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Inaugurado NPC em Venda Nova Informativo Mensal do Instituto Elo | Abril 2009 Parceria EDIçãO 06 Com abertura do espaço, comunidade passa a contar com ações dos programas Fica Vivo! e Mediação de Conflitos Núcleo Venda Nova - Boréu Rua José do Carmo de Oliveira, 135, Minas Caixa Belo Horizonte [31] 3451-3568 oficinas a oportunidade de formar novos grupos e conhecer outras culturas”, afirmou Maurício Campos. O Boréu é o 36º núcleo implantado pela Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds) em Minas Gerais. Desde 2005, a implantação, o desenvolvimento e a consolidação dos NPCs são feitos em parceria com o Instituto Elo. “Por meio do trabalho conjunto do Estado e da sociedade civil organizada, estamos conseguindo agir de forma efetiva no sentido de mudar a trajetória de vida de pessoas em situação de vulnerabilidade social”, ressalta Kris Brettas, presidente do Instituto Elo. O novo núcleo atende ao aglomerado Boréu, aos bairros Minas Caixa e Serra Verde e à região do Mar Vermelho, também em Venda Nova. “Eu sou morador da região e já desenvolvia um trabalho de artes cênicas com alguns adolescentes no meu bairro. Agora, com um núcleo do governo fazendo esse trabalho de prevenção junto à comunidade, podemos ter muito mais jovens participando e atingir resultados mais satisfatórios”, contou Rogério Gomes que, desde janeiro, é oficineiro do Fica Vivo!. Prevenção Assim como nos demais núcleos, a criação do espaço no Boréu foi motivada pelos altos índices de criminalidade violenta registrados na região. “É fato que a partir da implantação da política de prevenção, que tem em si uma metodologia de policiamento comunitário, a participação da comunidade e do poder público local e projetos que contam com a participação de jovens, estamos conseguindo reverter esses quadros de violência”, destaca Fabiana Leite. Antes de iniciar as atividades, a equipe de técnicos do núcleo visitou as instituições locais para apresentar os programas de prevenção. As próprias instituições nortearam quais seriam as melhores áreas para a instalação do espaço, apontando os principais locais de conflito, as localidades neutras e também os melhores pontos para a realização de atividades. Um diagnóstico realizado pelo Centro de Estudos da Criminalidade e Segurança Pública (CRISP), da UFMG, também orientou o trabalho. O Núcleo de Prevenção à Criminalidade (NPC) do Boréu, localizado na região de Venda Nova, em Belo Horizonte, foi oficialmente inaugurado em 28 de abril. O evento contou com a presença da comunidade e dos técnicos sociais que atuam no núcleo, além do secretário de Estado de Defesa Social, Maurício Campos Júnior, e da Superintendente de Prevenção à Criminalidade, Fabiana de Lima Leite. Desde outubro de 2008, o espaço é utilizado por 135 jovens que participam de oficinas de tae kwon do, futsal feminino e masculino, teatro, artesanato, forró moderno e percussão, oferecidas pelo Fica Vivo!. Além disso, a comunidade vem sendo atendida pelos técnicos sociais do programa Mediação de Conflitos, que procuram auxiliar na resolução pacífica de problemas que surgem no convívio diário em sociedade e promovem o acesso a serviços e direitos. “Nas áreas onde a Polícia Militar está presente de forma permanente é possível estabelecer rumos, orientação e acessos com núcleos de prevenção para esta mesma comunidade. Os indicadores de violência reduzem drasticamente. O Fica vivo, por exemplo, tem se tornado uma referência para os jovens. Eles encontram no programa e nas Apresentação da oficina de violão do Fica Vivo! do NPC de Vespasiano durante a inauguração em Venda Nova Fotos: Lúcia Sebe/Secom (Da esq. para a dir.) Gestora do NPC Ana Dorotéia, superintendente de Prevenção à Criminalidade Fabiana Leite e secretário de Defesa Social Maurício Campos Júnior

Núcleo em Rede - Abril/2009 - Edição 6

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Informativo mensal produzido pelo Instituto Elo por meio da parceria celebrada com a Superintendência de Prevenção à Criminalidade (Spec), da Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds).

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Page 1: Núcleo em Rede - Abril/2009 - Edição 6

Inaugurado NPC em Venda Nova

Núcleo em RedeInformativo Mensal do Instituto Elo | Abril 2009

Parceria

EdIção 06

Com abertura do espaço, comunidade passa a contar com ações dos programas Fica Vivo! e Mediação de Conflitos

Núcleo Venda Nova - BoréuRua José do Carmo de oliveira, 135, Minas Caixa

Belo Horizonte [31] 3451-3568

oficinas a oportunidade de formar novos grupos e conhecer outras culturas”, afirmou Maurício Campos.

o Boréu é o 36º núcleo implantado pela Secretaria de Estado de defesa Social (Seds) em Minas Gerais. desde 2005, a implantação, o desenvolvimento e a consolidação dos NPCs são feitos em parceria com o Instituto Elo. “Por meio do trabalho conjunto do Estado e da sociedade civil organizada, estamos conseguindo agir de forma efetiva no sentido de mudar a trajetória de vida de pessoas em situação de vulnerabilidade social”, ressalta Kris Brettas, presidente do Instituto Elo.

o novo núcleo atende ao aglomerado Boréu, aos bairros Minas Caixa e Serra Verde e à região do Mar Vermelho, também em Venda Nova. “Eu sou morador da região e já desenvolvia um trabalho de artes cênicas com alguns adolescentes no meu bairro. Agora, com um núcleo do governo fazendo esse trabalho de prevenção junto à comunidade, podemos ter muito mais jovens participando e atingir resultados mais satisfatórios”, contou Rogério Gomes que, desde janeiro, é oficineiro do Fica Vivo!.

PrevençãoAssim como nos demais núcleos, a criação do espaço no Boréu foi motivada pelos altos índices de criminalidade violenta registrados na região. “É fato que a partir da implantação da política de prevenção, que tem em si uma metodologia de policiamento comunitário, a participação da comunidade e do poder público local e projetos que contam com a participação de jovens, estamos conseguindo reverter essesquadros de violência”, destaca Fabiana Leite.

Antes de iniciar as atividades, a equipe de técnicos do núcleo visitou as instituições locais para apresentar os programas de prevenção. As próprias instituições nortearam quais seriam as melhores áreas para a instalação do espaço, apontando os principais locais de conflito, as localidades neutras e também os melhores pontos para a realização de atividades. Um diagnóstico realizado pelo Centro de Estudos da Criminalidade e Segurança Pública (CRISP), da UFMG, também orientou o trabalho.

o Núcleo de Prevenção à Criminalidade (NPC) do Boréu, localizado na região de Venda Nova, em Belo Horizonte, foi oficialmente inaugurado em 28 de abril. o evento contou com a presença da comunidade e dos técnicos sociais que atuam no núcleo, além do secretário de Estado de defesa Social, Maurício Campos Júnior, e da Superintendente de Prevenção à Criminalidade, Fabiana de Lima Leite.

desde outubro de 2008, o espaço é utilizado por 135 jovens que participam de oficinas de tae kwon do, futsal feminino e masculino, teatro, artesanato, forró moderno e percussão, oferecidas pelo Fica Vivo!. Além disso, a comunidade vem sendo atendida pelos técnicos sociais do programa Mediação de Conflitos, que procuram auxiliar na resolução pacífica de problemas que surgem no convívio diário em sociedade e promovem o acesso a serviços e direitos. “Nas áreas onde a Polícia Militar está presente de forma permanente é possível estabelecer rumos, orientação e acessos com núcleos de prevenção para esta mesma comunidade. os indicadores de violência reduzem drasticamente. o Fica vivo, por exemplo, tem se tornado uma referência para os jovens. Eles encontram no programa e nas

Apresentação da oficina de violão do Fica Vivo! do NPC de Vespasiano durante a inauguração em Venda Nova

Fotos: Lúcia Sebe/Secom

(Da esq. para a dir.) Gestora do NPC Ana Dorotéia, superintendente de Prevenção à Criminalidade Fabiana Leite e secretário de Defesa Social Maurício Campos Júnior

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Alice de Lima Mendes, agente de saúde do Centro de Saúde Jardim Felicidade I, relata que os moradores do bairro precisam conscientizar-se verdadeiramente sobre a importância de combater o mosquito da dengue. “As pessoas sabem o que devem fazer, pois nós [agentes de saúde] vamos de casa em casa para orientar sobre como prevenir os focos. o que falta é conscientização”, reforça.

Caminhando e cantandodurante a caminhada, as crianças cantaram sucessos infantis em versões, feitas por eles e pelos funcionários do Centro de Saúde, como “Tá na hora, tá na hora, tá na hora de acordar, limpa casa e limpa córrego, para a dengue eliminar”.

os alunos da primeira série da Escola Municipal Rui da Costa apresentaram jogral sobre a importância de reaproveitar alguns materiais ao invés de descartá-los. Eles mostraram exemplos de como utilizar embalagens para fazer porta-materiais escolares, porta-canetas e capas para caderno, entre outros.

o encerramento aconteceu na Escola Municipal Jardim Felicidade com uma apresentação teatral. A peça contava a história da pequena Marina que foi até um posto médico e constatou que estava com dengue. A menina voltou furiosa para casa e repousou até acabar

Jardim Felicidade no combate à dengue

o dia 1º de abril no Jardim Felicidade, em Belo Horizonte, começou ensolarado e com uma concentração de moradores em frente ao ponto final da linha de ônibus que atende ao bairro. Eles estavam reunidos para participar da caminhada ecológica ao longo do córrego Tamboril, organizada pelos programas Fica Vivo! e Mediação de Conflitos do Núcleo de Prevenção à Criminalidade (NPC) do bairro.

Participaram da caminhada alunos do Centro Sócio-Educativo Alvorada e das escolas municipais Rui de Castro Val e Jardim Felicidade, além de moradores. As crianças carregavam cartazes com mensagens de conscientização sobre o combate à dengue, como “Vamos combater o foco da dengue e juntos vamos vencê-la!”, além de alertas sobre a importância de preservar o meio ambiente e de descartar corretamente o lixo.

osmar Júnior, 12 anos, acredita que o combate à dengue deve partir de todos os moradores. “Não adianta só um fazer sua parte, temos que incentivar todos a participarem”, defende. Humberto Lucas, 9 anos, já faz sua parte. “Ajudo os meus pais na prevenção ao mosquito da dengue: não deixo garrafas com água em casa, ajudo minha mãe a colocar areia nos vasos de plantas e fiscalizo se não tem água nos pneus”.

Crianças fizeram passeata pelas ruas do bairro, em Belo Horizonte, para conscientizar moradores sobre os riscos da doença

com os sintomas da doença. Assim que melhorou, convidou os amigos de sala para mobilizar outras crianças e adultos para combater a dengue.

Córrego TamborilNo sábado seguinte, dia 4 de abril, outra caminhada foi realizada no bairro, desta vez com todos os moradores. durante a passeata, foi feito um mutirão, com apoio da Superintendência de Limpeza Urbana (SLU) da prefeitura, para recolher o lixo do córrego Tamboril, que corta o bairro.

A técnica social do programa Mediação de Conflitos, Érica Gomes, explicou que a limpeza do córrego é uma questão de segurança pública. “Se o local estiver limpo e bem conservado, os moradores irão frequentar mais o espaço e impedirão que ele seja utilizado de forma inadequada”, esclarece.

Mobilização

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Núcleo Jardim FelicidadeRua 60, 27, Jardim Felicidade

Belo Horizonte [31] 3435-3569

Fotos: Paulo Proença

Crianças convidam os moradores para combater a dengue

Comunidade caminha ao longo do córrego Tamboril

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Bolsas bordadas por sonho e solidariedadeCooperativa Arte de todos nós, formada por beneficiários do NPC de Ribeirão das Neves, participa das comemorações aos 40 anos da Feira Hippie da Afonso Pena, em Belo Horizonte

A unidade produtiva Arte de todos nós, parceira do Núcleo de Prevenção à Criminalidade (NPC) Central de Ribeirão das Neves, participou das comemorações em homenagem aos 40 anos da Feira Hippie da Avenida Afonso Pena, em Belo Horizonte. As bolsas, bordadas e confeccionadas pelas artesãs a partir da técnica do patchwork, foram expostas na feira que integrou o I Fórum Feira Hippie.

A cooperativa Arte de todos nós faz parte de projeto de inclusão produtiva desenvolvido por meio de parceria da Secretaria de Estado de defesa Social (Seds) com a organização da Sociedade Civil de Interesse Público (oscip) Aprecia. A iniciativa nasceu em agosto de 2008 a partir da articulação dos técnicos sociais do NPC Central de Neves e beneficiários do Programa de Reintegração Social do Egresso do Sistema Prisional (PrEsp) e da Central de Apoio às Penas Alternativas (Ceapa). o objetivo inicial era a elaboração de um projeto para auxiliar na geração de renda, demanda recorrente no NCP. Elas também recebem apoio do Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) do município, que cedeu o espaço para a produção das bolsas.

A dedicação e o talento das artesãs e o apoio constante da rede envolvida fez com que a cooperativa pudesse ampliar o número de integrantes. Atualmente, participam também moradoras da comunidade, em especial, familiares de egressos do sistema prisional. Aos poucos, elas tornaram-se referência no município.

Paula Teixeira, 27 anos, é beneficiária do PrEsp e participa do projeto desde o início. Ela conta que logo após cumprir pena, em 2007, entrou para o PrEsp e, durante três meses, participou de atividades do NPC como agente de cidadania. Hoje, está à frente das mulheres do grupo Arte de todos nós. Ela coordena, orienta e ensina a técnica do patchwork às demais cooperadas.

A coordenadora explica que o projeto começou a tomar fôlego nos últimos meses. o que era, a princípio, um complemento de renda, aos poucos tem se tornado fonte única de salário. “No começo

Núcleo Ribeirão das Neves - CentroPça. da Esplanada, s/n, casa 16, Centro

Ribeirão das Neves [31] 3625-4687

Cidadania

foi difícil, mas com o esforço de todos os envolvidos, atualmente, estamos com boas vendas”, revela.

ParceriaRaquel Soares da Cruz, vice-coordenadora da cooperativa e beneficiária da Ceapa em Neves, recebeu o convite para participar da feira por intermédio de uma amiga, Marilha osório, que trabalha com confecção de sapatos há vinte anos em feiras de Belo Horizonte e região metropolitana e, desde o ano passado, na feira da Afonso Pena. “Marilha nos ajuda muito. Cedeu-nos um espaço em seu estande para vendermos nossas bolsas”, relata.

É por acreditar no valor da iniciativa que Marilha incentiva e divulga o trabalho das artesãs. “É uma maneira de ajudar a comunidade, pois acho muito interessante o trabalho que o núcleo e os parceiros desenvolvem”, ressalta a feirante. As cooperadas reconhecem a dedicação e o carinho dos amigos e parceiros de imediato. os votos de agradecimento, também aos consumidores, estão estampados nas etiquetas das bolsas, com a mensagem: “Este é um produto exclusivo, feito manualmente por pessoas que, através da solidariedade, mantêm seus sonhos sempre vivos. Por trás desta peça, há diversos parceiros e amigos que, como você, acreditam em um mundo melhor”.

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I Fórum Feira Hippieo evento organizado pela Associação dos Expositores (Asseap) aconteceu no Largo do Artesanato, entre os dia 5 a 9 de maio, e contou com exposição de produtos em 350 barracas, além de palestras, workshops e cursos com o tema “Refletir, construir, planejar os próximos 40 anos”.

Segundo a Prefeitura de Belo Horizonte e a Asseap, órgão que representa os feirantes, atualmente a Feira Hippie é composta por mais de 2.400 feirantes e gera 11 mil empregos diretos e cerca de 20 mil indiretos, com arrecadação anual por volta de R$ 87,5 milhões. A estimativa é de que 80 mil visitantes frequentam a feira a cada domingo. Ela acontece das 8h às 14h, na Avenida Afonso Pena, em Belo Horizonte.

o próximo sonho da Arte de todos nós é ter um espaço na feira de artesanato da Afonso Pena. “Nossa esperança e esforço, agora, é conseguir apoio para expor nosso trabalho na Feira Hippie”, conclui Raquel.

Paulo Proença

Bolsas do Arte de todos nósexpostas no 1° Fórum Feira Hippie, em Belo Horizonte

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ExpedienteInstituto Elodiretor-Presidente: Kris Brettas - diretor Administrativo-Financeiro: Gleiber GomesInformativo Núcleo em RedeAssessora de Comunicação: Liliane Lessa - Jornalista Responsável: Ana Paula Ferreira de Araújo (12606/MG) Reportagem e redação: Ana Paula Ferreira de Araújo e Paulo Proença - Colaboração: Ascom/Seds - design Gráfico: Henrique Cardinali e Sônia Silva Tiragem: 2.000 exemplares - Impressão: Gráfica Pampulha Editora - Publicado em 25 de maio de 2009Rua Guajajaras, 40, 10o andar, sala 3 - Belo Horizonte - MG - 30.180-100www.institutoelo.org.br/ Contatos: (31) 3309-5617 / [email protected]

o Instituto Elo é uma associação privada sem fins lucrativos, qualificada como organização da Sociedade Civil de Interesse Público (oscip), que atua na gestão de projetos em parceria com as iniciativas pública e privada.

Em defesa do direito à comunicaçãoAssociação de moradores do Taquaril luta pela regularização de sua rádio comunitária

Moradores do Taquaril, na região leste de Belo Horizonte, reuniram-se no dia 4 de abril para defender a regularização da rádio comunitária do bairro. o evento, intitulado Rádio comunitária não é pirataria!, foi promovido pelo Centro Comunitário Pró-Construção e desenvolvimento do Taquaril – ex-Castanheiras e Adjacências (CECoMPCd-TECA), com apoio do programa Mediação de Conflitos. o encontro também reuniu políticos da capital.

o trabalho do CECoMPCd-TECA em favor da rádio comunitária é apoiado pelo programa Mediação de Conflitos do Núcleo de Prevenção à Criminalidade do Taquaril. de acordo com João Paulo Gonçalves, técnico social do programa, a estação cumpre importante papel na organização comunitária democrática. “Ela abre espaço para diversos atores locais disseminarem informações de interesse público”, ressalta João. o trabalho da Mediação tem sido no sentido de orientar o Centro Comunitário na organização e mobilização dos moradores, fomentando o protagonismo da associação na definição e execução de ações voltadas para a causa.

Fechamentoo movimento em defesa da rádio começou em dezembro de 2008, quando

os equipamentos de transmissão foram apreendidos pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e pela Polícia Federal. A estação funciona no Taquaril há nove anos e foi montada graças a doações de entidades parceiras do Centro Comunitário e de moradores do bairro. o CECoMPCd-TECA criou um conselho para definir a programação de forma que privilegiasse a integração da comunidade e a valorização da vida. Assim, além de abrir espaço para a produção artística e cultural da região, a rádio, por meio de uma parceria com o Centro de Referência em Área de Risco (Crear), órgão da prefeitura, passou a veicular alertas para os moradores de casas assentadas em formações geológicas de risco. Segundo Edinéia Aparecida de Souza, presidente do Centro Comunitário, desde 2003 não há mortes na comunidade provocadas por desabamentos de encostas graças ao trabalho da rádio. “Por meio do programa ‘Núcleo da defesa Civil no ar’, os moradores ficavam sabendo rapidamente dos perigos e conseguiam sair antes que acontecesse algo”, conta Edinéia.

A associação do bairro entrou com processo de regularização em 2006, mas a resposta que obteve, negativa, está sendo contestada com apoio do Centro de defesa da Cidadania (CdC). A alegação foi de que a rádio Taquaril está no

mesmo raio de transmissão de uma rádio localizada no bairro Floramar. Entretanto, representantes do Centro Comunitário e do CdC, além de um engenheiro do Crear, estiveram no local e constataram que a estação está desativada.

A Rádio Comunitária do Taquaril FM 102,7 foi inaugurada em 2000, mas era um sonho antigo da comunidade. Quando o terreno onde hoje é o bairro foi doado pela prefeitura de Belo Horizonte, em 1986, para o Movimento dos Sem Casa, o espaço para construção de uma rádio já foi reservado. “Mesmo antes de funcionar, todos já sabiam que seria na rua Esplanada, número 45”, recorda Edinéia.

Comunidade

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Núcleo TaquarilRua Antão Gonçalves, 360

Belo Horizonte [31] 3483-2366

de acordo com o Ministério das Comunicações, o serviço de radiodifusão comunitária pode ser explorado por associações e fundações comunitárias sem fins lucrativos, com sede na localidade da rádio. o transmissor deve ser de baixa potência (25 watts) e a cobertura fica restrita ao raio de um quilômetro a partir da antena transmissora.

Paulo Proença

Comunidade une forças em defesa da sua rádio

A foto abaixo, publicada na matéria 1ª Mostra dos NPCs de Contagem, no Núcleo em Rede de março de 2009, mostra o grupo Cabana Bacana encenando a peça Revolta de Vizinhos.

Correção