfaces dos escopos teóricos e metodológicos construídos no bojo desse campo e que poderiam dialogar com as temáticas patrimoniais. Almejamos, por tanto, nos encontros da AS-042 refletir sobre os novos questionamentos que podem ser colocados às questões patrimoniais sob o viés da História Ambiental, valorizando, em especial, o saber produzido sob a proposta da interdisciplinaridade. Ementa preliminar: *CORRÊA, A.M. 1933. O Sertão Carioca. Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro. v. 167: 312p. (Reimpressão Depto. Imprensa Oficial. Secret. Mun. Adm., 1936). *COSTA, M.L. et al. 2009. Paisagens Amazônicas sob a Ocupação do Homem Pré-Histórico: Uma Visão Geológica. In: EMBRAPA (org.) As Terras Pretas de Índio da Amazônia: Sua Caracterização e Uso deste Conhecimento na Criação de Novas Áreas. Manaus: Embrapa, p.15-38. *CROSBY, A. W. 1993. Imperialismo ecológico: a expansão biológica da Europa: 900-1900. São Paulo: Companhia das Letras. 319 p. *DEAN, W. 1997. A ferro e fogo: a história da devastação da Mata Atlântica brasileira. Rio de Janeiro: Companhia das Letras. 484 p. * DRUMMOND, J.A. 1991. A história ambiental: temas, fontes e linhas de pesquisa. Estudos Históricos. n. 8, p. 177-197. Rio de Janeiro. v. 4. *DRUMMOND, J.A. 1997. Devastação e preservação ambiental no Rio de Janeiro. Niterói: Eduff. *GALLINI, S. 2005. Invitación a la historia ambiental. En: Revista Tareas Nro. 120: Historia ambiental Latinoamericana. Mayo-Agosto. pp. 5-28. (disponível em http://bibliotecavirtual.clacso.org.ar/ar/libros/panama/cela/tareas/tar120/gallini.rtf) * GIREL, J. 2007. Quand le passé éclaire le présent : écologie et histoire du paysage. Geocarrefour v. 81, n.4, p. 249-264. * MARTINS, M.L. 2008. História e Meio Ambiente. In: HISSA, C.E.V. Saberes ambientais: desafios para o conhecimento. Belo Horizonte, Ed. da UFMG. p. 65-78. * OLIVEIRA, R.R. (org.). 2005. O rastro do homem na floresta: História Ambiental de um trecho urbano de Mata Atlântica. Rio de Janeiro: Ed. PUC-Rio.

9

* PÁDUA, J.A. 2010. As bases teóricas da história ambiental. Estudos Avançados, v. 24, n. 68. * PÁDUA, J.A. 2002. Um sopro de destruição: pensamento político e crítica ambiental no Brasil escravista. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed. 318 p. * SACKMAN, Douglas Cazaux (2010) A Companion to American Environmental History. * WORSTER, D. 1991. Para fazer História Ambiental. Estudos Históricos. v.4, n.8, p.198-215.

3Doutorado em Ambiente e Sociedade AS-004

1º semestre/2017 Terça-feira (14h-17h) Disciplina AS 004: ECOLOGIA HUMANA Docente responsável: Profa. Dra. Célia R. T. Futemma/e-mail: [email protected] ______________________________________________________________________ Ementa: Reflexão e debate relativos às várias abordagens que tratam da interação humano-ambiente sob a perspectiva da antropologia ambiental e ecologia humana. UNIDADES TEMÁTICAS: Breve histórico do desenvolvimento da Ecologia Humana Etnoconhecimento Ecologia Histórica Ecologia Politica Análise Institucional AVALIAÇÕES Apresentação de seminários; participação em sala de aula e paper de final de curso. VAGAS Até 15 alunos. BIBLIOGRAFIA GERAL Agrawal, A. andOstrom, E. 2001. Collective Action, Property Rights, and Decentralization in Resource Use in India and Nepal.Politics Society. 29:485-514. Balée, W. (Ed.). 1998. Advances in Historical Ecology. New York, NY, EUA: Columbia University Press. Berkes, F. 1999. Context of Traditional Ecological Knowledge. In Sacred Ecology: Traditional Ecological Knowledge and Resource Management. Philadelphia, PA: Taylor & France Press, 1999.

10

Brent, B. 1990. The Chicken and the Egg-head revisited: Further Evidence for the Intelectualist bases of Ethnnobiological Classification. In Darrel Posey et al. (eds). Ethnobiology: Implications and Applications. Vol. I. Proceedings of the First International Congress of Ethnobiology Burke, B. 2012.Transforming Power in Amazonian Extractivism: Historical Exploitation, Contemporary “Fair Trade”, and new Possibilities for Indigenous Cooperatives and Conservation.Journal of Political Ecology. Vol. 19: 1-13. Winner of the Eric Worlf Prize, Political Ecology Society, 2011 Crumley, C. L. (ed.). 1994. Historical Ecology: Cultural Knowledge and Changing Landscapes. Santa Fe, New Mexico, EUA: School of American Research Press. [Cap. 1: 1-16 e Cap. 5: 99-125] Kormondi, E; Brown, D. E. 2002. Abordagens em Ecologia Humana. In Ecologia Humana. Atheneu Editora São Paulo. Coord. Editorial da Ed. Brasileira Walter Alves Neves. [p. 41-60]. Escobar, A. 1998. Whose Knowledge, Whose nature? Biodiversity, Conservation, and the Political Ecology of Social Movements.JournalofPoliticalEcology. Vol. 5: 53-82. Moran, E. F. 1990. Ecologia Humana das Populações da Amazônia. Petrópolis, RJ: Vozes. Ostrom, E. 1999. Coping with Tragedies of the Commons.Annu.Rev.Polit.Sci. 2: 493-535 Painter, M. and Durham, W. H. (eds). 1995. The Social Causes of Environmental Destruction in Latin America. Michigan, Michigan, EUA: The University of Michigan Press. [Intro: 1-23, Cap. 7: 249-264 e Cap. 2: 63-99] Raymond, C. M., Fazey, I., Reed, M.S., Stringer, L.C., Robinson, G.M., and Evely, A.C. 2010.Integrating Local and Scientific Knowledge for Environmental Management.Journal of Environmental Management. 91: 1766-1777. Stonich, S. C. 1995. Development, Rural Impoverishment, and Environmental Destruction in Honduras.In The Social Causes of Environmental Destruction in Latin America. Michael Painter and William Durham (eds.). Ann Arbor, Michigan: The Michigan University Press. Pp. 63-99 Vayda, A. P. 2009. Explaining Human Actions and Environmental Changes.Lanham, MD, EUA: Altamira Press. Vietler, R. B. 1988. Ecologia Cultural: Uma Antropologia da Mudança. São Paulo, SP: Editora Ática. Toledo, V. M., Ortiz-Espejel, B., Cortés, L., Moguel, P., andOrdoñez, M. J. 2003. The multiple use of tropical forests by indigenous peoples in Mexico: a case of adaptive management. ConservationEcology7(3)

4 Doutorado em Ambiente e Sociedade AS-043

1º SEMESTRE/2017 Nome do docente: Jurandir Zullo Junior / e-mail: [email protected] Nome da disciplina/turma: CLIMATOLOGIA E METEOROLOGIA Dia da semana: 4ª. FEIRA Horário: 9h00 – 12h00 - Nº Créditos: 3 Nº mínimo de vagas: 3 Nº máximo de vagas: 10 Aceita aluno especial previamente autorizado? SIM

11

EMENTA DA DISCIPLINA Meteorologia e Climatologia; Atmosfera; Aquisição de dados atmosféricos em superfície e através de sensores remotos; Previsão de Tempo e Clima; Geadas; Seca; Saúde Humana; Doenças de Plantas; Modelagem; Zoneamento; Mudanças Climáticas; Sistemas de Informações. PROGRAMA Revisar conceitos relacionados às areas de meteorologia e climatologia visando discutir e ilustrar o uso e a importância deles em aplicações relevantes na área ambiental. BIBLIOGRAFIA Meteorologia Básica e Aplicações. Rubens Leite Vianello e AdilRainier Alves. Viçosa, UFV. Climatologie de l’environnement. Gérard Guyot. Masson. Clima e Ambiente. Introdução à Climatologia para Ciências Ambientais. Fábio Ricardo Marin, Eduardo Delgado Assad e Felipe Gustavo Pilau. Embrapa. Agrometeorology – Principles and Applications of Climate Studies in Agriculture.HarpalS.Mavi, Graeme J. Tupper. Food Products Press

5 Doutorado em Ambiente e Sociedade AS-001

1S - 2017 AS-001 Teoria Social e Ambiente HS- Tópicos avançados em Ambiente e Tecnologia Profa Dra. Leila da Costa Ferreira/ e-mail: [email protected] Dia e Horário: Quinta-feira, Manhã (9h-12h) Conteúdo Programático e Bibliografia 1) A discussão nos anos de 1960 (Os ecologistas “políticos” ou “radicais”)

Dupuy, J. P. Introdução à Crítica da Ecologia Política. Civilização Brasileira. Rio de Janeiro.1980. llich, I. A Convivencialidade. Publicações Europa- América. Lisboa.1976. Ophuls, W. Ecology and Politcs of Scarcity.W. H. Freeman and Company. San Francisco.1977. Gorz, A. Ecológica. Ed. Annablume. São Paulo. 2010. 2) A discussão nos anos de 1970-1980 ( Os ecologistas moderados) Paelkhe, R. Environmentalism and Future of Progressive Politics.Yale University Press.New Haven and London. 1989. Cahn, M. Environmental Deceptions.The tension between Liberalism and Environmental Policymaking in the United States.State University of New York Press.Albany. 1995. 3) A Sociologia Ambiental

12

Hannigan, J. EnvironmentalSociology. A Social Constructionist Perspective.London and New York. 1995. Redclift, M and Woodgate (Editors).The International Handbook of Environmental Sociology.Cheltenham, UK.Northampton, MA, USA. 1997. Spaargaren, G. Mol, A and Buttel, H (2000).Environment and Global Modernity. Sage Studies. London. Thousands Oaks. New Delhi. Yearley, S. (1996).Sociology, Environmentalism and Globalization.Sage Publications. London. Thousand Oaks. New Delhi.

4) Teoria Social e Ambiente Giddens, A.(1991). As Conseqüências da Modernidade. Ed. Unesp.São Paulo. ---------------.(2000). Mundo em Descontrole. Ed. Record. Rio de Janeiro/ São Paulo. (-----------.(2010). A Política das Mudanças Climáticas. Ed. UNESP. São Paulo. Beck, U. (1998). Risk Society.Towards a New Modernity.Sage Publications. London. Thousands Oaks. New Delhi. -------------- (1999).The Reinvention of Politics.Polity Press.Cambrigde. Oxford. -------------- (2005).Power in the Global Age.Polity Press. Cambrigde. Oxford.

5) Interdisciplinaridade e a Questão ambiental FERREIRA, Lucia C; FERREIRA, Leila. C. ; JOLY, C. “Uma dentre várias interdisciplinaridades: o doutorado em Ambiente e Sociedade da UNICAMP“. In: Costa, R. (org). Práticas socioambientaisna Pós-Graduação Brasileira. São Paulo:2010, p. 35-52 Buarque, C;Ferreira, Leila .C. at ali. A interdisciplinaridade e o enfrentamento aos desafios da sustentabilidade. In: Sustentabilidade em Debate. Brasília. V.5.n1 pp183-195. Brasília.2014 Gulbenkian, C.(1996). Para Abrir as Ciências Sociais. Ed. Cortez.São Paulo. Bourdieu, P. (2003). Os usos sociais da ciência. Por uma sociologia clínica do campo científico.Ed. Unesp. São Paulo. Yearley, S. (2005).Making Sense of Science.Understating the Social Study of Science.Sage Publications. London. Thousand Oaks. New Delhi.

5) Estudos de casos: possíveis aplicabilidades Ferreira, Leila (org). A Questão Ambiental na América Latina. Teoria Social e interdisciplinaridade. Editora da Unicamp. Campinas. 2011. Ferreira, Leila e Tavolaro, S. Environmental concerns in contemporary Brazil: an insight into some theoretical and societal backgrounds (1970-1990s). In: International Journal of Politics, Culture and Society. ISSN. 15733416. vol.19.n.3-4 www.springerlink.com/content. April. 2008. pg161-177. New York. Ferreira, Leila at alli. Risk and climate change in Brazilian coastal cities.In: Risk and Social Theory in Environmental management. Measham, T and Lockie, S. (Ed). CSIRO Publishing. Australia. 2012. Zehr, S. (2014).The sociology of global climate change.WiresClimChange. Doi: 10.1002/wcc.328. Palacio, G. e Ulloa, A. (ed). (2002). Repensando la Naturaleza. Encuentros y desencuentros disciplinarios em torno a lo ambiental. PanamericanaFormas e Impresos S. A. Colombia. Keith, M; Lasch S; Arnoldi, J and Rooker, T (2014).China .Constructing Capitalism.Economic Life and Urban Change.Routlege.London and New York. Mol, Arthur . Clean Development Mechanism implementation and additionality in China: an Institutional analysis. In: Ferreira, Leila e Guilhon, j (ED). (2013).China and Brazil: challenges and opportunities. São Paulo. Ed. Annablume. Ferreira, Leila e Barbi, F. Some Issues about environmental concerns in Brazil and China (Social justice and transitional societies). In: Ferreira, Leila e Guilhon, j (ED). (2013).China and Brazil: challenges and opportunities. São Paulo. Ed. Annablume Basso, L and Viola, E (2014). Chinese energy policy progress and challenges in the transition to low carbon development, 2006-2013. In: Revista Brasileira de Política Internacional. Vol 57. Brasília. Measham, T and Preston, B. Vulnerabilityanalysis, risk and deliberation: theSydneyclimatechangeadaptationiniciative. IN:Risk and Social Theory in Environmental management. Measham, T and Lockie, S. (Ed). CSIRO Publishing. Australia.

13

Leitch, A and Robinson, C. Shiftingsands: :uncertainty and local community response to sea levelpolicy in Australia. IN:Risk and Social Theory in Environmental management. Measham, T and Lockie, S. (Ed). CSIRO Publishing. Australia.

Estratégias de Trabalho e Avaliação

O sistema de aulas obedecerá a um duplo padrão: a) aulas expositivas sobre os temas trazidos pela professora, nos quais estimulam-se perguntas e questionamentos por parte dos estudantes; b) seminários de textos sugeridos pela professora a partir da bibliografia indicada

6 Doutorado em Ambiente e Sociedade AS-050

AS 050 - Ação social e conflitos em arenas ambientais Professora Responsável: Lúcia da Costa Ferreira/e-mail: [email protected] Dia e horário: 5as feiras das 14 às 17h. Alunos Especiais: SIM, ATÉ 5 ALUNOS. Ementa: Uma das principais contribuições teóricas das Ciências Sociais às pesquisas interdisciplinares é apontar o potencial criativo dos conflitos sociais para produzir mudanças nos grandes dilemas da ação coletiva e nos modos de interpretação da realidade social na atualidade. No caso da pesquisa ambiental essa leitura é bastante frutífera em análises da dimensão social das mudanças ambientais locais e globais, incluindo as alterações climáticas, conservação da biodiversidade, riscos. A questão central que norteia a disciplina é: as configurações da sociedade atual produzem novos arranjos organizacionais e novas narrativas que muitas vezes fogem das agregações sociais convencionais reconhecidas e tratadas pelas ciências sociai? Questões Derivadas: Como as teorias dos conflitos podem interpretar clivagens inesperadas, ou a intensificação dos conflitos já existentes em arenas ambientais de decisão? Esses conflitos, novos ou redesenhados produzirão ou têm potencial para produzir mudanças na ação e nas narrativas favoráveis à proteção dos recursos naturais e ao controle dos impactos sociais e ambientais provocados pela ação humana? Bibliografia: ARON, Raymond. (1993) As Etapas do Pensamento Sociológico. Tradução Sérgio Bath;Áureo Pereira de Araújo. 4ª edição, São Paulo:Martins Fontes. BIRNBAUM, Pierre. (1995), “Conflitos” in BOUDON, Raymond (Dir.) Tratado de Sociologia. Tradução Teresa Curvelo. Rio de Janeiro:Jorge Zahar Editor, p.247-282 COSER, Lewis A. (1996), “Conflito” in BOTTOMORE, Tom; OUTHWAITE, William.Dicionário do pensamento social do século XX. Tradução Álvaro Cabral;Eduardo Francisco Alves. Rio de Janeiro:JorgeZahar Editor. COSER, Lewis. “The Functions of Social Conflict”. Routledge & Kegan Paul, London, 1956. DAHRENDORF, Ralph. “Class and Class Conflict in Industrial Society”. Routledge & Kegan Paul, London, 1976 DOUGHERTY, J.; PFALZGRAFF, R Jr. An Inventory of Conflict and theEnvironment: A Conceptual Framework. http://www.american.edu. 1981 DURKHEIM, Émile. (1995) Da Divisão do trabalho Social. Tradução Eduardo Brandão. São Paulo:Martins Fontes. ELIAS, Norbert. (2005), Introdução à Sociologia. Tradução Maria Luísa Ribeiro Ferreira. Lisboa:Edições 70. EVANS-PRITCHARD, E. E. Os Nuer. São Paulo: Perspectiva, 1978.

14

FISCHER, and SCHMELZLE (eds.), Berghof Handbook for Conflict Transformation. Berlin: Berghof Research Center for Constructive Conflict Management. Disponívelem: http://www.berghof-handbook.net/uploads/download/reimann_handbook.pdf. 2011. GLUCKMAN, M. 1987. Análise situacional de uma situação social na Zululândiamoderna. In: Feldman-Bianco, B. Antropologia das sociedadescontemporâneas. SP: Global Universitária. GLUCKMAN, M.1966. Custom and conflict in Africa. Oxford: Basil Blackwell. HANNIGAN (1995), HANNIGAN, J. 2009.Sociologia Ambiental. Editora Vozes. Petrópolis, Rio de Janeiro. HANNIGAN, J. Environmental sociology: a social constructionist perspective. 2. ed. London/New York: Routledge. 1997. HONNETH, Axel. Luta por Reconhecimento - A Gramática Moral dos Conflitos Sociais. Editora 34. 2009. SIMMEL, Georg. (1986), Sociología. 1Estudios sobre las formas de socializacíon. Tradução [s.n.] Madri:Alianza Editorial. HSIANG, BURKE, MIGUEL. Quantifying the Influence of Climate on Human Conflict Science Express. 1. August 2013 / Page 8/ 10.1126/science.1235367. http://www.sciencemag.org/content/early/recent. 2013. HUMPHREYS, M. Natural Resources, Conflict, and Conflict Resolution: Uncovering the Mechanisms. Journal of Conflict Resolution. 2005, Vol. 49 No. 4 508-537. JONES, S.Conflitossobrerecursosnaturais.Tearfund International Learning Zones.Disponívelemhttp://tilz.tearfund.org, 2005. KRIESBERG, L. The State of art in Conflict Transformation In: BLOOMFIELD, KRIESBERG, L. Transforming Conflicts in the Middle East and Central Europe. Intractable Conflicts and Their Transformation.Ed. Louis Kriesberg, Terrell A. Northrup and Stuart J. Thorson. Syracuse, New York: Syracuse University Press, 1989. Pp. 109-131. KRIESBERG, L., DAYTON B. W. Constructive Conflicts: From Escalation to Resolution. Chicago: Rowman & Littlefield, 2011 - 428 páginas MARX, Karl. (1984), “Manuscritos Econômico-Filosóficos de 1844”. in FERNANDES, Florestan (Org.) Marx/Engels.História. Tradução Florestan Fernandes;Vicktor von Erhrenreich, Flávio René Kothe et all. 2ª edição, São Paulo:Ática. MIALL, H. Conflict Transformation: A Multi-Dimensional Task. BLOOMFIELD, FISCHER, and SCHMELZLE (eds.), Berghof Handbook for Conflict Transformation. Berlin: Berghof Research Center for Constructive Conflict Management, 2003. OSTROM, E. 1990.Governing the commons.The evolution of institutions for collective action.Cambridge University Press. Cambridge. OSTROM, E. 2005.Understanding Institutional Diversity.Princeton University. OSTROM, E. Governing the Commons: the evolution of institutions for collective action. Cambridge: CambridgeUniversity Press. 1990. RENN, O. Risk governance: coping with uncertainty in a complex world. , London:Earthscan. 2008. REIMANN, C. Assessing the State of the Art in Conflict Transformation. In: FISHER, M e N. ROPPERS (ed). Berghof Handbook for Conflict Transformation, 2004.Disponível em: http://www.berghof-handbook.net/uploads/download/reimann_handbook.pdf. Acessado em 06-09-2008. SIMMEL.Conflict.New York: The Free Press. 1955. _______ “A competição” in MORAES FILHO, Evaristo (Org.) Simmel. São Paulo:Ática, p.135-149. 1983. _______ (1983), “A natureza sociológica do conflito” in MORAES FILHO, Evaristo (Org.) Simmel. São Paulo:Ática, p.121-134. VARGAS, G.M. Conflitos Sociais e Sócio-Ambientais: proposta de um marco teórico e metodológico, Sociedade & Natureza, 19 (2): 191-203, dez. 2007 VAYRYNEN, R. (ed.) New Directions in conflict theory: conflict resolution and conflict transformation. London: Newbury Park, Sage Publications, Inc. 1991. WEBER, Max. Economia e Sociedade.Tradução Régis Barbosa; Karen Elsabete Barbosa. 3ª edição, Brasília:Editora UnB, v.1. 1994. _______. Economia e Sociedade. Tradução Régis Barbosa; Karen Elsabete Barbosa Brasília, DF:Editora UnB, v.2. 1999.

15

7Doutorado em Ambiente e Sociedade AS-040

Nome da Disciplina: Fundamentos Conceituais em Ecologia Nome do docente: Simone A. Vieira/e-mail: [email protected] e Cristiana S. Seixas/e-mail: [email protected]

Sigla/nome da disciplina/turma: AS 040 Dia da semana: sexta-feira Horário: 9h-12h Nº mínimo de vagas: 5 Nº máximo de vagas: 15 Aceita aluno especial previamente autorizado? não PROGRAMA DA DISCIPLINA Ementa: História e epistemologia da ciência ecológica. Contraposições: padrões e processos; correlação e causalidade; reducionismo e complexidade; explicações fenomenológicas e mecanicistas. Paradigmas e conceitos fundadores: hierarquia, organização e escala; do organismo individual à paisagem; o paradigma populacional e o paradigma ecossistêmico; adaptação e variabilidade; economia da natureza - alocação e otimização; equilíbrio e estabilidade. Temas: regulação de populações; interações horizontais e verticais; organização estrutural e funcional de comunidades ecológicas; medidas de biodiversidade; diversidade e funções ecossistêmicas; manejo adaptativo, resiliência ecológica, conservação e sustentabilidade. Programa Formação do planeta e Evolução da vida na terra História da Ciência Ecológica Evolução e conservação Biodiversidade e Manejo de populações Carbono e Produtividade Primária Resiliência de sistemas ecológicos e sócio-ecológicos Manejo adaptativo de ecossistema Mudanças Ambientais e Climática Restauração Conservação – abordagens internacionais Bibliografia:

Bibliografia básica:

Begon, M., C.R. Townsend, J.L. Harper. 2006. Ecology. From individuals to ecosystems. 4th ed. Blackwellpublishing, Malden, USA

16

Ricklefs, R.E.; Miller, G.L. 1999. Ecology. 4th ed. W. H. Freeman.

Chapin III, F.S.; Matson, P.A.; Vitousek, P. 2012. Principles of Terrestrial Ecosystem Ecology. Springer.

Bibliografia complementar:

Golley, F. B. 1993. A history of the ecosystem concept in ecology: more than the sum of the parts. Yale University Press, New Haven.

Gunderson e Holling 2002. Panarchy. Understanding transformations in human and natural systems. Island Press, Washington.

Pickett, S. T. A., J. Kolasa, and C. G. Jones. 1994. Ecological understanding: the nature of theory and the theory of nature. Academic Press, San Diego.

Shrader-Frechette, K. S., and E. D. McCoy. 1993. Method in ecology: strategies for conservation. Cambridge University Press, Cambridge.

Worster, D. 1977. Nature's economy: a history of ecological ideas. Cambridge University Press, Cambridge.

8Doutorado em Ambiente e Sociedade AS-035

AS-035: Tópicos Avançados em Ambiente e Sociedade II (ETNOGRAFIA DAS POLÍTICAS AMBIENTAIS) Sexta-Feira, 14h-17h Docente responsável: Prof. Dr. Roberto Donato da Silva Júnior/e-mail: [email protected]

Objetivo: O objetivo da disciplina é explorar as potencialidades da abordagem etnográfica para análise de iniciativas, programas e políticas ambientais. Tendo como fio condutor a apresentação, por um viés histórico,de distintas perspectivas do binômio “cultura-etnografia”, bem como as recentes iniciativas de sua superação, a disciplina pretende apresentar: (1) os elementos etnográficos fundamentais; (2) a pertinência de sua utilização no enquadramento teórico da sociedade do risco; (3) as suas potencialidades interdisciplinares no âmbito epistemológico da problemática ambiental; e (3) sua pertinência para a análise de contextos ambientais politicamente motivados (como inciativas agroecológicas, projetos de desenvolvimento territorial ou políticas públicas ambientais). Ementa: perspectivas de correspondência entre cultura e etnografia; cultura, ontologia e etnografia; etnografia, contemporaneidade e risco; etnografia e interdisciplinaridade; etnografia das políticas ambientais. Programa:

1. O binômio cultura-etnografia - A perspectiva diacrônica: o estabelecimento de uma agenda; - O olhar sincrônico: a consolidação de um métier; - As “opções secretas”; - Significado, interpretação e descrição; - A adaptação, o operativo e o perceptivo; - A virada ontológica.

17

2. Freio de arrumação: o que é etnografia?

- Experiência, tensão entre heurísticas e transversalidade; - Técnicas etnográficas de pesquisa.

3. Etnografia, contemporaneidade e risco - Do outro ao eu: etnografia para além das sociedades ditas “exóticas”; - Risco, dissolução das fronteiras e contingência: olhar pelo etnográfico;

4. Etnografia e interdisciplinaridade

- Um exemplo: LULC e etnografia.

5. Etnografia das/nas políticas ambientais - Rumo a uma ontologia política da alteridade; - Finalmente, quais os resultados?

Bibliografia Básica: BECK, U. Sociedade de Risco: rumo a uma outra modernidade. São Paulo: Editora 34, 2010. BLASER, Mario. Notes toward a political ontology of ‘environmental’ conflicts.in GREEN, Lesley. Contested Ecologies: Dialogues in the South on Nature and Knowledge, editadopor, 13-27.Cape Town: HSRC Press, 2013. DESCOLA, P. & PÁLSSON, G. Introducción, In: DESCOLA, P. & PÁLSSON, G. (Coord) Naturaleza e Sociedad. Perspectivas Antropológicas. México: Siglo Veintiuno Editores. 2001. GEERTZ, C. A Interpretação das Culturas. Rio de Janeiro: Guanabara, 1989. GUBER R. La etnografía, método, campo y reflexividad. Buenos Aires: SigloVeintiuno Editores, 2011. INGOLD, Tim. Estar vivo: ensaios sobre movimento, conhecimento e descrição. Petrópolis: Vozes, 2015. LATOUR, B. Jamais Fomos Modernos. Ensaio de Antropologia Simétrica. Rio de Janeiro: Editora 34, 1994. LATOUR, Bruno. Reagregando o social. Uma introdução à teoria o ator-rede. EDUFBa, 2012. LÉVI-STRAUSS, C. Antropologia estrutural dois. Tempo Brasileiro, RJ, 1993. LITTLE, Paul E. Políticas ambientais no Brasil: análises, instrumentos e experiências. São Paulo: Peirópolis, DF: IIEB, 2003. MALINOWSKI, B. A teoria funcional. In: DURHAM, E. Malinowski. São Paulo: Ática, 1986. MALINOWSKI, B. Argonautas do pacifico ocidental: um relato do empreendimento e da aventura dos nativos nos arquipélagos da Nova Guiné melanesia. São Paulo: Abril Cultural, 1976. RAPPAPORT. Roy A. Naturaleza, cultura y antropología ecológica. En: SHAPIRO, H. C. (ed.). Hombre, cultura y sociedad. Ciudad de México: Fondo de Cultura Económica, 1998, p. 261-292. p. 480 SILVA JUNIOR, R.D.; D'ANTONA, A.O.; CAK, A. Do uso e cobertura da terra à experiência etnográfica: croquis e imagens de satélite na Amazônia rural brasileira. Etnográfica, Lisboa, v. 20, n. 3, out. 2016 (no prelo). TYLOR, E. B. A ciência da cultura.In: CASTRO, C. Evolucionismo cultural: textos de Morgan, Tylor e Frazer. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2005.

18

Bibliografia Complementar CLIFFORD, James. 2002. A Experiência Etnográfica: Antropologia e Literatura no Século XX. Rio de Janeiro, EdUFRJ, DESCOLA,Phillipe. 2006. As lanças do crepúsculo: relações jivaro na Alta Amazônia. São Paulo: CosacNaify, FAVRET-SAADA, Jeanne. 1977. Les Mots, la Mort, les Sorts. Paris: Gallimard, FAVRET-SAADA, Jeanne. 2005. Ser afetado. Cadernos de Campo, n. 13, p. 155-161. FERREIRA, L. C. A Questão ambiental, sustentabilidade e políticas públicas no Brasil. Ed. Boitempo: São Paulo, 1998. GOLDMAN, Marcio. 2006. Alteridade e Experiência: Antropologia e Teoria Etnográfica. Etnográfica (Lisboa), Lisboa, v. X, n.1, p. 161-173. GOLDMAN, Marcio. 2008.Os Tambores do Antropólogo: Antropologia Pós-Social e Etnografia. Ponto Urbe(USP), v. 3, p. 1-11. MAUSS, M. Sociologia e Antropologia. São Paulo. EPU/EDUSP. 1992. SILVA JÚNIOR, R. D.; DE BIASE, L.. Na encruzilhada dos saberes e práticas: inserções antropológicas sobre estranhamento e alteridade no interior da agroecologia. Revista Brasileira de Agroecologia, v. 7, p. 3-18, 2012. VIVEIROS DE CASTRO, E. O nativo relativo. Mana, Rio de Janeiro, v. 8, n. 1, abr. 2002. VIVEIROS DE CASTRO, Eduardo. O nativo relativo. Mana, vol.8, no.1, Rio de Janeiro, Apr. 2002. VIVEIROS DE CASTRO, Eduardo. Perspectival Anthropology and the Method of Controlled Equivocation, Tipití: Journal of the Society for the Anthropology of Lowland South America: Vol. 2: Iss. 1, 2004. WAGNER, Roy. 2010. A invenção da cultura, São Paulo: Cosac Naify. ZHOURI, Andreia; KLEMENS, Laschefski; PEREIRA, Doralice Barros (org.). A insustentável leveza da política ambiental: desenvolvimento e conflitos socioambientais. Belo Horizonte: Autêntica, 2005.

9 Doutorado em Ambiente e Sociedade AS-037

***ATENÇÃO: Esta disciplina exige que o aluno interessado consulte o professor responsável (Prof. CARLOS A. JOLY) de modo a obter informações mais detalhadas sobre o período, o horário e a dinâmica da disciplina antes de efetivar a matrícula. PROGRAMA DA DISCIPLINA AS-037 Tópicos Avançados em Ambiente e Sociedade IV (Da ciência à prática: o conhecimento científico aplicado às políticas públicas ambientais) Professores Responsáveis: Prof. Dr. Carlos Alfredo Joly – Depto. Biologia Vegetal, Instituto de Biologia, UNICAMP. [email protected] Profa. Dra. Maíra Padgurschi – Depto. Biologia Vegetal, Instituto de Biologia, UNICAMP. [email protected] Apresentação

A biodiversidade e os serviços ecossistêmicos (BSE) estão diminuindo em um ritmo sem precedentes. Para enfrentar esse desafio, políticas locais, nacionais

e internacionais adequadas precisam ser adotadas e implementadas com base em informações cientificamente confiáveis e independentes que levem em conta as complexas relações entre biodiversidade, serviços ecossistêmicos, e as pessoas. Com isso, o papel do conhecimento científico se modifica e se amplia e a inovação é

19

essencial para atender às necessidades de uma sociedade em permanente transformação. Reconhecendo a necessidade de reforçar o diálogo entre a comunidade científica, governos e outros atores interessados, foi criada em 2012 a Plataforma Intergovernamental sobre Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos (IPBES – sigla em Inglês).

O objetivo da IPBES é reforçar a interface ciência-política sobre biodiversidade e serviços ecossistêmicos para a conservação e uso sustentável da biodiversidade, bem-estar humano e desenvolvimento sustentável. Atualmente, conta com 124 países membros que se reúnem em plenárias anuais onde as principais diretrizes e resoluções, apontadas pelos cientistas do painel multidisciplinar de especialistas (sigla MEP em inglês), são aprovadas e deverão ser adotadas pelos países que fazem parte do painel. Assim, a IPBES identifica e prioriza informações científicas chave que são necessárias para os tomadores de decisão, além de catalisar esforços para geração de novos conhecimentos a partir da demanda apontada pelos países membro.

Neste mesmo sentido, foi criada em 2015 a Plataforma Brasileira BSE que reúne atualmente 28 pesquisadores de todas as regiões do Brasil e de diferentes áreas do conhecimento (como economia ecológica, ecologia de paisagens, desenvolvimento sustentável e conhecimentos tradicionais e indígenas). O primeiro produto do grupo brasileiro será o Contribuições para o Diálogo, cujo conteúdo é um resumo do que será abordado no Diagnóstico Brasileiro sobre Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos. Além de subsidiar o diagnóstico regional da IPBES, o diagnóstico brasileiro será o primeiro do gênero no país e terá como principal objetivo subsidiar o processo de tomada de decisão ambiental nacional no que diz respeito à temática socioambiental.

Objetivo da disciplina Apresentar aos alunos a importância da participação científica e sua aplicabilidade na formulação das políticas públicas. A avaliação dos alunos será feita a partir dos seminários, leitura de textos e participação em aula. Cronograma:

1ª aula Apresentação da disciplina e introdução aos conceitos de serviços ecossistêmicos. 2ª aula Processos por trás dos serviços ecossistêmicos. Relação entre diversidade e serviços. 3ª aula Contextualização histórica que antecedeu a criação da IPBES 4ª aula Estudo dirigido - Leitura de artigos e preparação dos seminários. 5ª aula O que é a IPBES? A estrutura e o Programa de Trabalho 2014-2019 do IPBES. Diagnóstico Global sobre Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos. 6ª aula Avaliaçõesjáconcluídas no âmbito da IPBES: Thematic assessment of pollinators, pollination and food production/Scenario analysis and modelling of

biodiversity and ecosystem services 7a aula Regional Assessments – As Américas/Diagnóstico brasileiro de biodiversidade e serviços ecossistêmicos 8ª aula Estudo dirigido - Leitura de artigos e preparação dos seminários. 9ª aula Entrega e discussão do relatório de avaliação do Regional Assessment 10ª aula Apresentação dos seminários

Bibliografia: ALLAN E et al. (2013) A comparison of the strength of biodiversity effects across multiple functions. Oecologia, 173: 223-237. BALVANERA et al. (2012) Ecosystem services research in Latin America - the state of the art. Ecosystem Services, 2:56-70. BÜSCHER B et al. (2012) Towards a Synthesized Critique of Neoliberal Biodiversity Conservation. Capitalism Nature Socialism, 23 (2): 4-30. CLARK NE et al. (2014) Biodiversity, cultural pathways, and human health: a framework. Trends in Ecology & Evolution, 29(4): 198-204. DIAZ S. et al. (2015) A Rosetta Stone for Nature’s Benefits to People. PLoS Biology, 13:

http://journals.plos.org/plosbiology/article?id=10.1371/journal.pbio.1002040

20

DIAZ S. et al. (2015) The IPBES Conceptual Framework - connecting nature and people. Current Opinion in Environmental Sustainability, 14:1-16. HOOPER et al. (2005) Effects of biodiversity on ecosystem functioning: a consensus of current knowledge. Ecological Monographs, 75(1): 3-35.

http://journals.plos.org/plosbiology/article?id=10.1371/journal.pbio.10021088 IPBES (2015) http://ipbes.net/index.php/about-ipbes IPBES (2016) Summary for policymakers of the assessment report of the Intergovernmental Science-Policy Platform on Biodiversity and Ecosystem Services on

pollinators, pollination and food production. S.G. Potts, V. L. Imperatriz-Fonseca, H. T. Ngo, J. C. Biesmeijer, T. D. Breeze, L. V. Dicks, L. A. Garibaldi, R. Hill, J. Settele, A. J. Vanbergen, M. A. Aizen, S. A. Cunningham, C. Eardley, B. M. Freitas, N. Gallai, P. G. Kevan, A. Kovács-Hostyánszki, P. K. Kwapong, J. Li, X. Li, D. J. Martins, G. Nates-Parra, J. S. Pettis, R. Rader, and B. F. Viana (eds.). Secretariat of the Intergovernmental Science-Policy Platform on Biodiversity and Ecosystem Services, Bonn, Germany. 36 pages

IPBES (2016).Summary for policymakers of the methodological assessment of scenarios and models of biodiversity and ecosystem services of the Intergovernmental Science-Policy Platform on Biodiversity and Ecosystem Services. S. Ferrier, K. N. Ninan, P. Leadley, R. Alkemade, L.A. Acosta, H. R. Akçakaya, L. Brotons, W. Cheung, V. Christensen, K. H. Harhash, J. Kabubo-Mariara, C. Lundquist, M. Obersteiner, H. Pereira, G. Peterson, R. Pichs-Madruga, N. H. Ravindranath, C. Rondinini, B. Wintle (eds.). Secretariat of the Intergovernmental Science-Policy Platform on Biodiversity and Ecosystem Services, Bonn, Germany.32 pages.

MATLOCK MD, MORGAN RA (2011) Ecosystem Services. In: Ecological Engineering Design: Restoring and Conserving Ecosystem Services. Matlock and Morgan (eds.). Disponívelon-linehttp://onlinelibrary.wiley.com/book/10.1002/9780470949993

MILLENNIUM ECOSYSTEM ASSESSMENT (2005) Ecosystems and Human Well-being: Biodiversity Synthesis. World Resources Institute/WRI, Washington, DC. OLIVER TH et al. (2015) Biodiversity and Resilience of Ecosystem Functions. Trends in Ecology and Evolution,

www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0169534715002189 SOBERÓN J, PETERSON AT (2015) Biodiversity Governance: A Tower of Babel of Scales and Cultures.PLoS Biology, 13(3): TURNHOUT E et al. (2014) ‘Measurementality’ in biodiversity governance: knowledge, transparency, and the Intergovernmental Science–Policy Platform on

Biodiversity and Ecosystem Services (IPBES). Environment and Planning A, 46: 581–597.