O Caminho da Fé

O Caminho da Fé !1

O Caminho Da FéA p r e s e n t a ç ã o e I m p a c t o n a V i d a C r i s t ã

I m p r e n s a C r i s t ã E d i t o r a

O Caminho da Fé !2

Livreto: Formato Periódico Tiragem limitada 150 unidades

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Imprensa Cristã Editora® - Gráfica da Fé® - Sociedade Bíblica da Guiné-Bissau (Espalhando o Fogo do Evangelho na Guiné-Bissau)®

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O CAMINHO DA FÉ - LUCAS ALVES PEREIRA MAIO/2015

IMPRESSO NA GUINÉ-BISSAU Gráfica da Fé - Imprensa Cristã Editora

SUMÁRIOA NATUREZA DA FÉ 3

A CRIAÇÃO DA FÉ 5

O DESENVOLVIMENTO DA FÉ 6

A LÓGICA DA FÉ 9

INTERFERÊNCIA DIVINA 10

FÉ NAS PROMESSAS 11

O PODER DA FÉ 12

OPERAÇÃO DA FÉ 14

O Caminho da Fé "Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a

prova das coisas que não se vêem." Hb 11.1

A Natureza da Fé A Fé é o alicerce da vida cristã,

pois somente através da fé podemos nos aproximar de Deus.

Aquele que não tem fé, aborrece a Deus com seus pecados e com sua incredulidade. (Hb 12.2)

A Fé nos traz a revelação divina a respeito do futuro, pois apenas Deus tem conhecimento das coisas que ainda vão acontecer, mas através da Fé, Deus nos mostra para que tenhamos confiança e esperança.

A Fé nos faz crer nas coisas que não podemos ver, para que tenhamos alegria nas coisas espirituais e não nas terrenas.

Bem sabemos que a Fé não deriva da natureza humana, mas sim d e s c e n d e d o s s e n t i m e n t o s soberanos de Deus, ou seja, o ato de crer no impossível, acreditar no invisível, ter a capacidade de ver os projetos concluídos ou ter plena certeza que receberá a cura de uma moléstia, ainda que desconheça o tempo do cumprimento de todas essa coisas, consiste em contrariar a natureza humana, uma vez que o h o m e m a c r e d i t a a p e n a s n o explicável, possível e tangível. O que não se enquadra nessas t rês

características torna-se incoerente à r a z ã o h u m a n a , s e n d o automaticamente transferida ao campo místico da "Fé".

A natureza da Fé mostra a sua e s s ê n c i a , l i g a n d o o h o m e m diretamente a Deus, isso nos explica porque Deus tanto valorizou a atitude de Abraão ao crer na promessa a ponto de aceitar sacrificar seu filho sem questionar o objetivo daquela ordem, mas com sua obediência provou confiar que a vontade de Deus realmente é boa, perfeita e agradável, mesmo quando não nos aparenta ser. Com isso ele consegue compartilhar do sentimento divino e, na verdade, esse sentimento gerou a obra que foi-lhe imputado por justiça.

Ao declarar que Deus nos elegeu em Cristo desde antes da fundação do mundo (Ef 1.4) Paulo mostra duas faces de um mesmo atributo divino, primeiro em Deus na capacidade presciente em nos ver e nos eleger milhares de anos antes de aceitarmos seu propósito; e segundo, no homem na aceitação de uma eleição sem ter dela participado e nem mesmo ser elegível.

A Fé herda as características divinas de ausência de dúvidas e de indecisão, logo ao trazer para o homem o poder ilimitado de Deus e o conhecimento prévio da conquista da vitória, traz também a sensação de s e g u r a n ç a q u e g e r a u m a comunicação íntima entre Deus e o homem, em que a iniciativa de comunicação parte do homem e ele é movido pelo Espírito Santo, já a

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permissão vem de Deus e as barreiras são aniquiladas por Jesus Cristo, mediante o sacrifício criador da Fé.

Além da segurança, a Fé carrega consigo a paz que excede todo entendimento, registrada por Paulo na Carta aos Fil ipenses. Isso, na verdade, torna-se consequência da essência da Fé, pois sendo inerente a Deus, comunicará ao homem todos os demais atributos divinos permitidos por Deus. Neste ínterim, engloba a paz desenvolvida pela confiança inabalável de que Deus cumprirá sua perfeita vontade.

E também podemos falar da alegria que sentimos quando vemos a Fé se desenvolvendo em nós e sendo correspondida gerando aquela comunicação íntima com Deus.

Descrever a natureza da Fé é descrever suas características, e a Fé se apresenta formando a ligação de Deus com o homem, e nessa ligação traz a nós a presciência de Deus quando o Altíssimo revela o futuro ao homem, logicamente o cumprimento dessa reve lação depende da credulidade humana e na submissão a Deus. Mas por outro lado a Fé desenvolve no homem a ousadia de chegar-se a Deus pedindo coisas absurdas ao pensamento racional. É esse ponto que traz a lume a possibilidade da interferência divina no mundo dos humanos, pois a Fé também comunica ao homem o poder de Deus.

Observemos que com o uso da Fé não existe impossível, mas a

crença torna todas as co isas possíveis. Quando Jesus diz que se nós tivermos a Fé do tamanho de uma semente de mostarda diremos a um monte que se transporte para outro lugar e ele obedecerá (Mt 17.20), em relação às promessa de Deus baseadas na Fé, trataremos em outro tópico, mas deve-se ressaltar que as obras operadas por meio da Fé são operações derivadas do poder de Deus e não trazem glória alguma ao homem.

A interferência divina ocorre por provocação. Deus não agirá se não for movido pela Fé do homem, mas ao ser pronunciado uma palavra baseada em promessas bíblicas e aplicáveis ao momento, a Fé opera para a santificação.

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Síntese: A Natureza da Fé

- É fruto da presciência de Deus;

- Capacita o homem para receber a revelação de Deus;

- Gera a Salvação;- Gera poder e esperança;- Move o cristianismo.

A Criação da Fé A Bíblia Sagrada, como nosso

principal guia de conhecimento de Cristo, do Evangelho e de Deus em sua completude, nos mostra que a Fé é criada por Jesus Cristo, atribuindo a ele a "autoria" da fé.

Com apenas 1 citação no Antigo Testamento (Hc 2.4) e 140 citações no Novo Testamento, ela, a Fé, sempre deriva da ação salvífica de Jesus Cristo, ou seja, normalmente usamos o vocábulo Fé para indicar nossa confiança que Deus pode rea l izar a lgo que para nós é impossível mas na realidade ela é maior do que isso. Vejamos sua criação.

A Fé foi criada por Jesus Cristo em seu ato altruísta de sacrifício na cruz por toda a humanidade. Isso abriu a porta para a comunicação dos atributos pessoais de Deus ao homem.

Com o seu auto sacrifício na cruz, Jesus gerou a Fé e a disponibilizou a toda a humanidade, não é de estranhar que antes de Jesus esse vocábulo tenha sido usado apenas uma única vez em uma profecia de Habacuque que no tadamen te apontava para Jesus, em que o h o m e m j u s t o é c o l o c a d o e m contrariedade ao ímpio deixando de viver dependente dos ritos sacrificiais, que não o tirava do lodo de pecado, e passaria a viver exclusivamente da Fé no Cordeiro auto imolado.

Esse texto em específico aborda também a questão da justiça como atribuição de Fé. Os originais trazem

a expressão: “meu justo” indicando que o parâmetro de justiça é divino e não humano, isso nos lembra que nossa justiça é considerada por Deus como “trapos de imundícia” (Is 64.6).

Ao entregar-se para morrer por nós, Jesus tinha plena consciência de que nem todos reconheceriam que eram pecadores afim de serem salvos por Deus, isso quer dizer que nem t o d o s c r e e m e m J e s u s , p o r conseguinte a Fé, para eles, torna-se vã. É por isso que Paulo fala em que a Fé não é de todos (2Ts 3.2).

Como qualquer sent imento humano, a Fé é experimentada aos poucos pelo cristão, assim como uma criança começa a descobrir a alegria, a tristeza, o ódio, a raiva, o amor, entre tantos outros sentimentos, e passa a desenvolvê-los baseado no incentivo discreto dos pais, da mesma fo rma o homem ao sen t i r - se despertado ao ouvir a palavra de Deus, intimamente é surpreendido por um sentimento de crença, que incia lmente ele não consegue descrever, mas com o passar dos dias, incentivado pela ação do Espírito Santo, alcança o completo convencimento de que Jesus Cristo é o único Senhor e Salvador da humanidade. Pronto, a Fé está formada e em ação conduzindo-o pelo caminho da segurança em Cristo.

Como isso é maravilhoso, pois deste ponto em diante o crente apenas exercita esse sentimento e entrega todas as coisas nas mãos do Deus Altíssimo, logo para ele já não

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existe mais barreiras, pois o que é impossível para o homem, ele alcança através da Fé crendo na palavra: "Tudo posso naquele que me fortalece" (Fl 4.13).

Como tudo o que é criado por Deus, a Fé desenvolve-se e cresce, porém o inverso também pode acontecer, em que ela, por não ser alimentada, decresce e torna-se em uma doença chamada dúvida, levando a apostasia (Rm 14.1).

O Desenvolvimento da Fé A Bíblia Sagrada nos mostra que

a vida cristã deve ser compreendida a t r a v é s d e e s t á g i o s d e desenvolvimento, ou seja, subimos os n í v e i s a m e d i d a q u e n o s desenvolvemos e buscamos a presença do Senhor, e regredimos quando deixamos de buscar a Deus, nesse caso o nível espiritual pode se tornar tão baixo já se torna impossível ao homem levantar-se.

Também entendemos que a Fé é considerada por medida e não por atos, como já vimos ela é fruto de um atributo divino e portanto não pode ser um “ato" humano (veremos isso mais detalhadamente a frente). Com isso podemos compreender que essa medida é universal a todos que entregam-se a Jesus Cristo, com o crescimento espiritual isso pode t o r n a r - s e u m a m a n i f e s t a ç ã o espec ífica do Esp í r i to San to , comentada por Paulo em 1Co 12.9 onde e le t ra ta a respe i to da manifestação multiforme do Espírito.

Essa operação é o resultado do domínio espiritual divino sobre o homem que a lcançou o n íve l necessário para tornar-se participante da natureza de Deus (2Pe 1.4), operando os mesmos milagres que Jesus operou ou até maiores do que aqueles (Mt 21.21).

E m d i v e r s a s p a s s a g e n s encontramos a expressão "medida de Fé" indicando que existe um padrão a ser alcançado. Não encontramos na Bíblia diferentes tipos de Fé, mas encontramos sim níveis diferentes de

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Síntese: A Criação da Fé

HOMEMFÉ

A Fé leva a salvação da Cruz ao homem e traz o homem a cruz.

a t u a ç ã o d e u m a m e s m a manifestação.

Segue abaixo uma lista das referências bíblicas onde a Fé é citada vinculada a idéia de quantidade (ou medida):

- Mateus 6.30; 8.10,26; 14.31; 15.28; 16.8; 17.20.

- Marcos 4.30.- Lucas 7.9; 12.28; 17.5,6.- Atos 6.8; 11.24; - Romanos 12.3,6;- 2 Coríntios 8.7; 10.15;- 2 Ts 1.3.- 1Tm 1.14.

A idéia de medida guarda também a idéia de desenvolvimento, pois se existe uma referência de t a m a n h o é p o r q u e e x i s t e a possibilidade de crescimento. Quando Paulo fala em Romanos 12.6 que a profecia deve ser exercida segundo a medida de Fé, está reafirmando a exortação deixada por Jesus em M 17.20. Esse ensino de Jesus nos mostra que quanto maior for nossa Fé, maior será também nossa influência espir i tual no mundo material. Quanto maior for nossa fé, maior será a interferência divina em nosso mundo, isso quer dizer que através da Fé poderemos realizar os sinais preditos por Jesus em Mc 16.17,18.

Esses sinais somente poderão ser alcançados quando pudermos entrar no nível espiritual esperado por Deus. Pela Fé, ao alcançarmos esse n íve l passar íamos a te r uma comunicarão com Deus automática,

considerando que sempre haverá o esforço humano em rejeitar o pecado para manter-se na presença do Senhor.

A visão do desenvolvimento da Fé, também deve ser observada pela ótica da lei do amadurecimento do fruto. Segundo essa “lei" o fruto necess i ta de um tempo para amadurecer, sendo que não podemos colher um fruto prematuramente, ou tardiamente. No primeiro caso vamos colher um fruto que ainda não se desenvolveu e não vai satisfazer as expectativas, e no segundo caso o fruto passou do tempo de ser colhido e estragou-se.

Na vida cristã, a Fé obedece essa lei da seguinte forma, o homem recém convertido vai gradativamente conhecendo o poder da Fé, sendo assim ele não poderá colher frutos maduros como aqueles que já estão a mais tempo dedicados nessa colheita. Por outro lado aqueles que já estão a tanto tempo desfrutando da Fé, descuidam-se de colher os frutos e assim a sua Fé estraga-se por mau uso ou por falta de uso.

Ao c r i s tão que in i c ia sua c a m i n h a d a a i n d a l h e f a l t a a experiência e por isso ele tem dificuldade em crer na provisão d i v i n a , n o e n t a n t o o s s e u s experimentos diante de Deus vão tomando proporção cada vez maiores até que toda a sua vida está sendo controlada pela Fé, nesse caso, o esforço do homem em crer está sendo recompensado por Deus na comunicação da natureza divina em

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acreditar naquilo que não podemos ver.

Crer nas promessas, esperar o milagre, aceitar a recompensa que nos está proposta, operar milagres, c u r a r e n f e r m o s , l i b e r t a r endemoninhados, falar em novas línguas, comunicar-se com Deus e muitas outras coisas, tornam-se a vida do cristão, afastando-o dos prazeres temporais deste mundo.

A F é a o d e s e n v o l v e r - s e normalmente causa desconforto, pois ela necessita de espaço, e o homem que não a conhece agarra-se a razão causando em si mesmo angústia e n q u a n t o o i n v i s í v e l n ã o s e concretiza. Isso é a herança da carnalidade que tratamos no início, que o homem somente acredita no explicável, possível e palpável. Esse so f r imen to mu i tas vezes é a oportunidade que o Diabo encontra para atormentar o cristão.

Em meio a lutas e doenças, não existe certeza humana de que venceremos, não existe garantias humanas de que chegaremos ao fim vitoriosos, no entanto essas garantias são possíveis através da Fé. Mas antes de chegar a fé, sempre chega a voz de Satanás dizendo que não suportaremos, dizendo que iremos sucumbir durante a luta, trazendo o desânimo e a dúvida que juntos anulam a Fé.

O caminho para desenvolver a Fé é ouvir a Palavra de Deus.

A Fé desenvolve-se por um impulso natural causado pela palavra de Deus, esse impulso ocorre pela

formação dos sentimentos divinos no coração do homem.

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Síntese: O Desenvolvimento da Fé

- Nível Espiritual;- Aumento e Diminuição da Fé;- Lei do Amadurecimento;- Capacidade de Trabalho Espiritual;

Fé Fé FéFé

Crescimento de acordo com o tempo.

Ilustração: Nível Espiritual

Homem Espiritual

Dons Espirituais; Profecias;

C u r a s ; M i l a g r e s ; Po d e r

Espiritual; Autoridade sobre os

Demônios; Demonstração de

Poder (1ºCo 2.4).

Homem Cristão Natural

Testemunho; Boas Obras; Batismo com Espírito S a n t o ; P e q u e n a Manifestação de Poder (

Homem Carnal

Obras da Carne;(1º Co 3.1-3).

A Lógica da Fé A definição de Fé é algo quase

impossível de ser alcançada, envolta em mistério divino, opera no mundo espiritual e o que temos é apenas o reflexo em nosso mundo que nos indicam sua presença e ação.

Com certeza é o fundamento de toda operação de Deus, servindo de apoio para que o poder de Deus real ize obras através de nós, interferindo de maneira sobrenatural em nosso mundo.

Quando citamos que a Fé traz para nós quase todos os atributos divinos, estava em pauta a ação de D e u s n o m u n d o h u m a n o . Log icamente isso não é uma operação casual, mas ocorre dentro de regras estritas muitas vezes incompreendidas por nós.

As regras para operação divina e s t ã o e x p l í c i t a s n a B í b l i a e encontramos que a principal delas é justamente "possuir" Fé, conforme nos fala o autor da Carta aos Hebreus 11.6: "Ora, sem Fé é impossível agradar a Deus; porque é necessário que aquele que se aproxima dEle creia que Ele existe, e que é galardoador dos que o buscam." Logo podemos entender que o primeiro passo do homem que busca a salvação está em compreender a lógica da Fé, compreender que Deus se comunica conosco a medida que n ó s a c e i t a m o s d e l e o desenvolvimento da Fé. Deus nos dá seus sent imentos e nos torna participantes de sua natureza divina

por sua infinita misericórdia (2Pe 1.4-7).

O grande mistério da natureza da Fé localiza-se justamente aqui, é a força motriz da vida cristã, que varia conforme é exercitada. Pode crescer, se usada cons tan temen te ou decrescer, se for sobrepujada pela razão.

À med ida de Fé ind i ca a capacidade de execução de obras impossíveis a razão humana. Com o crescimento desta medida existe um aumento de "poder" que, como citado anter iormente, é revelado aos homens pela interferência espiritual no mundo material.

O cristão ao colocar em prática sua Fé recebe a revelação divina acerca da interferência sobrenatural que ocorrerá. Essa revelação é a ação de Deus em compartilhar sua presciência ao homem, fazendo-o ver parcialmente o futuro.

Esse atributo divino nos dá a capacidade de "ver" a cura, "ver" os projetos concluídos, "ver" o resultado da evangelização, entre outras maravilhas, ainda que tudo isso esteja apenas na etapa do projeto, mas pela Fé, é possível prever o fim. Essa previsão é a revelação divina que gera a convicção e a perseverança.

Ainda que seja uma antevisão parcial nos torna part icipantes (também parcialmente) da natureza d i v i n a . I s s o fi n d a r á c o m o arrebatamento da Igreja, considerada pela Bíblia como a maior interferência de Deus no mundo, e nessa ocasião Deus nos abrirá as portas para que o

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conheçamos inteiramente, assim como ele nos conhece (1 Co 13.12).

A Fé terá cumprido sua função, nos levar até Deus. Guiados pela Fé alcançaremos o cumprimento da promessa reservado aos santos na consumação dos séculos. Aleluia!

Interferência Divina As leis naturais que regem o

Universo e são para nós o esteio do conhecimento e da sobrevivência devido a sua rigidez, tornam-se relativas diante da Fé, oscilando sob a palavra de um homem dominado pelo sentimento divino.

Esse domínio se dá por conta da medida de Fé que sobrepujou a medida de razão, a ponto de, aos homens, essa pessoa ser o símbolo da loucura. Mas quando Paulo fala aos Romanos a respeito do poder de Deus, refere que aos que perecem, a palavra da Cruz é loucura, e posteriormente quando o apóstolo fala aos Coríntios diz que sua palavra não era de sabedoria humana mas em demonstração de Espírito e de poder. Logicamente a demonstração foi do poder de Deus mas segundo a vontade de Paulo, indicando um domínio sobre as leis naturais a que estamos submissos.

Ao conhecer o poder que nos é dado nos libertamos das "paredes ideológicas" a que fomos submetidos pela pregação do laicaismo, e da dessacralização da ciência. No entanto a relatividade se estende ao campo teológico onde existe apenas uma lei soberana: a vontade de Deus. Debaixo dessa lei, todas as coisas estão sujeitas por mérito de Jesus Cristo (1Co 15.27) e por conseguinte devem se sujeitar à ordem que quem estiver em comunhão íntima com Deus, ainda que essa ordem seja humanamente absurda, como ordenar

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Ilustração: Lógica da FéC o m u n h ã o c o m D e u s -

Comunicação da natureza divina ao homem - 2ºPedro 1.4

Naturezas Separadas

DEUS

Homem

Deus

Homem

Fé Natureza Divina

um monte a se mover (Mt 17.20) visto que Paulo faz questão de registrar que "sabemos que todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam Deus, daqueles que são chamados segundo seu propósito" (Rm 8.28).

Isso foi o que aconteceu com Josué, sua necessidade era tão premente e incomum que exigia uma solução sobrenatural. A vontade de Josué é expressa em uma ordem contrária à razão, ilógica ao homem e incoerente à ciência atual. Parar o Sol e a Lua em seus cu rsos fo i considerado tão simples pelo Deus Todo Poderoso, que ele não hesitou em responder a oração de seu servo, que não pediu aos astros, mas simplesmente ordenou com certeza d e q u e s e r i a o b e d e c i d o , e interrompeu o desenvolvimento natural do firmamento. Mas quem poderia prever isso? Qualquer pessoa que possuir uma medida de Fé semelhante a um grão de mostarda poderá realizar isso, mesmo hoje, segundo a vontade Divina.

D a m e s m a f o r m a E l i a s é impulsionado por Deus para punir o povo rebelde de Israel estancando a chuva. Segundo a ordem do Profeta a natureza negou-se a regar a terra por três anos, em obediência a ordem de um homem.

Mesmo que seja ilógico, a Bíblia nos fala que o profeta anuncia uma grande chuva e prostra-se em oração. A natureza sujeitou-se mais uma vez a ordem humana.

Enquanto o homem é limitado a matéria, Deus domina o universo com seu infinito poder, interferindo em nosso mundo material visando o bem comum ao seu re ino, e suas ferramentas tem sido os homens que sujeitaram-se a Fé.

Fé nas Promessas A Bíblia Sagrada além de revelar

expressamente a vontade de Deus, traz promessas para todo aquele que crer na palavra divina.

Ao olharmos para as promessas estamos olhando para o invisível, deixamos o mundo natural em seu curso diabólico e nos dedicamos a buscar a glória do Senhor. Cumprindo a palavra que diz: “Porque andamos por Fé e não por vista” (2º Co 5.7).

Andar por Fé explica o texto “O Justo vivera pela Fé” visto que os verbos “andar" e “viver” são usados com o mesmo sen t i do . Logo entendemos que Paulo não se deixava dominar pelas coisas visíveis, mas sim pela glória incorruptível que não pode ser vista mas que com toda certeza nos espera para o dia da nossa redenção.

Paulo cita as coisas visíveis que ele despreza:

- Açoites;- Apedrejamento; - Naufrágios;- Prisões;- Fome;- Frio;- Nudez;- entre outras coisas, conforme 2º

Coríntios 11.23-27.O Caminho da Fé !11

A resposta de Paulo a estas coisas vem na demonstração de fidelidade escrita em Romanos 8.35-39.

“Quem nos separará do amor de Cristo? A tribulação, ou a angústia, ou a perseguição, ou a fome, ou a nudez, ou o perigo, ou a espada?

Como está escrito: Por amor de ti somos entregues à morte todo o dia; Somos reputados como ovelhas para o matadouro.

Mas em todas essas coisas somos mais do que vencedores, por aquele que nos amou.

Porque estou certo de que nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as potestades, nem o presente, nem o porvir,

N e m a a l t u r a , n e m a profundidade, nem alguma outra criatura nos poderá separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus nosso Senhor.”

O Poder da Fé Ao falar de Fé nas promessas

surge o tema que trata do que a Fé é capaz, ou seja, o que podemos realizar através da Fé.

Isso é tão complexo quanto definir a palavra Fé, pois ela não é somente o poder para realizar coisas sobrenaturais em favor do Reino de Deus e de seus Santos, mas é também o sentimento experimentado p o r a q u e l e s q u e a b r a ç a m o evangelho, como podemos ver em Cl 1.4, ainda assim Fé representa também o desejo de permanecer imerso na vontade de Deus Cl 2.5.

Assim sendo devemos tratar em sub tópicos:

Poder - A Fé é a força que gera o p o d e r d e D e u s n o h o m e m capaci tando-o a operar obras sobrenaturais no mundo material.

E x : L i b e r t a ç ã o d e endemoninhados, curas de doenças, revelação, discernimento de espíritos, etc.

A u t o r i d a d e - A F é g e r a autoridade para o crente se impor diante do inimigo, isso é necessário para que o cristão não seja intimidado pelo Diabo, visto que se julgarmos o poder dos espíritos somos inferiores, mas revestidos pela Fé em Deus somos poderosos em Cristo Jesus.

Sentimento - O homem sempre será dominado pelos seus desejos, a Fé desenvolve a capacidade do homem sentir as emoções de Deus dando assim, felicidade, amor, paz, mansidão, etc.

Força - A força do homem é limitada as coisas terrenas, mas pelo Fé o cristão consegue “ver” o futuro, com isso gera esperança para correr com paciência a carreira proposta.

Pela Fé - Essa expressão encerra um conceito complexo que abrange diferentes atributos, entre eles o poder, sentimento, revelação, capacidade de realização, etc, segue abaixo um apanhado das realizações pela Fé registrado em Hebreus 11:

• A Fé é o fundamento da nossa esperança (v.1);

• É a prova do que não vemos (v.1);


• P e l a F é a l c a n ç a m o s testemunho (v.2);

• Pela Fé entendemos que o mundo foi criado pela palavra de Deus (v.3);

• Pela Fé oferecemos sacrifício a Deus (v.4);

• Pela fé nos aproximamos de Deus (v.5);

• Pela Fé agradamos a Deus (e cremos na sua existência (v.6);

• P e l a F é t e m e m o s e obedecemos a Deus (v.7);

• Pela Fé recebemos a justiça divina como herança (v.7);

• Pela Fé andamos guiados por Deus e não por nossa própria vista (v.8);

• Pela Fé aguardamos firmes a promessa de Deus (vs.9-10);

• Pela Fé recebemos milagres que a natureza não pode explicar (vs.11-12);

• Morremos na Fé, vendo as promessas e confessamos que somos estrangeiros em terra estranha (v.13-16);

• Pela Fé oferecemos o que temos por mais precioso (vs.17-19);

• P e l a F é a b e n ç o a m o s a s gerações futuras (v.20);

• Pela Fé adoramos ainda que próximos a morte (v.21);

• Pela Fé vemos a visita futura de Deus e com certeza no cumprimento da promessa nos despedimos (v.22);

• Pela Fé escondemos do inimigo nossas preciosidades (v.23)

• Pela Fé recusamos os prazeres transitórios do pecado para sofrer as aflições dos justos (vs.24-26);

• Pela Fé abandonamos o mundo e caminhamos firmes para a promessa (v. 27);

• Pela Fé participamos do Sangue e do Corpo de Cristo (v.28);

• Pela Fé vencemos obstáculos impossíveis para o homem (v.29);

• P e l a F é d e r r u b a m o s a s muralhas que nos separam das promessas (v.30);

• P e l a F é a c o l h e m o s o s pequeninos do Senhor alcançando justiça por nossas obras (v.31);

• Como exemplo, os antigos pela Fé venceram reinos, praticaram a justiça, alcançaram promessas, fecharam a boca dos leões; a p a g a r a m a f o r ç a d o f o g o , escaparam do fio da espada, da fraqueza tiraram forças, na batalha se esforçaram, puseram em fuga os exércitos dos estranhos, receberam pela ressurreição seus mortos (v.33-35);

• Pela Fé foram torturados, sofreram escárnios, açoites, cadeias e prisões, foram apedrejados, serrados, tentados mortos a espada, viveram vestidos de pele de ovelhas e de cabras, desamparados, aflitos e m a l t r a t a d o s , e r r a n t e s p e l o s desertos, montes, covas e cavernas (vs.35-37);

• P e l a F é a l c a n ç a m o s o testemunho de Deus (v.39).

A Operação da Fé Ao citar o capitulo 11 da Carta

aos Hebreus contextualizamos os feitos dos antigos para nossa vida, mas não é apenas isso que nos


importa visto que a Fé gera a Salvação mas também age durante toa a vida cristã.

Jesus Cristo se utilizou de uma expressão esclarecedora em diversas ocasiões para indicar essa força motriz gerada pela Fé: “Vai, a tua Fé te salvou”. As pessoas que o procuravam para receber uma cura acabavam recebendo aquilo que não esperavam, perdão de seus pecados e salvação para sua alma.

Essa expressão nos traz a lume novamente o fato de estar prometido que o justo viverá pela Fé. Esse viver pela Fé nos remete a todas as atitudes que tomamos guiados por Deus. Tiago nos assevera que antes de falar o que desejamos fazer devemos colocar a frase “Se Deus o quiser”, essa frase é o complemento do ensino de Jesus Cristo de que devemos orar “em nome de Jesus”, ou seja, nada poderá ser feito sem a permissão de Deus, e quando oramos e m n o m e d e J e s u s e s t a m o s depositando nossos desejos e anseios na vontade soberana de Deus, crendo que o que Ele realizar será a expressão da nossa Fé que a vontade dele é boa, perfeita e agradável.

C r e r q u e E l e t e m m e l h o r capacidade do que nós para decidir e determinar nosso futuro é a operação da Fé em nosso pensamento, pois ninguém jamais poderá entregar o destino da sua vida se não tiver confiança na pessoa que terá o domínio. Assim Deus se utiliza da p romessa pa ra a t re la r nossa

c o n fi a n ç a e m D e u s c o m o recompensador daqueles que o buscam, (Hb 11.6). Além crer que Ele e x i s t e , d e v e m o s c r e r q u e receberemos uma recompensa por buscar a Deus.

A recompensa destinada ao homem também é explicada pela Fé, pois trata-se da pátria que não p o d e m o s v e r, m a s q u e e s t á preparada por Deus e já está vindo ao nosso encontro (Ap 21.2).

“Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em mim. Na casa de meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim eu vo-lo teria dito. Vou preparar-vos lugar. E quando eu for, e vos prepara lugar, virei outra vez, e vos levarei para mim mesmo, para que onde eu estiver estejais vós também” (João 14.1-3).

Apêndice IReferências Bíblias contendo o

vocábulo “FÉ”

- Habacuque - 2.4;- Mateus - 6.30; 8.10; 8.26; 9.2;

9.22; 9.29; 14.31; 15.28; 17.20; 21.21; 23.23.

- Marcos - 2.5; 4.40; 5.34; 10.22.- Lucas - 5.20; 7.9; 7.50; 8.25;

8.48; 12.28; 17.5; 17.6; 17.19; 18.8; 18.42; 22.32.

- Atos - 3.16; 6.5; 6.7; 6.8; 11.24; 13.8; 14.9; 14.27; 15.9; 16.5; 20.21; 24.24; 26.18; 28.33.

- Romanos - 1.5; 1.8; 1.12; 1.17; 3.22; 3.25; 3.26; 3.27; 3.28; 3.30; 3.31; 4.5; 4.9; 4.11; 4.12; 4.13; 4.14; 4.16; 4.19; 4.20; 5.1; 5.2; 9.30; 9.32;


10.6; 10.8; 10.17; 11.20; 12.3; 12.6; 13.11; 14.1; 14.22; 14.23; 16.26.

- 1º Coríntios - 2.5; 12.9; 13.2; 13.13; 15.14; 15.17; 16.13.

- 2º Coríntios - 1.24; 4.13; 5.7; 5.11; 8.7; 10.15; 13.5.

- Gálatas - 1.23; 2.16; 2.20; 3.2; 3.5; 3.7; 3.8; 3.9; 3.11; 3.12; 3.14; 3.22; 3.23; 3.24; 3.25; 3.26; 5.5; 5.6; 5.22; 6.10.

- Efésios - 1.15; 2.8; 3.12; 3.17; 4.5; 4.13; 6.16; 6.23.

- Filipenses - 1.25; 1.27; 2.17; 3.9.

- Colossenses - 1.4; 1.23; 2.5; 2.7; 2.12.

- 1º Tessalonicenses - 1.3; 1.8; 3.2; 3.5; 3.6; 3.7; 3.10; 5.8.

- 2º Tessalonicenses - 1.3; 1.11; 2.13; 3.2.

- 1º Timóteo - 1.2; 1.4; 1.5; 1.14; 1.19; 2.7; 2.15; 3.9; 3.13; 4.1; 4.6; 4.12; 5.8; 5.12; 6.10; 6.11; 6.12; 6.21.

- 2º Timóteo - 1.5; 1.13; 2.18; 2.22; 3.8; 3.10; 3.15; 4.7.

- Tito - 1.1; 1.4; 1.13; 2.2; 3.15.- Filemom - 1.5; 1.6.- Hebreus - 4.2; 6.1; 6.12; 10.22;

10.38; 11.1; 11.3; 11.4; 11.5; 11.6; 11.7; 11.8; 11.9; 11.11; 11.13; 11.17; 11.20; 11.21; 11.22; 11.23; 11.24; 11.27; 11.28; 11.29; 11.30; 11.31; 11.33; 11.39; 12.2; 13.7.

- Tiago - 1.3; 1.6; 2.1; 2.5; 2.14; 2.17; 2.18; 2.20; 2.22; 2.24; 2.26; 5.15.

- 1º Pedro - 1.5; 1.7; 1.9; 1.21; 5.9.

- 2º Pedro - 1.1; 1.5.- 1º João - 5.4.

- Judas - 1.3; 1.20.- Apocalipse - 2.13; 2.19; 13.10;

14.12.



O Caminho Da Fé

Um breve estudo sobre a Fé e sua apresentação na vida cristã, a demonstração busca provar a inexistência da vida sem a Fé.

Para isso o autor apresenta a Fé desde a sua criação até a manifestação na vida privada do crente, passando pelos estágios de desenvolvimento e alcance do nível espiritual. Traz uma rápida observação sobre os aspectos assumidos pela Fé na Bíblia Sagrada, tais como Sentimento Divino, Revelação, Poder e Autoridade.

A idéia central é a Fé como força motriz do cristianismo, iniciando em Jesus Cristo e findando na glorificação futura do salvo.

Espalhando o Fogo do Evangelho na Guiné-Bissau

SOCIEDADE BÍBLICA DA GUINÉ-BISSAU

Lucas Alves Pereira Pastor, Bacharel de Teologia pela

Universidade da Bíblia em São Paulo/Brasil. Atualmente aluno nos cursos de Mestrado e Doutorado em Teologia pela mesma Universidade

Missionário em Guiné-Bissau/África Ocidental.

Nascido em 1884 em Curitiba/Paraná - Brasil.

Casado com Carla Assis Pereira e pai de Lucas Matheus Assis Pereira.

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