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O Alfa na minha aldeia -1 Escola EB1 de S. Cipriano, Resende O Alfa na minha aldeia Janeiro, 2013 Conto elaborado no âmbito do PRÉMIO CONTO INFANTIL ILUSTRADO CORRENTES D’ ESCRITAS PORTO EDITORA, 2013.

O Alfa na minha aldeia

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Conto elaborado pelos alunos da escola EB1 de S. Cipriano, Resende

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O Alfa na minha aldeia -1

Escola EB1 de S. Cipriano, Resende

O Alfa na minha aldeia

Janeiro, 2013 Conto elaborado no âmbito do PRÉMIO CONTO INFANTIL ILUSTRADO CORRENTES D’ ESCRITAS PORTO EDITORA, 2013.

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«Pum… pum… pum…»

Um barulho estranho ecoou no

topo mais alto da aldeia.

De repente, o medo e a angústia

espalharam- se pelos habitantes da

aldeia. Estes juntaram- se, no adro

da igreja, em busca da origem do

estrondo. Caminharam, em direção

ao som, e a cada passo o ouviam mais longe.

Insatisfeitos com a situação, ainda pensaram em desistir. Mas lá resolveram

continuar o percurso, admirando a beleza da paisagem, transformada pelas

mudanças do inverno.

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Os caminhos estavam repletos de folhas, as

árvores despenadas, o chão húmido, o dia frio, o céu

escuro e havia pronúncio de chuva. Todas estas

características impediam e desanimavam a chegada

ao barulho anómalo.

No meio dos habitantes, surgiram dois meninos

que fizeram questão de ajudar. De um saco dourado,

tiraram um pau vermelho, que era mágico, e

pronunciaram umas palavras esquisitas. Logo, os

caminhos ficaram sem folhas, as árvores floridas, a

chão seco, o dia quente, o céu azul e houve

pronúncio de encontro.

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Os habitantes, guiados pelas duas crianças, caminharam em direção ao barulho

misterioso.

Subitamente, um buraco abriu-se no chão e engoliu-os. Todos se abraçaram e

encolheram, cheios de medo! Ao seu redor, havia robôs, máquinas, computadores,

naves, astronautas, carros, motas e

um cordel, que os puxou, um a um,

para o caminho. Continuaram a

caminhada muito assustados, até

chegarem ao local pretendido. Que

calma! Que beleza! Ficaram

boquiabertos, quando viram o ALFA

no cimo da aldeia. Veio só, numa

nave colorida, cheia de botões à

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procura dos meninos da escola de S. Cipriano, como ele explicou.

– Tanta angústia, para aqui chegarmos e para descorbrirmos este ruído… Mas

valeu a pena! Nunca pensámos ver

o ALFA, o boneco que faz

companhia e ensina as nossas

crianças.

De imediato, as crianças

fizeram uma roda, cantaram,

dançaram e elevaram o ALFA.

Suspenso no ar, descobria a aldeia

e apreciava todas as pessoas.

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Uma grande ventania meteu o ALFA e as crianças na nave, que os levou a visitar

todos os lugarejos, sem

se esquecerem da

escola, lugar onde o

ALFA queria ter

aterrado.

Já na escola, o ALFA

viu como as crianças

aprendiam no planeta

Terra. Ficou admirado

com os livros, os

cadernos, os lápis, as canetas, as borrachas, os computadores, os cartazes, as mesas,

as secretárias que os meninos utilizavam.

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– Na minha escola, é tudo ao contrário. O ensino é feito só por máquinas e

através de experiências. As máquinas são estranhas, complexas e muito confusas e as

experiências envolvem tudo e não deixam ninguém ficar parado. Tudo é feito com

rigor e se alguém mexe no botão errado poderá ser o fim.

– Ai é?! – admirou-se um menino franzino.

– Não te assustes! No meu planeta, os

meninos são muito atentos, sossegados,

esperam sempre por surpresas e ouvem com

agrado as mensagens do planeta Terra. No

planeta Maquineta, que é o meu, fala-se muito

dos vossos comentários: «O Alfa é um amigo,

um companheiro, um ajudante, as tarefas e os desafios são difíceis, mas fazem-nos

pensar, os quadrados mágicos são bons, os textos são criativos e fazem-nos sonhar».

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Eu vivo feliz, só por saber o valor que tenho para vós. A minha maior surpresa foi

saber que a vossa aldeia é uma terra de músicos, cantores,

atores e até escritores. Não quero perder mais tempo vou

juntar o meu planeta ao vosso e fica o planeta Maquiterra.

Assim, eu poderei ensinar-vos com as novas tecnologias e

aprenderei a utilizar os materiais da vossa escola.

Com essa decisão, o ALFA e os meninos de S. Cipriano

iniciaram a sua viagem pelo universo, tendo por ambição

a partilha e o conhecimento.

História criada pelos alunos «Os marotos» (pseudónimo)

EB1 de S. Cipriano