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Neste final de semana, 90 meninas de dez estados brasileiros estarão em São Paulo para realizar o primeiro acampamento de basquete 100% fe-minino do Brasil. De sexta-feira a domingo, elas terão aulas práticas com

professoras e ex-atletas como Paula e Hortência e assistirão a palestras com gran-des nomes do esporte feminino, além de profissionais de áreas como psicologia.

Iniciativa antes restrita ao universo masculino, os acampamentos de treinos co-meçam a ganhar força entre as mulheres. Em janeiro, o Pelado Real e a Mauricio de Sousa Produções fizeram uma semana de treinamentos de futebol só para me-ninas. Agora, o sucesso de vendas do NBA Girls Camp em sua primeira edição mostra um novo filão que começa a ser explorado no mercado brasileiro.

O B O L E T I M D O M A R K E T I N G E S P O R T I V O

DO

POR ERICH BETING

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N Ú M E R O D O D I A EDIÇÃO 1447 - QUARTA-FEIRA, 4 / MARÇO / 2020

de dólares foi o faturamento da Uefa na última temporada; a venda de direitos de mídia responde por 86% do faturamento4,25bi

Meninas viram novo filão de camps no Brasil

"Assumimos a gestão do NBA Basketball School no Brasil no começo de 2019 e, desde o primeiro momento, o interesse do público feminino chamou a atenção da nossa equipe. E isso foi importante para entender a realidade das meninas no esporte nesse processo de formação, já que a metodologia é voltada para jovens e crianças dos 6 aos 18 anos", diz Arthur Borelli, diretor da Think Sports, agência responsável por montar e gerenciar a rede de escolas de treinos da NBA no Brasil.

Em menos de 20 dias, as inscrições para o primeiro Girls Camp se esgotaram. Para o executivo, isso se deve ao fato de a agência ter percebido o crescimento da presença das meninas nas ações da NBA Basketball School, que atualmente conta com 105 escolas franqueadas espalhadas por 18 estados do Brasil.

"Tínhamos entre 15% e 20% de meninas entre os alunos ativos e vimos, ali, o potencial daquele movimento, que o momento era de olhar com carinho para esse público. Chegamos em 30% e foi um o sinal de que era importante pensar em um produto mais exclusivo, mais específico, customizado e pensado para as meninas, para que pudessem ter uma vivência, uma experiência ainda melhor e mais ampla".

Para o primeiro Girls Camp, a liga americana de basquete trouxe os ícones Paula e Hortência e Ebony Hoffmann (ex-jogadora da WNBA). Além delas, ex-atletas como Alessandra e Adriana Santos, campeãs mundiais em 1994, estarão presen-tes, assim como José Neto, atual técnico da seleção brasileira feminina.

"Temos o envolvimento de grandes nomes do basquete, ídolos de outras moda-lidades, muita gente bacana que abraçou esse camp. Vai ser um momento mágico, muito especial, para todos nós, um marco para o basquete nacional", diz Borelli.

S K E C H E R S S E U N E C O M G O O D Y E A R PA R A C A L Ç A D O

A fabricante de calçados Skechers se uniu à Goodyear para produzir uma coleção de tênis para corrida com so-lado feito pela fabricante de pneus. Inicialmente, três ti-pos de calçados terão solas com a tecnologia da marca de pneus. A ideia, porém, é expandir a coleção para a linha casual, de trilha e calçados de trabalho, além de infantis.

A união entre fabricantes de tênis e de pneus não é uma novidade. Desde 2007 que a Continental Pneus tem parceria com a Adidas para fabricar sola de calçados.

M A R R I O T T AT I VA U N I T E D C O M

N O I T E E M A R E N A

A rede de hotéis Marriott decidiu ativar seu patrocínio ao Manchester United com uma promoção mundial que levará um torcedor para passar uma noite no estádio Old Trafford.

O contemplado na ação, que inclui o Brasil na lista de participantes, vai dormir na "Suíte dos Sonhos" criada pela Marriott dentro do estádio do clube na véspera do jogo contra o West Ham, previsto para o dia 9 de maio.

A iniciativa é a segunda lançada por um patrocinador do United que en-volve o mercado brasileiro. A Mellitta recentemente criou uma promoção que também levará o torcedor para conhecer os bastidores do time inglês.

O P I N I Ã O

Futebol no Brasil não pode ficar para trás

É sempre impressionante a capacidade do futebol brasileiro, de maneira geral, se manter entre os retardatários das principais ligas esportivas do mundo. Desta vez, enquanto ainda se discute o tom machista na comu-

nicação oficial de algumas equipes, a NBA anuncia uma ação só para meninas. E, no Brasil, aparece algo semelhante, mas sem ligação com times ou federações.

Essa é uma impressão constante: o esporte mais popular e rico do país está sem-pre correndo atrás. Pode parecer exagero, mas na comparação com as principais ligas do mundo, é difícil argumentar o contrário. E isso é péssimo para a imagem e para os negócios que envolvem os maiores torneios nos gramados brasileiros.

Uma boa mostra dessa situação é a presença da LaLiga no Brasil. A entidade espanhola reuniu jornalistas recentemente para contar as iniciativas globais que en-

volvem o torneio, de ações sociais a troca de experiência para a gestão do esporte. É outro nível de profissionalismo, também visto em entidades dos principais merca-dos do mundo, mas longe daqui.

No Brasil, ainda se engatinha. Nesta semana, o colunista do jornal "O Globo", Lauro Jardim, afirmou que alguns clubes estão novamente pensando na criação de uma liga independente, uma conversa que tem se arrastado na última década e que parece longe de um final feliz.

Não é por acaso que nos últimos anos as melhores ativações de marcas no esporte foram realizadas por marcas patrocinadoras de entidades estrangeiras, como a Liga dos Campeões, a NBA e a Fórmula 1. O nível de sofisticação nas iniciativas dessas empresas não se vê nem de perto no futebol brasileiro, mesmo que torneios como o Brasileirão tenham apelo muito maior, com enorme público na televisão e nos está-dios. Claramente, o mercado não encontra meio para usar o esporte nacional.

A cada dia que uma entidade de fora dá um passo no país enquanto o futebol nacional bate cabeça, maior é a impressão passada de algo defasado e pouco confiável. O que, há de se convir, está longe de ser uma mera impressão.

Ainda está longe de acontecer, mas o futebol brasileiro precisa urgentemente de um choque. Não aquele "choque de gestão" politicamente vendido da boca para fora, mas uma organização que realmente pensasse no produto. Agora, nem precisaria estar na vanguarda. Se fosse feito o básico, um encontro de meninas da NBA não pareceria algo tão distante do que é feito diariamente nos bastidores nacionais.

Iniciativas recentes promovidas por

ligas estrangeiras explicitam abismo

para as entidades esportivas do Brasil

POR DUDA LOPES

diretor de novos negócios da Máquina do Esporte

GOL amplia ação no esporte com liga de basquete

Ainda sem saber se os Jogos Olímpicos de Tóquio serão real-izados por conta do surto de coro-navírus, a Visa e a Sicredi se uniram para uma ação ligada ao evento.

Batizada de "Bora pra Tóquio", a campanha das duas empresas dará cinco pacotes de viagens com acom-panhante para assistir ao evento ao vivo, além de 60 prêmios quinze-nais de R$ 500 e R$ 1.000.

Para participar, o associado do Sicredi deve possuir um cartão físi-co Sicredi Visa e cadastrar-se até 25 de abril. No dia 16 de maio, todos os inscritos concorrerão aos cinco pacotes de viagem para os Jogos.

Maio é o prazo limite para saber se haverá os Jogos Olímpicos.

V I S A E S I C R E D I FA Z E M A Ç Ã O A J O G O S E M M E I O A I N C E R T E Z A

LeBron James assinou um acordo com a gigante americana de telecomu-

nicações AT&T para ser o novo em-baixador da multinacional. A ideia é

usar o camisa 23 do LA Lakers como principal garoto-propaganda da nova plataforma de streaming AT&T TV.

James ainda atuará junto com a marca em outros projetos envolvendo

o esporte. Por outro lado, a marca vai apoiar os trabalhos de caridade de

LeBron, que envolvem escolas para crianças e outras iniciativas.

LEBRON JAMES É NOVO ASTRO

DE PROPAGANDA DA GIGANTE DE

TELCO AT&T

POR REDAÇÃO

A companhia aérea GOL, que patrocina as confederações brasileiras de futebol e vôlei, decidiu ampliar o apoio ao es-porte com um acordo para se tornar a companhia aérea ofi-cial da Liga de Basquete Feminino. A partir deste domingo, quando a temporada 2020 do LBF Caixa tem início, a GOL passa a ter a marca exposta no garrafão das quadras. Além disso, dará nome ao troféu de melhor jogadora da partida.

"A GOL aproxima brasileiros diariamente e transporta emo-ções. Chegar ao basquete feminino com a LBF é como um arremesso decisivo, pois apoiamos o crescimento e desen-volvimento do esporte como movimento de diversidade e inclusão", diz Loraine Ricino, diretora de marketing da GOL.

A empresa também terá exclusividade na emissão das pas-sagens aéreas para as equipes da LBF e fará ativações nas redes sociais da liga e nos intervalos dos jogos, repetindo es-tratégia que permeou as ações da marca na Copa América.

A décima edição da LBF Caixa contará com oito equipes de quatro estados: Blumenau (SC), Ituano, Vera Cruz Cam-pinas, Santo André/Abapa, SESI Araraquara e Pró-Esporte/Sorocaba (SP), Sampaio Correa (MA) e Sodiê Doces/LSB (RJ).

"É um novo parceiro que trataremos com muito carinho, como fazemos com todos, demonstrando profissionalismo e oportunidades de retornos que possamos, juntos, proporcio-nar. Acredito que essa parceria poderá ser ainda maior nos próximos anos", diz Ricardo Molina Dias, presidente da LBF, que ainda tem o patrocínio da Caixa e da Wilson no torneio.

Nesta terça-feira (3), quando teve início a fase de grupos da Copa Liber-tadores, os principais portais do país noticiavam as sessões de fotos que reuniram ex-atletas campeões do Santos com os jogadores atuais que

estreariam logo mais pela competição. Outros destacavam os atletas campeões da Libertadores pelo Flamengo em 2019 sendo os novos "guardiões" da taça.

A repercussão positiva dos ensaios, na mídia e nos perfis da Conmebol, reforçam a nova estratégia adotada pela entidade sul-americana para promover a Liberta-dores e conseguir "limpar" a imagem manchada pelos escândalos de corrupção.

A FC Diez Media, agência responsável pela gestão do conteúdo digital da Liber-tadores, decidiu produzir os ensaios contratando o fotógrafo Jorge Bispo e artistas plásticos para cuidarem do cenário da produção. Num acordo com os times brasi-leiros, a agência fez as fotos e disponibilizou-as aos clubes e à imprensa. A ideia, assim, é reforçar a competição e aproximar a Libertadores da torcida, numa estra-tégia que é comumente usada por competições como a Copa do Mundo da Fifa.

Em conversa com a Máquina do Esporte, executivos da FC Diez disseram que a iniciativa este ano ficará restrita aos clubes brasileiros. A ideia, porém, é expandir para todas as equipes da Libertadores nas próximas edições, criando uma espécie de "ritual" da competição e tornando o ensaio de apresentação dos times um pro-duto que possa vir a ser comercializado para os parceiros da Libertadores.

Até agora, Athletico, Flamengo, Grêmio e Santos já mostraram suas imagens. Nos próximos dias o ensaio do São Paulo deve ser revelado. Por questões internas, Inter e Palmeiras deverão produzir suas fotos apenas nas próximas semanas.

Libertadores usa fotos para engajar torcida

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POR ERICH BETING