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A foto icônica de Gabriel Jesus pintando uma rua no Jardim Peri, bairro da periferia de São Paulo, às vésperas da Copa do Mundo de 2014, divulga- da pelo próprio jogador em suas redes sociais, motivou seus patrocina- dores a reproduzirem o ato e exportarem o Peri para o mundo pré-Copa de 2018. Um painel gigante de Gabriel Jesus no meio do Jardim Peri é parte da campanha que a Adidas preparou com o jogador para esta Copa. O camisa 9 da seleção bra- sileira é a grande aposta da marca para o país e, também, um dos principais nomes que a empresa apoiará nesse Mundial, ao lado de Lionel Messi e Salah, do Egito. “É a história de sair das ruas em 2014 e chegar ao estrelato em 2018 . Em 2014, tem a foto emblemática dele pintando as ruas e, agora, são as ruas que pintam O BOLETIM DO MARKETING ESPORTIVO DO EDIÇÃO 1007 - QUINTA-FEIRA, 24 / MAIO / 2018 POR REDAÇÃO 10 mi de libras por ano o governo de Ruanda pagará para estampar a marca de seu país na manga da camisa do Arsenal por três anos Gabriel Jesus exporta Jardim Peri na Copa 1 NÚMERO DO DIA O FE R E C I M E N T O

O BOLETIM DO MARKETING ESPORTIVO · 10 mi de libras por ano o governo de Ruanda pagará para estampar a ... dizia que o gesto de comemorar os gols com um sinal de que estava falando

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A foto icônica de Gabriel Jesus pintando uma rua no Jardim Peri, bairro da periferia de São Paulo, às vésperas da Copa do Mundo de 2014, divulga-da pelo próprio jogador em suas redes sociais, motivou seus patrocina-

dores a reproduzirem o ato e exportarem o Peri para o mundo pré-Copa de 2018.Um painel gigante de Gabriel Jesus no meio do Jardim Peri é parte da campanha

que a Adidas preparou com o jogador para esta Copa. O camisa 9 da seleção bra-sileira é a grande aposta da marca para o país e, também, um dos principais nomes que a empresa apoiará nesse Mundial, ao lado de Lionel Messi e Salah, do Egito.

“É a história de sair das ruas em 2014 e chegar ao estrelato em 2018 . Em 2014, tem a foto emblemática dele pintando as ruas e, agora, são as ruas que pintam

O B O L E T I M D O M A R K E T I N G E S P O R T I V O

DO

EDIÇÃO 1007 - QUINTA-FEIRA, 24 / MAIO / 2018

POR REDAÇÃO

10 mi de libras por ano o governo de Ruanda pagará para estampar a marca de seu país na manga da camisa do Arsenal por três anos

Gabriel Jesus exporta Jardim Peri na Copa

1

N Ú M E R O D O D I A

O

FE R E C I M E N

TO

ele”, disse Bruno Almeida, gerente de comunicação da Adidas, ao “Estadão”.Essa história, aliás, também servirá e mote para ação de outro patrocinador de

Jesus. O Guaraná Antarctica levará o Jardim Peri para Manchester, cidade em que ele atua. No começo de junho, entra no ar uma campanha em que torcedores do Manchester City desenham, numa rua da cidade, um painel em homenagem a ele.

“Mais do que esperança para o hexa, Gabriel Jesus representa essa paixão do brasileiro pela seleção e, por isso, recriar a cena do Jardim Peri é uma forma de homenagearmos sua história e mostrar que estamos ao seu lado na caminhada pelo título”, explicou Felipe Ghiotto, diretor de marketing do Guaraná Antarctica.

“Reviver em Manchester a lembrança de pintar a rua com a minha família no Jardim Peri é uma cena que me motiva a jogar pelas minhas origens e que vai ficar guardada na minha memória”, declarou em nota o atacante.

As ações têm servido para exportar a história do Jardim Peri para o mundo. No ano passado, quando começou a ganhar popularidade no City, Gabriel Jesus assi-nou um texto para o site “The Player’s Tribune” em que contava a história de seu nascimento para o futebol. Nele, o jogador explicava para o mundo de onde ele tinha surgido e relembrava a história da rua pintada antes da Copa. Além disso, dizia que o gesto de comemorar os gols com um sinal de que estava falando ao te-lefone era uma forma de homenagear a sua mãe, que sempre queria notícias dele.

Agora, como um dos protagonistas do time nacional, Gabriel Jesus e o Jardim Peri tentam exportar a história de que é importante acreditar nos seus sonhos.

P O R U S $ 1 , 5 B I , U F C S A I D A F O X E VA I PA R A E S P N

L I V E R P O O L R E N O VA C O M PAT R O C I N A D O R M Á S T E R

A ESPN anunciou um novo acordo com o UFC nos Estados Unidos. A emissora pagará US$ 1,5 bilhão para a liga de lutas e terá o direito de trans-mitir 30 eventos ao vivo por ano.

O contrato, válido por cinco anos, coloca o UFC como uma das priori-dades da ESPN para o mercado ameri-cano. Há oito anos que a Fox era quem exibia as lutas. A mudança de emis-sora foi celebrada por Dana White, CEO da liga de lutas: “Todo ano, nos últimos 18, fizemos algo para levar o esporte a outro patamar. E foi o que fizemos com este contrato”, afirmou.

Além do seu canal linear, a ESPN usará o streaming para exibir as lutas.

Às vésperas da decisão da Liga dos Campeões, o time inglês anunciou a renovação, por mais quatro anos, do patrocínio do banco Standard Chartered, que começou sua parceria com o clube no segundo semestre de 2010.

A renovação também representa um aumento na ar-recadação do clube. Serão pagas 40 milhões de libras (cerca de R$ 200 mi) por ano, no terceiro maior acor-do de patrocínio do futebol inglês, atrás de Chevrolet e Manchester (53 milhões) e Arsenal Emirates (45 mi).

O P I N I Ã O

Elite do esporte não pode ignorar minoria

A NFL mostrou o que já se suspeitava: irá ignorar os problemas sociais levantados pelos seus astros e passará um pano conservador em sua ima-gem. O objetivo é claro: manter-se longe de enfrentamentos políticos e

suas consequentes polêmicas. É o pensamento comum da maioria da elite; não seria diferente da elite que comanda o esporte. Dessa maneira, perde-se toda a luta de joga-dores para que o país pudesse enxergar a manutenção do racismo. Por supostas razões econômicas, a principal liga do país vira as costas para o enorme poder transformador que o esporte detém. A NFL está abrindo mão de contar uma história bonita.

E era difícil acreditar que algo diferente aconteceria. No ano passado, em meio às discussões de bastidores que rondaram a NFL para abolir os protestos no hino, o dono do Houston Texans, Bob McNair, soltou uma frase infeliz que resume o pen-

samento dessa elite: “Não podemos deixar os prisioneiros comandarem a prisão”.

McNair, milionário que foi um dos financiadores da campanha de Donald Trump à presidência, pediu desculpas pela citação e se justificou pelo contexto. A fra-se foi dita após a ressalva de que “96% dos americanos apoiavam os caras de pé”.

Para o executivo, portanto, os joga-dores que protestavam não tinham o di-reito de peitar a diretoria dos times e da liga porque, afinal, representavam uma

minoria. Ignora, claro, o fato de que se não fosse uma minoria reprimida, não haveria nenhuma necessidade de protestos na mais rica economia do mundo.

Nem todos são como McNair e houve alguma divisão entre os donos de fran-quias da NFL. Mas no fim, pressionados pela audiência, pelo presidente da república e pelos supostos “96%”, a proibição de protestos no hino foi unânime.

Nos últimos dias, em uma tentativa de se mostrar socialmente útil, a NFL resol-veu abraçar uma campanha social, como forma de compensar a nova medida que se-ria tomada. Na segunda-feira (21), foi determinado um “pacto de justiça social” entre atletas e times. A iniciativa juntará ao menos US$ 90 milhões para programas sociais.

A iniciativa é bem-vinda, mas na prática seria como se, por respeito ao hino, os corredores Tommie Smith e John Carlos trocassem os punhos cerrados e erguidos no pódio por meia dúzia de cesta básica doadas às vítimas da segregação social em 1968.

No fim, a luta de atletas por mudanças sociais na NFL virou uma grande ação de RP. Na era dos bilhões, o esporte tem tropeçado na capacidade de mudar o mundo.

A luta por mudanças sociais na NFL

se transformou numa grande ação de

RP, sem causar mudanças de fato

POR DUDA LOPES

diretor de novos negócios da Máquina do Esporte

Com atletas e tênis, Mizuno ativa apoio ao Ironman

O meia Iniesta, que decidiu de-ixar o Barcelona, é o novo jogador do Vissel Kobe, time de futebol do Japão ligado à empresa Rakuten.

A contratação do jogador se deu pela relação da Rakuten com o Bar-celona, clube patrocinado por ela. Iniesta foi contratado por Hiroshi Mikitani, que é presidente da Ra-kuten e se tornou amigo do atleta.

Curiosamente, esse é o segundo jogador que o Barcelona “perde” por causa de um patrocinador. Xavi foi outro que deixou o clube para jogar no Qatar, que apoiava o time.

A contratação de Iniesta tem como objetivo ampliar as vendas da Rakuten na Ásia e ainda incremen-tar a base de fãs do Vissel Kobe.

PAT R O C I N A D O R D O B A R C E L O N A L E VA I N I E S TA PA R A O J A PÃ O

A Amaury Sport Organization, empresa que gerencia o Rally Dakar,

negocia o retorno da competição para o continente africano após dez anos.

Segundo Etienne Lavigne, diretor da competição, após a edição de 2018

do rali ser disputada somente na Ar-gentina, a ASO viu-se obrigada a ne-gociar com outros países para manter

o caráter de “maior rali do mundo” do Dakar. A migração para a América do

Sul aconteceu em 2009, após prob-lemas com a violência no Saara.

RALLY DAKAR NEGOCIA VOLTA DE RALI PARA A ÁFRICA EM 2019

POR REDAÇÃO

A Mizuno decidiu ativar o patrocínio ao Ironman de Floria-nópolis, que acontece no próximo domingo, com uma série de atividades para o atleta que participa da prova. A marca levará seus principais triatletas patrocinados para uma série de ações com o público e, também, promoverá a venda de dois modelos de tênis com a marca do circuito de triatlo.

“A Mizuno é uma marca essencialmente preocupada com a performance. E não existe nenhum tipo de atleta mais fo-cado em desempenho e dedicação aos treinos como aquele em preparação o Ironman. O evento tem sido uma grande plataforma de trabalho para nós. Cada vez mais conhecemos e valorizamos os gostos e anseios desse público”, diz Eduar-do Oliveira, gerente de marketing esportivo da Mizuno.

Nesta quinta-feira, Igor Amorelli, Santiago Ascenço e Bia Neres, os três triatletas patrocinados pela marca, participa-rão do Mizuno Run Talks, ciclo de palestras para os atletas amadores se prepararem para o evento. No dia seguinte, o trio também promoverá um treino de corrida aberto ao pú-blico, como forma de interação deles com os amadores.

A marca também usará o evento como plataforma de ven-das. Além dos dois calçados personalizados com a marca do Ironman, diversos produtos licenciados serão vendidos na loja oficial da prova, com destaques para a camiseta “Find Your Name”, que tem os nomes de todos os atletas da corri-da estampados, e a jaqueta Finisher. Além disso, os calçados da marca terão até 30% de desconto dentro da loja.

POR ERICH BETING

Os jogadores da NFL (liga de futebol americano dos Estados Unidos) não poderão mais fazer manifestações políticas durante a execução do hino nacional americano. Por outro lado, não serão mais obrigados a partici-

par do protocolo dentro de campo antes do início das partidas.A nova medida foi decidida por unanimidade pelas 32 franquias que compõem

a liga. Pela nova regra, os times com jogadores que demonstrarem desrespeito ao hino serão multados. Caberá a cada franquia decidir a pena ao atleta envolvido.

Por outro lado, os jogadores não têm mais a obrigação de ficar em campo du-rante o hino; eles poderão esperar nos vestiários enquanto a cerimônia acontece. Os detalhes das novas regras, no entanto, não foram divulgados. Não há definição precisa do que se configura desrespeito ao hino. Não ficar em pé, como aconteceu nas últimas temporadas, estará enquadrado no caso, mas outros detalhes, não.

A NFL convive com a polêmica desde 2016, quando o quarterback do San Fran-cisco 49ers, Colin Kaepernick, se ajoelhou no hino em protesto à violência policial contra um negro registrada num caso da época. No ano seguinte, a prática ganhou seguidores e recebeu ainda mais repercussão quando o já presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, fez duras críticas ao ato dos jogadores.

Os dirigentes da NFL dizem que o objetivo da medida não é cercear as liberda-des de protesto dos jogadores, mas sim ressaltar que a liga e os próprios atletas estão distantes da imagem de antipatriotismo colada por parte dos americanos e do próprio presidente, que chegou a prejudicar a própria audiência da NFL na TV.

NFL proíbe protesto durante hino em jogos

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POR DUDA LOPES, DE BOSTON (EUA)