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A pandemia do coronavírus levou o futebol a viver uma situação inédita em sua história. Por mais de três meses, os clubes ficaram inativos. E a pausa forçada dentro de campo levou a uma transformação fora dele. A

aceleração digital do esporte se tornou realidade e, com isso, o futebol começa a chegar a uma nova era, especialmente em relação a venda de direitos de mídia.

Essa foi uma das principais temáticas abordadas no primeiro dia do World Foo-tball Summit, Powered by Ronaldo. De Javier Tebas, presidente da LaLiga, a Sir Martin Sorrell, um dos maiores especialistas em marketing do mundo, a transfor-mação digital do futebol e seus reflexos foram abordados pelos painelistas.

"O covid acelera a transformação digital. E acelera o que é bom e ruim nela. Se

O B O L E T I M D O M A R K E T I N G E S P O R T I V O

DO

POR REDAÇÃO

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N Ú M E R O D O D I A EDIÇÃO 1534 - TERÇA-FEIRA, 7 / JULHO / 2020

de reais o Banco de Brasília (BRB) dará em patrocínio ao futebol do Distrito Federal; o aporte chegou após o BRB anunciar o patrocínio ao Flamengo6mi

Covid acelera digital e leva futebol a nova era

O

F E R E C I M E NT

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você está gerindo um clube, deve estar mais atento. Minha opinião é um pouco dura, mas acho que há muitos clubes de futebol atualmente", disse Sorrell.

Para Luis Vicente, CEO da plataforma de streaming Eleven Sports, a pandemia leva o futebol a ter de olhar para a inserção do digital como modelo de negócio.

"As companhias buscam por dados. É preciso ver se o futebol está preparado para sair de um modelo de receita garantida para um de participação na receita".

Essa realidade defendida por Vicente parece ainda distante das grandes ligas. Javier Tebas, presidente da LaLiga, prevê uma volta em até três anos do futebol ao estágio pré-pandemia. Para isso, a aposta da liga espanhola é em tecnologia.

"Temos que trabalhar em tecnologia e inovação. Usar a experiência dos usuários em OTT e trazer esses dados para promover mais conteúdo e engajamento. Para crescer ou pelo menos manter os valores nas próximas temporadas", defendeu.

A produção de mais conteúdo digital foi o primeiro passo dado pelos clubes du-rante a pandemia. E isso mostrou um novo caminho de receita para alguns deles.

"A pandemia permitiu que atingíssemos nossos fãs diretamente. Uma coisa que ficou clara é que nossos fãs são valiosos. E isso é muito, muito importante. Ao con-trário de outros setores de nossa economia, nossos fãs são consumidores leais", disse Emilio Butrageño, diretor de relações institucionais do Real Madrid.

Uma solução digital fez o torcedor ajudar o microempreendedor no Orlando City. "Criamos o March to the stadium. O torcedor ia virtualmente até o nosso estádio

e podia fazer doações aos estabelecimentos nesse caminho. Foi uma forma de usar o digital para gerar recursos à comunidade", disse Alex Leitão, dono do clube.

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PROGRAMAÇÃO WFS LIVE (7/7)

Futuro de direitos de mídia é destaque

O segundo dia de debates no World Football Summit tem como maior destaque para o mercado brasileiro o debate sobre As perspectivas dos

direitos de transmissão no Brasil, que encerra o dia a partir das 15h.

Outra discussão relevante acontece a partir das 9h45, sobre A reinvenção

dos patrocínios esportivos, em debate que reunirá nomes

como Brian Eaton (Cisco), Rahul Kadavakolu (Rakuten), Eelco van der Noll (Budweiser) e Michael Yormak

(Roc Nation Sports). Confira ao lado a programação completa do dia.

O P I N I Ã O

Dar aula me faz aprender todo dia

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O ano é 2011. Eu já tinha sido tricampeão pan-americano, tricam-peão brasileiro, bicampeão sul-americano, entre outras conquis-tas. Mas ainda faltava ajudar a colocar o Brasil de volta nos Jogos

Olímpicos após três edições ausente. É uma pressão muito grande quando você veste aquela camisa para representar o seu país. Por isso aquele choro nos segundos finais no Pré-Olímpico em Mar del Plata. Não consegui segurar a emoção e bati os últimos lances livres com lágrimas no rosto.

Depois disso ainda vivi diversas outras alegrias no basquete, como o honro-so quinto lugar em Londres um ano depois. No basquete, assim como na vida, detalhes fazem a diferença. Por muito pouco não brigamos por uma histórica medalha. São vários momentos marcantes em mais de 20 anos de carreira. Já

enfrentei LeBron James e Kobe Bryant, dois dos maiores atletas de todos os tempos – Michael Jordan é o maior de todos, e Oscar é o maior brasileiro.

Mas foi ao me aposentar que criei laços maiores com o esporte que tanto me deu. Meu maior desejo sempre foi poder retribuir aos jovens e às crianças tudo o que o basquete me deu. Sempre soube que o esporte pode transformar vidas, e foi com esse pensamento que criamos, em 2019, o M4 nas Escolas. O

projeto leva fundamentos e princípios do basquete no contraturno de escolas públicas do meu querido Rio de Janeiro. Estamos no Andaraí, Penha e Taquara e posso dizer: vou para ensinar e saio sempre com um novo aprendizado.

Esse é o grande legado do esporte: todas as vidas são tocadas de alguma maneira. Ainda mais neste momento em que o mundo virou de cabeça para baixo, como numa bola de três no estouro do cronômetro, vemos que algumas pessoas têm um papel de equilibrar a balança da nossa sociedade, levando ajuda, oportunidades e até mesmo carinho a quem mais necessita.

No período em que as escolas estão fechadas, driblamos essa barreira e conseguimos encontrar uma outra maneira de colocar nossos professores, as-sistentes sociais e psicólogos em contato on-line com os alunos. Inclusive doa-mos cestas básicas com apoio do banco BV, nosso parceiro no projeto.

É duro constatar que nem todos conseguem ter acesso fácil à internet e, por isso, é cada vez mais importante que os privilegiados façam sua parte.

Projeto M4 nas Escolas leva princípios

do basquete a crianças no contraturno

escolar do Rio de Janeiro

POR MARCELINHO MACHADO

ex-jogador de basquete

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Representatividade ajuda a levar a

mulher ao futebol

O BMG prometeu um anúncio ao torcedor corintiano às 10h desta terça-feira (7). Ao que tudo indica, o banco deverá mudar a marca para a cor preta na nova camisa corin-tiana, lançada no último domingo.

No Twitter, o perfil Meu BMG Corinthians prometeu novidades ao torcedor, que fez campanha nas redes ao longo de toda a segunda-feira pedindo por essa alteração.

A ideia segue uma estratégia que o banco Inter adotou em 2018 com o São Paulo. O torcedor fez cam-panha na internet pedindo para o logo do banco ser colocado abaixo do escudo são-paulino. Ao atender o clamor da torcida, o Inter turbin-ou a abertura de contas virtuais.

A P Ó S P R E S S Ã O C O R I N T I A N A , B M G E S T U D A M U D A R M A R C A

"Estou mais otimista, pois vejo os dirigentes mais unidos, mais dentro

de uma realidade". Essa frase foi dita por Reinaldo Carneiro Bastos, no

primeiro dia do WFS Live. Para o di-rigente, a pausa forçada fez o futebol

paulista estar mais atento à gestão.Segundo Bastos, a FPF deve encer-

rar 2020 com 40% a menos de receita do que o previsto. O baque também

se dá nos clubes, que precisam repen-sar os gastos para se readequar à nova

realidade quando voltar o futebol.

FPF CRÊ EM MELHORA NA

GESTÃO DE CLUBES APÓS

A PANDEMIA

POR REDAÇÃO

Em 2019, o futebol feminino ganhou um novo status com a Copa do Mundo da França. O enorme potencial de negócios do esporte acelerou o debate sobre a inclusão da mulher na cultura futebolística. E, para algumas das principais lideran-ças femininas da modalidade, é hora de a mídia dar mais es-paço às mulheres para que os números cresçam ainda mais.

No segundo painel do World Football Summit Powered by R9, o debate foi sobre a liderança feminina no futebol. Para Ebru Koksal, chair da Women in Football, é preciso haver uma mudança de imagem sobre quem trabalha com futebol.

"Por décadas o futebol é visto como um esporte feito pelo homem branco. A coisa mais importante é mudar essa percepção. As oportunidades estão disponíveis a todos. Os recrutadores precisam fazer uma seleção diversa de candi-datos. Quando há uma postagem de emprego, as mulheres não acham que a vaga seja para elas", disse Ebru, que foi secretária-geral da Federação Turca e atuou na Uefa como consultora para o programa de desenvolvimento feminino.

A visão foi compartilhada por Ornella Desirée Bellia, que é head de futebol profissional da Fifa e lidera um processo de dar nova visão ao esporte dentro da entidade:

"Nós temos de reinventar o jogo, criar um sistema que seja mais sustentável. E acho que é aí que está um grande espaço para a mulher trabalhar. A mulher é mais criativa, tem mais imaginação. Ela sempre pensa fora da caixa", afirmou a exe-cutiva, que foi diretora do Catania, da Itália.

BeIN para de exibir Serie A italiana em pro-BeIN para de exibir Serie A italiana em pro-testo contra piratariatesto contra pirataria

A Globo não fará a transmissão da partida entre Fluminense e Flamengo, decisão da Taça Rio, na próxima quarta-feira (8). A emissora soltou uma nota oficial na noite de segunda-feira (6) para reforçar que as equipes

têm liberdade para ceder os direitos a outro canal ou reproduzir a partida em suas redes sociais, como fez o Flamengo em suas duas últimas partidas.

A decisão saiu após a Justiça do Rio de Janeiro determinar que a liminar que forçou a emissora a exibir a semifinal do torneio no fim de semana não se aplicava ao jogo decisivo, já que o Flamengo estará em campo e a empresa não chegou a fechar um acordo com o clube para a transmissão do Campeonato Carioca.

Na segunda-feira (6), a Federação de Futebol do Rio de Janeiro (Ferj) realizou o sorteio para o mando da partida decisiva. Ficou estabelecido que o Fluminense será o mandante contra o Flamengo. Dessa maneira, pelas novas regras da Medida Provisória assinada em junho, cabe ao time das Laranjeiras determinar quem fará a transmissão do jogo. Nesse caso, a Globo por ter assinado contrato com o time.

A emissora, no entanto, anunciou na última semana a rescisão de contrato com o Carioca por entender que, quando o Flamengo exibiu uma partida no YouTube, houve quebra de acordo, já que o canal mantinha contrato com a equipe adversá-rio. A Globo exibiu o torneio no fim de semana somente após a decisão da Justiça.

Com o novo entendimento da juíza, o Fluminense é quem tem o direito de mos-trar o jogo. Segundo apurou a Máquina do Esporte, a tendência é de que o clube viabilize a transmissão, mas o martelo deve ser batido apenas nesta terça-feira. Por ora, a final da Taça Rio não poderá ser vista em imagens pelos torcedores.

Justiça deixa, e Globo não transmitirá Fla-Flu

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POR REDAÇÃO